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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG

ENGENHARIA CIVIL – SANEAMENTO BÁSICO II


Docente: Clodoveu Reis
Discente: Flávia Castro Ferreira

 RESUMO SLIDES 205 A 242

Os sistemas anaeróbios de tratamento de esgotos (destaque para UASB) tem


recebido destaque em países de clima tropical, podendo ser utilizado para resíduos
sólidos, lodos de ETEs e lixo urbano, efluentes de vários tipos de indústrias.
Fatores importantes no tratamento anaeróbio: Natureza do material orgânico
a ser digerido; Fatores ambientais adequados; Tamanho da populaçao bacteriana;
Contato entre bactéria e matéria orgânica; Tempo de permanência do esgoto.
Processos em sistemas anaeróbios: Hidrólise, Acidogênese, Acetogênese;
Metanogênese.
Tipos de indústrias que podem ser indicadas para tratamentos anaeróbios:
abatedouros e frigoríficos, cervejarias, curtumes, latícinios, produção de açúcar.
Tratamento Biológico de Esgotos: Via Anaeróbia e Aeróbia.
VANTAGENS: para Tratamento Anaeróbio - Baixa produção de sólidos,
baixo consumo de energia, baixos custos de implantação e operação, tolerância a
elevadas cargas orgânicas, baixa demanda de área, produção de metano, para
pequenos e grandes projetos.
DESVANTAGENS: Remoção insatisfatória de nutrientes e patógenos,
baixa relativa na remoção de DBO e DQO, possibilidade de distúrbios devido a
choques de cargas orgânicas e hidráulica, a partida do processo pode ser lenta,
possibilidade de geração de maus odores.
REATORES ANAERÓBIOS: Sistema de alta taxa – grandes quantidades de
biomassa, de elevada atividade, com baixos tempos de detenção hidráulica, implica
em reatores compactos;
TEMPO DE RESIDÊNCIA CELULAR: Tempo que uma célula bacteriana
permanece no sistema de tratamento. Deve ser superior ao necessário para a mesma
se duplicar, caso contrário será varrido do sistema antes que possa se multiplicar,
conduzindo a redução de biomassa no reator.
TIPOS DE REATORES ANAERÓBIOS DE ALTA TAXA: Crescimento diperso;
Crescimento aderido (leito fixo, leito rotatório e leito expandido); Leito fixo – filtro
anaeróbio, e leito rotarório – biodisco aeróbio; Sistema de crescimento bacteriano
disperso, Ex. Manta de lodo. Nos Reatores anaeróbios de Alta Taxa há grande
acumulação da biomassa no interior do reator; melhor contato entre biomassa e
despejo; e melhor atividade da biomassa.
REQUISITOS AMBIENTAIS: Condições nutricionais e físicas proporcionam a
seleção de organismos mais adaptados com o ambiente, caractísticas físicas do
ambiente, quanto químicas, incluenciam o crescimento microbiológico.
NUTRIENTES: Quase todas células vivas são formadas por tipossimilares de
compostos, e apresentam composição químicas similares, se as concentrações de
nutrientes não forem supridas, deve haver compensação(ex. Tratamento combinado).
Esgotos sanitários apresentam concentração (geralmente) adequada. Principais
nutrientes:nitrogênio,enxofre,fósforo,ferro,cobalto,níquel,molib.,riboflavina,e vit.B12.
MICRONUTRIENTES: Além do N,P,S, juntamente com o carbono, O2,
constituem moléculas microbianas, um grande número de outros elementos que são
necessários na digestão anaerobia. Principais:Fe, Co, Ni, e o molibdênio.
TEMPERATURA: A temperatura ótima para a digestão anaeróbia entre 30 e
35 C. O grau de dissociação de diversos compostos dependem fortemente da
temperatura, como é o caso da amônia. Quase todas as reações são afetadas pela
temperatura. A temperatura ótima pode-se reduzir o tamanho dos reatores.
Ph, ALCALINIDADE E ÁCIDOS VOLÁTEIS, estes três fatores estão
intimamente relacionados entre si, são igualmente importantes, podem interferir na
estrutura proteica, como podem ser tóxicos. Os microrg.produtores de metano têm
crescimento ótimo na faixa entre 6,6 e 7,4. pH abaixo de 6,0 e >8,3 devem ser
evitados, podem inibir por completo os microrganismo formadores de metano.
Alcalinidade é a capacidade de tamponamento, na faixa de pH entre 6,0 e 7,5 a
capacidade de tamponamento do sistema anaeróbio é quase só dependente do
sistema de gás carbônico/alcalinidade.
REATORES ANAERÓBIOS DE FLUXO ASCENDENTE: Vantagens: Baixa
demanda de área; Baixo custo de Implantação; Baixa produção de lodos; Baixo
consumo de energia; Boa desidratabilidade do lodo; Eficiência satisfatória
Desvantagens: Possibilidade de emanação de mau odor; Baixa capacidade
de tolerância à cargas tóxicas; Elevado tempo de partida; Necessita de pós-
tratamento para lançamento.
Lagoas de estabilização: constituem se a forma mais simples para o
tratamento de esgotos. Alguns sistemas: Lagoas facultativas, lagoas anaeróbias
seguidas por lagoas facultativas, lagoas aeradas de mistura completas seguidas por
lagoas de decantação, lagoas de maturação.
Lagoas anaeróbias: a existência de condições estritamente anaeróbias é
essencial. Isto é alcançado com o lançamento de uma grande carga de DBO por
unidade de volume da lagoa. São utilizadas para tratamento de esgotos domésticos e
despejos industriais predominantemente orgânicos, com altos teores de DBO, como
frigoríficos, laticínios, bebidas etc. A estabilização em condições anaeróbias é lenta,
pelo fato das bactérias anaeróbias se reproduzirem numa vagarosa taxa. A
temperatura do meio tem uma grande influência nas taxas de reprodução e
estabilização. As lagoas são usualmente profundas de 4m a 5m. Isso diminui a
possibilidade de penetração de oxigênio. Como as lagoas são mais profundas, a área
requerida é menor. A eficiência de remoção de DBO nas lagoas anaeróbias é da
ordem de 50% a 60%. A DBO efluente é ainda elevada, implicando na necessidade de
uma unidade posterior de tratamento.
Critérios de projeto para as lagoas anaeróbias: Principais parâmetros de
projeto para L.A.; Tempo de detenção - (TD); Taxa de aplicação volumétrica - (TAV); O
critério do TD baseia-se no tempo necessário para a reprodução das bactérias
anaeróbias. O critério da T.A.V. é estabelecido em função da necessidade de um
determinado volume da lagoa para a estabilização de DBO; Tempo de detenção: de
3,0 a 6,0 d.; Com tempos inferiores a 3,0 dias, poderá ocorrer que a taxa de saída
das bactérias metanogênicas com o efluente da lagoa seja inferior à sua própria taxa
de reprodução. Diminui a eficiência, ocorre o desequilíbrio entre a fase acidogênica e
metanogênica.Com Td superior a 6 dias, a lagoa anaeróbia poderia se comportar
como facultativa,é fatal para bactérias metanogênicas.
Taxa de aplicação: A T.A.V. (Lv), a ser adotada é função da temperatura.
Locais mais quentes permitem uma maior taxa (menor volume); As taxas mais
usualmente adotadas em nosso meio estão na faixa de : Lv= 0,1 a 0,3 kg DBO5/m3 .d;
O volume requerido é obtido por V=L/Lv; V-vol requerido(m3);
Volume requerido para LA: V = t.Q. Onde: V=Volume requerido para a lagoa (m3);
t=tempo de detenção (d); Q=Vazão média afluente (m3/d). L= carga de DBO afluente
(solúvel + particulada) (Kg DBO5/d); Ls = taxa de aplicação volumétrica
(kgDBO5/m3.d), PROFUNDIDADE- é elevada, para garantir a predominância das
condições anaeróbias. Valores usualmente adotados: H = 4,0m a 5,0m.

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