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Desempenho de um filtro

anaeróbio de fluxo ascendente


como unidade de tratamento
para efluente de suinocultura
Priscila de Castro e Silva
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras,
como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação
em Tecnologias e Inovações Ambientais, área de
concentração em Gestão de Resíduos e Efluentes, para
obtenção do título de mestre.
INTRODUÇÃO

 Aumento populacional e melhoria na qualidade de vida


acarretam em uma maior carga poluidora.

 Desafio ao homem moderno: aliar desenvolvimento à


produção sustentável.

 Suinocultura gera grande quantidade de dejetos, que


precisam ser adequadamente tratados e destinados.
INTRODUÇÃO
Filtro anaeróbio:
 Baixo custo;
 Simplicidade operacional;
 Toleram oscilações de vazão, mantendo altas
populações bacterianas;
 Suporta altas cargas orgânicas;
 Produção de biogás.
INTRODUÇÃO

Por que usar o tratamento anaeróbio?

Intensificação das reações de digestão da matéria orgânica


estabelecendo melhores condições ao crescimento e
sustentação de micro-organismos no reator.
INTRODUÇÃO

Como avaliar a eficiência dos processos de digestão


anaeróbia?
 pH;
 Temperatura;
 Composição do efluente;
 Concentração de matéria orgânica biodegradável, dentre
outros.
OBJETIVOS

 Geral

Avaliar o desempenho da digestão anaeróbia de efluente


proveniente de suinocultura, em filtro anaeróbio de fluxo
ascendente cujo meio suporte utiliza anéis de Pall confinados
em malhas plásticas.
OBJETIVOS
 Específicos

 Avaliar o efeito da temperatura, pH, acidez e alcalinidade no


consórcio microbiano de um filtro anaeróbio;

 Avaliar a eficiência do sistema quanto à remoção da carga orgânica,


de sólidos totais, voláteis e fixos;

 Estimar a produção teórica de biogás em função da carga orgânica


aplicada;

 Quantificar e qualificar o biofilme aderido ao meio suporte


empregado e o lodo intersticial.
MATERIAL E MÉTODOS
Localização Experimental:
 Departamento de Zootecnia – UFLA – Lavras – Minas Gerais.
Caracterização da Água Residuária:
 Efluente de granja de suínos localizada no DZO/UFLA, coletado
logo após a lavagem das baias.
Inóculo:
 Lodo anaeróbio granulado de um reator UASB.
 Volume de 21 L
 SVT de 32,8 g/L
MATERIAL E MÉTODOS
• Sistema de Tratamento
MATERIAL E MÉTODOS
• Tanque de Acidificação e Equalização
MATERIAL E MÉTODOS
• Esquematização Filtro Anaeróbio
MATERIAL E MÉTODOS
Filtro anaeróbio utilizado no experimento
MATERIAL E MÉTODOS
Unidade para adesão do biofilme no filtro anaeróbio
MATERIAL E MÉTODOS
Biofilme aderido a unidade de suporte
MATERIAL E MÉTODOS

Fase 1: Período de 55 dias; TDH de 94,7 h.

Fase 2: Período de 87 dias; TDH de 63,1 h.


MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO

TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA – TDH


 Dois TDH;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 A vazão do afluente relativa ao tratamento sofreu
pequenas variações devido à proliferação de algas no
sistema e entupimento de bomba dosadora;
 Fase 1: 0,94 L.h-1 ; Fase 2: 1,41 L.h-1 ;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
TEMPERATURA:
 Fase 1: afluente e efluente com temperaturas superiores a
20ºC;
 Fase 2: alguns momentos com temperaturas abaixo de 20ºC
( valor abaixo do recomendado entre 25 e 35ºC);
RESULTADOS E DISCUSSÃO
pH:
 O sistema demonstrou elevada capacidade de tamponamento
harmonizado condições adequadas ao desenvolvimento do processo
anaeróbio e eficiências na remoção de carga orgânica da água
residuária de suinocultura;
 Tamponamento ocasionado pela produção de CO2 e da
decomposição de proteínas e outros;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Os valores favoreceram a microbiota que são sensíveis à variações, médias de
7,5;
 O aumento de temperatura torna o meio mais ácido;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ALCALINIDADE:
 Para digestão anaeróbio aconselha-se uma faixa ótima de 1000 a
5000 mg.L-1 de CaCO3;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ACIDEZ:
 Ácidos voláteis foram mantidos baixos;
 Favorável para o sistema;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
DBO:
 72,8% de remoção;
 Não suficiente para os padrões de lançamento, necessário pós
tratamento;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
DQO
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Diluição do efluente
 Característica do efluente
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Boa retenção de sólidos pelos mecanismos físicos


proporcionados pelo do meio suporte.
 Apesar da boa remoção, não atingiu valores solicitados pela
Deliberação Normativa 10/86(2008), MG, que é de 180 mg/L
DQO.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Remoção de Nutrientes (N e P)
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Valores abaixo dos encontrados por outros autores.

 Segundo CHENIRCHARO (2007), a baixa eficiência de


remoção do P por parte do FA, é uma de suas desvantagens.
Sólidos
Sólidos

 Poderia alcançar melhor eficiência se o material suporte fosse


mais preparado para facilitar aderência de biofilme.

 O efluente tratado se constituía em sua maioria de material de


fácil degradação.
Sólidos
Sólidos

 Os processos de tratamento preliminares reduziram


significativamente a carga de DBO encaminhada ao
tratamento secundário.
Produção Teórica de Biogás
Produção Teórica de Biogás
Desenvolvimento de Biofilme e Lodo intersticial
Desenvolvimento de Biofilme e Lodo intersticial
CONCLUSÕES

 Eficiência de remoção da M.O ( 67% DQO e 72% DBO).


 Balanço N:P:DQO adequado para desenvolvimento de um lodo
denso.
 Pode-se utilizar o efluente do processo para fertirrigação desde
que se faça estudos específicos.

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