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RECIFE
2022
2
DIREITO
RECIFE
2022
3
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profº. Dr. Sergio Torres Teixeira (Orientador)
Universidade Federal de Pernambuco
_________________________________________
Profº. Dr. Xxxxxxxxx Xxxxxxx (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
_________________________________________
Profº. Dr. Xxxxxxxxx Xxxxxxx (Examinador Externo)
Universidade Estadual de Campinas
4
amigos, familiares, e,
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, que desde 1998 torce pelo meu sucesso e apoia minhas
escolhas. Por entender cada dia de estresse e eventuais perdas de controle, por
entender cada noite virada e apenas oferecer preocupação. Mãe, obrigada por
retornar para nós em 2021, para poder compartilhar comigo, de perto, mais esse
momento.
Ao meu pai, por cada noite indo me buscar nos arredores da Faculdade de
Direito do Recife, por ouvir cada opinião jurídica de uma graduanda “revoltada”,
mesmo sem entende-las, muitas vezes. Pelo suporte emocional, pela confiança, e,
principalmente, pelo orgulho escancarado que, muitas vezes, me motivou e deu forças
para seguir. Pai, sem o seu companheirismo, não teria chegado à metade do caminho,
quem dirá à linha de chegada.
À minha avó Lia, que tanto me ensina sobre bondade, amor, carinho e respeito.
Cada abraço da senhora restaurou a energia que a rotina cotidiana me sugou. Que
sorte a minha de a vida ter me colocado no seu caminho. Eu escolheria a senhora
para o cargo de avó quantas vezes fosse necessário.
À minha família, que sempre serviu de rede de apoio, mesmo de um jeito que
destoa do considerado normal. Mas, principalmente, ao meu tio Xando, que sempre
teve muito orgulho de me chamar de sobrinha, que era meu maior entusiasta, e que
nunca dispensou uma conversa séria e minhas opiniões. Por você, redijo esse
Trabalho de Conclusão de Curso, a você, dedico meu diploma, que você o celebre
onde quer que você esteja.
Por fim, aos meus orientadores, que aceitaram embarcar comigo nesse desafio,
em um tema tão pouco apreciado nos berços tradicionais do Direito, que partiu de
6
uma mera paixão por video games e questionamentos acerca do Direito do Trabalho.
Espero ter alcançado todas as expectativas criadas acerca do presente trabalho.
7
RESUMO
ABSTRACT
Video games and the sport which derived from it, its influence on the legal-labor
relations, as well as the insufficient legal production when it comes to said topics are
the subjects to the following study. The aim is to develop a critical analysis of the factual
reality to which the cyber-athletes are submitted, going through their respective
responsibilities, their regulatory framework, legal regulations that protect them and,
finally, find solutions to the existing gaps. For this purpose, it was used a collection of
legal analysis, contractual analysis. The construction of the following study led to the
ensuing reality: law does not keep up with the digital evolutions, for which is necessary
a law reform, which contemplates the most diverse digital law ramifications.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
CF CrossFire
CS Counter Strike
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
2.2 Uso análogo da lei Pelé: inadequação e lacuna jurídica existentes ............. 26
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 38
5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 41
INTRODUÇÃO
Importante entender, inicialmente, que, sendo o Direito uma ciência feita pelo
povo e para o povo, há a indiscutível necessidade de acompanhamento das
mudanças sociais, econômicas e políticas vivenciadas pelo mundo moderno, vez que
o não acompanhamento da realidade pelo Direito, geraria um efeito rebote por parte
de referida ciência1.
1
George Ripert: “Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga ignorando o direito”
2
Disponível em: < http://cbesports.com.br/esports/esports-o-que-sao/>. Acessado em 07 de dezembro
de 2021.
12
Para tanto, o primeiro capítulo irá se debruçar acerca dos conceitos básicos
necessários para o pleno entendimento da problemática apresentada, quais sejam o
conceito de esporte e a visão jurídica, o conceito de atleta, a diferença existente entre
atleta e cyber-atleta, o que são os jogos eletrônicos e suas modalidades mais
conhecidas e jogadas a nível mundial.
De modo contínuo àquilo que fora abordado no primeiro capítulo, discute-se,
então, o enquadramento jurídico dos esportes eletrônicos, pontuando-se as principais
problemáticas acerca da inexistência de legislação específica, bem como as
perniciosidades acarretadas pelas lacunas jurídicas existentes ante indiscutível
insuficiência jurídica.
Por fim, vez que restem estabelecidos os preceitos basilares, o último capítulo
passa à análise da modalidade contratual dos cyber-atletas, explorando as eventuais
ilicitudes contratuais, bem como o uso de práticas que visam mascarar os elementos
constitutivos de vínculo empregatício, e a aplicação em caso de repercussão
conhecida.
Ante o exposto, fica clara a natureza educativa do presente estudo, embora não
se atenha meramente a expor as problemáticas já preambuladas, mas também propor
soluções coerentes e compatíveis com os dados coletados acerca da rotina vivida e
obrigações mantidas por parte dos cyber-atletas.
13
3
TEIXEIRA, Cláudio Barbosa. O Desporto na História e na Sociedade. In: Direitos Humanos e Ética
no Desporto. Coimbra: Coimbra Editora, S.A. 1ª ed., Junho 2015. ISBN 978-989-20-5813-9. p. 13.
4
FURTADO JÚNIOR, Elberto - Definir o Esporte. In: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. vol II. São
Paulo: Quartier Latin, 2010. p.271.
14
5
CASTRO, Luiz Roberto Martins. Conceito e Evolução Sociológica do Esporte. In: Enciclopédia de
Gestão, Marketing e Direito Desportivo. Porto Alegre: INEJE, 2017. ISBN 978-85-66277-03-6. p. 17.
6
Disponível em: <https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/atividade-fisica-e-diferente-de-
exercicio-fisico-explica-especialista>. Acesso em: 30 abr. 2022.
15
7
BRASIL. Constituição (1988). Capítulo III – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO,
Art. 217. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em 30 abr. 2022.
16
existência do jogo sem o esporte (é possível que a árvore exista sem a flor), contudo,
jamais se poderia presumir a existência do esporte sem o jogo (a flor precisa da árvore
como seu suporte).
Tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo
cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos
políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinha, xadrez... Por exemplo,
no faz-de-conta, há forte presença da situação imaginária; no jogo de xadrez,
regras padronizadas permitem a movimentação das peças.
8
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1997. p. 13.
9
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5edição. São Paulo: Perspectiva,
2007. p. 33.
17
Com o passar dos anos, o jogo perdeu seu viés predominantemente lúdico,
dando espaço a uma noção de jogo com o caráter muito mais competitivo, acabando
por reduzir, também, seu conceito sociocultural10. Isso, atrelado aos avanços da
ciência, advento da computação e modernização de todas as áreas de vivência
afetaram, de maneira inevitável, o âmbito dos jogos, a notar pelos video games.
Embora receba o título de primeiro game criado por alguns, o “Tennis for Two”,
desenvolvido pelo físico William Higinbotham, em 1958, projetado para rodar em
computadores analógicos11, foi antecedido pelo “OXO”, do professor britânico A.S.
Douglas para sua tese de doutorado, mais conhecido como jogo da velha. Com uma
tecnologia muito mais avançada, o segundo game a ser lançado, no ano de 1961, foi
o conhecido Space War, desenvolvido por Stephen Russell, Peter Samson, Dan
Edwards, Martin Graetz, Alan Kotok, Steve Piner e Robert A. Saunders, todos
estudantes do MIT12, sendo ele o primeiro a ser considerado jogo interativo de
computadores, a ser jogado em várias instalações de computador.
10
TUBINO, Manoel José Gomes. Dimensões Sociais do Esporte. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
ISBN 978-85-249-1689-2. p. 31.
11
“O computador analógico é uma forma de computador que usa fenômenos elétricos, mecânicos ou
hidráulicos para modelar o problema a ser resolvido. Genericamente um computador analógico usa um
tipo de grandeza física para representar o comportamento de outro sistema físico ou função
matemática.” Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_anal%C3%B3gico>. Acesso em
8 mai 2022.
12
Massachussetts Institute of Technology.
18
Assim, a noção do que se tem por jogo, preconizada por Huizinga, não muito
se afasta do espetáculo que envolve os games atualmente, mas tão somente reforça
a ideia inicial, consoante explica Gastaldo e Helal15:
Huizinga não viveu o suficiente para ver a indústria contemporânea dos jogos
eletrônicos, dos videogames e aplicativos lúdicos para smartphones, tablets
e PCs. Mas não se teria surpreendido em ver que, quanto mais esforço
fazemos para expurgar o “espírito do jogo” de nossas atividades “sérias”,
mais ele nos cerca e povoa o mundo com “diversões” e “espetáculos”,
oferecidos por uma indústria que faz da produção de lazer o seu trabalho. [...]
Entretanto, [...] acreditamos que o princípio lúdico da Humanidade está mais
13
Personal Computer.
14
FERREIRA, Vanessa Rocha; COSTA, Pietro Lazaro. Os contratos de trabalho dos esportistas
eletrônicos no Brasil e a necessidade de sua regulamentação. Meritum, Belo Horizonte, v.14, n.1,
Jan/Jun. 2019. p. 256-279.
15
GASTALDO, É; HELAL, R. Homo Ludens e o futebol-espetáculo. Revista Colombiana de
Sociologia, jun. 2013, v.36 nº 1, p.111-122.
19
16
ADAMS, E. Fundamentals of game design. 2. ed. Berkeley: New Riders, 2010. (Ebook) E-ISBN
978-0-321-64337-7.
20
Art. 69. A profissão de atleta é reconhecida e regulada por esta Lei, sem
prejuízo das disposições não colidentes contidas na legislação vigente, no
respectivo contrato de trabalho ou em acordos ou convenções coletivas.
Parágrafo único. Considera-se como atleta profissional o praticante de
esporte de alto nível que se dedique à atividade esportiva de forma
remunerada e permanente e que tenha nesta atividade sua principal fonte de
renda por meio do trabalho, independentemente da forma como receba sua
remuneração.17
Já atleta, que vem do grego athletes, e está relacionado aos lutadores que
combatiam em jogos oficiais, portanto com o ânimo de competição. Assim,
exemplificativamente, aquele que pratica corrida, inscreve-se em maratonas
e outras corridas de rua, mas nada recebe por isso, ao contrário, paga a sua
inscrição e todos os seus gastos, é apenas um desportista, ainda que tenha
rendimento similar ao de atletas. Logo, a diferenciação do atleta do
desportista é didática do ponto de vista da prática do esporte de diversas
formas e incentivos por cada uma delas recebido.
17
Disponível em: <https://legis.senado.leg.br/sdleg-
getter/documento?dm=5070182&disposition=inline>. Acesso em 8 mai 2022.
18
MIGUEL, Ricardo Georges Affonso – Atleta: Definição, Classificação e Deveres. In: Direito do
Trabalho Desportivo. Os aspectos jurídicos da lei Pelé frente às alterações da Lei. N. 12.395/2011.
(Org.) BELMONTE, Alexandre Agra; MELLO, Luiz Philippe Vieira de; BASTOS, Guilherme Augusto
Caputo. São Paulo: LTr, 2013. p. 145.
21
[...]
Com o advento dos jogos online, uma nova categoria de atletas surgiu, os
cyberathletes, termo usado para jogadores que decidem jogar profissionalmente,
sendo contratados por um clube e pagos por isso. Muito similarmente ao procedimento
adotado na seleção de times de futebol, é criada uma “peneira”, para selecionar alguns
jogadores de uma multidão de jogadores que sonham com uma carreira no mundo
dos jogos online. Essa categoria será o foco do presente estudo.
19
BARBAGELATA, Héctor-Hugo, apud BARROS, Alice Monteiro de. Contratos e regulamentações
especiais de trabalho: peculiaridades, aspectos controvertidos e tendências. 3. ed. São Paulo: LTr,
2008. p. 97.
20
MIGUEL, op. cit. p. 145.
22
Mental health though, yeah, like towards the end I did resent the lifestyle of
being a pro, and I just did it because the sacrifices we were making and the
goal that we all wanted to achieve, and it just seems so bad, it's such a bad
life to scrim, 10-12 hours a day for 11 months in a row, and at the end of it...
99% of pro players don't win, so at the end of it feel empty and disappointed.
21
VALVE. Free to Play: The Movie (US). Youtube. 19 de março de 2014. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=UjZYMI1zB9s>. Acesso em: 28 abr 2022.
22
Partidas organizadas contra outro times profissionais em servidor privado.
23
Os videogames recebem patches para corrigir problemas de compatibilidade após o lançamento
inicial, assim como qualquer outro software, mas também podem ser aplicados para alterar as regras
ou algoritmos do jogo.
24
REDAÇÃO. YAHOO!Sports. Publicado em: 02 Novembro 2016. Disponível em: <
https://sports.yahoo.com/doublelift-takes-break-starts-streaming-012000560.html >. Acesso em: 18 set.
de 2022.
23
‘There's a lot of health issues I've run into when playing for so long,’ he
continued. ‘There's a lot of people with wrist issues, you know, they've only
been playing for a few years [...] Freeze is [a] big example. You know for me
it's not so much my wrist as much as it is my overall health. I've always had
like weird stuff come up, like knees feel funny and hurt all the time, right now
my neck feels really bad and hurts all the time. It's like, I haven't been to the
doctors since I was a teenager, I've never had a checkup or anything like that,
physical examination, because there's no time. And lately I've been feeling
very lethargic, I guess, and fatigued, from doing the same repetitive stuff every
day.’
A legislação brasileira ainda não tem previsão para o enquadramento dos jogos
eletrônicos enquanto prática esportiva. Contudo, as casas legislativas possuem,
atualmente, grande discussão nesse sentido, tal qual o Projeto de Lei do Senado
383/2017:
25
REDAÇÃO. YAHOO!Sports. Publicado em: 02 Novembro 2016. Disponível em:
<https://sports.yahoo.com/doublelift-takes-break-starts-streaming-012000560.html >. Acesso em: 18
set. de 2022.
24
Art. 1º Essa lei altera a Lei 9.615/1998, que “Institui normas gerais sobre
desporto”, para reconhecer o desporto virtual como prática esportiva.
25
‘Art. 3º ................................................................................
Demais disso, o projeto traz a visão empreendedora que circula o mercado dos
jogos enquanto prática esportiva: “muitos jogos eletrônicos possuem status de
verdadeiras obras de arte, com investimentos – e retorno – bilionários, guiando a
indústria de filmes e de livros em muitos casos”26.
Porém, mais cedo do que todo mundo, a Coreia do Sul considera o eSports
um esporte desde 2000, com a criação da Korea e-Sports Association
(KeSPA). Aprovada pelo Ministério da Cultura, Esporte e Turismo do país, a
KeSPA tem como objetivo fazer do eSports um evento oficial de esporte e
solidificar a posição do eSports em todos os setores. Entre suas tarefas está
a de fiscalizar a transmissão de campeonatos, a criação de novos torneios e
o trabalho (e direitos) de times e jogadores de mais de 25 títulos.27
26
Disponível em: <https://www.camara.leg.br/noticias/786979-projeto-reconhece-desporto-virtual-
como-pratica-esportiva>. Acesso em 18 set 2022.
27
Disponível em: http://www.espn.com.br/noticia/562185_projeto-de-lei-quer-transformaresports-em-
esporte-no-brasil. Acesso em 18 set. 2022.
26
Delgado29 afirma, ainda, que a analogia que instigasse a aplicação da Lei Pelé
aos cyber-atletas seria do tipo legis, observando três requisitos elencados por ele:
28
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 18. ed. São Paulo: LTr, 2019, p. 412.
29
DELGADO, op. cit. p. 412.
27
30
RAMOS, Rafael Teixeira. Contrato de trabalho desportivo eletrônico (e-Sports). Coluna Jus
Desportiva do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD). 2019. Disponível em:
http://ibdd.com.br/contrato-de-trabalho-desportivo-eletronico-e-sports/. Acesso em: 19 set. 2022.
31
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo, Novo curso de direito civil, volume 4: tomo II,
2014. p. 207.
28
32
ZAINAGHI, Domingos Sávio. “Nova Legislação desportiva. Aspectos trabalhistas.”, São Paulo,
LTr, 2002.
29
33
Disponível em: http://www.espn.com.br/noticia/724367_carteira-de-trabalho-e-apenas-uma-das-
formas-de-contrato-nos-esports-entenda. Acesso em 19 set. 2022.
34
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13ª ed. LTR. 2014.
31
35
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 82.
36
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 19.ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
37
DELGADO, Maurício Goldinho. Curso de Direito do Trabalho. 14ª ed. LTR. 2015. p. 667.
32
38
COELHO, Hélio Tadeu Brogna. E-sport: os riscos nos contratos de Cyber-Atletas. Publicado em: 12
de janeiro de 2016. Disponível em: https://pt.slideshare.net/moacyrajunior/e-sport-os-riscos-nos-
contratos-decyberatletas. Acesso em 21 set de 2022.
39
Disponível em: < https://www.uol.com.br/start/ultimas-noticias/2019/12/17/contratacoes-em-league-
of-legends-nappon-processou-pain.htm>. Acesso em 25 set de 2022.
40
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13ª ed. LTR. 2015.
33
PRESSUPOSTOS CONTRATUAIS
D) O CRF, no exercício dos seus objetivos sociais, costuma veicular, por meio
de diversos procedimentos de marketing e em vários tipos de mídia, o nome,
apelido desportivo, voz e imagem dos seus atletas e membros da comissão
técnica.
41
COELHO, op. cit. p. 5.
34
42
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4RfUTXVZFQM/ Acesso em 21 set. 2022.
43
COELHO, op. cit. p. 5.
36
O jogador recorreu ao disposto pelo artigo 483, alínea “d”, da Consolidação das
Leis do Trabalho, para ter seu contrato de trabalho rescindido de maneira indireta ante
a inadimplência injustificada do clube, uma vez que, conforme relatado na peça de
ingresso: “não procedeu às anotações na Carteira de Trabalho, não recolheu o FGTS
e as contribuições previdenciárias e tampouco pagou as verbas rescisórias”.
4. CONCLUSÃO
A ideia de fama e glória, por sua vez, não fica muito distante da primeira no
espectro realista da carreira. Dentre os milhares jovens que buscam a carreira de
proplayer, apenas alguns encontram destaque o suficiente para serem consagrados
enquanto “deuses” dos jogos.
5. REFERÊNCIAS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13ª ed. LTR. 2014.
42
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 18. ed. São Paulo: LTr,
2019, p. 412.
DELGADO, Maurício Goldinho. Curso de Direito do Trabalho. 14ª ed. LTR. 2015. p.
667.
ESPN. Carteira de trabalho é apenas uma das formas de contrato nos eSports;
entenda. 2017. Disponível em: http://www.espn.com.br/noticia/724367_carteira-de-
trabalho-e-apenas-uma-das-formas-de-contrato-nos-esports-entenda. Acesso em 19
set. 2022.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5edição. São
Paulo: Perspectiva, 2007. p. 33.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 82.
TUBINO, Manoel José Gomes. Dimensões Sociais do Esporte. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2011. ISBN 978-85-249-1689-2. p. 31.
UOL. Nappon processa paiN e recebe R$ 60 mil; entenda contratações em LoL. 2019.
Disponível em: < https://www.uol.com.br/start/ultimas-
noticias/2019/12/17/contratacoes-em-league-of-legends-nappon-processou-
pain.htm>. Acesso em 25 set de 2022.
VALVE. Free to Play: The Movie (US). Youtube. 19 de março de 2014. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=UjZYMI1zB9s>. Acesso em: 28 abr 2022.
44