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Devorei dezenas de livros sobre finanças e investimentos sempre buscando conhecimento para
investir em ações, títulos de renda fixa, fundos imobiliários e tudo mais que o mercado oferecesse.
E foi há cerca de 5 anos, talvez por ter lido diversos livros americanos, talvez por descobrir que o
Brasil nem era mencionado nesses livros, que me veio a indagação: “Por que não investir em
outros países?”.
Foi o pontapé inicial da minha busca por informações. Conversei com diversas pessoas próximas,
funcionários de banco, assessores de investimento, membros de fóruns específicos na internet.
Nada. Ninguém sabia a respeito. Livros? Nenhum sobre o tema.
Ainda era zombado: “Pra que abrir conta fora? O Brasil é ótimo. Tem as
melhores empresas e os juros mais altos do mundo.” Estávamos na era
pré-delação premiada e muita gente vivia no Brasil da capa da
Economist...
Comecei a entrar em contato com bancos e pessoas do mundo inteiro a ponto de conseguir
informações suficientes para abrir a minha própria conta e organizar meus investimentos fora do
Brasil.
Claro que nesse processo houve alguns tropeços, gastos desnecessários, mudanças de banco, etc. E,
felizmente, consegui desfazer alguns mitos que podem ser obstáculos para quem deseja seguir o
mesmo caminho.
Antes de prosseguir, no entanto, preciso esclarecer alguns pontos importantes.
Primeiro: não é ilegal ter conta fora do Brasil. Basta você declarar corretamente para a Receita
Federal. Segundo: os investimentos são muito parecidos com os que temos aqui, só que numa
diversidade bem maior.
Também descobri que os custos não são proibitivos. Há bancos que comportam todos os bolsos e
não é difícil encontrar um adequado ao seu.
Além disso, identifiquei que ter investimentos em moeda forte o deixa muito mais protegido em
relação às crises que temos enfrentado quase que diariamente no Brasil. O valor de nossa moeda
baseia-se única e exclusivamente na confiança e na capacidade de o governo brasileiro pagar suas
contas.
Os fatos nos mostram que, a cada turbulência política e econômica, o primeiro choque é a
desvalorização do real. Por isso, torna-se vital para o brasileiro, que já passou por diversas trocas de
moeda e hiperinflação, manter parte do patrimônio em moeda forte, como dólar, euro ou franco
suíço.
Sim, em países como os Estados Unidos, maior criador de riqueza da história, ou a Suíça, com o
mais alto grau de eficiência e desenvolvimento econômico. Afinal...
Abrir uma conta no exterior não só lhe protege de toda a turbulência que vem acontecendo no
Brasil há mais de um século, como também lhe fornece acesso a sistemas bancários mais seguros,
onde é possível ter uma gama diversificada de investimentos em moeda forte.
Por isso, refaço o convite para que me acompanhe nesta série especial, compartilhando também as
suas histórias. Fique atento ao seu e-mail às quintas-feiras.
Espero que as informações contidas aqui lhe sejam proveitosas - o guia dos 19 bancos está logo
abaixo.
Aviso importante
A lista de bancos que você verá a seguir é resultado de anos de trabalho e foi compilada a
partir de informações obtidas em contatos com investidores, seja por recomendações de
clientes e ex-clientes, ou indicação de pessoas do mercado financeiro internacional. Nem
eu, nem a Inversa possuímos qualquer tipo de relação comercial com qualquer dos
bancos mencionados. A decisão pelo contato e abertura de conta em algum deles é de
inteira responsabilidade do investidor.
Para abrir uma conta é necessário primeiro ser cliente do Banco do Brasil. Após esse
passo, você solicita no próprio site a abertura da conta nos EUA.
Não é necessário sair do Brasil. Tudo é feito por e-mail, telefone e correios.
O banco aceita valores baixos como depósito inicial e, se um saldo de US$ 10 mil for mantido, não
há cobrança de mensalidade.
É um banco simples, que cumpre a função de lhe fornecer uma conta em dólar, aplicações
limitadas de renda fixa, além de um cartão de crédito.
O depósito inicial para abertura de conta é baixo, em geral a partir de US$ 25, mas
um balanço acima de US$ 1,5 mil permite a isenção da mensalidade.
Entretanto, é preciso que você visite uma agência bancária nos EUA, munido dos documentos
(passaporte e comprovante de residência recente), além do dinheiro em mãos.
Feito tudo, é provável que saia de lá com um cartão de débito e o dinheiro já na conta.
O depósito inicial é baixo, cerca de U$/€ 2,5 mil. Caso deposite mais de € 350 mil,
você se torna elegível para o serviço de Personal Wealth Management.
Possui uma gama bastante ampla de investimentos e cartões de débito/crédito são relativamente
fáceis de obter.
Não é necessário visitar o país para a abertura da conta. Tudo é feito à distância.
Possui unidades em diversos países pelo mundo, sendo a mais popular delas na Ilha
de Man.
É um banco completo, com contas multimoedas e tudo mais que você possa precisar.
A informação inicial que eu tinha era de que ele aceitava clientes a partir de € 50 mil, mas ao entrar
em contato em maio de 2017, fui encaminhado diretamente para o serviço de Wealth Management,
tendo sido pedido depósito inicial de € 300 mil.
6-DBS (Cingapura)
https://www.dbs.com.sg
Você tem acesso a uma conta multimoedas com até 12 moedas diferentes, incluindo, obviamente, a
local, o dólar de Cingapura.
O único inconveniente, assim como em todos os bancos de Cingapura, é ter que comparecer no
país com toda a documentação. Também é conveniente entrar em contato com o banco antes de
viajar para o outro lado do mundo e deixar tudo esclarecido.
7-OCBC (Cingapura)
http://www.ocbc.com/
É considerado o 14º banco mais seguro do mundo, com rating Aa1, AA- e AA- pela Moody’s,
Fitch e S&P.
Para ter conta, é necessário ter mais de 21 anos e fazer um depósito inicial de US$ 200 mil.
O depósito inicial varia de acordo com o tipo de conta, mas é baixo para as contas mais simples.
É o 31º banco mais seguro do mundo, com rating Aa2, A+ e AA- pela Moody’s,
Fitch e S&P.
O ponto negativo é que também é necessário viajar até a Ásia para abrir uma conta.
11-Butterfield (Bermudas)
http://www.butterfieldgroup.com/
Banco com sede nas Bermudas, com mais de 150 anos de história. Possui também
unidades espalhadas por diversos territórios, incluindo Bahamas, Ilhas Cayman,
Guernsey e Suíça.
É um banco formado pela união das operações no Caribe dos bancos Barclays do
Reino Unido e Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC) do Canadá.
Oferece os principais serviços, como conta multimoedas, cartões de débito e crédito e Private Bank.
O depósito inicial costuma ser baixo, em torno de U$$ 2 mil, e o banco pode eventualmente
requerer a participação de um intermediário.
Banco com sede no Panamá e que tem a reputação de oferecer um bom atendimento a
clientes estrangeiros.
O depósito inicial é baixo, a partir de US$ 1 mil, e a abertura de conta pode ser feita à
distância.
Tem as soluções mais comuns de bancos internacionais, mas as contas correntes estão disponíveis
apenas em dólar dos EUA e euro.
14-MCB (Ilhas Maurício)
http://www.mcbgroup.com/en/
MCB significa Mauritius Commercial Bank Limited e é o maior e mais antigo banco
do país, tendo sido fundado em 1838.
Caso não saiba, as Ilhas Maurício estão em 21º no ranking de liberdade econômica, à
frente de países como Coreia do Sul, Finlândia, Noruega e Alemanha.
É recomendável ter pelo menos € 50 mil para abertura de conta, que pode ser feita à distância.
É um banco de primeira linha, que oferece todos os serviços principais, como contas
multimoedas, cartões e uma ampla gama de investimentos.
O forte do banco é o serviço de Private Bank, que requer € 100 mil de depósito
inicial.
Estão abertos a brasileiros, com aplicação mínima inicial de U$ 500 mil. Requerem uma visita
pessoal em Zurique ou no Uruguai. Enfim, qualidade tem seu preço.
18-LGT (Liechtenstein)
https://www.lgt.com/
É o banco que pertence à família real de Liechtenstein e entre os clientes existe pelo
menos uma dúzia de reis, rainhas e príncipes.O forte do banco é o serviço de Private
Bank, mas ele oferece todos os demais serviços comumente necessários. Seus custos
são altos se comparados aos demais e o mínimo exigido para a abertura de conta é
US$ 2 milhões.
O Pictet é um Private Bank suíço fundado em 1805.É considerado o 27º banco mais
seguro do mundo. Possui rating de crédito de longo prazo AA- pela Fitch e Aa2 pela
Moody’s.O negócio é voltado para a administração de recursos e estratégias de
investimento, sendo possível investir em praticamente tudo que estiver disponível nos
mercados mundiais.
Observação
Essa foi só uma breve introdução com as principais informações sobre cada banco. Os critérios de
aceitação de clientes e as tarifas estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio.
É recomendável acessar as páginas de cada banco na internet para conseguir mais informações e
entrar em contato com a própria instituição para esclarecer as dúvidas que surgirem.
→ Você recebe o que você paga. Não adianta abrir uma conta de baixo
custo e querer atendimento de Private.
→ Mencione quem você é, o que você faz e de onde fala. Seja honesto e
transparente. Confiança é tudo quando se lida com assuntos financeiros
a milhares de quilômetros de distância.
Um forte abraço,
Raphael Monteiro
Inversa Publicações
contato@inversapub.com
São Paulo
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