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DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS

1. A deformação pode ser definida geologicamente, como todas as modificações experimentadas pelos corpos rochosos que
afetam a sua posição, orientação, volume e forma inicial. A deformação dos diferentes tipos de rochas pode ser estudada
em laboratório, aplicando forças a blocos de rochas com a mesma dimensão e observando o seu comportamento ao
longo do tempo e em diferentes condições experimentais.
A figura seguinte representa os resultados da deformação de três rochas distintas, identificadas pelas letras A, B e C. O
gráfico A esquematiza os resultados da percentagem de compressão dos blocos em função da presssão, e no esquema B
está representado o comportamento dos blocos rochosos em função da pressão, temperatura e conteúdo em água.

Fig.1
1.1. De acordo com os dados da figura, em condições superficiais de pressão e temperatura verifica-se um regime de
deformação (selecione a opção correta)...
(A) elástico, que evolui para frágil ou plástico com o aumento da pressão e temperatura.
(B) frágil, que evolui para elástico ou plástico com o aumento da pressão e temperatura. 1
(C) plástico, que evolui para frágil ou elástico com o aumento da pressão e temperatura.
(D) elástico, que se mantém com o aumento da pressão e temperatura.

1.2. Com o aumento da pressão os materiais do bloco C passam a ter um comportamento (selecione a opção correta)...
(A) menos frágil. (B) mais frágil.
(C) mais plástico. (D) menos plástico.

1.3. A temperatura é um importante fator no controlo da deformação das rochas, pois com o seu aumento a deformação
(selecione a opção correta)...
(A) plástica diminui. (B) elástica aumenta.
(C) elástica e frágil mantêm-se. (D) plástica aumenta.

1.4. Os resultados da deformação de amostras rochosas contendo água indicam que esta (selecione a opção correta)...
(A) não interfere no regime de deformação.
(B) é um importante fator, pois aumenta a deformação plástica dos materiais.
(C) é um importante fator, pois reduz a deformação plástica dos materiais.
(D) é um importante fator, pois aumenta a deformação elástica dos materiais.

1.5. Relacione as condições de deformação com o tipo de estruturas formadas (falhas ou dobras), referindo a sua
importância no estudo do passado geológico da Terra.

1.6. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a F da coluna A um dos números da coluna B respeitantes aos
regimes de deformação. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(A) Ocorre defromação permanente do material. (1) Deformação plástica
(B) É ultrapassado o limite de elasticidade do material. (2) Deformação frágil
(C) Após a aplicação da força, o material retoma à sua forma original. (3) Deformaçãao plástica e frágil
(D) Ocorre uma rutura do material, modificando a sua forma original. (4) Nenhuma das anteriores
(E) Não é ultrapassado o limite de elasticidade do material.
(F) A forma do material é alterada, mas sem ocorrer rutura.

2. O esquema seguinte refere-se à deformação de uma sequência de estratos sedimentares. Os dobramentos representados
na figura resultaram do mesmo evento geológico.

Fig.2
2.1. A letra A representa um _____ e a letra B representa um _____ (selecione a opção correta).
(A) anticlinal ... sinclinal (B) anticlinal ... anticlinal
(C) sinclinal ... sinclinal (D) sinclinal ... anticlinal
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2.2. As rochas que se encontram na região central da dobra A são mais _____ do que as rochas que se encontram na _____
da dobra B(selecione a opção correta).
(A) recentes ... região do eixo (B) recentes ... base
(C) antigas ... região do eixo (D) antigas ... base

2.3. As dobras formaram-se num regime de deformação _____, que se alterou para _____ (selecione a opção correta).
(A) compressivo ... distensivo (B) distensivo ... compressivo
(C) compressivo ... cisalhamento (D) cisalhamento ... compressivo

2.4. A falha C é mais _____ que a dobra A e mais _____ que a dobra B (selecione a opção correta).
(A) antiga ... antiga (B) recente ... antiga
(C) antiga ... recente (D) recente ... recente

2.5. Ordene as letras, de A a G, de modo a reconstituir a sequência cronológica respeitante à formação e deformação dos
estratos da figura 2. Inicie pela letra A.
A. Deposição dos estratos sedimentares numa bacia oceânica primitiva.
B. Erosão superficial da sequência estratigráfica, deixando a descoberto as dobras e a falha.
C. O regime de deformação sofre modificação e torna-se frágil com forças distensivas.
D. O regime de deformação é dúctil com forças compressivas.
E. Formação da falha representada pela letra C.
F. Formação de dobras em anticlinal e sinclinal.
G. A camada IV passa a contactar lateralmente com a camada V.
2.6. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes à formação de falhas e
dobras.
A. O regime distensivo provoca o estiramento do material rochoso.
B. O regime que origina o dobramento do material rochoso ocorre principalmente ao longo dos limites divergentes das
placas litosféricas.
C. As falhas formam-se sempre em regimes de cisalhamento, que leva ao estiramento do material e a sua posterior
rutura, com deslocamento horizontal.
D. O regime distensivo pode originar a formação de falhas inversas, ocorrendo, por exemplo, nos limites divergentes das
placas.
E. As falhas transformantes formam-se num regime de cisalhamento.
F. As elevadas temperaturas na crusta e manto superior originam um regime de deformação dúctil com formação de
falhas quando sujeito a forças compressivas.

2.7. Relacione a composição química e mineralógica das rochas magmáticas e das rochas sedimentares pouco consolidadas
com o regime de deformação a que estão sujeitas.

3. A falha de Santo André, nos Estados Unidos da América, é uma


das estruturas tectónicas mais estudadas em Geologia, pois
tem originado diversos sismos altamente destrutivos.
Encontra-se na costa oeste dos EUA, e tem evoluído num
contexto tectónico complexo (figura 3A). O complexo
sistema de falhas prolonga-se superficialmente por mais de
1200 km e a cerca de 16 km em profundidade. Ao longo do
sistema de falhas, numa largura que pode atingir 1 km, é
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possível detetar uma zona com rochas muito fragmentadas e
pulverizadas, ao longo da qual se instalaram as linhas de
água (esquema B). Os geólogos defendem que nos últimos
15 a 20 milhões de anos deve ter ocorrido movimentação
dos blocos superior a 470 km!

Fig.3

3.1. Com base no esquema B, é possível concluir que a falha (selecione a opção correta)...
(A) não apresentou deslocações ao longo do tempo. (B) possui um movimento lateral para a esquerda.
(C) possui um movimento lateral para a direita. (D) possui apenas movimento vertical.

3.2. Nas zonas de rifte representadas no esquema A é possível ocorrer a formação de (selecione a opção correta)...
(A) grabens. (B) falhas inversas.
(C) anticlinais. (D) sinclinais.

3.3. Ao longo do tempo, a extensão da falha de Santo André tem vindo a (selecione a opção correta)...
(A) aumentar, em resultado da atividade do rifte que delimita as placas do Pacífico e a Juan de Fuca.
(B) aumentar, em resultado da atividade do rifte da dorsal médio-oceânica do Pacífico.
(C) manter-se, em resulttado da subducção da placa de Juan de Fuca.
(D) diminuir, em resultado da atividade do rifte que delimita as placas do Pacífico e a Juan de Fuca.

3.4. No ambiente tectónico identificado no esquema A pelo número I, é possível ocorrer a formação atual de falhas com o
seguinte movimento de blocos (selecione a opção correta)...

3.5. As afirmações seguintes dizem respeito à falha de Santo André e ao ambiente tectónico em que se encontra. Selecione a
alternativa que as avalia corretamente.
I. A falha de Santo André corresponde a um limite transformante, entre a placa Pacífica e a placa Norte-americana.
II. A placa do Pacífico desloca-se para sul relativamente à placa Norte-americana.
III. O limite atual entre a placa Norte-americana e a Juan de Fuca é sempre do tipo transformante.

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(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

3.6. Quando as linhas de água intersetam a falha, é frequente observar-se uma mudança na sua direção, tal como se
encontra evidenciado no esquema B. Explique esta mudança na orientação dos vales fluviais, relacionando com o facto de
ao longo das estradas que intersetam a falha ser observável a existência de material muito fraturado.

3.7. Ordene as letras, de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de alguns fenómenos envolvidos na evolução
tectónica da falha de Santo André. Inicie pela letra A.
A. Há 30 milhões de anos, o movimento da placa Norte-americana sobrepôs-se ao rifte entre as placas de Farallon e do
Pacífico.
B. Formação de duas junções triplas entre placas litosféricas, ligadas pela falha de Santo André.
C. A falha de Santo André atinge 1200 km de extensão.
D. Divisão da placa de Farallon em duas placas mais pequenas (Juan de Fuca e Cocos).
E. Deslocação ao longo do plano da falha de Santo André, originando a migração das junções triplas em sentidos opostos.

3.8. Ao longo da falha de Santo André existem diversas dobras. Estas tendem a ocorrer em estratos sedimentares, como por
exemplo, rochas evaporíticas, ou em rochas magmáticas e metamórficas em profundidade (1 a 5 km).
Explique em que medida a distribuição das dobras pode estar relacionada com as condições de pressão e temperatura e
com o tipo de rochas sujeitas à deformação.

3.9. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A respeitantes às falhas o respetivo conceito indicado na coluna
B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(A) Conjunto de falhas paralelas que origina um bloco elevado entre duas (1) Falha normal ou diretaB
falhas inversas. (2) HorstA
(B) Ocorre um movimento de descida do bloco que compõe o teto. (3) GrabenC
(C) Conjunto de falhas paralelas que origina um bloco abatido entre duas (4) Falha transformanteE
falhas normais. (5) Falha inversa ou indiretaD
(D) Forma-se num regime de forças compressivo, em que o teto sofre um
movimento de subida relativamente ao muro.
(E) Movimento horizontal dos blocos, sem ocorrer movimento vertical.

4. Na Península de Setúbal encontram-se diversos estratos que se formaram na Bacia Lusitana. Esta bacia originou-se
aquando do início da abertura do Oceano Atlântico Norte, que ocorreu entre o Triásico e o Cretácico Inferior / Superior.
Os estratos sofreram deformação ao longo das últimas dezenas de milhões de anos, encontrando-se representada na
figura um corte geológico de uma secção de norte a sul. No extremo sul da Península de Setúbal enconttra-se a serra da
Arrábida.

Fig.4. Corte geológico na Península de Setúbal.

4.1. Aquando da abertura do Oceano Atlântico Norte, ocorrreram forças de _____, que provavelmente, originaram a
formação de falhas _____ (selecione a opção correta).
(A) compressão ... inversas (B) distensão ... inversas
(C) compressão ... normais (D) distensão ... normais

4.2. A deformação dos estratos sedimentares formou um _____, cujo eixo tem uma direção aproximada de _____ (selecione
a opção correta).
(A) sinclinal ... norte-sul (B) sinclinal ... este-oeste
(C) anticlinal ... norte-sul (D) anticlinal ... este-oeste

4.3. Do eixo central da estrutura até ao Cabo Espichel, a idade das rochas _____, e os estratos estão inclinados para _____
(selecione a opção correta).
(A) diminui ... norte (B) aumenta ... oeste
(C) diminui ... sul (D) aumenta ... norte

4.4. Ordene as letras, de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica de alguns fenómenos ocorridos na formação
da estrutura representada na figura anterior. Inicie pela letra A.
A. Início da abertura do Oceano Atlântico Norte.
B. Erosão da sequência e formação das dunas no Holocénico.
C. Formação de uma bacia de depsição oceânica.
D. Compressão dos estratos depositados na bacia oceânica primitiva, formando uma estrutura que se prolonga desde o
rio Tejo até à serra da Arrábida.
E. Transporte de sedimentos de origem continental para a bacia oceânica durante o Jurássico.
F. Colisão entre as placas Euroasiática e Africana na orogenia Alpina, com início de um regime compressivo.

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