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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE

CAMPUS CEARÁ-MIRIM

CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM EQUIPAMENTOS BIOMÉDICOS

MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTOS ODONTOLOGICOS

ALAN ROCHA CICCERI

JOSÉ CÂNDIDO TEIXEIRA E SILVA

FLAVIO GERMANO SANTOS DE SOUZA

CEARÁ-MIRIM

2022
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO NORTE

MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTOS ODONTOLOGICOS

ALAN ROCHA CICCERI

JOSÉ CÂNDIDO TEIXEIRA E SILVA

FLAVIO GERMANO SANTOS DE SOUZA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito para obtenção do título de
Técnico em Equipamentos Biomédicos do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte –
Campus Ceará-Mirim, no período letivo
2022.1, sob orientação do Professor Dr.
Gilvan Luiz Borba Filho.

CEARÁ-MIRIM

2022
RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi conceituar acerca da Manutenção Preventiva para


ser implantado na manutenção em aparelhos odontológicos. Para alcançar esse
objetivo utilizou-se da pesquisa documental por meio da qual se buscaram
informações de materiais já elaborados, constituído de livros, documentos e manuais
e do levantamento de dados por meio de entrevistas não estruturadas com os técnicos
da clínica e de manutenção. A partir das análises feitas verificou-se que a instituição
não possui um plano de manutenção definido, para isso elaborou-se um conjunto de
planos de inspeção, no qual cada profissional terá suas atribuições no que tange à
prevenção de falhas das cadeiras odontológicas. Com a implantação do Plano de
Manutenção Preventiva planejada a instituição de ensino terá maior controle dos
equipamentos da clínica no que diz respeito à minimização de falhas e aumento da
vida útil das cadeiras odontológicas, diminuindo as possibilidades de quebra durante
o uso.

PALAVRAS-CHAVE: MANUTENÇÃO, ODONTOLOGIA, CLINICA,PREVENÇÃO


ABSTRACT

The objective of this work was to conceive about Preventive Maintenance to be


implanted in maintenance in dental devices. data collection through unstructured
interviews with clinic and maintenance technicians. From the actual analyzes, it was
verified that the institution did not have a defined maintenance plan, for it was
elaborated a set of inspection plans, not that each professional will have their
attributions, not that it will prevent dental failures. With the implementation of the
Preventive Maintenance Plan planned for the teaching institution, it will have greater
control over two clinical equipment, which is in respect of minimizing faults and
increasing the useful life of dental chains, reducing the chances of breakage during
use.

KEYWORD: MAINTENANCE, DENTISTRY, CLINIC, PREVENTION


1 – INTRODUÇÃO

A odontologia atual é fruto de pesquisas científicas e desenvolvimentos


tecnológicos, que a definem como modelo de ciência aplicada e de intervenções no
organismo. Graças aos avanços tecnológicos, as clínicas odontológicas, que
inicialmente contavam principalmente com as habilidades dos dentistas, agora
dependem cada vez mais da eficiência dos materiais e equipamentos para realizar a
grande maioria dos procedimentos. Essas novas exigências, somadas às
características inerentes à profissão, têm levado a uma necessidade cada vez maior
de discutir questões relacionadas ao trabalho do cirurgião-dentista. Ao propor uma
discussão sobre o trabalho, os métodos de pesquisa devem ser abordados a partir de
uma perspectiva específica: uma perspectiva ergonômica.
Cada vez mais empresas e instituições de ensino estão intensificando a busca
pela melhoria de seus processos produtivos e de ensino, à medida que a competição
entre instituições pertencentes a um mesmo ramo de atividade se torna mais intensa.
Essa situação obrigou as universidades a repensar a importância do planejamento
das atividades e melhor aproveitamento dos recursos na aquisição de novos
equipamentos, bem como na manutenção dos equipamentos existentes para atender
às expectativas dos públicos-alvo.
As instituições que oferecem atividades acadêmicas na área de odontologia
estão sempre buscando formas de reduzir custos sem comprometer a qualidade do
ensino. Nesse sentido, a implantação de um programa de manutenção preventiva é
importante, pois reduzirá o custo de manutenção dos equipamentos, manterá sua
integridade e reduzirá a necessidade de aquisição de novos instrumentos
odontológicos.
Diante o exposto o objetivo deste trabalho é conceituar acerca da importância
da manutenção em equipamentos odontológicos.
2 – METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste estudo é o método bibliográfico, que se refere à


pesquisa sistemática baseada em materiais publicados em livros, revistas, jornais,
redes eletrônicas, ou seja, materiais acessíveis ao público. Após selecionar um tema,
definir um levantamento bibliográfico preliminar e fazer perguntas, foi elaborado um
projeto provisório sobre o tema. O objetivo principal da fase exploratória é analisar o
problema, tendo como principal forma a pesquisa bibliográfica.
A pesquisa científica existe em todos os campos da ciência, e na educação
encontramos algumas publicadas ou em andamento. É o processo investigativo de
resolver, responder ou investigar questões no estudo de fenômenos. Bastos e Keller
(1995, p. 53) definem: "Pesquisa científica é a investigação sistemática de um
assunto, destinada a elucidar vários aspectos do estudo".
Para Gil (2002, p. 17) “A pesquisa é necessária quando não há informações
suficientes para responder à pergunta, ou quando as informações disponíveis são
muito confusas para serem adequadamente relevantes à pergunta”.
A pesquisa científica se apresenta de diversas formas, uma delas é a pesquisa
bibliográfica que será discutida neste artigo, revelando todos os passos que devem
ser seguidos para alcançá-la. Esse tipo de pesquisa foi idealizado por diversos
autores, entre eles Marconi e Lakatos (2003) e Gil (2002).
A pesquisa bibliográfica está inserida primordialmente em um ambiente
acadêmico e visa aprimorar e atualizar o conhecimento por meio da investigação
científica de trabalhos publicados.
Essa estratégia hipotética é o ponto de partida para um projeto de pesquisa e,
à medida que a leitura avança e o consequente amadurecimento do entendimento e
dos requisitos da pesquisa, contornos claros vão emergir das mudanças absorvidas.
Além dos livros de leitura atual, a pesquisa será realizada em recursos que
enfatizem outras fontes de interesse para a pesquisa bibliográfica: referências, artigos
e teses, periódicos científicos e indexação de periódicos e resumos. Esses recursos
serão utilizados para pesquisa e incluídos na bibliografia.
A leitura de partes do material bibliográfico terá como objetivo a verificação de
trabalhos de interesse. A partir desse momento, faremos uma leitura analítica do texto
selecionado, identificaremos as ideias-chave, categorizá-las-emos e sintetizaremos.
Para Prodanov e Freitas (2013, p. 24), o método é considerado um método para
um fim. No passado, muitos pensadores defenderam que só há uma forma de atender
a todos os campos do conhecimento. Eles defendem "uma abordagem de tamanho
único". No entanto, cientistas e filósofos da ciência defendem muitas outras
abordagens. Esses métodos devem ser utilizados de acordo com o conteúdo a ser
estudado e a classe de proposições. Para Lakatos e Marconi (2003, p. 84), porém, é
o conceito moderno de método que importa. Para tanto, o autor "pensa, como Bunge,
que o método científico é a teoria da investigação".
Para Prodanov e Freitas (2013, p.24), se um método "é um procedimento ou
uma forma de atingir um fim, e o fim da ciência é a busca do conhecimento", pode-se
dizer que o método científico "é um conjunto de programa". Segundo Trujillo Ferrari
(apud Prodanov e Freitas, 1974), o método científico é "uma característica da ciência
que constitui uma ferramenta fundamental que comanda inicialmente a mente em um
sistema e traça o programa do cientista ao longo do caminho". até que seja
cientificamente objetivo.
A pesquisa qualitativa discute as descobertas por meio de análises e insights.
Antes de tudo, devemos descrever o problema, geralmente há explicações mais
subjetivas, como: sentimentos, pensamentos, opiniões, sentimentos, visões. Nesse
processo de pesquisa acadêmica, os números não são buscados para constituir
resultados válidos, mas sim uma compreensão das trajetórias que causam problemas
no trabalho.
É por isso que se baseia no que chamamos de profundidade de dados
imensurável. Isso ocorre porque os resultados da pesquisa qualitativa se concentram
nas opiniões dos entrevistados.
Para Deslauriers e Kérisit (2008), na pesquisa qualitativa os alunos são tanto o
sujeito quanto o alvo de sua pesquisa. Isso porque o conhecimento deve ser parcial e
limitado, pois a pesquisa é imprevisível. Portanto, os resultados devem ser capazes
de gerar novas informações.
Por fim, de forma mais sofisticada, as leituras serão interpretadas, inter-
relacionadas e pesquisadas sobre o problema a ser resolvido, solidificando raciocínios
e argumentos baseados em elementos bem definidos. Assim, uma abordagem da
pesquisa bibliográfica por meio da leitura de materiais selecionados partirá da
organização lógica do assunto, garantindo uma abordagem progressiva e equilibrada
da redação do texto, para depois passar para o formato mais consolidado para uma
análise aprofundada do texto, algumas mudanças de paradigma, e o mais importante
é que mais conhecimento é inerente ao assunto.

3. - REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 – DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
Em seguida, serão apresentados conselhos ergonômicos extraídos
principalmente dos livros mais populares sobre ergonomia odontológica no Brasil.
Esses livros foram escolhidos porque, a partir de entrevistas informais, eram
referências teóricas consultadas por dentistas, funcionários de programas de
universidades e indústrias.
De acordo com Marquart (1976), The Technical Manual of Dental Ergonomics
(1984) e Porto (1994), os dispositivos utilizados nos consultórios odontológicos podem
ser classificados da seguinte forma de acordo com os indivíduos que os utilizam:
a) unidade do paciente: cadeira odontológica;
b) elementos do dentista: banquetas, equipamentos, refletores;
c) Elementos auxiliares: banqueta, unidade auxiliar (cuspideira, canudo,
seringa de três canos) mesa auxiliar e armário
A seguir, serão descritas as qualidades ergonômicas recomendadas na
literatura em relação aos diferentes componentes que compõem o dispositivo
odontológico.
A cadeira odontológica mudou e melhorou, começando na odontologia, usando
cadeiras de barbeiro para os pacientes ficarem de pé ou sentados em cadeiras
comuns para cirurgias, e agora existem cadeiras que são operadas por comandos de
voz. Atualmente, a Cátedra de Engenharia Aplicada e Biomecânica é responsável por
mais anatomia.
Segundo Kilpatrick (1974), a cadeira deve ser anatômica e seu contorno e
forma devem proporcionar conforto ao paciente em decúbito, permitindo que ele
relaxe e reduza a tensão durante o tratamento. Portanto, deve ter as seguintes
características: a) fácil de operar pelos dentistas e auxiliares; b) apoiar o corpo, cabeça
e braços do paciente na “posição deitada”; c) motorizado; d) costas finas e estreitas;
e) habilidade colocar a boca do paciente no cotovelo do operador sentado e todas as
posições de trabalho; f) ter uma cabeça confortável com posicionamento flexível da
cabeça.
Para Barros (1991), os requisitos básicos de uma cadeira para trabalho
ergonômico são:
a) a base da cadeira deve ser retangular e mais estreita que o assento para
permitir que a coruja se aproxime o suficiente da base da cadeira;
b) A espessura do encosto da cadeira deve permitir que as pernas do
profissional sejam colocadas por baixo, enquanto a área operatória fica
aproximadamente de 33 cm a 45 cm do campo de visão quando o paciente está
deitado na posição sentada correta do dentista. Portanto, cadeiras com espaldar
grosso não devem ser utilizadas;
c) o encosto da cadeira não deve ter nenhum controle saliente para não impedir
a livre movimentação das pernas do dentista e do auxiliar;
d) O movimento de reclinação deve ser feito em um movimento de elevação da
perna do paciente. Se a cadeira reclinar apenas com o encosto e o apoio para os pés
permanecer parado, não proporcionará conforto suficiente;
e) a cadeira é preferencialmente do tipo "Contour-Chair" (cadeira de conforto)
para melhorar o conforto do paciente, pois suporta todo o corpo, pernas e braços,
permitindo que ele relaxe;
f) Preferencialmente, os comandos da cadeira devem ser acionados pelos pés
de ambos os lados, não só liberando as mãos do operador e assistente, mas também
importante do ponto de vista da biossegurança; g) Além da disposição normal dos
encostos de cabeça, a cadeira Deve haver também um encosto para os ombros e
costas, chamado de colar de ombro.
Barros (1991) considera o último mandato como incondicional, lembrando que
esses encostos são maiores e mais altos que os do presidente.
Segundo o autor, a fábrica de equipamentos tentou resolver esse problema de
forma totalmente errada e fez uma articulação na extremidade do encosto, chamada
de “encosto de cabeça articulado”.
Segundo os autores, em alguns tipos de cadeiras, o pescoço do paciente é
severamente comprimido, quase cortando a perfusão e a inervação do cérebro,
causando desconforto geral. As pernas do operador e do assistente também são
difíceis de mover quando o "encosto de cabeça dobrável" é abaixado. Em última
análise, este será outro comando na cadeira, desnecessário e complicado, e
rapidamente falhará e custará mais.
Barros (1993) também adiciona algumas propriedades desejáveis ao dispositivo,
como:
a) Levantando 150kg, o mecanismo não tem vibração e nem ruído;
b) O desenho do apoio de braço deve ser confortável para o paciente;
c) deve ser uma cadeira contornada com revestimento poroso, confortável ao toque e
que não grude na pele;
d) O limite inferior deve ser o mais amplo possível.
Para Porto (1994), as preocupações da cadeira odontológica são:
a) Dimensões - O encosto deve ser estreito o suficiente para acomodar bem o
paciente e permitir bom acesso do profissional; com a menor espessura possível, para
que a cabeça do paciente fique na altura correta quando a cadeira estiver reclinada,
A conexão ao assento deve ser apoiado pelo braço do paciente. O assento deve ser
uma continuação do encosto, ter formato anatômico e extensão que acomode
adequadamente as pernas do paciente. O encosto de cabeça, ou encosto de cabeça,
deve ser uma extensão independente do encosto, mais estreito e mais fino que o
encosto. Deve fornecer bom suporte para a cabeça, ter movimento para frente e para
trás e ser removível para cuidar de crianças;
b) Manobra total ou parcial - Idealmente, deve ter todo o movimento de
manobra. Para possibilitar a postura correta de trabalho, ela deve ser ajustada ao
conforto e porte do profissional. Cadeiras parcialmente motorizadas possuem
alavancas que acionam manualmente seus movimentos. Os controles de ambos
geralmente estão localizados no encosto do lado profissional e auxiliar, mas podem
ser controlados no pé, evitando o acionamento manual. Portanto, é indiscutível que o
acionamento da cadeira é feito pelos pés de dois profissionais, podendo ser eliminado
completamente o “painel de botões” manual, reduzindo assim o custo da cadeira;
c) O acionamento do pedal da cadeira é considerado essencial, pois permite
ao operador realizar pequenos movimentos durante o trabalho sem borrar o campo
cirúrgico e deixar dentistas e auxiliares tocando botões com as mãos
manual. Estes são considerados anti-higiênicos e muitas vezes estão mal
posicionados sob o braço do cliente, o que ocorre principalmente quando o cliente é
obeso, dificultando o acesso do dentista aos comandos; d) Apoios de braços ou
cotovelos - devem ser colocados em posição onde o paciente esteja confortáveis e
não acentuarão a posição do perfil da cadeira; devem ser estreitas, caso contrário
impedirão uma boa aproximação dos profissionais no campo de trabalho. Eles devem
ter a possibilidade de remoção ou remoção para permitir o acesso do paciente. Saquy
e Pécora (1996) fizeram as seguintes recomendações para cadeiras odontológicas:
a) fornecer uma base com tamanho reduzido para que a rotação da coruja não toque
a base da cadeira, tornando-a mais próxima do profissional; b) o encosto deve ser fino
para que o dentista possa colocar o trabalho com as pernas sob o encosto da cadeira
sem desconforto para o paciente; c) a altura máxima é de 80 cm e a mínima é de 43
cm, pois isso facilitará o posicionamento ideal dos profissionais e auxiliares, e na altura
mínima, facilita a entrada e saída do paciente; d) possui apoios de braços para
proporcionar uma posição confortável e descontraída ao paciente, evitando o contato
dentista-paciente, o que pode ser extremamente desagradável nas relações
profissionais;
e) deve ser motorizado de baixo ruído e acionado por meio de sistema
hidráulico, comandos elétricos nas laterais do encosto, movimentos de subida e
descida do assento e encosto e movimentos automáticos (posição de trabalho e
retorno zero);
f) assento e encosto anatomicamente desenhados que proporcionem uma
posição natural e confortável ao paciente;
g) Comandos de pé, substituindo os controles na lateral do encosto, reduzindo
o risco de contaminação;
h) Apoio de cabeça, com movimento de altura e ângulo para acomodar a visão
direta da cabeça do paciente em diferentes quadrantes da cavidade oral durante o
trabalho.

3.1 - MANUTENÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES


O termo manutenção pode ser entendido como o processo de combinação de
todas as ações técnicas e gerenciais e inclui também as atividades de fiscalização
destinadas a manter ou realocar itens que possam desempenhar as funções
requeridas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994).
Quando a manutenção é gerenciada adequadamente, aumenta a
disponibilidade dos equipamentos, melhorando o desempenho e a confiabilidade.
Atuar de forma preventiva com técnicas de antecipação de problemas (VINHAS,
2007).
Segundo Queiroz (2015, p. 3), “Manutenção é uma série de ações que visam
preservar e manter o patrimônio de equipamentos, edificações, estruturas e em bom
estado de funcionamento”.

3.2 - MODELOS DE MANUTENÇÃO


Segundo Vinhas (2007), os modelos de manutenção mais conhecidos e
utilizados em equipamentos e máquinas são a manutenção preventiva e a
manutenção corretiva, e o uso da manutenção preditiva vem crescendo.

3.3 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA


De acordo com a NBR 5462 (1994) da ABNT, a manutenção preventiva é a
manutenção realizada em intervalos pré-determinados para reduzir a probabilidade de
falha operacional ou degradação de um determinado item.
A manutenção preventiva é uma inspeção periódica destinada a prever a
ocorrência de falhas, melhorando a confiabilidade do equipamento, condições de
operação satisfatórias e prolongando a vida útil. Lubrificação, ajuste e limpeza fazem
parte dessa manutenção, reduzindo a chance de falhas. Essa manutenção torna-se
cada vez mais importante e necessária ao longo do tempo, pois o desgaste natural
dos componentes é gradativo (VINHAS, 2007).
Queiroz (2015, p. 3) afirma: “Manutenção preventiva é qualquer serviço
realizado em uma máquina que não apresentou falhas. São realizados em intervalos
pré-determinados para garantir a confiabilidade das peças e do conjunto completo de
equipamentos”.
3.4 - Manutenção corretiva
Segundo Vinhas (2007), a manutenção corretiva é realizada quando o
equipamento falha. A quebra acidental de um item pode custar significativamente mais
do que o investimento em sua proteção. Para este tipo de manutenção, é necessário
um grande estoque de peças, pois podem ocorrer defeitos imprevisíveis.
De acordo com a NBR 5462 (1994) da ABNT, a manutenção corretiva é a
manutenção realizada após a ocorrência de um problema ou falha e é responsável
por solucionar o problema e substituir itens em condições de desempenhar a função
desejada.
3.5 - Manutenção preditiva
Segundo a ABNT (1994), o termo manutenção preditiva inclui a garantia de que
determinado serviço tenha a qualidade exigida, com base na aplicação sistemática de
técnicas analíticas, podendo utilizar monitoramento centralizado ou amostragem para
reduzir ao mínimo a manutenção preventiva. Reduza a manutenção corretiva.
Segundo Donas (2004), a aplicação de técnicas de manutenção preditiva
requer um investimento inicial maior do que outros tipos de manutenção em sistemas
de monitoramento e treinamento de mão de obra para coletar e analisar os dados
obtidos e quais equipamentos utilizar.
3.6 - IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA MANUTENÇÃO
A importância da gestão da manutenção está relacionada ao desenvolvimento
e implantação de procedimentos e padrões técnicos e de qualidade que, se aplicados
corretamente, levarão a serviços aprimorados, otimizados e seguros (ANVISA, 2006).
O processo de gestão da manutenção de equipamentos utilizados na
odontologia inicia-se com o histórico do equipamento, incluindo informações sobre
manutenções preventivas e corretivas anteriores, histórico de incidentes, histórico de
falhas técnicas e operacionais e outras informações relacionadas ao equipamento
(ANVISA, 2006).
Segundo Costa (2013), é necessário utilizar uma abordagem adequada do
sistema de manutenção para que ele não possa mais ser visto como um gasto
adicional e analisado como um fator estratégico para redução de custos.

Figura 1 :Cadeira odontológica


Fonte:Elaboração própria
As cadeiras odontológicas possuem acionamentos como seringas triplas,
turbinas, micromotores, sucção para coleta de resíduos e refletores para iluminação
oral, todos necessários para a prática odontológica. Ele pode controlar dois telefones
celulares, o ar é fornecido pela rede e a água é fornecida pelo reservatório
pressurizado. Ambos são controlados por válvulas nos pedais.
Um plano de manutenção preventiva dos equipamentos do consultório
odontológico em estudo seria uma forma de melhorar o processo de manutenção da
cadeira odontológica, onde todas as atividades seriam registradas e analisadas para
sugerir soluções antes que ocorram problemas. Conforme validado na NBR 5462, a
manutenção preventiva é a manutenção realizada em intervalos pré-determinados,
portanto as atividades são listadas por período.

FIGURA 2:Compressores
Fonte:Elaboração do autor

Na figura 3 abaixo temos a caneta de alta rotação com Falta de manutenção,


com rolamentos estourados e eixo pinça que segura a broca danificado. Perigo
iminente cair na boca do paciente.
Figura 3: Caneta de alta rotação

Fonte:Elaboração do autor

Figura 4:Manutenção sendo realizada no micromotor


Fonte:Elaboração própria

Figura 5:AutoClave

Fonte:Elaboração Própria

3.7 - Desenvolvimento de equipamentos odontológicos ergonômicos


Ao analisar a literatura sobre ergonomia odontológica, verificou-se que há um
número muito grande de estudos que tratam da posição, movimentação e colocação
de equipamentos de escritório (KILPATRICK, 1966; MARQUART, 1976; BARROS,
1991; SAQUY; Pecola, 1996; URIARTE NETO, 1999). Embora haja um consenso
sobre a importância das características dos equipamentos e sua aplicabilidade aos
profissionais, vale a pena notar que não há conselhos ergonômicos abrangentes para
resolver esse problema, e os conselhos existentes mudaram drasticamente em
relação aos equipamentos .
A seguir descrevem-se critérios gerais para o desenvolvimento de dispositivos
mais ergonômicos e utilizáveis que aparecem na literatura.
De acordo com Marquart (1976), o Comitê Ergonômico da Federação Dentária
Internacional (FDI) propõe os seguintes critérios gerais para a construção, instalação
e uso de equipamentos odontológicos funcionais: proteção contra tensão e fadiga;
facilidade de trabalho; facilidade de manutenção; fornecimento de apoio psicológico;
e, proporcionar segurança e conforto ao paciente.
Para Couto (1978), não basta recomendar técnicas e localizações se os
equipamentos utilizados não forem projetados adequadamente. Na odontologia, como
em qualquer profissão, é impossível trabalhar ergonomicamente, mesmo com todo o
empenho de um profissional, se você não tiver ferramentas suficientes. Portanto, o
equipamento é considerado uma parte importante do trabalho ergonômico.
Barros (1993), em livro que trata de ambientes físicos de trabalho,
especialmente equipamentos odontológicos, concorda com esse ponto de vista,
afirmando que preço, aparência, qualidade, funcionalidade e acessibilidade devem ser
as considerações primordiais na escolha dos equipamentos. tecnologia e
manutenção.
Segundo Pollack (1996), os equipamentos não devem, pelo menos,
impossibilitar que as equipes de trabalho se mantenham em posições ergonômicas.
O autor observou que visibilidade, conforto, controle de tempo e acesso à área de
prática são objetivos para os cirurgiões-dentistas. Portanto, além de não ser um
empecilho, o equipamento também deve levar em consideração as características
inerentes ao trabalho odontológico e proporcionar melhorias no desempenho da
tarefa.
Rucker (2000) sugeriu que os fabricantes identifiquem as necessidades da
maioria dos mercados e desenvolvam um produto simples que possa atender a uma
variedade de necessidades clínicas, atendendo assim às necessidades mais
especializadas. O dispositivo deve poder ser usado em muitos lugares e fornecer uma
ampla variedade de comandos para usuários ocupados que têm pouco ou nenhum
tempo para treinamento.

CONCLUSÃO
Conclui-se que os sistemas de gestão da manutenção são desenvolvidos com
vantagens de praticidade e eficiência, utilizando métodos que auxiliam o
departamento de manutenção a identificar problemas recorrentes e atuar nas causas
raízes, podendo assim padronizar a execução das atividades. Desta forma, a
manutenção preventiva planejada torna-se de extrema importância para as
instituições de ensino minimizar avarias, confiabilidade e prolongar a vida útil da
cadeira odontológica.
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2006. Disponível em:
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