Você está na página 1de 9

10 10 10 10

09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

APLICADO
DIREITO PÚBLICO
TEORIA GERAL DO
MÓDULO 8: DIREITO ELEITORAL
CONSTITUCIONAL
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

TEMA 01 – ESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL


10

10

10

10

E O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL NA


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
0

0
1

1
66

66

66

66

BRASIL
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Aula I - Condições de Elegibilidade

TEXTO

A Justiça Eleitoral, como seu próprio nome sugere, integra o Poder Judiciário

brasileiro e trata de matéria específica cuja competência é federal. Isso quer dizer que,
ainda que a Justiça Eleitoral seja uma justiça especializada, trata-se de uma justiça de

competência federal.

Quando da promulgação do texto constitucional de 1988, o constituinte originário


optou por conferir ao Poder Judiciário a função de administrar as eleições. Ou seja,

adota-se o sistema jurisdicional para a realização do controle do processo eleitoral.


Isso ocorre pelo fato de que os membros dos demais Poderes (Legislativo e Executivo)

são os principais interessados na execução do processo democrático (uma vez que são
eleitos justamente pelo processo que se pretende administrar).

A Justiça Eleitoral, importante mencionar, não tem membros próprios, mas, sim,

“emprestados”, “aproveitados” de outros ramos da Justiça (o que não significa que não
0

0
1

1
66

66

66

66

tenha estrutura de funcionamento, pelo contrário, possui a mesma estrutura da Justiça


46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

Estadual e da Justiça Federal). Sendo assim, é correto dizer que inexiste magistratura
própria na Justiça Eleitoral, que será composta por juízes oriundos de várias carreiras

da magistratura e de diferentes graus hierárquicos. Trata-se de uma composição


0

0
1

1
66

66

66

66

heterogênea dentro do próprio Poder Judiciário.


46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

Os juízes eleitorais alocados na 1ª Instância são “emprestados” da Justiça Comum


Estadual, ou seja, os juízes que funcionam na Justiça Eleitoral são juízes de 1ª Instância
0

da Justiça Estadual. Já os promotores, são promotores de Justiça, também escolhidos


1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

dentre os integrantes do MP Estadual. Tanto os juízes, como os promotores, receberão


10

10

10

10

gratificação pelo desempenho da tarefa.


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Já na 2ª Instância, a Justiça Eleitoral se estrutura dentro da perspectiva da Justiça
Federal, de modo que:

1. O membro do MP é um Procurador Regional Federal escolhido pelo Procurador-

Geral da República (que também exerce o papel de Procurador-Geral Eleitoral).

2. O corpo de juízes do TRE também é emprestado e é composto de juízes estaduais,


federais, desembargadores e juízes advogados escolhidos pelo Tribunal de Justiça e

nomeados pelo Presidente da República (por se tratar de uma Justiça Federal).

* Os juízes advogados são escolhidos pelo Presidente da República a partir de lista


tríplice confeccionada pelo próprio Poder Judiciário, sem a participação, em regra, da

OAB. Os membros continuarão sendo advogados, desde que não haja conflitos de
interesses entre o exercício da advocacia e o cargo que ocupam.

Todos os membros “emprestados” possuem mandato de 2 anos, podendo

permanecer, no caso dos juízes advogados, até 8 anos (2 anos como substituto, 2 anos
como titular, mais 2 anos como substituto e mais 2 últimos anos como titular) e, no

caso dos juízes estaduais, federais e desembargadores poderão ficar até 4 anos.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

Isso significa que, ao menos, de 4 em 4 anos o corpo do Tribunal Regional Eleitoral irá
10

10

10

10

mudar.

O mesmo acontece com os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral, onde os ministros


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

também deverão cumprir mandato. Entretanto, existem algumas particularidades:


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

(I) Os Ministros do STJ, ainda que pudessem ficar mais, ficam apenas 2 anos.

(II) Os Ministros do STF costumam ter seus mandatos prorrogados por mais 2 anos.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

(III) Os juristas costumam ficar 2 anos como substitutos, mais 2 anos de substitutos, 2
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

anos de titulares e mais 2 anos como titulares.


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
A cada prorrogação deverá existir a lista tríplice e o aval do Presidente da República.

A rotatividade, ou temporariedade das funções, de membros da Justiça Eleitoral é


importante uma vez que a Justiça Eleitoral é a responsável por julgar mandatos,

lidando, de forma direta, com a democracia e com os aspectos políticos da sociedade.


Há quem defenda que tal rotatividade é benéfica para esse ramo da Justiça, de forma

que, em razão da periodicidade dos mandatos, evita que os membros se enfraqueçam


e se tornem parciais em razão do grande contato político a que estão expostos.

Há que defenda, entretanto, que tal dinâmica não é favorável pois, os magistrados que

compõem o quadro, quando começam a entender o funcionamento complexo do


órgão e da matéria, precisam sair em razão do esgotamento do prazo de seu mandato.

A rotatividade ocasiona, também, a maior rotatividade de jurisprudência.

O texto constitucional, assim, visando proteger a democracia dessas mudanças de


pensamentos, próprias do processo democrático e da rotatividade dos membros da

Justiça Eleitoral, estabeleceu alguns instrumentos:

1. Princípio da Anualidade: encontra previsão no art. 16 da Constituição Federal e de


acordo com a jurisprudência do STF, será aplicada às normas que tratem da escolha
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

do eleitor, ou seja, não envolve nas regras de propaganda eleitoral, por exemplo:
10

10

10

10

“ Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data
0

de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)


1

1
66

66

66

66
46

46

46

46


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

2. Já o art. 14, §10º da Constituição Federal só permite que os mandatos sejam cassados
nas hipóteses ali previstas por meio de ação própria:
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

“ Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. “

JURISPRUDÊNCIA

1. Acórdão TRE-RJ RE-2.923 02 de abril de 2014

Relator: Abel Fernandes Gomes


RECURSO ELEITORAL. DUPLICIDADE DE FILIAÇÃO. A NOVA REDAÇÃO DO PARÁGRAFO

ÚNICO DO ART. 22 DA LEI Nº 9096/95 MANTÉM A FILIAÇÃO MAIS RECENTE. NORMA


DE NATUREZA ADMINISTRATIVA. NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ANUALIDADE

ELEITORAL. APLICAÇÃO IMEDIATA DO DISPOSITIVO ALTERADO. CANCELAMENTO DA


FILIAÇÃO AO PSDB. PROVIMENTO DO RECURSO. MANUTENÇÃO DA FILIAÇÃO MAIS
RECENTE AO PV. 2. Acórdão TRE-RJ RP-352.043 13 de agosto de 2014. Relator
ALEXANDRE CHINI NETO. Recurso. Representação Eleitoral. Propaganda Irregular. 1.

Reconhecido o caráter eleitoral das postagens veiculadas através da rede social


Facebook. Aplicação da pena prevista no artigo 36 § 3º da Lei das Eleições. 2- A Nova

redação do art. 36-A da Lei 9.504/94, trazida ao processo eleitoral pela Lei nº 12.891,
de 11 de dezembro de 2013, não se aplica as eleições de 2014, em respeito à segurança

jurídica e ao princípio da anualidade eleitoral, consagrado no art. 16 da Constituição


Federal. 3- A garantia constitucional da livre manifestação do pensamento não pode
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

servir para albergar a prática de ilícito eleitoral. 4-. Desprovimento do Recurso.


10

10

10

10

LEITURA COMPLEMENTAR
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

“ A AIME - Ação de Impugnação de Mandato Eletivo é uma ação eleitoral prevista no


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

corpo da Constituição Federal, especificamente no art. 14, § 10, e tem como objetivo
atacar diretamente o mandato obtido por um candidato eleito, em face da ocorrência

de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude, podendo ser intentado até quinze
0

0
1

1
66

66

66

66

dias após a obtenção do diploma. (...) “


46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Para íntegra do texto, segue link abaixo:

O que significa uma AIME e qual sua importância dentro do cenário atual?

LEGISLAÇÃO

Constituição Federal

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder

econômico, corrupção ou fraude.

BIBLIOGRAFIA
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

CANOTILHO, J. J. Gomes; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz; MENDES, Gilmar
10

10

10

10

Ferreira. Comentários a Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013.

CHEIM, Flávio Jorge; LIBERATO, Ludgero; RODRIGUES, Marcelo Abelha. Curso de


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

Direito Eleitoral. São Paulo. Juspodivm. 2016


09

09

09

09
10

10

10

10

GOMES, José Jairo; Direito eleitoral; São Paulo:14. ed. rev., atual. e ampl.: Atlas, 2018.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo: Atlas.


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet.
Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 33ª ed. atual. São

Paulo: Malheiros, 2010.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros,
2005.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

Você também pode gostar