Você está na página 1de 11

10 10 10 10

09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

APLICADO
DIREITO PÚBLICO
TEORIA GERAL DO
MÓDULO 8: DIREITO ELEITORAL
CONSTITUCIONAL
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

TEMA 01 – ESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL


10

10

10

10

E O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL NA


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
0

0
1

1
66

66

66

66

BRASIL
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Aula II - Condições de Inelegibilidade

TEXTO

1. Quitação eleitoral (cumprir com todas as obrigações eleitorais)

A princípio, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu apenas 6 condições

de elegibilidade, no §3º do seu art. 14. Entretanto, tal dispositivo

constitucional não previu expressamente a quitação eleitoral como sendo

uma condição para ser eleito, como mostrado a seguir:

“ Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio

universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para

todos, e, nos termos da lei, mediante:


§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;


0

0
1

1
66

66

66

66

V - a filiação partidária;
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da


República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

e do Distrito Federal;
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual

ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador. “


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Deste modo, é possível dizer que a quitação é uma exigência implícita,
encontrada dentro da obrigatoriedade da filiação partidária e de

comprovação do domicílio eleitoral.

Quitação eleitoral abrange, ainda, de acordo com a Resolução nº 21.823/04


do Tribunal Superior Eleitoral, a inexistência de multas aplicadas e não

pagas, além de outras pendências financeiras:

O conceito de quitação eleitoral reúne a plenitude do gozo dos direitos


políticos, o regular exercício do voto, salvo quando facultativo, o

atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos

relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo,


pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias legais, e a
regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se tratar de

candidatos.

A exigibilidade de quitação eleitoral como requisito de elegibilidade se

apresenta como marco que define que as condições de elegibilidade da


Constituição Federal não constituem rol taxativo, mas, sim, exemplificativo.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

Entretanto, o que acontecerá se, após o registro da candidatura, o candidato


10

10

10

10

perder algum dos requisitos exigidos? Trata-se de discussão que se


estendeu por anos: a princípio, a Justiça Eleitoral entendeu, junto com o
Supremo, que, se preenchidos todos os requisitos na data do registro da
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

candidatura, nada importaria se ele os perdesse após o registro,


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

continuando a figurar como candidato. Assim, os fatos supervenientes não


seriam admitidos para efeitos de comprovação de que o candidato incorria

em inelegibilidade.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Na sequência, passou-se a defender a necessidade de existir um meio termo
para esse pensamento, de modo que a jurisprudência e o regramento legal

(Lei nº 9.504/97, em seu art. 11, §10) passaram a dispor que fatos

supervenientes ao registro seriam considerados. Entretanto, a lei previu que

seriam fatos supervenientes relacionados apenas às causas de


inelegibilidade, não se admitindo os vinculados às condições de

elegibilidade.

“ Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral


o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15

de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de


inelegibilidade devem ser aferidas no momento da

formalização do pedido de registro da candidatura,


ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes

ao registro que afastem a inelegibilidade. “

A jurisprudência, entretanto, ao evoluir mais uma vez, entendeu que tal

artigo também poderia ser aplicado para as condições de elegibilidade.


0

Os fatos supervenientes, importante mencionar, não poderão ser levantados


1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

após a diplomação do candidato eleito, isto é, após diplomado, o candidato


10

10

10

10

terá o seu mandato estabilizado.

2. Candidatura avulsa
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

O texto constitucional, como já sabemos, exige, em seu art. 14, §3º, inciso V,
a filiação partidária como condição de elegibilidade, nos termos da lei.

Entretanto, até o momento, nunca se questionou a existência de filiação


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

partidária e ninguém defendeu, com veemência, a possibilidade de


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

candidatura avulsa.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
O fato é que, diante de exigência constitucional, houve pedido de candidato

que pediu a sua candidatura fosse registrada sem uma filiação partidária.

A matéria chegou ao Supremo, sendo reconhecida a repercussão geral para


o tema, que, ainda, encontra-se sob discussão (para acompanhar: ARE

1.054.490). O Supremo deverá avaliar se a exigência de filiação partidária

está de acordo com o disposto no Pacto de San Jose da Costa Rica, que

prevê que apenas tal pacto poderá estabelecer limitação ao exercício dos
direitos políticos.

3. Participação feminina na política

Trata-se de assunto muito discutido e de um problema de

representatividade que ocorre não só do Brasil, mas, sim, em âmbito

mundial: a participação feminina na política no mundo não alcança sequer

23% dos eleitos e isso se relaciona com o perfil cultural em que estamos

inseridos.
0

O fato fez com que, não só a lei, como também o STF, entendessem que há
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

uma perspectiva diferenciadora e machista, tornando necessária a existência


10

10

10

10

de ações afirmativas como forma de proteção para as mulheres que


desejam se inserir na política.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

Como reflexo de tais ações, estabeleceu-se reserva de vagas de candidatos


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

de 30% para as mulheres e que fossem reservados, ainda, recursos para suas
campanhas. A reserva de vagas, entretanto, não tem refletido na realidade

quando estamos diante de quem ocupa as cadeiras nas Casas Legislativas e


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

no Executivo.
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Para saber mais, leia a decisão do STF proferida na ADI 5617. Segue um
trecho, noticiado no site da nossa Corte Suprema:

“ Quinta-feira, 15 de março de 2018

STF garante mínimo de 30% do fundo partidário destinados a


campanhas para candidaturas de mulheres

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de

votos, que a distribuição de recursos do Fundo Partidário

destinado ao financiamento das campanhas eleitorais

direcionadas às candidaturas de mulheres deve ser feita na


exata proporção das candidaturas de ambos os sexos,

respeitado o patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres


previsto no artigo 10, parágrafo 3º, da Lei 9.504/1997 (Lei das

Eleições). No julgamento da Ação Direta de


Inconstitucionalidade (ADI) 5617, o nesta quinta-feira (15), o

Plenário decidiu ainda que é inconstitucional a fixação de

prazo para esta regra, como determina a lei, e que a

distribuição não discriminatória deve perdurar enquanto for

justificada a necessidade de composição mínima das


candidaturas femininas. “
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

LEITURA COMPLEMENTAR
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

O caso concreto específico é o de um candidato a prefeito que pretendeu

concorrer às eleições municipais independentemente de filiação partidária.


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

Na minha reflexão sobre o tema, eu começo com um pouco de história, a


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

história tanto dos partidos políticos quanto da possibilidade de


candidaturas avulsas ao longo da experiência brasileira.
0

0
1

1
66

66

66

66

Para íntegra do texto, segue link abaixo:


46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
Manifestação sobre repercussão geral

LEGISLAÇÃO

Constituição Federal

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo

voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e


Senador;
0

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito


1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

Federal;
10

10

10

10

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,


Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

Lei 9.507/97

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46

seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que


1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

se realizarem as eleições.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem
ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da

candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes

ao registro que afastem a inelegibilidade.

JURISPRUDÊNCIA

1 - Súmula-TSE nº 42: A decisão que julga não prestadas as contas de

campanha impede o candidato de obter a certidão de quitação eleitoral


durante o curso do mandato ao qual concorreu, persistindo esses efeitos,

após esse período, até a efetiva apresentação das contas.

2 - Súmula-TSE nº 50: O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a


comprovação do cumprimento regular de seu parcelamento após o pedido

de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta a ausência de

quitação eleitoral.

3 - Súmula-TSE nº 57: A apresentação das contas de campanha é suficiente

para a obtenção da quitação eleitoral, nos termos da nova redação


0

0
1

conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/97, pela Lei nº 12.034/2009.


66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10

BIBLIOGRAFIA
0

CANOTILHO, J. J. Gomes; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz;


1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09

MENDES, Gilmar Ferreira. Comentários a Constituição do Brasil. São


10

10

10

10

Paulo: Saraiva/Almedina, 2013.

CHEIM, Flávio Jorge; LIBERATO, Ludgero; RODRIGUES, Marcelo Abelha.


0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

Curso de Direito Eleitoral. São Paulo. Juspodivm. 2016


09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
GOMES, José Jairo; Direito eleitoral; São Paulo:14. ed. rev., atual. e ampl.:
Atlas, 2018.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo:

Atlas.

MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo

Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva,

2015.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32ª ed. São Paulo: Atlas,

2016.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 33ª ed.

atual. São Paulo: Malheiros, 2010.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São Paulo:

Malheiros, 2005.
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
0

0
1

1
66

66

66

66
46

46

46

46
1

1
09

09

09

09
10

10

10

10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10
10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

10 10 10 10
09 09 09 09
146 146 146 146
66 66 66 66
10 10 10 10

Você também pode gostar