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APLICADO
DIREITO PÚBLICO
TEORIA GERAL DO
MÓDULO 8: DIREITO ELEITORAL
CONSTITUCIONAL
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TEMA 01 – ESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL


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E O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL NA


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
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BRASIL
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Aula IV - Partidos Políticos

TEXTO

O tema “partidos político” é considerado, por muitos autores, como o assunto mais

complicado discutido pela Justiça Eleitoral e pela sociedade brasileira. Isso se deve em
razão da prerrogativa da autonomia partidária, responsável por causar grande

descrença no funcionamento dos partidos políticos.

O nosso texto constitucional, promulgado e com o início de sua vigência em um

cenário de ruptura institucional, fez com que os partidos políticos fossem pensados
para funcionar em um contexto de mudança significativa no que se refere à intervenção

que, antes, era realizada pelo Estado em seu funcionamento (intervenção essa lida
como antidemocrática). Sendo assim, foi dada aos partidos políticos a prerrogativa da

autonomia partidária, com limites, considerados vagos, estabelecidos pelo próprio


texto constitucional. Tais limites dizem respeito ao respeito à isonomia, à dignidade da

pessoa humana, aos direitos fundamentais e ao Estado democrático.


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Como um desdobramento da autonomia partidária existe a possibilidade de auto-


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organização dos partidos políticos, que permite que os próprios partidos definam

como os seus representantes são eleitos, para onde vão os recursos da campanha,
como seus representantes são eleitos, como se dá a sua organização interna e, ainda,
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como os candidatos às eleições são escolhidos. Sendo assim, tais escolhas são
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realizadas de forma blindada pela autonomia partidária e pela auto-organização,

seguindo critérios estabelecidos pelo próprio partido em seu estatuto.


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Em tais possibilidades encontra-se o foco de grande debate, uma vez que os partidos
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políticos são o filtro absoluto da democracia e a filiação partidária é uma condição de


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elegibilidade (ainda que esteja sob discussão perante o Supremo Tribunal Federal a
possibilidade da candidatura avulsa).

A existência da autonomia não significa, entretanto, que não exista controle dos atos

praticados pelos partidos políticos: a Justiça Eleitoral é o órgão controlador da


legalidade dos gastos de recursos dos partidos, bem como da constitucionalidade dos

seus estatutos (que devem, necessariamente, passar por homologação perante à


Justiça Eleitoral, conforme art. 17, §2º da CF/88 e art. 7º da Lei 9.096/1995). Em caso de

mudança de estatuto, também deverá existir nova homologação.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma
da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

Nos últimos tempos, o debate acerca dos partidos políticos também se aflorou em
razão das chamadas “comissões provisórias” dos partidos.

Para entender tal discussão, é importante saber que os partidos sempre serão criados
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em âmbito nacional (art. 17, I da CF/88), entretanto, a Lei que regulamenta os partidos
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políticos (Lei 9.096/1995) permite que se organizem de forma estadual e municipal

através de diretórios e através das comissões provisórias (comissões que não são
escolhidas por filiados por processo de eleição próprios do partido mas, sim, criadas
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para serem temporárias com dirigentes escolhidos por grupos dentro do partido),
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conforme art. 15, IV:

Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
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IV - modo como se organiza e administra, com a definição de sua


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estrutura geral e identificação, composição e competências dos órgãos


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partidários nos níveis municipal, estadual e nacional, duração dos


mandatos e processo de eleição dos seus membros;
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Nesse contexto, as comissões poderiam ser criadas e extintas a qualquer tempo, dando

ensejo à possibilidade de criar pressões políticas dentro dos partidos capazes de levar
a escolhas direcionadas, inclusive no que se refere aos candidatos que concorrerão às

eleições.

Por tal razão, o TSE, após o assunto entrar em pauta de debate, decidiu pela
impossibilidade de criação infinitas de comissões provisórias, que só poderiam

funcionar pelo prazo de 180 dias.

Isso acabou gerando uma “guerra” com os partidos políticos e com o próprio Poder
Legislativo, que aprovou de uma Emenda Constitucional nº 97, de 2017) responsável

por alterar o §1º do art. 17 da Constituição Federal, que passou a prever que os partidos
políticos podem criar suas estruturas internas incluindo seus órgãos provisórios:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração
de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e
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funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas


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coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições


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proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas


em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
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Entretanto, a decisão do TSE não foi afetada, uma vez que não teve o condão de proibir
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a criação das comissões provisórias, mas, sim, de limitar o seu tempo de

funcionamento.
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É importante, por último, estabelecer que autonomia partidária poderá ser dividida em:
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autonomia ideológica, financeira, administrativa e de participação nas eleições.


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LEITURA COMPLEMENTAR

“ Recentemente, a Justiça Eleitoral passou a examinar casos concretos envolvendo

requerimentos de registros de candidatos, cujos estatutos partidários não previam


expressamente o prazo mínimo de seis meses de filiação partidária. As controvérsias

jurídicas que porventura surjam no pleito eleitoral devem ser sanadas tanto com base
no ordenamento jurídico eleitoral, que possui normas próprias e especificas, como na

Constituição, na qual aquele busca seus vetores normativos. (...) “

Para íntegra do texto, segue link abaixo:

Filiação e autonomia partidária,

LEGISLAÇÃO

4.737/1965 (Código Eleitoral)

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,


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resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os


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direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:


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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
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provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de


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escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua


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celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as


candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus

estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada


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pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)


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§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Lei 9.096/1995

Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil,

registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
IV - modo como se organiza e administra, com a definição de sua estrutura geral e

identificação, composição e competências dos órgãos partidários nos níveis municipal,


estadual e nacional, duração dos mandatos e processo de eleição dos seus membros;

BIBLIOGRAFIA

CANOTILHO, J. J. Gomes; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz; MENDES, Gilmar

Ferreira. Comentários a Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013.

CHEIM, Flávio Jorge; LIBERATO, Ludgero; RODRIGUES, Marcelo Abelha. Curso de


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Direito Eleitoral. São Paulo. Juspodivm. 2016


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GOMES, José Jairo; Direito eleitoral; São Paulo:14. ed. rev., atual. e ampl.: Atlas, 2018.
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MORAES, Alexandre. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo: Atlas.


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MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet.

Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015.


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MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.
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SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 33ª ed. atual. São
Paulo: Malheiros, 2010.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros,

2005.
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