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6.1 – Introdução.
A Termologia ou Termofísica estuda os fenômenos ligados à energia térmica e assim como
outros fenômenos Físicos, podem ser interpretados sob perspectiva macro ou microscópicas.
O estudo Macroscópico está ligado aos aspectos globais do sistema, como Volume e
Temperatura. Microscopicamente, consideramos a energia interna de um sistema ou de cada
molécula e interações.
Para compreender o que é calor, temperatura e sensação térmica, iniciaremos nossa conversa
lendo o texto que segue:
__ Calor.
__ Então é você que provoca as secas, algumas queimadas e outros tantos acontecimentos?
__ Como? Quer dizer que você é culpado pelas cheias, pelas enchentes?
__Não, não... Ele não existe! Nunca existiu! Na verdade, sou o responsável pelas geadas, pelas
tempestades de neve etc.
__ Não se espante. Posso explicar como tudo acontece. Mas talvez fosse melhor começar por
um caso particular. O senhor já deve ter se esquentado,
__E também já deve ter pego um dia de inverno, com o céu encoberto, em que sentiu os pés
gelarem.
__ Pois bem, sou o responsável por essas situações. Chego diariamente em grande
quantidade na Terra, vindo do Sol. Na verdade, uma grande estrela, cuja superfície apresenta
uma temperatura de 6 000°C... É muito quente.
__ Se você vem de um lugar em que a temperatura é de 6.000°C é razoável que você possa
esquentar. Mas e sobre as geadas e sensações de frio? Como isso é possível?
__ Calma, eu chego lá. Tenha um pouco de paciência. O Sol não me envia sozinho, mas em
“bandos”.
Todos nós aquecemos, mas alguns fazem outras coisas, além disso. Uns vêm com a função de
colorir o mundo na forma de luzes: vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta.
Outros não são visíveis como a luz, mas têm a capacidade de esquentar muito a pele humana,
como a radiação ultravioleta, que em excesso pode fazer mal aos seres vivos, pois pode
modificar o código genético das células.
__ Espere um momento. Quer dizer que você e a radiação são a mesma coisa?
__ Você está me deixando confuso. Afinal de contas, quem você é? Até agora não me disse
como pode produzir geadas e frio...
__ Agora estou me lembrando de alguns relatos antigos, nos quais as pessoas afirmavam que,
ao por um corpo quente em contato com um frio, havia passagem de um fluido do primeiro
para o segundo. Então você é esse tal fluido!
__ Essas histórias são muito antigas... As pessoas nem se lembram mais delas.
__ Não é bem assim... Muita gente ainda se lembra disso. Acredita-se que você se escondia
no fogo e de lá seguia por toda vizinhança, esquentando tudo ao seu redor. Havia até quem
dissesse que, ao se instalar nos corpos, você aumentava o “peso” deles. Você era chamado
por alguns de calórico.
__ Tudo engano. Não sou um fluido nem nada de material. É que as pessoas são curiosas e,
ao tentarem compreender os fenômenos envolvendo as sensações térmicas de quente e frio,
usam informações e ideias disponíveis na época. Percebiam que, ao receber calor, uma barra
de ferro dilatava um pouco e concluíam que a dilatação ocorria porque o ferro ganhara algo.
Esse “algo” deveria ser um tipo de matéria, e portanto, o corpo aquecido tinha seu “peso”
aumentado.
__ Pararam porque, entre outras coisas, ao “pesarem” alguns corpos que ganhavam calor
viram que o “peso” não variava.
__ Esse resultado deve ter sido inesperado. Como os estudiosos da época reagiram a isso?
__ A natureza é cheia de surpresas. A todo o momento ela nos desafia, exigindo novas ideias.
A reação de muitos foi abandonar a ideia de fluido e adotar outra. Outros insistiram na
existência do calórico, porém como um fluido sem massa.
__ Tudo bem. Já entendi como você esquenta as coisas e que você não é um fluido. Mas estou
ficando irritado com sua má vontade em responder minha pergunta: como consegue fazer
gelo?
__ Espere um pouco, não falei isso. Afinal, não sou uma geladeira. Disse que também sou
responsável pelas coisas frias. Mas é por omissão!
__ Por ação ou por omissão, para mim dá no mesmo! Pode ir se explicando... E sem rodeios!
__ Pois bem. Vamos voltar à radiação solar. Qualquer uma das radiações, ao ser absorvida
pelos objetos, aumenta a vibração de suas moléculas. É uma magnífica transformação de
__ Muito interessante...
__Tudo bem, tudo bem. Só que você ainda não me explicou como consegue esfriar as coisas...
__ Estou chegando lá. Se o Sol não enviasse uma quantidade enorme de radiação para Terra,
de onde as moléculas de superfície terrestres ganhariam energia para vibrar? Se não
vibrassem, permaneceriam frias.
Quanto menos vibrarem, mais baixa será a temperatura do corpo que elas constituem. Ou
seja, o corpo que não ganhar calor permanecerá gelado.
__ Pois é... Os corpos que já se encontram com temperatura elevada podem esfriar ao perder
calor, isto é, ao cedê-lo para a vizinhança. Sou eu “caindo fora” da situação.
__ Isso mesmo. O que existe é o calor, uma maravilhosa sensação que o senhor não vê, mas
sente na própria pele! Minha ausência deixa os corpos frios. Que tal conhecer-me ainda
melhor?
Como podemos ver, termos como “Calor”, “Temperatura” e “Sensação Térmica”, tão comuns
e erronaeamente utilizados zxaté como sinônimos no nosso dia a dia, assumem significados
distintos na Física.
A Energia Térmica de um corpo está associada a agitação molecular dos constituintes de sua
matéria. A média dessa agitação molecular, associamos uma escala e denominamos
TEMPERATURA.
6.2 – Termometria
Para tornar mais precisa a noção de temperatura, não recorrendo simplesmente a nossa
sensação térmica, utiliza-se equipamentos ditos “termômetros”, que são montagens onde
conhecemos como uam ou mais grandezas físicas de uma substância dita termométrica, varia
em função da temperatura. Por exemplo, nos termómetros covencionais (ilustrado abaixo),
avalia-se como a coluna de mercúrio se expande em função do aumento da temperatura e
associa-se a essa variação uma “escala termométrica”.
Para que o termômetro possa aferir a temperatura do indivíduo, é necessário que se tenha
estabelecido o equilíbrio térmico entre eles, motivo pelo qual há a necessidade dos três minutos de
contato.
2. (Enem) Nos dias frios, é comum ouvir expressões como: “Esta roupa é quentinha” ou então “Feche
a janela para o frio não entrar”. As expressões do senso comum utilizadas estão em desacordo com o
conceito de calor da termodinâmica. A roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela
janela.
A utilização das expressões “roupa é quentinha” e “para o frio não entrar” é inadequada, pois o(a)
a) roupa absorve a temperatura do corpo da pessoa, e o frio não entra pela janela, o calor é que sai
por ela.
b) roupa não fornece calor por ser um isolante térmico, e o frio não entra pela janela, pois é a
temperatura da sala que sai por ela.
c) roupa não é uma fonte de temperatura, e o frio não pode entrar pela janela, pois o calor está contido
na sala, logo o calor é que sai por ela.
d) calor não está contido num corpo, sendo uma forma de energia em trânsito de um corpo de maior
temperatura para outro de menor temperatura.
e) calor está contido no corpo da pessoa, e não na roupa, sendo uma forma de temperatura em
trânsito de um corpo mais quente para um corpo mais frio.
Os corpos não possuem calor, mas sim, energia térmica. Calor é uma forma de energia térmica que
flui espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de menor.
Em março de 2020, a Unicamp e o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), dos Estados
Unidos, assinaram um acordo de cooperação científica com o objetivo de desenvolver tanques para
conter argônio líquido a baixíssimas temperaturas (criostatos). Esses tanques abrigarão detectores
para o estudo dos neutrinos.
3. (Unicamp) A temperatura do argônio nos tanques é TAr = -184 °C. Usualmente, a grandeza
“temperatura” em física é expressa na escala Kelvin (K). Sabendo-se que as temperaturas
aproximadas do ponto de ebulição (TE ) e do ponto de solidificação (TS ) da água à pressão
atmosférica são, respectivamente, TE » 373 K e TS » 273 K, a temperatura do argônio nos tanques
será igual a
a) 20 K.
b) 89 K.
c) 189 K.
d) 457 K.
4. (Famerp) Um termômetro de mercúrio está graduado na escala Celsius (°C) e numa escala
hipotética, denominada Rio-pretense (°RP). A temperatura de 20 °C corresponde a 40 °RP.
a) Sabendo que a variação de temperatura de 1,0 °C corresponde a uma variação de 1,5 °RP, calcule
a indicação equivalente a 100 °C na escala Rio-pretense.
b) Considere que haja 1,0 cm3 de mercúrio no interior desse termômetro quando a temperatura é
0 °C, que a área da seção transversal do capilar do termômetro seja 1,2 ´ 10-3 cm2 e que o
coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio seja 1,8 ´ 10-4 °C-1. Calcule a variação do volume
do mercúrio, em cm3, entre 0 °C e 20 °C. Calcule a distância, em centímetros, entre as indicações
0 °C e 20 °C nesse termômetro, desprezando a dilatação do vidro.
100 - 20 x - 40
=
21 - 20 41,5 - 40
80 x - 40
=
1 1,5
80 ´ 1,5 = x - 40 Þ x = 120 + 40 \ x = 160 °RP
ΔV = V0 × γ × ΔT
ΔV = 1,0 cm3 × 1,8 ´ 10-4 °C-1 × ( 20 - 0 ) °C
Para essa variação de volume, a altura de coluna de mercúrio será dada por:
ΔV = A st × h
ΔV 3,6 ´ 10-3 cm3
h= =
A st 1,2 ´ 10-3 cm2
\ h = 3 cm
∆𝑸
𝚽=
∆𝒕
Sua unidade no SI é o Watt(W), que corresponde a Joule por Segundo (J/s). Em calorimetría usa-se
Cal/s.
𝑲. 𝑨. ∆𝜽
𝚽 =
𝑳 onde:
𝐶𝑎𝑙
Φ é 𝑜 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑚 𝑜𝑢 𝑊;
𝑠
𝐾 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
∆𝜃 = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠;
𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑜𝑢 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒.
Consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra por meio de transporte
de materia, fato que só pode ocorrer nos Fluidos (gases e líquidos).
Algumas aplicações e consequências da Convecção térmica:
• Chaminés;
• Correntes de vento;
• Posicionamento de Aparelhos de Ar condicionado ou aquecedores de ambiente;
• Brisas Marítima e Terrestre.
O Efeito Estufa:
A combinação dos diversos processos de transmissão de calor, gera o “Efeito Estufa”. Tal
efeito tem se intensificado no último século pela alta atividade humana e despejo de milhares
de toneladas de gases poluentes na atmosfera.
a) 0,50.
b) 0,67.
c) 0,75.
d) 1,33.
e) 2,00.
A A = 6 × 40 cm × 40 cm = 9600 cm2
AB = 4 × 60 cm × 40 cm + 2 × 40 cm × 40 cm = 12800 cm2
3. (Enem) Em 1962, um jingle (vinheta musical) criado por Heitor Carillo fez tanto sucesso
que extrapolou as fronteiras do rádio e chegou à televisão ilustrado por um desenho animado.
Nele, uma pessoa respondia ao fantasma que batia em sua porta, personificando o “frio”, que
não o deixaria entrar, pois não abriria a porta e compraria lãs e cobertores para aquecer sua
casa. Apesar de memorável, tal comercial televisivo continha incorreções a respeito de
conceitos físicos relativos à calorimetria.
DUARTE, M. Jingle é a alma do negócio: livro revela os bastidores das músicas de
propagandas. Disponível em: https://guiadoscuriosos.uol.com.br. Acesso em: 24 abr. 2019
adaptado).
As lãs e cobertores não funcionam como “aquecedores”, mas sim evitando que o calor
presente na casa e no corpo da pessoa seja transferido para o ambiente exterior. Ou seja,
servem para minimizar as perdas de calor.
Como o metal apresenta maior condutividade térmica que a madeira, ele absorve calor mais
rapidamente da mão da pessoa, ocorrendo maior fluxo de calor para o metal do que para a
madeira. Isso dá à pessoa a sensação térmica de que o metal está mais frio.
𝑸
𝐶=
∆𝜽
A Capacidade térmica de um corpo também pode ser expressa como o produto de sua massa (m) pelo
calor específico da substância que o constitui.
𝐶 = 𝒎. 𝒄
𝑸 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽
Definição de Caloria:
Define-se caloria como a quantidade de calor necessária para variar em 1°C, 1g de água.
Mais especificamente, de 14,5°C para 15°C, ao nível do mar.
1 caloria = 4,1868 Joules
1 Kcal = 100 cal.
Se o sistema de aquecimento for desligado por 1h, qual o valor mais próximo para a redução
da temperatura da água do aquário?
a) 4,0 °C
b) 3,6 °C
c) 0,9 °C
d) 0,6 °C
e) 0,3 °C
Valor
70 kcal
energético
Carboidratos 0,8 g
Proteínas 3,5 g
70000 cal
Q = 2,5 g × = 17500 cal
10 g
50
Q' = × 17500 cal = 8750 cal
100
4. (Enem) Para preparar uma sopa instantânea, uma pessoa aquece em um forno micro-
ondas 500 g de água em uma tigela de vidro de 300 g. A temperatura inicial da tigela e da
água era de 6 °C. Com o forno de micro-ondas funcionando a uma potência de 800 W, a tigela
e a água atingiram a temperatura de 40 °C em 2,5 min. Considere que os calores específicos
cal cal
do vidro e da sopa são, respectivamente, 0,2 e 1,0 , e que 1cal = 4,25 J.
g °C g °C
b) 45,0%
c) 57,1%
d) 66,7%
e) 78,4%
Fazendo a razão:
Com base nas informações dadas, a potência na condição morno corresponde a que fração
da potência na condição superquente?
1
a)
3
1
b)
5
3
d)
8
5
e)
8
Q
Como P = , vem:
Δt
Ps Δt ΔTs P ΔTs
= Þ s =
PmΔt ΔTm Pm ΔTm
Dessa forma podemos escrever que a soma algébrica das quantidades de calor trocada entre
os corpos é nula.
𝑸𝑨 = −𝑸𝑩 𝒐𝒖 𝑸𝑨 + 𝑸𝑩 = 𝟎
De modo geral, para uma massa m de determinada substância sofrendo mudança de fase, a
quantidade de calor necessária no processo pode ser descrita por:
𝑸 = 𝒎. 𝑳
Após duas horas nessa situação, que quantidade de água essa pessoa deve ingerir para repor
a perda pela transpiração?
a) 0,08 g
b) 0,44 g
c) 1,30 g
d) 1,80 g
e) 80,0 g
ìQ = PU Δt PU Δt 24 ´ ( 2 ´ 3.600 )
í Þ m L = PU Δt Þ m = = Þ m = 80g.
îQ = m L L 2.160
2. (Fcmmg) Uma pedra de gelo, inicialmente à -30 °C é aquecida, no nível do mar, até atingir
110 °C e para isso absorve 1480 Kcal. Considere desprezível a capacidade térmica do
recipiente. Sabe-se que os calores específicos da água nas fases sólida, líquida e gasosa são
respectivamente 0,5 cal g × °C, 1,0 cal g × °C e 0,5 cal g × °C e que os calores de fusão e
vaporização dessa substância são respectivamente 80 cal g e 540 cal g.
b) 0,020 kg.
c) 2,0 g.
d) 0,2 g.
Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5 = Qtotal
mc gelo Δθ1 + mL fus + mc água Δθ3 + mL vap + mc vap Δθ5 = 1480 × 103
Note e adote:
- calor latente de fusão do gelo = 80 cal g;
( )
Q1 = 50 × 0,5 × 0 - ( -10 ) + 50 × 80
Q1 = 4250 cal
Q2 = mac a Δθa
Q2 = 200 × 1× ( 0 - 30 )
Q2 = -6000 cal
Portanto, não é possível que a água esfrie até 0 °C. Sendo θe a temperatura de equilíbrio,
temos que:
Calor necessário para que o gelo derretido (agora água) atinja o equilíbrio:
Q3 = 50 × 1× ( θe - 0 )
Q3 = 50θe
Q4 = 200 × 1× (θe - 30 )
Q4 = 200θe - 6000
Para caracterização desse modelo, supõe-se que as seguintes hipóteses sejam válidas:
2 – As moléculas não exercem força umas sobre as outras, exceto quando colidem;
3 – As colisões das moléculas entre si e contras as paredes do recipiente que as contém são
perfeitamente elásticas e de duração desprezível;
4 - As moléculas têm dimensões desprezíveis em comparação aos espaços vazios entre elas.
Essa relação foi descoberta por dois físicos franceses: Jacques Charles e Joseph Louis Gay-
Lussac. É conhecida como Lei de Charles.
Graficamente:
𝑷𝟏 . 𝑽𝟏 = 𝑷𝟐 . 𝑽𝟐
Graficamente:
Transformação Isobárica:
Sob pressão constante, o volume e a temperatura absoluta de um gás ideal são diretamente
proporcionais.
𝑽𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
Graficamente:
𝒎
𝒏=
𝑴
𝑷𝟏 .𝑽𝟏 𝑷𝟐 .𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝒂𝒕𝒎. 𝑳 𝑱
𝑹 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐 𝒐𝒖 𝑹 = 𝟖, 𝟑𝟏
𝒎𝒐𝒍. 𝑲 𝒎𝒐𝒍. 𝑲
𝒑. 𝑽 = 𝒏. 𝑹. 𝑻
b) pA > pb e mA < mB
c) pA > pb e mA = mB
d) pA < pb e mA = mB
e) pA > pb e mA > mB
Como o pneu da bicicleta A deforma, sob mesmos esforços, menos que o pneu da bicicleta
B, podemos concluir que:
pA > pB
E como os pneus de ambas as bicicletas têm as mesmas características, mas com A sendo
menos largo que B, e dado que o enunciado diz que as massas são diretamente proporcionais
aos volumes, devemos ter que:
VA < VB Þ mA < mB
Podemos considerar o gás que sai do aerossol como sendo um gás ideal, logo, sofre certa
transformação em sua saída.
a) O gás sofre uma compressão adiabática.
b) O gás sofre uma expansão adiabática.
c) O gás sofre uma expansão isotérmica.
d) O gás sofre uma compressão isotérmica.
Ao sair da bomba, o gás sofre uma expansão. E por ser um processo muito rápido,
praticamente não há trocas de calor com o meio, motivo pelo qual a transformação pode ser
classificada como adiabática.
Segundo a Teoria Cinética dos Gases, um gás ideal é constituído de um número enorme de
moléculas, cujas dimensões são desprezíveis, comparadas às distâncias médias entre elas.
As moléculas movem-se continuamente em todas as direções e só há interação quando elas
colidem entre si. Nesse modelo de gás ideal, as colisões entre as moléculas são __________,
e a energia cinética total das moléculas __________.
a) elásticas – aumenta
b) elásticas – permanece constante
c) elásticas – diminui
d) inelásticas – aumenta
e) inelásticas – diminui
Resposta da questão 3: [B]
4. (Enem) Uma pessoa abre sua geladeira, verifica o que há dentro e depois fecha a porta
dessa geladeira. Em seguida, ela tenta abrir a geladeira novamente, mas só consegue fazer
isso depois de exercer uma força mais intensa do que a habitual.
Quando a geladeira é aberta, ocorre entrada de ar quente e saída de ar frio. Após fechar a
porta, esse ar quente, inicialmente à temperatura T0 e à pressão atmosférica p0 , é resfriado
a volume constante, à temperatura T.
Da equação geral dos gases:
pV p0 V0 p p0
= Þ = .
T T0 T T0
Se T < T0 Þ p < p0, a pressão do ar no interior da geladeira é menor que a pressão externa,
dificultando a abertura da porta.
5. (Ufrgs) Considere as afirmações abaixo, sobre o comportamento térmico dos gases ideais.
I. Volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura inicial, quando aquecidos sob
pressão constante de modo a sofrerem a mesma variação de temperatura, dilatam-se
igualmente.
II. Volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura e pressão, contêm o mesmo
número de moléculas.
III. Uma dada massa gasosa, quando mantida sob pressão constante, tem temperatura T e
volume V diretamente proporcionais.
Assim, quando aumentamos a temperatura de "k " unidades, o volume também aumenta em
"k " unidades para manter constante a relação, conformando uma relação diretamente
proporcional entre essas variáveis.
6. (Uemg) Antes de viajar, o motorista calibrou os pneus do seu carro a uma pressão de 30 psi
quando a temperatura dos pneus era de 27 °C. Durante a viagem, após parar em um posto
de gasolina, o motorista percebeu que os pneus estavam aquecidos. Ao conferir a calibragem,
o motorista verificou que a pressão dos pneus era de 32 psi.
Considerando a dilatação do pneu desprezível e o ar dentro dos pneus como um gás ideal,
assinale a alternativa que MELHOR representa a temperatura mais próxima dos pneus.
a) 29 °C.
b) 38 °C.
c) 47 °C.
d) 52 °C.
Como uma partícula de gás monoatômico tem três graus de liberdade, isto é, pode se mover
ao longo das direções x, y e x, assumimos que para grau de liberdade se acrescenta ½ mv²
"
resultando em 𝐸5 = ! 𝑚. 𝑉 ! .
Como já posto anteriormente, faz pouco sentido tratar uma porção de gás em termos de
massa e velocidade de cada uma das suas partículas. As variáveis então passam a ser o
número de mols (n) e a temperatura absoluta (T), resultando em:
𝟑
𝑼 = 𝒏. 𝑹. 𝑻
𝟐
Exercícios Resolvidos:
1. (Unicamp) O CO2 dissolvido em bebidas carbonatadas, como refrigerantes e cervejas, é o
responsável pela formação da espuma nessas bebidas e pelo aumento da pressão interna das
garrafas, tornando-a superior à pressão atmosférica. O volume de gás no “pescoço” de uma
garrafa com uma bebida carbonatada a 7 °C é igual a 24 ml, e a pressão no interior da garrafa
é de 2,8 ´ 105 Pa. Trate o gás do “pescoço” da garrafa como um gás perfeito. Considere que a
constante universal dos gases é de aproximadamente 8 J mol × K e que as temperaturas nas
escalas Kelvin e Celsius relacionam-se da forma T(K) = 0(°C) + 273. O número de moles de gás
no “pescoço” da garrafa é igual a
a) 1,2 ´ 105.
b) 3,0 ´ 103.
c) 1,2 ´ 10-1.
d) 3,0 ´ 10-3.
Pela relação:
PV = nRT
Logo, o gás:
a) absorveu uma quantidade de calor igual a nRT.
b) se expandiu isobaricamente.
c) realizou trabalho liberando uma quantidade de calor igual a nRT.
d) se expandiu aumentando sua energia interna de nRT.
e) realizou trabalho e sua energia interna diminuiu de nRT.
Resposta da questão 3: [E]
Como o gás sofreu uma expansão, ou seja, aumentou o volume, então ele realizou trabalho,
mas o processo foi adiabático, isto é, sem haver troca de calor com o meio externo, portanto
o trabalho realizado pelo gás foi à custa de sua energia interna. Assim, a resposta correta é
letra [E].
𝐹
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝜏 = 𝐹. ∆𝑑 𝑒 𝑝 = , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 𝐹 = 𝑝. 𝐴 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝜏 = 𝑝. 𝐴. ℎ
𝐴
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝜏; = 𝑝. ∆𝑉
𝝉𝒑 = 𝒑. ∆𝑽
∆𝑼 = 𝑸 − 𝝉
𝐶𝑜𝑚𝑜 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝜏 ⇒ 𝑄 = 𝜏
Ou seja, todo o calor recebido pelo sistema foi transformado em trabalho mecânico.
Transformação Adiabática.
Numa transformação adiabática, a variação da energia interna do gás é igual em módulo e de
sinal contrário ao trabalho realizado na transformação.
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑄 = 0 ⇒ ∆𝑈 = −𝜏
a) a entrada de calor que ocorre na expansão por causa do trabalho contribui para a
diminuição da temperatura.
b) a saída de calor que ocorre na expansão por causa do trabalho contribui para a diminuição
da temperatura.
c) a variação da energia interna é nula e o trabalho é associado diretamente ao fluxo de calor,
que diminui a temperatura do sistema.
d) a variação da energia interna é nula e o trabalho é associado diretamente à entrada de frio,
que diminui a temperatura do sistema.
e) o trabalho é associado diretamente à variação de energia interna e não há troca de calor
entre o gás e o ambiente.