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6 -Termologia

6.1 – Introdução.
A Termologia ou Termofísica estuda os fenômenos ligados à energia térmica e assim como
outros fenômenos Físicos, podem ser interpretados sob perspectiva macro ou microscópicas.
O estudo Macroscópico está ligado aos aspectos globais do sistema, como Volume e
Temperatura. Microscopicamente, consideramos a energia interna de um sistema ou de cada
molécula e interações.

Para compreender o que é calor, temperatura e sensação térmica, iniciaremos nossa conversa
lendo o texto que segue:

Um “Interrogatório” com o Calor

O elemento calor atendeu imediatamente à intimação. Já o outro preferiu esquivar-se. E,


pasmem, um depoimento decisivo nos surpreendeu! Veja a íntegra do interrogatório com o
calor:

__ Qual é o seu nome?

__ Calor.

__ Então é você que provoca as secas, algumas queimadas e outros tantos acontecimentos?

__ É... Mas também sou responsável pelas chuvas...

__ Como? Quer dizer que você é culpado pelas cheias, pelas enchentes?

__ Sim. No fundo, sou.

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__ Tentamos marcar um encontro entre você e o frio, mas, como pode ver, ele não apareceu.

__ Eu sabia que ele não viria...

__Como sabia? Ele o avisou!

__Não, não... Ele não existe! Nunca existiu! Na verdade, sou o responsável pelas geadas, pelas
tempestades de neve etc.

__O quê? Como você pode esquentar e esfriar?

__ Não se espante. Posso explicar como tudo acontece. Mas talvez fosse melhor começar por
um caso particular. O senhor já deve ter se esquentado,

pela manhã, com a chegada dos primeiros raios solares, não é?

__ Sim, claro. Principalmente nas manhãs de verão.

__E também já deve ter pego um dia de inverno, com o céu encoberto, em que sentiu os pés
gelarem.

__Claro que sim. Mas por que tantas perguntas?

__ Pois bem, sou o responsável por essas situações. Chego diariamente em grande
quantidade na Terra, vindo do Sol. Na verdade, uma grande estrela, cuja superfície apresenta
uma temperatura de 6 000°C... É muito quente.

__ Se você vem de um lugar em que a temperatura é de 6.000°C é razoável que você possa
esquentar. Mas e sobre as geadas e sensações de frio? Como isso é possível?

__ Calma, eu chego lá. Tenha um pouco de paciência. O Sol não me envia sozinho, mas em
“bandos”.

Todos nós aquecemos, mas alguns fazem outras coisas, além disso. Uns vêm com a função de
colorir o mundo na forma de luzes: vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta.
Outros não são visíveis como a luz, mas têm a capacidade de esquentar muito a pele humana,
como a radiação ultravioleta, que em excesso pode fazer mal aos seres vivos, pois pode
modificar o código genético das células.

__ Espere um momento. Quer dizer que você e a radiação são a mesma coisa?

__ Nesse caso, sim. Mas nem sempre isso ocorre...

__ Você está me deixando confuso. Afinal de contas, quem você é? Até agora não me disse
como pode produzir geadas e frio...

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__ Desculpe se estou complicando as coisas. Vou tentar explicar melhor. Na realidade, as
pessoas me associam com as mudanças de temperatura dos corpos, mesmo que isso nem
sempre seja verdade. Quando uma chama aquece uma panela com água, por exemplo, dizem
que estive lá. O mesmo ocorre se no lugar da chama for colocado carvão em brasa...

__ Agora estou me lembrando de alguns relatos antigos, nos quais as pessoas afirmavam que,
ao por um corpo quente em contato com um frio, havia passagem de um fluido do primeiro
para o segundo. Então você é esse tal fluido!

__ Essas histórias são muito antigas... As pessoas nem se lembram mais delas.

__ Não é bem assim... Muita gente ainda se lembra disso. Acredita-se que você se escondia
no fogo e de lá seguia por toda vizinhança, esquentando tudo ao seu redor. Havia até quem
dissesse que, ao se instalar nos corpos, você aumentava o “peso” deles. Você era chamado
por alguns de calórico.

__ Tudo engano. Não sou um fluido nem nada de material. É que as pessoas são curiosas e,
ao tentarem compreender os fenômenos envolvendo as sensações térmicas de quente e frio,
usam informações e ideias disponíveis na época. Percebiam que, ao receber calor, uma barra
de ferro dilatava um pouco e concluíam que a dilatação ocorria porque o ferro ganhara algo.
Esse “algo” deveria ser um tipo de matéria, e portanto, o corpo aquecido tinha seu “peso”
aumentado.

__ É, depois que pararam de falar nesse tal calórico.

__ Pararam porque, entre outras coisas, ao “pesarem” alguns corpos que ganhavam calor
viram que o “peso” não variava.

__ Esse resultado deve ter sido inesperado. Como os estudiosos da época reagiram a isso?

__ A natureza é cheia de surpresas. A todo o momento ela nos desafia, exigindo novas ideias.
A reação de muitos foi abandonar a ideia de fluido e adotar outra. Outros insistiram na
existência do calórico, porém como um fluido sem massa.

__ Tudo bem. Já entendi como você esquenta as coisas e que você não é um fluido. Mas estou
ficando irritado com sua má vontade em responder minha pergunta: como consegue fazer
gelo?

__ Espere um pouco, não falei isso. Afinal, não sou uma geladeira. Disse que também sou
responsável pelas coisas frias. Mas é por omissão!

__ Por ação ou por omissão, para mim dá no mesmo! Pode ir se explicando... E sem rodeios!

__ Pois bem. Vamos voltar à radiação solar. Qualquer uma das radiações, ao ser absorvida
pelos objetos, aumenta a vibração de suas moléculas. É uma magnífica transformação de

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energia! Essa vibração que as moléculas ganham provoca um aumento de temperatura do
corpo.

__ Muito interessante...

__ Ao ficarem quentes, os objetos transformam-se numa eficiente fonte de calor. E ai estou


eu novamente, entrando em cena com cara nova.

__Tudo bem, tudo bem. Só que você ainda não me explicou como consegue esfriar as coisas...

__ Estou chegando lá. Se o Sol não enviasse uma quantidade enorme de radiação para Terra,
de onde as moléculas de superfície terrestres ganhariam energia para vibrar? Se não
vibrassem, permaneceriam frias.

Quanto menos vibrarem, mais baixa será a temperatura do corpo que elas constituem. Ou
seja, o corpo que não ganhar calor permanecerá gelado.

__ E os objetos que já estão quentes?

__ Pois é... Os corpos que já se encontram com temperatura elevada podem esfriar ao perder
calor, isto é, ao cedê-lo para a vizinhança. Sou eu “caindo fora” da situação.

__ É um verdadeiro crime de omissão deixar essas moléculas com pouco movimento!

__ Não é possível contentar todos ao mesmo tempo!

__ Quer dizer que o frio não existe?

__ Isso mesmo. O que existe é o calor, uma maravilhosa sensação que o senhor não vê, mas
sente na própria pele! Minha ausência deixa os corpos frios. Que tal conhecer-me ainda
melhor?

(extraído do livro Calor e Temperatura. Coleção Física, um outro lado, de Figueiredo, A. e


Pietrocola, M.. São Paulo: Editora FTD S. A. 1998. p. 10-12.).

Como podemos ver, termos como “Calor”, “Temperatura” e “Sensação Térmica”, tão comuns
e erronaeamente utilizados zxaté como sinônimos no nosso dia a dia, assumem significados
distintos na Física.
A Energia Térmica de um corpo está associada a agitação molecular dos constituintes de sua
matéria. A média dessa agitação molecular, associamos uma escala e denominamos
TEMPERATURA.

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Ao trânsito de energia térmica entre corpos ( sempre do de maior tempreatura para o de
menos temperatura), denomionamos CALOR.
Por fim, SENSAÇÃO TÉRMICA é como nosso corpo percebe ese fluxo de energia térmica. Por
exemplo: se tocarmos uma superficie metálica e uma de madeira, ambas a mesma
temperatura, teremos a impressão que a metálica está mais “fría” que a de madeira. Isso se
debe a condutividade térmica de cada material, que determina a velocidade com que ocorre
a troco de calor entre os corpos, no caso, nossa mão.

6.2 – Termometria
Para tornar mais precisa a noção de temperatura, não recorrendo simplesmente a nossa
sensação térmica, utiliza-se equipamentos ditos “termômetros”, que são montagens onde
conhecemos como uam ou mais grandezas físicas de uma substância dita termométrica, varia
em função da temperatura. Por exemplo, nos termómetros covencionais (ilustrado abaixo),
avalia-se como a coluna de mercúrio se expande em função do aumento da temperatura e
associa-se a essa variação uma “escala termométrica”.

6.2.1 – Escalas Termométricas


Uma escala termométrica constitui o conjunto de valores que uma determinada temperatura
pode asumir. Para tanto, gradua-se um termómetro, isto é, escolhemos pontos onde a
temperatura do sistema possa ser constante ao longo do tempo e sejam fáceis de serem
reproduzidas. Usualmente escolhe-se para o Primeiro Ponto Fixo Fundamental, a
temperatura do gelo em fusão e para o Segundo Ponto Fíxo Fundamental, a agua em
ebulição.
Uma vez atribuidos valores a esses pontos, o intervalo entre eles pode ser subdividido em
partes iguais, que denominamos “grau” da escala. Para a escala Celsius, utilizamos 0°C para
fusão do gelo e 100°C para ebulição da agua.
Há outra escala, usada em alguns países de ligua inglesa, a Fahrenheit, onde esses valores são
32°F e 212° F, respectivamente.

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6.2.2 – Conversão de Escalas Termométricas

Esta é a equação que permite converter °C em°F e vice versa

Para transformar °C em Kelvin, ou vice versa:

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Exercícios resolvidos:

1. (Enem digital) Um fabricante de termômetros orienta em seu manual de instruções que o


instrumento deve ficar três minutos em contato com o corpo para aferir a temperatura. Esses
termômetros são feitos com o bulbo preenchido com mercúrio conectado a um tubo capilar de vidro.

De acordo com a termodinâmica, esse procedimento se justifica, pois é necessário que

a) o termômetro e o corpo tenham a mesma energia interna.

b) a temperatura do corpo passe para o termômetro.

c) o equilíbrio térmico entre os corpos seja atingido.

d) a quantidade de calor dos corpos seja a mesma.

e) o calor do termômetro passe para o corpo.

Resposta da questão 1: [C]

Para que o termômetro possa aferir a temperatura do indivíduo, é necessário que se tenha
estabelecido o equilíbrio térmico entre eles, motivo pelo qual há a necessidade dos três minutos de
contato.

2. (Enem) Nos dias frios, é comum ouvir expressões como: “Esta roupa é quentinha” ou então “Feche
a janela para o frio não entrar”. As expressões do senso comum utilizadas estão em desacordo com o
conceito de calor da termodinâmica. A roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela
janela.

A utilização das expressões “roupa é quentinha” e “para o frio não entrar” é inadequada, pois o(a)

a) roupa absorve a temperatura do corpo da pessoa, e o frio não entra pela janela, o calor é que sai
por ela.

b) roupa não fornece calor por ser um isolante térmico, e o frio não entra pela janela, pois é a
temperatura da sala que sai por ela.

c) roupa não é uma fonte de temperatura, e o frio não pode entrar pela janela, pois o calor está contido
na sala, logo o calor é que sai por ela.

d) calor não está contido num corpo, sendo uma forma de energia em trânsito de um corpo de maior
temperatura para outro de menor temperatura.

e) calor está contido no corpo da pessoa, e não na roupa, sendo uma forma de temperatura em
trânsito de um corpo mais quente para um corpo mais frio.

Resposta da questão 2: [D]

Os corpos não possuem calor, mas sim, energia térmica. Calor é uma forma de energia térmica que
flui espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de menor.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Em março de 2020, a Unicamp e o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), dos Estados
Unidos, assinaram um acordo de cooperação científica com o objetivo de desenvolver tanques para
conter argônio líquido a baixíssimas temperaturas (criostatos). Esses tanques abrigarão detectores
para o estudo dos neutrinos.

3. (Unicamp) A temperatura do argônio nos tanques é TAr = -184 °C. Usualmente, a grandeza
“temperatura” em física é expressa na escala Kelvin (K). Sabendo-se que as temperaturas
aproximadas do ponto de ebulição (TE ) e do ponto de solidificação (TS ) da água à pressão
atmosférica são, respectivamente, TE » 373 K e TS » 273 K, a temperatura do argônio nos tanques
será igual a

a) 20 K.

b) 89 K.

c) 189 K.

d) 457 K.

Resposta da questão 3: [B]

Da equação de conversão entre as escalas Celsius e Kelvin:

TK = TC + 273 Þ TK = -184 + 273 Þ TK = 89K.

4. (Famerp) Um termômetro de mercúrio está graduado na escala Celsius (°C) e numa escala
hipotética, denominada Rio-pretense (°RP). A temperatura de 20 °C corresponde a 40 °RP.

a) Sabendo que a variação de temperatura de 1,0 °C corresponde a uma variação de 1,5 °RP, calcule
a indicação equivalente a 100 °C na escala Rio-pretense.

b) Considere que haja 1,0 cm3 de mercúrio no interior desse termômetro quando a temperatura é
0 °C, que a área da seção transversal do capilar do termômetro seja 1,2 ´ 10-3 cm2 e que o
coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio seja 1,8 ´ 10-4 °C-1. Calcule a variação do volume
do mercúrio, em cm3, entre 0 °C e 20 °C. Calcule a distância, em centímetros, entre as indicações
0 °C e 20 °C nesse termômetro, desprezando a dilatação do vidro.

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Resposta da questão 4:
a) De acordo com as informações fornecidas, podemos construir uma relação entre as escalas
termométricas utilizando uma interpolação linear.

100 - 20 x - 40
=
21 - 20 41,5 - 40
80 x - 40
=
1 1,5
80 ´ 1,5 = x - 40 Þ x = 120 + 40 \ x = 160 °RP

b) A variação do volume do mercúrio representa a dilatação volumétrica, em cm3, assim:

ΔV = V0 × γ × ΔT
ΔV = 1,0 cm3 × 1,8 ´ 10-4 °C-1 × ( 20 - 0 ) °C

\ ΔV = 3,6 ´ 10-3 cm3

Para essa variação de volume, a altura de coluna de mercúrio será dada por:

ΔV = A st × h
ΔV 3,6 ´ 10-3 cm3
h= =
A st 1,2 ´ 10-3 cm2
\ h = 3 cm

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6.3 – Processos de Transmissão de Calor
A Propagação do Calor pode ocorrer de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e
Radiação. Qualquer que seja o proceso, a transmissão sempre obedece a lei geral :
Espontaneamente, o calor sempre se propaga de um corpo com maior temperatura para
um corpo com menor temperatura.

6.3.1 – Fluxo de calor


Define-se Fluxo de Calor através de uma superficie (Ø), como a razão entre a quantidade de
calor (Q) e o intervalo tempo (t) decorrido:

∆𝑸
𝚽=
∆𝒕

Sua unidade no SI é o Watt(W), que corresponde a Joule por Segundo (J/s). Em calorimetría usa-se
Cal/s.

6.3.2 – Condução Térmica


Nesse proceso, típico dos sólidos, o calor se propaga de partícula para partícula, causado
pelos choques entre elas. Pode ser descrito pela Lei de Fourier:

𝑲. 𝑨. ∆𝜽
𝚽 =
𝑳 onde:
𝐶𝑎𝑙
Φ é 𝑜 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑚 𝑜𝑢 𝑊;
𝑠
𝐾 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
∆𝜃 = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠;
𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑜𝑢 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒.

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6.3.3 – Convecção Térmica

Consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra por meio de transporte
de materia, fato que só pode ocorrer nos Fluidos (gases e líquidos).
Algumas aplicações e consequências da Convecção térmica:

• Chaminés;
• Correntes de vento;
• Posicionamento de Aparelhos de Ar condicionado ou aquecedores de ambiente;
• Brisas Marítima e Terrestre.

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6.3.4 – Radiação Térmica ou Irradiação Térmica
Ocorre pela propagação de ondas eletromagnéticas no espectro do Infravermelho.
Ao contrário da condução e da convecção, a radiação ocorre sem a necessidade de um meio
material. O transporte é exclusivamente de energia sob a forma de ondas.

O Efeito Estufa:

A combinação dos diversos processos de transmissão de calor, gera o “Efeito Estufa”. Tal
efeito tem se intensificado no último século pela alta atividade humana e despejo de milhares
de toneladas de gases poluentes na atmosfera.

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Exercícios Resolvidos:
1. (Enem) Em um manual de instruções de uma geladeira, constam as seguintes
recomendações:
- Mantenha a porta de seu refrigerador aberta apenas o tempo necessário;
- É importante não obstruir a circulação do ar com a má distribuição dos alimentos nas
prateleiras;
- Deixe um espaço de, no mínimo, 5 cm entre a parte traseira do produto (dissipador
serpentinado) e a parede.
Com base nos princípios da termodinâmica, as justificativas para essas recomendações são,
respectivamente:
a) Reduzir a saída de frio do refrigerador para o ambiente, garantir a transmissão do frio entre
os alimentos na prateleira e permitir a troca de calor entre o dissipador de calor e o
ambiente.
b) Reduzir a saída de frio do refrigerador para o ambiente, garantir a convecção do ar interno,
garantir o isolamento térmico entre a parte interna e a externa.
c) Reduzir o fluxo de calor do ambiente para a parte interna do refrigerador, garantir a
convecção do ar interno e permitir a troca de calor entre o dissipador e o ambiente.
d) Reduzir o fluxo de calor do ambiente para a parte interna do refrigerador, garantir a
transmissão do frio entre os alimentos na prateleira e permitir a troca de calor entre o
dissipador e o ambiente.
e) Reduzir o fluxo de calor do ambiente para a parte interna do refrigerador, garantir a
convecção do ar interno e garantir o isolamento térmico entre as partes interna e externa.
Resposta da questão 1: [C]
Nas geladeiras antigas, o ar frio descia do congelador retirava calor dos alimentos, aquecia e
subia novamente para o congelador para completar o ciclo de convecção, portanto era
importante a correta distribuição dos alimentos nas prateleiras que eram vazadas,
exatamente para facilitar a passagem do ar. Nas geladeiras modernas, cada compartimento
tem sua própria entrada de ar frio e saída de ar quente.
Cada vez que a geladeira é aberta, entra ar quente do ambiente e sai ar frio, obrigando o
aparelho a ficar mais tempo em funcionamento, diminuindo seu desempenho e consumindo
mais energia elétrica.
Para que o radiador (trocador de calor, dissipador serpentinado) tenha boa eficiência, ele
deve ficar num local onde o ar tenha fácil circulação para facilitar a circulação e ocorrer
resfriamento do gás.

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2. (Enem) O objetivo de recipientes isolantes térmicos é minimizar as trocas de calor com o
ambiente externo. Essa troca de calor é proporcional à condutividade térmica k e à área
interna das faces do recipiente, bem como à diferença de temperatura entre o ambiente
externo e o interior do recipiente, além de ser inversamente proporcional à espessura das
faces.
A fim de avaliar a qualidade de dois recipientes A (40 cm ´ 40 cm ´ 40 cm) e
B (60 cm ´ 40 cm ´ 40 cm) de faces de mesma espessura, uma estudante compara suas
condutividades térmicas k A e kB . Para isso suspende, dentro de cada recipiente, blocos
idênticos de gelo a 0 °C, de modo que suas superfícies estejam em contato apenas com o ar.
Após um intervalo de tempo, ela abre os recipientes enquanto ambos ainda contêm um
pouco de gelo e verifica que a massa de gelo que se fundiu no recipiente B foi o dobro da que
se fundiu no recipiente A.
kA
A razão é mais próxima de
kB

a) 0,50.

b) 0,67.

c) 0,75.

d) 1,33.

e) 2,00.

Resposta da questão 2: [B]


Pelo enunciado, o fluxo de calor é dado por:
k × A × Δθ
Φ=
e

Área interna dos recipientes:

A A = 6 × 40 cm × 40 cm = 9600 cm2
AB = 4 × 60 cm × 40 cm + 2 × 40 cm × 40 cm = 12800 cm2

Como há mudança de estado, podemos escrever:


Q m ×L
Φ= =
Δt Δt
m × L k × A × Δθ m ×L × e
= Þk =
Δt e A × Δθ × Δt

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Portanto:
m ×L × e
kA 9600 × Δθ × Δt
=
kB 2m ×L × e
12800 × Δθ × Δt
kA
\ @ 0,67
kB

3. (Enem) Em 1962, um jingle (vinheta musical) criado por Heitor Carillo fez tanto sucesso
que extrapolou as fronteiras do rádio e chegou à televisão ilustrado por um desenho animado.
Nele, uma pessoa respondia ao fantasma que batia em sua porta, personificando o “frio”, que
não o deixaria entrar, pois não abriria a porta e compraria lãs e cobertores para aquecer sua
casa. Apesar de memorável, tal comercial televisivo continha incorreções a respeito de
conceitos físicos relativos à calorimetria.
DUARTE, M. Jingle é a alma do negócio: livro revela os bastidores das músicas de
propagandas. Disponível em: https://guiadoscuriosos.uol.com.br. Acesso em: 24 abr. 2019
adaptado).

Para solucionar essas incorreções, deve-se associar à porta e aos cobertores,


respectivamente, as funções de:

a) Aquecer a casa e os corpos.


b) Evitar a entrada do frio na casa e nos corpos.
c) Minimizar a perda de calor pela casa e pelos corpos.
d) Diminuir a entrada do frio na casa e aquecer os corpos.
e) Aquecer a casa e reduzir a perda de calor pelos corpos.
Resposta da questão 3: [C]

As lãs e cobertores não funcionam como “aquecedores”, mas sim evitando que o calor
presente na casa e no corpo da pessoa seja transferido para o ambiente exterior. Ou seja,
servem para minimizar as perdas de calor.

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4. (Enem ) É muito comum encostarmos a mão na maçaneta de uma porta e temos a sensação
de que ela está mais fria que o ambiente. Um fato semelhante pode ser observado se
colocarmos uma faca metálica com cabo de madeira dentro de um refrigerador. Após longo
tempo, ao encostarmos uma das mãos na parte metálica e a outra na parte de madeira,
sentimos a parte metálica mais fria.

Fisicamente, a sensação térmica mencionada é explicada da seguinte forma:


a) A madeira é um bom fornecedor de calor e o metal, um bom absorvedor.
b) O metal absorve mais temperatura que a madeira.
c) O fluxo de calor é maior no metal que na madeira.
d) A madeira retém mais calor que o metal.
e) O metal retém mais frio que a madeira.
Resposta da questão 4: [C]

Como o metal apresenta maior condutividade térmica que a madeira, ele absorve calor mais
rapidamente da mão da pessoa, ocorrendo maior fluxo de calor para o metal do que para a
madeira. Isso dá à pessoa a sensação térmica de que o metal está mais frio.

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6.4 – Calorimetria
6.4.1 – Capacidade Térmica de um corpo
A Capacidade Térmica representa numericamente a quantidade de calor que um corpo deve
sofrer para uma variação unitária de sua temperatura.

𝑸
𝐶=
∆𝜽

A Unidade usual é a Caloria por grau Celsius (cal/°C).

A Capacidade térmica de um corpo também pode ser expressa como o produto de sua massa (m) pelo
calor específico da substância que o constitui.

𝐶 = 𝒎. 𝒄

6.4.2 – Calor Sensível ou Específico


Se tomarmos uma unidade de massa de uma substância (em gramas) e fornecermos ou
retirarmos dela a quantidade de calor necessária para que sua temperatura varie exatamente
1°C, sem que haja troca de estado físico, teremos dessa relação o Calor Específico ou Sensível
dessa substância.
Susbtituindo essa relação na equação da capacidade térmica, chegamos:
𝑄 𝑄
𝐶= ⇒ 𝑚. 𝑐 = ⇒ 𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝜃 ⇒ 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎.
∆𝜃 ∆𝜃

𝑸 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽

Definição de Caloria:
Define-se caloria como a quantidade de calor necessária para variar em 1°C, 1g de água.
Mais especificamente, de 14,5°C para 15°C, ao nível do mar.
1 caloria = 4,1868 Joules
1 Kcal = 100 cal.

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Exercícios Resolvidos:
1. (Enem) Mesmo para peixes de aquário, como o peixe arco-íris, a temperatura da água fora
da faixa ideal (26 °C a 28 °C), bem como sua variação brusca, pode afetar a saúde do animal.
Para manter a temperatura da água dentro do aquário na média desejada, utilizam-se
dispositivos de aquecimento com termostato. Por exemplo, para um aquário de 50 L, pode-
se utilizar um sistema de aquecimento de 50 W otimizado para suprir sua taxa de
resfriamento. Essa taxa pode ser considerada praticamente constante, já que a temperatura
externa ao aquário é mantida pelas estufas. Utilize para a água o calor específico
4,0 kJ kg-1K -1 e a densidade 1kgL-1.

Se o sistema de aquecimento for desligado por 1h, qual o valor mais próximo para a redução
da temperatura da água do aquário?
a) 4,0 °C

b) 3,6 °C

c) 0,9 °C

d) 0,6 °C

e) 0,3 °C

Resposta da questão 1: [C]


Se a potência de 50 W mantém constante a temperatura da água no aquário, significa que a
taxa de resfriamento é de 50 W.
Aplicando a expressão da potência térmica:
Q
P= Þ Q = P Δt Þ mc ΔT = PΔt Þ ρ V c ΔT = P Δt Þ
Δt
P Δt 50 ´ 3 600
ΔT = Þ ΔT = Þ ΔT = 0,9 °C
ρVc 1´ 50 ´ 4000

2. (Enem) A fritura de alimentos é um processo térmico que ocorre a temperaturas altas,


aproximadamente a 170 °C. Nessa condição, alimentos ricos em carboidratos e proteínas
sofrem uma rápida desidratação em sua superfície, tornando-a crocante. Uma pessoa quer
fritar todas as unidades de frango empanado congelado de uma caixa. Para tanto, ela adiciona
todo o conteúdo de uma vez em uma panela com óleo vegetal a 170 °C, cujo volume é
suficiente para cobrir todas as unidades. Mas, para sua frustração, ao final do processo elas
se mostram encharcadas de óleo e sem crocância.

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As unidades ficaram fora da aparência desejada em razão da
a) evaporação parcial do óleo.
b) diminuição da temperatura do óleo.
c) desidratação excessiva das unidades.
d) barreira térmica causada pelo empanamento.
e) ausência de proteínas e carboidratos nas unidades.
Resposta da questão 2: [B]
Ao adicionar todo o conteúdo ao óleo vegetal que está a 170 °C, a temperatura do óleo
diminui e a fritura ocorre a uma temperatura menor que a adequada, não ocorrendo a
crocância.

3. (Enem) Em uma aula experimental de calorimetria, uma professora queimou 2,5 g de


castanha-de-caju crua para aquecer 350 g de água, em um recipiente apropriado para
diminuir as perdas de calor. Com base na leitura da tabela nutricional a seguir e da medida da
temperatura da água, após a queima total do combustível, ela concluiu que 50% da energia
disponível foi aproveitada. O calor específico da água é 1cal g-1 °C-1, e sua temperatura inicial
era de 20 °C.

Quantidade por porção de 10 g (2


castanhas)

Valor
70 kcal
energético

Carboidratos 0,8 g

Proteínas 3,5 g

Gorduras totais 3,5 g

Qual foi a temperatura da água, em grau Celsius, medida ao final do experimento?


a) 25
b) 27
c) 45
d) 50
e) 70

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Resposta da questão 3: [C]
Energia liberada na queima de 2,5 g de castanha-de-caju:

70000 cal
Q = 2,5 g × = 17500 cal
10 g

Energia aproveitada para aquecer 350 g de água:

50
Q' = × 17500 cal = 8750 cal
100

Logo, a temperatura final da água foi de:


Q' = mcΔθ
8750 = 350 × 1× ( θf - 20 )
\ θf = 45 °C

4. (Enem) Para preparar uma sopa instantânea, uma pessoa aquece em um forno micro-
ondas 500 g de água em uma tigela de vidro de 300 g. A temperatura inicial da tigela e da
água era de 6 °C. Com o forno de micro-ondas funcionando a uma potência de 800 W, a tigela
e a água atingiram a temperatura de 40 °C em 2,5 min. Considere que os calores específicos
cal cal
do vidro e da sopa são, respectivamente, 0,2 e 1,0 , e que 1cal = 4,25 J.
g °C g °C

Que percentual aproximado da potência usada pelo micro-ondas é efetivamente convertido


em calor para o aquecimento?
a) 11,8%

b) 45,0%

c) 57,1%

d) 66,7%

e) 78,4%

Resposta da questão 4: [D]

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Calculando a quantidade de calor absorvida no aquecimento:
Q = (mc ΔT )água + (mc ΔT )tigela Þ Q = 500 ´ 1´ 34 + 300 ´ 0,2 ´ 34 = 19.040cal = 80.920J.

Calculando a potência absorvida:


Q 80.920
Pab = = = 540 W.
Δt 2,5 ´ 60

Fazendo a razão:

Pab 540 Pab


= = 0,675 Þ = 67,5%.
P 800 P

5. (Enem) No manual fornecido pelo fabricante de uma ducha elétrica de 220 V é


apresentado um gráfico com a variação da temperatura da água em função da vazão para três
condições (morno, quente e superquente). Na condição superquente, a potência dissipada é
de 6.500 W. Considere o calor específico da água igual a 4.200 J (kg ° C) e densidade da água
igual a 1kg L.

Com base nas informações dadas, a potência na condição morno corresponde a que fração
da potência na condição superquente?
1
a)
3

1
b)
5

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3
c)
5

3
d)
8

5
e)
8

Resposta da questão 5: [D]

Relação entre os calores Qs e Qm trocados, respectivamente, nas condições superquente e


morno:
Qs mcΔTs Q ΔTs
= Þ s =
Qm mcΔTm Qm ΔTm

Q
Como P = , vem:
Δt

Ps Δt ΔTs P ΔTs
= Þ s =
PmΔt ΔTm Pm ΔTm

Substituindo os valores de ΔT do gráfico nessa última relação, chegamos a:


Ps 32
=
Pm 12
P 3
\ m =
Ps 8

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6.4.3 – Trocas de calor.
Se colocarmos dois corpos, A e B em um ambiente termicamente isolado, sendo a
temperatura de A maior que a temperatura de B, haverá transferência de calor entre eles, até
que se estabeleça o equilíbrio térmico. Na ausência de outros corpos, todo o calor cedido por
A, será recebido por B.

Dessa forma podemos escrever que a soma algébrica das quantidades de calor trocada entre
os corpos é nula.

𝑸𝑨 = −𝑸𝑩 𝒐𝒖 𝑸𝑨 + 𝑸𝑩 = 𝟎

6.4.4 – Mudanças de Fase.


Uma substância pura pode se apresentar em três fases ou estados de agregação: Solida,
Líquida ou gasosa.
Sólido: Forma, Volume e Massa definidos e constantes ao longo do tempo;
Líquido: Volume e Massa definidos e constantes ao longo do tempo;
Gás: Apenas massa constante ao longo do tempo.
Em determinadas condições de pressão e temperatura, uma substância pode passar de uma
para outra fase.

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6.4.5 – Calor Latente.
Calor latente (L) de uma substância é definido como a quantidade de calor necessária para
fazer com que um grama dessa substância mude de fase de agregação.

De modo geral, para uma massa m de determinada substância sofrendo mudança de fase, a
quantidade de calor necessária no processo pode ser descrita por:

𝑸 = 𝒎. 𝑳

6.4.6 – Curvas de Aquecimento e Resfriamento.


Podemos representar as trocas de calor entre diferentes corpos ou substância por diagramas.
Tal recurso nos auxilia muito na resolução de problemas gerais.

Para uma só substância

Para duas substâncias.

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Exercícios Resolvidos.
1. (Enem ) Num dia em que a temperatura ambiente é de 37 °C, uma pessoa, com essa mesma
temperatura corporal, repousa à sombra. Para regular sua temperatura corporal e mantê-la
constante, a pessoa libera calor através da evaporação do suor. Considere que a potência
necessária para manter seu metabolismo é 120 W e que, nessas condições, 20% dessa
energia é dissipada pelo suor, cujo calor de vaporização é igual ao da água (540 cal g). Utilize
1 cal igual a 4 J.

Após duas horas nessa situação, que quantidade de água essa pessoa deve ingerir para repor
a perda pela transpiração?
a) 0,08 g

b) 0,44 g

c) 1,30 g

d) 1,80 g

e) 80,0 g

Resposta da questão 1: [E]


A potência utilizada na evaporação da água é 20% da potência total necessária para manter
o metabolismo.
PU = 20% PT = 0,2 ´ 120 Þ PU = 24W.

O calor latente de vaporização é:


cal J J
L = 540 ´4 Þ L = 2.160 .
g cal g

Combinando as expressões da potência e do calor latente:

ìQ = PU Δt PU Δt 24 ´ ( 2 ´ 3.600 )
í Þ m L = PU Δt Þ m = = Þ m = 80g.
îQ = m L L 2.160

2. (Fcmmg) Uma pedra de gelo, inicialmente à -30 °C é aquecida, no nível do mar, até atingir
110 °C e para isso absorve 1480 Kcal. Considere desprezível a capacidade térmica do
recipiente. Sabe-se que os calores específicos da água nas fases sólida, líquida e gasosa são
respectivamente 0,5 cal g × °C, 1,0 cal g × °C e 0,5 cal g × °C e que os calores de fusão e
vaporização dessa substância são respectivamente 80 cal g e 540 cal g.

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A massa de gelo envolvida nessa situação é de:
a) 2,0 kg.

b) 0,020 kg.

c) 2,0 g.

d) 0,2 g.

Resposta da questão 2: [A]


Sendo Q1, Q2, Q3 , Q4 , e Q5 , respectivamente, os calores para que o gelo esquente até 0 °C,
para que o gelo derreta, para que a água proveniente do gelo aqueça até 100 °C, para que a
água vaporize e para que o vapor aqueça até 110 °C, temos:

Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5 = Qtotal
mc gelo Δθ1 + mL fus + mc água Δθ3 + mL vap + mc vap Δθ5 = 1480 × 103

m × 0,5 × ( 0 + 30 ) + m × 80 + m × 1× (100 - 0 ) + m × 540 + m × 0,5 × (110 - 100 ) = 1480 × 103


15m + 80m + 100m + 540m + 5m = 1480 × 103
740m = 1480 × 103
\ m = 2 kg

3. (Fuvest) Em uma garrafa térmica, são colocados 200 g de água à temperatura de 30 °C e


uma pedra de gelo de 50 g, à temperatura de -10 °C. Após o equilíbrio térmico,

Note e adote:
- calor latente de fusão do gelo = 80 cal g;

- calor específico do gelo = 0,5 cal g °C;

- calor específico da água = 1,0 cal g °C.

a) todo o gelo derreteu e a temperatura de equilíbrio é 7 °C.

b) todo o gelo derreteu e a temperatura de equilíbrio é 0,4 °C.

c) todo o gelo derreteu e a temperatura de equilíbrio é 20 °C.

d) nem todo o gelo derreteu e a temperatura de equilíbrio é 0 °C.

e) o gelo não derreteu e a temperatura de equilíbrio é -2 °C.

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Resposta da questão 3: [A]

Calor necessário para que todo o gelo atinja 0 °C e derreta:

Q1 = mgc gΔθg + mgL

( )
Q1 = 50 × 0,5 × 0 - ( -10 ) + 50 × 80
Q1 = 4250 cal

Calor necessário para que a água atinja 0 °C :

Q2 = mac a Δθa
Q2 = 200 × 1× ( 0 - 30 )
Q2 = -6000 cal

Portanto, não é possível que a água esfrie até 0 °C. Sendo θe a temperatura de equilíbrio,
temos que:
Calor necessário para que o gelo derretido (agora água) atinja o equilíbrio:
Q3 = 50 × 1× ( θe - 0 )
Q3 = 50θe

Calor necessário para que a água a 30 °C atinja o equilíbrio:

Q4 = 200 × 1× (θe - 30 )
Q4 = 200θe - 6000

Portanto, é necessário que:


Q1 + Q3 + Q4 = 0
4250 + 50θe + 200θe - 6000 = 0
250θe = 1750
\ θe = 7 °C

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6.5 – Termodinâmica

Neste tópico estudaremos a transformação de calor em outras formas de energia,


principalmente a mecânica.
Por condução, o calor se transfere de um corpo a outro ou partes dele. Quanto maior a
diferença de temperaturas entre os corpos, maior a velocidade dessa transferência. Em
Termodinâmica o objeto de estudo é um gás, dito ideal, que ao receber calor, tem sua pressão
aumentada, transferindo força a um sistema móvel, que se expande e realiza o Trabalho
mecânico.

6.5.1 – Estudo dos Gases Ideais.


Denomina-se Gás Ideal um gás hipotético, ou seja, um modelo, definido para estudo e relação com
equações matemática simples.

Para caracterização desse modelo, supõe-se que as seguintes hipóteses sejam válidas:

1 – As moléculas se encontram em movimento desordenado, regido pelos princípios fundamentais da


Mecânica Newtoniana;

2 – As moléculas não exercem força umas sobre as outras, exceto quando colidem;

3 – As colisões das moléculas entre si e contras as paredes do recipiente que as contém são
perfeitamente elásticas e de duração desprezível;

4 - As moléculas têm dimensões desprezíveis em comparação aos espaços vazios entre elas.

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6.5.1.1– Transformações Gasosas.
A compressibilidade e a expansibilidade são características mais notáveis entre os gases. Com
pequeno acréscimo de calor ou trabalho mecânico a um sistema gasoso produz-se variações
consideráveis em seu volume.
O estado de um gás ideal é caracterizado por três grandezas: Volume (V), Pressão (p) e
Temperatura (T), que constituem as variáveis de estado.

Transformação Isocórica ou Isométrica:


A Volume constante, a pressão e a temperatura absoluta de um gás ideal são diretamente
proporcionais.
𝑷𝟏 𝑷
= 𝟐
𝑻𝟏 𝑻𝟐

Essa relação foi descoberta por dois físicos franceses: Jacques Charles e Joseph Louis Gay-
Lussac. É conhecida como Lei de Charles.
Graficamente:

Observação importante: A temperatura deve ser expressa obrigatoriamente na escala


absoluta, isto é, em Kelvin.

𝑻(𝑲) = 𝜽°𝑪 + 𝟐𝟕𝟑

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Transformação Isotérmica:
A pressão e o volume de um gás ideal, mantido em temperatura constante, são inversamente
proporcionais.

𝑷𝟏 . 𝑽𝟏 = 𝑷𝟐 . 𝑽𝟐

Graficamente:

Essa relação é chamada de Lei de Boyle e ao ramo de hipérbole representada no gráfico


denominamos ISOTERMA.

Transformação Isobárica:
Sob pressão constante, o volume e a temperatura absoluta de um gás ideal são diretamente
proporcionais.

𝑽𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

Graficamente:

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Conceito de Mol e número de Avogadro.
Quando trabalhamos com gases, não faz muito sentido tratar das quantidades envolvidas em
termos de massa. Para tanto foi definido o mol como a quantidade de matéria envolvida na
transformação.
1 mol de um gás é um conjunto de 6,02 . 10!" moléculas desse gás.
# (#&''& (# )*&#&')
Para obter o número n de mols de um gás basta aplicar: 𝑛 = ,(#&''& #-.&* /& '01'2â456&).

𝒎
𝒏=
𝑴

6.5.1.2– Lei Geral dos Gases Perfeitos


Essa lei geral pode ser expressa por:

𝑷𝟏 .𝑽𝟏 𝑷𝟐 .𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

Como pode se observar, essa lei engloba as três transformações já estudadas.

6.5.1.3– Equação de Clapeyron


As variáveis de estado de um gás ideal (p, V e T) estão relacionadas com a quantidade desse
7.9
gás. O físico francês Paul Emile Clapeyron estabeleceu que o quociente :
é diretamente
proporcional ao número n de mols de um gás ideal. Estabeleceu-se assim o valo R , que é a
constante universa dos gases perfeitos.

𝒂𝒕𝒎. 𝑳 𝑱
𝑹 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐 𝒐𝒖 𝑹 = 𝟖, 𝟑𝟏
𝒎𝒐𝒍. 𝑲 𝒎𝒐𝒍. 𝑲

E a equação de Clapeyron resultou em:

𝒑. 𝑽 = 𝒏. 𝑹. 𝑻

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Exercícios Resolvidos:
1. (Enem) Dois amigos se encontram em um posto de gasolina para calibrar os pneus de suas
bicicletas. Uma das bicicletas é de corrida (bicicleta A) e a outra, de passeio (bicicleta B). Os
pneus de ambas as bicicletas têm as mesmas características, exceto que a largura dos pneus
de A é menor que a largura dos pneus de B. Ao calibrarem os pneus das bicicletas A e B,
respectivamente com pressões de calibração p A e pB , os amigos observam que o pneu da
bicicleta A deforma, sob mesmos esforços, muito menos que o pneu da bicicleta B. Pode-se
considerar que as massas de ar comprimido no pneu da bicicleta A, mA , e no pneu da bicicleta
B, mB , são diretamente proporcionais aos seus volumes.

Comparando as pressões e massas de ar comprimido nos pneus das bicicletas, temos:


a) pA < pb e mA < mB

b) pA > pb e mA < mB

c) pA > pb e mA = mB

d) pA < pb e mA = mB

e) pA > pb e mA > mB

Resposta da questão 1: [B]

Como o pneu da bicicleta A deforma, sob mesmos esforços, menos que o pneu da bicicleta
B, podemos concluir que:

pA > pB

E como os pneus de ambas as bicicletas têm as mesmas características, mas com A sendo
menos largo que B, e dado que o enunciado diz que as massas são diretamente proporcionais
aos volumes, devemos ter que:
VA < VB Þ mA < mB

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2. (Acafe) Considere o caso abaixo e responda: Qual é a transformação sofrida pelo gás ao
sair do spray?

As pessoas com asma, geralmente, utilizam broncodilatadores em forma de spray ou mais


conhecidos como bombinhas de asma. Esses, por sua vez, precisam ser agitados antes da
inalação para que a medicação seja diluída nos gases do aerossol, garantindo sua
homogeneidade e uniformidade na hora da aplicação.

Podemos considerar o gás que sai do aerossol como sendo um gás ideal, logo, sofre certa
transformação em sua saída.
a) O gás sofre uma compressão adiabática.
b) O gás sofre uma expansão adiabática.
c) O gás sofre uma expansão isotérmica.
d) O gás sofre uma compressão isotérmica.

Resposta da questão 2: [B]

Ao sair da bomba, o gás sofre uma expansão. E por ser um processo muito rápido,
praticamente não há trocas de calor com o meio, motivo pelo qual a transformação pode ser
classificada como adiabática.

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3. (Ufrgs ) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo,
na ordem em que aparecem.

Segundo a Teoria Cinética dos Gases, um gás ideal é constituído de um número enorme de
moléculas, cujas dimensões são desprezíveis, comparadas às distâncias médias entre elas.
As moléculas movem-se continuamente em todas as direções e só há interação quando elas
colidem entre si. Nesse modelo de gás ideal, as colisões entre as moléculas são __________,
e a energia cinética total das moléculas __________.
a) elásticas – aumenta
b) elásticas – permanece constante
c) elásticas – diminui
d) inelásticas – aumenta
e) inelásticas – diminui
Resposta da questão 3: [B]

Considerando-se o modelo de gás ideal, as moléculas sofrem colisões perfeitamente elásticas


mantendo a energia cinética total do sistema constante, pois considera-se que esses choques
não dissipem energia mecânica.

4. (Enem) Uma pessoa abre sua geladeira, verifica o que há dentro e depois fecha a porta
dessa geladeira. Em seguida, ela tenta abrir a geladeira novamente, mas só consegue fazer
isso depois de exercer uma força mais intensa do que a habitual.

A dificuldade extra para reabrir a geladeira ocorre porque o (a)


a) volume de ar dentro da geladeira diminuiu.
b) motor da geladeira está funcionando com potência máxima.
c) força exercida pelo ímã fixado na porta da geladeira aumenta.
d) pressão no interior da geladeira está abaixo da pressão externa.
e) temperatura no interior da geladeira é inferior ao valor existente antes de ela ser aberta.

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Resposta da questão 4: [D]

Quando a geladeira é aberta, ocorre entrada de ar quente e saída de ar frio. Após fechar a
porta, esse ar quente, inicialmente à temperatura T0 e à pressão atmosférica p0 , é resfriado
a volume constante, à temperatura T.
Da equação geral dos gases:

pV p0 V0 p p0
= Þ = .
T T0 T T0

Se T < T0 Þ p < p0, a pressão do ar no interior da geladeira é menor que a pressão externa,
dificultando a abertura da porta.

5. (Ufrgs) Considere as afirmações abaixo, sobre o comportamento térmico dos gases ideais.

I. Volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura inicial, quando aquecidos sob
pressão constante de modo a sofrerem a mesma variação de temperatura, dilatam-se
igualmente.
II. Volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura e pressão, contêm o mesmo
número de moléculas.
III. Uma dada massa gasosa, quando mantida sob pressão constante, tem temperatura T e
volume V diretamente proporcionais.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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Resposta da questão 5: [E]

Análise das afirmativas:


[I] Verdadeira. Gases diferentes aquecidos à pressão constante tem seus volumes
aumentados de maneira diretamente proporcional em relação à temperatura (Lei de
Charles), isto é, sofrem a mesma dilatação volumétrica.
[II] Verdadeira. Este é o enunciado da Lei de Avogadro.
[III] Verdadeira. Pela Equação Geral dos Gases Perfeitos:
p × V p'× V ' p=cte V V '
= ¾¾¾¾ ® =
T T' T T'

Assim, quando aumentamos a temperatura de "k " unidades, o volume também aumenta em
"k " unidades para manter constante a relação, conformando uma relação diretamente
proporcional entre essas variáveis.

6. (Uemg) Antes de viajar, o motorista calibrou os pneus do seu carro a uma pressão de 30 psi
quando a temperatura dos pneus era de 27 °C. Durante a viagem, após parar em um posto
de gasolina, o motorista percebeu que os pneus estavam aquecidos. Ao conferir a calibragem,
o motorista verificou que a pressão dos pneus era de 32 psi.

Considerando a dilatação do pneu desprezível e o ar dentro dos pneus como um gás ideal,
assinale a alternativa que MELHOR representa a temperatura mais próxima dos pneus.
a) 29 °C.

b) 38 °C.

c) 47 °C.

d) 52 °C.

Resposta da questão 6: [C]

Aplicando a equação geral dos gases a volume constante, temos:


P0 V0 PV
=
T0 T
30 32
=
27 + 273 T
\ T = 320 K = 47 °C

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6.5.1.4 – Energia interna de um Gás ideal.
A energia interna de um sistema gasoso é a soma das energias cinéticas de suas moléculas.
#.9 !
A Energia cinética, como vimos em mecânica, é dada por 𝐸5 = !
.

Como uma partícula de gás monoatômico tem três graus de liberdade, isto é, pode se mover
ao longo das direções x, y e x, assumimos que para grau de liberdade se acrescenta ½ mv²
"
resultando em 𝐸5 = ! 𝑚. 𝑉 ! .

Como já posto anteriormente, faz pouco sentido tratar uma porção de gás em termos de
massa e velocidade de cada uma das suas partículas. As variáveis então passam a ser o
número de mols (n) e a temperatura absoluta (T), resultando em:

𝟑
𝑼 = 𝒏. 𝑹. 𝑻
𝟐

Exercícios Resolvidos:
1. (Unicamp) O CO2 dissolvido em bebidas carbonatadas, como refrigerantes e cervejas, é o
responsável pela formação da espuma nessas bebidas e pelo aumento da pressão interna das
garrafas, tornando-a superior à pressão atmosférica. O volume de gás no “pescoço” de uma
garrafa com uma bebida carbonatada a 7 °C é igual a 24 ml, e a pressão no interior da garrafa
é de 2,8 ´ 105 Pa. Trate o gás do “pescoço” da garrafa como um gás perfeito. Considere que a
constante universal dos gases é de aproximadamente 8 J mol × K e que as temperaturas nas
escalas Kelvin e Celsius relacionam-se da forma T(K) = 0(°C) + 273. O número de moles de gás
no “pescoço” da garrafa é igual a

a) 1,2 ´ 105.

b) 3,0 ´ 103.

c) 1,2 ´ 10-1.

d) 3,0 ´ 10-3.

Resposta da questão 1: [D]

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T = 7 °C + 273 = 280K
V = 24 mL = 24 ´ 10 -6 m3
1Pa = 1N × m-2
P = 2,8 ´ 105 Pa = 2,8 ´ 105 N × m-2
1J = N×m
R = 8 J × K -1 × mol-1 = 8 N × m × K -1 × mol-1

Aplicando a equação de estado de gases ideais, vem:


P´ V = n´R´ T
2,8 ´ 105 N × m-2 ´ 24 ´ 10 -6 m3 = n ´ 8 N × m × K -1 × mol-1 ´ 280 K
2,8 ´ 105 N × m-2 ´ 24 ´ 10 -6 m3
n= = 0,03 ´ 105 ´ 10-6 mol
-1 -1
8 N×m ×K × mol ´ 280 K
-3
n = 3,0 ´ 10 mol

2. (Enem) As máquinas térmicas foram aprimoradas durante a primeira Revolução Industrial,


iniciada na Inglaterra no século XVIII. O trabalho do engenheiro francês Nicolas Léonard Sadi
Carnot, que notou a relação entre a eficiência da máquina a vapor e a diferença de
temperatura entre o vapor e o ambiente externo, foi fundamental para esse aprimoramento.
A solução desenvolvida por Carnot para aumentar a eficiência da máquina a vapor foi
a) reduzir o volume do recipiente sob pressão constante.
b) aumentar o volume do recipiente e reduzir a pressão proporcionalmente.
c) reduzir o volume do recipiente e a pressão proporcionalmente.
d) reduzir a pressão dentro do recipiente e manter seu volume.
e) aumentar a pressão dentro do recipiente e manter seu volume.
Resposta da questão 2: [E]

Pela relação:

PV = nRT

Como o aumento da temperatura favorece o funcionamento da máquina a vapor, podemos


concluir que, mantido o volume constante, deve-se aumentar a pressão dentro do recipiente.

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3. (Udesc) Um gás ideal monoatômico, com n mols e inicialmente na temperatura absoluta
T, sofre uma expansão adiabática até que sua temperatura fique a um terço de sua
temperatura inicial.

Logo, o gás:
a) absorveu uma quantidade de calor igual a nRT.
b) se expandiu isobaricamente.
c) realizou trabalho liberando uma quantidade de calor igual a nRT.
d) se expandiu aumentando sua energia interna de nRT.
e) realizou trabalho e sua energia interna diminuiu de nRT.
Resposta da questão 3: [E]

Como o gás sofreu uma expansão, ou seja, aumentou o volume, então ele realizou trabalho,
mas o processo foi adiabático, isto é, sem haver troca de calor com o meio externo, portanto
o trabalho realizado pelo gás foi à custa de sua energia interna. Assim, a resposta correta é
letra [E].

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6.5.2 – Trabalho da Força de Pressão

Um Gás contido em um cilindro cujo êmbolo pode se movimentar livremente é um bom


exemplo para explicarmos o trabalho da força de pressão.

Consideremos inicialmente uma massa de gás


m, contida em um volume V0 e que recebe calor
de uma fonte externa.
O gás exercerá sobre o êmbolo do uma força F,
devido ao choque das suas moléculas contra as
paredes e esse se deslocará uma distância ∆ℎ.

𝐹
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝜏 = 𝐹. ∆𝑑 𝑒 𝑝 = , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 𝐹 = 𝑝. 𝐴 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝜏 = 𝑝. 𝐴. ℎ
𝐴
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝜏; = 𝑝. ∆𝑉

𝝉𝒑 = 𝒑. ∆𝑽

6.5.2.1 – Diagramas Pressão x Volume


Mais uma vez, recorremos aos gráficos para facilitar o entendimento do conceito de trabalho.
Observe:
Num diagrama p x V, a área sob a
curva é numericamente igual ao
trabalho realizado.

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Se a transformação for cíclica, basta
calcular a área da figura formada.
Atenção aos sinais:
Por convenção, ciclo horário, Trabalho
Positivo (o gás realizou trabalho).
Ciclo anti-horário, Trabalho Negativo (o
gás sofreu trabalho externo).

6.5.3 – Primeira Lei da Termodinâmica


A primeira Lei da Termodinâmica, estabelece o “balanço energético” do sistema.
A variação da energia interna de um sistema é dada pela diferença entre o calor trocado com
o meio exterior e o trabalho realizado no processo termodinâmico.

∆𝑼 = 𝑸 − 𝝉

6.5.3.1 – Transformações gasosas e a primeira Lei da Termodinâmica


Transformação Isotérmica:
Numa transformação isotérmica, a variação da temperatura é nula, portanto, a variação da
energia interna do sistema também é nula.
∆𝑇 = 0 ⇒ ∆𝑈 = 0

𝐶𝑜𝑚𝑜 ∆𝑈 = 𝑄 − 𝜏 ⇒ 𝑄 = 𝜏

Ou seja, todo o calor recebido pelo sistema foi transformado em trabalho mecânico.

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Transformação Isobárica:
Numa transformação isobárica, a quantidade de calor recebida é maior que o trabalho
realizado. ∆𝑈 > 0 ⇒ 𝑄 > 𝜏

Transformação Isocória (volume constante).


Na Transformação isocórica, o trabalho realizado é nulo, pois não há variação do volume
∆𝑉 = 0.
𝐶𝑜𝑚𝑜 ∆𝑉 = 0 ⇒ 𝜏 = 0 𝑒 ∆𝑈 = 𝑄

A Variação da energia interna do gás é igual


à quantidade de calor trocada com o
ambiente externo.

Transformação Adiabática.
Numa transformação adiabática, a variação da energia interna do gás é igual em módulo e de
sinal contrário ao trabalho realizado na transformação.
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑄 = 0 ⇒ ∆𝑈 = −𝜏

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Exercícios Resolvidos.
1. (Enem) O motor de combustão interna, utilizado no transporte de pessoas e cargas, é uma
máquina térmica cujo ciclo consiste em quatro etapas: admissão, compressão,
explosão/expansão e escape. Essas etapas estão representadas no diagrama da pressão em
função do volume. Nos motores a gasolina, a mistura ar/combustível entra em combustão
por uma centelha elétrica.

Para o motor descrito, em qual ponto do ciclo é produzida a centelha elétrica?


a) A
b) B
c) C
d) D
e) E

Resposta da questão 1: [C]

Quando é produzida a centelha, o gás explode, sofrendo violento aumento de pressão a


volume constante. Isso ocorre no ponto C.

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2. (Enem) Tanto a conservação de materiais biológicos como o resfriamento de certos
fotodetectores exigem baixas temperaturas que não são facilmente atingidas por
refrigeradores. Uma prática comum para atingi-las é o uso de nitrogênio líquido, obtido pela
expansão adiabática do gás N2 , contido em um recipiente acoplado a um êmbolo, que resulta
no resfriamento em temperaturas que chegam até seu ponto de liquefação em -196 °C. A
figura exibe o esboço de curvas de pressão em função do volume ocupado por uma
quantidade de gás para os processos isotérmico e adiabático. As diferenças entre esses
processos podem ser identificadas com base na primeira lei da termodinâmica, que associa a
variação de energia interna à diferença entre o calor trocado com o meio exterior e o trabalho
realizado no processo.

A expansão adiabática viabiliza o resfriamento do N2 porque

a) a entrada de calor que ocorre na expansão por causa do trabalho contribui para a
diminuição da temperatura.
b) a saída de calor que ocorre na expansão por causa do trabalho contribui para a diminuição
da temperatura.
c) a variação da energia interna é nula e o trabalho é associado diretamente ao fluxo de calor,
que diminui a temperatura do sistema.
d) a variação da energia interna é nula e o trabalho é associado diretamente à entrada de frio,
que diminui a temperatura do sistema.
e) o trabalho é associado diretamente à variação de energia interna e não há troca de calor
entre o gás e o ambiente.

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Resposta da questão 2: [E]

De acordo com o texto do enunciado da questão, a primeira lei da termodinâmica, associa a


variação de energia interna à diferença entre o calor trocado com o meio exterior e o trabalho
realizado no processo. Então:
ΔU : var iação de energia int erna
Q : calor
Q = 0 (expansão adiabática; sem troca de calor)
W : trabalho
W > 0 (expansão)
ΔU = Q - W
ΔU = 0 - ( + W )
ΔU = - W

Conclusão: o trabalho é associado diretamente à variação de energia interna e não há troca


de calor entre o gás e o ambiente.

3. (Enem) Rudolph Diesel patenteou um motor a combustão interna de elevada eficiência,


cujo ciclo está esquematizado no diagrama pressão ´ volume. O ciclo Diesel é composto por
quatro etapas, duas das quais são transformações adiabáticas. O motor de Diesel é
caracterizado pela compressão de ar apenas, com a injeção de combustível no final.

No ciclo Diesel, o calor é absorvido em:


a) A ® B e C ® D, pois em ambos ocorre realização de trabalho.

b) A ® B e B ® C, pois em ambos ocorre elevação da temperatura.

c) C ® D, pois representa uma expansão adiabática e o sistema realiza trabalho.

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d) A ® B, pois representa uma compressão adiabática em que ocorre elevação de
temperatura.
e) B ® C, pois representa expansão isobárica em que o sistema realiza trabalho e a
temperatura se eleva.
Resposta da questão 3: [E]

As transformações AB e CD são adiabáticas. Logo, não há troca de calor.


A transformação DA é um resfriamento isométrico. Logo, o gás perde calor.
Na transformação BC o gás realiza trabalho e aquece. Isso somente é possível porque o gás
absorve calor.

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