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ENGECORPS/HARZA
Gerente: Mauro Gomes dos Santos Filho
Coordenador Geral: Marcos Oliveira Godoi
Coordenadores Setoriais: Afonso Celso Moruzzi Marques
Claudio Michel Nahas
Manuel do Nascimento Afonso
Murillo Dondici Ruiz
ENGECORPS/HARZA
Projeto Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste
Setentrional; Relatório R32 – Relatório Síntese de Viabilidade Técnico-
Econômica e Ambiental – São Paulo: ENGECORPS/HARZA, 2000.
330 p.
CDU – 62
FUNCATE:
Av. Dr. João Guilhermino, 429, 11º Andar – Centro
São José dos Campos – SP
CEP: 12210-131
Telefone: (0XX 12) 341 1399 Fax: (0XX 12) 341 2829
PROJETO SÃO FRANCISCO
Apresentação
APRESENTAÇÃO
Os inúmeros relatórios mencionados (ver relação anexa) fazem parte de três estudos básicos,
denominados Inserção Regional, Estudo de Engenharia e Estudo de Impacto Ambiental – EIA e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, cujas análises foram conduzidas de maneira
articulada, num processo analítico interativo com alimentação contínua.
Com esse embasamento de resultados, o presente relatório está estruturado em três blocos de entrada
de conhecimentos e organizados em seis capítulos, além desta apresentação, como se mostra na
ilustração a seguir, de maneira a refletir as principais conclusões e facilitar ao leitor a compreensão dos
estudos de um dos grandes empreendimentos previstos para a Região Nordeste ou Nordeste brasileiro.
O Projeto da Transposição
Capítulo 01
Estudos de Engenharia
Capítulo 05
Nessa perspectiva, o primeiro bloco procura introduzir, logo no primeiro capítulo, uma exposição
abrangente do Projeto mostrando, no contexto geral, a necessidade do Projeto, a área de abrangência
dos estudos e de influência da sua construção e operação, as finalidades maiores – diretrizes e objetivos
– e as principais características físicas e as vazões transpostas, combinadas com seu atributo maior de
garantia de fornecimento e de sinergia de gestão dos recursos hídricos. Por fim, são apresentados os
principais efeitos sociais positivos e a viabilidade ambiental e econômica.
O segundo bloco reúne três capítulos que encaminham as conclusões sobre: a oportunidade da
transposição de águas para o Nordeste Setentrional (Capítulo 2), evidenciando seus números, a
gravidade dos fenômenos climáticos das secas no semi-árido, a evolução histórica do combate às secas
e os desafios a serem enfrentados, incluindo a questão do semi-árido como um problema com
dimensão nacional; a seguir no Capítulo 3 é apresentada uma caracterização dos principais traços
físicos, bióticos e sócio-econômicos da Bacia do Rio São Francisco e, no Capítulo 4, é encaminhada
uma avaliação da oferta e da demanda hídrica das bacias receptoras, com destaque para a seleção do
chamado cenário que otimiza as condições hídricas.
O terceiro bloco mostra como o estudo de engenharia foi realizado, sempre valorizando condicionantes
ambientais e sociais, tanto na escolha da melhor alternativa, como no seu detalhamento (Capítulo 5),
constituindo, assim, o Projeto propriamente dito, para o qual são avaliadas e evidenciadas (Capítulo 6),
três formas de viabilidade: a sócio-ambiental, a partir da escolha tecnológica possível, da localização de
traçado mais adequada e da proposição de medidas e ações para reduzir, evitar, controlar ou
compensar os efeitos adversos e potencializar os benefícios esperados para o meio ambiente e as
populações locais; e a econômica e financeira, à luz de indicadores de resultados e retornos obtidos
com base em metodologia apropriada para as condições do empreendimento.
Os estudos apresentados ao longo dos próximos capítulos foram realizados entre 1998 a meados de
2000 e resultaram dos esforços do Ministério da Integração por meio de sua Secretaria de Infra-
Estrutura Hídrica, e do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, com a participação de diferentes entidades: a FUNCATE – Fundação de Ciências, Aplicações
e Tecnologia Espaciais, a ENGECORPS-HARZA, consórcio que elaborou os Estudos de Viabilidade
(Engenharia e Economia); a VBA – Consultores, que elaborou os Estudos de Inserção Regional (Balanço
Hídrico da Região Receptora, Oportunidade do Empreendimento, Hidrologia Regional, Benefícios); e
JAAKKO PÖYRY/TAHAL, consórcio que elaborou os Estudos de Impacto Ambiental.
Esses diversos estudos constituíram o suporte analítico para a elaboração dos projetos básicos de
engenharia das obras do empreendimento e da base para instruir o processo de licenciamento
ambiental das mesmas.
Sumário
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1. O PROJETO DA TRANSPOSIÇÃO
TRANSPOSIÇÃO
2. OPORTUNIDADE DO INVESTIMENTO
INVESTIMENTO DA TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS PARA O
NORDESTE SETENTRIONAL
5. ESTUDOS DE ENGENHARIA
ENGENHARIA
6. VIABILIDADE AMBIE
AMBIENTAL,
NTAL, ECONÔMICA E FINANCEIRA
1. O Projeto da Transposição
1. O PROJETO DA TRANSPOSIÇÃO
A importância do Projeto da Transposição do Rio São Francisco deve-se a sua inserção na realidade
nordestina, marcada por disparidades de renda interna, entre o litoral e o sertão no semi-árido, e de
renda externa, quando comparada com outras regiões do País. Essas formas de desequilíbrios têm sido
cada vez mais potencializadas pelo fenômeno recorrente da seca, constituindo-se em um dos
principais gargalos para atrair investimentos privados e, mais do que isso, em alto risco para a
sustentabilidade da vida na região.
Por fim, a viabilidade do projeto é demonstrada num contexto técnico, econômico-social e ambiental.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Tal situação vem agravando essas disparidades, com a permanência de bolsões de pobreza extrema
na região, tanto no sertão, quanto nas grandes cidades litorâneas, permanecendo os índices de
migração intra e inter-regional entre os maiores do País, sintoma de uma realidade pouco
sustentável.
O desastre das secas se repete com freqüência na região, muitas vezes com uma seca verde – assim
chamada pelo verde intenso da caatinga que camufla a perda total da safra agrícola –, outras vezes,
com uma seca também hidrológica, porque a chuva é insuficiente para preencher os açudes. A cada
5 anos, em média, ocorre uma seca devastadora e abrangente que desestrutura a economia regional
e fomenta intenso processo migratório para fora do sertão, com conseqüências sociais e políticas
conhecidas em todo o País.
O chamado Nordeste Setentrional (Ceará, Paraíba, Pernambuco, e Rio Grande do Norte) constitui o
principal núcleo do fenômeno das secas da Região Nordeste, juntamente com partes dos sertões do
Norte da Bahia, Sudeste do Piauí e Oeste de Sergipe e Alagoas. Nessa extensa área, a probabilidade
de ocorrência desse fenômeno climatológico é maior do que nas regiões meridionais e costeiras do
Nordeste.
Sobretudo os açudes de grande porte foram planejados para garantir o fornecimento da água por
ocasião de secas plurianuais, de maneira a melhorar a disponibilidade hídrica, pois os açudes
pequenos não são capazes de atravessar tais secas. Mesmo os grandes açudes, operando sempre
com a preocupação de guardar água para tempos secos, sofrem perdas excessivas por evaporação,
resultando menor vazão garantida do que poderiam oferecer, caso fosse possível manter uma
operação mais eficaz.
Em geral, mesmo quando operados com eficiência, os açudes do semi-árido não conseguem
disponibilizar, em média, mais do que 25% da água que armazenam. Conseqüentemente, menos de
4% e muitas vezes 2% do volume da chuva pode ser efetivamente garantido por meio da
regularização dos rios intermitentes. Por outro lado, o incremento da açudagem, acima de
determinado ponto, leva à redução da água disponível em vez de seu aumento, por efeito da forte
evaporação sobre as superfícies líquidas.
Como decorrência, faz sentido para a sociedade brasileira criar condições de atração de capital e
tecnologia para o desenvolvimento dessa região do País, para serem geradas condições de absorver
expressivos contingentes de populações locais, por meio das oportunidades de emprego, de geração
de renda e participação nas atividades do agronegócio.
Assim, para que essas atividades sejam efetivadas e potencializadas na região, é imprescindível:
♦ disponibilizar água como insumo básico à agricultura tecnificada – água sem risco de freqüente
racionamento, pois os investimentos em tecnologia agrícola não se realizam em situações de
incerteza; e,
♦ viabilizar água em quantidade suficiente para atender pólos agrícolas, onde as sinergias da
agregação permitam consolidar sistemas de agronegócios dotados de competitividade e inserção
global, além de garantir fluxos de suprimento, promover marcas, controlar o fluxo por produto e
aperfeiçoar as tecnologias para a constante melhoria da cadeia produtiva como um todo.
A distribuição das oportunidades de progresso, de acordo com as vocações locais, entre as diferentes
regiões e Estados do País, é condição básica para o fortalecimento da nação, dos laços federativos de
união e de solidariedade entre sua população, dos critérios de complementaridade e
transbordamento dos benefícios econômicos que se reforçam mutuamente: mais produção numa
região requer mais consumo de outras unidades da Federação, que se beneficiam em um conjunto
de produção equilibrada.
É dentro desta ótica que o Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco se insere: é um
empreendimento estruturante, de grande abrangência geográfica, que beneficia 4 Estados e uma
área habitada por mais de 8 milhões de brasileiros, que terão um insumo fundamental para seu
desenvolvimento – A ÁGUA – trazendo como conseqüência o aumento do potencial de produção
agrícola, transbordando seus efeitos sobre a economia regional e nacional e trazendo a possibilidade
de beneficiar tanto as populações urbanas, sujeitas ao freqüente desconforto da falta de água ou de
água com baixa qualidade, quanto as populações rurais dos sertões, situadas próximas aos eixos do
Projeto, que poderão ser atendidas com regularidade, livres dos efeitos das secas sobre seu trabalho
e produção.
Por ser uma obra estruturante, o Projeto vai de encontro aos gastos emergenciais expressivos e
freqüentes nas áreas de seca, reduzindo-os e aliviando a população beneficiada dos efeitos perversos
das secas inevitáveis.
Desses açudes, a água será distribuída por sistemas adutores para as principais regiões com demanda
hídrica expressiva dos Estados beneficiados, incluindo grandes centros urbanos, industriais, regiões
turísticas e áreas de agricultura irrigada, com destaque para os principais Pólos de Desenvolvimento
Integrado, incentivados pelo Banco do Nordeste.
O Projeto beneficiará, também, as populações do sertão e do agreste situadas ao longo dos eixos
hídricos criados com o Projeto, conformados por mais de 720 km de canais e reservatórios e pelos
rios e açudes receptores das águas transpostas, estes com mais 1.000 km de extensão.
Assim, será possível operar os açudes sem receio de secas prolongadas futuras, depletindo-os
anualmente – o que reduz a evaporação da superfície de água exposta ao ar e preparando-os para
acumular mais água quando ocorrerem chuvas expressivas, evitando que se perca no mar – e
gerando um efeito sinérgico relevante, pela integração de um rio perene – o São Francisco – com as
principais fontes hídricas dos rios intermitentes.
Nessas condições, a Transposição representa garantia de maior uso das águas das bacias receptoras
com retiradas mínimas do Rio São Francisco, que serão variáveis e intermitentes no tempo, em
função da distribuição interanual e inter-regional das chuvas.
Localização
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Com essa localização e dadas as características do Projeto, suas áreas de influência constituem o
espaço geográfico, onde os benefícios e eventuais impactos diretos e indiretos irão se manifestar, seja
no meio sócio-econômico, seja no físico ou no biótico. São assim, também, áreas funcionais para os
estudos ambientais:
A Figura 1.3 mostra tais áreas de influência e os limites dos Estados abrangidos.
Por fim, considerando a natureza do Projeto, para contextualizá-lo em sua inserção regional,
utilizou-se também de um recorte espacial mais amplo denominado Área Global, que compreende
as bacias receptoras e a bacia do Rio São Francisco.
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Essas diretrizes têm as seguintes dimensões e conteúdo: função social e econômica; sustentabilidade
ambiental; gestão eficiente dos recursos hídricos e avanço tecnológico. Elas envolvem os seguintes
objetivos:
♦ assegurar oferta adequada de água de boa qualidade, com garantia, para a população e as
atividades econômicas;
♦ aumentar a garantia de fornecimento de água para uso múltiplo urbano e rural, reduzindo riscos
de investimentos dos setores privado e público.
Sustentabilidade Ambiental
♦ induzir a melhor gestão da água pela sua cobrança como bem econômico, à medida que os
Estados beneficiados comprometer-se-ão com a aquisição e pagamento de cotas de água
proporcionadas pelo Projeto;
♦ induzir o planejamento racional dos recursos hídricos dos Estados beneficiados, a partir de seus
açudes estratégicos, dando melhor cobertura territorial ao atendimento do semi-árido;
♦ possibilitar a sinergia hídrica traduzida pelo aproveitamento de parcela das águas locais dos
açudes estratégicos - e que, sem o projeto, seriam perdidas por evaporação e vertimento -,
potencializando os recursos hídricos locais através da integração dos principais açudes
estratégicos, direta ou indiretamente, com o Rio São Francisco – fonte hídrica perene mais
próxima e com grande volume disponível (60 bilhões m3/ano).
Avanço Tecnológico
♦ entregar a água do São Francisco aos Estados beneficiados, sempre que possível mantendo sua
qualidade original e permitindo a medição de seu volume, a ser por eles adquirido;
♦ evitar a entrega das águas em trechos de rio com baixa capacidade de absorvê-las.
O Projeto é formado por dois grande eixos de obras, denominados Eixo Norte e Eixo Leste. Essa
divisão, bem como os respectivos pontos de captação, podem ser observados na Figura 1.4.
A maior parte do percurso das águas, algo como 82% (591 km) do total, realiza-se em canais que,
dependendo da topografia, são escavados no terreno natural, construídos em aterro compactado ou
ainda têm uma seção mista, a meia encosta, de escavação e aterro, à semelhança da construção de
rodovias (Figura 1.5).
A superfície interna dos canais é vedada às infiltrações e conseqüentes perdas d’água, por meio de
uma manta de PVC impermeabilizante (ou PEAD), protegida da ação dos raios solares com um
revestimento de concreto.
A travessia de talvegues e vales é realizada através de aquedutos, cuja extensão totaliza cerca de
5 km ou 0,7% do percurso. A travessia de relevos elevados e serras é realizada por meio de túneis,
cuja extensão soma 37 km ou 5% do percurso.
As passagens por reservatórios, sejam alguns já existentes, sejam novos, os necessários à operação do
Sistema de Transposição, perfazem uma extensão de cerca de 85 km ou 12% do percurso total. Por
fim, haverá também a utilização de leitos naturais de rios para o percurso final de parte das vazões
transpostas até os açudes receptores.
Os novos reservatórios são formados pela construção de 23 pequenas barragens, distribuídas aos
pares junto às estações elevatórias, uma a montante e outra a jusante, com a função de evitar o
desperdício de água que poderia ocorrer nos canais ao se paralisar o bombeamento.
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Reservatório de Sobradinho
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
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Eixo Norte
O Eixo Norte é formado por 5 trechos de obras. Tem início com a captação no Rio São Francisco,
situada após o Reservatório de Sobradinho e a montante da Ilha Assunção, próximo a Cabrobó (PE).
♦ Trecho I
É o trecho principal do eixo, onde se localizam as principais Estações de Bombeamento. Tem início
no Rio São Francisco na cota 325 e eleva a água até aproximadamente a cota 490 num desnível de
165 m, ao longo de 143 km de canais, reservatórios, aquedutos, túneis e tubulações.
Esse trecho, também denominado trecho comum, transfere água para todos os outros trechos.
Desenvolve-se basicamente no Estado de Pernambuco, passando próximo da cidade Salgueiro, com
término no reservatório de Jati, nas imediações da cidade de Jati, já no Estado do Ceará. Nesse
reservatório, prevê-se a construção de uma Usina Hidrelétrica para geração de energia, de maneira a
compensar parte da energia consumida pelas Estações Elevatórias do Sistema.
♦ Trecho II
É seqüência do Trecho I. Inicia-se na barragem do reservatório de Jati, passando pelos açudes já
existentes de Atalho e Quixabinha e indo, até o reservatório projetado de Cuncas, percorrendo o
espigão que separa os Estados do Ceará e Paraíba.
Esse trecho tem como função principal o atendimento da bacia do Rio Piranhas (PB), denominado
também Rio Açu (RN), e a passagem de água para os Trecho III e IV. Atende, além das demandas
difusas ao longo do traçado, aquelas originadas no rio Salgado (CE), através de diversas tomadas
d'água. Seu funcionamento é por gravidade, não sendo necessários novos bombeamentos, como
também ocorre com os trechos III e IV. Está prevista, também, uma outra Usina Hidrelétrica no
Açude Atalho, para recuperação de parte de energia dos bombeamentos do Trecho I.
♦ Trecho III
Tem início no Reservatório Cuncas e tem como função o atendimento da bacia do Rio Jaguaribe (CE)
e a condução de água para o Trecho IV. Desenvolve-se pelo espigão entre os Estados do Ceará e
Paraíba, até as proximidades de Santa Helena, onde está previsto um reservatório de derivação para
o Trecho IV. A partir deste reservatório, esse trecho segue em direção do Rio Salgado, no Estado do
Ceará, até o reservatório projetado Caio Prado. Desse ponto em diante, prossegue inicialmente pelo
leito natural do rio Caio Prado e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões,
também por canal até o rio Salgado, onde deságua próximo à cidade de Icó, abastecendo depois o
rio Jaguaribe.
♦ Trecho IV
Parte do reservatório Santa Helena e segue em direção ao Estado do Rio Grande do Norte. Sua
função se concentra no atendimento da bacia do Rio Apodi, além das demandas difusas distribuídas
ao longo do traçado entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte. As obras deste trecho finalizam no
açude público Angicos, continuando a partir deste ponto, inicialmente pelo leito natural do rio
Apodi e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões, também por canal até o açude
Pau-dos-Ferros.
♦ Trecho VI
Começa no reservatório de Mangueira do Trecho I, no Estado de Pernambuco, e atende a bacia do
Rio Brígida e as demandas difusas ao longo do traçado. Atravessa o território do Estado de
Pernambuco até os açudes existentes Chapéu e Entremontes. Possui ainda uma estação de
bombeamento para elevar a água em aproximadamente 13 m, de modo a atingir cotas suficientes
para a transferência de água para os açudes existentes.
Eixo Leste
Esse eixo é formado apenas pelo Trecho V com início no Reservatório de Itaparica, no rio São
Francisco. Possui 5 estações de bombeamento para vencer o desnível de aproximadamente 300 m
entre a tomada d'água e o espigão que divide os Estados da Paraíba e de Pernambuco.
O objetivo desse eixo é ampliar a área beneficiada pelo Projeto, estendendo o atendimento às
demandas hídricas das bacias do rio Paraíba, no Estado da Paraíba, e dos rios Moxotó e Ipojuca, no
Estado de Pernambuco. Este último será abastecido por canal, em estudo pelo Estado de
Pernambuco.
Seu caminhamento se dá por meio de canais, reservatórios, aquedutos e túneis, até alcançar o rio
Molungu, próximo a cidade de Monteiro (PB). As derivações para os rios Moxotó e Ipojuca são
previstas no Reservatório Copiti, a montante do açude público Poço da Cruz.
Oferta e Demanda
O Nordeste conta com apenas 3% dos recursos hídricos disponíveis no Brasil. Mais de 70% deles
estão disponibilizados no Rio São Francisco. Essa potencialidade hídrica acaba impondo a
necessidade de uso do São Francisco para finalidades múltiplas como a grande fonte hídrica da
Região Nordeste. Atualmente, isso já ocorre com a produção regional de energia elétrica; no futuro,
deverá ocorrer também com a água.
Os recursos hídricos superficiais da área de influência do Projeto nas bacias receptoras (oferta local),
disponibilizados pela operação otimizada de todos os seus reservatórios de regularização, são
apresentados no Quadro 1.1.
As demandas hídricas futuras, projetadas para a área de abrangência do Projeto, são também
indicadas no Quadro 1.1, para os horizontes de planejamento dos anos 2010 e 2025,
respectivamente.
Os déficits das bacias receptoras, obtidos através do balanço Oferta – Demanda, atingem
respectivamente 21,6 m3/s, em 2010, e 87,2 m3/s, em 2025. Descontadas as sinergias
proporcionadas pelo Projeto nos açudes receptores, a vazão média necessária a ser bombeada do rio
São Francisco será de 20 m3/s, em 2010, e 63,2 m3/s, em 2025, conforme mostra o Quadro 1.1.
QUADRO 1.1
OFERTA E DEMANDA
Vazão gerada
Vazão média pela Sinergia
Vazão Máxima
Oferta Demanda (m³/s) Déficit (m³/s) bombeada dos
Bacias Bombeada
(m³/s) (m³/s) (3) Reservatórios
(m³/s)
2010 2025 2010 (2) 2025 2025 2025 (m3/s)
Eixo Norte
Bacias Receptoras 57,22 62,11 118,44 7,47 61,22 37,50 23,72 89
Sub-Bacia do Rio São Francisco 2,10 5,35 9,00 3,25 6,90 6,60 0,30 10
Total 59,32 67,46 127,44 10,72 68,12 44,10 24,02 99
Eixo Leste
Bacias Receptoras (1) 16,75 23,01 28,37 6,51 11,62 11,62 0,00 18
Sub-Bacia do Rio São Francisco 1,15 5,52 8,63 4,37 7,48 7,48 0,00 10
Total 17,90 28,53 37,00 10,88 19,10 19,10 0,00 28
Total
Bacias Receptoras (1) 73,97 85,12 146,81 13,98 72,84 49,12 23,72 107
Sub-Bacia do Rio São Francisco 3,25 10,87 17,63 7,62 14,38 14,08 0,30 20
Total (1) 77,22 95,99 164,44 21,60 87,22 63,20 24,02 127
(1)
Incluindo as demandas e ofertas do Agreste Pernambucano e Recife.
(2)
O déficit não é obtido pela diferença entre a oferta e a demanda, pois não há transferência de água entre as bacias receptoras.
(3)
A vazão média bombeada em 2010 foi estimada em 20 m3/s, sendo 7,5 m3/s para a Bacia do São Francisco e 12,5 m3/s para as outras
bacias receptoras.
! 37,5 m3/s (em 2025) para as bacias receptoras do Eixo Norte, sendo que os 23,7 m3/s
restantes serão gerados pela sinergia dos reservatórios pertencentes a estas bacias; e
♦ Sub-bacias do Rio São Francisco (Águas utilizadas na própria bacia do São Francisco)
! 6,6 m3/s (em 2025) para as sub-bacias do Rio São Francisco do Eixo Norte, sendo que 0,3
m3/s restante será gerado pela sinergia dos reservatórios pertencentes a estas bacias; e
! 7,5 m3/s (em 2025) para as sub-bacias do Rio São Francisco do Eixo Leste.
♦ Bacias Receptoras
! Eixo Norte - 89 m3/s
! Total - 20 m3/s
Operação do Sistema
A Região Nordeste dispõe de uma ampla infra-estrutura hídrica construída ao longo do século,
envolvendo mais de mil açudes públicos, entre pequenos, médios e grandes, mas que, em geral, não
suprem as demandas com regularidade.
Mesmo nos grandes reservatórios podem ocorrer falhas, não garantindo vazões adequadas durante
as secas mais prolongadas, ou ainda, em certas situações, alguns açudes de menor porte podem
secar completamente.
Na situação atual dos reservatórios, sua operação acaba não aproveitando grande parte do volume
de água, pois, sob a permanente ameaça de uma provável seca, os usuários acabam reservando,
muitas vezes, volumes excessivos para o futuro. Esse excedente de água acaba evaporando-se sob a
ação do sol. O receio da falta de água no futuro acaba inibindo sua utilização mais racional no
presente.
A gestão integrada dos grandes reservatórios beneficiados pela Transposição proporcionará uma
sinergia hídrica da ordem de 24 m3/s, decorrente da operação do sistema, quando a demanda a ser
atendida em 2025 estiver viabilizada.
O ganho sinérgico significa um recurso hídrico das próprias bacias beneficiadas que se disponibiliza
em razão da garantia que o sistema de transposição oferece à gestão dos reservatórios receptores.
Não se trata, portanto, de água transposta do Rio São Francisco, mas uma redução das perdas d’água
das próprias bacias receptoras, o que está em linha com os conceitos modernos do Desenvolvimento
Sustentável.
O sistema de transposição irá bombear água quando e apenas quando necessário. Em anos em que
a seca recrudescer, o sistema poderá bombear continuamente a sua máxima capacidade diária de
114,3 m3/s. Em anos úmidos, será utilizada a capacidade endógena das bacias receptoras,
concentrada nos açudes, limitando-se o bombeamento a uma pequena vazão a ser utilizada de
modo difuso pelas comunidades interioranas, situadas ao longo dos canais e dos rios e riachos
receptores.
Por outro lado, em anos hidrologicamente favoráveis na bacia do São Francisco, com vertimento de
água pelas barragens, poderá ser efetivado o bombeamento máximo para os açudes, sem impacto
sobre a geração de energia, flexibilizando e otimizando a operação integrada do sistema.
O efeito da vazão transposta sobre o regime fluvial, após a captação no Rio São Francisco, é pouco
significativo, quando se consideram as alterações que a operação do sistema energético da CHESF –
Itaparica, Moxotó, Paulo Afonso e Xingó - provoca nas vazões e níveis associados, a jusante.
Portanto, o Projeto não afeta a situação da cunha salina próximo à foz do rio São Francisco, que foi
alterada pela operação das hidrelétricas, modificando o regime original do Baixo São Francisco.
O consumo de energia no bombeamento das águas transpostas será pago na forma usual a que se
obriga qualquer consumidor de energia e nenhum ônus trará ao sistema energético. O Projeto será
mais um consumidor como tantos outros na Região.
O Projeto também não afeta a navegação do rio São Francisco, concentrada no seu trecho médio, a
montante da retirada de água para a Transposição.
O único impacto mensurável do Projeto não ocorre sobre o Rio São Francisco ou sobre a bacia do
São Francisco (beneficiada em Pernambuco), mas sobre a geração do Sistema Elétrico Nacional
Interligado. Será um impacto proporcional a pequena vazão retirada para o empreendimento,
estimado em 140 MW médios, por volta do ano 2025, correspondente a pouco mais de 2% da
geração hidrelétrica local, podendo ser compensado pelas fontes alternativas de energia em fase de
viabilização pelo Setor Elétrico, cujas projeções de mercado a médio prazo têm uma precisão
inferior ao percentual referido.
Prazos e Custos
O Projeto poderá ser implementado em quatro anos, como demonstra o cronograma dos estudos de
viabilidade técnica e econômica. Este cronograma poderá ser ajustado nos estudos de projeto básico
do empreendimento, para otimizar os recursos, inclusive com possíveis reflexos no aumento da
viabilidade econômica, já verificada para o cronograma de 4 anos.
O custo total do Projeto foi estimado em aproximadamente R$ 2,7 bilhões (ver Quadro 1.2), com
maiores desembolsos nos Trechos I e V, compreendendo a transposição efetiva entre a bacia do São
Francisco e as demais bacias, perfazendo cerca de 60% do investimento. Os custos previstos para
implantar os diversos programas ambientais são da ordem de R$ 42 milhões. Os custos relacionados
a desapropriação e reassentamento de pessoas residentes na faixa de obras foram orçados e
incluídos no custo do Projeto. Menos de mil famílias serão deslocadas pelas obras, o que,
considerando as vazões envolvidas e o porte da obra, constitui um impacto pequeno, cerca de 12
vezes menor, por exemplo, do que o de uma barragem como Castanhão.
QUADRO 1.2
Capacidade Custo
Custo
Trecho Início – Destinação de Vazão em 1.000
%
m3/s R$
Obs.: Os Trechos III, IV e VI correspondem a aproximadamente 25% do custo total e podendo vir a ter seu Cronograma de
implantação dilatado.
Atendimento da Demanda
Os recursos hídricos locais das bacias receptoras, potencializados com os açudes estratégicos em
construção e projeto – Castanhão (CE), Santa Cruz (RN), Acauã (PB), Umari (RN) e, mais adiante,
Figueiredo (CE) – e pela exploração racional dos principais aqüíferos (confinados sedimentares),
possibilitarão o suprimento de água para o atendimento da demanda hídrica regional, a curto prazo,
com exceção de algumas sub-bacias, como as dos rios Salgado (CE) e Ipojuca (PE), onde o déficit
hídrico já é crítico.
Essa condição acarreta uma restrição de uso da água na irrigação, condicionando novos
investimentos e a evolução tecnológica do setor pela possibilidade do racionamento ou corte de
água e das perdas conseqüentes dos agricultores. São comuns, na região, perímetros irrigados
desativados ou ociosos devido a perdas de produção pelo racionamento de água, com as
conseqüentes dívidas bancárias decorrentes e, em outros casos, pela utilização de água salinizada
restante nos açudes, que prejudicam a qualidade dos solos irrigáveis.
A médio prazo (2025), as demandas da região receptora aumentarão pelos seguintes fatores: pressão
do aumento populacional – população urbana residente deverá ter um incremento de até 50%, se
não houver migração inter-regional –; maior e melhor nível de atendimento doméstico urbano;
crescimento industrial e do turismo; e, desenvolvimento dos perímetros irrigados atualmente em
implantação e planejamento.
A redução dos desequilíbrios regionais de renda entre o Nordeste e o Centro-Sul do país, exigirá
melhor nível de saneamento básico e crescimento da indústria, dos serviços e da produção agrícola
na região, inclusive no seu semi-árido. As tensões geradas na administração da água para distribuí-la
entre os vários usuários tornar-se-á crescentemente crítica, se não houver uma gestão eficaz e um
reforço dos mananciais locais, a menos que se admita como referência uma estagnação de seu
desenvolvimento e de sua população, ou seja, a persistência do processo migratório e da pobreza do
Nordeste.
As projeções para 2025 indicam que a demanda hídrica humana e industrial, fortemente
concentrada no setor urbano, alcançará cerca de 48 m³/s nas bacias receptoras, valor que coincide
com a vazão média transposta, de 49 m³/s, do rio São Francisco para outras bacias, embora apenas
parte desta – cerca de 25% - seja efetivamente considerada para o suprimento urbano, na avaliação
econômica do Projeto. Como decorrência da transposição, a área irrigável da região, com água
garantida, poderá ser duplicada de 125 para aproximadamente 250 mil ha, sem considerar a
pequena irrigação difusa.
A parcela da água total (existente + sinergia + transferida do rio São Francisco) disponibilizada com
o Projeto na área beneficiada, para irrigação intensiva em pólos dotados de potencial transformador
da economia regional do sertão, é de cerca de 65%. Esse percentual é da mesma ordem de
grandeza da demanda consuntiva usual de água, para irrigação em diferentes regiões semi-áridas e
áridas e, até mesmo, em áreas úmidas desenvolvidas dotadas de irregularidade climática significativa.
Portanto, a Transposição do São Francisco proporcionará um padrão de suprimento que é comum
em outras regiões do mundo com o desenvolvimento agrícola equilibrado, em função das
necessidades da população em termos de segurança e bem-estar social.
Assim, o Projeto de Transposição, transferindo para outras bacias, em média, cerca de 2,3% do
volume das águas do Rio São Francisco, após sua regularização pelo Reservatório de Sobradinho,
possibilitará aliviar a pressão pela água no Nordeste Setentrional. Com a Transposição e a sinergia
por ela gerada nos açudes receptores, a área irrigável da região poderá ser duplicada, e ter garantia
de suprimento hídrico, além de serem atendidas todas as demandas urbanas e de uso difuso rural ao
longo de mais de 1.500 km de rios e canais que compõem o sistema hidráulico criado pelo Projeto.
É conhecido o esforço histórico que os sucessivos governos e agentes privados da Região Nordeste
têm dispendido na busca de solução para suas duas maiores questões: a falta d'água e os elevados
níveis de pobreza de sua população.
A Transposição de Águas do Rio São Francisco irá interferir nesse quadro quase que inexorável,
contribuindo para iniciar mudanças nas condições de sustentabilidade do semi-árido setentrional,
desencadeando mecanismos de crescimento econômico em cadeias produtivas variadas na indústria,
no turismo e na agricultura irrigada com três tipos de efeitos:
♦ aumento da produção e dos níveis de produtividade com efeitos na criação de novos fatos
geradores de receita orçamentária que, por sua vez, favorecem diretamente a provisão de bens
e serviços públicos, com repercussões favoráveis na chamada renda não monetária das famílias;
e,
Formação / Fortalecimento
Cadeias Produtivas
Abastecimento - Agricultura Irrigada, Atração de Investimentos
Humano - Indústrias, Públicos e Privados
- Turismo, e
- Outros
FIGURA 1.6
Com alguma defasagem, comum nos investimentos estruturantes, o mecanismo econômico irá
interferir na dinâmica demográfica, alterando diretamente e reduzindo a participação do
componente migratório populacional. Assim, antevê-se uma redução na evasão rural, pois a
capacidade de suporte do sertão estará fortalecida.
Várias podem ser as formas de quantificar esses diversos efeitos. Sem querer esgotar as
possibilidades e adotando-se como marco temporal o horizonte final de 2025, intermediado por
2010 – para as bacias receptoras, desagregando as regiões metropolitanas, o entorno dos eixos da
Transposição e as áreas urbana e rural –, pode-se antever alguns fenômenos mais marcantes no
quadro sócio-econômico:
natureza direta como indireta, envolvidos nas atividades produtivas potencializadas com o Projeto,
com destaque para as cadeias dos agronegócios, do turismo, do complexo têxtil e de confecções,
couro e calçados, entre inúmeras outras atividades industriais, tendo a água como insumo
importante. Igualmente, espera-se um incremento anual do PIB da ordem de R$ 13,3 bilhões. Esse
incremento representa 6,6% de renda a mais em relação à situação sem o Projeto de Transposição.
Atração de investimentos
Os sistemas agrícolas intensivos praticados com irrigação de alta tecnologia e em bases perenes
poderão ser ampliados, considerando o mesmo horizonte de 2025, em mais 125 mil hectares,
somente com a água proporcionada pelo Projeto da Transposição.
Finalmente, são beneficiados pela Transposição os projetos estaduais integráveis que detêm
protocolos de intenção de investimentos, mas necessitam de infra-estrutura hídrica, ora sem garantia
de suprimento. Destacam-se nessa categoria inúmeras adutoras para abastecimento urbano,
distribuídas pelos quatro Estados; o suprimento da Zona Industrial de Pecém, no Ceará, onde se
prevê a implantação de indústrias âncoras como uma refinaria e uma usina termoelétrica; o pólo gás-
sal no município de Macau, no Rio Grande do Norte, um grande complexo industrial voltado ao
aproveitamento de recursos minerais, onde se destacam petróleo, gás natural e sal marinho; e, por
fim, o Complexo Industrial do Porto de Suape, em Pernambuco, apoiado por programa de incentivo
à industrialização.
Atendimento ao longo do percurso dos canais e dos vales por eles atravessados
Ao longo do percurso dos canais e dos vales, onde a água será entregue e fluirá até os açudes, e dos
projetos de abastecimento de água integráveis, poderão ser beneficiados cerca de 190 municípios
sertanejos. Assim, estima-se que um contingente urbano de cerca de 3,4 milhões de habitantes, no
ano de 2025, será beneficiado com o Projeto.
Por outro lado, verifica-se que a população rural vem se reduzindo, elevando o componente
migratório, tendência que ultrapassa a problemática das secas. Esse movimento será reduzido com a
nova proximidade e regularidade da água, tanto para seu abastecimento, como para prática de
atividades econômicas. Além das áreas irrigáveis pelos açudes estratégicos, prevê-se a incorporação
de 30 mil hectares de novas áreas, com irrigação difusa e em perímetros irrigáveis ao longo dos
canais. Estima-se em 1,13 milhão de habitantes a população que, em 2025, será beneficiada
diretamente ao longo dos canais e rios da Transposição, inclusive com a evolução da piscicultura,
não computando aí a população a ser beneficiada com o uso das águas dos açudes estratégicos
receptores, que receberão a maior parte das águas.
condições, será possível reduzir em 15% a evasão de mão-de-obra rural prevista para ocorrer até
2025.
Viabilidade Ambiental
Do ponto de vista ambiental – considerando os meios sócio-econômico, biótico e físico – o Projeto
de Transposição é considerado ambientalmente viável, ao trazer, com sua inserção, benefícios
econômicos, sociais e ambientais que superarão em muito os impactos ambientais adversos advindos
de sua implantação e operação. São impactos muito inferiores àqueles resultantes da construção de
grandes barragens, pois acarretam o deslocamento de pequena população residente e não
interferem com áreas produtivas ou ambientalmente valiosas.
♦ elaboração dos estudos de engenharia paralelamente aos estudos ambientais, possibilitando que
os condicionantes ambientais impusessem soluções de traçado das obras pouco impactantes em
relação à áreas e locais ambientalmente frágeis, ou valiosos, ou ainda sujeitos a interferências
negativas significativas;
No âmbito da bacia do São Francisco, cujos recursos naturais foram avaliados com especial rigor,
pode-se antever que a operação da Transposição não irá desencadear interferências, pois não
conflita com os demais usos consuntivos da água aí presentes, nem alterará de forma marcante os
contextos ambiental e energético vigentes.
Cumpre assinalar, finalmente, que a viabilidade sócio-cultural deverá ser assegurada por meio da
articulação com organizações governamentais e não-governamentais, com a implantação, em tempo
hábil, de Programa de Comunicação Social que irá agilizar a multiplicação de informações sobre o
empreendimento, divulgando para diferentes públicos-alvo a operação integrada dos açudes. Irá
assegurar também a proteção e valorização da cultura local, entre outras ações que permitam às
comunidades se estruturarem para aproveitar melhor as oportunidades advindas da implantação e
operação do Projeto.
A totalidade destes benefícios é comparada com a soma dos custos de investimento e operação da
Transposição e dos subprojetos integráveis, dos programas ambientais e da reposição da energia
renunciada pelo sistema elétrico, ajustados aos preços econômicos. Para analisar a viabilidade por
trecho, rateiam-se os custos dos trechos comuns (Trechos I, II e III parcial) do Eixo Norte, sendo que
para o Trecho I não se considerou benefícios diretos.
Posto que os aspectos econômicos e sociais são preponderantes para a decisão da realização do
Projeto, admite-se que podem ser necessários subsídios do governo federal, especialmente para
viabilizar o investimento na construção do empreendimento. Dados sua abrangência regional e seu
impacto distributivo, bem como considerando a experiência nacional e internacional nesse tipo de
empreendimento, trata-se de equalizar as condições de oportunidade para as diferentes parcelas da
população e de Estados que integram a sociedade brasileira, removendo um dos obstáculos – a
restrição de água com garantia – para o Desenvolvimento Sustentável da região.
Parte-se também do princípio que a operadora, ao vender a água bruta da transposição nos portais
de entrega aos Estados, não aufere, em princípio, receitas financeiras com a água adicional gerada
pela sinergia dos açudes receptores, que vai gerar renda adicional aos Estados (que deverão gerir
suas águas, inclusive a dos açudes públicos). A operadora tampouco lucra com a diferença entre o
preço da água bruta e a venda aos usuários finais pelos Estados, apesar de o Projeto gerar ganhos
financeiros para as concessionárias e as agências locais de bacias.
Dessa forma, na Análise Financeira comparam-se, em um fluxo de caixa, a soma das receitas obtidas
da água bruta dos canais, vendida pela operadora do sistema da Transposição aos Estados, com os
recursos correspondentes ao investimento no sistema e os recursos necessários para operá-lo.
Também se verifica o impacto fiscal global do Projeto sobre os governos estaduais e federal.
O valor presente líquido dos benefícios consiste de ganhos de utilização de água adicional
proporcionada pelo Projeto para usos múltiplos e redução de gastos emergenciais e de saúde
(benefícios complementares). Os benefícios para o período de análise do Projeto somam
R$ 4,4 bilhões, com a seguinte distribuição:
Com a aplicação de método alternativo de cálculo de benefícios, pelo aumento da renda líquida da
agricultura (método utilizado em projetos de irrigação), os benefícios adicionais da irrigação (VPL)
poderão chegar a quase R$ 1 bilhão, correspondendo, nessa hipótese, a quase 22% dos benefícios
totais, em lugar de 8% calculado pelo SIMOP.
O Eixo Norte, formado pelos Trechos I, II, III, IV e VI, apresenta uma taxa interna de retorno de 17%,
com VPL de R$0,6 bilhões.
Estes resultados incorporam o critério adotado de rateio dos custos dos Trechos I, II e III, que busca
distribuí-los segundo as capacidades de contribuição dos usuários e Estados.
O Eixo Leste apresenta uma taxa interna de retorno de 31% e o Valor Presente Líquido de
R$ 1,2 bilhões.
No caso de se adotar um método alternativo para estimar os benefícios da agricultura, por meio do
cálculo da Renda Líquida do Setor, a viabilidade global do Projeto aumentaria, com uma TIR de
25%, em lugar de 21,9%.
Já o adiamento da implantação dos trechos IV e VI para após 2010, garante uma TIR, do Eixo Norte,
superior a 20%.
É importante garantir, a curto prazo, o suprimento do Agreste Pernambucano, a partir do Eixo Leste.
Na alternativa da União bancar todo o investimento a fundo perdido, sua contribuição total seria de
R$2.689 milhões para as obras e R$42 milhões para Programas Ambientais, em valores de julho de
1999. Na alternativa de se receber empréstimo externo da ordem de R$966 milhões
(US$ 546 milhões à taxa de câmbio de 1,77, vigente em julho de 1999), para cobrir 40% do
investimento inicial do projeto, o aporte da União seria de R$3.711 milhões, sendo
R$1.449 milhões para os investimentos iniciais no período 2000 / 2004, mais R$1.946 milhões
posteriormente, eqüivalentes ao serviço da dívida, sendo R$ 110 milhões de juros durante a
construção (2000-2004) e ainda R$ 316 milhões de investimentos até o ano de 2020.
A Análise Financeira do Projeto utilizou as tarifas médias (utilizadas pela Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos do Estado do Ceará – COGERH) dos diversos usuários da água da Transposição. A
ponderação das tarifas pelos usos dos diversos usuários resulta em uma média de R$ 0,096 / m3 para
a água bruta. Com essas tarifas é possível gerar recursos para o pagamento dos custos operacionais,
formação de capital de giro e ainda pagar parte do serviço da dívida do projeto.
Foi ainda calculado o valor da tarifa nos portais dos Estados nos dois Eixos, necessária para zerar o
Valor Presente ( à taxa social de desconto de 12% ) dos Custos Operacionais do Projeto, chegando-
se a um valor de 0,067 R$/m3.
Para alguns Estados, como o Ceará e o Rio Grande do Norte, cujos açudes receptores apresentam
elevada sinergia hídrica, o custo, para esses Estados, do m³ de água proporcionada pela Transposição
resultará significativamente inferior, da ordem de R$ 0,04 a 0,05 por m³.
Em Pernambuco, cujos açudes apresentam baixa sinergia, os pagamentos pela água poderão ser
parcialmente compensados com a receita do ICMS sobre a energia utilizada no bombeamento, que
é totalmente concentrado no Estado.
Como resultado da soma das variações de todas as receitas e despesas públicas (inclusive nos sub-
projetos a serem integrados à Transposição para viabilizar o uso efetivo da água), ao longo de trinta
anos, os governos (federal e estaduais) terão um impacto fiscal positivo, traduzido por uma receita
líquida, da ordem de R$ 2.856 milhões durante 30 anos, em valores correntes.
Para um custo médio na faixa de R$ 0,04 – 0,05 por m³ de água bruta na região receptora com
águas efetivamente transpostas (incluindo o ganho sinérgico), é possível viabilizar um conjunto de
projetos de irrigação, desde que os Estados adotem a prática do subsídio cruzado entre os setores
urbano e agrícola, dentro dos limites viáveis de capacidade de pagamento setorial e desde que
utilizada tecnologia agrícola adequada e um sistema de outorga e cobrança eficaz, minimizando
perdas físicas de água e perdas financeiras pela não cobrança ou pagamento. Nesse sentido, o
Projeto insere-se como um forte fator indutor da melhor gestão da água na região e deve ser visto
como um componente efetivo do esquema de gestão.
A viabilidade financeira do Projeto passa, assim, a depender de um acordo formal entre a União e os
Estados beneficiados pelo empreendimento, no sentido de garantir o pagamento pela água,
sustentando sua operação e a manutenção.
Por outro lado, a comparação do Projeto de Transposição com outras alternativas, com a finalidade
de garantir o suprimento hídrico, mostra que a Transposição é a melhor decisão, constituindo uma
oportunidade de investimento concreta.
♦ os números das secas são apresentados, em termos de suas repetidas ocorrências e de gastos
realizados, quase sempre com resultados apenas paliativos;
♦ a questão da seca é avaliada como um problema nacional e não somente dos Estados
nordestinos, quer pela sua gravidade, quer pelos seus números e dimensão, quer ainda pela
forma indesejável como se propaga para outras regiões do País.
Antes de se concluir e selecionar a Transposição como uma oportunidade de investimento que,
inclusive, pode ser potencializada, pois deverá ser implantada juntamente com outros planos,
programas e projetos de infra-estrutura econômica previstos em planos plurianuais de investimento
federal e estaduais, são apresentadas algumas alternativas tecnológicas, envolvendo outras
possibilidades de projetos para suprir as necessidades de água em volumes semelhantes. Incluem-se
ainda experiências consolidadas de uso de transposições em regiões semi-áridas de outros países,
mostrando o domínio construtivo e operacional desse tipo de infra-estrutura.
Com uma área que equivale a um quinto do território nacional, contribuindo na mesma proporção
para o total de área agricultável brasileira e abrigando mais de 30% da população do País, o
Nordeste continua com um dos maiores bolsões de pobreza ainda existentes. Ao mesmo tempo suas
potencialidades se impõem no cenário econômico e as oportunidades de investimentos produtivos
se avolumam em variados setores, muitos integrantes de rotas globais de negócios.
Com essa contradição, a evolução econômica regional convive com situações heterogêneas,
apresentando, de um lado, processos modernos e avançados e, de outro, estruturas tradicionais e
obsoletas, conformando um quadro de desigualdade mais agudo do que em qualquer outra região.
Na porção setentrional do Nordeste, os números da pobreza são ainda maiores. Aí vivem 17% da
população e são gerados 7% do Produto Interno Bruto – PIB, que cresce lentamente com valores
inferiores à média registrada no País. Entre 1991 e 1996, a taxa anual de crescimento do PIB
regional foi de 2,2% contra 2,9% para o País, o que acabou impondo um dos menores PIBs per
capita, quando comparado ao de outras regiões.
Há assim um forte descompasso entre esses indicadores e o padrão nacional, que mais do que uma
avaliação quantitativa sinaliza a gravidade das condições sociais dessa extensa região.
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Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Por outro lado, essa porção setentrional da Região Nordeste que, em grande parte, coincide com o
chamado Eixo de Integração e Desenvolvimento Transnordestino (ver Figura 2.3), tal como consta no
estudo "Identificação de Oportunidade de Investimentos Públicos e/ou Privados - Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES, Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão -
MP, 1999", destaca-se por suas potencialidades, que envolvem:
de Alagoas;
Araguaia-
Oeste Tocantins São Francisco
exclusão social;
Sul
Em termos agregados, o País conta com uma situação relativamente razoável na oferta global de
recursos hídricos, pois dispõe de cerca de 15% da água doce do planeta. No entanto, esses recursos
encontram-se mal distribuídos: cerca de 70% concentram-se na região Norte; pouco mais de 15%
no Centro-Oeste; 12,3% no Sul e Sudeste; e apenas 2,7% no Nordeste, dos quais 70% no Rio São
Francisco.
O clima no Nordeste Setentrional é classificado como semi-árido quente, com taxas de insolação
variando entre 200 e 300 horas/mês, temperaturas médias entre 23oC e 36oC, ventilação abundante
e pluviosidade situando-se entre cerca de 400 e 800 mm/ano, com distribuição concentrada num
curto período do ano e caracterizada por uma alta variabilidade interanual.
Essa distribuição da chuva, em que sua quase totalidade ocorre em 3 a 4 meses do ano, combinada
com solos rasos, normalmente muito permeáveis e dispostos sobre um substrato impermeável fazem
com que a disponibilidade água ocorra de modo irregular no tempo e no espaço. Essa
irregularidade, marcante, especialmente no semi-árido, reduz significativamente o potencial hídrico
economicamente explorável das bacias hidrográficas, que se apresentam torrenciais no período de
chuvas e praticamente secas no restante do período.
Além disso, a região se apresenta como uma verdadeira estufa, apresentando taxas de evaporação,
das mais altas do mundo, variando entre 1.500 e mais de 3.000 mm/ano.
Os métodos de intervenção aplicados até então na região tiveram como objetivo contornar, mas não
resolver, a questão básica que se concentra na garantia de disponibilidade de água em quantidade,
qualidade e oportunidade, ao longo do tempo.
Os 12 bilhões de metros cúbicos de capacidade de armazenamento existente nos açudes
construídos não são suficientes para fazer frente à magnitude das variações sazonais e plurianuais
que ocorrem nos regimes hidrológicos das bacias da região.
Os açudes de grande porte, planejados para garantir a oferta d´água quando da ocorrência de secas
plurianuais (os pequenos dificilmente atendem uma seca anual) não conseguem cumprir sua função
com eficiência, haja visto que, em geral, são mantidos com grandes volumes armazenados,
perdendo-se apreciáveis quantidades de água por evaporação. Assim, sua capacidade de
regularização de vazões cai sensivelmente, diminuindo o nível de garantia de oferta de água. Esta
aparente irracionalidade na operação de tais obras explica-se pelo elevado grau de variabilidade na
precipitação, o que leva os operadores para estarem sempre na expectativa do início de uma grande
seca, optando em manter os açudes perto de sua capacidade máxima o que, teoricamente,
permitiria garantir o fornecimento contínuo durante o período de duração da seca.
dessa situação é que o nível de garantia da oferta é muito baixo e apenas 2% a 4% do total de
precipitação pode ser aproveitado na perenização dos rios. Isto não acontece em regiões de
precipitação menor, onde o complexo chuva-geologia-solo oferece condições relativamente mais
favoráveis.
Nesse contexto, está inserida a zona semi-árida da porção setentrional, com adversidades e
potencialidades, onde os desequilíbrios assumem proporções gigantescas, agravadas pelos efeitos das
secas freqüentes, que desorganizam a fragilizada estrutura de produção da região e que tem tido
tratamentos inadequados.
Apesar de todos os esforços realizados, em termos de construção de obras para reservar água, o
problema de falta de água em grandes áreas da Região Nordeste, em geral, e de sua porção
setentrional em especial, ainda não foi solucionado, fato que se evidencia por ocasião da ocorrência
de secas, como a que desde 1998 até bem recentemente atingiu a região.
A experiência tem indicado que as políticas intervencionistas, com esforços dispersos e incompletos,
geraram, quase sempre, resultados insatisfatórios. Ações descontínuas e instáveis, desencadeadas,
seja por projetos federais ou estaduais, resultaram em sucessivos fracassos e a intervenção
governamental persiste descompassada, pontual e paternalista.
Sem querer esgotar as sucessivas medidas e ações adotadas desde o século passado, pode-se
destacar alguns marcos:
♦ realização de estudos de previsão de secas e enchentes, por ocasião da chamada Grande Seca
de 1877-1879;
A seca que atingiu os diversos Estados do Nordeste, com maior ou menor intensidade em 1998,
envolveu uma população próxima a 23,7 milhões de habitantes. O governo federal vem
implementando um conjunto de ações, a maioria de natureza emergencial, de modo a enfrentar os
múltiplos problemas que a permanência dessa situação tem acarretado.
O Quadro 2.1 apresenta esses números, segundo a tipologia das ações em ordem decrescente dos
recursos aplicados, podendo-se constatar a participação primaz de dois programas – Frentes
Produtivas de Trabalho e Programa Especial de Combate à Seca (produção agropecuária) com 45%
do total gasto. Observa-se que muitos desses programas tem caráter permanente, mas durante a
vigência da seca, exigiram dispêndios maiores.
Impõe-se, assim, a necessidade de se desenvolver ações estruturantes para que a Região possa
conviver de modo mais adequado com o problema recorrente da seca, mediante: a transferência
dos significativos recursos às situações emergenciais para empreendimentos que dêem soluções e
não repitam tratamentos parciais; e a adequada gestão de recursos hídricos na região.
Pelas características apontadas fica evidente que a seca é um problema nacional e não somente dos
Estados nordestinos, quer pela sua gravidade, quer pelos seus números e dimensão, quer ainda pela
forma como se propaga para outras regiões do País.
O fluxo migratório recorrente se acelera quando ocorrem secas periódicas. Assim, é verdadeira a
afirmação de que o semi-árido do Nordeste transfere parte de sua pobreza para o resto do País e o
problema do semi-árido se torna, na verdade, um problema nacional a ser enfrentado prontamente.
É muito provável que o contingente rural do Nordeste, por estar decrescendo mais lentamente do
que o do resto do País, já passe, nesta virada de século, a ser majoritário com relação ao conjunto da
população brasileira que persistirá residindo no campo. Assim, a solução dos problemas sociais e
econômicos que afligem os quadros rurais terá de contar com forte participação da sociedade
brasileira como um todo.
QUADRO 2.1
SECA DE 1998 - ESTIMATIVA DOS RECURSOS APLICADOS SEGUNDO TIPOS DE AÇÕES
Recursos
Tipologia de ações
(R$ mil 1998)
Outra forma de discutir a oportunidade do empreendimento passa pelo cotejo com outras formas de
atendimento às necessidades de água.
Trata-se de uma solução para atendimento à população rural dispersa, que pode ser complementada
com a coleta das águas de chuva, em pequenos reservatórios, amenizando o suprimento de água a
essa parte da população. Porém, não é uma solução que atenda contingentes urbanos mais
expressivos, nem tampouco dá garantia de água para exploração agrícola sustentável.
Em cerca de 30% da região, ocorrem terrenos sedimentares, com rochas mais permeáveis. Aí, as
reservas de águas subterrâneas são mais expressivas. É o caso do Cariri Cearense (região de Juazeiro
do Norte), da Chapada do Apodi no Rio Grande do Norte e da faixa litorânea entre outros.
Os estudos realizados nessas áreas estimaram uma disponibilidade da ordem de 11 m3/s, sem contar
o Cariri Ocidental Cearense.
Cerca da metade das reservas existentes na região do Apodi-Açu, no Rio Grande do Norte, foi
considerada para o atendimento de demandas de cultivos irrigados existentes. O restante deve ser
considerado como reserva estratégica, de modo a não comprometer a curto prazo todos os recursos
subterrâneos .
As reservas de água dos aluviões marginais aos rios podem ser consideradas para a irrigação de
pequenos cultivos, porém com baixa sustentabilidade, especialmente em secas prolongadas.
Para o atendimento das necessidades do semi-árido setentrional, o rio São Francisco, que detém
cerca de dois terços da disponibilidade hídrica perene do Semi-Árido e uma grande vazão, além de
sua proximidade, foi considerado como a opção mais adequada, para o fornecimento de água
suplementar. Essa opção se traduz na fonte mais econômica de água sem risco de impactar as
populações e o desenvolvimento da bacia originária.
Muitos desses projetos têm abrangência restrita, atendendo pequena área de influência, como áreas
metropolitanas; outros um caráter mais regional, envolvendo um conjunto de estados / províncias de
um país e, finalmente, um terceiro grupo integra áreas de países adjacentes.
Esses projetos procuram, basicamente, suprir o abastecimento humano e industrial, água para
irrigação, geração de energia elétrica, controle de enchentes, ou uma combinação desses objetivos.
Na seqüência, alguns desses projetos são descritos, destacando-se seu porte, vazões, entre outras
características.
O Projeto Tajo-Segura, construído pelo Ministério de Obras Públicas e Urbanismo da Espanha, faz a
transposição das águas do rio Tajo, (Tejo para os portugueses), na região centro-sul, para o rio
Segura, na região de Murcia (ao Sul).
Esse empreendimento tem por objetivo básico a otimização do uso múltiplo dos recursos hídricos da
região centro-sul e sul da Espanha, envolvendo abastecimento humano, industrial, irrigação e
geração de energia elétrica.
O sistema conta com uma usina hidrelétrica reversível (Usina de Bolarque) com potência de
203 MW e desnível de 267 m, com vazão de bombeamento de 66 m³/s e vazão de turbinamento de
99 m³/s, e uma usina hidrelétrica auxiliar (La Bujeda) com potência de 10,5 MW.
O espigão divisor das bacias foi transposto com um túnel de diâmetro de 4,20 m e 31,92 km de
extensão, executado com o método “Drilling and Blasting” (DB) através de 5 poços de construção e
duas janelas de acesso. A cobertura sobre o túnel situa-se entre 200 e 300 m.
RESERVATÓRIO N
DE ENTREPEÑAS
GUADALAJARA
RESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO DE DE BUENDÍA
MADRID BOLARQUE
CANAL DE
ajo CUENCA
rio T RIANSARES
CANAL DE
MAPA CHAVE CIGUEL A RESERVATÓRIO
DE E. ALARCÓN
CANA
VALENCIA
L TAJ
ESPANHA CANAL DE EL PICAZO
CANAL DE FUENSANTA
O - SE
MADRID
car
ALBACETE rio Jú
PORTUGAL
GURA
ALBACETE
ra
gu
Se
rio
MURCIA
CABO DE PALOS
CARTAGENA
PERFIL LONGITUDINAL
RESERVATÓRIO
DE BOLARQUE
RESERVATÓRIO
924,5
903,5 893,5
DE TALAVE
850
852,7
806
757
TÚNEL DE ALTOMIRA (7) 0,9 Km
696,5
66 m³/s
TÚNEL DE CARRASCOSA
RESERVATÓRIO E ESTAÇÃO
655
99 m³/s
642
ELEVATÓRIA LA BUJEDA
RESERVATÓRIO SECUNDÁRIO
AQUEDUTO DE
605
CIGUELA 6,2 Km
AQUEDUTO DE
TÚNEL DE
(9) 2,1 Km
SANTA QUITÉRIA
AQUEDUTO DE
RESERVATÓRIO
GALERIA 13,8 Km
507
DE ALARCON
VILLALGORDO
TALAVE 32Km
DE ALARCON
USINA REVERSÍVEL
RÁPIDO DE
DE BOLARQUE
TÚNEL DE
USINA REVERSÍVEL, G ALERIA CANAIS DE RIANSARES. VILLAREJO. BELMO NTEJO CANAIS DE EL PICAZO E F UENSANTA T ÚNEL DE TALAVE
E BARRAGEM LA BUJEDA E JUNCOSILLO E RÁPIDOS
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
O Empreendimento de Chavimochic é um
projeto de usos múltiplos que está sendo
implementado pelo organismo estatal
denominado Proyecto Especial Chavimochic,
subordinado ao Instituto Nacional de
Desarrollo do Ministério de la Presidencia do
Peru, na costa norte do País, na região
denominada La Libertad, a cerca de 500 km
ao norte da cidade de Lima. Com uma
extensão total de 270 km objetiva promover o
desenvolvimento regional dos vales dos rios Plano geral da reversão do rio Santa, para irrigação de 132.000
ha de terras desérticas. Parte desta área foi leiloada pelo Governo
Chao, Virú, Moche e Chicama. do Peru.
A Região de La Libertad abrange as Províncias de Trujillo, Virú e Ascope com uma população total
de 800.000 pessoas. Desse total cerca de 700.000 pessoas estão concentradas na cidade Trujillo.
O Projeto Chavimochic que vem sendo implementado em etapas, por meio de contrato com a
Construtora Norberto Odebrecht do Brasil, faz a transposição de 105 m³/s das águas do rio Santa
para o vale do rio Moche, no semi-árido peruano junto à costa do Pacífico, com os seguintes
objetivos básicos:
♦ Abastecer com água potável, para uso industrial e humano, a cidade de Trujillo com vazão
de 1 m³/s;
♦ Melhorar os níveis e condições de vida de cerca de 164.000 famílias do meio urbano e rural.
♦ Tomada d’Água para 105 m³/s, localizada no rio Santa na cota 412 m;
♦ Canal Principal de Transporte de Água, com 268 km de extensão, incluindo diversos trechos em
túneis (o maior deles com cerca de 10 km) e em sifões.
A construção do empreendimento foi iniciada há 11 anos, tendo sido já consumidos cerca de 900
milhões de dólares, do orçamento de 1.717 milhões de dólares previstos para a totalidade do
projeto.
O uso da água
Os proprietários dos lotes de menor dimensão
estão agrupados em Distritos e Juntas de
Usuários, sendo estas últimas as interlocutoras
diretas com a Gerência do Projeto Especial
Chavimochic. Os proprietários dos grandes
lotes prestam contas diretamente à Gerência
do Projeto.
COLOR.
CALIF.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
ø= 6,7 m
Este projeto traz outros benefícios para a região atendida, como geração de energia, controle de
cheias, recreação e conservação da fauna.
A primeira parte do projeto consta da derivação de 85 m³/s do rio Colorado, com recalque inicial de
245,0 m diretamente para um túnel de 11,0 km de extensão e diâmetro de 6,7 m. O túnel
desemboca em um canal revestido de concreto de 295 km de comprimento até a cidade de
Phoenix. Esse canal inclui seis sifões, dois túneis e três estações elevatórias adicionais.
A segunda parte, até a Cidade de Tucson, é constituída por um canal revestido de concreto de 222
km de extensão com capacidade para escoar 78 m³/s. O projeto exigiu ainda, a construção de 401,0
km de linha de transmissão e duas subestações.
COLOR.
CALIF.
ARIZ.
OKLAR.
N. MÉX.
"COACHELLA
VALLEY"
DISTRITO DE
IRRIGAÇÃO
ARIZONA
DISTRITO DE
IRRIGAÇÃO
E.U.A.
MÉXICO
- Canal - Canal
"ALL AMERICAN": Qmax.= 430 m³/s "COACHELLA": Qmax.= 71,0 m³/s
L= 129 km L= 198 km
Bmax. = ~70,0 m Bmax.= ~15,0 m
Revestimento de Concreto Sem revestimento = 60 km
Revestimento de Concreto = 138 km
A qualidade do solo desses vales, combinada com o clima favorável, tem abastecido o mercado com
frutas e vegetais durante o inverno, enquanto outras áreas tem produção inexpressivas. As principais
culturas produzidas são: alfafa, alface, algodão, frutas cítricas, melões, tomates, beterrabas, uvas,
milho, entre outras.
O projeto está sendo executado em etapas. A 1a. Etapa (1991/1997) envolveu a construção de
reservatório e túnel de transposição, para atendimento a uma usina hidroelétrica e a centros agro-
industriais da costa sul-africana.
Na 2a. Etapa prevista para 13 anos após a conclusão da Fase I prevê-se a duplicação do túnel de
transposição e de descarga à usina.
- CONTRIBUIÇÃO HLOSTE
PA R
- POÇO 4
- CONTRIBUIÇÃO
30 00
- POÇO 3
- POÇO 5
PELANENQ
- POÇO 2
- POÇO 1
28 00
24 00
F LUXO
20 00
T ÚNEL DE TRANSPOSIÇÃO
16 00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45km
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
♦ Trecho I - compreendendo obras de captação das águas do rio Daule e sua condução através de
um túnel e canais até a Barragem de Chongon;
♦ Trecho II - compreendendo as obras da Barragem de Chongon, o Canal Chongon-Cerecita e a
infra-estrutura de irrigação das zonas de Chongon, Daular e Cerecita;
♦ Trecho III - Estação de Bombeamento de Chongon e Canal Chongon Sube y Baja.
Vista geral do reservatório de acumulação de Chongon e vertedouro para extravasão das cheias
Para a transposição das bacias o Projeto se vale do recalque inicial de águas do rio Daule até o
reservatório de Chongon, para daí ser distribuído por gravidade para zonas baixas (Chongon,
Cerecita e Playas), e por recalque/gravidade para zonas altas (Trecho Chongon/Sube y Baja e Trecho
Azucar – Rio Verde).
No período compreendido entre 1988 e 1992 foram executados a Barragem de Chongon, Canal
Chongon–Cerecitas, e os Projetos de Irrigação Chongon, Daular e Cerecitas abrangendo uma área
irrigada de 1.373 ha, correspondentes a aproximadamente 10% da área total a ser irrigada pelo
Projeto Transvase Daule – Santa Elena.
Ao final do ano de 1995, a extensão cultivada no âmbito desses três projetos já alcançava uma área
de cerca de 3.500 ha, envolvendo mais de uma centena de agricultores na produção de mangas,
cítricos, melão e outras frutas.
Na 1a. Etapa de obras, foram executadas, além da Estação de Bombeamento Daule, 30 km de canais
com capacidade para 44 m³/s, 31 km com capacidade para 9 m³/s e um túnel com mais de 6 km de
extensão, que permitiram a irrigação de cerca de 15.000 ha de terras virgens.
O Projeto do Canal El-Salam é um empreendimento que vem sendo desenvolvido pelo Ministério de
Obras Públicas e Recursos Hídricos do Egito, através da Agência de Desenvolvimento do Sinai do
Norte.
O projeto ainda proporcionará a reutilização das águas dos Rios Lower Serw e Bahr Hodous sendo
que os volumes de água aduzidos compreenderão 4,45 milhões m³/ano distribuídos nos seguintes
ramais:
Além disso, tem por objetivo redistribuir o assentamento populacional de forma a reverter o quadro
atual de alto adensamento ao longo do vale do Rio Nilo, bem como conectar a região do Sinai com
a área leste do Delta do Nilo e proporcionar o aumento de oportunidades de trabalho.
O projeto foi dividido em duas fases de execução, sendo que a primeira cobre as áreas da região
oeste do Canal de Suez (308.000 ha) e a segunda cobrindo as áreas da região leste deste canal
(560.000 ha) que foi chamado de Projeto “North Sinai Development by reclamation of 400
thousand feddans”.
A execução da primeira fase foi encerrada em 95 e abrange a área do Delta do Rio Nilo e é
delimitada ao norte pelo lago Manzala, ao sul pela área agrícola existente em Sharkia e Ismalia e a
leste pelo Canal de Suez, totalizando uma área de 462.000 ha, englobando as regiões de Danietta,
Dakahlia, Sharkia, Ismalia e Port Said.
A segunda fase foi dividida em cinco áreas e engloba as regiões de Port Said (70.000 ha), Ismalia
(105.000 ha) e North Sinai (385.000 ha). Esta fase inclui as seguintes ações na região do Sinai:
♦ Construção de sifão sob ao Canal de Suez, a 27 km ao sul do Port Said, composto por quatro
túneis, com 750 m de extensão e diâmetro interno de 5,1 m cada, a 45 m abaixo do canal;
♦ O Canal Al-Salam, no trecho localizado no Sinai, será denominado por Sheikh Gaber Al-Sabah e
terá quando concluído 155 km de extensão;
♦ Implantação de tubulação para aduzir as águas do canal principal para Beir Al-Abd, Al-Saroc e
Al-Quareir;
♦ Construção de 14 estações de
bombeamento e elevatórias para aduzir a
água necessária para a irrigação de
560.000 ha na direção oeste do Canal de
Suez;
♦ Construção de sub-redes de irrigação e
drenagem para servir 560.000 ha;
Estação de bombeamento para irrigação
♦ Construção de sete estações elevatórias e três estações de drenagem principais;
♦ Construção de barreiras preventivas para delimitar o projeto a 3 km na direção leste do canal; e
♦ Implantação de pontes e infra-estrutura industrial nos cruzamentos e interseções ao longo do
traçado do canal.
2.6.8 Reversão dos rios Paraíba, Piraí e Lajes – Sistema LIGHT Piraí – Rio de Janeiro (Brasil)
GALERIA LAJE S
GA LE RI A
DE TOCOS
USI NA NI LO USI NA NI LO
RES ERVATÓRIO
DE LAJES
Coberta, a jusante.
PERFIL ESQUEMÁTICO
CH AMI NÉ DE EQ UIL ÍBRI O USI NA ELEVATÓ RIA
RESER VATÓRIO DE TO COS DE VIG ÁRIO BARR AGEM
50 0 SAN TA CEC ÍLI A 50 0
BARRAG EM DE L AJES RESERVATÓR IO GAL ERIA DE ESCOAMENTO LIVRE
DO VIGÁR IO SANTA CECÍL IA
45 0 45 0
RESERVATÓR IO
40 0 RESERVATÓR IO D E LAJ ES DE SANTANA 40 0
35 0 35 0
G ALER IA DE ESC OAMENTO L IVRE - TOCO S
30 0 G ALERIA SOB PR ESSÃO -L AJES 30 0
GAL ERIA BARRAG EM
CASA DE VÁLVU LAS NI LO PEÇANHA II DE SANTANA
25 0 Rio Pira í 25 0
O Sistema Cantareira faz parte dos sistemas de abastecimento de água potável da SABESP da Região
Metropolitana de São Paulo e é caracterizado pela transposição de água entre as sub-bacias de uma
mesma bacia como mostra a Figura - Esquema Simplificado do Sistema Cantareira.
É formado pela reversão de parte das bacias dos Rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha,
formadores do Rio Piracicaba, além do Rio Juqueri, da Bacia do Alto Tietê, sendo responsável pela
vazão de 33 m³/s em sua capacidade máxima na ETA Guaraú.
A Estação Elevatória de Santa Inês bombeia água bruta para o alto da Serra da Cantareira para a ETA
Guaraú. Tem a capacidade de recalcar aproximadamente 56% da água consumida na Região
Metropolitana de São Paulo.
Outro aspecto de destaque sobre o Sistema Cantareira é que a Estação Elevatória de Santa Inês é
formada por 4 conjuntos moto-bomba que totalizam uma potência de 20.000 HP, sendo que a
altura de recalque da estação é de 120 m.
Deve ser ressaltado que tal transposição tem prejudicado a disponibilidade de recursos hídricos nas
localidades da região a jusante da bacia doadora, e a solução deste problema deverá ser contornada
com a implantação da Outorga das Águas, e através do pagamento pelo uso da água, cujos recursos
vêm sendo pleiteados para a sub-bacia doadora.
RMSP
ETA Guaraú
Jaguaré
Atibainha ∆H=120 m
Santa Inês
O Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional faz parte de
uma agenda de investimentos estruturantes do desenvolvimento desta região para solucionar um dos
principais gargalos ao desenvolvimento aí existente.
Os diversos projetos que irão atender essas demandas ao longo dessa década, principalmente os de
transportes, energia e telecomunicação, juntamente com a infra-estrutura hídrica são
complementares entre si e os benefícios resultantes serão potencializados, constituindo
oportunidades concretas de investimentos.
Desse modo, o fornecimento de água com garantia e qualidade, a melhor oferta de transportes e de
acessibilidade entre o litoral e o sertão, as melhorias no sistema de distribuição de energia elétrica,
conjuntamente com o fortalecimento dos Pólos de Desenvolvimento e Integração - PDI no semi-
árido, ora em implantação pelo Banco do Nordeste, têm efeitos cruzados sobre o crescimento
econômico e desenvolvimento social, potencializando os benefícios esperados.
As tomadas d'água do projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste
Setentrional estão previstas para serem construídas a cerca de 200 km a jusante do Reservatório de
Sobradinho, principal responsável pela regularização do rio .
A vazão média total a ser transposta (no horizonte de 2025) é de aproximadamente 64,00 m3/s sendo
que 14,00 m3/s serão utilizados na própria Bacia do Rio São Francisco, no Estado de Pernambuco e
cerca de 50,00 m3/s serão efetivamente transferidos para outras bacias do Nordeste Setentrional. A
vazão média transposta, quando o projeto estiver completo, é da ordem de 2,4% da vazão média
regularizada pelo Reservatório de Sobradinho.
É evidenciado, nos estudos de impacto ambiental, que a retirada desse volume de águas não trará
qualquer efeito prejudicial para a Bacia do Rio São Francisco a montante das captações.
A jusante das captações haverá pequena redução nas vazões regularizadas e, consequentemente, uma
perda de energia firme nas usinas instaladas, da mesma ordem de grandeza, em percentagem, que a
da redução da vazão regularizada.
Sobre o regime natural do rio, a jusante das captações, nenhum efeito significativo poderá ser
atribuído ao projeto de Transposição uma vez que as vazões naturais mínimas e máximas já foram
alteradas (as mínimas aumentadas e as máximas reduzidas) pelo efeito regularizador do Reservatório
de Sobradinho e pela operação diária e interanual das usinas hidrelétricas da CHESF (Sobradinho,
Itaparica, Paulo Afonso e Xingó) .
Das informações disponíveis sobre a bacia do rio São Francisco, retratando sua situação atual,
conclui-se que:
♦ a jusante do Reservatório de Sobradinho, não há qualquer conflito significativo de uso das águas,
mesmo com a implantação do Projeto de Transposição e dos demais projetos de irrigação
previstos para este trecho do rio;
♦ a Transposição de águas para o Nordeste não trará qualquer efeito suplementar sobre o regime
do rio em seu trecho fluvio-marítimo e, em especial, sobre eventual intrusão salina, já que este
efeito ficou reduzido em decorrência da operação dos reservatórios e das usinas da CHESF;
♦ no trecho a montante de Sobradinho a navegação poderá vir a ter problemas devido ao crescente
uso das águas para irrigação e a redução da profundidade do rio causada pelo assoreamento,
fruto da erosão provocada pelo desmatamento;
♦ a navegabilidade do Rio São Francisco não é afetada pelo Projeto de Transposição, uma vez que
as tomadas d'água do projeto se encontram em trecho não navegável do rio e não retiram água
do trecho localizado entre Minas Gerais e Bahia. Estas tomadas d'água ficam a mais de 200 km a
jusante da cidade de Juazeiro;
3.1.1 Regionalização
O Rio São Francisco tem uma bacia hidrográfica da ordem de 640.000 km2. Nasce no Sudeste de
Minas Gerais, na Serra da Canastra, com altitude de 1.600 m, e se dirige para o norte; percorre o
Estado da Bahia e, nas vizinhanças do Estado do Piauí, em torno da latitude de 10o, inflete para o
Nordeste e a seguir para Leste: serve de divisa do Estado da Bahia com Pernambuco e Alagoas e, por
último, entre Alagoas e Sergipe. Ao desaguar no Oceano Atlântico, sua direção geral é Sudeste.
A Bacia do São Francisco, como um todo, pode ser dividida em quatro regiões principais (Figura
3.1):
♦ Alto São Francisco: das cabeceiras, na Serra da Canastra, até a cidade de Pirapora.
♦ Submédio São Francisco: compreende o trecho entre a cidade de Remanso e a Usina de Paulo
Afonso.
♦ Baixo São Francisco: compreende as áreas situadas a partir de Paulo Afonso até a foz do rio.
PIAUÍ Salgueiro
Petrolândia
Reservatório de
Petrolina Itaparica
Juazeiro
Barragem de
Sobradinho Arapiraca
Propria Penedo
TOCANTINS
SERGIPE
Barra Xique-Xique
Irecê
BAHIA
Barreiras
Ibotirama
eano At
Bom Jesus da Lapa Oc l
ân
tico
Carinhanha
GOIÁS
Manga
Januária
Janaúba
Unaí
Montes Claros
LEGENDA
Pirapora Limite da Bacia do São Francisco
No Estado da Bahia, a jusante de Carinhanha (BA), o deflúvio médio do Rio São Francisco situa-se
em torno de 2.540 m3/s. No período de estiagem, quando a vazão adquire seus valores mínimos, a
barragem de Três Marias (MG) libera uma vazão nunca inferior a 300 m3/s, embora o plano original
considerasse uma vazão efluente mínima de 500 m3/s, enquanto a barragem de Sobradinho
regulariza as vazões a jusante, proporcionando descargas mínimas de 1.400 m3/s.
A maioria dos afluentes do Rio São Francisco, no Estado da Bahia (Médio e Submédio curso), é de
rios de vazão intermitente, porém, dois afluentes na margem esquerda (Corrente e Grande) são
perenes (IBF,1987). O conjunto dos rios baianos contribui para que a vazão incremental
intermediária seja da ordem de 21% do total acumulado em Petrolândia (PE), ou seja, cerca de
586m3/s dos 2.833 m3/s de vazão média histórica do Rio São Francisco em Petrolândia.
Em termos gerais, a Bacia do Rio São Francisco enquadra-se em duas grandes formações: o
complexo do Brasil Central e o complexo da Caatinga (RIZZINI, 1963). Posteriormente, o Projeto
RADAM desenvolveu uma nova classificação fitogeográfica, onde a vegetação ocorrente na área da
bacia se enquadra nas regiões ecológicas da Savana (Cerrados e Campos) e da Estepe (Caatinga),
sendo observadas ainda formações que se enquadram na região da Floresta Estacional Decidual
(Floresta Caducifólia), áreas com Formações Pioneiras (influência fluvial) e áreas de Tensão Ecológica,
(VELOSO e GOES-FILHO,1982). Esta classificação fitogeográfica foi aperfeiçoada e detalhada pelo
IBGE (1991), e adotada para descrever a cobertura vegetal da Bacia do São Francisco.
Para as quatro regiões principais da Bacia do Rio São Francisco, a cobertura vegetal é a seguinte:
♦ Médio São Francisco: na porção superior dessa região, em especial ao longo dos vales dos
grandes afluentes da margem esquerda do São Francisco (Paracatu – MG, Urucuia – MG,
Carinhanha – BA e MG, Corrente – BA e Grande – BA) predominam as formações de Savana
Arborizada e Gramíneo-Lenhosa, em intenso processo de antropização ao longo dos Rios
Paracatu (MG), Preto (MG) e Grande (BA) e, em menor escala, nos vales do Urucuia (MG),
Pardo (MG) e Formoso (BA). Nessa região, observam-se também manchas de Tensão Ecológica
(Savana-Floresta Estacional). A Floresta Estacional Decidual Montana (mata seca) ocorre em
porção significativa da área, em especial ao longo do vale do Rio Verde Grande, na área
conhecida como Jaíba (MG), margem direita, e entre a cidade de Januária (MG) e o Rio
Carinhanha (BA e MG).
♦ Submédio São Francisco: também nessa região predomina a Savana Estépica (Caatinga) nas
suas diversas gradações (Florestada, Arborizada, Parque), com pequenos trechos de Tensão
Ecológica (Savana, Savana Estépica e Floresta Estacional). O uso antrópico é intenso, em especial
ao longo do vale do Rio Moxotó (AL);
♦ Baixo São Francisco: a partir de Paulo Afonso (BA), embora ainda predomine a formação de
Savana Estépica até a foz do Rio Ipanema (AL), as áreas de Tensão Ecológica (Savana Estépica –
Floresta Estacional), com manchas de Floresta Estacional Semidecidual a partir de Propriá (SE),
são mais freqüentes e, à medida que o São Francisco aproxima-se de sua foz, ocorrem as
Formações Pioneiras de influência flúvio-marinha, que formam os manguezais. As atividades
antrópicas são bastante intensas, até como conseqüência histórica da ocupação territorial da
faixa litorânea.
A ocupação territorial do Vale do São Francisco é bastante antiga, embora ocorrendo em épocas
distintas ao longo da história do País. A foz do São Francisco era conhecida pelos primeiros
navegantes portugueses e espanhóis que atingiram o litoral brasileiro.
As grandes mudanças regionais, principalmente as que levaram a grandes alterações do uso do solo,
começaram a ocorrer no final dos anos 60, quando a utilização dos cerrados ganhou impulso. A
partir dessa época, extensas áreas do Alto São Francisco, Noroeste e Norte de Minas passaram a ser
ocupadas pela agricultura comercial, por novas pastagens e atividades de reflorestamento, alterando
profundamente o uso das terras e a cobertura vegetal original. No final da década de 70, as
atividades de reflorestamento, apoiadas em programas de incentivo fiscal, atingiram o oeste baiano
e, no início dos anos 80, a soja começou a ocupar grandes extensões dos vales do Paracatu (MG) e
do Urucuia (MG), expandindo-se, também, ao vale do Rio Grande (BA), ao longo da BR-020.
Por enquanto, tem-se uma situação de ocupação da bacia que se caracteriza por uma grande
concentração de população na região do Alto São Francisco, no Estado de Minas Gerais, onde reside
48% da população total da bacia, conforme mostra o Quadro 3.1.
Densidades
Demográficas Taxa de Taxa de Crescimento Anual
População 1991 (habitantes) ** População 1996 (habitantes) **
Regiões Fisiográficas e Estados Área (km²)
(km²) * 1996 Urbanização (%) Média 1991-96 (% a.a.)
(hab./km²)
(hab./km²)
Urbana Rural Total Urbana Rural Total Rural Total 1991 1996 Urbana Rural Total
Alto São Francisco 110.018 4.597.417 622.059 5.219.476 5.112.980 689.551 5.802.531 6,3 52,7 88 88 2,1 2,1 2,1
Minas Gerais 110.018 4.597.417 622.059 5.219.476 5.112.980 689.551 5.802.531 6,3 52,7 88 88 2,1 2,1 2,1
Médio São Francisco 401.080 1.097.379 1.485.094 2.582.473 1.235.105 1.337.088 2.572.193 3,3 6,4 42 48 2,4 -2,1 -0,1
Minas Gerais 157.793 572.804 557.959 1.130.763 644.780 470.092 1.114.872 3,0 7,1 51 58 2,4 -3,4 -0,3
Bahia 243.287 524.575 927.135 1.451.710 590.325 866.996 1.457.321 3,6 6,0 36 41 2,4 -1,3 -0,1
Submédio São Francisco 139.899 1.090.042 1.035.262 2.125.304 1.194.976 990.632 2.185.608 7,1 15,6 51 55 1,9 -0,9 0,6
Bahia 88.182 406.454 384.809 791.263 481.099 388.816 869.915 4,4 9,9 51 55 3,4 0,2 1,9
-3-7-
Pernambuco 51.717 683.588 650.453 1.334.041 713.877 601.816 1.315.693 11,6 25,4 51 54 0,9 -1,5 -0,3
Baixo São Francisco 34.229 690.339 885.204 1.575.543 733.211 835.473 1.568.684 24,4 45,8 44 47 1,2 -1,1 -0,1
Pernambuco 9.314 127.524 202.259 329.783 139.234 183.827 323.061 19,7 34,7 39 39 1,8 -1,9 -0,4
Alagoas 16.225 431.793 534.519 966.312 455.787 516.370 972.157 31,8 59,9 45 47 1,1 -0,7 0,1
Sergipe 8.690 131.022 148.426 279.448 138.190 135.276 273.466 15,6 31,5 47 51 1,1 -1,8 -0,4
Subtotal Minas Gerais 267.810 5.170.221 1.180.018 6.350.239 5.757.760 1.159.643 6.917.403 4,3 25,8 81 83 2,2 -0,3 1,7
Subtotal Bahia 331.469 931.029 1.311.944 2.242.973 1.071.424 1.255.812 2.327.236 3,8 7,0 42 46 2,8 -0,9 0,7
Subtotal Pernambuco 61.031 811.112 852.712 1.663.824 853.111 785.643 1.638.754 12,9 26,9 49 52 1,0 -1,6 -0,3
Subtotal Alagoas 16.225 431.793 534.519 966.312 455.787 516.370 972.157 31,8 59,9 45 47 1,1 -0,7 0,1
Subtotal Sergipe 8.690 131.022 148.426 279.448 138.190 135.276 273.466 15,6 31,5 47 51 1,1 -1,8 -0,4
Total da Bacia 685.226 7.475.177 4.027.619 11.502.796 8.276.272 3.852.744 12.129.016 5,6 17,7 65 68 2,1 -0,9 1,1
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
Obs: * Área integral dos municípios majoritariamente incluídos na bacia. Não inclui áreas do Distrito Federal e de Goiás.
** Exceto pequenos contingentes populacionais de partes da bacia situadas no Distrito Federal e em municípios goianos.
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
3.2. DESMATAMENTO
Trata-se de um processo de degradação que vem ocorrendo continuadamente na maior parte dos
rios do Centro-Sul e Centro-Oeste do País.
QUADRO 3.2
Produtividade
Bahia Minas Gerais
( t/ha )
Ano
Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) BA MG
QUADRO 3.3
Essas atividades estão intimamente ligadas à ocupação territorial, seja para o atendimento às
necessidades básicas das populações, como a obtenção de lenha e madeira para uso doméstico, seja
para a obtenção de matéria-prima industrial na forma de lenha ou carvão vegetal.
O Quadro 3.4 apresenta a evolução da produção de carvão vegetal na Bacia do São Francisco, em
que se pode observar sua elevada expressão no Alto e Médio São Francisco, responsáveis, desde
1975, pela produção de cerca de 96% do carvão gerado na bacia. Em termos globais, verifica-se
que, de 1985 a 1996, houve uma expressiva substituição do carvão obtido a partir de matas nativas
pelo de matas plantadas.
QUADRO 3.4
Carvão Vegetal
! Assoreamento
Avaliações sedimentológicas preliminares indicam que, no Alto São Francisco, a produção específica
mínima de sedimentos pode alcançar taxas superiores a 200 t/km2/ano. No Médio São Francisco a
produção de sedimentos oriundos dos chapadões do oeste situam-se na faixa de 10 t/km2/ano,
podendo atingir de 100 a 200 t/km2/ano ao longo do vale do Rio Carinhanha. Na região do
Submédio e do Baixo curso, a jusante de Sobradinho, essa produção atinge valores entre 400 e
600 t/km2/ano (ELETROBRÁS, 1992).
Boa parte da contribuição para o deflúvio médio do São Francisco origina-se dos afluentes situados
na margem esquerda, com destaque para os Rios Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente e
Grande. Esses cursos d’água são formados basicamente por “veredas”, que se situam nos flancos e
rebordos das chapadas.
A intensa ocupação dessas chapadas pelas atividades agropecuárias tem provocado, além do
desmatamento, a compactação subsuperficial de extensas áreas, seja pela utilização intensiva de
motomecanização, seja pelo pastoreio também intensivo. Como conseqüência imediata, observou-se
o aumento do escoamento superficial e a intensificação dos processos erosivos, em especial nas
bordas das chapadas.
Essas alterações têm provocado, ao longo do tempo, a redução da capacidade de recarga dos
aqüíferos subterrâneos, pela redução da permeabilidade dos perfis superficiais dos solos, e a
conseqüente redução das vazões de recarga.
Os impactos destas alterações são a elevação dos picos de cheia e seca nas vazões do rio, fenômeno
que ocorre em tempo cada vez mais curto, caracterizando fortes alterações no escoamento hídrico
do Médio São Francisco.
Assim, os aspectos decorrentes do desenvolvimento desordenado da maior parte da bacia (MG / BA)
são atenuados no trecho final do Rio São Francisco onde se localiza a captação de água para o
Projeto de Transposição.
Dentre os diversos usos da água, a geração de energia tem sido o mais explorado na Bacia do São
Francisco. Os barramentos de maior porte estão situados no Submédio São Francisco.
A exploração desse potencial vem sendo feita por três grandes companhias:
♦ Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. - CEMIG, criada em 22 de maio de 1952, com o
objetivo de realizar um plano global de eletrificação para o Estado de Minas Gerais que
atendesse ao parque industrial mineiro em fase de expansão, substituindo as usinas isoladas
existentes por um sistema integrado eficiente. Entre 1957 e 1961, por conta de um contrato
firmado com a Comissão do Vale do São Francisco - CVSF, a CEMIG construiu a usina de Três
Marias, aproveitamento com múltiplas finalidades, visando a produção de energia elétrica, o
amortecimento de enchentes e a melhoria da navegabilidade do Rio São Francisco e visando
garantir uma descarga regularizada de 500 m3/s no trecho a jusante da barragem. A CEMIG
atualmente opera seis aproveitamentos na bacia, sendo um no curso principal e os outros cinco
em afluentes, com uma potência total instalada de 434 MW: Cajuru (7,5 MW), Gafanhoto
(13,7 MW), ambos no Rio Pará; Rio de Pedras (10 MW), no Rio das Velhas; Paraúna
(2,9 MW),no Rio Paraúna; Pandeiros (4,2 MW), no Rio Pandeiros; e Três Marias (396 MW), no
Rio São Francisco;
QUADRO 3.5
Para se analisar a Bacia do Rio São Francisco, nos aspectos relativos ao consumo e ao suprimento de
energia, há que dividi-la em duas partes: uma formada pelo Alto e Médio Superior São Francisco,
toda contida no Estado de Minas Gerais e integrante do Sistema Elétrico da Região Sudeste, e outra
formada pelo Médio Inferior, Submédio e Baixo São Francisco, abrangendo os Estados da Bahia,
Pernambuco, Alagoas e Sergipe, integrante do Sistema Elétrico do Nordeste.
A parte mineira da bacia, atualmente com uma capacidade instalada de 434 MW, distribuída nos
seis aproveitamentos operados pela CEMIG, é deficitária de energia devido ao grande consumo da
região de Belo Horizonte e da região dos Chapadões do Paracatu, importando energia das bacias
dos Rios Grande e Paranaíba, na Bacia do Rio Paraná.
O restante da bacia se caracteriza como exportadora de energia para o Sistema Elétrico do Nordeste,
já que nela se concentram as maiores usinas operadas pela CHESF, empresa voltada para o
abastecimento de energia dessa região do País.
Desse modo, o Sistema Elétrico do Nordeste atende a todos os Estados da região, à exceção do
Maranhão, com energia produzida na bacia pelo Complexo Gerador de Apolônio Sales - Paulo
Afonso, Xingó, Itaparica e Sobradinho, com potência total instalada de 9.833 MW e pelos
aproveitamentos de Correntinha (9 MW) e Alto Fêmeas (10 MW), da COELBA, além de outras usinas
fora da bacia, como a Hidrelétrica de Boa Esperança (225 MW), no Rio Parnaíba, e a Termelétrica
de Camaçari (290 MW). Este sistema se encontra interligado com a Usina de Tucuruí (4.200 MW) e
com uma série de outras hidrelétricas e termoelétricas da Região Norte, perfazendo um total de
capacidade instalada de 14.716 MW, correspondente a 17 usinas hidrelétricas (14.417 MW) e 3
usinas térmicas (299 MW), formando assim o Sistema Interligado Norte/Nordeste que atende,
também, a parte dos Estados do Pará e do Tocantins. A energia gerada na Região Norte é
transportada para o Nordeste por uma linha de transmissão de 500 kV que une Tucuruí, Boa
Esperança e Sobradinho. A capacidade atual de transferência de energia na interligação entre as duas
regiões é da ordem de 600 MW no sentido Norte/Nordeste.
Segundo estudo realizado pela ELETROBRAS, a Região Nordeste, com um consumo de energia atual
(1998) de 46,4 TWh, apresenta previsões que indicam um crescimento médio anual de 6,2%, no
período 1998/2008, devendo atingir ao final desse período cerca de 84,6 TWh.
Considerando que o consumo de energia elétrica da área nordestina da Bacia do São Francisco –
Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas –, vinculada ao sistema Norte e Nordeste, em 1987, era de
1,31 TWh, segundo dados do PLANVASF, e supondo que essa área da bacia cresça na mesma taxa
observada para o Nordeste (4,6% a.a., no período 1990/1997, e 7,5% a.a., em 1997/1998), pode-se
estimar que seu consumo, em 1998, seja da ordem de 2,20 TWh, e, em 2008, de 4,0 TWh, o que é
pouco representativo (menor que 10%) em relação à capacidade de geração hidrelétrica da CHESF,
que é da ordem de 50 TWh. Mesmo que tal capacidade seja substancialmente reduzida em até
25% pela futura retirada de água para irrigar as áreas de terras potenciais existentes na Bacia do São
Francisco, ainda assim haverá excedentes significativos de energia a serem exportados para outras
áreas do Nordeste situadas fora da bacia. Isso caracteriza a vocação exportadora de energia do
sistema CHESF para outras bacias, constituindo o sistema elétrico regional uma verdadeira
transposição de águas sob a forma de energia elétrica.
QUADRO 3.6
A construção da barragem de Sobradinho, para fins de uso múltiplo, regularizou as vazões do Rio
São Francisco, do reservatório para jusante, e proporcionou uma descarga firme elevada que
permitiu a geração de energia na sucessão de usinas hidrelétricas implantadas e a implantar a partir
desse ponto do rio. Esta obra ocasionou a formação de um lago artificial com uma área de cerca de
4.476 km2, em sua cota máxima (392,5 m), com capacidade de armazenar um volume de 34,2
bilhões de metros cúbicos.
A criação de um grande lago, como esse, no centro da região semi-árida nordestina, causou, além de
modificações no microclima local, inúmeros impactos diretos no ecossistema natural, abrangendo os
meios físico e biótico e originando problemas antrópicos, com conseqüências sociais e econômicas
relevantes.
Por outro lado, a construção de uma série de barramentos ao longo do São Francisco modificou a
sua velocidade de escoamento, alterando o seu equilíbrio hidrossedimentológico. As águas, ao
chegarem aos reservatórios, perdem velocidade, provocando a deposição dos sólidos em suspensão,
criando bancos de areia. Já as águas sem sedimentos que deixam os reservatórios têm o seu poder
erosivo aumentado, escavando o leito do rio no trecho a jusante das barragens e aumentando o
transporte de sólidos que vão se depositar no seu trecho final, mais plano, ou em sua foz.
Assim, é provável que as condicionantes ambientais existentes, que são crescentes principalmente do
ponto de vista social, acabem por inviabilizar alguns dos novos aproveitamentos hidroelétricos no
Médio São Francisco, não se realizando o potencial total disponível.
A implantação de barramentos para geração de energia no curso do Rio São Francisco e de seus
afluentes vem alterando substancialmente o seu regime fluvial, aumentando as vazões de estiagem e
reduzindo os picos de cheia.
Na região do Alto São Francisco, as vazões mínimas naturais em Três Marias, da ordem de 92 m3/s,
foram elevadas, para cerca de 500 m3/s, na maior parte do tempo – e uma vazão mínima de
300 m3/s, permitindo assim a navegação do Rio São Francisco, no trecho a jusante de Pirapora, e
garantindo a oferta de água para implantação de grandes projetos de irrigação, como o Jaíba, o Iuiú
e o Baixio de Irecê.
Da mesma forma, no Submédio São Francisco as vazões mínimas naturais em Sobradinho, da ordem
de 600 m3/s, foram elevadas, pela regularização desse reservatório e de Três Marias para cerca de
1.400 m3/s, atingindo em média 2.060 m3/s, o que permite um aproveitamento melhor do potencial
hidroenergético a jusante.
No tocante às cheias no Rio São Francisco, as duas únicas barragens existentes que apresentam
características favoráveis ao controle de enchentes são Três Marias e Sobradinho.
Para proteger a cidade de Pirapora e o trecho do rio imediatamente a jusante da barragem de Três
Marias contra enchentes é mantido um volume de espera de 1.290 hm3, correspondente a cerca de
8% do volume útil deste reservatório.
No caso de Sobradinho, foi adotado um volume de espera de 8.200 hm3, equivalente a 28% da
capacidade útil do reservatório, e uma descarga de restrição de 8.000 m3/s, de modo a controlar as
enchentes com tempo de recorrência de 30 anos.
Esses efeitos de regularização e elevação das vazões mínimas do Médio São Francisco e de
amortecimento das cheias deverão ser reforçados com a construção dos aproveitamentos
hidrelétricos propostos nas sub-bacias de seus afluentes, principalmente no Rio das Velhas, Paracatu
e Urucuia, uma vez que esses rios são os maiores geradores de cheias no São Francisco, propiciando
a duplicação dos valores das vazões máximas em apenas 220 km, entre as cidades de Pirapora e São
Francisco.
Os demais barramentos existentes no curso principal do São Francisco pouco influenciam no seu
regime de vazões médias, uma vez que praticamente operam a fio d’água ou com regularização
horária, não tendo ação regularizadora.
Estima-se que o conjunto das pequenas barragens no Médio São Francisco, se utilizadas do ponto de
vista ambiental, poderá agregar uma vazão de 160 m3/s a vazão de estiagem deste trecho do rio.
3.4 IRRIGAÇÃO
A partir de então e até 1964, foram estudados pela CVSF alguns projetos isolados.
Em 1964, com o apoio da USAID, o Bureau of Reclamation (BUREC) foi contratado para
desenvolver um estudo de reconhecimento dos recursos hídricos e de solos da Bacia do Rio São
Francisco.
Dos muitos projetos indicados que tiveram a irrigação como seu objetivo principal, três foram
considerados prioritários e investigados em nível de reconhecimento: o Projeto Jequitaí, que deveria
irrigar 56.250 ha; o Projeto Corrente-Formoso, na região do Médio São Francisco baiano, que
irrigaria 216.000 ha; e o Projeto Rio Grande, também no Médio São Francisco, que irrigaria
87.000 ha.
No período 1970-80, a SUVALE elaborou uma série de Planos Diretores para o desenvolvimento
integrado de algumas regiões indicadas pelo BUREC como potencialmente favoráveis ao
desenvolvimento da irrigação (Jaíba, Corrente/Divisão Formoso, Rio Grande, Platô de Irecê,
Juazeiro/Petrolina, Submédio e Baixo São Francisco) e concluiu pela implantação dos perímetros de
Bebedouro e Mandacaru, iniciados pela SUDENE em 1968 e 1964, respectivamente. Foi também
iniciada nesse período a construção dos perímetros de Propriá, Itiúba, Maniçoba, Curaçá e Pirapora.
No período 1975-80, a CODEVASF implantou cerca de 12.153 ha irrigados e o DNOCS 1.616 ha,
enquanto a iniciativa privada implantou mais 41.813 ha, perfazendo um total de área irrigada no
Vale, em 1980, de 144.487 ha, com o incremento anual médio de área irrigada no Vale sendo,
portanto, da ordem de 8.430 ha/ano, na década de 70.
QUADRO 3.7
Em 1989, o elenco de projetos inventariados foi revisto e atualizado, reduzindo-se o seu número
total de 59 para 38 projetos e ampliando-se sua área total para 2,7 milhões ha. Deste total,
62.745 ha correspondiam a projetos que já se encontravam em operação e 27.947 ha em
implantação. Já estavam com projeto básico ou executivo concluídos cerca de 40.172 ha, que
poderiam, portanto, ser implementados a curto prazo. A relação dos 38 projetos então inventariados
e sua situação em 31 de dezembro de 1989 é apresentada no Quadro 3.8.
Observe-se que o Projeto Platô de Irecê, de 1.500.000 ha, tem como fonte hídrica o aqüífero
subterrâneo existente na região de Irecê, e que os Projetos Baixio de Irecê, Iuiu e Jaíba tiveram suas
áreas irrigadas reduzidas para 59.631 ha, 30.506 ha e 80.000 ha, respectivamente.
Ao longo do tempo, entretanto, o que se observa é que, não obstante as extensas áreas
inventariadas, o desenvolvimento hidroagrícola até aqui alcançado no Vale do São Francisco tem
seguido um ritmo que parece ditado menos pelas potencialidades naturais do que pelas restrições
institucionais, financeiras e econômicas que afetam o setor, condicionando o progresso efetivamente
alcançado, como se observa no Quadro 3.9 Cabe destacar, entretanto, que a sucessão de planos
não concretizados não diminui a realidade do resultado da intervenção hidroagrícola governamental
na bacia, que deve ser avaliado não somente pela implantação concreta de perímetros públicos:
deve incorporar com igual importância o estímulo – via efeito demonstrativo e criação/transferência
de tecnologia – dado o desenvolvimento da irrigação privada, que atualmente opera mais de 70%
das áreas irrigadas da região.
QUADRO 3.8
Situação
Projeto Área (ha) Em Em Em
Estudo Implantação Operação
Rio das Velhas 25.000 X
Pirapora 1.457 X
Jequitaí 35.000 X
Gorutuba 11.155 X X X
Jaíba 100.000 X X X
Estreito 10.631 X X X
Iuiu 272.500 X
Ceraíma 755 X X
Piloto Formoso 404 X
Jaborandi 23.000 X
S. do Ramalho 145.000 X
Formoso H 4.875 X
Formoso A 8.661 X X
Correntina 141.000 X
S.Desidério/B.Sul 2.277 X
Barreiras Norte 3.330 X
Angical 54.000 X
Riacho Grande 1.975 X
Nupeba 3.420 X
Platô de Irecê 1.500.000 X
Mirorós 3.376 X
Baixio Irecê 105.000 X
Salitre 56.000 X X X
Tourão 10.548 X
Cruz das Almas 72.000 X
Sen. Nilo Coelho 20.310 X X
Mandacaru 376 X
Pontal 49.711 X
Maniçoba 4.197 X
Bebedouro 1.862 X
Curaçá 4.195 X
Propriá 1.126 X
Contiguiba/Pindoba 2.208 X
Platô Neópolis 9.000 X
Betume 2.861 X
Itiúba 895 X
Boacica 2.987 X
Marituba 3.342 X
Total Geral 2.649.434
Nota: A área irrigável a jusante da captação do Projeto de Transposição tem uma projeção inferior a 30 mil ha,
demandando uma vazão máxima da ordem de 20 m3/s.
QUADRO 3.9
(mil hectares)
Período CODEVASF Outras Áreas TOTAL
Até 1950 0,1 0,0 0,1
Até 1960 1,1 9,7 10,8
Até 1970 2,3 57,9 60,2
Até 1975 12,1 75,9 88,0
Até 1980 27,0 117,5 144,5
Até 1985 47,9 158,0 205,9
Até 1990 67,0 165,6 232,6
Até 1994 71,8 178,2 250,0
Até 1995 72,8 227,2 300,0
Até 1996 79,7 278,6 358,3
Até 1998 91,1 * *
Fontes: Codevasf - IBGE - Censo Agropecuário 95/96
* valores não disponíveis
A irrigação pública, graças ao seu efeito demonstrativo, incentivou a expansão da irrigação privada,
que se implantou em áreas próximas aos projetos públicos, criando grandes pólos de
desenvolvimento na região (ex: pólo Petrolina /Juazeiro), o que gerou forte impacto sobre a infra-
estrutura sócio-econômica das cidades próximas e sobre o meio ambiente em geral, trazendo
consigo o aumento dos problemas e conflitos causados pelo progresso e pela prática intensiva da
agricultura.
Um dos problemas mais comuns nos setores irrigados é o uso de agroquímicos (inseticidas,
fungicidas, herbicidas, e adubos inorgânicos) que, mesmo quando feito de maneira adequada,
contamina os solos e as águas. Ademais, observa-se que as normas e procedimentos ideais não são
seguidas corretamente, aumentando bastante os problemas de contaminação.
Nos grandes pólos de irrigação (Petrolina/Juazeiro, Jaíba) e em outras áreas onde se concentra
principalmente a irrigação privada, o problema da utilização de agroquímicos em culturas irrigadas
tem crescido em grande proporção com o aumento da área cultivada, já tendo sido noticiados casos
de intoxicação de trabalhadores rurais devido ao manuseio inadequado dos produtos e à
contaminação de alguns mananciais.
QUADRO 3.10
(hectares)
O problema do uso desordenado dos recursos hídricos é evidenciado pela queda da vazão do rio
quando o bombeamento para irrigação se inicia, principalmente nos afluentes. Em alguns rios, como
o Verde Grande, Salitre e o Verde, já se constatam graves problemas de escassez e conflitos de uso
de água para as áreas irrigadas implantadas nos respectivos cursos inferiores.
Embora o balanço consumo x disponibilidade atual na calha principal do São Francisco ainda seja de
modo geral superavitário, com a continuidade da expansão desordenada da irrigação poderão ser
criados déficits localizados, afetando não somente outros projetos de irrigação como o
abastecimento de algumas cidades marginais localizadas nas partes mais altas da bacia e mesmo a
geração de energia em pequenos aproveitamentos. Na área do Oeste baiano, onde existem rios
perenes com vazões propícias à implantação de pequenas centrais hidrelétricas, já ocorre um caso
de conflito entre a irrigação e a geração de energia: a usina hidrelétrica de Alto Fêmeas, com uma
potência firme de 20 MW e uma potência instalada de 40 MW, está operando apenas com 10 MW,
devido ao uso da água por dois projetos de irrigação instalados a montante.
3.5 NAVEGAÇÃO
O Rio São Francisco possui trechos navegáveis no Médio e Baixo curso. Entre a cidade de Pirapora,
em Minas Gerais, e as cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, o rio é navegável
por 1.312 km de extensão. Um segundo trecho navegável localiza-se entre Piranhas, em Alagoas, e
a foz, com 208 km de extensão. Entre Juazeiro e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, outros
150 km são navegáveis, apesar de apresentarem fortes corredeiras. Dentre os tributários, o Rio
Grande e o Rio Corrente apresentam boas condições de navegabilidade por trechos,
respectivamente, de 370 km e 110 km, e o Paracatu é navegável por 104 km, até Porto Cavalo.
Para assegurar a navegabilidade no São Francisco, nas condições atuais de demanda de carga, é
necessário que seja mantida uma profundidade de 1,50 m no período mais seco do ano, a ser
garantido pela vazão dos reservatórios de Três Marias e Sobradinho. Na perspectiva de incremento
das cargas transportadas no rio, torna-se necessário aumentar a profundidade para 2,50. A
irregularidade das vazões efluentes previstas para Três Marias e Sobradinho tem resultado em
insegurança na navegabilidade de determinados trechos do rio.
Segundo estudo realizado pela Comissão Especial para o Desenvolvimento do Vale do São Francisco,
do Senado Federal, é a seguinte a situação atual do trecho entre Pirapora e Juazeiro/Petrolina:
♦ de Barra a montante de Remanso, com 210 km de extensão, embora dependendo das vazões
afluentes e do represamento de Sobradinho, a navegabilidade do trecho é assegurada durante
todo o ano, obtendo-se, nas cheias, calados da ordem de 2,50 m e, nas vazantes, de 1,50 m;
O Rio São Francisco conta com três importantes portos: Pirapora, Juazeiro e Petrolina e um número
bastante significativo de pequenos portos e atracadouros, onde se destacam, dentre outros:
Ibotirama, Itacarambi, Januária, São Romão, Matias Cardoso, Manga, Carinhanha e Xique-Xique.
A partir de seus principais portos, a navegação do São Francisco, através de redes rodoviária e
ferroviária, se interliga com as capitais da região Sudeste e Nordeste e com importantes pontos do
País.
O Rio São Francisco apresentou uma importante atividade de navegação, estabelecendo um elo
fundamental de comércio entre as Regiões Nordeste e Sudeste, que lhe valeu o título de Rio da
Integração Nacional.
No final da década de 60, seguindo um processo que afetou o conjunto do transporte fluvial e de
cabotagem no País, em decorrência do crescimento da indústria automobilística e do incentivo à
montagem da malha rodoviária no País, essa atividade sofreu uma drástica redução.
Atualmente, a carga transportada pelo Rio São Francisco atinge um máximo de 125 mil
toneladas/ano.
As perspectivas de crescimento da atividade de transporte fluvial no São Francisco traz consigo uma
dimensão social e cultural de extrema relevância, diretamente relacionada às populações ribeirinhas
que nele vivem, hoje em condições extremamente difíceis, pela falta de alternativas de trabalho e
renda.
O São Francisco possui um forte potencial e já abrigou uma importante atividade turística
relacionada à sua navegação, suas cidades históricas e sua beleza cênica. A retomada do uso do rio
para o turismo e o lazer, que demanda investimentos específicos, em uma ação coordenada dos
setores público e privado, teria reflexos imediatos e extremamente positivos nas condições de vida
das populações ribeirinhas, através da abertura de novos postos de trabalho, de oportunidades de
negócios e da retomada de suas produções artesanais.
A utilização do São Francisco para o transporte de cargas e passageiros em seus trechos navegáveis,
associada aos usos para turismo e lazer e para a pesca, constitui-se em perspectiva extremamente
importante para o desenvolvimento sustentável da bacia. Assim, a operação das barragens geradoras
de eletricidade e a expansão da irrigação no médio curso da bacia, deverão ser planejados
cuidadosamente para minimizar os impactos sobre a hidrovia. Esse problema é minimizado quando
se considera os trechos navegáveis do Submédio São Francisco que apresentam ainda uma situação
bastante confortável em termos de descarga garantida devido as barragens da CHESF.
Dos relatos constantes dos itens anteriores é possível antever os prováveis conflitos futuros que
existirão entre a manutenção de um tirante mínimo para navegação e o uso da água para irrigação,
no trecho do Rio São Francisco entre Três Marias e o início do reservatório de Sobradinho.
O Plano de Fomento do Vale do São Francisco indica a necessidade de uma vazão mínima efluente
de Três Marias de 550 m3/s para garantir um tirante mínimo para navegação no trecho Três Marias-
Sobradinho.
Atualmente, Três Marias garante uma vazão mínima efluente de 300 m3/s e a vazão mínima afluente
ao reservatório de Sobradinho tem-se situado em 800 m3/s.
Os projetos de irrigação previstos (ver Quadro 3.8) indicam uma área total de 2,7 milhões de ha.
Deduzindo-se deste valor o perímetro do Platô de Irecê (1.500.000 ha) que será atendido por água
suterrânea, e corrigindo-se as reduções havidas nos projetos Baixio de Irecê, Iuiu e Jaiba restam
ainda 840 mil ha previstos para serem irrigados com águas do Rio São Francisco, no trecho a
montante do reservatório de Sobradinho.
Admitindo-se um consumo de 0,45 l/s/ha para irrigação, chega-se à necessidade de algo como
380 m3/s para uso em irrigação.
É fácil concluir que este consumo de água para irrigação provocará uma redução da ordem de 50%
na vazão mínima requerida para manter os tirantes de navegação, afetando significativamente as
condições necessárias para tal finalidade.
Trata-se de conflito importante que exigirá estudos detalhados no futuro, quando os mesmos se
verificarem, provavelmente requerendo obras fluviais e reservatórios de regularização para
manutenção dos tirantes ou então uma redução da área irrigada.
O comportamento dos estuários é afetado pelas seguintes variáveis principais: a vazão de água doce,
a oscilação das marés, o vento e as estratificações horizontal e vertical associadas à densidade da
água.
O fenômeno de intrusão de cunha salina ocorre quando a vazão de água doce, que é injetada em
um estuário por um rio, tende a lançar-se no oceano escoando sobre uma camada inferior de água
salgada que se movimenta preferencialmente do oceano para o interior.
Ao contrário dos rios que escoam freqüentemente em regime permanente e uniforme, com
estratificação insignificante, a existência de oscilação de marés na boca de um estuário impossibilita
a formação de um escoamento permanente em seu interior. Conseqüentemente, as características
geométricas, cinemáticas e dinâmicas variam no espaço e no tempo, demandando o uso de modelos
hidrodinâmicos ou dados mais abrangentes para a melhor caracterização do estuário.
Neste estudo, há, portanto, necessidade de se estimarem as modificações provocadas pela retirada
de vazões, para a Transposição, no comportamento do Rio São Francisco próximo à foz. Para isso,
devem ser analisadas as alterações que poderão efetivamente ocorrer com a implantação do
empreendimento, começando pelo único fator que será seguramente modificado: as vazões e seus
respectivos níveis d’água.
A área de abrangência do estudo fica compreendida entre Xingó e a Foz, uma vez que o barramento
de Xingó é, por sua altura, um impedimento físico intransponível para qualquer efeito de jusante
para montante, no Rio São Francisco. Assim, o trecho em questão abrange apenas as faixas
ribeirinhas dos estados de Alagoas e Sergipe.
Esses postos foram selecionados por terem observações registradas desde a década de 20 e por ainda
continuarem em operação, além de possuírem dados sobre qualidade de água. Além disso, com
exceção de Penedo, todos possuem dados linigráficos.
QUADRO 3.11
Área de Drenagem
Código Nome Início da Operação
(km2)
Quanto às Vazões
No Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco, a vazão de transposição não está
estabelecida como um valor constante, sendo variável em função da demanda de água da região
beneficiada.
Segundo o Projeto, a vazão média máxima deverá ser da ordem de 114 m3/s, ficando a vazão média
em 64 m3/s, a partir do ano 2025. A consideração da vazão máxima é a hipótese mais desfavorável,
assim, nesta análise, adotou-se esta situação para a redução das vazões no trecho do Rio São
Francisco próximo à foz e, conseqüentemente, na análise de deterioração da qualidade de água.
Na Figura 3.2, pode-se observar a curva de permanência de vazões em Pão de Açúcar e seus valores
mais representativos.
A vazão correspondente a 100% de permanência de valores iguais ou maiores é 725 m3/s, sendo
que, em 95% do tempo, a vazão média mensal é superior a 1.106 m3/s.
A partir de 1979, com a entrada em operação do reservatório de Sobradinho, que possui grande
capacidade de regularização de vazões, o regime se alterou. Para esta nova condição, foi traçada
uma outra curva de permanência, apresentada na Figura 3.3.
Para este período mais recente, pode-se verificar que a vazão correspondente a 100% de
permanência é 1.186 m3/s, sendo que, em 95% do tempo, a vazão média mensal foi superior a
1.408m3/s.
Portanto, ainda que a captação para a Transposição se mantenha durante um período na sua
capacidade máxima de 114 m3/s, mesmo durante a estiagem mais severa dos últimos 17 anos, a
redução de vazões em Pão de Açúcar será sempre inferior a 10%.
Numa situação mais provável, se a captação para Transposição ficar em torno do valor médio
previsto de 64 m3/s durante a estiagem mais severa, ainda assim a redução de vazões em Pão de
Açúcar será inferior a 5%.
14000
Vazões Observadas (1926-1979)
Vazão Máxima de Transposição
12000
Permanência Vazão
no Tempo (%) (m³/s)
10000 1 9370
5 6950
10 5720
VAZÃO (m³/s)
8000
20 4407
50 2145
6000 80 1505
90 1249
95 1106
4000 100 725
2000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
PERMANÊNCIA NO TEMPO (%)
14000
80 1660
90 1504
95 1408
6000
100 1186
4000
2000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
PERMANÊNCIA NO TEMPO (%)
Uma outra análise foi efetuada com relação à distribuição sazonal das vazões. O Quadro 3.12 e a
Figura 3.4 apresentam os valores médios mensais obtidos para os postos fluviométricos estudados.
Pode-se observar que o ano hidrológico é bem definido, com a cheia ocorrendo de novembro a
abril, sendo julho o mês mais seco. Além disso, nos três locais as vazões são equivalentes, sendo a
vazão média anual de 2.687 m3/s.
Para facilitar a avaliação da redução das vazões, na Figura 3.4, foi incluída a vazão máxima de
captação para transposição, admitida aqui como constante. No Quadro 3.12, além dos valores
médios mensais obtidos indicam-se também os percentuais médios de redução com o
bombeamento, em cada mês.
Portanto, na condição de transposição da vazão máxima, a redução média das vazões ficaria em
torno de 4,7%. E, na situação mais freqüente, em que a vazão de captação seria de cerca de
64 m3/s, a redução das vazões ficaria em torno de 2,4 %.
As reduções indicadas máximas e médias são pouco expressivas quando se considera que os
instrumentos de medição de vazão dos rios possuem cerca de 5% de precisão. São também pouco
significantes na medida em que as atuais vazões no trecho, em decorrência do sistema
hidroenergético, são maiores que as vazões naturais. Portanto uma pequena redução nas vazões
atuais aproxima o regime fluvial atual do regime natural anteriormente existente.
Foi admitido que a variação das alturas de marés na foz do Rio São Francisco seria semelhante à do
Porto de Maceió. A Figura 3.5 mostra o comportamento da maré em julho de 1988, obtido das
Tábuas das Marés para 1988, publicadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN.
Na mesma Figura 3.5, foram plotados os registros de níveis d’água em Propriá e em Pão de Açúcar.
Como pode ser visto, ao contrário dos níveis de maré, os níveis d’água em Propriá não apresentam
qualquer variação horária. Pode-se assim deduzir que a oscilação das marés não interfere no
comportamento dos níveis d’água em Propriá, que é o posto mais próximo à foz.
Conseqüentemente, a montante desse ponto, isto é, em Pão de Açúcar, o rio também não pode ter
qualquer influência da maré.
Os registros contínuos de níveis d’água em Pão de Açúcar mostram entretanto uma variação horária
dos níveis em algumas datas.
Uma análise, que desconhecesse os dados de Propriá, poderia levar à idéia de que ocorre influência
da maré nos níveis d’água em Pão de Açúcar. O que ocorre entretanto é que essa variação horária
está associada à operação das usinas hidrelétricas a montante, especialmente Paulo Afonso e Xingó,
para atender aos picos de demanda de energia elétrica.
QUADRO 3.12
Redução
Pão de Redução (%)
Mês Traipu Propriá (%)
Açúcar Máxima
Média
Jan 3 460 3 490 3 463 3,6 1,9
Fev 4 134 4 157 4 085 3,1 1,6
Mar 4 277 4 298 4 139 3,0 1,6
Abr 3 659 3 709 3 622 3,5 1,8
Mai 2 411 2 438 2 474 5,1 2,6
Jun 1 947 1 951 1 974 6,4 3,3
Jul 1 818 1 840 1 862 6,8 3,5
Ago 1 877 1 866 1 879 6,7 3,5
Set 1 903 1 883 1 892 6,7 3,4
Out 1 983 1 964 1 972 6,4 3,3
Nov 2 160 2 142 2 137 5,9 3,0
Dez 2 616 2 599 2 590 4,9 2,5
Anual 2 687 2 695 2 674 4,7 2,4
4500 Transposição
PÃO DE AÇÚCAR
4000 TRAIPU
PROPRIÁ
3500
3000
VAZÕES (m3/s)
2500
2000
1500
1000
500
0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANUAL
FIGURA 3.4
Pode ser observado que a variação das alturas de marés tem dois ciclos e dois picos diários. Já a
variação dos níveis em Pão de Açúcar não apresenta uma completa regularidade; porém, quando
ocorre, o linigrama apresenta apenas um ciclo e um pico diário, que sempre acontece na mesma
hora, correspondendo ao aumento da vazão turbinada nas usinas hidrelétricas de montante nas
horas de ponta de consumo do sistema elétrico.
Vale ressaltar que em 1988 a UHE Xingó, aproveitamento mais próximo de Pão de Açúcar, ainda
não estava em operação e, portanto, os picos de vazão, neste ponto, ocorriam defasados em cerca
de 12 horas. Assim, os picos de demanda entre 18 e 21 horas, como acontece normalmente,
exigiram o turbinamento de uma vazão maior no Complexo Moxotó, resultando nos picos de vazão,
em Pão de Açúcar, em torno de 7 horas da manhã seguinte.
Pode-se verificar também que os níveis mínimos, neste ponto, têm um padrão regular, ocorrendo
com intervalos de 7 dias, porque coincidem com os fins de semana, quando a demanda de energia
elétrica diminui, exigindo menores vazões turbinadas.
A Figura 3.6 ilustra essa análise e permite deduzir que a UHE Xingó não estava durante todo o
período operando em regime de ponta, utilizando o volume de seu reservatório, algumas vezes, para
compensar os efeitos das usinas de montante. É possível observar também os níveis mínimos
semanais, decorrentes da redução de demanda no fim de semana e, conseqüentemente, do
turbinamento de vazões (ver janeiro e julho de 1995 nas Figuras 3.7 e 3.8).
Já em outros meses, provavelmente a usina operou em regime de ponta, provocando uma ligeira
variação diária nos níveis, como é o caso de janeiro de 2000 (ver Figura 3.9).
Em decorrência do todo aqui exposto, pode-se deduzir que os níveis d’água do Rio São Francisco
neste trecho são fortemente influenciados pela operação dos reservatórios existentes a montante,
principalmente Xingó, por ser o mais próximo, de modo que a redução prevista nas vazões
decorrentes do PTSF não terá influência na eventual cunha salina que possa existir e,
conseqüentemente, na qualidade da água nesse estirão.
3.7.4 Conclusões
A análise dos dados, desenvolvida neste estudo, permite concluir que a Transposição de Águas do
Rio São Francisco não provocará alteração na eventual cunha salina que possa existir nesse curso
d’água, na sua porção inferior.
Considerando a situação mais desfavorável, com vazão de captação máxima e constante, admitida
aqui como 114 m3/s, as vazões no trecho próximo à foz do Rio São Francisco, a jusante da UHE
Xingó, entre Pão de Açúcar e Propriá, seriam alteradas em cerca de 4,7% para as vazões médias
mensais, valor menor que o erro normalmente encontrado em medições de vazão.
Com base na vazão de bombeamento média, prevista em 64 m3/s, a Transposição provocará uma
redução de cerca de 2,4% do volume hídrico anual que escoa em Propriá. Como na foz a área de
drenagem é ainda maior, gerando vazões e volumes superiores, o efeito da transposição é ainda
menos significativo.
2,00
COTA (m)
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
1/7/88 0:00 6/7/88 0:00 11/7/88 0:00 16/7/88 0:00 21/7/88 0:00 26/7/88 0:00 31/7/88 0:00
FIGURA 3.5
2,00
1,50
COTA (m)
1,00
0,50
0,00
-0,50
1/1/88 0:00 6/1/88 0:00 11/1/88 0:00 16/1/88 0:00 21/1/88 0:00 26/1/88 0:00 31/1/88 0:00
FIGURA 3.6
ENGECORPS - HARZA
R elatório Síntese
C O N SÓ R C IO
-3-30-
!
"
#$
%
!
"
#$
%
&
&
&
&
&
&
&
!
"
#$
%
Relató rio Síntese
CONSÓRCIO
PROJETO SÃO FRANCISCO
4. Disponibilidades e Demandas
Hídricas das Bacias Beneficiadas
Neste capítulo são disponibilizadas as principais informações resultantes dos Estudos de Inserção
Regional das Bacias Beneficiadas, que tiveram a seguinte abrangência:
♦ estudos preliminares;
♦ estudos de cenários de apoio;
♦ análise prospectiva de demanda de águas das bacias;
♦ estudo das disponibilidades hídricas das bacias;
♦ montagem de cenários de demanda hídrica;
♦ identificação das oportunidades de investimento.
Na Figura 4.1, se visualiza o Fluxograma das Atividades desenvolvidas para a concretização do estudo.
Consumo Difuso (Sem Irrigação) 2,70 4,88 3,29 6,20 2,64 (2) 5,86
Irrigação 77,80 (1) 121,63 (1) 121,63 (1) 169,78 (1) 54,84 108,07
CONSÓRCIO
projetados
!
Estabelecimento de critérios básicos dos estudos
!
Figura 4.1
Identificação preliminar das vocações das
bacias
ENGECORPS - HARZA
!
Montagem de cenários econômicos
sem intervenções (projetos regionais +
transposição)
Análise Prospectiva de Demandas de Águas das Bacias Montagem de Cenários de Demanda Hídrica
-4-3-
! !
Demandas para irrigação Cenário sem o empreendimento
! !
Demandas para abastecimento urbano e industrial Cenário com o empreendimento
! !
Demandas para usos difusos Avaliação da sensibilidade dos
! cenários
Determinação das perdas de energia na bacia do
Tocantins
!
Determinação das perdas de energia na Bacia do São
Francisco
!
Demandas para outros usos
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Relatório Síntese
FLUXOGRAMA DAS ATIVIDADES DOS ESTUDOS DE INSERÇÃO REGIONAL
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Os estudos para a definição das principais características hidrológicas e hidrogeológicas das bacias
beneficiadas abrangeram:
♦ análise de consistência com o emprego do Método do Vetor Regional dos dados pluviométricos:
realizada para um conjunto de 622 postos, disponíveis nas bacias beneficiadas;
♦ determinação das séries naturais de vazões do Rio São Francisco: objetivando a análise de
possível complementaridade dos regimes hidroclimáticos entre a Bacia do Rio São Francisco e as
bacias beneficiadas;
♦ geração de séries estocásticas de vazões: realizada para os açudes de interesse com base em
modelo estocástico que preserva as características naturais, em especial a estrutura de secas;
A análise de consistência das séries pluviométricas foi processada em nível anual e mensal e
realizada com base no Método do Vetor Regional. Face à inexistência de uma metodologia para o
tratamento a nível diário, procedeu-se apenas à compatibilização de tais séries com as
correspondentes séries mensais consistidas, obtendo-se, portanto, nos três níveis, séries compatíveis
entre si. A metodologia empregada está detalhadamente apresentada no relatório específico dos
estudos hidrológicos (Ver Estudos de Inserção Regional - VBA Consultores).
Com base nesses resultados foi possível desenvolver a caracterização do regime pluviométrico na
área em estudo, em que se destacam os seguintes aspectos:
♦ com exceção das áreas litorâneas (das Bacias Metropolitanas, do Jaguaribe e do Paraíba), da
região do Cariri cearense e de uma reduzida parcela da sub-bacia do Rio Piancó, as bacias
beneficiadas apresentam médias pluviométricas anuais inferiores aos 800 mm/ano, o que
confere à área em estudo características dominantes de clima semi-árido;
♦ as áreas com precipitações menores se distribuem ao longo do território dos quatro estados
estudados, com destaque para as seguintes regiões:
! depressão da Borborema na Paraíba, com precipitações anuais inferiores aos 400 mm,
devido, principalmente, à sombra pluviométrica causada pela serra da Borborema que
obstrui o deslocamento da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) no sentido NO-SO;
! alta bacia do Rio Moxotó em Pernambuco com precipitações anuais inferiores aos 500 mm,
devido, principalmente, à sua localização mediterrânea que faz com que quaisquer dos
sistemas meteorológicos atuantes na região atinjam essa área com reduzida disponibilidade
de umidade;
! borda leste da Bacia do baixo Açu no Rio Grande do Norte, inclusive sua área litorânea,
com precipitações anuais inferiores aos 500 mm, constituindo a única área litorânea do
Nordeste com índices pluviométricos anuais inferiores aos 800 mm;
! região de Inhamu, na alta bacia do Rio Jaguaribe no Estado de Ceará, com extensas áreas
com precipitações anuais inferiores aos 600 mm, devido, principalmente à sombra
pluviométrica originada pela serra da Ibiapaba que obstrui a penetração das massas de ar
úmido, provenientes do oceano.
13
14
10 2861786 00
0
00
90 0
0 11 1200
80 00
0
2872207
Fortaleza
2872496
2872594
2872766
2873824
2872978
1200
2882035
2882076
2882188
eano At
1200 2882268
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2882331 2883256
1300
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l
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700
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CEARÁ
2882648 2883605
80
2883679
0
2882626
2880871 2881895 2882862
2883836
70
2890078 2893031
0
2892012 1400
2892111
2891168
BACIAS METROPOLITANAS 800
Aracati
2894148
1300
1200
2892307
2890378 1100
2890415
600 2894413 1000
2892527 2892531
2891677 900
2892605
2893669 2894643 800
800
Russas 700
600
2891876
2891988 Quixadá
2892918
2892939
2895974
50
2891969 2891999 0
3801036 800
3800176 3801196
Macau
3800256
Morada Nova 3803224
3806275
3800346
3801367
3802328 3802368
3803381 Mossoró
3801441 3801494 3805431
3718666
3811615
3813532
BACIA DO RIO APODI
3814519
3814606
3814589 3815583 3816617 3816583
400
600
3719731
3812779
3815732
3815737
BACIA DO RIO 3817745
3810896 3811816
3811848
3812917 3812937
3813889
PIRANHAS/AÇU 3816972
RIO GRANDE DO NORTE
500 3817988
3729002 3729018
3820026 3822029 3825099
3823107 3825124 3827131
700 3824119
3821207
Pau Dos Ferros
3823258 3824238
3824274
3826238 60
3729304
3821385 7000
3820369 3824396 3827353
3728459
3820421
3820567
3823402
500
Currais Novos
3826465
3827499
3822518 3824542 3826598
3823569
Catolé Do Rocha
800
3821618 3826604
3729676
Iguatu 3824751 3825701
3729802
3821873
Icó
3822808 3822832 3823822 3823898
3825789
3826845
3826884
80
0 3835462
3836411 Parelhas
3836369
3837488
600 3831587 3832507 3833554
Sousa 3834538
Pombal
3836449
3837507
PARAÍBA
3831543
170
3830669 1000 3833639 3838675
3839679
3830728
Cajazeiras BACIA DO RIO 3836715 500 3839704
0
3832789
00
15
3834894
13
3830888 3833835
11
PIRANHAS
10
11
3739931 3832809
00
00
3836957
00
00
3739935 3833908 3838962
3837953
3843042 3844008 Coremas 3845045 Patos 3849006
80
3841046
500 400
0
3749125 800 3842185
3843166 3847128 3847188 3848145
3848174
3749297 3841297 3842254 3846231
3843202
10 3844279 3845236 3849254 Sapé João Pessoa
1100 00
3940206 3940225
3849384
400
60
0 3840356
3841437 800 3844313
Piancó 3846434
3749475 3841425
Juazeiro3841571
do Norte 3843537 3845514
3845448 3848428
1600
800
3847555
Campina Grande3848579
1400
3845583 300 3849545
0
70 800 3841638 Milagres
3842612 3842698
3843667
800
40
0 900 3849636
800 800
BACIA DO RIO PARAÍBA
3843727
10
11 3845703
1200
00 3846894
3940819
700 3843992 3845945
900
1100
3842906
700
3857044
3758187
BACIA DO RIO BRÍGIDA
3759083
3851075
Brejo Santo 3852197
3854072
Boqueirão 3858006
500
3856314
3851399
3853467 Sumé 3856498 3858467
3850493 3853499
Bodocó 900
900
3854571
Afogados da Ingazeira
3759636 3853679
3854704 LEGENDA
3759789
Ouricuri 3852745 3855779
600
3851839
Monteiro
500
400
400
BACIA DO RIO
TERRA NOVA
3853943
Serra Talhada 500 9999999 Posto Pluviométrico
60 700
Parnamirim Sertânia 3866128
0
3860189 3861178 3865149
60
0 3768286 Salgueiro BACIA DO RIO PAJEÚ
3864271
Custódia Limite Estadual
70
0
Açudes Existentes e Lagoas
600
3861425
3769552 3863506 3863596
3862614
500
3860726 BACIA DO RIO 3865632
Curso d’Água (rios, riachos)
BACIA
3864776
MOXOTÓ 3865889
GI-5 Cabrobó 5
PERNAMBUCO
50
500
0
3873063 500
3871037 Ibimirim 50
600 0
3779256
3872284 Floresta
3875268
3873708
Petrolândia 3874834
ALAGOAS
500
600
3883142
3883271
700
400
50
BAHIA
700
50
0
O Relatório de Estudo Hidrológico Regional e anexos (ver Estudos de Inserção Regional) contêm as
seguintes informações, obtidas nos estudos de consistência dos dados fluviométricos:
♦ cotagramas e pluviogramas médios das bacias contribuintes aos postos fluviométricos analisados;
♦ curvas-chave;
♦ fluviogramas superpostos dos postos localizados no mesmo rio e curva de diferenças de volumes
escoados para fins de análise de continuidade;
♦ curvas de permanência de vazões médias diárias para todos os postos fluviométricos com mais
de cinco de anos de dados.
Além das bacias beneficiadas, foi desenvolvido também um estudo de séries fluviométricas para o
Rio São Francisco em seu trecho submédio. Este estudo teve como objetivo fornecer elementos para
as análises de simultaneidade / defasagem das secas no Nordeste setentrional com relação aos
déficits hídricos no submédio São Francisco e sua vinculação com fenômenos climáticos globais.
As principais características dos dados hidrométricos do Rio São Francisco no trecho de interesse são
mostradas no Quadro 4.1.
35668000
UMARITUBA NOVA
Fortaleza
35650000
SÍTIOS NOVOS
35760000
eano At
BAÚ
Oc l
35745000
ACARAPE
3573000
ân
ACARAPE 3574000
DO MEIO BARRA NOVA
tico
35880000
CEARÁ 3587500
CHOROZINHO
ARACOIABA
35950000
CRISTAIS
Russas
Quixadá
Macau
Morada Nova
Mossoró
37186000
BACIA DO JAGUARIBE SANTANA Carnaubais
Açu
Apodí Upanema 37185000
37070000 UPANEMA
Aç. Santa Cruz
36380000
Aç. Ema BACIA DO RIO APODI
BACIA DO RIO
37150000
RIO GRANDE DO NORTE
18
PEDRAS 38855300
BACIA DO RIO BRÍGIDA Brejo Santo BOQUEIRÃO DE
CABACEIRAS
36230000
SÍTIO OITIS Sumé
38830000
Bodocó Afogados da Ingazeira CARAÚBAS
38810000
MONTEIRO LEGENDA
Ouricuri 48835000 48830000
BACIA DO RIO Serra Talhada JAZIGO FLORES Monteiro
TERRA NOVA Posto Fluviométrico
Parnamirim 48840000
SERRA TALHADA Sertânia
48400000
PARNAMIRIM Salgueiro BACIA DO RIO PAJEÚ Custódia Limite Estadual
48430000
POÇO DO FUMO
48460000
Açudes Existentes e Lagoas
48850000
JACARÉ SERRINHA
BACIA DO RIO Curso d’Água (rios, riachos)
BACIA MOXOTÓ
GI-5 Cabrobó
48880000 Ibimirim
PERNAMBUCO
Floresta ILHA GRANDE
Barragem ITAPARICA
Média 4891,7 5318,4 5257,3 4153,5 2521,1 1702,8 1401,6 1198,9 1059,8 1184,0 1920,3 3484,4
D.P 1420,0 2127,7 2688,2 1808,7 1179,2 536,8 369,1 288,5 255,0 296,3 715,7 1226,1
C.V. 0,290 0,400 0,511 0,435 0,468 0,315 0,263 0,241 0,241 0,250 0,373 0,352
Mínimo 1722,0 1467,0 1764,0 1613,0 1092,0 950,0 851,0 747,0 671,0 640,0 876,0 1279,0
Máximo 9676,0 10079,0 15407,0 8268,0 8760,0 3936,0 2588,0 2075,0 1700,0 1992,0 4171,0 6366,0
UHE CAHOEIRA DE PAULO AFONSO
Média 4891,3 5381,1 5257,0 4153,1 2520,8 1702,4 1401,3 1198,5 1059,4 1183,7 1919,9 3484,0
D.P 1420,3 2127,3 2687,7 1808,6 1179,2 536,8 369,1 288,5 255,1 295,9 715,2 1226,0
C.V. 0,290 0,400 0,511 0,435 0,468 0,315 0,263 0,241 0,241 0,250 0,372 0,352
Mínimo 1722,0 1467,0 1764,0 1613,0 1092,0 950,0 851,0 747,0 671,0 640,0 876,0 1279,0
Máximo 9676,0 10073,0 15407,0 8268,0 8760,0 3936,0 2588,0 2075,0 1700,0 1992,0 4159,0 6366,0
Barragem XINGÓ
Média 4901,7 5328,4 5267,3 4163,5 2531,1 1712,8 1411,6 1208,9 1069,8 1194,0 1930,3 3494,4
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
D.P 1420,0 2127,7 2688,2 1808,7 1179,2 536,8 369,1 288,5 255,0 296,3 715,7 1226,1
C.V. 0,290 0,399 0,510 0,434 0,466 0,313 0,261 0,239 0,238 0,248 0,371 0,351
Mínimo 1732,0 1477,0 1774,0 1623,0 1102,0 960,0 861,0 757,0 681,0 650,0 886,0 1289,0
Máximo 9686,0 10089,0 15417,0 8278,0 8770,0 3946,0 2598,0 2085,0 1710,0 2002,0 4181,0 6376,0
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
4.1.3 Vazões Naturais Afluentes aos Açudes de Perenização das Bacias Beneficiadas
A aplicação do modelo requereu, além das séries de vazões afluentes nos período que se desejava
calibrar / validar, as informações de chuva média diária e evapotranspiração potencial média diária
na bacia contribuinte.
O cálculo da chuva média diária foi feito com base nos dados pluviométricos disponíveis e
previamente consistidos, mediante a aplicação de software específico que calcula os polígonos de
Thiessen, para cada bacia hidrográfica, segundo o "Método da Malha"; a evapotransposição potencial
média nas bacias contribuintes foi calculada com base no acervo de dados de evapotranspiração
potencial média mensal, calculados conforme Hargreaves.
No Relatório de Operação Integrada dos Açudes e seus anexos (Estudos de Inserção Regional) são
apresentadas todas as séries de precipitação média determinadas e seus parâmetros estatísticos, bem
como os valores de evapotranspiração para cada bacia hidrográfica estudada.
♦ ajuste dos picos de cheia, isto é, a coincidência entre as vazões de pico observadas e calculadas
pelo modelo;
♦ ajuste das recessões, isto é, a coincidência entre as vazões de estiagem observadas e calculadas
pelo modelo;
♦ ajuste da forma dos hidrogramas; esta última etapa da calibração / validação foi executada
sempre que possível.
Com base no conjunto destes parâmetros de ajuste procedeu-se à geração de séries de vazões
afluentes aos principais reservatórios das bacias beneficiadas. Os critérios para a seleção dos
reservatórios, para os quais foram geradas séries de vazões afluentes, foram os seguintes:
♦ localização a montante dos grandes reservatórios que receberão as águas transpostas, ou serão
operados de modo a obter ganhos de sinergia com a transposição;
♦ capacidade do reservatório não inferior a 10 hm3, sendo que nos casos de reservatórios por
onde transitarão vazões transpostas este limite não foi contemplado;
♦ disponibilidade mínima de parâmetros característicos dos reservatórios tais como curvas cota x
área x volume, capacidade máxima, volume morto ou cota da tomada d'água.
Na Figura 4.3 já apresentada, visualiza-se a localização dos reservatórios selecionados. O Quadro 4.2
apresenta os principais dados dos reservatórios, de suas respectivas bacias hidrográficas e os
parâmetros médios das séries fluviométricas geradas. As séries integrais estão no relatório setorial, já
referenciado.
♦ escolha do modelo;
♦ validação do modelo.
SÍNTESE DOS PARÂMETROS MÉDIOS ANUAIS DAS SÉRIES GERADAS PELO MODHAC P/ AÇUDES ESTUDADOS
Taperoá II Rch. Campo Verde Paraíba Taperoá 15149 PB 574,17 Poço das Pedras (38850000) 414,0 29,3 7,1
Serra Branca II Rch. Serra Branca Paraíba Serra Branca 14043 PB 54,33 Poço das Pedras (38850000) 423,3 22,6 5,3
Soledade Rch. do Padre Taperoá Soledade 27058 PB 281,36 Poço das Pedras (38850000) 399,9 27,3 6,8
Epitácio Pessoa-Boq. Cab. Rio Paraíba Paraíba Boqueirão 535700 PB 7.904,23 Poço das Pedras (38850000) 389,0 18,9 4,9
Acauã Rio Paraíba Paraíba 250000 PB 3.671,70 Poço das Pedras (38850000) 576,7 26,3 4,6
Lagoa do Arroz Rch. Cacaré Peixe Cajazeiras 80221 PB 285,29 Aparecida (37290000) 881,2 136,3 15,5
Pilões Rch. Triunfo Peixe São José do Rio do Peixe 13000 PB 384,87 Aparecida (37290000) 870,2 126,7 14,6
Bartolomeu I Piranhas Piranhas Bonito de Santa Fé 17571 PB 19,20 Piancó (37340000) 811,0 125,1 15,4
Eng. Ávido – Piranhas Piranhas Piranhas Cajazeiras 255000 PB 890,60 Piancó (37340000) 883,8 132,3 15,0
São Gonçalo Piranhas Piranhas Souza 44600 PB 310,09 Piancó (37340000) 884,6 134,9 15,2
Carneiro Rch. Jericó Piranhas Jericó 31286 PB 153,50 Piancó (37340000) 753,4 94,7 12,6
Eng. Arco Verde Timbaúba Piranhas Condado 30593 PB 137,88 Piancó (37340000) 718,8 88,0 12,2
Escondido Rch. dos Porcos Piranhas Belém do Brejo do Cruz 16326 PB 223,46 Piancó (37340000) 824,1 118,7 14,4
Riacho dos Cavalos Riacho dos Cavalos Piranhas Riacho dos Cavalos 17690 PB 164,42 Piancó (37340000) 792,7 112,4 14,2
Sta. Rosa Piranhas Belém do Brejo do Cruz 16579 PB 273,13 Piancó (37340000) 813,5 111,6 13,7
Tapera Piranhas Belém do Brejo do Cruz 26419 PB 135,32 Piancó (37340000) 787,6 97,7 12,4
Bom Jesus Rch. Bom Jesus Piancó Água Branca 14637 PB 89,00 Piancó (37340000) 668,9 91,5 13,7
Bruscas Rch. Bruscas Piancó Curral Velho 38206 PB 251,00 Piancó (37340000) 771,4 93,2 12,1
Cachoeira dos Alves Rch. Cachoeira Piancó Itaporanga 10611 PB 99,00 Piancó (37340000) 770,5 103,0 13,4
Cachoeiras dos Cegos Rch. da Goiabeira Piancó Catingueira 71887 PB 223,00 Piancó (37340000) 843,5 136,0 16,1
Canoas Rch. Canoas Piancó Nova Olinda 45555 PB 260,00 Piancó (37340000) 799,1 101,0 12,6
Catolé Rch. Arara Piancó Manaíra 10500 PB 136,00 Piancó (37340000) 686,5 73,4 10,7
Curemas-Mãe D'Água Piancó Piancó Piancó 1358700 PB 5.587,00 Piancó (37340000) 865,3 117,4 13,6
Jenipapeiro Rch. Catolé Piancó Olho d'água 100000 PB 472,00 Piancó (37340000) 715,0 104,4 14,6
Piranhas Piancó Piancó Ibiara 25696 PB 204,00 Piancó (37340000) 843,7 104,3 12,4
Poço Redondo Rch. Poço Redondo Piancó Santana de Mangueiras 62751 PB 333,00 Piancó (37340000) 690,7 73,7 10,7
Queimadas Rch. Santana Piancó Santana dos Garrotes 15625 PB 118,00 Piancó (37340000) 794,1 93,4 11,8
Saco Rch. Gravatá Piancó Nova Olinda 97488 PB 354,00 Piancó (37340000) 820,9 110,7 13,5
Santa Inês Quipaná Piancó Conceição 26115 PB 107,00 Piancó (37340000) 780,0 84,0 10,8
Timbaúba Rch. Branco Piancó Juru 15439 PB 83,00 Piancó (37340000) 774,0 113,4 14,7
Vazante Piancó Diamante 14637 PB 139,00 Piancó (37340000) 842,0 100,4 11,9
Algodões Rch. São Pedro Brígida Ouricurí 58482 PE 684,27 Jacaré (48460000) 683,5 43,9 6,4
Cachimbo Rch. Logradouro Brígida Parnamirim 32000 PE 580,70 Jacaré (48460000) 613,5 20,5 3,3
Caiçara Rch. Pau Ferrado Brígida Parnamirim 10500 PE 27,05 Jacaré (48460000) 578,9 40,5 7,0
Chapéu Brígida Brígida Parnamirim 188000 PE 2.999,54 Poço do Fumo (48430000) 658,2 58,3 8,9
Eng. Camacho Rch. Tamboril Brígida Ouricurí 27664 PE 569,14 Jacaré (48460000) 687,9 66,7 9,7
Entremontes Rch. Jacaré Brígida Parnamirim 339334 PE 2.251,02 Jacaré (48460000) 605,2 24,5 4,0
Lagoa do Barro Rch. São Pedro Brígida Araripina 13162 PE 1.457,68 Jacaré (48460000) 786,2 106,0 13,5
Lopes II Rch. Gravatá Brígida Bodocó 23935 PE 84,67 Poço do Fumo (48430000) 666,1 40,4 6,1
Custódia Rch. Quitimbu Moxotó Custódia 21623 PE 238,73 Flores (48830000) 754,5 69,5 9,2
Poço da Cruz Moxotó Moxotó Ibimirim 504000 PE 4.364,67 Ilha Grande (4888000) 556,5 27,6 5,0
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
A escolha de um determinado modelo estatístico é feita geralmente com base em análise da série
histórica disponível, sendo bastante importante a experiência do hidrólogo no processo da escolha.
Mesmo quando essa escolha é realizada acertadamente, o modelo escolhido pode ainda apresentar
fortes restrições de uso em função dos parâmetros que possui e os a serem estimados.
O modelo foi verificado para cada um dos reservatórios considerados, sendo baseado nos seguintes
parâmetros estatísticos: média, desvio padrão, coeficientes de assimetria, de correlação e de
autocorrelação. Os resultados encontram-se no já citado relatório e anexos; em todos os casos o
modelo reproduziu de forma adequada os parâmetros estatísticos pretendidos.
Os estudos dos Recursos Hídricos Subterrâneos estão consolidados no relatório "Mapeamento dos
Aqüíferos e Caracterização Hidrodinâmica" (Estudos de Inserção Regional). Tais estudos foram
realizados em nível regional, a partir de dados e informações existentes e coletados junto a todos os
órgãos pertinentes, federais, estaduais e companhias de perfuração. Em síntese, ele foi composto
dos seguintes segmentos:
♦ Avaliação da recarga difusa, ou recarga direta, entendida como aquela proveniente dos excessos
de água das precipitações que penetram nos aqüíferos através das zonas não saturadas;
♦ Quantificação da recarga fluvial dos aqüíferos, que, em outras palavras, significa a avaliação da
parcela das vazões, que escoando nas calhas fluviais, termina por se infiltrar e reabastecer o
lençol freático; do ponto de vista de disponibilidade de águas superficiais, transpostas ou não,
pode ser interpretada como as perdas por infiltração.
Do ponto de vista hidrogeológico, a maior parte da região está inserida na Subprovíncia
Hidrogeológica do Escudo Oriental Nordeste com exceção da faixa costeira, que é ocupada pela
subprovíncia Potiguar, pertencente à província costeira. A subprovíncia do Escudo Oriental
Nordeste corresponde à parte setentrional da Província Escudo Oriental, constituída de rochas
antigas, com porosidade de fissuras e caracterizada pelo domínio de um clima semi-árido. A
espessura do manto de cobertura indiferenciada (MCI) das rochas cristalinas (incluindo alúvios,
colúvios e elúvios) é geralmente inferior a 5m, culminando com uma produtividade de aqüífero, em
geral, muito fraca e com águas de alto grau de mineralização.
A potencialidade dos aqüíferos foi definida neste trabalho como a soma de duas parcelas:
A fim de permitir uma imediata consulta sobre as potencialidades hídricas subterrâneas identificadas
nos estudos elaborados, apresenta-se no Quadro 4.4, a seguir, uma síntese por cada aqüífero,
alocada por Estado e Bacia Hidrográfica.
Ressalte-se que o manuseio das vazões mostradas neste quadro deve ser feito com bastante critério,
visto que:
♦ os recursos renováveis foram estimados com base na recarga associada à pluviometria média e,
portanto, de muito elevado risco de falha; por sua vez, a recarga associada a níveis de garantia
de 99% é, a "grosso modo", cerca de apenas 1,5% daquela primeira;
♦ os recursos acumulados foram avaliados para o completo esgotamento dos aqüíferos, o que do
ponto de vista técnico-econômico é inviável, face aos elevados custos associados de perfuração,
equipagem, altura de bombeamento e adução d'água.
07
eano At
Oc l
ân
tico
Fortaleza
4º
06
Natal
6º
4 05
61
João Pessoa
8º Recife
Maceió
10º
51
5 03 04
N
52
Aracaju
42º 40º 38º 36º
1 3
FONTES - Brito Neves & Manoel Filho (1972) ; Brito Neves (1978); Manoel Filho (1996)
1
Brito Neves, B.B. & Manoel Filho, J. - Geologia e províncias hidrogeológicas da Bahia. In: CONG. BRAS. GEOL., 26. Belém, 1972. Anais ... Belém SBG. v. 2. p. 195-215.
QUADRO 4.3
Cruzeta Filitos
Seridó Micaxistos
Seridó
Equador Quartzitos
Jucurutu Gnaisses
FIGURA 4.5
48
44 Período Probabilidade Recarga
40 retorno % mm/ano
2 50 1,052
Número de observações
36 5 80 0,338
10 90 0,159
32 20 95 0,077
28 50 98 0,030
100 99 0,015
24
20
16
12
8
4
0
0 1 3 4 5 6 8 9 10 12 13
QUADRO 4.4
O estudo de secas constantes deste item compreende, basicamente, a análise dos resultados obtidos
da aplicação de modelos matemáticos de balanço hídrico, visando identificar e caracterizar os
períodos em que ocorreram secas.
Definir seca é a primeira dificuldade que se enfrenta quando se trabalha com o tema, dado que
inexiste uma definição universal para o fenômeno. Um exame da literatura sobre o tema mostra
que, na realidade, existem diferentes tipos de secas, cujos conceitos estão associados a diferentes
pontos de vista. Por exemplo, uma seca no abastecimento de água pode ser pensada como uma
deficiência da oferta, em relação às necessidades. Uma seca agrícola pode ser vista como uma
insuficiência na umidade do solo, impedindo ou reduzindo a produção agrícola. Da perspectiva
sócio-econômica, uma seca está relacionada ao campo das atividades humanas afetadas e aos
problemas sociais e econômicos gerados. Ademais, claro está que a ocorrência de uma seca
climatológica praticamente implica também na seca agrícola; a recíproca, contudo, pode não ser
verdadeira.
♦ o modelo de balanço de umidade do solo MUSAG, empregado para avaliar os déficits hídricos
associados às atividades agrícolas.
O procedimento consiste em calcular uma série de precipitações efetivas e déficits hídricos, a partir
da série de precipitações médias mensais de um dado posto pluviométrico, valendo-se de uma
espécie de "efeito memória" que permite identificar os meses de início e fim das secas e um índice
de severidade das mesmas.
O "efeito memória" que transporta, mês a mês, o efeito das chuvas precedentes sobre os déficits
hídricos atuais, é determinado pela subtração na precipitação do mês em estudo da precipitação
média mensal obtida para aquele mês, de forma a obter-se um déficit ou um excesso. O resultado
dessa subtração é multiplicado por um fator de contribuição obtido para o mês seguinte, sendo,
então, esse produto acrescido algebricamente à precipitação do mês em questão.
De forma global o método tem os seguintes passos de determinações: das precipitações efetivas; da
série de déficits hídricos mensais; do início da seca; término da seca; e , do Índice de Severidade
da Seca.
No estudo, a metodologia foi aplicada para todos os postos pluviométricos da região que dispunham
de mais de 25 anos de dados, de forma a avaliar a gravidade das secas.
Os resultados obtidos da distribuição temporal das secas para cada posto individualmente são
apresentados sob a forma de diagramas de barras, constando do relatório específico já citado.
Estes resultados mostraram todas as famosas grandes secas ocorridas no Nordeste, como as de 1915,
1919, 1931, 1932, 1942, 1951, 1953, 1958, 1966, 1968, 1970 e 1972. Também foi perceptível o
prolongado período seco que assolou o Nordeste entre 1978 e 1983, como também os anos com
grandes excedentes hídricos como 1974 e 1984.
Por outro lado, a análise dos diagramas permitiu verificar como os períodos secos são prolongados
no Nordeste setentrional, mesmo que não caracterizem, obrigatoriamente, a ocorrência de secas
contínuas. Na realidade, tais períodos abrangem tanto os anos secos como períodos anteriores e
posteriores, com disponibilidade hídrica deficitária.
Visando a comparação da severidade das secas entre postos, e não apenas em relação aos valores
médios do mesmo posto, foi feita uma adaptação no cálculo desse índice de forma que fossem
comparados os déficits mensais dos postos com os déficits médios mensais da região. Buscou-se
com isso, a visualização da distribuição espacial das severidades das secas. Os resultados obtidos,
sob a ótica da espacialização dos dados, são apresentados sob a forma de mapa contendo o
indicador regional de severidade das secas, apresentado na Figura 4.6. Os índices de maior valor
numérico representam as regiões onde o impacto ou a severidade de uma seca é mais intensa.
Os déficits hídricos em nível de parcela do solo dão indicadores do que se denomina de seca
agrícola. Trata-se de um padrão pluviométrico tal que, devido à sua variabilidade espacial e
temporal, reduz consideravelmente a produtividade das culturas não irrigadas ou, nos casos
extremos, as inviabiliza.
O modelo MUSAG de umidade do solo utiliza equações de balanço de massa com intervalo de
tempo diário, com as variáveis sendo avaliadas com base em funções de infiltração (I), percolação (P)
e evapotranspiração (EVT).
Com base neste modelo foi possível obter séries de umidade do solo disponíveis para cada dia do
ano em cada local onde se dispunha de séries de precipitação diária, e indicadores que permitiram
avaliar os parâmetros do modelo como mapas de solos e mapas geológicos e geomorfológicos.
De posse de uma representação precisa da disponibilidade real de umidade no solo, a nível diário,
foi possível cotejar a mesma com curva de demanda de diferentes culturas. Neste caso foi utilizada
uma curva de demanda com ciclo cultural de 90 dias, semelhante às demandas das culturas de
milho.
A avaliação dos déficits nas demandas das culturas permite, numa primeira instância, identificar o dia
mais apropriado para plantio e, dispondo desta informação, pode-se obter uma série de déficits
hídricos anuais que são posteriormente estudados estatisticamente para avaliar a freqüência e
magnitude dos mesmos. Na Figura 4.7 é apresentada a distribuição da freqüência da ocorrência de
déficits médios para cultura com ciclo vegetativo de 90 dias. Através da mesma se tem uma idéia da
problemática da severidade das secas na região.
2861786
22
2872207
11
Fortaleza
2872496
22
2872594
17
2872766
17 2873824
23
2872978
22
2882035
16 2882076
13 2882188
14
eano Atl
2882268
2882331 13 2883256
Oc
14 18
2882339
2882415 14 2882458
17 14
ân
CEARÁ
2882601
8 2882648 2883605
2883679
tico
11 9 20
2882626
2880871 9
11 2881895 2882862
17 12 2883836
9
2890078
8 2892012
2892111 8
2893031
9 Aracati
2891168
BACIAS METROPOLITANAS
6
8 2894148
17
2892307
2890378 7
5
2890415
5 2894413
2892527 2892531 9
8 10
2891677
5 2892605
7 2893669 2894643
9
Russas 10
2891876
Quixadá
14 2895974
2891988 2892918 9
8 2892939
2891969 10 2891999 7
8
3801036
5
7
Morada Nova
3800176
11
3801196
7 3803224
Macau
3800256
6 3801367
6 3802328 3802368
8
3803381
5
Mossoró 3806275
7
3800346 8 8
7 3801441 3801494 3805431
8 6 8
3802505 3806557
7 3802583 3803513 3803549 4
11 11 7
3802616
3709736
3801737
3
8
Carnaubais
6
3800806
5 3800957
11 BACIA DO JAGUARIBE 3804998
12
3805957
4
3817001
5 3817025
3810019
6
3811129
3811168 3814163
Açu 3816123
3
3811119 7
5 6 7 7
3719218
6 Apodí 3814342
Upanema 3815249 3816382 3818301
3810339 3811366 3812309 8 7 5 7
10 7 10 3817451
3810574
7 3813532
8
BACIA DO RIO APODI
3814519 3814589 3815583 3816617 3816583
4
12 7 9 11 9
3811615
3718666
8
3719731
4
6 3814606
8 3815732
3815737
BACIA DO RIO
RIO GRANDE DO NORTE
3812779 6 3817745
7 3
3810896
6
3811816
8
3811848
8 3812917
7
7
3812937
10
3813889
8 PIRANHAS/AÇU 3816972 3817988
6 3
3729002
7
3729018
6 3820026
9
3822029
7 3823107
14
Pau Dos Ferros 3825124
12
3825099
12 3827131
3824119 8
3821207 16 3824274
7 3823258 3824238 10 3826238
3729304 8 8 7
7 3821385
3820369 3824396
3728459
3820421
7
6
6
3823402
9
8 3826465 Currais Novos 3827353
6
3827499
7 3820567 6
8 3822518 3824542 3826598 3
8 3823569 5
3821618
Iguatu
10 11
Catolé Do Rocha 3826604
4
3729676
5
7
Icó 3824751
8
3825701
8 3825789
3729802 3822808 3822832 3823822 3823898 9 3826884
3826845
7 3821873
7 3821978
9 6 11 10
3825981
Caicó 4
6
10
3830023 3831006 3832089
10
Jardim do Seridó 3837028
3
3838055
5 12 10 3837101 4
3836146 4
3739279 3831239
3831287
11 6 Parelhas
6 13 3832361
3831398 3835322
PARAÍBA
8 7 3836369
3833413
Sousa Pombal
10
3835462
13
3836411
8 3836449
6
3837488
2
3831587 3832507 9 3833554 10 3837507
8 9 11 3834538 4
3831543 9
10
3830728
3830669
7 Cajazeiras 3833639
10
BACIA DO RIO 3836715
3838675
7 3839704 3839679
15
9 3832789 7 12
3834894
PIRANHAS
3830888 12 3833835 9
3739931
4 3739935
12 3832809
10 3833908
10
Patos 3836957
4 14
3843042 3844008
Coremas 3845045
3
3837953
2
3838962
9
3849006
3841046 11 12 4
17 8 3848174
3749125 3842185 3847128 3847188 3848145
3843166 3
5 3749297
6
3841297
10
3842254
6
10
3843202 13
3844279 3845236
3846231
5
3 0 15
3849254
Sapé João Pessoa
3840356 Juazeiro do Norte
11
3844313
Piancó 14 9 6 3849384
13
3940206
11
3940225
21
11 3841437 12 3846434
3749475 3841425 8 3845448 6 3848428
7 12 3841571 9 3
Milagres
3843537 3845514
3841638
11
3842612 3842698
9
3843667
13 3845583
4
3847555
2 Campina Grande 3848579
1
3849545
4
14
BACIA DO RIO PARAÍBA
10 9 12 3849636
3843727
10 3
3845703
8 3846894
Brejo Santo 3843992 3845945
3
3940819
18
3842906 12 6
3758187
3759083
3851075
9
10
3852197
3854072
7
3857044
1 Boqueirão 3858006
11 1
7 11
3759636
6
3853679
13 3854704 Monteiro LEGENDA
3759789
5
Ouricuri 3851839
3852745
13
8
3855779
4
6
Sertânia 3866128
3768286
3860189
5
3861178
6
Salgueiro BACIA DO RIO PAJEÚ 3864271
5 Custódia 38651495 5
5 ISS 8
8
3861425
7
BACIA DO RIO ISS 5 (menos crítico)
3769552
4 3862614
5
3863506
6
3863596
4 MOXOTÓ 3865632
3
BACIA
3860726
5 3864776
4
GI-5 Cabrobó
3865889
PERNAMBUCO
5 2
Floresta 3873063
6 Ibimirim
3871037
3779256
5 3872284
6
3875268
9999999 Posto (ISS Médio)
6 8
Média
Rio São Francisco 3872508 BACIA GI-3 3874495
3 Divisão das Bacias Hidrográficas
6
3873708
3 Petrolândia 3874834
Limite Estadual
2
Sede Municipal
3883142
3 3883271
5
BAHIA
Fortaleza
eano At
Oc l
ân
CEARÁ
tico
BACIAS METROPOLITANAS Aracati
Russas
Quixadá
Macau
Morada Nova
Mossoró
Açu
Apodí Upanema
Sumé
Bodocó Afogados da Ingazeira
LEGENDA
Ouricuri Monteiro
BACIA DO RIO
TERRA NOVA
Serra Talhada Freq 75% (mais crítico)
Parnamirim Sertânia
Salgueiro BACIA DO RIO PAJEÚ Custódia 50% Freq 75%
25% Freq 50%
BACIA DO RIO 0% Freq 25% (menos crítico)
BACIA MOXOTÓ
GI-5 Cabrobó
Ibimirim
PERNAMBUCO
Floresta
Divisão das Bacias Hidrográficas
Rio São Francisco BACIA GI-3 Limite Estadual
Petrolândia Sede Municipal
BAHIA
Figura 4.7 FREQÜÊNCIA DE DÉFICITS MÉDIOS PARA CULTURA COM CICLO VEGETATIVO DE 90 DIAS
♦ as culturas com ciclos iguais ou superiores a 90 dias não apresentam um nível de viabilidade
adequado, mesmo nos locais menos vulneráveis às secas, como o litoral cearense e a região do
Cariri.
Para a definição de uma política de operação dos açudes da Região, importa conhecer suas
dimensões absolutas, mas, e principalmente, a relação existente entre capacidades, a vazão anual
média afluente e variabilidade da vazão média anual; nesta perspectiva, eles podem ser classificados
como anuais, subanuais e interanuais.
São os açudes interanuais, fundamentais para a oferta hídrica estratégica da região, que foram
associados ao Projeto de Transposição como mananciais compensadores e, também, os responsáveis
pelo importante efeito sinérgico da adução de vazões transpostas. Tais açudes armazenam a maior
parte das águas das bacias receptoras e estão situados em posição geográfica central em relação às
áreas sedimentares de maior capacidade agrícola.
Não obstante, aquilo que pode ser identificado como “superdimensionamento”, na realidade é uma
estratégia de engenharia, balizada por longos anos de experiência e forte embasamento técnico-
científico que encontrou, no estabelecimento de reservatórios de tipo interanual, uma alternativa
para mitigar as dificuldades de atendimento às demandas com base em afluências caracterizadas
pela intermitência e pela forte variabilidade interanual. Apenas em alguns casos há, efetivamente,
açudes superdimensionados em relação à bacia hidrográfica que os suprem.
A Figura 4.8 mostra as bacias hidrográficas beneficiadas com a localização dos reservatórios que
integram o sistema de transposição. Nesta mesma Figura, são indicados os demais reservatórios
existentes nas bacias.
Todos os açudes aqui identificados foram estudados através de modelos híbridos de simulação e
somente os principais reservatórios receptores das vazões transpostas foram analisados através de
modelo de otimização, pois é onde será possível obter efeito sinérgico importante. Todos os dados
utilizados, incluindo as séries de vazões e os dados morfométricos dos reservatórios, evaporação e
precipitações médias mensais nos respectivos espelhos d'água dos reservatórios estudados
encontram-se no relatório de Operação Integrada dos Açudes (Estudo de Inserção Regional).
Princípios Metodológicos
ân
54 Lagoa do Arroz
tico
2 4
55 Engenheiro Ávidos
6 56 Coremas - Mãe d´Água
5 57 Frutuoso
8 Bacia Jaguaribe (CE)
7 58 Jenipapeiro
9 Pedra Branca 59 Canoas
10 Banabuiu 60 Bom Jesus
11 Quixabinha 61 Timbaúba
12 Riacho dos Carneiros 62 Queimadas
13 Prazeres 63 Saco
14 Castanhão 64 Cachoeira dos Alves
9
15 Riacho do Sangue 65 Bruscas
i
od
16 Joaquim Távora 66 Vazante
Ap
67 Poço Redondo
o
17 Lima Campos
Ri
10
18 Orós 68 Catolé
19 Trussu 69 Piranhas
14 20 Poço da Pedra 70 Santa Inês
22 29
21 36
21 Favelas
Bacia Paraíba (PB)
e
37 22 Várzea do Boi
uarib
23 16 27
31 30 23 Trici
Jag
33 25 çu 24 Atalho 71 Acauã
18 28
A
27
Rio
s-
45 72 Epitácio Pessoa
a
40
nh
46 73 Soledade
ra
19 34
Pi
49 47
17 35 32 38 39 Bacia Apodi (RN) 74 Serra Branca II
48 Ri o
43 75 Taperoá II
Rio algado
41
53 Pe
ixe 44 25 Tourão 76 Sumé
do 42
R io 26 Brejo 77 Cordeiro
S
54 51
27 Lucrécia 78 Sto. Antonio
20 50
55 56 28 Bonito II 79 Camalaú
12 57
52 aíba 29 Santa Cruz 80 Poções
Par
13 64 58 73 Rio 30 Rodeador
66 60 75 31 Riacho da Cruz II
62
71
Bacia Moxotó (PE)
69 72 32 Marcelino Vieira
63 59 61 74
Ri 65 33 Pau dos Ferros 81 Custódia
ac
ho 24 70 67 76 34 Flecha 82 Poço da Cruz
Brí 11
gid 68 35 Angicos
a 79
85 80
87 83 77
89 84
88 81 Bacia Piranhas-Açu (RN) Bacia Brígida (PE)
86 78
36 Armando Ribeiro Gonçalves 83 Chapéu
Ri 37 Riacho da Pedra 84 Cachimbo
oS 82
90 ão F 38 Cruzeta 85 Lopes II
rancisco
39 Marechal Dutra 86 Entremontes
ó
Os resultados destes últimos modelos representam máximos atingíveis sob a hipótese de “futuro
conhecido”, isto é, supõem que o operador do reservatório tem recursos para prever as futuras
afluências ao reservatório. Não obstante, esta hipótese ser impossível de materializar-se na prática, os
resultados obtidos contribuíram de forma substancial para orientar o trabalho dos modelos híbridos
de simulação utilizados no estudo, principalmente no comportamento de variáveis exógenas como a
vazão transposta e as variáveis de decisão a esta associada.
Neste contexto foram avaliados os comportamentos de duas funções-objetivo que traduzem, sob o
ponto de vista hidrológico, os objetivos desejados no aproveitamento dos recursos hídricos de bacias
beneficiadas pela Transposição:
♦ maximinar a oferta hídrica proveniente da infra-estrutura hídrica local, com o mínimo tempo de
acionamento do sistema de bombeamento da transposição;
♦ minimizar as perdas por evaporação e vertimento nos reservatórios locais, fazendo uso de
vazões transpostas complementares, de modo a obter o melhor rendimento possível nos
mesmos.
Com o objetivo de permitir uma melhor compreensão dos resultados mostrados no presente
documento, se faz a seguir uma sucinta apresentação de princípios básicos da referida metodologia.
a) Modelo de Simulação
ser retirada. A introdução deste conceito na regra de operação significa que, ao se atingir o nível
d’água correspondente a tal volume de alerta, a vazão a ser retirada é reduzida para um valor
pré-estudado, capaz de não permitir o esvaziamento total do reservatório para um período
também pré-definido.
Nos estudos efetuados escolheu-se como critérios para a determinação do volume de alerta,
que os reservatórios devem fornecer metade da vazão regularizada, para as garantias de 90%,
95% e 99%, durante os períodos de escassez, isto é, respectivamente, em 10%, 5% e 1% do
período total.
Em síntese, se pode ter três alternativas de operação para o reservatório, como também
mostrado esquematicamente na Figura 4.9:
♦ situação de operação plena: o nível d’água do reservatório receptor está abaixo do Alerta
de Bombeamento e acima do Nível de Alerta – a vazão liberada é a normal (Qr) e ocorre
transposição de água (Qsf) a partir do Rio São Francisco;
b) Os Modelos de Otimização
Foram utilizados os modelos de otimização em que se obteve um apurado conhecimento dos
sistemas de reservatórios em estudo, sob as mais diferentes condições de operação.
V >Va>Vmin Va >V>Vmin
Volume Disponível está acima do Volume de Alerta Volume Disponível está abaixo do Volume de Alerta, mas
consegue atender a demanda de emergência (%Qr)
Vmax Vmax
V
Va
Va
Q=Q r V Q=% Q r
Vmin Vmin
Va>Vmin>V Va >V>Vmin
Volume Disponível está abaixo do Volume de Alerta,
Volume Disponível está abaixo do Volume Mínimo
acima do Volume Mínimo, mas não consegue atender a
demanda de emergência
Vmax Vmax
Va
Va
Q=0 V
Q=C < % Qr
Vmin Vmin
V
Figura 4.9
ESQUEMA DA OPERAÇÃO CONSIDERANDO VOLUME DE ALERTA E TRANSPOSIÇÃO
♦ em condições normais, isto é sem Transposição (ou sem aporte de qualquer outra vazão
exógena), os reservatórios da região têm de manter um elevado grau de acumulação, a fim de
tentar mitigar os já intensamente abordados efeitos da marcante irregularidade do regime
hidroclimatológico local, ou seja procurar manter reservas para o caso de ocorrência nos
períodos subseqüentes de longos períodos secos, sem escoamentos, que podem durar anos;
♦ claro está que tal reservação acarretará o incremento de duas perdas hídricas: por evaporação,
face à manutenção de um maior espelho d’água, e por vertimento, caso as chuvas que ocorram
no período seguinte (e que não podem ser confiavelmente previstas) provoquem escoamentos
de cheias;
♦ a vazão final tornada disponível pelo reservatório, com a mesma garantia, será maior que a
simples soma da vazão transposta com aquela originalmente regularizada (sem transposição):
este ganho convencionou-se denominar de Sinergia Hídrica.
Com o objetivo de melhor explicitar a interdependência entre as variáveis envolvidas no sistema
analisado (vazão regularizada, vazão transposta, tempo de bombeamento, volumes de alerta e alerta
de bombeamento) fez-se necessária a introdução de indicadores que exprimissem mais claramente
os efeitos da Transposição de águas sobre os reservatórios, identificando-os e quantificando as vazões
garantidas finais obtidas em cada reservatório.
♦ Sinergia Hídrica: acréscimo de vazão regularizada pelo reservatório que ultrapassa a soma da
vazão sem Transposição com aquela efetivamente transposta. A Sinergia foi expressa como:
Sinergia S = Qr, ct - (Qr, st + Qsf *tb / ts)
Nestas expressões tem-se: Qr,ct - vazão ponderada contínua obtida a partir da vazão regularizada
pelo reservatório para um determinado bombeamento; Qr,st - vazão ponderada contínua obtida a
partir da vazão regularizada pelo reservatório sem bombeamentos; e Qsf * tb / ts - vazão efetivamente
transposta, transformada em equivalente contínua.
Estes indicadores foram aplicados tanto para cada reservatório quanto para o sistema global,
descrevendo de forma direta os ganhos obtidos mediante a injeção de vazões em reservatórios
interanuais do semi-árido.
♦ As Vazões Regularizadas
O Quadro 4.5 mostra as vazões regularizadas para todos os açudes estudados. Pode-se
constatar, claramente, uma das principais características da disponibilidade hídrica local que é a
sua sensível diminuição quando os reservatórios são operados com garantias de atendimento
elevadas (95 – 99%). Neste Quadro são destacados os açudes que integram o Sistema de
Transposição.
QUADRO 4.5
cont.
QUADRO 4.5
continuação
Capacidade
Açude Bacia Área (km²) QR 90% QR 95% QR 99%
(106 m³)
Soledade Taperoá 27,1 281,4 0,150 0,130 0,112
Epitácio Pessoa Paraíba 535,7 7.904,2 3,480 3,180 2,900
Acauã Paraíba 250,0 3.671,7 2,500 2,170 1,860
Lagoa do Arroz Peixe 80,2 285,3 0,560 0,510 0,460
Pilões Peixe 13,0 384,9 0,030 0,030 -
Bartolomeu I Piranhas 17,6 19,2 0,040 0,030 0,020
Eng. Ávido - Piranhas Piranhas 255,0 890,6 1,960 1,760 1,600
São Gonçalo Piranhas 44,6 310,1 0,520 0,500 0,430
Carneiro Piranhas 31,3 153,5 0,200 0,180 0,170
Eng. Arco Verde Piranhas 30,6 137,9 0,150 0,130 0,600
Escondido Piranhas 16,3 223,5 0,150 0,120 0,060
Riacho dos Cavalos Piranhas 17,7 164,4 0,020 - -
Sta. Rosa Piranhas 16,6 273,1 0,020 0,010 -
Tapera Piranhas 26,4 135,3 0,110 0,070 0,027
Bom Jesus Piancó 14,6 89,0 0,070 0,060 0,055
Bruscas Piancó 38,2 251,0 0,400 0,370 0,320
Cachoeira dos Alves Piancó 10,6 99,0 0,110 0,100 0,080
Cachoeiras dos Cegos Piancó 71,9 223,0 0,350 0,340 0,226
Canoas Piancó 45,6 260,0 0,460 0,430 0,400
Catolé Piancó 10,5 136,0 0,120 0,110 0,106
Curemas-Mãe D'Água Piancó 1358,7 5.587,0 10,530 9,600 8,500
Jenipapeiro Piancó 100,0 472,0 0,730 0,690 0,638
Piranhas Piancó 25,7 207,7 0,260 0,240 0,214
Poço Redondo Piancó 62,8 333,0 0,340 0,290 0,224
Queimadas Piancó 15,6 118,0 0,090 0,070 0,068
Saco Piancó 97,5 354,0 0,770 0,730 0,680
Santa Inês Piancó 26,1 107,0 0,140 0,120 0,115
Timbaúba Piancó 15,4 83,0 0,110 0,100 0,096
Vazante Piancó 14,6 139,0 0,150 0,130 0,115
Algodões Brígida 58,5 684,3 1,010 0,950 0,800
Cachimbo Brígida 32,0 580,7 0,080 0,050 0,020
Caiçara Brígida 10,5 27,1 0,010 0,010 -
Chapéu Brígida 188,0 2.999,5 1,520 1,360 1,190
Eng. Camacho Brígida 27,7 569,1 0,220 0,170 0,100
Entremontes Brígida 339,3 2.251,0 1,720 1,500 1,280
Lagoa do Barro Brígida 13,2 1.457,7 0,360 0,350 0,290
Lopes II Brígida 23,9 84,7 0,020 0,010 -
Custódia Moxotó 21,6 238,7 0,160 0,150 0,140
Poço da Cruz Moxotó 504,0 4.364,7 1,740 1,550 1,350
(1) O principal objetivo deste estudo de reservatórios (> 10hm³) foi o de avaliar as séries de vazões efluentes dos açudes receptores/estratégicos. Desta
forma ele compreende todos os reservatórios a montante dos citados açudes receptores e/ou estratégicos, e que, portanto, influem sobre os
escoamentos afluentes. É importante ressaltar, entretanto, que a tais reservatórios de montante sempre estão associadas demandas locais (muitos
deles, inclusive, a pequenos e médios projetos de irrigação) que consomem integralmente (junto também com as perdas em trânsito) as vazões
regularizadas, quase sempre de pequeno porte. Nesta perspectiva, para os açudes receptores/estratégicos suas contribuições restringem-se aos
volumes sangrados. Isto posto, não se deve simplesmente somar as vazões deste quadro para determinar as disponibilidades hídricas efetivas que irão
compor o balanço hídrico.
(2) Os reservatórios integrantes do abastecimento da RMF foram também simulados para 99,9%, resultando nos seguintes valores: Aç. Aracoiaba (não-
construído) 1,131 m³/s, Aç. Gavião 0,366 m³/s, Aç. Pacajus (com Aç. Castro e sem Aracoiaba a montante) 1,989 m³/s, Aç. Pacajus (com Aç. Castro e
Aracoiaba a montante) 1,705 m³/s, Aç. Pacoti-Riachão 3,874 m³/s, Aç. Sítios Novos 0,970 m³/s
Nota: Açudes que integram o Sistema de Transposição.
QUADRO 4.6
Este comportamento das funções de sinergia (monótona crescente quando se trata de ganhos
sinergéticos absolutos e, monótona decrescentes quando se trata de ganhos sinergéticos marginais ou
adimensionais) requer que a decisão sobre a adoção da vazão a ser transposta seja apoiada por
algum outro critério; na ótica do próprio Projeto de maximizar os recursos locais, um critério
bastante adequado seria a minimização das perdas nos reservatórios.
Isto se fundamenta no fato de que como todo reservatório possui uma capacidade limitada, da
perspectiva do seu uso ótimo deveria existir um conjunto de variáveis de decisão que configurassem
uma situação na qual as perdas por vertimento e evaporação atingiram um mínimo, e este valor
representaria as condições de operação para as quais seriam melhor aproveitados os recursos
hídricos locais.
Este ponto de mínimo pode ser determinado para cada valor diferente de vazão nominal transposta,
tendo como variável de decisão o tempo de bombeamento ou o alerta de bombeamento.
Nos itens precedentes foram explicitados os procedimento estabelecidos para simular a operação do
sistema de açudes das bacias beneficiadas considerando os efeitos da transposição de águas do Rio
São Francisco na otimização desta operação.
No Quadro 4.7 se apresenta uma síntese da oferta hídrica das bacias beneficiadas, sem o efeito da
transposição. Os valores indicados são valores brutos sem considerar perdas (físicas, difusas e de
gestão) com exceção do Sistema RMF (Região Metropolitana de Fortaleza) cujo valor é líquido.
De outra forma. o Sistema Banabuiu atende quase integralmente as demandas de sua bacia, isto
eqüivale dizer que o balanço hídrico desta bacia é praticamente igual a zero.
Do exposto se pode concluir que a oferta hídrica disponível nas bacias receptoras é
aproximadamente de 64 m3/s, excluindo-se as disponibilidades do Banabuiu pelas razões aqui
apresentadas.
QUADRO 4.7
R e lató rio S í n t e s e
C O N S Ó R C IO ENGECORPS - HARZA -4-35-
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
O cenário tendencial é aquele em que se supõe que, no prazo considerado , não ocorrerão
mudanças substanciais nos padrões históricos tanto do crescimento das demandas como da
eficiência na utilização dos recursos hídricos; o cenário alternativo pressupõe alterações significativas
dos padrões, sejam nas políticas de desenvolvimento acelerado dos meios de produção, nas
incorporações tecnológicas, nos aperfeiçoamentos institucionais e na gestão dos recursos hídricos.
♦ concepção e quantificação dos cenários para as demandas dos usos difusos , abrangendo o
consumo humano rural, piscicultura, irrigação difusa, próxima aos cursos perenizados e
dessedentação de animais;
Nesta perspectiva, é possível que algumas metas possam, em princípio, afigurar-se como otimistas,
visto que não só existem claras diferenças de prioridades entre os programas governamentais dos
Estados, como inquestionável diversidade de vocação de desenvolvimento entre as regiões
beneficiadas diretamente pelo Projeto.
Critérios de Formulação
a) Evolução Institucional
O desenvolvimento institucional admitido baseia-se na redução do índice de perdas atuais,
propondo-se atingir, gradualmente, um patamar de 25% até o ano de 2010, a partir de um programa
QUADRO 4.8
pop ≤ 5.000 95 145 136 127 168 146 127 163 136 127 190 146 127
5.000 < pop ≤ 103 158 147 137 182 158 137 177 147 137 206 158 137
20.000
20.000 < pop ≤ 112 172 160 150 198 172 150 192 160 150 224 172 150
100.000
pop ≥ 100.000 150 230 214 200 265 231 200 258 214 200 300 231 200
Obs.: As % apresentadas mostram a evolução proposta para a redução do índice de perdas, para cada Estado, respectivamente para os
anos de 1998 (índice atual diagnosticado), 2005 (meta intermediária) e 2010 (meta final).
b) Evolução Populacional
Buscou-se o uso de uma metodologia que aliasse, às técnicas tradicionais, avaliações extras de
impactos de políticas de desenvolvimento programadas para os Estados beneficiários da
Transposição.
♦ os municípios de Fortaleza, João Pessoa, Campina Grande e Mossoró que, por serem as
áreas de maior concentração das atividades econômicas das bacias receptoras, apresentam
comportamentos diferenciados dos demais, sofrendo, também, em períodos de longa
estiagem, sérios efeitos do êxodo rural;
b2) Projeção da População dos Municípios de Fortaleza, João Pessoa, Campina Grande e
Mossoró
Para as demais cidades adotou-se, após comparação entre diversos métodos, o da curva
exponencial face ao melhor ajustamento; o Quadro 4.9 mostra os resultados obtidos.
QUADRO 4.9
Horizonte
Município 2000 2010 2025
Pop ((hab)
hab) Tx. Veg Pop ((hab)
hab) Tx. Veg Pop ((hab)
hab) Tx. Veg
Fortaleza 2.620.015 3,19% 3.424.979 2,72% 4.390.531 1,67%
João Pessoa 606.658 2,36% 745.963 1,89% 952.341 1,46%
Campina Grande 353.798 1,77% 415.145 1,49% 506.028 1,20%
Mossoró 211.373 2,15% 255.564 1,75% 321.031 1,37%
b3) Projeção da População dos Municípios de Caucaia (Praia Oeste) e São Gonçalo do
Amarante, no Ceará
Os municípios de Caucaia (Praias Oeste) e São Gonçalo do Amarante no Estado do Ceará vêm
sendo beneficiados por projetos de infra-estrutura de grande porte, tendo-se utilizado o seguinte
método misto de projeção populacional: para as áreas urbanas dos dois municípios diretamente
beneficiadas (Iparana, Pacheco, Icaraí, Tabuba, e Cumbuco em Caucaia e Pecém e Taíba em
São Gonçalo do Amarante), fez-se a projeção através da avaliação de cenários qüinqüenais de
população, supondo-se a saturação da região, com densidade demográfica de 80 hab/ha, em 20
anos; para as demais áreas urbanas, fez-se a projeção pelos métodos tradicionais. Os resultados
finais, após análises comparativas, encontram-se no Quadro 4.10.
QUADRO 4.10
Horizonte
Município 2000 2010 2025
2 2
Pop ((hab)
hab) Taxa Veg Pop ((hab)
hab) Taxa Veg hab) Taxa Veg2
Pop ((hab)
Município de Caucaia (Praias Oeste - o restante da população está incluído nos dados de Fortaleza)
53.780 10,37% 131.550 9,36% 163.000 1,44%
1
Município de São Gonçalo do Amarante
23.413 7,51% 52.449 8,40% 74.664 2,38%
1 Município pertencente parcialmente às Bacias Metropolitanas; 2 Para a população total, taxa média constante de crescimento geométrico para o período de cálculo.
A expansão do parque Industrial do Ceará é uma das principais ações do Governo do Estado, o
que gera crescimento mais marcante da população localizada próxima dos Distritos Industriais
(D.I.s), como é o caso das cidades acima listadas. Para elas empregou-se um método que alia, às
técnicas tradicionais, cenários de crescimento populacional em função do número de novos
empregos gerados nos D.I.s.
O Quadro 4.11 apresenta os resultados finais obtidos pala aplicação deste método misto.
QUADRO 4.11
Horizonte
Município 2000 2010 2025
2 2
População Taxa Veg População Taxa Veg População Taxa Veg2
b5) Prognósticos de População para os Demais Municípios da Área de Influência das Bacias
Beneficiadas
Por conseguinte, a projeção da população foi elaborada a partir da seguinte metodologia: para a
população urbana, os ajustes dos métodos logístico e da taxa de incremento decrescente foram
comparados, escolhendo-se como resultado o mais representativo do crescimento de cada
município; quando não foi possível obter bons ajustes para estes métodos, avaliaram-se todos os
demais escolhendo-se o melhor entre eles.
c) Evolução Industrial
A análise foi desenvolvida, preliminarmente, de uma maneira individual para cada Estado,
posteriormente consolidada para os quatro Estados.
No caso específico do Ceará, o enfoque dividiu-se em três partes: um primeiro, tendo em vista
a dimensão do Complexo Industrial-Portuário do Pecém; um segundo relativo às demandas dos
Distritos Industriais e, finalmente, as demandas das demais indústrias difusas nos outros
municípios. Na Paraíba, a atenção foi centrada nos pólos industriais da Região Metropolitana
de João Pessoa e do município de Campina Grande; para o Rio Grande do Norte, os principais
focos industriais concentraram-se nos municípios de Mossoró, que já possui uma razoável
presença industrial e onde será implantado um CIA – Centro Industrial Avançado, cuja área
ocupará 130 ha, e em Macau, que receberá o pólo Gás-Sal, um projeto que visa o
aproveitamento racional e integrado de um conjunto de recursos minerais disponíveis em
abundância na região, tais como petróleo, gás natural, sal marinho, águas mães, calcário e sílica.
O Governo do Estado do Pernambuco não apresentou planos de atração industrial de maior
porte para a região do Sertão.
População
Estado Sub-Bacia Hidrográfica Microrregião Homogênea
2010 2025
Bacia Rio Salgado Barro, Brejo Santo, Cariri, Caririaçu, Iguatu, Lavras da Mangabeira, Várzea Alegre 525.092 581.371
Bacia Alto Jaguaribe Iguatu, Sertão de Senador Pompeu, Cariri, Caririaçu,Várzea Alegre 111.348 120.121
Bacia Médio Jaguaribe Baixo Jaguaribe, Iguatu, Médio Jaguaribe, Serra do Pereiro, Sertão de Senador Pompeu 66.915 77.748
CEARÁ Bacia Rio Banabuiú Baixo Jaguaribe, Sertão de Quixeramobim 86.555 97.467
Bacia Baixo Jaguaribe Baixo Jaguaribe, Litoral de Aracati 174.417 198.011
Total da Bacia do Rio Jaguaribe 964.327 1.074.718
Total da Bacia Metropolitana Baixo Curu, Fortaleza, Baturité, Cascavel, Chorozinho, Pacajus, Baixo Jaguaribe 4.101.583 5.239.237
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DO CEARÁ 5.065.910 6.313.955
Bacia Alto Piranhas Itaporanga, Piancó, Serra do Teixeira, Sousa, Cajazeiras 299.102 329.334
Bacia Médio Piranhas Catolé do Rocha, Sousa, Patos 165.922 179.615
Subtotal da Bacia do Rio Piranhas 465.024 508.949
PARAÍBA Bacia Alto Paraíba Cariri Ocidental Paraibano, Cariri Ocidental Paraibano 51.855 60.838
Bacia Médio Paraíba Campina Grande, Cariri Oriental Paraibano, Curimataú Ocidental, Itabaiana, Umbuzeiro 525.046 682.277
Bacia do Baixo Paraíba Itabaiana, João Pessoa, Sapé 1.092.697 1.378.875
-4-41-
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Por se tratar da base da política de desenvolvimento do Ceará, pelo menos dos últimos quatro
governos, o setor industrial apresenta neste caso acentuadas perspectivas de crescimento,
mesmo que com taxas anuais inferiores àquela observada de 6,31% no período 1990/99. Nesta
ótica, deve-se também esperar um compatível incremento das demandas hídricas associadas,
ainda mais por tais atividades se restringirem quase integralmente às bacias beneficiadas pela
Transposição.
Os resultados são apresentados no Quadro 4.13. Para a composição destas demandas avaliou-
se o comportamento individual de cada tipo de indústria, considerando-se a implantação em
etapas, cenários qüinqüenais e um patamar máximo de demanda em 2025.
Para o cálculo da demanda nos Distritos Industriais foram admitidas as seguintes premissas
básicas:
♦ valor específico médio da demanda, verificado nos Distritos Industriais existentes, perfaz
um consumo de aproximadamente 0,5 l/s x ha, sendo, portanto, estabelecido este valor nas
estimativas;
Tomaram-se por base os coeficientes de demanda (m3/operário x dia) para o cálculo das
demandas no cenário atual. Fizeram-se, então, as projeções até 2001 e 2025 de acordo com o
comportamento médio do crescimento da população urbana, utilizando-se como taxa aquela
proposta para o município correspondente. Vale ressaltar que, na ausência de estudos e/ou
planejamentos futuros mais sofisticados por parte dos governos estaduais, este método de
projeção, absolutamente usual em estudos similares, se justifica pela relativa correspondência
existente entre a urbanização e o nível de atividade industrial das cidades. Para evitar
superestimativas, tendo em vista que alguns municípios das Bacias Metropolitanas possuem
Distritos Industriais, comparou-se os resultados obtidos no presente item com os dos D.I.s.,
adotando-se para cada município o maior deles como valor final da demanda industrial.
QUADRO 4.13
QUADRO 4.14
Aquelas demandas calculadas relativas às novas industriais foram adicionadas às difusas, para
cada município.
A previsão de empregos diretos, até o ano 2000, gerados pelos empreendimentos do Pólo é de
1.614 postos de trabalho, de acordo com o nível de especialização exigido pelas unidades
produtivas. Tomando-se o coeficiente de demanda relativo à indústria química, representado
pelo consumo de 9,80 m3/operário-dia, ter-se-á uma demanda total, no ano 2000, de
15.817,20 m3/dia, ou 183,07 l/s.
Tendo em vista que não existe nenhum planejamento de desenvolvimento industrial mais
concentrado na região pernambucana inserida neste estudo, a avaliação da demanda industrial
restringiu-se a uma composição global dos consumos difusos em todos os municípios das bacias
beneficiadasdeste Estado, segundo a mesma metodologia adotada anteriormente para os três
outros Estados.
♦ adoção dos consumos per capita líquidos estudados na Análise Prospectiva do Abastecimento
de Água, das projeções populacionais agora estimadas, e das demandas industriais definidas no
item anterior;
Baixo Paraíba Itabaiana, João Pessoa, Sapé 25,00% 95,00% 2.251,06 1.601,72 3.852,78 2.926,08 2.004,29 4.930,37
Total da Bacia do Rio Paraíba 25,00% 95,00% 3.413,75 2.328,16 5.741,91 4.444,42 2.970,71 7.415,13
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DA PARAÍBA 4.148,57 2.548,19 6.696,76 5.256,04 3.202,33 8.458,37
Alto Apodi Serra de São Miguel, Pau dos Ferros 25,00% 95,00% 147,04 8,85 155,89 159,19 9,22 168,41
Médio / Baixo Apodi Umarizal, Médio Oeste, Chapada do Apodi, Mossoró 25,00% 95,00% 685,36 188,22 873,58 888,97 252,68 1.141,65
TOTAL DA BACIA RIO APODI 25,00% 95,00% 832,41 197,07 1029,47 1.048,16 261,90 1310,06
Médio Piranhas /Açu Seridó Ocidental, Serra de Santana, Vale do Açu 25,00% 95,00% 362,75 26,16 388,92 401,83 28,54 430,37
Médio Oeste, Angicos, Vale do Açu, Macau e Adutora: Serra do Santana, Médio
Baixo Piranhas /Açu 25,00% 95,00% 902,39 217,01 1.119,40 1.078,40 258,73 1.337,13
Oeste, Mossoró, Sertão Central Cabugi
Total da Bacia do Rio Piranhas/Açu 25,00% 95,00% 1.265,14 243,18 1508,32 1.480,23 287,27 1767,50
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 2.097,55 440,24 2.537,79 2.528,40 549,17 3.077,56
Rio Brígida Araripina, Petrolina, Salgueiro 25,00% 95,00% 65,09 0,43 65,52 73,87 0,46 74,34
Bacia GI-5 Petrolina 25,00% 95,00% 34,20 0,00 34,20 39,43 0,00 39,43
Rio Terra Nova Petrolina, Salgueiro 25,00% 95,00% 89,42 0,17 89,58 96,88 0,18 97,06
Total das Bacias do Brígida, Rio Terra Nova e GI-5 25,00% 95,00% 188,71 0,60 189,31 210,18 0,64 210,83
Rio Moxotó Sertão do Moxotó, Vale do Ipanema 25,00% 95,00% 193,56 32,99 226,55 213,65 37,00 250,65
Riacho do Navio Itaparica 25,00% 95,00% 0,19 0,00 0,19 0,19 0,00 0,19
Total das Bacias do Moxotó e Riacho do Navio 25,00% 95,00% 193,75 32,99 226,74 213,84 37,00 250,84
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO 382,46 33,59 416,05 424,02 37,64 461,66
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DOS QUATRO ESTADOS 16.286,95 13.610,55 29.897,50 20.843,99 16.483,28 37.327,26
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Critérios de Formulação
A formulação do cenário alternativo baseou-se nos resultados dos critérios definidos para o
tendencial, compatibilizado com os critérios adicionais seguintes:
♦ para o setor industrial, admitiu-se que os Estados já delinearam sua política de desenvolvimento,
com base principalmente nos acordos firmados com as empresas que estão projetando ou
implementando suas unidades de produção; assim, como já tinham sido feitas as devidas
projeções, as metas permaneceram as mesmas;
♦ admitiu-se o índice de 100% de cobertura para o abastecimento d'água para uso humano e
industrial.
♦ no que se refere ao crescimento populacional nas localidades onde serão implementados novos
projetos de agricultura irrigada, considerou-se que estes estariam inseridos em programas
contendo componentes sócio-econômicos que promoveriam um fluxo migratório interno; ele
seria preferencialmente aquele relativo à transferência da população sem emprego que vive nos
grandes centros urbanos, assim como nas pequenas e médias localidades, onde não há
nenhuma atividade econômica capaz de sustentar um padrão mínimo de vida. Esta
consideração baseou-se no processo de crescimento populacional, em geral, ocorrido em torno
dos projetos de irrigação implementados na região.
Os resultados para o Cenário Alternativo das Demandas Humanas e Industrial (Demanda Urbana),
estão apresentados resumidamente no Quadro 4.16.
Alto Apodi Serra de São Miguel, Pau dos Ferros 25,00% 100,00% 168,97 8,85 177,82 181,90 9,22 191,12
Médio / Baixo Apodi Umarizal, Médio Oeste, Chapada do Apodi, Mossoró 25,00% 100,00% 721,43 368,22 1.089,65 935,76 552,68 1.488,44
TOTAL DA BACIA RIO APODI 25,00% 100,00% 890,41 377,07 1267,47 1.117,66 561,90 1679,56
Médio Piranhas / Açu Seridó Ocidental, Serra de Santana, Vale do Açu 25,00% 100,00% 401,00 26,16 427,16 451,60 28,54 480,14
Baixo Piranhas / Açu Médio Oeste, Angicos, Vale do Açu, Macau e Adutora: Serra do Santana, Médio 25,00% 100,00% 911,71 217,01 1.128,72 1.088,63 258,73 1.347,36
Oeste, Mossoró, Sertão Central Cabugi
Total da Bacia do Rio Piranhas/Açu 25,00% 100,00% 1.312,72 243,17 1555,89 1.540,23 287,27 1827,50
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 2.203,12 620,24 2.823,36 2.657,89 849,17 3.507,06
Rio Brígida Araripina, Petrolina, Salgueiro 25,00% 100,00% 68,52 0,43 68,95 77,76 0,46 78,23
Bacia GI-5 Petrolina 25,00% 100,00% 36,00 0,00 36,00 41,50 0,00 41,50
Rio Terra Nova Petrolina, Salgueiro 25,00% 100,00% 94,12 0,17 94,29 101,98 0,18 102,16
Total das Bacias do Brígida, Rio Terra Nova e GI-5 25,00% 100,00% 198,65 0,60 199,24 221,24 0,64 221,89
Rio Moxotó Sertão do Moxotó, Vale do Ipanema 25,00% 100,00% 203,74 32,99 236,74 224,90 37,00 261,89
Riacho do Navio Itaparica 25,00% 100,00% 0,20 0,00 0,20 0,20 0,00 0,20
Total das Bacias do Moxotó e Riacho do Navio 25,00% 100,00% 203,94 32,99 236,94 225,10 37,00 262,10
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO 402,59 33,59 436,18 446,34 37,64 483,98
TOTAL GERAL DAS BACIAS RECEPTORAS DOS QUATRO ESTADOS 17.139,34 14.549,54 31.688,88 21.937,46 18.136,29 40.073,75
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Demanda Humana
Para determinação da demanda humana difusa foi efetuado, inicialmente, o dimensionamento do
contingente populacional vinculado à faixa de 10 km ao longo do eixo da Transposição em nível de
cada Estado. Para tanto, foi estabelecida, com base na cartografia na escala 1:100.000, uma
proporção entre as quantidades de habitações existentes nessa faixa e a total da zona rural de cada
município; pressupôs-se, como já razoavelmente comprovado em estudos anteriores, que a
distribuição percentual da população no espaço rural não sofreu grandes alterações, mantendo-se
maiores concentrações nas áreas próximas dos rios principais. A aplicação destes percentuais à
população rural censitária conduziu às estimativas desejadas daquelas associadas às faixas marginais.
Posteriormente, foi efetuada a projeção com emprego das taxas de crescimento históricas, fossem
crescentes, decrescentes ou negativas; para o caso específico das microrregiões cujas taxas levavam
à quase erradicação de suas populações, adotou-se como premissa que por analogia o crescimento
de sua população teria a mesma tendência de outras populações maiores situadas na mesma região
geográfica, e que apresentassem características parecidas com as da população em estudo.
Tendo em vista que muitas regiões vêm apresentando reduções significativas da população rural
resultantes tanto de migrações internas como dos movimentos migratórios para fora dos Estados, o
método de projeção adotado foi o que melhor se adequou às tendências observadas de crescimento.
Foram, também, considerados os trechos a jusante dos açudes Banabuiú e Pedras Brancas, no Estado
do Ceará, e Engº Ávidos, no território paraibano, bem como as pequenas bacias pernambucanas
GI-03/Riacho do Navio e GI-05/Terra Nova, adjacentes, respectivamente, àquelas do Moxotó e
Brígida; tal procedimento decorreu da possível influência sobre o balanço hídrico da região em
estudo.
O coeficiente de demanda per capita adotado atingiria 70 l/dia/hab. no ano 2000, estabilizando-se a
partir deste ano.
Irrigação Difusa
O consumo hídrico vinculado à irrigação difusa foi estimado tendo como base as áreas atualmente
exploradas ao longo dos trecho de rios perenizados, e o potencial de solos irrigáveis identificados ao
longo das sub-bacias objeto de estudo, como foi detalhadamente mostrado no Relatório de Análise
Prospectiva dos Usos Difusos (Estudos de Inserção Regional).
! Ceará: 4.800 ha, sendo 3.800 ha na Sub-bacia do Médio Jaguaribe e 1.000 ha na Sub-bacia do
Rio Banabuiú;
! Pernambuco: 800 ha nas sub-bacias dos Rios Moxotó/GI-03/Riacho do Navio, e 600 ha nas
sub-bacias dos Rios Brígida/São Pedro/GI-05/Terra Nova.
O Quadro 4.18 apresenta os valores consolidados da demanda hídrica associada à irrigação difusa,
segundo os Estados, utilizando o consumo determinado na análise prospectiva de 0,59 l/s/ha. Tendo
em vista o estágio de desenvolvimento atual da irrigação difusa nos vales estudados, foi considerado
que no horizonte do ano 2010 todo o potencial de solos irrigáveis neles identificados estaria sendo
plenamente explorado; ainda que pelo menos uma parcela dos atuais oito mil hectares já deva estar
incluída no potencial global identificado, face tanto à pequena representatividade da área total como
aos critérios rigorosos de classificação de área irrigável, optou-se por considerar a soma sem efetuar
qualquer redução.
Claro está que outros consumos adicionais poderiam estar associados às áreas marginais ao
caminhamento do Sistema Adutor Principal, em especial nos trechos em que ele atravessa regiões
não pertencentes às bacias beneficiadase, portanto, não abordadas nos estudos de Inserção Regional.
QUADRO 4.17
QUADRO 4.18
Nota: (1) Considera que, no ano 2010, todo potencial de solos irrigáveis identificadas nas sub-bacias objeto do estudo, estará
sendo explorado.
(2) Não conta, atualmente, com irrigação difusa através da captação de recursos hídricos superficiais, utilizando para este
fim águas subterrâneas.
Piscicultura
Na quantificação da demanda vinculada à atividade piscícola, foram considerados apenas os volume
requeridos para desenvolvimento da piscicultura intensiva. Tal procedimento se deve ao fato das
explorações praticadas de forma extensiva e superintensiva, por serem realizadas nos próprios
reservatórios, não resultam em requerimentos de vazões específicas; os próprio espelhos d'água dos
reservatórios possibilitarão alcançar todas as metas preconizadas para estas atividades.
Foram propostos, como mostrado no já citado relatório prospectivo, dois modelos de exploração
para piscicultura intensiva, com ciclo de cultivo de 6 meses, ambos centrados na criação de machos
da tilápia do Nilo em seis viveiros de 0,2 ha cada, perfazendo um total de 1,2 ha, os modelos se
diferenciando apenas quanto à densidade de estocagem de alevinos, ao uso de aeração artificial e a
produtividade pesqueira.
Cada módulo demandará um volume de 57.300 m3 de água por ano. A distribuição do consumo
d’água por módulo de piscicultura considera que cada viveiro de 2.000 m2, com capacidade de
acumulação de 2.300 m3, será cheio duas vezes/ano, sendo necessários para tanto,
4.200 m3/viveiro/ano. Como cada módulo conta com 6 viveiros, o consumo anual de água para
enchimento de viveiros será de 25.200 m3.
Foi prevista para o horizonte do projeto (ano 2025) a implantação de 2.000 módulos de piscicultura
intensiva, distribuídos pelas bacias hidrográficas que integram a Transposição, dos quais 50% deverão
apresentar densidade de estocagem de 5 peixes/m2 e os outros 50% de 2 peixes/m2, perfazendo um
consumo anual de água de 114.600.000 m3, ou seja, 3,63 m3/s.
Dessedentação Animal
A projeção do rebanho, utilizando o conceito BEDA – Bovinos Equivalentes para Demanda D’água
definido no relatório específico, agregado por microrregiões geográficas, foi efetuada com base nas
taxas de crescimento históricas obtidas para a região das sub-bacias estudadas. Tal procedimento se
deve ao fato da análise de dados obtidos para o período 1974/94 ter demonstrado que não há uma
tendência definida de evolução do rebanho, sendo observada a ocorrência alternada de acréscimos
e decréscimos, estando o comportamento do efetivo animal diretamente relacionado à ocorrência
ou não de períodos de estiagem. No caso específico das sub-bacias que apresentaram sinais de
regressão do efetivo do rebanho BEDA, foi adotado no cálculo das taxas de crescimento o valor
médio obtido no período considerado. O cálculo da demanda hídrica deu-se através de um
coeficiente de demanda básico de 50 l/cab para cada unidade BEDA.
O Quadro 4.20 apresenta a demanda hídrica associada à atividade pecuária para os horizontes de
2000, 2010 e 2025.
QUADRO 4.19
Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025
ESTADO DO CEARÁ 224 560 269 672 8.292 20.731 0,41 1,02
Alto Jaguaribe 24 60 29 72 888 2.221 0,04 0,11
Médio Jaguaribe 80 200 96 240 2.962 7.404 0,15 0,36
Rio Salgado 120 300 144 360 4.442 11.106 0,22 0,55
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 144 360 173 432 5.331 13.327 0,26 0,65
Alto Apodi 88 220 106 264 3.258 8.144 0,16 0,40
Médio Piranhas / Açu 56 140 67 168 2.073 5.183 0,10 0,25
ESTADO DA PARAÍBA 256 640 307 768 9.477 23.693 0,46 1,16
Alto Paraíba 56 140 67 168 2.072 5.183 0,10 0,25
Médio Paraíba 84 210 101 252 3.110 7.774 0,15 0,38
Alto Piranhas 76 190 91 228 2.814 7.034 0,14 0,35
Médio Piranhas 40 100 48 120 1.481 3.702 0,07 0,18
ESTADO DE PERNAMBUCO 176 440 211 528 6.515 16.289 0,32 0,80
Rio Moxotó / GI-03 / Riacho do Navio 92 230 110 276 3.406 8.515 0,16 0,42
Rio Brígida / São Pedro / GI-05 / Terra Nova 84 210 101 252 3.109 7.774 0,16 0,38
TOTAL GERAL 800 2.000 960 2.400 29.615 74.040 1,45 3,63
QUADRO 4.20
Abastecimento Humano
Piscicultura Intensiva Irrigação Difusa Dessedentação Animal Total
Estado / Sub-Bacia Difuso (1)
Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025
ESTADO DO CEARÁ 0,294 0,267 0,41 1,02 8,08 8,08 0,297 0,341 9,08 9,71
Alto Jaguaribe 0,039 0,039 0,04 0,11 - - 0,022 0,023 0,10 0,17
Médio Jaguaribe 0,031 0,024 0,15 0,36 3,83 3,83 0,103 0,123 4,11 4,34
Baixo Jaguaribe 0,057 0,059 - - - - - - 0,06 0,06
Rio Banabuiú 0,017 0,012 - - 0,59 0,59 - - 0,61 0,60
Metropolitanas 0,052 0,048 - - - - - - 0,05 0,05
Rio Salgado 0,098 0,085 0,22 0,55 3,66 3,66 0,172 0,195 4,15 4,49
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 0,065 0,055 0,26 0,65 0,71 0,71 0,074 0,085 1,10 1,50
Alto Apodi 0,014 0,009 0,16 0,40 0,24 0,24 0,039 0,046 0,45 0,70
Médio /Baixo Apodi 0,021 0,019 - - - - - - 0,01 0,01
Médio Piranhas / Açu 0,014 0,012 0,10 0,25 0,47 0,47 0,035 0,039 0,62 0,77
Baixo Piranhas / Açu 0,016 0,015 - - - - - - 0,02 0,02
ESTADO DA PARAÍBA 0,188 0,152 0,46 1,16 3,07 3,07 0,186 0,206 3,90 4,58
Alto Paraíba 0,010 0,008 0,10 0,25 0,71 0,71 0,033 0,040 0,85 1,01
-4-54-
Médio Paraíba 0,043 0,034 0,15 0,38 0,47 0,47 0,008 0,010 0,67 0,89
Baixo Paraíba 0,042 0,038 - - - - - - 0,04 0,04
Alto Piranhas 0,056 0,045 0,14 0,35 0,70 0,70 0,110 0,119 1,01 1,21
Médio Piranhas 0,037 0,027 0,07 0,18 1,19 1,19 0,035 0,037 1,33 1,43
ESTADO DE PERNAMBUCO 0,045 0,034 0,32 0,80 3,66 3,66 0,102 0,113 4,13 4,61
Rio Moxotó / GI-03 / Riacho do Navio 0,017 0,011 0,16 0,42 1,59 1,59 0,044 0,047 1,81 2,07
Rio Brígida / São Pedro / GI-05 / Terra Nova 0,028 0,023 0,16 0,38 2,07 2,07 0,058 0,066 2,32 2,54
TOTAL GERAL 0,592 0,508 1,45 3,63 15,52 15,52 0,659 0,745 18,21 20,40
Nota: (1) Extrapola a área de abrangência da Análise Prospectiva dos usos Difusos da Água proposta pelo Convênio SEPRE/FUNCATE, englobando, também, a área a jusante dos açudes
Castanhão, no Estado do Ceará (inclusive faixa marginal ao Canal do Trabalhador), Santa Cruz e Engs. Armando R. Gonçalves no Estado do Rio Grande do Norte e Epitácio Pessoa, na
Paraíba, bem como as áreas de influência dos açudes Banabuiú e Pedras Brancas, no Ceará e Eng. Ávidos, no território paraibano, que contribuem com vazões afluentes aos sistemas
dos rios Jaguaribe, tendo portanto influência sobre os seus balanços hídricos.
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Demanda Humana
Na formulação do Cenário Alternativo, considerou-se que, além do fornecimento de uma vazão
regularizada para perenização dos rios, seriam também, adotadas políticas de incentivos ao
desenvolvimento sustentável da economia da região, de modo a garantir a fixação do homem no
campo; nesta perspectiva, optou-se por adotar a taxa de crescimento de 1,0% a.a., tendo em vista
que esta encontra-se no limite entre as tendências de crescimento positivas e de estagnação do
contingente populacional da zona rural. O coeficiente de demanda per capita foi o mesmo
preconizado para o Cenário Tendencial.
Irrigação Difusa
A demanda hídrica associada à irrigação difusa no Cenário Alternativo foi mantida semelhante
àquela do Cenário Tendencial, ou seja, 15,52 m3/s. Tal situação decorreu da restrição imposta pelo
potencial de solos irrigáveis identificados nos vales estudados, cuja exploração já seria plenamente
atingida no horizonte do ano 2010, mesmo a nível do Cenário Tendencial.
Piscicultura
Na quantificação da demanda hídrica vinculada à piscicultura intensiva, a nível do Cenário
Alternativo, foram propostos os mesmos modelos de exploração piscícola preconizados para o
Cenário Tendencial, bem como os demais critérios. Foi previsto, no entanto, um incremento de
25% no número de módulos de piscicultura intensiva a serem implantados, elevando para 2500 o
número de módulos para o horizonte do projeto (ano 2025).
Adotando-se um ritmo de implementação de 100 módulos/ano, a partir do ano 2000, previu-se para
o horizonte do ano 2025 a implementação dos 2.500 módulos, o que representaria para o conjunto
dos Estados contemplados uma demanda hídrica de 4,53 m3/s, como mostrado no Quadro 4.23.
Dessedentação Animal
Tendo em vista que o Cenário Tendencial já considerava a implementação de políticas de incentivo
ao desenvolvimento sustentável da economia da região, com especial ênfase sobre a agricultura
irrigada, admitiu-se que as demandas associadas ao consumo animal seriam semelhantes no Cenário
Alternativo, ainda mais pela reduzida representatividade dos valores.
QUADRO 4.22
QUADRO 4.23
Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025 Ano 2010 Ano 2025
ESTADO DO CEARÁ 280 700 336 840 10.336 25.914 0,51 1,27
Alto Jaguaribe 30 75 36 90 1.111 2.777 0,06 0,14
Médio Jaguaribe 100 250 120 300 3.702 9.255 0,18 0,45
Rio Salgado 150 375 180 450 5.553 13.882 0,27 0,68
ESTADO DO RIO GRANDE DO
180 450 216 540 6.663 16.660 0,33 0,82
NORTE
Alto Apodi 110 275 132 330 4.072 10.181 0,20 0,50
Médio Piranhas / Açu 70 175 84 210 2.591 6.479 0,13 0,32
ESTADO DA PARAÍBA 320 800 384 960 11.847 29.616 0,58 1,45
Alto Paraíba 70 175 84 210 2.592 6.479 0,13 0,32
Médio Paraíba 105 263 126 316 3.887 9.736 0,19 0,47
Alto Piranhas 95 237 114 284 3.517 8.773 0,17 0,43
Médio Piranhas 50 125 60 150 1.851 4.628 0,09 0,23
ESTADO DE PERNAMBUCO 220 550 264 660 8.143 20.360 0,40 0,99
Rio Moxotó / GI-03 / Riacho do
115 287 138 344 4.257 10.624 0,21 0,52
Navio
Rio Brígida / São Pedro / GI-05 /
105 263 126 316 3.886 9.736 0,19 0,47
Terra Nova
TOTAL GERAL 1.000 2.500 1.200 3.000 37.019 92.550 1,82 4,53
Demanda Hídrica
ESTADO DA PARAÍBA 0,262 0,306 0,58 1,45 3,07 3,07 0,186 0,206 4,10 5,03
Alto Paraíba 0,016 0,018 0,13 0,32 0,71 0,71 0,033 0,040 0,89 1,09
Médio Paraíba 0,061 0,071 0,19 0,47 0,47 0,47 0,008 0,010 0,73 1,02
Baixo Paraíba 0,051 0,060 - - - - - - 0,05 0,06
Alto Piranhas 0,076 0,089 0,17 0,43 0,70 0,70 0,110 0,119 1,06 1,34
Médio Piranhas 0,058 0,068 0,09 0,23 1,19 1,19 0,035 0,037 1,37 1,53
ESTADO DE PERNAMBUCO 0,071 0,082 0,40 0,99 3,66 3,66 0,102 0,113 4,23 4,85
Rio Moxotó / GI-03 / Riacho do Navio 0,032 0,037 0,21 0,52 1,59 1,59 0,044 0,047 1,88 2,19
Rio Brígida / São Pedro / GI-05 / Terra Nova 0,039 0,045 0,19 0,47 2,07 2,07 0,058 0,066 2,36 2,65
TOTAL GERAL 0,798 0,927 1,82 4,53 15,52 15,52 0,659 0,745 18,80 21,71
Nota: (1) Extrapola a área de abrangência da Análise Prospectiva dos usos Difusos da Água proposta pelo Convênio SEPRE/FUNCATE, englobando, também, a área a jusante dos açudes
Castanhão, no Estado do Ceará (inclusive faixa marginal ao Canal do Trabalhador), Santa Cruz e Engs. Armando R. Gonçalves no Estado do Rio Grande do Norte e Epitácio Pessoa, na
Paraíba, bem como as áreas de influência dos açudes Banabuiú e Pedras Brancas, no Ceará e Engs. Ávidos, no território paraibano, que contribuem com vazões afluentes aos sistemas
dos rios Jaguaribe, tendo portanto influência sobre os seus balanços hídricos.
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
No Relatório de Cenários (Estudos de Inserção Regional) é feita uma extensa análise da importância
do conjunto de variáveis que deverão influenciar o desenvolvimento futuro da irrigação, e que
situam-se nas dimensões macroeconômica, institucional, produtiva e mercadológica. Na realidade,
pelo fato de que o avanço da agricultura irrigada exige a realização de consideráveis investimentos e
de significativas redefinições de políticas públicas, há que se levar em conta, para a materialização
dos cenários, os fatores de influência sobre a propensão dos agentes econômicos a investir.
Foram inúmeras as dificuldades encontradas para a real quantificação das áreas atualmente
exploradas com agricultura, sob regime de irrigação. As estatísticas secundárias, catalogadas pelos
órgãos oficiais (como o Censo Agropecuário de 1996, por exemplo), não retratam a realidade, pois
apresentam áreas irrigadas muito superiores às realmente existentes; é possível que o conceito de
área irrigada adotado nessas estatísticas seja muito abrangente e pouco rigoroso.
O Quadro 4.25 sintetiza a quantidade atual de área irrigada nas bacias beneficiadas incluindo as
áreas de irrigação intensiva e as de irrigação difusa.
QUADRO 4.25
CENÁRIO ATUAL – REGIÃO DAS BACIAS BENEFICIADAS- ÁREAS IRRIGADAS E DEMANDAS DE ÁGUA
Áreas (mil ha) Demandas (m³/s)
Bacias e Sub-Bacias
Intensiva Difusa Total Intensiva Difusa Total
Estado de Pernambuco
1. Bacia do Rio Moxotó 6,3 0,80 7,10 2,84 0,47 3,31
2. Bacia do Rio Brígida 0,80 0,60 1,40 0,36 0,35 0,71
Total do Estado 7,10 1,40 8,50 3,20 0,83 4,02
Estado da Paraíba
1. Bacia do Rio Piranhas
Alto Piranhas 8,20 0,50 8,70 3,69 0,30 3,99
Médio Piranhas 0,00 0,50 0,50 0,00 0,30 0,30
Total da Bacia 8,20 1,00 9,20 3,69 0,60 4,28
2. Bacia do Rio Paraíba
Alto 0,10 0,00 0,10 0,05 0,00 0,05
Médio 0,40 0,80 1,20 0,18 0,47 0,65
Baixo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total da Bacia 0,50 0,80 1,30 0,23 0,47 0,70
Total do Estado 8,70 1,80 10,50 3,92 1,06 4,98
Estado do Rio Grande do Norte
1. Bacia do Rio Açu
Médio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Baixo 12,00 0,00 12,00 5,40 0,00 5,40
Total da Bacia 12,00 0,00 12,00 5,40 0,00 5,40
2. Bacia do Rio Apodi
Alto 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,18
Médio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Baixo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total da Bacia 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,18
Total do Estado 12,40 0,00 12,40 5,58 0,00 5,58
Estado do Ceará
1. Bacia do Rio Jaguaribe
Alto 2,80 0,00 2,80 1,26 0,00 1,26
Médio 4,00 3,80 7,80 1,80 2,24 4,40
Baixo 16,30 0,00 16,30 7,34 0,00 7,34
Banabuiu 14,90 1,00 15,90 6,71 0,59 7,30
Salgado 4,20 0,00 4,20 1,89 0,00 1,89
Total da Bacia 42,20 4,80 47,00 18,99 2,83 21,82
2. Bacias Metropolitanas 1,00 0,00 1,00 0,45 0,00 0,45
Total do Estado 43,20 4,80 48,00 19,44 2,83 22,27
Total Geral 71,40 8,00 79,40 32,13 4,72 36,85
Premissas Básicas
Para a definição das áreas a serem irrigadas, nos horizontes 2010 e 2025, foram considerados, no
Cenário Tendencial, os seguinte parâmetros:
♦ áreas já em operação;
♦ projetos em implantação;
♦ áreas definidas como prioritárias pelos governos estaduais e previstas em seus planos e
programas, e consideradas como metas mínimas para os cenários;
♦ projeção com base nas taxas históricas de crescimento das áreas irrigada em cada Estado.
Calculou-se o crescimento histórico da evolução das áreas irrigadas, por bacia, e estas taxas foram
utilizadas para compor o Cenário Tendencial: as áreas assim projetadas foram consideradas como
metas quando eram superiores às áreas dos projetos prioritários de cada estado; caso contrário,
foram mantidos os totais destes projetos. Este método foi seguido no intuito de não prejudicar os
planos estabelecidos e as prioridades de cada Estado.
Projeta-se, dentro dos cenários, uma agricultura irrigada eficiente e empresarial, com elevados
investimentos por área, dirigida pelo mercado e ligada a cadeias produtivas, representadas por
prestadores de serviços, fornecedores de insumos e de máquinas, empresas de processamento de
pós-colheita, de transformação agroindustrial e de comercialização. Nesta perspectiva, a
possibilidade de colapso da produção, decorrente da falha no fornecimento de água, além de causar
prejuízos diretos à agricultura, estenderia as perdas a toda a cadeia produtiva, com enorme reflexos
negativos para a economia regional.
Como a região semi-árida apresenta vantagens comparativas para a produção de frutas tropicais para
a mesa e para a indústria, previu-se que grande parte da área seria ocupada com culturas perenes, o
que torna ainda mais inadmissível que pudesse ser admitido um elevado risco no suprimento d'água.
Mesmo no caso de culturas temporárias, porém nobres como o melão, deve-se levar em conta que a
moderna exploração agrícola trabalha com contratos fechados com "tradings" e com cadeias de
supermercados, para entrega futura dos produtos, no horizonte de dois a três anos. A quebra dos
contratos, em decorrência da interrupção abrupta da produção, representaria não só o prejuízo
imediato da inexistência de receitas, mas também a perda dos mercados que exigem continuidade
no abastecimento. Todo o trabalho de anos na construção e na conquista de mercados sofisticados
e exigentes seria destruído pela incapacidade dos produtores de honrar os compromissos.
♦ Áreas de Irrigação e Vazões Demandadas com Fornecimento Garantido para 100% da Área,
para o ano 2010 no Quadro 4.26 e ano 2025 no Quadro 4.27.
♦ Áreas Irrigadas e Vazões Demandadas com Vários Níveis de Garantia para o ano 2010 no
Quadro 4.28, e ano 2025 no Quadro 4.29.
♦ Para a Paraíba, agregou-se uma área de 5.000 ha no Vale do Paraíba, nos tabuleiros costeiros,
onde existe um grande potencial para irrigação;
♦ Para o Rio Grande do Norte, programou-se o mais significativo dos acréscimos, devido tanto o
seu imenso potencial de solos muito favoráveis como ao destaque que a agricultura irrigada vem
adquirindo no Estado; nesta perspectiva, agregou-se uma área de 75.000 ha, equivalente à taxa
média de 3.000 ha ao ano, sendo 30.000 ha até o ano 2010 e mais 45.000 ha até o ano 2025;
admitiu-se que 25.000 ha seriam implantados no Vale do Açu e 50.000 ha no Vale do Apodi.
♦ Para as bacias beneficiadasde Pernambuco não foram previstas variações, pois todo o potencial
de solos aproveitáveis já havia sido esgotado no Cenário Tendencial.
As hipóteses de área irrigada garantida foram as mesmas do Cenário Tendencial, bem como a
quantidade e forma de apresentação dos resultados.
Semelhantemente, são representados neste relatório os dados para os horizontes 2010 e 2025 nos
Quadros de 4.30 a 4.33.
DA ÁREA
Baixo 12,00 14,00 26,00 11,70 0,00 0,00 0,00 0,00 26,00 11,70
Total da Bacia 12,00 14,00 26,00 11,70 0,00 0,80 0,80 0,47 26,80 12,17
2. Bacia do Apodi 0,00 0,00 0,00 0,00
Alto 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,18
Médio / Baixo 0,00 10,70 10,70 4,82 0,00 0,40 0,40 0,24 11,10 5,05
Total da Bacia 0,40 10,70 11,10 5,00 0,00 0,40 0,40 0,24 11,50 5,23
Total do Estado 12,40 24,70 37,10 16,70 0,00 1,20 1,20 0,71 38,30 17,40
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 2,80 5,00 7,80 3,51 0,00 0,00 0,00 0,00 7,80 3,51
Médio 4,00 0,00 4,00 1,80 3,80 2,70 6,50 3,84 10,50 5,64
Baixo 16,30 10,00 26,30 11,84 0,00 0,00 0,00 0,00 26,30 11,84
Banabuiú 14,90 0,00 14,90 6,71 1,00 0,00 1,00 0,59 15,90 7,30
Salgado 4,20 0,00 4,20 1,89 0,00 6,20 6,20 3,66 10,40 5,55
Total da Bacia 42,20 15,00 57,20 25,74 4,80 8,90 13,70 8,08 70,90 33,82
2. Bacias Metropolitanas 1,00 2,00 3,00 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00 1,35
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Total do Estado 43,20 17,00 60,20 27,09 4,80 8,90 13,70 8,08 73,90 35,17
TOTAL GERAL 71,40 67,00 138,40 62,28 8,00 18,30 26,30 15,52 164,70 77,80
QUADRO 4.27
ENGECORPS - HARZA
Total do Estado 8,70 37,40 46,10 20,75 1,80 3,40 5,20 3,07 51,30 23,81
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
1. Bacia do Açu
Médio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,80 0,80 0,47 0,80 0,47
Baixo 12,00 35,00 47,00 21,15 0,00 0,00 0,00 0,00 47,00 21,15
Total da Bacia 12,00 35,00 47,00 21,15 0,00 0,80 0,80 0,47 47,80 21,62
2. Bacia do Apodi 0,00
Alto 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,18
Médio / Baixo 0,00 26,40 26,40 11,88 0,00 0,40 0,40 0,24 26,80 12,12
Total da Bacia 0,40 26,40 26,80 12,06 0,00 0,40 0,40 0,24 27,20 12,30
Total do Estado 12,40 61,40 73,80 33,21 0,00 1,20 1,20 0,71 75,00 33,92
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 2,80 5,00 7,80 3,51 0,00 0,00 0,00 0,00 7,80 3,51
Médio 4,00 0,00 4,00 1,80 3,80 2,70 6,50 3,84 10,50 5,64
Baixo 16,30 22,50 38,80 17,46 0,00 0,00 0,00 0,00 38,80 17,46
Banabuiú 14,90 5,00 19,90 8,96 1,00 0,00 1,00 0,59 20,90 9,55
Salgado 4,20 5,00 9,20 4,14 0,00 6,20 6,20 3,66 15,40 7,80
Total da Bacia 42,20 37,50 79,70 35,87 4,80 8,90 13,70 8,08 93,40 43,95
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
2. Bacias Metropolitanas 1,00 2,00 3,00 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00 1,35
Total do Estado 43,20 39,50 82,70 37,22 4,80 8,90 13,70 8,08 96,40 45,30
TOTAL GERAL 71,40 164,40 235,80 106,11 8,00 18,30 26,30 15,52 262,10 121,63
QUADRO 4.28
ENGECORPS - HARZA
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Total do Estado 73,90 55,4 49,3 37,0 24,6 18,5 35,17 26,38 23,45 17,59 11,72 8,79
TOTAL GERAL 164,70 123,5 111,1 82,4 54,9 41,2 77,80 58,35 51,87 38,90 25,93 19,45
QUADRO 4.29
CENÁRIO TENDENCIAL - ANO 2025 - ÁREAS IRRIGADAS E DEMANDAS DE ÁGUA COM VÁRIOS NÍVEIS DE GARANTIA
Área Demanda de Água
Mil ha m3/s
Estado / Bacia / Sub-Bacia
100% 75% 66,66% 50% 33,33% 25% 100% 75% 66,66% 50% 33,33% 25%
ESTADO DE PERNAMBUCO
1. Bacias do Moxotó / GI-03 / Riacho do Navio 22,50 16,9 15,0 11,3 7,5 5,6 10,50 7,88 7,00 5,25 3,50 2,63
2. Bacias do Brígida / São Pedro / GI-05 / Terra Nova 16,90 12,7 11,3 8,5 5,6 4,2 8,10 6,07 5,40 4,05 2,70 2,02
Total do Estado 39,40 29,6 26,3 19,7 13,1 9,9 18,60 13,95 12,40 9,30 6,20 4,65
ESTADO DA PARAÍBA
1. Bacia do Piranhas
Alto 34,30 25,7 22,9 17,2 11,4 8,6 15,60 11,70 10,40 7,80 5,20 3,90
Médio 6,50 4,9 4,3 3,3 2,2 1,6 3,21 2,40 2,14 1,60 1,07 0,80
Total da Bacia 40,80 30,6 27,2 20,4 13,6 10,2 18,81 14,11 12,54 9,40 6,27 4,70
2. Bacia do Paraíba
Alto 2,80 2,1 1,9 1,4 0,9 0,7 1,43 1,07 0,95 0,71 0,48 0,36
Médio 2,70 2,0 1,8 1,4 0,9 0,7 1,33 1,00 0,88 0,66 0,44 0,33
Baixo 5,00 3,8 3,3 2,5 1,7 1,3 2,25 1,69 1,50 1,13 0,75 0,56
Total da Bacia 10,50 7,9 7,0 5,3 3,5 2,6 5,01 3,75 3,34 2,50 1,67 1,25
Total do Estado 51,30 38,5 34,2 25,7 17,1 12,8 23,81 17,86 15,88 11,91 7,94 5,95
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
1. Bacia do Açu
-4-66-
Médio 0,80 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,47 0,35 0,31 0,24 0,16 0,12
Baixo 47,00 35,3 31,3 23,5 15,7 11,8 21,15 15,86 14,10 10,58 7,05 5,29
Total da Bacia 47,80 35,9 31,9 23,9 15,9 12,0 21,62 16,22 14,41 10,81 7,21 5,41
2. Bacia do Apodi 0,0
Alto 0,40 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,18 0,14 0,12 0,09 0,06 0,05
Médio / Baixo 26,80 20,1 17,9 13,4 8,9 6,7 12,12 9,09 8,08 6,06 4,04 3,03
Total da Bacia 27,20 20,4 18,1 13,6 9,1 6,8 12,30 9,22 8,20 6,15 4,10 3,07
Total do Estado 75,00 56,3 50,0 37,5 25,0 18,8 33,92 25,44 22,61 16,96 11,31 8,48
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 7,80 5,9 5,2 3,9 2,6 2,0 3,51 2,63 2,34 1,76 1,17 0,88
Médio 10,50 7,9 7,0 5,3 3,5 2,6 5,64 4,23 3,76 2,82 1,88 1,41
Baixo 38,80 29,1 25,9 19,4 12,9 9,7 17,46 13,10 11,64 8,73 5,82 4,37
Banabuiú 20,90 15,7 13,9 10,5 7,0 5,2 9,55 7,16 6,36 4,77 3,18 2,39
Salgado 15,40 11,6 10,3 7,7 5,1 3,9 7,80 5,85 5,20 3,90 2,60 1,95
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Total da Bacia 93,40 70,1 62,3 46,7 31,1 23,4 43,95 32,96 29,30 21,97 14,65 10,99
2. Bacias Metropolitanas 3,00 2,3 2,0 1,5 1,0 0,8 1,35 1,01 0,90 0,68 0,45 0,34
Total do Estado 96,40 72,3 64,3 48,2 32,1 24,1 45,30 33,97 30,20 22,65 15,10 11,32
TOTAL GERAL 262,10 196,6 174,7 131,1 87,4 65,5 121,63 91,22 81,08 60,81 40,54 30,41
QUADRO 4.30
CENÁRIO ALTERNATIVO - ANO 2010 - ÁREAS DE IRRIGAÇÃO INTENSIVA E DIFUSA E VAZÕES DEMANDADAS COM FORNECIMENTO DE ÁGUA A 100%
ENGECORPS - HARZA
1. Bacia do Açu
Médio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,80 0,80 0,47 0,80 0,47
Baixo 12,00 35,00 47,00 21,15 0,00 0,00 0,00 0,00 47,00 21,15
Total da Bacia 12,00 35,00 47,00 21,15 0,00 0,80 0,80 0,47 47,80 21,62
2. Bacia do Apodi
Alto 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,18
Médio / Baixo 0,00 26,40 26,40 11,88 0,00 0,40 0,40 0,24 26,80 12,12
Total da Bacia 0,40 26,40 26,80 12,06 0,00 0,40 0,40 0,24 27,20 12,30
Total do Estado 12,40 61,40 73,80 33,21 0,00 1,20 1,20 0,71 75,00 33,92
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 2,80 5,00 7,80 3,51 0,00 0,00 0,00 0,00 7,80 3,51
Médio 4,00 0,00 4,00 1,80 3,80 2,70 6,50 3,84 10,50 5,64
Baixo 16,30 22,50 38,80 17,46 0,00 0,00 0,00 0,00 38,80 17,46
Banabuiú 14,90 5,00 19,90 8,96 1,00 0,00 1,00 0,59 20,90 9,55
Salgado 4,20 5,00 9,20 4,14 0,00 6,20 6,20 3,66 15,40 7,80
Total da Bacia 42,20 37,50 79,70 35,87 4,80 8,90 13,70 8,08 93,40 43,95
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
2. Bacias Metropolitanas 1,00 2,00 3,00 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 3,00 1,35
Total do Estado 43,20 39,50 82,70 37,22 4,80 8,90 13,70 8,08 96,40 45,30
TOTAL GERAL 71,40 164,40 235,80 106,11 8,00 18,30 26,30 15,52 262,10 121,63
QUADRO 4.31
DA ÁREA IRRIGADA
Baixo 12,00 60,00 72,00 32,40 0,00 0,00 0,00 0,00 72,00 32,40
Total da Bacia 12,00 60,00 72,00 32,40 0,00 0,80 0,80 0,47 72,80 32,87
2. Bacia do Apodi 0,00
Alto 0,40 0,00 0,40 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,18
Médio / Baixo 0,00 76,40 76,40 34,38 0,00 0,40 0,40 0,24 76,80 34,62
Total da Bacia 0,40 76,40 76,80 34,56 0,00 0,40 0,40 0,24 77,20 34,80
Total do Estado 12,40 136,40 148,80 66,96 0,00 1,20 1,20 0,71 150,00 67,67
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 2,80 5,00 7,80 3,51 0,00 0,00 0,00 0,00 7,80 3,51
Médio 4,00 5,00 9,00 4,05 3,80 2,70 6,50 3,84 15,50 7,89
Baixo 16,30 37,50 53,80 24,21 0,00 0,00 0,00 0,00 53,80 24,21
Banabuiú 14,90 5,00 19,90 8,96 1,00 0,00 1,00 0,59 20,90 9,55
Salgado 4,20 10,00 14,20 6,39 0,00 6,20 6,20 3,66 20,40 10,05
Total da Bacia 42,20 62,50 104,70 47,12 4,80 8,90 13,70 8,08 118,40 55,20
2. Bacias Metropolitanas 1,00 4,00 5,00 2,25 0,00 0,00 0,00 0,00 5,00 2,25
Total do Estado 43,20 66,50 109,70 49,37 4,80 8,90 13,70 8,08 123,40 57,45
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
TOTAL GERAL 71,40 271,40 342,80 154,26 8,00 18,30 26,30 15,52 369,10 169,78
QUADRO 4.32
Total da Bacia 47,80 35,9 31,9 23,9 15,9 12,0 21,62 16,22 14,41 10,81 7,21 5,41
2. Bacia do Apodi
Alto 0,40 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,18 0,14 0,12 0,09 0,06 0,05
Médio / Baixo 26,80 20,1 17,9 13,4 8,9 6,7 12,12 9,09 8,08 6,06 4,04 3,03
Total da Bacia 27,20 20,4 18,1 13,6 9,1 6,8 12,30 9,22 8,20 6,15 4,10 3,07
Total do Estado 75,00 56,3 50,0 37,5 25,0 18,8 33,92 25,44 22,61 16,96 11,31 8,48
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 7,80 5,9 5,2 3,9 2,6 2,0 3,51 2,63 2,34 1,76 1,17 0,88
Médio 10,50 7,9 7,0 5,3 3,5 2,6 5,64 4,23 3,76 2,82 1,88 1,41
Baixo 38,80 29,1 25,9 19,4 12,9 9,7 17,46 13,10 11,64 8,73 5,82 4,37
Banabuiú 20,90 15,7 13,9 10,5 7,0 5,2 9,55 7,16 6,37 4,78 3,18 2,39
Salgado 15,40 11,6 10,3 7,7 5,1 3,9 7,80 5,85 5,20 3,90 2,60 1,95
Total da Bacia 93,40 70,1 62,3 46,7 31,1 23,4 43,95 32,96 29,30 21,98 14,65 10,99
2. Bacias Metropolitanas 3,00 2,3 2,0 1,5 1,0 0,8 1,35 1,01 0,90 0,68 0,45 0,34
Total do Estado 96,40 72,3 64,3 48,2 32,1 24,1 45,30 33,98 30,20 22,65 15,10 11,33
TOTAL GERAL 262,10 196,6 174,7 131,1 87,4 65,5 121,63 91,22 81,09 60,81 40,54 30,41
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
QUADRO 4.33
ENGECORPS - HARZA
Baixo 72,00 54,0 48,0 36,0 24,0 18,0 32,40 24,30 21,60 16,20 10,80 8,10
Total da Bacia 72,80 54,6 48,5 36,4 24,3 18,2 32,87 24,65 21,91 16,44 10,96 8,22
2. Bacia do Apodi
Alto 0,40 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,18 0,14 0,12 0,09 0,06 0,05
Médio / Baixo 76,80 57,6 51,2 38,4 25,6 19,2 34,62 25,96 23,08 17,31 11,54 8,65
Total da Bacia 77,20 57,9 51,5 38,6 25,7 19,3 34,80 26,10 23,20 17,40 11,60 8,70
Total do Estado 150,00 112,5 100,0 75,0 50,0 37,5 67,67 50,75 45,11 33,83 22,56 16,92
ESTADO DO CEARÁ
1. Bacia do Jaguaribe
Alto 7,80 5,9 5,2 3,9 2,6 2,0 3,51 2,63 2,34 1,76 1,17 0,88
Médio 15,50 11,6 10,3 7,8 5,2 3,9 7,89 5,91 5,26 3,94 2,63 1,97
Baixo 53,80 40,4 35,9 26,9 17,9 13,5 24,21 18,16 16,14 12,11 8,07 6,05
Banabuiú 20,90 15,7 13,9 10,5 7,0 5,2 9,55 7,16 6,36 4,77 3,18 2,39
Salgado 20,40 15,3 13,6 10,2 6,8 5,1 10,05 7,54 6,70 5,02 3,35 2,51
Total da Bacia 118,40 88,8 78,9 59,2 39,5 29,6 55,20 41,40 36,80 27,60 18,40 13,80
2. Bacias Metropolitanas 5,00 3,8 3,3 2,5 1,7 1,3 2,25 1,69 1,50 1,13 0,75 0,56
Total do Estado 123,40 92,6 82,3 61,7 41,1 30,9 57,45 43,09 38,30 28,72 19,15 14,36
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
TOTAL GERAL 369,10 276,8 246,1 184,6 123,0 92,3 169,78 127,34 113,19 84,89 56,59 42,45
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Sem Transposição
No Quadro 4.7, apresentado anteriormente no Item 4.2.4, estão relacionados os principais açudes
interanuais situados nas diversas bacias beneficiadas com suas respectivas vazões regularizadas. Os
demais açudes interanuais de menor porte, bem como outras fontes de água, foram levados em
conta, conforme já referido, na satisfação das diversas demandas relativas ao abastecimento local.
Foram também considerados os açudes Castanhão, no Ceará, e Santa Cruz, no Rio Grande do
Norte, que, embora ainda em construção, devem entrar em operação nos primeiros anos da
implantação do projeto de transposição; acrescentou-se, ainda, o açude Acauã, na Bacia do Rio
Paraíba, programado para ser brevemente implantado.
Na realidade, somente em duas sub-bacias – Região do Cariri no Alto Salgado, e Região de Mossoró
no Baixo Apodi – as águas subterrâneas assumem caráter relevante; sendo regiões de terrenos
sedimentares, apresentam aqüíferos de satisfatória potencialidade, ainda que com níveis
operacionais muito profundos, em especial no segundo caso.
Considerando que:
♦ os recursos explotáveis dos aluviões não têm o nível de garantia exigido (99%, como para os
recursos superficiais);
♦ já existe uma parcela dos recursos comprometidos; no caso do Cariri, não só com o
abastecimento das cidades importantes da região, como com a irrigação privada; no caso do
♦ em ambas as regiões, o potencial de solos é muito superior tanto a disponibilidade hídrica atual
como a prevista com o Projeto de Transposição; conforme mostrado no relatório específico, na
área Apodi/Açu avalia-se em 700 mil hectares a superfície potencialmente irrigável (portanto,
incomparavelmente maior do que os 56,0 mil considerados no máximo Cenário Alternativo),
enquanto que no Cariri ela é da ordem de 160 mil (também, marcadamente maior do que os
12 mil planejados pelo Projeto atual);
♦ nesta perspectiva, uma vez que o Projeto de Transposição exaure todo o recurso hídrico
superficial (tanto o local como a transpor), torna-se perfeitamente admissível que se reserve este
recurso subterrâneo, mesmo que escasso e de difícil aproveitamento econômico, para a
possibilidade de expansão futura da área irrigada através de projetos privados difusos e de
pequeno a médio porte; a princípio, pode-se estimar que a vazão total, ainda disponível e viável
financeiramente de ser explorada, não atinja os 6,0 m3/s.
Entendeu-se que os recursos subterrâneos não devem ser considerados no Balanço, assumindo mais
um caráter de recurso complementar estratégico.
4.4.2 Demandas
As demandas hídricas das bacias receptoras, que serão consideradas nos estudos de Balanço Hídrico,
são as que constam dos Quadros apresentados no Item 4.3 deste Relatório e relacionados a seguir:
Cenário Tendencial
Cenário Alternativo
O Balanço foi realizado para as alternativas mostradas no Quadro 4.34. Elas foram selecionadas de
forma a fornecer, não só valores viáveis de vazão como, também, um leque de valores com
adequada amplitude, capaz, inclusive, de permitir curvas do tipo vazão x demandas.
99
Para o conjunto de balanços com Qr , admitiram-se os próprios valores desta vazão como oferta,
visto que pode praticamente ser tratada como de plena garantia; o risco de se ter a disponibilidade
A utilização de diversas hipóteses de área irrigada previamente garantida objetivou tanto fornecer
mais flexibilidade de seleção das vazões, como analisar mais condições de operação dos
reservatórios locais.
QUADRO 4.34
Considerando que:
♦ a irrigação será sempre o principal consumidor d’água, podendo, em alguns cenários, atingir
cerca de 80% do total;
♦ o potencial de solos, em especial nas bacias do Apodi e Jaguaribe, é muitas vezes maior do que
a área ora programada para irrigar;
90
♦ no caso da utilização da Qr , naqueles
90
anos de operação normal (90% do total), haveria
disponível uma oferta adicional de Qr /2, a qual poderia ser empregada na irrigação de novas
áreas com culturas temporárias, evitando-se assim, a hipótese de “águas ociosas”, isto é a
ocorrência de situações em que ter-se-iam significativas vazões escoando sem possibilidades de
uso;
♦ do total subtraiu-se, quando tinha, as ofertas hídricas locais adicionais dos mananciais já
referidos;
♦ com o valor obtido, buscaram-se através da simulação da operação dos açudes os limites inferior
e superior de vazões a transpor, procurando-se sempre a alternativa que mais se aproximasse do
ponto de minimização das perdas;
♦ com a vazão regularizada total então obtida, refazia-se o processo de modo a manter os
princípios de percentuais e cálculos de determinação das perdas.
Sendo o balanço exclusivamente hídrico, sem qualquer consideração do ponto de vista
econômico/financeiro, quase sempre se encontraram diversas soluções para uma mesma situação.
Na realidade, pelo menos dois fatores, conflitantes, podiam ser empregados como princípios para a
escolha:
♦ o Cenário C7 : Alternativo, com 100% da Área Irrigada com Plena Garantia, mostrado no
Quadro 4.35;
♦ o Cenário C8 : Alternativo, com 75% da Área Irrigada com Plena Garantia, mostrado no Quadro
4.36;
♦ o Cenário C9 : Alternativo, com 50% da Área Irrigada com Plena Garantia, mostrado no Quadro
4.37.
QUADRO 4.35
C7 - CENÁRIO ALTERNATIVO - ANO 2025 - DEFINIÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE VAZÃO A TRANSPOR CONSIDERANDO PERDAS EM TRÂNSITO E GANHOS SINERGÉTICOS SEM INCLUIR PERDAS NO SISTEMA ADUTOR PRINCIPAL
– VAZÃO GARANTIDA COM 99% - ÁREA IRRIGADA COM PLENA GARANTIA: 100%
4)
VAZÃO REGULARIZÁVEL (m³/s) VAZÃO A SER CAPTADA NO VAZÃO
DEMANDA PERDAS (m³/s) 1)
DEMANDA OFERTA VAZÃO CRITÉRIO QSF MÍNIMO CRITÉRIO TB MÍNIMO RIO SÃO FRANCISCO (m³/s) REGULARIZADA
LÍQUIDA
TRECHO 10 ) LÍQUIDA LOCAL NECESSÁRIA Perdas Perdas MÁXIMA
NECESSÁRIA 2) TB Sinergia % e TB Sinergia % MÁXIMA CONTÍNUA
ACUMULADA EVAP INF GEST PNP TOTAL m³/s (m³/s) 9) INTERVALO QMA QREG Recursos QSF QREG Recursos DISPONÍVEL NO
(m³/s) (%) 8)
m³/s (%) 8) e m³/s NOMINAL EQUIVALENTE
Locais (%) Locais (%) RIO (m³/s) 6)
OBS.:
1) EVAP - perdas por evaporação INF - perdas por infiltração GEST - perdas por gestão, existentes somente no último reservatório de cada curso d'água receptor PNP - perdas não previstas
2) Sem incluir as reservas subterrâneas, e decorrentes dos superávits dos reservatórios não receptores (Orós, Trussu, Lima Campos, Banabuiú, Pedras Brancas e Sistema RMF, no Ceará; Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte; Eng.º Ávidos, São Gonçalo e Acauã na Paraíba)
3) Equivalência a 10% da vazão destinada à Paraíba, a ser captada a fio d'água, e que são recuperados no Açude Ribeiro Gonçalves
4) QMA - vazão nominal afluente decorrente da transposta do São Francisco, eventualmente adicionada de superávits de regularização de sub-bacias de montante. QREG - vazão regularizada final no açude TB - percentual de tempo de bombeamento Perdas
Recursos Locais - percentual médio sobre o deflúvio da bacia
5) Com base na ótica hídrica e considerando, apenas qualitativa e preliminarmente, os aspectos de energia e de viabilidade política
6) Corresponde à soma global de todas as demandas a atender e perdas totais no rio.
7) Considerando a Operação Integrada com o Coremas/Mãe D'água, até a vazão limite em que o ganho sinergético independe das águas transpostas transitarem pelo citado açude; acima deste limite, a vazão transposta adicional seria bombeada em no máximo 80% do tempo.
8) Em qualquer situação, o tempo de bombeamento máximo admitido é 80%.
9) A determinação da vazão necessária é feita pelo seguinte processo : Somatória (col. Demanda Líquida Necessária + col. Total Perdas) - col. Oferta Local + col. QMA do trecho anterior; exemplificando para o trecho "Aç. Castanhão - Confluência Jaguaribe/Salgado - 8,62 + 0,654 - 6,54 +35 =
37,73
10) No Ceará, uma parcela de cerca de 15% da vazão transposta é lançada no início do Riacho dos Porcos e o restante no rio Salgado, à altura da localidade de Santo Antônio.
-4-75
C O N SÓ R C IO ENGECORPS - HARZA R elatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 4.36
C8 - CENÁRIO ALTERNATIVO - ANO 2025 - DEFINIÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE VAZÃO A TRANSPOR CONSIDERANDO PERDAS EM TRÂNSITO E GANHOS SINERGÉTICOS SEM INCLUIR PERDAS NO SISTEMA ADUTOR PRINCIPAL – VAZÃO
GARANTIDA COM 99% - ÁREA IRRIGADA COM PLENA GARANTIA: 75%
VAZÃO REGULARIZÁVEL (m³/s) 4) VAZÃO A SER CAPTADA
PERDAS (m³/s) 1) NO RIO SÃO FRANCISCO VAZÃO
DEMANDA CRITÉRIO QSF MÍNIMO CRITÉRIO TB MÍNIMO
DEMANDA OFERTA VAZÃO (m³/s) REGULARIZADA
LÍQUIDA
TRECHO 10 ) LÍQUIDA LOCAL NECESSÁRIA Perdas Perdas MÁXIMA
NECESSÁRIA
ACUMULADA m³/s 2) (m³/s) 9) TB Recursos Sinergia % e TB (%) Recursos Sinergia % e MÁXIMA CONTÍNUA DISPONÍVEL NO
(m³/s) EVAP INF GEST PNP TOTAL INTERVALO QMA QREG QSF QREG
(%) 8) Locais m³/s 8)
Locais m³/s NOMINAL EQUIVALENTE RIO (m³/s) 6)
(%) (%)
41,11 INFERIOR 25,00 41,03 52,50 66,40 32,5 / 10,00 30,00 41,80 38,80 61,80 41,8 /12,26
FOZ – AÇ. CASTANHÃO 44,15 44,15 0,555 0,029 4,110 0,585 5,279 8,32
41,11 SUPERIOR 30,00 41,80 38,80 61,80 41,8 / 12,26
AÇ. CASTANHÃO - CONFLUÊNCIA 24,88 INFERIOR 24,88 29,88
6,65 50,80 0,317 0,003 - 0,334 0,654 7,42
JAGUARIBE/SALGADO 29,88 SUPERIOR 29,88
CONFLUÊNCIA - LOCALIDADE DE SANTO 28,23 INFERIOR 28,23 33,23
2,86 53,66 0,066 0,250 - 0,174 0,490
ANTÔNIO 33,23 SUPERIOR 33,23
34,81 INFERIOR 34,81 39,81 40,00 15,52 66,66
SANTO ANTÔNIO - AÇ. ATALHO 6,00 59,66 0,086 0,03 - 0,488 0,577
39,81 SUPERIOR 39,81
INFERIOR 30,00 30,71 64,70 42,70 33,8 / 7,72
FOZ - AÇ. SANTA CRUZ 26,88 26,88 0,349 0,019 3,070 0,368 3,806 30,69
SUPERIOR
INFERIOR 31,69 32,00 20,70 32,28
AÇ. SANTA CRUZ - AÇ. PAU DOS FERROS 0,79 27,67 0,106 0,624 - 0,174 0,904 0,30 31,39
SUPERIOR
27,10 INFERIOR 12,00 28,10 50,40 75,20 33,3 / 6,99
FOZ - AÇ. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES 25,59 25,59 0,190 0,037 2,710 0,201 3,138 3) 1,63
27,10 SUPERIOR 16,00 28,57 23,90 70,40 51,6 / 9,68
13,39 INFERIOR 13,39 17,00 4,06 30,22
AÇ. ARMANDO RIBEIRO - FROTEIRA RN/PB 0,98 26,57 0,200 0,001 - 0,211 0,412
17,39 SUPERIOR 17,39
FRONTEIRA RN/PB - CONFLUÊNCIA INFERIOR 3,36 7) 80
3,02 3,02 0,165 0,001 - 0,174 0,340 3,36
PIRANHAS/PIANCÓ SUPERIOR
10,00 +0,55 29,4 /
CONFLUÊNCIA PIRANHAS/PIANCÓ - INFERIOR 16,33 59,90 37,8 / 4,30 10,00 3,38 18,61
12,95 15,97 0,096 0,151 1,630 0,418 2,300 2,28 16,33 = 10,55 80,00
ENTRADA NA BACIA DO PIRANHAS
SUPERIOR
INFERIOR 12,00 13,54 65,40 40,80 25,5 / 2,74 16,00 17,09 68,30 34,50 23,1 3,19
FOZ - AÇ. BOQUEIRÃO 11,95 11,95 0,634 0,724 1,360 0,669 3,387 1,70 13,64
SUPERIOR
INFERIOR 14,90 15,00 9,81 18,23
AÇ. BOQUEIRÃO – FRONTEIRA PB/PE 1,52 13,47 0,241 0,672 - 0,468 1,381 14,90
SUPERIOR
INFERIOR 9,00 10,41 97,20 78,20 2,6 / 0,27 11,00 11,25 72,20 39,00 20,6 / 1,91 11,00 7,94 10,46
FOZ - AÇ. POÇO DA CRUZ 8,63 8,63 0,140 0,269 1,050 0,368 1,827 10,46
SUPERIOR 11,00 11,25 72,20 39,00 20,6 / 1,91
INFERIOR 8,00 8,20 51,50 57,00 51,4 / 2,77 8,00 4,12 8,09
FOZ - AÇ. ENTREMONTES 6,77 6,77 0,140 0,003 0,810 0,368 1,321 8,09
SUPERIOR
TOTAL DAS PERDAS 3,29 2,79 14,74 5,00 25,81 TOTAL 133,00 65,54 184,65
VAZÃO PARA PERNAMBUCO 19,00 12,06 18,55
VAZÃO REALMENTE TRANSPOSTA 114,00 53,48
OBS.:
1) EVAP - perdas por evaporação INF - perdas por infiltração GEST - perdas por gestão, existentes somente no último reservatório de cada curso d'água receptor PNP - perdas não previstas
2) Sem incluir as reservas subterrâneas, e decorrentes dos superávits dos reservatórios não receptores (Orós, Trussu, Lima Campos, Banabuiú, Pedras Brancas e Sistema RMF, no Ceará; Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte; Eng.º Ávidos, São Gonçalo e Acauã na Paraíba)
3) Equivalência a 10% da vazão destinada à Paraíba, a ser captada a fio d'água, e que são recuperados no Açude Ribeiro Gonçalves
4) QMA - vazão nominal afluente decorrente da transposta do São Francisco, eventualmente adicionada de superávits de regularização de sub-bacias de montante. QREG - vazão regularizada final no açude TB - percentual de tempo de bombeamento Perdas Recursos Locais -
percentual médio sobre o deflúvio da bacia
5) Com base na ótica hídrica e considerando, apenas qualitativa e preliminarmente, os aspectos de energia e de viabilidade política
6) Corresponde à soma global de todas as demandas a atender e perdas totais no rio.
7) Considerando a Operação Integrada com o Coremas/Mãe D'água, até a vazão limite em que o ganho sinergético independe das águas transpostas transitarem pelo citado açude; acima deste limite, a vazão transposta adicional seria bombeada em no máximo 80% do tempo.
8) Em qualquer situação, o tempo de bombeamento máximo admitido é 80%.
9) A determinação da vazão necessária é feita pelo seguinte processo : Somatória (col. Demanda Líquida Necessária + col. Total Perdas) - col. Oferta Local + col. QMA do trecho anterior; exemplificando para o trecho "Aç. Castanhão - Confluência Jaguaribe/Salgado - 8,62 + 0,654 - 6,54 +35 = 37,73
10) No Ceará, uma parcela de cerca de 15% da vazão transposta é lançada no inicio do Riacho dos Porcos e o restante no rio Salgado, à altura da localidade de Santo Antônio.
QUADRO 4.37
C9 - CENÁRIO ALTERNATIVO - ANO 2025 - DEFINIÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE VAZÃO A TRANSPOR CONSIDERANDO PERDAS EM TRÂNSITO E GANHOS SINERGÉTICOS SEM INCLUIR PERDAS NO SISTEMA ADUTOR PRINCIPAL – VAZÃO
GARANTIDA COM 99% - ÁREA IRRIGADA COM PLENA GARANTIA: 50%
4)
VAZÃO REGULARIZÁVEL (m³/s) VAZÃO A SER CAPTADA NO
PERDAS (m³/s) 1) VAZÃO
DEMANDA CRITÉRIO QSF MÍNIMO CRITÉRIO TB MÍNIMO RIO SÃO FRANCISCO (m³/s)
DEMANDA OFERTA VAZÃO REGULARIZADA
LÍQUIDA Perdas
TRECHO 10 ) LÍQUIDA LOCAL NECESSÁRIA Perdas MÁXIMA
NECESSÁRIA 2) TB (%) Recursos Sinergia % TB Sinergia % e MÁXIMA CONTÍNUA DISPONÍVEL NO
ACUMULADA EVAP INF GEST PNP TOTAL m³/s (m³/s) 9) INTERVALO QMA QREG QSF QREG Recursos
(m³/s) 8)
Locais e m³/s (%) 8)
m³/s NOMINAL EQUIVALENTE
Locais (%) RIO (m³/s) 6)
(%)
INFERIOR 15,00 31,38 43,20 71,70 29,2 / 7,05
FOZ - AÇ. CASTANHÃO 37,53 37,53 0,555 0,029 3,100 0,585 4,269 10,71 31,09
SUPERIOR
AÇ. CASTANHÃO - CONFLUÊNCIA INFERIOR 12,03
4,68 42,21 0,317 0,003 - 0,334 0,654 8,30 12,03
JAGUARIBE/SALGADO SUPERIOR
CONFLUÊNCIA - LOCALIDADE DE SANTO INFERIOR 14,87
2,35 44,56 0,066 0,250 - 0,174 0,490 14,87
ANTÔNIO SUPERIOR
INFERIOR 19,45 20,00 8,64 54,55
SANTO ANTÔNIO - AÇ. ATALHO 4,00 48,56 0,086 0,003 - 0,488 0,577 19,45
SUPERIOR 55,18
INFERIOR 20,00 20,93 51,20 44,90 52,4 / 7,16 30,00 30,24 61,40 37,10 37,8 / 8,25
FOZ - AÇ. SANTA CRUZ 18,23 18,23 0,349 0,019 2,110 0,368 2,846 21,08
SUPERIOR
INFERIOR 21,65 31,69 21,00 10,75 22,73
AÇ. SANTA CRUZ - AÇ. PAU DOS FERROS 0,75 18,98 0,106 0,624 - 0,174 0,904 0,30 21,35
SUPERIOR
FOZ - AÇ. ARMANDO RIBEIRO INFERIOR 5,00 18,97 16,80 80,40 19,7 / 3,11
17,49 17,49 0,190 0,037 1,870 0,201 2,298 3) 1,10 18,69
GONÇALVES SUPERIOR
INFERIOR 6,27 6,00 1,01 21,06
AÇ. ARMANDO RIBEIRO - FROTEIRA RN/PB 0,86 18,35 0,200 0,001 - 0,211 0,412 6,27
SUPERIOR 25,51
FRONTEIRA RN/PB - CONFLUÊNCIA INFERIOR 2,56 7)
2,22 2,22 0,165 0,001 - 0,174 0,340 2,56
PIRANHAS/PIANCÓ SUPERIOR
CONFLUÊNCIA PIRANHAS/PIANCÓ - INFERIOR 5,00 11,26 13,30 69,90 22,8 / 2,08 5,00 0,67 13,37
9,04 11,26 0,096 0,151 1,100 0,418 1,770 2,28 11,09
ENTRADA NA BACIA DO PIRANHAS SUPERIOR
INFERIOR 10,00 11,96 65,70 44,50 25,9 24,45
FOZ - AÇ. BOQUEIRÃO 10,49 10,49 0,634 0,724 1,200 0,669 3,227 1,70 12,02
SUPERIOR 12,00 12,36 53,10 35,40 32,8 / 3,04
INFERIOR 12,55 12,00 7,88 16,27
AÇ. BOQUEIRÃO - FRONTEIRA PB/PE 1,17 11,66 0,241 0,672 - 0,468 1,381 12,55
SUPERIOR 14,55
INFERIOR 7,00 7,64 68,80 47,80 23,4 / 1,44 7,00 4,82 7,55
FOZ - AÇ. POÇO DA CRUZ 6,01 6,01 0,140 0,269 0,760 0,368 1,537 7,55
SUPERIOR
INFERIOR 10,00 5,30 86,40 88,50 11,5 / 0,54 5,00 2,50 5,85
FOZ - AÇ. ENTREMONTES 4,75 4,75 0,140 0,003 0,590 0,368 1,101 5,85
SUPERIOR 6,00 5,83 31,50 59,50 83,4 / 2,64
TOTAL DAS PERDAS 3,29 2,79 10,73 5,00 21,80 TOTAL 76,00 36,27 141,37
VAZÃO PARA PERNAMBUCO 12,00 7,32 13,40
VAZÃO REALMENTE TRANSPOSTA 64,00 28,95
OBS.:
1) EVAP - perdas por evaporação INF - perdas por infiltração GEST - perdas por gestão, existentes somente no último reservatório de cada curso d'água receptor PNP - perdas não previstas
2) Sem incluir as reservas subterrâneas, e decorrentes dos superávits dos reservatórios não receptores (Orós, Trussu, Lima Campos, Banabuiú, Pedras Brancas e Sistema RMF, no Ceará; Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte; Eng.º Ávidos, São Gonçalo e Acauã na Paraíba)
3) Equivalência a 10% da vazão destinada à Paraíba, a ser captada a fio d'água, e que são recuperados no Açude Ribeiro Gonçalves
4) QMA - vazão nominal afluente decorrente da transposta do São Francisco, eventualmente adicionada de superávits de regularização de sub-bacias de montante. QREG - vazão regularizada final no açude TB - percentual de tempo de bombeamento Perdas Recursos Locais -
percentual médio sobre o deflúvio da bacia
5) Com base na ótica hídrica e considerando, apenas qualitativa e preliminarmente, os aspectos de energia e de viabilidade política
6) Corresponde à soma global de todas as demandas a atender e perdas totais no rio.
7) Considerando a Operação Integrada com o Coremas/Mãe D'água, até a vazão limite em que o ganho sinergético independe das águas transpostas transitarem pelo citado açude; acima deste limite, a vazão transposta adicional seria bombeada em no máximo 80% do tempo.
8) Em qualquer situação, o tempo de bombeamento máximo admitido é 80%.
9) A determinação da vazão necessária é feita pelo seguinte processo : Somatória (col. Demanda Líquida Necessária + col. Total Perdas) - col. Oferta Local + col. QMA do trecho anterior; exemplificando para o trecho "Aç. Castanhão - Confluência Jaguaribe/Salgado - 8,62 + 0,654 - 6,54 +35 = 37,73
10) No Ceará, uma parcela de cerca de 15% da vazão transposta é lançada no inicio do Riacho dos Porcos e o restante no rio Salgado, à altura da localidade de Santo Antônio.
R elatório Síntese
C O N SÓ R C IO ENGECORPS - HARZA -4-77-
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
O cenário otimizado (C8') tem por base os cenários apresentados nos Estudos de Inserção Regional
com o objetivo de determinar a oportunidade do empreendimento em termos de necessidade de
água transposta e de época de implantação das obras de transposição.
Todos os cenários têm por base os planos de desenvolvimento econômico dos Estados, ancorados no
eixo semi-árido do programa do Governo Federal - Brasil em Ação, a curto prazo, e em projeções
segundo uma evolução de crescimento mais otimista no futuro: o Cenário Alternativo. Em todos os
casos, os usos prioritários são atendidos, com garantia de 99%, aí incluindo o abastecimento das
populações urbanas e rurais, o abastecimento da indústria, do rebanho e piscícola. Para a irrigação
rural difusa e em perímetros irrigados, foram admitidos níveis variáveis de atendimento, em função
da capacidade de mobilização do Setor Privado, dos Estados e das futuras condições de mercado de
produtos agrícolas. A área máxima a ser irrigada na região de influência do Projeto, no horizonte de
2025, foi avaliada em aproximadamente 370 mil ha, sendo 343 mil ha de irrigação intensiva em
perímetros de irrigação, correspondendo ao cenário denominado C7. Foram considerados ainda
cenários para 75% (C8) e 50% (C9) da área irrigada máxima, correspondendo a 277 mil ha (257 mil
ha de irrigação intensiva) e 185 mil ha (171,5 mil ha de irrigação intensiva) aproximadamente, no
Cenário Alternativo.
♦ do ajustamento para menor das demandas industriais estimadas para a Região Metropolitana de
Fortaleza, em função de possível deslocamento de projetos industriais planejados;
♦ da revisão, para maior, da área irrigável na Bacia do Rio Brígida, em função de novos estudos de
potencialidade agrícola.
Assim, o cenário C8 Linha (C8') será o cenário a ser atendido pelo empreendimento e foi tomado
como referência para os estudos de viabilidade econômica e financeira do Projeto.
A operação integrada do Projeto com o sistema de açudes por ele beneficiados diretamente
atenderá às referidas demandas, bombeando uma vazão média transposta de 63,4 m³/s, da qual
aproximadamente 1/3 será destinado a áreas do Estado de Pernambuco, que compõem a Bacia do
São Francisco. A vazão máxima do Eixo Norte será de 99 m³/s, dos quais 89 m³/s serão conduzidos
às demais bacias (excetuando o Sertão de Pernambuco, dentro da Bacia do São Francisco). A vazão
máxima do Eixo Leste será de 28 m³/s, dos quais 10 m³/s serão destinados à Paraíba, sendo o
Vazões em m³/s
Eixo Média Máxima Média
Máxima Nominal
Diária (*) Interanual
Eixo Norte 99 89 44,3
Eixo Leste 28 25,2 19,1
Soma 127 114,2 63,4
(*)Valor máximo nominal descontados 3 hs. de paralização, pois não deverá haver bombeamento no horário
do pico do mercado de energia elétrica.
♦ redução das demandas industriais das Bacias Metropolitanas do Estado do Ceará em 30%,
resultando em uma diminuição de 3,0 m3/s para o horizonte 2010 e 3,6 m3/s para 2025;
♦ redução de 15,7% na área irrigada nos trechos a jusante dos açudes Armando Ribeiro Gonçalves
e Santa Cruz, no Rio Grande do Norte;
♦ inclusão das demandas de 2,42 m³/s para abastecimento e 0,57 m³/s para irrigação difusa no
Agreste Pernambucano, perfazendo aproximadamente 3,0 m³/s, que diminuídos da
disponibilidade local de 1,2 m³/s aproximadamente, resultou na necessidade de adução pelo
Projeto Aguapé do Governo Pernambucano, de 1,8 m³/s, a partir do Eixo Leste da Transposição;
♦ inclusão de um suplemento de 5,0 m3/s para a Região Metropolitana do Recife (RMR) visando
complementar o volume necessário para suprir as demandas de abastecimento urbano,
incluindo a demanda industrial;
♦ revisão da demanda de irrigação das bacias dos Rios Brígida, Terra Nova e GI-5, resultando em
uma demanda de 6,78 m3/s para o horizonte de 2010 e 9,00 m3/s para 2025.
Os Quadros 4.38 e 4.39 indicam os valores consolidados de Demanda para o Cenário C8' nos
horizontes de 2010 e 2025.
Ressalta-se que as demandas para o Agreste Pernambucano e a RMR perfazem 6,8 m3/s. Em função
da extensão e das características hidrogeológicas no trecho entre a tomada d’água no açude Poço da
Cruz e a RMR estimou-se que a perda total será de 15 % da vazão aduzida, resultando em uma
vazão total requerida de 8,00 m3/s, conforme demanda referida pela Secretaria de Recursos Hídricos
de Pernambuco.
Verifica-se que o Projeto é capaz de atender, em conjunto com os recursos hídricos locais
potencializados pela melhor gestão de água, as demandas, referidas no Quadro 4.39. Pela análise
deste Quadro se verifica que a demanda da irrigação intensiva é de cerca de 65% da demanda
global da região e corresponde a uma área irrigável de 213,5 mil ha, que é 120,7 mil ha superior à
área irrigável com os recursos hídricos locais potencializados, na região. Portanto, o acréscimo anual
da área irrigável, em 25 anos, em todas as bacias consideradas, é de 4.828 ha/ano. Esse valor é
inferior a 50% do acréscimo da área irrigável prevista na Bacia do Rio São Francisco. A Figura 4.10
ilustra a evolução temporal das demandas conforme o Cenário C8 Linha (C8').
10 Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) - Foz Médio e Baixo Paraíba V 2,21 1,52 3,73 0,09 0,16 0,24 1,02 0,35 1,37 5,34
11 Nascente do rio Cararé - Confluência Piranhas / Piancó Alto Piranhas II 0,42 0,12 0,54 0,06 0,25 0,31 6,08 0,53 6,61 7,45
12 Confluência Piranhas / Piancó - Fronteira RN/PB Médio Piranhas II 0,17 0,06 0,23 0,04 0,11 0,14 0,64 0,89 1,53 1,91
13 Total do Estado da Paraíba 2,86 1,70 4,55 0,19 0,65 0,83 7,98 2,30 10,28 15,67
Pernambuco
13 Açude Chapéu - Foz Brígida VI 0,15 0,00 0,15 0,04 0,07 0,11 0,74 0,50 1,24 1,50
14 Açude Entremontes - Rio Brígida Brígida/T.Nova/S.Pedro/GI5 VI 0,26 0,01 0,26 0,11 0,12 0,23 2,30 1,05 3,35 3,84
15 Açude Poço da Cruz - Foz Moxotó/Navio/GI3 V 0,13 0,02 0,16 0,02 0,20 0,22 3,95 1,19 5,14 5,52
16 Açude Poço da Cruz - Agreste Pernambucano / Recife(1) Ipojuca V 3,00 3,73 6,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 0,50 7,23
17 Total do Estado de Pernambuco 3,54 3,76 7,30 0,17 0,39 0,56 6,99 3,24 10,23 18,10
Totais 16,14 12,91 29,05 0,62 2,02 2,64 43,14 11,70 54,84 86,53
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Totais com a inclusão das demandas atuais do Agreste e Recife 25,60 12,91 38,51 0,62 2,02 2,64 43,14 11,70 54,84 95,98
fonte: relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
Notas:
(1) Foram consideradas perdas de 15% na vazão aduzida total, correspondendo a 1,2 m3/s. Foram considerados os déficits do Agreste de Pernambuco e Recife.
(2) Quadro 2.31, relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
(3) Quadro 3.17, relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
ENGECORPS - HARZA
QUADRO 4.39
9 Total do Estado do Rio Grande do Norter 1,90 0,59 2,49 0,10 0,91 1,00 42,36 0,53 42,89 46,38
Paraíba
9 Fronteira PB/PE - Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) Alto Paraíba V 0,06 0,01 0,07 0,02 0,36 0,38 0,54 0,53 1,07 1,52
10 Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) - Foz Médio e Baixo Paraíba V 3,66 2,98 6,64 0,13 0,48 0,61 0,00 0,35 0,35 7,60
11 Nascente do rio Cararé - Confluência Piranhas / Piancó Alto Piranhas II 0,49 0,12 0,60 0,09 0,55 0,64 11,17 0,53 11,70 12,94
12 Confluência Piranhas / Piancó - Fronteira RN/PB Médio Piranhas II 0,21 0,07 0,28 0,07 0,27 0,34 1,52 0,89 2,41 3,03
13 Total do Estado da Paraíba 4,42 3,17 7,59 0,31 1,66 1,97 13,23 2,30 15,53 25,09
Pernambuco
13 Açude Chapéu - Foz Brígida VI 0,19 0,01 0,20 0,07 0,09 0,16 1,89 0,65 2,54 2,90
14 Açude Entremontes - Rio Brígida Brígida/T.Nova/S.Pedro/GI5 VI 0,40 0,01 0,41 0,16 0,18 0,34 3,99 1,36 5,35 6,10
15 Açude Poço da Cruz - Foz Moxotó/Navio/GI3 V 0,15 0,03 0,18 0,04 0,54 0,58 6,68 1,19 7,87 8,63
16 Açude Poço da Cruz - Agreste Pernambucano / Recife(1) Ipojuca V 6,23 0,00 6,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,57 6,80
17 Total do Estado de Pernambuco 6,97 0,05 7,02 0,27 0,81 1,08 12,56 3,77 16,33 24,43
Totais 25,42 12,66 38,07 0,99 4,88 5,86 95,85 12,22 108,07 152,00
Totais com a inclusão das demandas atuais do Agreste e Recife 33,23 17,28 50,52 0,99 4,88 5,86 95,85 12,22 108,07 164,44
fonte: relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Notas:
(1) Foram consideradas perdas de 15% na vazão aduzida total, correspondendo a 1,2 m3/s. Foram considerados os déficits do Agreste de Pernambuco e Recife.
(2) Quadro 2.31, relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
(3) Quadro 3.17, relatório de Cenários de Demanda Hídrica nas Bacias Receptoras, Julho/1999, FUNCATE, VBA
FIGURA 4.10
EVOLUÇÃO TEMPORAL DA DEMANDA
160
Eixo Norte
80
-4-82-
60
40
20
ÁG U A PA RA TO D O S
P R O J E T O S Ã O F R A N C IS C O
1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Ano (supondo início da Operação em 2000)
PROJETO SÃO FRANCISCO
5. Estudos de Engenharia
5. ESTUDOS DE ENGENHARIA
♦ Estudos Preliminares;
♦ Levantamentos e Investigações;
♦ Estudos Básicos;
♦ Seleção de Alternativas; e
No início dos trabalhos, foram coletados e analisados todos os projetos, estudos e dados básicos das
áreas de interesse direto ou indireto.
CONSÓRCIO
!
! Mapeamento geológico das faixas das
Restituição aerofotogramétrica
! obras
Serviços de Topografia
!
! Investigações de campo
Investigações geológico-geotécnicas:
!
mapeamento geológico regional Investigações de laboratório
avaliação sismológica
mapeamento hidrogeológico
LEVANTAMENTOS E INVESTIGAÇÕES
ENGECORPS - HARZA
Estudos Preliminares Estudos Básicos
! !
Coleta e análise de projetos e dados Estudo de concepção tecnológica das
existentes obras
! !
Definição de arranjos preliminares Pesquisas de custos unitários
!
Curvas paramétricas de obras típicas
!
Otimização do esquema operacional do
Detalhamento da Alternativa Selecionada
projeto
!
Dimensionamento hidrológico
!
Dimensionamento hidráulico
-5-3-
!
Seleção de Alternativas Estudo de túneis
Estudos de Alternativas de Traçados !
Matriz multicritério Dimensionamento das obras de drenagem
! !
Consolidação dos traçados mais atraentes Dimensionamento das obras de terra e rocha
! !
Estudos hidrológicos preliminares Dimensionamento estrutural das obras civis
! !
Estudos dos locais de captação Dimensionamento dos equipamentos
! eletromecânicos e hidromecânicos
Pré-dimensionamento hidráulico
! !
Pré-dimensionamento geotécnico e estrutural Avaliação das desapropriações, relocações e
! reassentamentos
Pré-dimensionamento dos equipamentos
!
Anteprojeto das vias de acesso
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
eletromecânicos
!
! Dimensionamento dos equipamentos elétricos,
Suprimento de energia elétrica
Benefícios SB, LT e Tecom
Definição dos !
Orçamentação das alternativas Programas e
preliminares + !
condicionantes ações sócio- Infraestrutura para implantação das obras
custos
ambientais ambientais !
ambientais Cronogramas, métodos construtivos e
orçamentos
!
Orçamentação do empreendimento (obras +
O&M + gestão)
1ª ETAPA 2ª ETAPA
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
Sobre as cartas topográficas digitalizadas na escala 1:25.000, foram implantados os diversos arranjos
possíveis das obras. Em alguns trechos, onde não se dispunha de cartografia na escala 1:25.000,
foram utilizadas as cartas na escala 1:100.000. Os traçados foram implantados, adicionalmente,
sobre imagens recentes de satélite, em escalas apropriadas para análise complementar, além de
visitas técnicas de reconhecimento.
O projeto foi desenvolvido utilizando os critérios amplamente discutidos com a equipe técnica que
desenvolveu os estudos de Engenharia e com os consultores nacionais e internacionais, bem como as
concepções tecnológicas das obras, compreendendo a definição dos tipos de seções típicas de
canais, túneis, aquedutos, sifões, estações elevatórias e barramentos necessários. Na definição dos
traçados, foram também utilizados todos os dados básicos coletados e interpretados pelas equipes
multidisciplinares, principalmente os de hidrologia, hidráulica, geologia, geotecnia e planejamento,
bem como os dados relativos à restrições ambientais obtidos dos Estudos Ambientais.
Cartografia
A cartografia da área de estudo, nas escalas 1:100.000 e 1:25.000, foi digitalizada em três
dimensões (3D). A atualização cadastral foi baseada em imagens de satélite Landsat 3 e/ou SPOT.
Além disso, foi feita a conversão de todas as cartas para o Datum Oficial utilizado pelo Brasil (SAD
69).
Foram utilizados também os levantamentos radarmétricos, realizados pela FUNCATE, nas escalas
1:25.000 e 1:5.000.
Os resultados desses serviços são apresentados no Relatório R1 - Arranjos Preliminares das Obras.
♦ Topobatimetria das áreas onde foram previstas as captações de água no Rio São Francisco e no
Reservatório da UHE Itaparica;
Foram também realizadas várias medidas de descarga líqüida do Rio São Francisco, bem como
determinadas as espessuras de aluviões junto às tomadas d´água, mediante a execução de
sondagens a varejão.
Finalmente, foram coletadas amostras de água do leito do rio junto aos pontos de captação, para
subsidiar os estudos sedimentométricos.
Mapeamentos Regionais
Foram elaborados os seguintes documentos, na escala 1:500.000:
♦ Mapa Geomorfológico;
Avaliação Sismológica
Foram elaborados os seguintes documentos:
♦ Avaliação Sismológica para Obras Civis, com indicação de sismos de projeto, áreas de maior
atividade sísmica, e valores de intensidade e acelerações sísmicas.
E=350.000
E=400.000
E=450.000
E=500.000
E=550.000
E=600.000
E=650.000
E=700.000
E=750.000
E=800.000
E=300.000
N=9.450.000
Açude
Morengo
LAGOA
DO MATO
Açude PORTO DO SÃO BENTO
Betúlia
MANGUE DO NORTE
Açude SAão
Joaquim Açude
Açude
Açude Sibiró
josé de
Itaguaí
Alencar
AÇUDE DA
LUGARUNA
MACAU
Açude
Buenos Aires
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FELIPA
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CURRALINHO
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QUIXERAMOBIM LAGOA SALINA Saco
Lagoa do
Queimado
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RODRIGUES lagoa da Pedra
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Trecho IV-4/5
São Miguel
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POÇO DO BARRO
Açude
Arrojado
Lisboa
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LAGOA DO
PATO
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Açude MoAça
Açude MALTA
Engenheiro Arcoverde
Trecho III-2
Açude Albino
Açude PAúblico
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PATOS
Açude Soledade
Açude CatolAé
Horizonte
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Alagoinha
Trecho I-I 1
Lagoa da Areia
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Açude Municipal
Lagoa do Meio
Açude Novo
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Trecho I-P3
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Trecho I-I 1
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Açude do Saco
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Ilha Pequena Moxot
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Ilha Surubim
Ilha Surubim
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Ilha Caraíba
Ilha Caraíba
Açude Manteiga
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ILHA DO
ILHA DO PONTAL
PONTAL
PETROLINA
N=8.950.000
LITOLOGIA
Granitos / Xistos / Coberturas.
Gnaisses Filitos Arenitos Cenozóicas LEGENDA
Espessura da
0a3 2a4 3 a 10 2a8
Cobertura (m) Coberturas Cenozóicas
Espessura da
2a5 3a6 > 10 2a8 Arenitos
Rocha Permeável (m)
Overbreak Médio Alto Médio Baixo Granitos e Gnaisses
Para o estudo de alternativas de traçado, foi realizado o reconhecimento geológico de campo das
faixas de obras, em plantas na escala 1:25.000 (Figura 5.3), em que são descritas as características
geológico-geotécnicas ao longo dos traçados estudados, a sua compartimentação em trechos
geologicamente homogêneos e a definição para cada compartimento dos tipos de materiais
encontrados quanto à classe de escavação.
Investigações Geognósticas
Após a interpretação dos dados disponíveis dos estudos e projetos anteriores, foi desenvolvido um
programa de investigações ao longo do traçado da alternativa escolhida, com execução de
sondagens rotativas, a percussão, poços manuais e perfilagem sísmica.
As sondagens mecânicas foram preferencialmente locadas nas estruturas principais, quais sejam,
estações elevatórias, aquedutos, eixos de barragens e emboques de túneis. A caracterização de
alguns cortes mais expressivos em altura e extensão foi realizada por sondagens mecânicas,
perfilagem sísmica ou mapeamento de campo e, ainda, por extrapolação de dados em
compartimentos geologicamente homogêneos.
Nesta fase, foram realizados cerca de 1.500 m de sondagens mistas, 340 m de sondagens a
percussão e 20.600 m de perfilagem sísmica.
Onde há predominância de litologias tais como xistos, filitos, arenitos e argilitos, por se tratarem de
rochas brandas e/ou muito foliadas, o projeto considerou a exploração de pedreiras, localizadas a
distâncias máximas de 20 km dos locais de aplicação.
Assim, foram identificados cinco locais de pedreira no Trecho I, quatro locais no Trecho II, dois
locais no Trecho V e dois locais no Trecho VI, com avaliação de áreas e volumes disponíveis.
No Trecho II, o aproveitamento de areias e cascalhos derivados dos arenitos paleozóicos grosseiros
mostrou-se mais adequado. Nos Trechos III e IV, foram localizadas três jazidas de areia aluvial.
Cascalheiras significativas foram identificadas no Trecho V, nas proximidades de Petrolândia.
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PROTEROZÓICO MPROTEROZÉDIO
Ardósias e Filitos Indivisos
Quartzitos
PROTEROZÓICO INFERIOR
Complexo Gnáissico-Migmat Complexo Gnítico
Abertura de Trincheiras
Para caracterizar com maior precisão a classe de material quanto à escavação, foram escavadas
trincheiras com retroescavadeira FX-200 Fiat Allis e trator D-8 provido de lâmina e escarificador,
fornecidos pelo DNOCS. Foram escavadas, em seis litologias diferentes, até o limite do escarificável
e os resultados subsidiaram o ajuste e confirmação das hipóteses adotadas nas seções geológico-
geotécnicas obtidos do mapeamento de campo e das sondagens executadas.
Cascalheira Mesozóica na Região de Mauriti Execução de trincheira com trator de esteira (D8)
provido de um dente escarificador
No início dos trabalhos, foram definidas as principais concepções tecnológicas das obras típicas,
procurando incorporar o estado-da-arte das tecnologias construtivas e de fabricação de
equipamentos eletromecânicos, bem como a experiência recente de outros projetos de transposição
de bacias já implantados no Brasil e em outros países. Dentre os projetos de transposição que
mereceram análise mais detalhada, menciona-se o Sistema Cantareira da Região Metropolitana de
São Paulo, o Projeto Coremas / Mãe d’Água – Várzeas de Sousa na Paraíba, o Projeto Chavimochic,
no Peru, o Projeto Trasvase Daule – Santa Elena, no Equador, o Projeto Tajo-Segura, na Espanha e o
Projeto El Salam, no Egito. Ressalta-se que alguns destes foram objeto de visita por técnicos do
Consórcio Engecorps – Harza.
A avaliação inicial permitiu que fossem concebidas soluções modernas para o empreendimento, com
base em tecnologias atuais e experiências de obras já implantadas recentemente, avaliando-se os
principais problemas de construção, operação e manutenção, além dos aspectos de gestão que
pudessem ser antevistos e, conseqüentemente, minimizados para o PTSF.
Como pontos notáveis que foram agregados ao projeto, podem ser destacados:
♦ adoção de soluções típicas para as obras dos aquedutos, sifões e estações elevatórias que
permitissem a implantação em etapas, minimizando os investimentos iniciais;
♦ operação do empreendimento fora dos horários de pico do sistema elétrico, a fim de minimizar
gastos com consumo de energia elétrica;
♦ entrega dos volumes de água transpostos em açudes existentes e/ou em implantação pelos
Estados envolvidos no PTSF (Atalho, Castanhão e Orós, no Ceará, Eng. Ávidos e Boqueirão, na
Paraíba, Santa Cruz e Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte, e Chapéu,
Entremontes, Poço da Cruz e Pão de Açucar, em Pernambuco), porém prevendo a adução das
vazões necessárias para atendimento às comunidades existentes ao longo dos canais;
♦ Equipamentos nas Estruturas de Controle - comportas para controle de nível e/ou vazão pelos
canais ou reservatórios; comportas para isolamento de trechos dos canais, com a finalidade de
inspeção ou manutenção; válvulas para o controle de vazão no fundo dos reservatórios;
comportas de controle automático de nível a montante ou a jusante nos canais; entre outros;
Para a elaboração das composições de custos unitários das obras civis, cotações dos equipamentos
eletromecânicos e demais serviços previstos, foram definidos, conjuntamente com a FUNCATE, os
principais critérios básicos adotados na formação do bancos de dados.
Para o cálculo dos custos horários dos equipamentos de construção, foram feitas consultas aos
tradicionais fabricantes nacionais e internacionais e adotadas vidas úteis, depreciações, custos de
operação e manutenção e valor residual de venda compatíveis com as atividades a que estarão
sujeitos.
Os materiais de construção necessários foram cotados nas principais praças regionais e, aos valores
obtidos, agregados os custos posto obra.
Os resultados obtidos foram implantados em um banco de dados de custos informatizado, o qual foi
utilizado na orçamentação do Projeto. No Relatório R2 - Banco de Dados de Custos Unitários,
apresenta-se a totalidade dos estudos desenvolvidos dentro desta atividade.
A estimativa de custos foi feita tendo como base o banco de dados de custos unitários desenvolvido
para o empreendimento.
Nas Figuras 5.4 e 5.5, são apresentadas algumas curvas paramétricas, elaboradas para as análises de
alternativas dos Estudos de Viabilidade do PTSF; enquanto que no Relatório R4 - Curvas
Paramétricas de Obras Típicas, apresentam-se em detalhe todos os estudos desenvolvidos.
As variações anuais, sazonais, mensais e até mesmo diárias e horárias dos parâmetros envolvidos na
operação fazem deste projeto um sistema complexo. Além disso, as vazões de grande magnitude, o
grande volume de água transposta e as grandes distâncias traduzem-se em um sistema que
necessariamente é dotado de forte inércia e significativa defasagem entre a ação operativa e a sua
resposta hidráulica.
CANAL ESCAVADO EM ROCHA CANAL SOBRE MAÇICO DE SOLO COMPACTADO CANAL ESCAVADO EM ROCHA
Seção Típica sem Revestimento (sem revestimento)
5.000,00 25.000,00
FAIXA DE LIMPEZA SUPERFICIAL Z=45,00 m
4.500,00 23.000,00
COBERTURA DE SOLO
5,00 L 5,00 4.000,00 z = 30 m 21.000,00
0,50
Z=35,00 m
3.500,00 19.000,00
CUSTO (R$/m)
CUSTO (R$/m)
z = 25 m
Z=30,00 m
1 1 3.000,00 17.000,00
4 4
Z
2.500,00 z = 20 m 15.000,00
2.000,00 z = 15 m 13.000,00
2,00 5,00 Z=20,00 m
1.500,00 11.000,00
1 1 z = 10 m
1 1
H 1.000,00 9.000,00
ESTRADA DE ACESSO E MANUTENÇÃO
DET. 1 B
500,00 z=5m 7.000,00
SEÇÃO PLENA
0,00 5.000,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00
VAZÃO (m³/s)
VAZÃO (m³/s)
1,5
CANALIZAÇÃO DOS RIACHOS RECEPTORES AQUEDUTO DE CONCRETO ARMADO
5,00
0,10 1
Seção Típica c/ Talude Protegido c/ Concreto (Pedreira a 20 km) Módulo de 30,00 m
H
(BRITA 4)
TELA METÁLICA
1.000,00 1.100.000,00
0,0
5
CONCRETO Z=40 m
600.000,00
DETALHE 1 750,00
500.000,00
GABIÃO TIPO COLCHÃO GABIÃO RENO (e=0,23)
1,00 1,00 CONCRETO 700,00
PISTA DE ACESSO PROJETADO 400.000,00
(e = 0,05)
0,20
0,20
650,00 300.000,00
0,40
1,5 1,5
0,10 5,00 1 1 0,40 600,00 200.000,00
(BRITA 4)
H
3
0,2
ALTEAMENTO FUTURO
H
L2 GEOCÉLULA PREENCHIDA
TRINCHEIRA DE DET. 2 COM CONCRETO
L1 ANCORAGEM
PROTEÇÃO VEGETAL PROTEÇÃO
1,5 f
1 VEGETAL GEOTÊXTIL
ALTEAMENTO FUTURO H1 h 1,5
1,5 e2 1 GANCHO e4
1 1,5 B D
1 DE FIXAÇÃO
30,0 m ( TÍPICO )
DETALHE 2
B H2
SIFÃO COM SEÇÃO ESCAVADA EM ROCHA SIFÃO (Comprimento 200 m e Profundidade Indicada) ADUTORA EM AÇO
Seção Típica Vala em Solo
4.500.000,00 14.000
POÇO DE VISITA
15 kg/cm²
50 m
4.000.000,00 12.000
20 kg/cm²
L
NA
40 m
GRADE METÁLICA
3.500.000,00
CA
10.000
DET. 2
30 m
CUSTO (R$/m)
CUSTO (R$/m)
3.000.000,00 8.000
20 m
CANAL 2.500.000,00
CANAL 6.000
DETALHE 2
até 10 kg/cm²
2.000.000,00
4.000
POÇO DE SAÍDA
1.500.000,00
POÇO DE ENTRADA 2.000
2D
e1 e1 e1 e1
e 2
1.000.000,00
0
D 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00
400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000
VAZÃO (m³/s)
DIÂMETRO (mm)
e 2
TÚNEL ESCAVADO E REVESTIDO COM CONCRETO
R 10.000
Classe I
0,10 4.000,00
3.000,00
D
H
E
2.000,00
1.000,00
1.000
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00
0,30 10.000.000 100.000.000 1.000.000.000 10.000.000.000
VAZÃO (m³/s) P x Q (cv . l/s )
L
ENVOLTÓRIA DE AREIA
2
2
D/
D/
D/
D/
D/2
D/2
D/2
0,20
0,20,
(L=0,03 m)
! CONSUMO DE FIBRAS METÁLICAS NO CONCRETO
D D D PISO D ! CONSUMO DE FIBRAS METÁLICAS NO PROJETADO - 40 kg/m³
REGULARIZADO
ESCAVAÇÃO EM ROCHA ESCAVAÇÃO EM ROCHA ESCAVAÇÃO EM ROCHA ESCAVAÇÃO EM ROCHA
COM E SEM REGULARIZAÇÃO DO PISO COM E SEM REGULARIZAÇÃO DO PISO E TIRANTES COM E SEM REGULARIZAÇÃO DO PISO, COM REGULARIZAÇÃO DO PISO EM CONCRETO
EM CONCRETO PROJETADO E TIRANTES SISTEMÁTICOS PROJETADO E TIRANTES ESPORÁDICOS
Dentre os principais pontos analisados no transcorrer dos estudos, podem ser destacados:
Uma vez feita a pré-seleção dos arranjos preliminares desenvolvidos, foram iniciados os estudos de
alternativas de traçados. Os traçados analisados compreenderam dois eixos básicos:
♦ Eixo Norte; e
♦ Eixo Leste.
Para os estudos de traçados, foram utilizadas as vazões de dimensionamentos definidas pela
FUNCATE. As vazões finais de dimensionamento utilizadas na 2ª Etapa dos Estudos de Engenharia
foram baseadas nas demandas definidas nos Estudos de Inserção Regional e nos Estudos
Operacionais apresentado no item 5.6.2.
O Eixo Norte considerou alternativas de traçado com captação no Rio São Francisco próximo à Ilha
de Assunção, no Município de Cabrobó (PE), e atende às bacias dos Rios Jaguaribe (CE), Apodi e
Piranhas-Açu (RN), Piranhas, Piancó e Taperoá (PB) e Brígida (PE).
O Eixo Leste considerou traçados com captação no reservatório da UHE Itaparica, em Petrolândia
(PE), e atendimento às bacias dos Rios Moxotó e Capiberibe (PE) e Paraíba (PB).
R
i
o
A
p
o
d
i
Açude do Chapada do Apodi
Poço do Barro
Açude
Trecho IV-4/5
Lagoa do Platô
Arrojado Lisboa
R io A p o d i
Castanhão Trecho IV-5
Rio Apodi Açude Público Pataxós
Apodi
Trecho IV-6
Açude do Castanhão Lagoa do Apodi Açude do
CONSÓRCIO
Jaguaretama Apanha Pede Açude Mendubim
CEARÁ Açude Riacho
do Sangue Jaguaribara Trecho IV-4
Açude
Malhada Vermelha Açude Santa Cruz
Trecho IV-3
Jucurutu
R
io
P
ir
a
n
h
a
s
Pau dos Ferros Açude Lucrécia RIO GRANDE DO NORTE
Açude Pau dos Ferros
Açude Orós Açude Público
Orós do Bonito
São Miguel Brejo do Cruz
Jardim de Piranhas
Lagoa do Igatu
R
io
P
ir
a
n
h
a
s
Rio Jaguaribe Açude
Lagoa do Barra Alto Lima Campos Icó
Trecho IV-1
Trecho III-2 Boqueirão
R io P ira n h a s
PIAUÍ Quixadá Açude Serra Branca
(Cedro)
Uiraúna
Cedro Trecho III-3
Açude Público Pilões
Lavras Santa Helena
Antenor Navarro Trecho II-3
Riacho Cariús Rio do Peixe
Trecho IV-2 Varzeas Pombal
R
i
o
P
i
a
n
c
o
ENGECORPS - HARZA
Sousa Açude Público
Iborepi Bom Jesus de Sousa São Santa Luzia
(Lavras do
Mangabeira) Domingos
Cajazeiras
Rio Pianco
Rio Salgado
Açude Eng. Arcoverde
Açude Público
Trecho III-1 Aurora Eng. Ávidos
Patos
Trecho III-2 Trecho II-3 Açude Coremas
Boa Vista Açude Mãe d'Água Taperoá
Missão
Crato Velha Trecho I- I1 Piancó Trecho V-2
R
io
P
ia
n
c
¾
Juazeiro Milagres Trecho IV-1 Rio Piancó PARAÍBA
R io P ia n co
R
io
P
ia
n
c
o
Trecho I- I2 ch Açude Público
Tre São José
Rio ParaÝba
Serra Branca
Rio Pianc¾
do Egito Boqueirão
Conceição Serra Branca
Trecho I- I3 Quixabinha
São Domingos Rio Paraíba
Jati Trecho II-1 Trecho II-2 Açude Sumé
-5-17-
Atalho Afogados da
Trecho I -I1 Ingazeira
Açude do Saco
Açude Arrudeira
.
ch
d
e
o
e
d
ro
S
P
R
Ò
Açude Cachoeiro Açude Público
do Estado
Açude Chapéu Trecho I- P1 e P2 Açude Público Santa Cruz do Capibaribe
Custódia
Trecho VI -2 Serra Talhada
Salgueiro
Trecho VI -1
Rch. da Brigida
Açude Serrinha Trecho V-1
Trecho VI- 1
Açude Entremontes Umbuzeiro Açude Eng. S. Guerra
Trecho I- P1 e P2
.
hc
o
e
d
ro
S
P
R
Ò
E3
R
c
h
.
d
a
B
ir
g
i
d
a
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Trecho I-P3
Cabrobó
Rch. das Garþas
Rio da Brígida
Açude Público Poço da Cruz
Rio Paje·
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
Os estudos hidrológicos preliminares desenvolvidos visaram definir as vazões e hidrogramas para pré-
dimensionamento das estruturas hidráulicas, incluindo barragens e estruturas de drenagem, bem
como permitir a escolha das estruturas mais adequadas para travessia de talvegues, como sifões,
aquedutos ou barragens.
Além disso, objetivaram caracterizar o regime fluvial dos rios que receberão as águas transpostas,
permitindo avaliar, de forma preliminar, a capacidade hidráulica natural ao longo do curso d’água,
fornecendo subsídios para a definição dos locais de deságüe nesta fase dos estudos.
♦ Pluviosidade na Região;
As atividades do Pré-dimensionamento Hidráulico das obras foram iniciadas com a definição dos
critérios de projeto hidráulico, conjuntamente com a FUNCATE.
Foram pré-dimensionadas as obras típicas, estabelecendo suas características principais tais como
seção transversal, declividades, perdas de carga, etc.
No dimensionamento das obras típicas foi realizado estudo técnico-econômico para avaliação do
faseamento das obras, para definição da declividade econômica das obras lineares e do revestimento
mais econômico sob o ponto de vista hidráulico.
Foram realizadas, por técnicos do Consórcio, visitas de inspeção a todos os traçados selecionados,
identificando e registrando em fotos e relatórios de visita as características topográficas, geológicas, os
materiais naturais de construção, entre outras informações, das regiões a serem atravessadas por
cada trecho.
O estudo de traçados e de locação das obras foi realizado sobre restituição aerofotogramétrica na
escala 1:25.000, simultaneamente ao cálculo do perfil hidráulico do canal. Sobre o modelo digital
do terreno em 3D, confeccionado a partir das curvas de nível das restituições, foram implantadas as
obras lineares e localizadas.
A implantação dos arranjos alternativos no modelo digital do terreno foi feita utilizando as seções
típicas das obras de adução, definidas de acordo com as características de cada trecho.
Na implantação, foram utilizadas as ferramentas de “software” disponíveis no "GEOPAK Suite".
A implantação das obras com essas ferramentas permitiu obter, rapidamente e com a precisão
apenas limitada à representatividade da topografia, os volumes e orçamentos das obras visando à
comparação de alternativas de obra, de arranjo geral e de traçado (Figura 5.7).
Para o pré-dimensionamento geotécnico das obras, foi feita uma análise criteriosa de dados
secundários sobre parâmetros geomecânicos disponíveis, a partir dos estudos já desenvolvidos e em
andamento na região de interesse do empreendimento. Complementarmente, foram coletados e
analisados dados de interesse e disponíveis na literatura técnica brasileira (congressos, simpósios e
seminários de mecânica dos solos e engenharia de fundações, seminários de grandes barragens,
congressos da ABGE, etc.).
A partir daí, foram definidos, através de análises específicas, as características dos principais
dispositivos componentes do empreendimento, através de avaliações com softwares apropriados
(ESTAVEL, PERCPLAN, etc.).
FIGURA 5.7
Juntamente com a equipe de Geologia, foram definidos os principais tratamentos típicos a serem
considerados para as diversas estruturas componentes dos traçados, através da adoção de índices
obtidos de outros empreendimentos, para cada domínio geológico atravessado pelos traçados.
No Relatório R13 – Pré-dimensionamento Geotécnico das Obras, são apresentados os resultados dos
estudos desenvolvidos.
Nesta etapa, foram efetuados dimensionamentos expeditos das estruturas de concreto, suficientes
para quantificação e posterior orçamento das obras, necessários à comparação de alternativas de
traçados.
Dentre as várias condicionantes que envolvem o dimensionamento estrutural das obras, foram
observados as condições geológico-geotécnicas, as condições hidroclimatológicas, as condições de
acesso e distância aos centros produtores, o emprego de mão-de-obra extensiva, o faseamento das
obras e os materiais de construção disponíveis.
No Relatório R14 – Concepção Estrutural das Obras, são apresentados os resultados desses trabalhos.
Para as estruturas de controle, englobando as comportas tipo segmento, comportas tipo ensecadeira
planas, válvulas dispersoras cônicas, comportas-segmento automáticas, entre outros, os pré-
dimensionamentos foram efetuados a partir de dados obtidos de informações e parâmetros técnicos.
EL. 369,72
EL. 368,25
EL. 364,00
2,50
5,00 16,06 16,73 3,70 15,70
TÚNEL EM CARGA
FIGURA 5.8
Paralelamente ao desenvolvimento dos traçados das alternativas, foram avaliadas as melhores formas
de suprimento de energia elétrica às estações elevatórias, bem como os esquemas operacionais
dessas estruturas, as porcentagens de operação ao longo do ano, as classes de tensão de suprimento
e a avaliação da interrupção nos horários de pico do sistema elétrico ao longo do dia, visando definir
as tarifas mais vantajosas para o empreendimento.
Esses estudos concluíram pela adoção, nessa fase do estudo, de bombeamento durante 80% do ano,
além da paralisação da operação nos horários de ponta, bem como o emprego de sistemas de
transmissão com classes de tensão de 230 kV ou 138 kV sempre que o sistema de transmissão
existente na região assim o permitir.
No Relatório R10 – Sistema de Suprimento de Energia Elétrica, são apresentados os resultados desses
estudos.
A partir das plantas, arranjos e seções das principais obras, bem como do detalhamento dos
equipamentos eletromecânicos e o interrelacionamento das várias áreas envolvidas, foi feito o
levantamento das quantidades dos serviços principais para a implantação das alternativas estudadas.
♦ sinergia com os recursos hídricos locais a partir do atendimento e operação racionalizada dos
principais açudes estratégicos, como o de Orós, Castanhão (em construção), Armando Ribeiro
Gonçalves, Santa Cruz (em construção), Boqueirão, Coremas – Mãe d’Água, Chapéu,
Entremontes e Poço da Cruz;
♦ atendimento dos anseios dos Estados, refletidos em seus Planos Diretores de Recursos Hídricos;
♦ atendimento às bacias, preferencialmente por uma única opção de traçado, evitando assim
alternativas que tenham trechos concorrentes para os mesmos centros de demanda/bacias
beneficiadas. Este critério acabou por eliminar diversas combinações de traçados que foram
igualmente analisadas ao longo dos estudos.
A Figura 5.9 mostra, simplificadamente, o processo de seleção de alternativa através de uma
seqüência metodológica.
A concepção das alternativas de traçado procurou, numa fase inicial, analisar e definir as melhores
opções para sub-trechos concorrentes nos Trechos I, V e VI.
A seleção entre os sub-trechos concorrentes teve por referência a avaliação de diversos parâmetros
envolvidos, destacando-se entre outros aspectos, o custo total; os aspectos operacionais; os aspectos
sócio-ambientais; os aspectos de gestão da água no trajeto e o potencial de perdas no trajeto
(infiltração, evaporação, etc.).
♦ alternativa I-P1: alternativa definida nos estudos de 1994, prolongada até o Açude Atalho e
adequada para as vazões definidas no estudo atual. A captação de água é feita no braço da ilha
de Assunção, e incluindo a construção de canais, aquedutos, estações de bombeamento,
barramentos e túneis;
♦ alternativa I-P2: esta alternativa teve o mesmo traçado da alternativa IP1, substituindo os
barramentos, por canais construídos a meia encosta ou sobre aterros. Com a redução dos
barramentos, a extensão dos canais foi consequentemente aumentada;
♦ alternativa I-P3: esta alternativa foi implantada a oeste das anteriores (domínios da bacia do Rio
Terra Nova), sendo a captação de águas feita imediatamente a montante da Ilha Assunção.
ANÁLISE COMPARATIVA - SELEÇÃO DAS MELHORES ALTERNATIVAS SELEÇÃO MULTI CRITÉRIO E MULTI OBJETIVO ANÁLISE INCREMENTAL ESPACIAL
GRUPOS A Castanhão
US$ 53,4 Chapada do
Apodi
Rio Apodi
ALTERNATIVAS PRÉ-SELECIONADAS ALTERNATIVA SELECIONADA
TRECHO IV 4
Santa Cruz
Rio Jaguaribe Orós
Rio Jaguaribe US$ 83,7
Chapada do
Apodi
Bela Vista
Castanhão
RIO GRANDE Armando
DO NORTERio Apodi Ribeiro
Gonçalves
Riacho Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros
Cariús US$ 77,1 Santa Cruz Rio Piranhas
TRECHO III 2
Rio Jaguaribe Rio Jaguaribe
Orós
Rio do PeixeUS$ 53,4
PARAÍBA
Chapada do
Bela Vista Castanhão
Sousa RIO GRANDE
Apodi
Iborepi Rio Salgado Armando
(Lavras do Mangabeira) Santa Helena
US$ 147,9
DO NORTE Ribeiro
Taperoá Rio Apodi Gonçalves
CEARÁ PauTRECHO IV 4
Quimaui
Riacho Quixadá (Cedro) dos Ferros
(Missão Velha) Bom Jesus US$ 73,7
Cariús Rio Paraíba
Chapada do Apodi
I1
Rosário
US$ 83,7 Santa Cruz Trecho IV-4/5
TRECHO
Milagres III 2 TRECHO IV 2 Rio do Peixe CEARÁ Jaguaretama
Trecho IV-6
Iborepi
dos Porcos Rio Salgado
(Lavras do Mangabeira)
Quixabinha
Santa Helena
Riacho Mulungu/ DO NORTE Taperoá
Armando
Jaguaribe
Trecho IV-3
IP3 I1 Milagres US$ 110,4 Rio Piancó Boqueirão PIAUÍ Trecho III-2
Trecho IV-1
TRECHO VI 2 Riacho
Sousa Quixadá
Boqueirão
Uiraúna
Rio Salgado Rio Piranhas (Cedro)
Trecho III-3
TRECHO III 1 Iborepi
dos Porcos
(Lavras do Mangabeira)
TRECHO V 1Santa Helena Riacho Mulungu/ Antenor Navarro
Trecho II-3
Salgueiro Quixabinha Rio Capibaribe Lavras Santa Helena
PARAÍBA
Milagres
PERNAMBUCO
Juazeiro Milagres Trecho IV-1
Rio da Brígida TRECHO VI 2 Rio Piancó Boqueirão do Norte
I1 TRECHO V 1
Riacho II-1
TRECHO V 1
Abaiara
Cabrobó dos Porcos ho
Trecho I- I2 São José
Salgueiro Quixabinha Riacho Mulungu/
Rio Capibaribe Trec
do Egito
Serra Branca
Boqueirão
Entremontes Chapéus Monteiro
Trecho I- I3 Conceição
São Domingos
Atalho Ibiara Jati Trecho II-1 Trecho II-2
US$ 212,7 Jati I1 Trecho I -I1
Afogados da
Ingazeira
US$
TRECHO II 1324,0
IP3 US$ 65,9 US$ 36,2 Riacho Moxotó
Trecho I-P3 Monteiro
VPL
US$ 90,7 US$ 110,4
R
h
c
.
d
e
S
Ò
o
P
e
d
o
r
Trecho I- P1 e P2 Santa Cruz do Capibaribe
IP3
Rio da Brígida TRECHO VI 2 TRECHO V 1
PERNAMBUCO Trecho VI -2
Salgueiro
Serra Talhada
Seleção
Trecho VI -1
C
Trecho V-1
Cabrobó TRECHO V 1 Trecho VI- 1
Rch. da Brigida
Umbuzeiro
Trecho I- P1 e P2
Salgueiro Rio Capibaribe
Arcoverde
Entremontes Legenda:
E3
R
hc
.
S
Ò
o
P
e
d
ro
Chapéus Trecho I-P3
R
h
c
d
a
B
.
ig
r
id
a
Cabrobó
R$
US$ 324,0 Trecho I
Rch. das Garþas
Orocó
Castanhão Apodi Trecho II Trecho V-1
IP3 Riacho Moxotó
E2
Santa Maria
US$ 294,5 Trecho III da Boa Vista
Moxotó
PERNAMBUCO
Trecho IV
Rio da Brígida TRECHO V 1
PERNAMBUCO TRECHO IV 4
Rio Apodi
Trecho V FORTALEZA
Multicritério
Cabrobó Trecho VI
Chapada do Apodi
Açudes em BAHIA Trecho IV-4/5
di
Jaguaribara Açude
Castanhão Juazeiro
Apo
Bela Vista Banabuiú Macau
Armando Limoeiro
Rio
Alternativas A1, A2 …
DO NORTERio Apodi do Norte
Jaguaribe
Ribeiro
Gonçalves Trecho IV-3 CHAPADA NATAL
An
Riacho Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros Pau dos Ferros
Jucurutu
RIO GRANDE DO NORTE DO APODI Açude Armando
Cariús Açu Ribeiro Gonçalves
TRECHO III 2 US$ 77,1 Santa Cruz Rio Piranhas Orós Açude do
Castanhão
22 m³/s
ibe
RIO GRANDE
Trecho IV-1
Apodi PIAUÍ Trecho III-2 Boqueirão
DO NORTE
Jaguar
Bela Vista Castanhão Açude
Sousa Quixadá
(Cedro)
Uiraúna
Orós Pau dos Ferros
Rio Salgado Trecho III-3
CENÁRIO
Iborepi Armando
Santa Helena
DO NORTE Trecho II-3 çu
Rio
(Lavras do Mangabeira) Lavras Antenor Navarro Açude Pau dos Ferros
Ribeiro
-A
US$ 147,9 Iguatu
Santa Helena
has
Varzeas
Taperoá Rio Apodi Gonçalves Trecho IV-2 Sousa Pombal
CEARÁ PauTRECHO IV 4
an
Quimaui
Riacho Iborepi Bom Jesus de Sousa São
TRECHO IV
Pir
Quixadá (Cedro) dos Ferros
US$ 73,7
(Lavras do
Domingos
(Missão Velha) Mangabeira)
Rio
Bom Jesus
Minimizar Custo
Cajazeiras 18 m³/s
Cariús Rio Paraíba
I1
Rosário
US$ 83,7 Santa Cruz Aurora
10 m³/s
do
Trecho III-1 Patos
Rio Jaguaribe VÁRZEA 12 m³/s
lga
Trecho III-2
Rio Jaguaribe
PARAÍBA
Trecho II-3
US$ 106,8 Orós Coremas/Mãe D'Àgua
Sa
Taperoá
US$ 110,4
Boa Vista
Abaiara
TRECHO IV 2 Crato
Missão
Trecho I- I1
12 m³/s
DE SOUSA
TRECHO
Milagres III 2 Rio do Peixe Juazeiro
Velha
Trecho IV-1
Piancó Trecho V-2
PARAÍBA
12 m³/s
RIO GRANDE
Milagres
Rio Piancó Boqueirão do Norte TRECHO III Sousa 12 m³/s
Riacho Bela Vista Sousa Rio Piranhas Cajazeiras
Iborepi Rio Salgado Abaiara II-1 Açude São
o Gonçalo
Gonç
PARAÍBA
Rio
ho
dos Porcos 22 m³/s
Patos
(Lavras do Mangabeira)
Quixabinha
Santa Helena
Riacho Mulungu/ DO NORTE Armando
Trecho I- I2 Trec São José
do Egito Boqueirão TRECHO II
ADOTADO
Serra Branca Açude íba
Taperoá 24 m³/s
CEARÁ
Trecho I- I3 Conceição
Quimaui Monteiro Ribeiro Crato Cuncas Açude Açude Coremas/ Para
CEARÁ
São Domingos
I1 Atalho Riacho
B
Trecho II-2
US$ 212,7 Jati Ibiara
(Missão Velha) Bom Jesus
Quixadá (Cedro) US$ 73,7 Pau dos Ferros Gonçalves
Jati Trecho II-1
Afogados da (Projetado) Engº Ávidos Mãe d'Água Rio
TRECHO II 1 Rosário
Cariús Rio Paraíba
Trecho I -I1 Ingazeira Juazeiro Piancó Campina Grande
JOÃO PESSOA
US$ 90,7 do Norte Milagres
US$ 53,4 Chapada do
US$ 65,9 US$ 98,6 US$ 199,5
Trecho I-P3 Monteiro 8 m³/s
R
h
c
.
d
e
S
Ò
o
P
e
d
ro
Trecho I- P1 e P2 Santa Cruz do Capibaribe Acauã
Rio do Peixe 6 m³/s
IP3 I1 Milagres US$ 110,4 Rio Piancó Boqueirão
Trecho VI -2
Salgueiro
Serra Talhada
Açude Quixabinha Açude Sumé Açude
TRECHO VI 2 Riacho
Sousa Trecho VI -1 Jati Boqueirão
Rio Apodi Rio Piranhas Trecho V-1
Q
TRECHO III 1 Rio Salgado
TRECHO V 1Santa Helena
Trecho VI- 1 10 m³/s
Rch. da Brigida
Iborepi 52 m³/s
TRECHO IV 4 dos Porcos
(Lavras do Mangabeira) Riacho Mulungu/ Trecho I- P1 e P2
Umbuzeiro Açude
Chapéu
Açude
Atalho Rio Mulungu
Salgueiro Quixabinha Rio Capibaribe
Entremontes Monteiro Taperoá Legenda:
Arcoverde
CEARÁ
E3
R
hc
.
S
Ò
o
P
e
d
ro
Chapéus Quimaui 52 m³/s
Monteiro
Atalho Ibiara
Trecho I-P3
TRECHO VI TRECHO I
R
h
c
d
a
B
g
id
a
.
ri
Santa Cruz
Jati (Missão Velha) Bom Jesus US$ 73,7 Cabrobó
10 m³/s 8 m³/s
RECIFE
5 m³/s
Orós Rio Paraíba Orocó Salgueiro Sertania
Chapada do US$ 90,7IP3 US$ 212,7 TRECHO V
Aspectos Técnicos
US$ 294,5 Riacho Moxotó Coremas/Mãe D'ÀguaPará
Trecho II
Santa Maria
Trecho V-1 E2
Açude Entremontes
Apodi US$ 65,9 US$ 36,2 Trecho III Moxotó
RIO GRANDE
da Boa Vista
Castanhão IP3
Abaiara
US$ 199,5 PERNAMBUCO 65 m³/s
Arcoverde
Rio
Bela Vista Trecho IV 8 m³/s
Vazão p/ os centros de demanda
Armando
TRECHO VI 2
Milagres
PERNAMBUCO
Rio Piancó Boqueirão Trecho V Cabrobó
Bríg
Rio da Brígida I1 Canais sem bombeamento
DO NORTERio Apodi Ribeiro Riacho TRECHO V 1 Açude
ida
16 m³/s
Cabrobó TRECHO V 1 Trecho VI o Poço da Cruz Canais com bombeamento
Ri
Gonçalves dos Porcos S ão
Riacho Salgueiro Quixabinha Riacho Mulungu/
Rio Capibaribe Açudes em BAHIA
Chapada do Apodi
Franci sco Canais com bombeamento (parcela do Estado)
Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros
Entremontes Chapéus construção
Trecho IV-4/5
PERNAMBUCO 8 m³/s
Rios
Monteiro
ó
Cariús Castanhão Trecho IV-5
xot
Atalho
TRECHO III 2 US$ 77,1 Santa Cruz Rio Piranhas US$ 212,7 Jati I1 Ibiara Açudes Rios receptores
Mo
Apodi
Rio
Jaguaretama
Chapada do TRECHO Petrolina
Jaguaribara Trecho IV-4
Rio do PeixeUS$ 53,4 IP3 US$ 65,9 US$ 36,2 Riacho Moxotó
Juazeiro
Reservatório de Itaparica Cidades
US$ 199,5 Pará
RIO GRANDE
Apodi US$ 294,5 US$ 110,4 Açudes existentes
e Políticos
Bela Vista Castanhão
Sousa US$ 90,7 IP3
Jaguaribe
Iborepi
(Lavras do Mangabeira)
Rio Salgado Santa Helena
DO NORTE
Armando
Rio da Brígida TRECHO VI 2 TRECHO V 1
PERNAMBUCO Trecho IV-3
Jucurutu
Petrolina
BAHIA ALAGOAS 60 m³/s
Açudes em construção
Ribeiro
US$ 147,9 Cabrobó TRECHO V 1 RIO GRANDE DO NORTE
Bn
Pau dos Ferros Vazão de dimensionamento - capacidade máxima
Taperoá Rio Apodi Gonçalves
CEARÁ PauTRECHO IV 4
Quimaui
Riacho Quixadá (Cedro) dos Ferros Salgueiro Rio Capibaribe
US$ 73,7
Orós
(Missão Velha)
Cariús
Bom Jesus Entremontes Chapéus São Miguel Brejo do Cruz Reservatório de Sobradinho
I1
Rosário
US$ 83,7 Rio
Santa Cruz Paraíba Jardim de Piranhas
TRECHO
Milagres III 2 TRECHO IV 2 Rio do Peixe IP3 Riacho Moxotó
Trecho III-2
Quixadá
Boqueirão
Uiraúna
US$ 294,5
RIO GRANDE
(Cedro)
Taperoá
CEARÁ
Mangabeira)
Cajazeiras
Atalho Quimaui Monteiro Ribeiro
US$ 212,7 Jati I1 Riacho Ibiara
(Missão Velha) Bom Jesus
Quixadá (Cedro) US$ 73,7 Pau dos Ferros Gonçalves Trecho III-1 Aurora
Patos
TRECHO II 1 Rosário
Cariús Rio Paraíba
Trecho III-2 Trecho II-3
Boa Vista Taperoá
US$ 90,7
Missão
Alternativas C1, C2 …
US$ 90,7IP3 US$ 212,7 US$ 294,5
R
h
c
.
d
e
S
Ò
o
P
e
d
o
r
Trecho I- P1 e P2 Santa Cruz do Capibaribe
Milagres
PERNAMBUCO
Rio Piancó Trecho VI- 1 Trecho V-1
Rch. da Brigida
Boqueirão
Rio da Brígida TRECHO VI 2 I1 TRECHO V 1
Riacho Trecho I- P1 e P2
Umbuzeiro
Arcoverde
R
ch
.
S
Ò
o
P
e
d
or
Salgueiro Quixabinha Riacho Mulungu/
Rio Capibaribe Trecho I-P3
R
h
c
d
a
B
g
d
a
.
ri
i
Cabrobó
Entremontes Chapéus Monteiro Trecho I
Rch. das Garþas
US$
II 1324,0
E2
Santa Maria
TRECHO Trecho III da Boa Vista
Moxotó
PERNAMBUCO
IP3 US$ 65,9 US$ 36,2 Riacho Moxotó Trecho IV
US$ 294,5 US$ 110,4 US$ 199,5 Pará
US$ 90,7 IP3
Trecho V
Rio da Brígida TRECHO VI 2 TRECHO V 1
PERNAMBUCO Trecho VI
Açudes em BAHIA
Cabrobó TRECHO V 1 construção
Salgueiro Rio Capibaribe Açudes
Entremontes Chapéus Existentes Petrolina
Juazeiro
US$ 324,0
IP3 US$ 294,5
Riacho Moxotó
PERNAMBUCO
Cn
Rio da Brígida TRECHO V 1
Cabrobó
Alternativas B1, B2 …
5O
%%19
Ribeir
227o
%%
33
Brej
%%2
Cilez
Jaburu
00-0
SONO
27o
r%%2
Brejo
Ribei
Peixinho
AQUEDUTO TÚNEL CUSTO DA BARRAGEM
227o
Ribeir%%
Rio
Rio
Do
Sono
Rio
Jalapinha
! Planos Diretores de
Soninho
Brejo
Brejo
Serra
de
500 Tinqui
Brejo
CUSTO
33
P%%2
Piranh
a
Brejo
Recursos Hídricos
Rio
Piranha
250
Car%%225
Brejo
250
Novo
3rrego
C%%24
400
R$ R$ R$
27o
Ribeir%%2
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO ! Anseios da População
Brejo Lagoa
Brejo
CI 1
Peixinho
Rio
C%%243rrego
o
Miudo
43rreg
C%%2
Cort
3
a
%23
Jos%
Perna
oquinha
CI 2
! Conflitos no Usos da
Muri%%231
Brejo
Brejo
Perna
ALTURA / ARRANJO
400 C%%243rre 43rta
go C%%2
CI 3
CANAL RESERVATÓRIO CI …
Água
CUSTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
! Comitês de Bacias
500
OBRAS TÍPICAS CI …
BASES Q3
Limite Inferior Limite Inferior Limite Inferior
CUSTO
Q2
Q1 Q Q Q
4.500,00
25.000,00
23.000,00
Z=45,00m
Q3
! Potencial à Irrigação
CUSTO
CUSTO
z = 30m 21.000,00
Q2
4.000,00 Z=35,00m
(Modelos Agrícolas)
3.500,00 19.000,00
CUSTO (R$/m)
Q1
CUSTO (R$/m)
z = 25m
Z=30,00m
3.000,00 17.000,00
BENEFÍCIOS
2.000,00 z = 15m 13.000,00
Z=20,00m FORTALEZA
1.500,00 11.000,00
z = 10m
! Recreação
1.000,00 9.000,00
CEARÁ
500,00 z = 5m 7.000,00 Canal do Trabalhador
BACIAS
METROPOLITANAS
5.000,00
0,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00
SUB-BACIA DO
BAIXO JAGUARIBE
L (m)
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 Russas BACIA DO RIO APODI
ALTURA / ARRANJO L (m)
BACIA DO RIO JAGUARIBE Mossoró
VAZÃO (m³/s)
VAZÃO (m³/s)
di
Limoeiro
Apo
Açude
Banabuiu do Norte Chapada
Rio
SUB-BACIA DO
do Apodi
! Açudagem
SUB-BACIA DO
BANABUIU BAIXO PIRANHAS/AÇU
Apodi SUB-BACIA DO
Açu NATAL
Açude do MÉDIO/BAIXO
Castanhão SUB-BACIA DO APODI
MÉDIO JAGUARIBE Açude
Santa Cruz
ribe
DO NORTE
CUSTO DE OPERAÇÃO
Açude Orós çu
Açude Pau de Ferros BACIA DO
-A
Rio
RIO PIRANHAS/AÇU
has
Iguatu SUB-BACIA DO
BALANÇO ENERGÉTICO
an
ALTO APODI
Pir
Módulo de 30,00 m
Rio
SUB-BACIA DO
E MANUTENÇÃO
Várzeas MÉDIO PIRANHAS/AÇU
Rio algado
SUB-BACIA DO de Sousa
ALTO JAGUARIBE Peixe
do
S
CUSTO
Poço da Cruz
São
Francisco PERNAMBUCO
600.000,00 BACIA DO
ó
xot
RIO MOXOTÓ
Mo
Rio
500.000,00 Q
Reservatório
BACIA DO
R$
de Itaparica
RIO SÃO FRANCISCO
Petrolina
400.000,00 ALAGOAS
Reservatório BAHIA
de Sobradinho
300.000,00
BACIA DOADORA
200.000,00
Limitante Superior
100.000,00 L (m)
ÁREA DE ESTUDO
- 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00
VAZÃO (m³/s)
VAZÃO (m³/s)
FLEXIBILIDADE POPULAÇÃO
IRRIGAÇÃO
CURVAS PARAMÉTRICAS 4
Perdas: 12,5 %
8
Perdas: 16,1 %
6
CUSTOS OPERACIONAIS
Açude Castanhão Açude Santa Cruz
4.452 hm³ 600 hm³ Açude Armando
Ribeiro Gonçalves Perdas: 11,4 %
Jaguaribe 2.400 hm³
Rio Jaguaribe 3
Perdas: 1,9 % RIO GRANDE
Rio Salgado
7 DO NORTE
Rio Apodi
Perdas: 6,1 %
Açude Orós
1.953 hm³ 5
2 na Perdas: 2,4 %
le
Perdas: 8,2 % He Açude Pau dos Ferros
a 55 hm³
nt
Rio Piranhas
40 m³/s
50 m³/s Sa 40 m³/s Ri
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
ac 4
CEARÁ
8
io ho
Mo Va 6
tôn rta ca Perdas: 12,5 % Perdas: 16,1 %
An
80 m³/s
ANO ANO
Perdas: 1,9 %
Rio Salgado
CIA
Rio Apodi
Rio Piranhas
Perdas: 6,1 %
Demanda: 6 m³/s 1 Perdas: 2,0 %
Açude Açude Orós
Perdas: 9,6 % 5
BA
1.953 hm³ a
Quixabinha 2 len
Perdas: 2,4 %
32 hm³ Perdas: 8,2 % Açude Pau dos Ferros
3
He
nta 55 hm³
Rio Piranhas
40 m³/s
50 m³/s Sa 40 m³/s
4 m³/s
CIA
Ria
Riac
Várzeas 11
1 CEARÁ ch
DISPONIBILIDADE HÍDRICA (m³/s)
ho do io Mo o Va
Boi Açude Coremas -
Anos de Sousa tôn
BA
rta ca
CIA
Limitante Inferior
An
80 m³/s
Mâe D´água to
Ítem Atividade 1.360 hm³ San Açude Eng. Ávidos AçudeSão Gonçalo pb-rn
PARAÍBA
pombal
Rio Piancó
BA
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 os 50 m³/s
Porc
1
Açude
DISPONIBILIDADE HÍDRICA (m³/s)
Açude 12
R
Cuncas
ia
Atalho
CIA
Perdas: 15,6 % 252 hm3
ch
1 Aquisição de Terras
Rio Piranhas
Perdas: 2,0 %
' 108 hm³ Demanda: 6 m³/s 1
o
2
monteiro Açude
da
Perdas: 9,6 %
BA
89 m³/s
Quixabinha
UHE Jati Ri Rio Paraíba
B
CIA
32 hm³
R
2 Relocações ac
ríg
ia
21,2 hm³ ho 9 10
³/s
ch
id
Riach 4 m³/s
POT=23,5 MW Ja Várzeas 11
a
BA
o
o do
2
Açude Coremas -
rd Boi
Sã
de Sousa
10
CIA
10 m³/s PARAÍBA
Pe
H=
Rio Piancó
86,
dr
Porco
96 30 hm³ 46 hm³ 535 hm³ 50 hm³
10 m³/s
10 m³/s
Açude
BA
o
Ri
m
4 Subestações Perdas: 26,9 % Atalho
ac
borges
89 m³/s
Açude
Ri
ac
ígi
Chapéu ho 9 10
/s
Açude
da
Entremontes
ho
m³
18 POT=23,5 MW Ja
99 m³/s
10
/s e_salgueiro_2 e_itaparica_2 H
= 86,9 Poções Camalaú Epitácio Pessoa Acauã
6 Obras de drenagem
m
H=9,0m
dr
10 m³/s
6m
o
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
28
Perdas: 26,9 %
16 parnamirim
14 13 borges
H=2 Açude
7 Túneis e_itaparica_1 21,
78
Açude
Entremontes Chapéu
18, Açude
99 m³/s
/s 504 hm³
m³
Q
Perdas: 13,7 %
8 Aquedutos e_salgueiro_1 Perdas: 19,7 %
28
16
14 13
Q
Q
e_itaparica_1 H=2
21,7
8m
9 Estações de Bombeamento, Linha Perdas: 13,7 %
H=93,7m
e_salgueiro_1
15
assunção Perdas: 19,7 %
de Recalque, Estruturas de
Desague Rio São Francisco
UHE Sobradinho UHE LUIZ GONZAGA UHE MOXOTÓ COMPLEXO PAULO UHE XINGÓ
assunção
POT = 1.500 MW POT = 400 MW AFONSO POT = 3.000 MW
POT. = 1.050 MW Rio São Francisco
POT = 3.885 MW
10 Barramentos e Usinas UHE Sobradinho UHE LUIZ GONZAGA UHE MOXOTÓ COMPLEXO PAULO UHE XINGÓ
CENÁRIOS
Perdas: 22,0 % POT. = 1.050 MW POT = 1.500 MW POT = 400 MW AFONSO POT = 3.000 MW
POT = 3.885 MW
Perdas: 22,0 %
11 Estruturas de Controle e Derivação
Demanda: 96 m³/s Demanda: 96 m³/s
12 Obras de Infraestrutura
AD (Distância do Ponto de Transposição) AD (Distância do Ponto de Transposição)
A seleção da alternativa mais promissora deste sub-trecho foi realizada em conjunto com as
alternativas do Trecho VI, já que a concepção mais atraente deste último tem por característica sua
derivação a partir do sub-trecho IP.
A definição da concepção do Trecho VI a partir do Trecho IP foi realizada no início dos estudos,
considerando as alternativas para atendimento da bacia do Rio Brígida. As opções, mutuamente
excludentes de suprimento dos Açudes Entremontes (5m³/s) e Chapéu (5m³/s) foram: atendimento a
partir de derivação do Trecho I (alternativas VI-1 e VI-2), nas proximidades de Salgueiro (PE) e
atendimento a partir do reservatório de Sobradinho (alternativa VI-3).
Com base nos orçamentos obtidos (custos de implantação e operação) foi descartada a alternativa
(VI-3) de atendimento a partir do reservatório de Sobradinho por sua inviabilidade econômica, desde
que apresentou diferença de custo que superou 200% em relação à solução de derivação a partir do
Trecho I.
As descrições das duas alternativas de traçado associadas ao Trecho I são apresentadas a seguir:
♦ alternativa VI-1: corresponde a um ramal da alternativa I-P1 e I-P2 do Trecho I. Uma estação
de bombeamento naquele canal, na região de Salgueiro (PE), recalca a água para um sistema de
canais, que aduz água para os Açudes Chapéu e Entemontes.
♦ alternativa VI-2: esta alternativa corresponde a um ramal da alternativa I-P3, iniciando com uma
captação naquele canal, sem necessidade de bombeamento.
A Figura 5.10 apresenta esquematicamente as alternativas descritas dos Trechos I (Principal) e VI.
Estabelecida a concepção para o Trecho VI, como derivação do Trecho I, partiu-se para a seleção do
melhor arranjo do sub-trecho entre Cabrobó e Jati.
Entre os principais diferenciais das variantes possíveis dos Trechos I e VI (I-P1 + VI-1), (I-P2 +VI-1) e
(I-P3 + VI-2), destacam-se:
♦ a variante I-P1 + VI-1 possui um custo maior que 10% em relação as outras variantes;
♦ a variante I-P2 + VI-1 é mais favorável sob o aspecto sócio-ambiental, por atravessar uma região
mais ocupada, favorecendo dessa maneira os usos difusos.
O sub-trecho, do Trecho I, de reposição de águas na bacia do Rio Salgado (CE) foi concebido
considerando-se quatro alternativas distintas, quais sejam:
♦ alternativa I-I1: a interligação com as cabeceiras do Rio Salgado passa pelo Açude Atalho e pela
calha existente do Rio dos Porcos.
Açude Chapéu
Trecho VI
R
ch
.
d
e
S
Ò
o
P
e
d
ro
alternativa 2
Trecho VI
Rch. da Brigida
Açude alternativa 1
Entremontes
R
hc
.
S
Ò
o
P
e
d
ro
Açude Saco
B
h
d
a
g
id
a
c
.
ri
Cabrobó
Rch. das Garþas
Rio da Brígida
Trecho VI Orocó
alternativa 3
Santa Maria
Rch. das Garþas
da Boa Vista
BAHIA
Petrolina
Juazeiro Jati
UHE Sobradinho Alternativas do Trecho VI
Atalho
Trecho I
alternativa P3
Açude
Chapéu
Trecho I
Trecho VI alternativas P1 e P2
alternativa 2
Salgueiro
Rch. da Brigida
Trecho VI
Açude Entremontes alternativa 1
Trecho I
alternativas P1 e P2
R
ch
.
S
Ò
o
P
e
d
or
Trecho I
R
B
h
d
a
g
d
a
c
ir
.
alternativa P3
Rio da Brígida Cabrobó
Orocó Trecho I
Trecho VI
Ilha Assunção
Rch. das Garþas
Santa Maria
da Boa Vista
♦ alternativa I-I2: inicia-se em Jati (CE), passa pelo Açude Atalho e deriva para oeste, evitando o
Rio dos Porcos e lançando as águas aduzidas no Rio Salgado. Neste sub-trecho foi estudada a
possibilidade de implantação de usina hidrelétrica (usina de Emas) próxima a Milagres (CE). Tal
usina, no entanto, não apresentou viabilidade.
♦ alternativa I-I3: inicia-se em Jati (CE) e deriva para oeste passando por Missão Velha (CE), onde
há a possibilidade de implantação de usina hidrelétrica de mesmo nome. Este traçado prevê
ramal de ligação com o Açude Atalho para garantir uma vazão sanitária no Rio dos Porcos.
♦ alternativa I-I4: Este sub-trecho de reposição é constituído por parte do Sub-Trecho I-I1, IV-1 e
III-3. O traçado inicia-se em Jati (CE), passando pelos Açudes Atalho e Quixabinha (CE),
seguindo daí pelo divisor de águas entre os Estados do Ceará e da Paraíba até a localidade de
Santa Helena (CE), de onde deriva para oeste até atingir o Rio Salgado, já em seu médio/alto
curso.
A análise e seleção destas alternativas consideraram os custos de implantação, questões ambientais,
controle e gestão das águas, incluindo perdas ao longo dos traçados e flexibilidade operacional e
incorporando as usinas hidrelétricas. A partir da pré-seleção efetuada, julgou-se oportuno manter as
alternativas I-I1 e I-I4 para a continuação dos estudos.
Este trecho, responsável pelo atendimento das bacias do Rio Paraíba (PB) e do Rio Moxotó (PE), foi
objeto de uma avaliação prévia, na qual quatro opções de traçado (ver Figura 5.11) foram estudadas
e orçadas com base em custos-índice, sendo descrita a seguir:
♦ alternativa V-1 – captação no reservatório de Itaparica e interligação às bacias dos Rios Paraíba
e Moxotó;
♦ alternativa V-2 – captação de água no Açude Coremas-Mãe D'água e transposição para a bacia
do Rio Paraíba através do Rio Taperoá. Esta alternativa implica também em reforço na vazão
aduzida nos Trechos I e II, com derivação para o Açude Coremas-Mãe D'água através do Rio
Piancó e captação no reservatório de Itaparica para atendimento do Açude Poço da Cruz (PE);
♦ alternativa V-3 – semelhante ao traçado do V-1, porém com traçado distinto, integrando o
Açude Poço da Cruz (PE);
♦ alternativa V-4 – reforço na vazão aduzida no Trecho I - Cabrobó-Jati, com derivação para a
bacia do Rio Paraíba (PB), através do divisor de águas entre os Estados de Pernambuco e Paraíba
e com manutenção da captação em Itaparica para atendimento apenas do Açude Poço da
Cruz (PE).
A alternativa de traçado V-3 foi descartada, uma vez que o traçado intercepta a Reserva Indígena
Entre Serras (grupo indígena Pankararu), no Estado de Pernambuco.
A alternativa de traçado V-4 foi descartada por apresentar custos significativamente maiores em
relação às outras concepções.
CONSÓRCIO
Açude Mãe d'Água Taperoá
Piancó Trecho V
R
io
P
ia
n
c
¾
Rio Piancó alternativa 2 PARAÍBA
R io P ia n co
Açude Boqueirão ou
Riacho dos Açude Público Epitácio Pessoa
R
io
P
i
a
n
c
o
Porcos Açude Público
São José
Rio ParaÝba
Serra Branca
Rio Pianc¾
do Egito Boqueirão
Conceição Serra Branca
Quixabinha
São Domingos Rio Paraíba
Jati Açude Sumé
Atalho Afogados da
Ingazeira
Monteiro
R
io
P
a
ra
Ý
b
a
Trecho V
ENGECORPS - HARZA
Açude Arrudeira alternativa 4
Açude Público
do Estado
Açude Público Santa Cruz do Capibaribe
Custódia
Serra Talhada
Salgueiro
Açude Serrinha Trecho V
alternativa 1
percurso da água para as Umbuzeiro Açude Eng. S. Guerra
alternativas 2 e 4 do Trecho V
atendimento ao Rio Paraíba E3
-5-29-
Cabrobó Trecho V alternativa 3
alternativas 2 e 4 Açude Público Poço da Cruz
Rio Paje·
Açude
Arco Verde
E2
Riacho Moxotó
R
c
h
.
M
o
x
o
t¾
Trecho V
alternativa 1 Moxotó
Rch. Moxot¾
PERNAMBUCO
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
UHE Itaparica
BAHIA
Trecho I
Trecho II
Trecho V
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
Trecho V
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Desta forma, para este trecho, as análises complementares foram concentradas nas alternativas V-1 e
V-2.
♦ Suprimento dos centros de demanda da Chapada do Apodi (RN), Castanhão (CE), Armando
Ribeiro Gonçalves (RN) e Várzeas de Sousa (PB);
♦ Não admitir mais de um ponto de entrada por bacia em vista do aumento de custo, ficando
eventuais custos por conta dos Estados.
A Figura 5.12 apresenta os principais esquemas analisados.
Para a escolha do esquema final de traçado do empreendimento foi realizada a seleção multicritério
e multiobjetivo e o atendimento de áreas priorizadas pelos Estudos.
Uma pré-seleção foi inicialmente realizada tendo por base os custos de implantação dos traçados,
com o objetivo de eliminar as opções com diferencial de custo superior a 10%, em relação a
alternativa de menor valor e com interferências com áreas ambientalmente importantes. Com isso,
cinco alternativas foram descartadas.
ESQUEMA 1 ESQUEMA 3
ENGECORPS - HARZA
Chapada do Chapada do
10 m3/s
DO NORTE Ribeiro
Gonçalves
DO NORTE Ribeiro
Gonçalves
Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros
Riacho Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros
3
Cariús 22 m /s Rio Piranhas
TRECHO III 2 Rio Piranhas TRECHO III 2
28 m /s
3 PARAÍBA 18 m /s
3
Rio do Peixe
PARAÍBA
Rio do Peixe
Sousa Sousa
Rio Salgado Iborepi Rio Salgado
(Lavras do Mangabeira)
CEARÁ
Quimaui
CEARÁ
Quimaui
(Missão Velha)
8 m3/s
(Missão Velha)
8 m3/s
I-I 1 Rosário
Rio Paraíba I-I 1 Rosário
Rio Paraíba
3 Coremas/Mãe D'Àgua
28 m3/s Abaiara
24 m3/s
Coremas/Mãe D'Àgua 18 m /s Abaiara
Milagres
34 m3/s
Milagres
Rio Piancó Boqueirão Rio Piancó Boqueirão
Riacho Riacho
dos Porcos dos Porcos
Quixabinha Riacho Mulungu/ Quixabinha Riacho Mulungu/
3 3
I-I 1Atalho 24 m /s Monteiro I-I 1Atalho 34 m /s Monteiro
52 m3/s Jati Ibiara 52 m3/s Jati
TRECHO II 1
Ibiara
TRECHO II 1
3
10 m3/s 10 m /s 3 3
52 m3/s 24 m /s
3 8 m3/s 52 m /s 34 m /s
3 8 m /s
TRECHO VI 1 I-P2 TRECHO VI 1 I-P2
TRECHO V 1 TRECHO V 1
Salgueiro Salgueiro
Chapéus Chapéus
3 3
Entremontes 16 m /s Entremontes 16 m /s
I-P2 65 m3/s Riacho Moxotó I-P2 65 m3/s Riacho Moxotó
ESQUEMA 4 ESQUEMA 5
Chapada do Chapada do
Castanhão Apodi Castanhão Apodi
IV-5 IV-5
18 m3/s Rio Apodi 8 m3/s Rio Apodi
3 3
10 m /s Santa Cruz 10 m /s Santa Cruz
Rio Jaguaribe Orós
Rio Jaguaribe Rio Jaguaribe Orós
Rio Jaguaribe
TRECHO IV 3
Bela Vista RIO GRANDE Bela Vista RIO GRANDE
Armando
DO NORTE Armando DO NORTE Ribeiro
Ribeiro Gonçalves
Riacho 3
III-2 Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros Gonçalves
6 m3/s
Quixadá (Cedro) Pau dos Ferros
12 m /s
Cariús 10 m3/s
IV-1
18 m3/s 3 PARAÍBA PARAÍBA
10 m /s Rio do Peixe TRECHO III 2 TRECHO IV 1 Rio do Peixe
Sousa
Rio Piranhas Sousa Rio Piranhas
Iborepi Rio Salgado Santa Helena TRECHO III 1 Iborepi Rio Salgado
(Lavras do Mangabeira) (Lavras do Mangabeira)
CEARÁ Quimaui
(Missão Velha) Bom Jesus
CEARÁ Quimaui
(Missão Velha) 8 m3/s
TRECHO II 3 Rio Paraíba
Rosário Rosário
6 m /s
3 Rio Paraíba
I-I1 34 m3/s 24 m3/s Coremas/Mãe D'Àgua 22 m3/s Abaiara
Coremas/Mãe D'Àgua
3
Milagres
Boqueirão Milagres 24 m3/s Rio Piancó Boqueirão
52 m /s Riacho Riacho
dos Porcos
Riacho Mulungu/
dos Porcos
Quixabinha Riacho Mulungu/
Atalho Monteiro Atalho
Monteiro
52 m3/s Jati I-I1 Jati Ibiara
I-I1 TRECHO II 1
3
10 m /s 3 3 52 m3/s 8 m3/s
-5-31-
52 m /s 8 m /s 3 3
10 m /s I-P2 52 m /s 3
I-P2 TRECHO VI 1 24 m /s
TRECHO VI 1
TRECHO V 1
Salgueiro Salgueiro
Entremontes Chapéus Chapéus
3 16 m3/s
16 m /s Entremontes
I-P2 65 m3/s Riacho Moxotó I-P2 Riacho Moxotó
65 m3/s
Rio da Brígida TRECHO V 1 PERNAMBUCO Rio da Brígida TRECHO V 1 PERNAMBUCO
Cabrobó Cabrobó
ESQUEMA 7 ESQUEMA 8
Chapada do 10 m /s
3 Chapada do
Castanhão Apodi Castanhão Apodi
IV-4
TRECHO IV 5
3
10 m³/s Rio Apodi 28 m3/s 10 m /s Rio Apodi
3
6 m /s Abaiara
Eng. Ávidos Coremas/Mãe D'Àgua 3
6 m /s Abaiara
Eng. Ávidos 24 m3/s Coremas/Mãe D'Àgua
3
Milagres 24 m /s Boqueirão Milagres Boqueirão
TRECHO I-I1 Riacho
Boa Vista
Rio Piancó Riacho Rio Piancó
dos Porcos I-I1 dos Porcos
Quixabinha Riacho Mulungu/ Quixabinha Riacho Mulungu/
Atalho Monteiro Atalho Monteiro
52 m3/s Jati 52 m3/s Jati Ibiara
I-I1
10 m3/s 3
3
10 m /s 3
52 m /s 3 46m /s 52 m /s 3 46m /s
IP2 8 m /s
3
I-P2 8 m3/s
TRECHO VI 1 TRECHO VI 1
TRECHO V 1 TRECHO V 1
Salgueiro Salgueiro
Entremontes Chapéu Chapéus
Entremontes
IP2 16 m /s
3
Riacho Moxotó I-P2 16 m /s
3 Riacho Moxotó
65 m3/s 65 m3/s
Rio da Brígida TRECHO V 1 PERNAMBUCO Rio da Brígida TRECHO V 1 PERNAMBUCO
Cabrobó Cabrobó
Os custos operacionais dos traçados remanescentes foram estimados a partir do custo da energia
elétrica, em termos de seu valor presente, admitindo-se o seguinte: vida útil de 30 anos, taxa de
atualização de 8%, tarifa projetada de energia de US$ 45,00/MWh (Plano Decenal de Expansão
1998/2007) e 60% de tempo de bombeamento.
Apresentam-se, no Quadro 5.1, parâmetros qualitativos para a comparação dos cinco traçados pré-
selecionados.
Com base nesta comparação dos traçados, concluiu-se pela adoção do esquema de traçado 7, que
reúne a melhor relação custo / benefícios técnicos, ambientais e operacionais.
O Quadro 5.2 expressa, para os vários aspectos mencionados, os parâmetros avaliados, permitindo
balizar e subsidiar a tomada de decisão.
Nesse processo de seleção, foram convidados vários técnicos e consultores de diversas áreas, a
equipe que elaborou os Estudos Ambientais e representantes do Governo Federal (representantes do
Ministério) e dos Estados beneficiados (Governadores e Secretários de Recursos Hídricos).
♦ maior controle das águas a serem entregues nos portais – importante para o ponto de vista da
medição e cobrança;
♦ minimizar conflitos entre Estados e bacias distintas, evitando a união das águas da transposição
com as águas locais, o que dificulta a gestão.
Outros aspectos também considerados no processo seletivo foram:
♦ atendimento direto aos centros de demandas principais, configurados pelas área polorizadas
pelos açudes Castanhão, Santa Cruz e Armando Ribeiro Gonçalves e a várzea de Sousa, fator
esse em que os representantes dos Estados centraram a maior atenção;
♦ melhor controle sobre a qualidade da água nos pontos de entrega aos Estados.
Açude Castanhão.
Potenciais problemas de Menor potencial de poluição Menor potencial de poluição
Potenciais problemas de erosão e Potenciais problemas de erosão e
erosão e assoreamento de das águas transpostas; das águas transpostas;
assoreamento de leitos naturais; assoreamento de leitos naturais;
leitos naturais; Maior potencial de Maior potencial de
Aspectos Potencial poluição das água nos Potencial poluição das água nos leitos
Potencial poluição das água desenvolvimento de áreas desenvolvimento de áreas
Ambientais leitos naturais; naturais;
nos leitos naturais pouco habitadas; pouco habitadas;
Maior potencial de benefícios de Maior potencial de benefícios de usos
Maior potencial de Permite a perenização do Rio Permite a perenização do Rio
usos difusos. difusos.
benefícios de usos difusos. dos Porcos. dos Porcos.
Menor dificuldade construtiva
por incorporar grandes trechos Maior dificuldade em relação aos
Menor dificuldade de leitos naturais; Esquemas U1 e U3 por apresentar Maior dificuldade construtiva Maior dificuldade construtiva
Aspectos maiores trechos em canais artificiais;
construtiva por incorporar Necessita extenso canal artificial em relação aos Esquemas U1, em relação aos Esquemas U1,
Construtivos
leitos naturais. para executar interligação dos Elimina a Ampliação do Canal U3 e U4. U3 e U4.
Açudes Armando Ribeiro Coremas- Souza.
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
Gonçalves – Santa Cruz.
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 5.2
U1 III I I II II 3
U3 I I I II I 5
U4 I I II I II 4
U8 II II II III II 2
O Eixo Norte, que capta até 99m3/s no Rio São Francisco, próximo à Ilha de Assunção, permite a
adução das seguintes vazões máximas:
♦ 50m³/s à bacia do Rio Piranhas-Açu (PB) e (RN), atendendo, respectivamente, Várzeas de Sousa
e o Açude Armando Ribeiro Gonçalves;
♦ 40m³/s ao Açude Pau dos Ferros e bacia do Rio Apodi (RN), regularizando o Açude Santa Cruz e
garantindo o abastecimento de Mossoró;
♦ 50m³/s à Bacia do Rio Jaguaribe, através do Rio Salgado (CE), permitindo uma grande sinergia
com os Açudes Orós e Castanhão, garantindo o abastecimento da região metropolitana de
Fortaleza.
O Eixo Leste capta até 28m³/s, no reservatório da UHE Itaparica, e conduz às seguintes vazões
máximas:
A travessia dos talvegues e vales foi prevista em aquedutos cujas extensões totalizam cerca de 5km.
A travessia de elevações e serras foi prevista em túneis cujas extensões somam 37km.
No Eixo Norte, estão previstas três estações de bombeamento, que transferem a água do Rio São
Francisco na cota 325m para o Reservatório de Jati, na cota 481m. Neste eixo está prevista, no seu
ramal oeste, para atendimento aos Açudes Chapéu e Entremontes, uma estação de bombeamento
com desnível de 10m.
No Eixo Leste, entre a captação no Reservatório da UHE Itaparica e Monteiro, estão previstas cinco
estações de bombeamento, vencendo um desnível de cerca de 300m.
eano At
Oc l
CONSÓRCIO
Mossoró
ân
tico
i
Russas
od
Açude
Ap
Macau
o
Banabuiú
Ri
Limoeiro
do Norte
CEARÁ CHAPADA NATAL
DO APODI
Açude Armando
Açude do Açu Ribeiro Gonçalves
Castanhão
Açude
Santa Cruz
Jaguaribe
be
RIO GRANDE
uari
Açude Orós Pau dos Ferros DO NORTE
Jag
Canal complementar çu
s
Açude Pau dos Ferros -A
Rio
Iguatu 2ª etapa
nh
ra
Açude Público
Pi
ENGECORPS - HARZA
do
Angicos TRECHO IV
Ri o
lga
40 m³/s
Sa
Canal complementar
2ª etapa VÁRZEA
50 m³/s
DE SOUSA
50 m³/s
10 m³/s
TRECHO III Sousa
Cajazeiras Açude São
o Gonçalo
Gonç
80 m³/s
Rio
50 m³/s TRECHO II PARAÍBA
Patos
Açude ba
Açude Açude Coremas/ raí
Cuncas Pa
Juazeiro (Projetado) Engº Ávidos Mãe d'Água Rio
Crato do Norte
Milagres Piancó Campina Grande
TRECHO II JOÃO PESSOA
6 m³/s
-5-36-
89 m³/s Açude
PIAUÍ UHE Atalho Acauã
Açude Atalho Açude Quixabinha Açude Sumé Açude
Jati Boqueirão
89 m³/s
89 m³/s
Açude Rio Mulungu
Chapéu UHE Jati
89 m³/s
TRECHO I 10 m³/s Monteiro
TRECHO VI 10 m³/s
10 m³/s Salgueiro EB-V/5 Sertania RECIFE
EB-I/3
EB-VI/1 Túnel
Açude Entremontes EB-V/4
EB-I/2 EB-V/3
R
Canais sem bombeamento
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
io
99 m³/s TRECHO V 18 m³/s Arcoverde
Canais com bombeamento
Br
ígi
EB-I/1 Rios
da
Cabrobó Açude
28 m³/s Poço da Cruz
Ri Rios receptores
oS
ão Francisco EB-V/2
Pontos de macro-medição
Cidades
ó
ot
Açudes em construção
o
Eixo Norte
Ri
Reservatório de Sobradinho
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
116
Orós
DO NORTE
BR-
Icó Res. Angicos (17.344)
Caicó Canteiro I-5
Rio Salgado
TRECHO IIIB
ENGECORPS - HARZA
Uiraúna s
ha RIO GRANDE UHE Jati
TRECHO IV n
ira DO NORTE 89 m³/s
TRECHO II Res.Milagres
Res. Quixabinha
UHE Jati
Jati Res. Atalho
Res.Poções Serrita
Res. Chapéu Monteiro
Serrita 89 m³/s
Res. Parnamirim TRECHO IB Serra Talhada
Parnamirim Salgueiro
Res. Mangueira (20.510)
TRECHO VI PERNAMBUCO Res. Copiti
Res. Entremontes
TRECHO IA TRECHO V Arco Verde Galeria (40)
Cabrobó BR-116
Floresta Res.Negreiros 0kV
Açude Público BR-232 Salgueiro LT 23 SE Bom Nome
Rio São Francisco
Reservatório Poço da Cruz (CHESF)
(140)
Eixo Norte da UHE Itaparica
Res.Mangueira
(2.490)
LEGENDA 0 kV
Res. Serra do Livramento 23 AQ Salgueiro
LT
Subestação existente (9.750) (210 m)
(5.918)
Tomada d´água nos reservatórios Canteiro I-2
99 m³/s
(580) (342)
Canal
Res.Terra Nova EBI-2
Cidade
(SE N2)
Linha de transmissão existente (2.940)
AQ Terra Nova
Linha de transmissão projetada (1.900) (220 m)
AQ Mari
Riacho receptor (480m)
V
(9.860)
Reservatório existente 30k
2
AQ Saco da Serra
LT
PLANTA
-5-37-
Reservatório
EB-I/3
Q = 89 m³/s UHE Jati
Tucutu 2,7 19,0 *
2,4 490,015 BR-232 BR-116 CE-390
Angico 10,0 140 489,715 40 486,094 2200
481,739
Terra Nova 2,6 5,2 99
140 2.100
Serra do Livramento 1,9 27,0 * 2.030 GAL 17.344
231,5
Mangueira 4,3 34,0 99 Reservatório
20.510
Reservatório TN
Milagres
Negreiros 2,1 21,0 * Negreiros Milagres - Jati
Reservatório
12,0 AA2 AA3 (3.420) (11.550) Jati
TN
Milagres 100,0 89 Jati
(1.006)
Jati 1,3 22,5 105
* Não há vertedouro Derivação p/ Canteiro 4 Canteiro 5
Trecho VI
EB-I/2 Q = 10 m³/s
AA3 AA4 AA5
408,50 407,801 405,441 404,56
210
Reservatório Reservatório
Serra do
AQ
Salgueiro Mangueira
Canteiro 3
AA1 AA2
Livramento (4.750)
EB-I/1 (2.300)
Q = 99 m³/s
Q = 99 m³/s Q = 89 m³/s
356,77 348,23
BR-428 356,059 PE-374 352,679 800 349,180
150 160 480 220
1.650 5.565 5.855 2.970 500 1.000 9.860 1.900 2.940 580 342
NA Máx. (14.197 m³/s) 4.430
AQ AQ TN AQ AQ
329,08
NA Mín. (595 m³/s) Reservatório Logradouro Saco da Reservatório Angico Mari Terra Nova Reservatório Canteiro 2
325,30 324,95 Tucutu Serra Angico Terra Nova
(3.920) (3.700) (4.660)
2.366 134
Canteiro 1
Rio São Francisco CARACTERÍSTICAS DA UHE JATI CARACTERÍSTICAS DAS ELEVATÓRIAS
LEGENDA
QUADRO RESUMO
Área de abrangência do Extensões (m) Níveis d'água (msnm) Desnível E.B. Obs.
canteiro de obras (AA). Total Reservatórios Canais* Aqueduto Túneis** EB's e Tubulações Início Fim (m) (un)
Canteiro de Obras. 99/89 143.581,5 35.306 102.888 1.220 3.271,5 896 325,3 481,74 156,47 3
* Incluindo transições e "forebay"
Cotas e extensões em metros. ** Incluindo galeria
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Res.Poções
Res. Chapéu Monteiro
Serrita
Res. Parnamirim TRECHO IB Serra Talhada
CEARÁ Túnel
I
CUNCAS
Salgueiro
TÚNEL
Parnamirim Cuncas I
Res. Mangueira Res. Copiti
TRECHO VI PERNAMBUCO (15.220)
Res. Entremontes
TRECHO IA TRECHO V Arco Verde
Cabrobó
Floresta Açude Público SE Milagres Canteiro II-3
Rio São Francisco
Reservatório Poço da Cruz (CHESF)
Eixo Norte da UHE Itaparica Galeria Sobradinho (200) (1.760)
89 m³/s
V
Linha de transmissão existente
k
Açude
LT 69
Linha de transmissão projetada Quixabinha
Riacho receptor (13.185)
Reservatório projetado
89 m³/s AQ Cana Brava (135)
Reservatório existente Conceição
6 m³/s
UHE
Riacho dos
Porcos
Estação de Bombeamento e Subestação (SE) (14.045)
UHE ATALHO (190) AQ. Zé Joaquim (115)
(extensão da EB e linha de recalque em metros)
Canteiro de Obras Res. Atalho
Estradas existentes
Canteiro II-1
Aqueduto (AQ) - (extensão em metros)
9kV
LT 6
Túnel (extensão em metros)
Trecho I Res. Jati Res. Logradouro PERNAMBUCO
Galeria (extensão em metros)
89 m³/s Vazão de Dimensionamento
UHE JATI
(5.850) Trecho em canal (extensão em metros)
PLANTA
-5-38-
TRECHO II
Reservatório Jati
AA1 AA1 AA2 AA2 AA3 AA3
481,74
Reservatório
Saída p/ Riacho
Atalho
dos Porcos
(existente) 6 m³/s Reservatório
425,00
UHE Logradouro Saída p/ Riacho Cuncas
Atalho 403,00 Q = 89 m³/s 3 m³/s TRECHO III
660
Q = 80 m³/s
19.740 Túnel Cuncas I 388,67
115 135 160 265 115 200
Túnel
700 700
190 14.045 13.185 8.745 14.010 4.635 1.760 15.220 7.120
Galeria
AQ AQ AQ AQ AQ Sobradinho 3.600 50 m³/s Eng. Ávido
Zé Joaquim Cana Brava Boi Catingueira Palha
Reservatório
Canteiro 1 Município Canteiro 3 Cuncas TRECHO II
Canteiro 2 de Mauriti
Atalho (existente) 6,5 108,3 ~816 N.A. Reservatório a montante (msnm) 425,0
Cuncas 11,76 147,0 89 N.A. Reservatório a jusante (msnm) 403,0
Hg (m) 22,0
Potência (MW) 12,00
LEGENDA
QUADRO RESUMO
Área de abrangência do Extensões (m) Níveis d'água (msnm) Desnível Obs.
canteiro de obras (AA). Total Reservatórios Canais* Aqueduto Túneis** Início Fim (m)
Canteiro de Obras. 89 105.300 24.040 64.350 790 16.120 425,00 388,67 36,31
* Incluindo transições
Cotas e extensões em metros. ** Incluindo galeria
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Juazeiro do Norte
Res. Cuncas Coremas CEARÁ PARAÍBA
do
PARAÍBA
alga
Missão Velha
Rio S
TRECHO II
Res. Quixabinha Canal de reforço
UHE Jati
Res. Atalho
Jati
Trecho IV
Res.Poções
Res. Chapéu Monteiro 50 m³/s
Serrita
Res. Parnamirim TRECHO IB 40 m³/s
Serra Talhada Res. Caio Prado (18.260)
Parnamirim Salgueiro
Res. Mangueira
TRECHO VI PERNAMBUCO Res. Copiti Santa Helena
Res. Entremontes
TRECHO IA Baixio Antenor
TRECHO V Arco Verde
Navarro
Cabrobó Canteiro III-2 Res. Santa Helena
Floresta Açude Público
Rio São Francisco Poço da Cruz
Reservatório
Eixo Norte da UHE Itaparica
50 m³/s
BAHIA Eixo Leste
(18.115)
LEGENDA Cajazeira
BR-23 AQ. Serrote (135)
Subestação existente 0
(4.220)
Tomada d´água nos reservatórios
Canal AQ. Cipó (130)
Cidade
Linha de transmissão existente
Linha de transmissão projetada
(20.900)
Riacho receptor
Reservatório projetado
Canteiro III-1
Reservatório existente 80 m³/s
UHE
Estação de Bombeamento e Subestação (SE) Túnel Cuncas II
(4.140)
(extensão da EB e linha de recalque em metros)
Canteiro de Obras (700)
Estradas existentes
Trecho II
Aqueduto (AQ) - (extensão em metros)
Res. Cuncas
Túnel (extensão em metros)
Galeria (extensão em metros) (7.120)
PLANTA
-5-39-
TRECHO III
Reservatório
Caio Prado
LEGENDA QUADRO-RESUMO
Extensões (m) Níveis d'água (msnm) Desnível Obs.
Área de abrangência do
Total Reservatórios Canal* Aqueduto Túnel Início Fim (m)
canteiro de obras (AA).
80/50 70.460 3.800 62.255 265 4.140 388,67 246,14 142,55 Leito natural dos Riachos Pendência e
Canteiro de Obras. Caio Prado e Rios Salgado e Jaguaribe (20 km)
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Ri
DO NORTE
o
Icó Res. Angicos Pau dos Ferros
Ap
Caicó
TRECHO IIIB
od
Rio Salgado
i
Uiraúna
h as RIO GRANDE
Cedro TRECHO IV r an DO NORTE
Pi
ENGECORPS - HARZA
Res.Poções
Uiraúna
Res. Chapéu Monteiro
Serrita
Res. Parnamirim TRECHO IB Serra Talhada
Parnamirim Salgueiro
Res. Mangueira Res. Copiti
RIO GRANDE DO NORTE
TRECHO VI PERNAMBUCO
Res. Entremontes
TRECHO IA TRECHO V Arco Verde
Cabrobó Açude Público Angicos
Floresta Açude Público
Rio São Francisco Poço da Cruz
Reservatório
Eixo Norte da UHE Itaparica 40 m³/s
CEARÁ
Túnel Major Sales (4.500)
SALES
MAJOR
TÚNEL
LEGENDA
Subestação existente Canteiro IV-2
Tomada d´água nos reservatórios
Canal
Uiraúna
Cidade
(50.500)
Linha de transmissão existente 40 m³/s
Linha de transmissão projetada PARAÍBA
Canteiro IV-1
Riacho receptor
Reservatório projetado
Reservatório existente
UHE
Estação de Bombeamento e Subestação (SE)
(extensão da EB e linha de recalque em metros)
40 m³/s
Canteiro de Obras
Estradas existentes Antenor Navarro
Santa Helena
Aqueduto (AQ) - (extensão em metros)
Túnel (extensão em metros)
Trecho III
Galeria (extensão em metros) Res. Santa Helena
89 m³/s Vazão de Dimensionamento
(5.850) Trecho em canal (extensão em metros)
PLANTA
-5-40-
TRECHO IV
Reservatório
Santa Helena
317,58
degraus
306,15
1.500
Município 20.500 Q = 40 m³
de Santa Helena Açude
Município degraus Público Angicos Açude
de Triunfo 302,60 Túnel Major Sales
500 (existente) Pau dos Ferros
Leito natural
19.000 9.000 4.500 14.430
Município
de Uiraúna
Canteiro 1 Canteiro 2
Reservatório
LEGENDA
QUADRO-RESUMO
Área de abrangência do
canteiro de obras (AA). Extensões (m) Níveis d'água (msnm) Desnível Obs.
Total Canal* Aqueduto Túneis Início Fim (m)
Canteiro de Obras.
40 69.430 64.930 - 4.500 317,58 210,00 107,58 23 km de leito natural
Cotas e extensões em metros. * Incluindo os degraus
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Pau dos Ferros Res. Pau dos Ferros Rio Mulungu / Monteiro
São Miguel
RIO GRANDE Monteiro
Orós
DO NORTE Açude Poções
Icó Res. Angicos Caicó (7.800) (existente)
Rio Salgado
TRECHO IIIB
Uiraúna
as RIO GRANDE
nh Túnel Monteiro
TÚNEL
Cedro TRECHO IV ra DO NORTE
Pi
ENGECORPS - HARZA
Res.Poções
Res. Chapéu Monteiro Canteiro V-4
Serrita (28.625)
Res. Parnamirim TRECHO IB Serra Talhada
Parnamirim Salgueiro AQ. Branco (225) Res. Moxotó
Res. Mangueira Res. Copiti AQ.Caetitu (215)
TRECHO VI PERNAMBUCO
Res. Entremontes
TRECHO IA TRECHO V Arco Verde AQ. Barreiro (250)
Cabrobó
V
Floresta 0k
Açude Público Res.Bagres 23 Res.Copiti
Rio São Francisco
Reservatório Poço da Cruz LT
Eixo Norte da UHE Itaparica
(11.420) 18 m³/s
(1.185)
DIQUE
Ria
(5.409)
BAHIA Eixo Leste
ch
oC
Canteiro V-3
op
iti
EBV-3
Res.Cacimba Nova (10.220) (SE E3)
(1.084)
Túnel Mandantes UHE
V
0k (2.500)
Estação de Bombeamento e Subestação (SE)
23 0k
V (7.910)
LT 23
Canteiro V-1 LT (extensão da EB e linha de recalque em metros)
AQ. Beldroega (95)
Canteiro de Obras
Estradas existentes
(32.495)
Aqueduto (AQ) - (extensão em metros)
200 28 m³/s
Túnel (extensão em metros)
EBV-1 BR-316
Galeria (extensão em metros)
(SE E1)
Res. Panela D´Água 89 m³/s Vazão de Dimensionamento
Res. Panela da UHE Itaparica (5.850) Trecho em canal (extensão em metros)
PLANTA
-5-41-
Reservatório
Riacho
Panela D’Água 0,55 3,70 * EB-V/5 Monteiro
Mandantes 1,18 6,80 190 603,36 603,239 4.900
586,43
Área de abrangência do 5.409 11.420 1.805 28.625 2.900 6.250 2.787 301
Reservatório AQ Reservatório AQ AQ Reserv.
canteiro de obras (AA). Bagres Caetitu do Copiti Branco Barreiros Moxotó Canteiro 4
AA2 AA3 900 2.110 3.340
Canteiro de Obras.
Reservatório da
UHE Itaparica
QUADRO RESUMO
304,00 299,00 298,87 Extensões (m) Níveis d'água (msnm) Desnível E.B. Obs.
Total Reservatórios Canais* Aquedutos Túneis EB's e Tubulações Início Fim (m) (un)
850 1.962
28/10 222.960 17.500 193.517 1.015 7.400 3.528 299,0 598,6 299,6 5 ~25 km de leito natural
Canteiro 1 até o açude Poções
* Incluindo transições e "forebay"
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Túnel Parnamirim
(1.800)
AQ. Tigre
(130) 10 m³/s
10 m³/s
(5.956) AQ. Trairas
AQ. Brígida (470)
(820) (5.800)
(270)
(15.165)
(3.345)
(2.205) BR-232 Canteiro VI-1
6
31
BR-
Canteiro VI-2 10 m³/s
(95.090) AQ. Macaco
Parnamirim (18.655)
(180) LT 13,8 kV
(22.410)
10 m³/s
PERNAMBUCO Trecho I
Res.Entremontes
PLANTA
-5-42-
éu
AQ ap 0
Ch
Saco da e 6,5 0
ud 40 3,3
Serra Aç 39
AA1 AA1 AA2 AA2
³/s
m
10 Degraus
= 44
Q
EB-VI/1 56
BR-232 Q = 10 m³/s 5.9
BR-316
414,99
414,801 270 180 130 1800 409,360 470 490
Q = 10 m³/s
460 80
Açude Entremontes
Canteiro 1
Reservatório Mangueira
LEGENDA
QUADRO RESUMO
Área de abrangência do
canteiro de obras (AA). Extensões (m) Níveis d'água (m) Desnível E.B.
Total Reservatórios Canais* Aquedutos Túneis EB e Tubulação Início Fim (m) (Un)
Canteiro de Obras.
10 110.000 3.350 103.230 1.540 1.800 80 402,04 388,80 13,24 1
Cotas e extensões em metros. * Incluindo as transições, “forebay”e degraus
PERFIL
Á G U A PA R A T O D O S
PROJETO SÃO FRANCISCO
Relatório Síntese
Um aspecto importante que definiu as características operacionais foi a definição de não operar o
bombeamento no horário de ponta de consumo de energia elétrica
Para a realização dos estudos, foi matematicamente modelado o sistema apresentado na Figura 5.20,
o qual, juntamente com as obras da transposição, inclui todas as obras hidráulicas do Nordeste
Setentrional que integram o sistema hídrico da região analisada –, sistema de geração hidroelétrica
Norte-Nordeste.
4
8
6 UTE COSERN
Perdas: 12,5 % Perdas: 16,1 % POT. = 100 MW
UHE Tucuruí I/II UTE Pecém Açude Castanhão Açude Santa Cruz
R io P arnaíba
POT. = 8.325 MW POT. = 240 MW 4.452 hm³ 600 hm³ Açude Armando
Ribeiro Gonçalves Perdas: 11,4 %
UTE São Luiz 2.400 hm³
Jaguaribe
POT. = 166 MW
Rio Jaguaribe
3
Perdas: 1,9 % RIO GRANDE
7 DO NORTE
Rio Salgado
Perdas: 6,1 %
Rio Apodi
UHE Serra Quebrada UHE Boa Esperança Açude Orós
POT. = 1.328 MW 1.953 hm³ a
5 Demandas (m³/s)
POT. = 225 MW Perdas: 2,4 % Pontos
2 l en Açude Pau dos Ferros Cenário C 8 Ajustado
Perdas: 8,2 % He 55 hm³ 1 6,00 6,00
a
Rio Piranhas
nt 2 2,87 2,87
50 m³/s S a 40 m³/s Ria
40 m³/s
3 6,66 6,66
Va cho 4 44,15 40,57
CEARÁ n io
ca
M 5 0,97 0,97
tô or
An ta 6 25,59 21,75
80 m³/s
n to 7 0,80 0,80
Sa Açude Eng. Ávidos Açude São Gonçalo pombal pb-rn 8 26,89 22,86
255 hm³ 45 hm³ 9 1,52 1,52
50 m³/s 10 11,95 7,60
Açude 11 12,95 12,95
Cuncas 12
12 3,03 3,03
252 hm3 13 3,40 * 2,90
Demanda: 6 m³/s Perdas: 2,0 % 14 6,77 6,10
Rio Piranhas
1 Açude
Perdas: 9,6 % 15 8,63 8,63
Quixabinha 16 8,00 8,00
32 hm³ TOTAL 170,18 153,21
PARAÍBA
Rio Piancó
17 m³/s os
NORDESTE P orc
Ri
Açude
ac
Atalho
ho
Perdas: 15,6 %
108 hm³
da
monteiro
Br
Rio Paraíba
89 m³/s
Ri
UHE Jati
ígi
ac
Ri
da
ho
21,2 hm³ ac 9 10
³/s
Sã
POT=23,5 MW ho
m
o
10
Ja
Pe
H=87,65m rd Açude Açude Açude Açude
d
10 m³/s im H
ro
e_salgueiro_2 e_itaparica_2 =8 Poções Camalaú Epitácio Pessoa Acauã
H=9,0m
6 ,9 30 hm³ 46 hm³ 535 hm³ 50 hm³
6m
10 m³/s
10 m³/s
parnamirim Perdas: 26,9 %
borges
Açude Açude
Entremontes Chapéu Açude
188 hm³ 18 UTE Camaçari
99 m³/s
340 hm³ ,0 Poço da Cruz POT. = 290 MW
PERNAMBUCO m³
³/s
/s 504 hm³
m
28
14 13 16
e_itaparica_1 H=
22
UHE Lajeado Montante 1 ,7
8m
POT. = 850 MW H=93,7m 15
Perdas: 13,7 % e_salgueiro_1 Perdas: 19,7 %
Demanda: 229 m³/s
assunção
Rio São Francisco
UHE Sobradinho UHE LUIZ GONZAGA UHE MOXOTÓ COMPLEXO PAULO UHE XINGÓ
POT = 1.500 MW POT = 400 MW AFONSO POT = 3.000 MW
POT. = 1.050 MW
POT = 3.885 MW
Rio Corrente Perdas: 22,0 %
UTE NEII-PIE
POT = 400 MW
UHE Sacos Demanda: 96 m³/s
POT. = 114 MW
UHE ITAPEBI
so
POT. = 450 MW
Legenda:
Açude Existente Usina Hidrelétrica Estações Elevatórias Usina Termelétrica
Existente Existente
X
UHE Serra da Mesa REGIÃO ELÉTRICA UHE Três Marias Açude Usina Hidrelétrica
Demanda Hídrica Usina Termelétrica
Projetada
POT. = 396 MW Perdas
POT. = 1.275 MW SUDESTE em Construção em Construção
possibilidade de geração hidrelétrica Canal Artificial
São Francisco
Figura 5.20 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO E DO SISTEMA ENERGÉTICO NORTE-NORDESTE
Os elementos de traçado e locação das obras especiais foram implantados sobre a restituição
aerofotogramétrica disponível, ajustando os elementos do pré-dimensionamento hidráulico efetuado
na fase de estudo de alternativas e introduzindo as modificações resultantes da fixação do valor final
de vazão a ser transposta.
Foram calculadas as linhas d’água para operação do sistema em regime permanente e uniforme,
considerando todas as perdas em singularidades e desníveis em reservatórios de compensação. Com
base na linha d’água, foram redefinidos os perfis dos traçados para implantação das obras, num
processo interativo de cálculo.
A partir das restituições disponíveis, foi elaborado o modelo digital do terreno para utilização no
projeto. Todas as obras lineares foram implantadas no modelo digital, com a utilização das mesmas
ferramentas de “software” utilizadas na fase anterior (“GEOPAK Suite”).
As linhas d’água foram calculadas para outras situações típicas de operação em cada trecho, como:
níveis críticos em cada estrutura, remanso resultante da operação dos reservatórios durante a
passagem de cheias e operação dos trechos com operação de única bomba.
Para a verificação do funcionamento dos canais e reservatórios em regime transitório foi utilizado o
modelo matemático e computacional CANALNET.
Canais
Todas as obras do sistema de adução foram dimensionadas para escoamento em superfície livre,
com o nível d’água variando em função da vazão aduzida, sem controle sistemático de comportas de
nível constante ao longo do canal.
Como resultado dos estudos econômicos realizados, os canais de adução do PTSF foram
dimensionados para serem implantados com declividade de 0,01%, com seção transversal dotada de
taludes laterais com taludes de 1V:1,5H, revestidos em concreto e coeficiente de rugosidade de
Manning de 0,015.
Estações de Bombeamento
Para as estações de bombeamento, sempre que possível, minimizou-se o comprimento das
tubulações de recalque, com a adução entre os reservatórios de compensação e as estações de
bombeamento. Imediatamente a jusante e a montante das estações elevatórias, foram previstos
“forebays” para atender a parada e partida das bombas, controlando os fenômenos transitórios nos
canais de ligação entre as estações elevatórias e os reservatórios de compensação.
Os estudos realizados indicaram a construção de elevatórias a céu aberto. Todas as elevatórias foram
dimensionadas para uma vazão igual à vazão de dimensionamento do sistema de canais adutores.
Em um mesmo tronco, foi adotado como critério a implantação de elevatórias com igual número de
bombas, de modo a facilitar a operação do sistema. Foram adotadas bombas de eixo vertical,
instaladas em paralelo.
Reservatórios
Para a operação do sistema, foi prevista uma série de reservatórios, com funções específicas, de
acordo com sua localização. Os tipos de reservatórios previstos no sistema compreenderam:
♦ reservatórios de travessia, concebidos para minimizar o custo das obras, substituindo uma
extensão de canal por barramentos que formassem um corpo de água de dimensões transversais
maiores do que a necessária para o canal, com custo menor do que com a construção do canal;
♦ reservatórios de derivação, que permitem a bifurcação dos canais para trechos distintos da
transposição;
Na determinação da altura da soleira do vertedouro, foi considerada uma borda livre operacional,
sem vertimento do reservatório, igual à borda livre dos canais existentes a montante e a jusante.
Nas saídas dos reservatórios, foram previstas estruturas de controle que possibilitam o controle
permanente das vazões demandadas pelos canais.
Túneis
Para o dimensionamento dos túneis, foram realizados estudos econômicos para definição da altura
mínima de cobertura, declividade, tipo de revestimento e faseamento da construção. O resultado
dos estudos indicou a utilização de seções arco retângulo, com seu revestimento definido pelas
condições geológico-geotécnicas. Os túneis foram projetados com declividade de 0,04% nos trechos
de bombeamento e a maior possível, restrita aos limites de velocidade de escoamento, nos trechos
remanescentes.
Aquedutos
Analogamente ao estudo dos túneis, para os aquedutos foram realizados estudos econômicos para
definição da altura mínima, declividade, e faseamento da construção. Os aquedutos foram
projetados com seção retangular, em concreto armado e declividade de 0,04%.
Tomada d´Água
Na tomada d'água do Eixo Norte foi prevista uma entrada em forma tronco-piramidal, com 150 m
de largura em sua seção inicial, diminuindo substancialmente as velocidades de entrada e,
conseqüentemente, as possibilidades de arraste de materiais sólidos. Apesar de os estudos realizados
não preverem problemas decorrentes de transporte de sedimentos, na seção inicial do canal de
tomada foi prevista a implantação de cordão de enrocamento, com altura de 1m, destinado a
desviar para jusante, no rio, partículas de material em suspensão.
A tomada d'água do Eixo Leste deriva água diretamente do Reservatório de Itaparica. Não foi
prevista a necessidade de maiores precauções, exceto quanto à proximidade de eventuais drenagens
locais, que poderiam carrear sedimentos para as proximidades da tomada d’água. Desse modo, a
tomada d’água às margens do reservatório foi simplificada, constando da escavação de um canal
trapezoidal, até a região onde o reservatório apresente profundidade superior à do canal.
Foram desenvolvidos estudos detalhados dos diversos túneis previstos para cada trecho do PTSF. Os
aspectos que mereceram mais destaque foram:
♦ Métodos Construtivos – Foi considerada a execução dos túneis com a utilização do método
convencional (“Drilling and Blasting” - DB).
♦ Classificação dos Maciços Rochosos - A classificação dos maciços rochosos foi efetuada
segundo critério RMR (Rock Mass Ratio), proposto por Bieniawski, Z.T. (1979).
CLASSE DO
TIPO DE TRATAMENTO
MACIÇO
/2
/2
D
D
- ESCAVAÇÃO EM RO CHA COM E SEM REGULARIZAÇÃO
I DO PISO EM CONCRETO ( CCR )
- ESCAVAÇÃO EM RO CHA
D/2
D/2
2/m PARA DIÂMETRO S 4,0m < D < 7,0m
3/m PARA DIÂMETRO S D < 7,0m
0,20
0,20
- ESCAVAÇÃO EM RO CHA
- ESCAVAÇÃO EM RO CHA
/2
/2
D
IV
D
D/2
- ESCAVAÇÃO EM SOLO ( NATM )
0,20
D D
PIS O R EG ULA R IZA D O - CO NCRETO PRO JETADO DE REVESTIMENTO F INAL
( CO M FIBRAS MET ÁLICAS ) L= 0,20m
SEÇÃO TÍPICA 3 - ESCAVAÇÃO E M ROCHA SEÇÃO TÍPICA 4 - ESCAVAÇÃO E M ROCHA
COM E SEM REGULARIZAÇÃO DO P ISO, COM REGULARIZAÇÃO DO PISO, EM
- CO NSUMO DE FIBRAS MET ÁLICAS NO CONCRETO
EM CONCRETO PROJETADO E TIRANTES SISTEMÁTICOS CONCRETO PROJETADO E TIRANTE S ESP ORÁDICOS 3
(CLAS SE III) (CLAS SE IV) PRO JET ADO - 40kg/m.
FIGURA 5.21
O Quadro 5.3 apresenta as principais características dos túneis projetados, enquanto o Relatório
R20 - Estudo de Túneis apresenta os detalhes deste trabalho.
QUADRO 5.3
Seção Volume
Túnel Trecho D=H (m) Extensão (m)
(m²) Escavação (m³)
Foram analisados dispositivos do tipo valetas de proteção de crista de corte ou pé de aterro, canais,
tubulações, galerias, “overshoots” e dissipadores, visando a restituição das vazões drenadas para o
talvegue natural da maneira mais segura possível, evitando a ocorrência de erosões ou inundações
indesejáveis que possam de alguma maneira afetar as obras, gerando serviços de manutenção que
obriguem a paralisação do sistema de transposição.
A passagem da drenagem sob o canal adutor com seção em aterro, através de bueiros tubulares ou
celulares, constituídos por estruturas em concreto armado, foi definida em função da vazão de
dimensionamento.
Nos locais onde os riachos existentes ou pontos baixos na topografia foram interceptados pelo canal
adutor com seção em corte, foi adotada a transposição da drenagem sobre o canal mediante o
emprego de “overshoots”.
"Overshoot" Típico
A Figura 5.22 apresenta alguns detalhes deste tipo de estrutura, enquanto o Relatório R-22 apresenta
os dimensionamentos desenvolvidos.
CONSÓRCIO
Fluxo
DHP
Tirante de Barra
MATERIAL DE 3ª CATEGORIA Tirante de Barra MATERIAL DE 3ª CATEGORIA
ENGECORPS - HARZA
Concreto Magro Concreto Magro
-5-50-
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Fluxo
Eixo do Canal
Planta - “Overshoot”
Relatório Síntese
PROJETO SÃO FRANCISCO
Á G U A PA R A T O D O S
“Overshoot”
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Como concepção básica, todo material proveniente das escavações dos canais nos trechos em corte
foi previsto para ser utilizado, sempre que possível, como material de construção dos trechos de
canal em aterro. Foi também avaliada a utilização desse material em outras obras, tais como
barramentos, vias de acesso, etc., sempre que o custo do transporte do material foi mais vantajoso
que a exploração de jazidas para suprir a demanda de material para estas obras.
Os Quadros 5.4 e 5.5 apresentam os resumos das principais caraterísticas dos canais e barramentos
projetados.
No Relatório R23 – Dimensionamento das Obras Principais de Terra e Rocha, Tomos 1 e 2, são
apresentados os resultados desses estudos.
Faixa de Desapropriação
B B
(variável) (variável)
1,5 1,5 1,5 1,5
(máx.)
(máx.)
1 1 1 1
5
5
Disposição de Bota-fora em 1 1 Disposição de Bota-fora em
Forma de Diques 1 1 Forma de Diques
MATERIAL DE 1ª CATEGORIA MATERIAL DE 1ª CATEGORIA
1 1
2 2
1,0 1,0
MATERIAL DE 2ª CATEGORIA 2% 2% MATERIAL DE 2ª CATEGORIA
1 1
4
3,00 3,00 4
Estrada de Estrada de
Serviço 0,50 Serviço
0,10
0,10
2% 2%
MATERIAL DE 3ª CATEGORIA 1,5 1,5 MATERIAL DE 3ª CATEGORIA
1 1
Revestimento com Rocha Alterada Revestimento com Rocha Alterada
Compactada e/ou Cascalho Compactada e/ou Cascalho
Faixa de Desapropriação
B (variável) 3,0
1 1
1,5 1,5
Faixa de Desapropriação
B1 (variável) B1 (variável)
1 1
2 2
MATERIAL DE 2ª CATEGORIA 2% MATERIAL DE 2ª CATEGORIA
B2 B2
(variável) 1 1 (variável)
4 4
3,00 3,00
Estrada Estrada
0,50
0,10
De Serviço De Serviço
0,10
2% 2%
Escavação em Saprolito - 2a Categoria m3 5.767.673 1.518.653 848.247 1.173.168 5.145.396 1.190.486 15.643.623
a 3
Escavação em Rocha - 3 Categoria m 4.620.151 1.895.773 2.814.065 1.905.657 1.706.916 2.043.554 14.986.116
3
Aterro em Solo m 6.819.428 5.230.158 2.463.277 2.831.752 16.441.653 3.615.597 37.401.865
Aterro em Enrocamento m3 2.044.199 799.880 2.598.518 1.504.608 295.707 1.543.902 8.786.814
3
Concreto m 162.467 106.457 87.573 77.314 188.790 78.190 700.791
2
Geomembrana de PEAD m 2.873.066 1.874.063 1.580.226 1.366.203 3.281.462 1.327.713 12.302.733
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
QUADRO 5.5
BARRAMENTOS PROJETADOS
Santa Helena III ENA 33 4,25 2,55 Soleira Livre 269.379 660.932 119.661 58.002 8.340
Caio Prado III ENA 16 58,00 0,88 Soleira Livre 57.420 96.516 29.664 14.000 3.000
Aç. Público de Angicos IV HOM 68 139,36 - Soleira Livre
Panela D'Água V HOM 25 0,55 0,55 (2) 1.399.920 - 128.075 82.000 -
Mandantes V HOM/CCR 25 133,70 1,18 Soleira Livre 165.876 28.015 15.790 13.912 46.715
Salgueiro V HOM 24 7,00 1,00 (2) 424.126 - 39.915 52.333 -
Cacimba Nova V CCR 18 196,20 3,20 Soleira Livre 58.643 12.027 10.040 9.386 52.014
Bagres V HOM 14 2,03 0,45 (2) 147.779 - 16.158 3.123 -
Copiti V HOM 25 8,91 2,40 Soleira Livre 732.662 - 44.012 30.160 1.489
Moxotó V CCR/ENA 16 504,00 1,35 Soleira Livre 748 - 588 260 31.543
Barreiro V HOM 10 5,22 0,80 (2) 82.806 - 9.581 6.679 197
Riacho dos Campos V CCR 23 41,16 0,51 Soleira Livre - - - - 31.231
Tamboril VI ENA 17 2,11 0,67 (2) 44.515 64.997 25.530 11.920 -
Parnamirim VI ENA 33 2,62 1,20 Soleira Livre 167.940 360.852 69.552 33.450 127
TOTAL 9.533.881 3.923.426 1.117.968 732.005 333.012
ENA - Enrocamento com Núcleo Argiloso
HOM - Homogênea
CCR - Concreto Compactado a Rolo
(1) - Vertedouro Existente
(2) - Sem Vertedouro
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Visando aprimorar a avaliação dos custos envolvidos, foi elaborado o dimensionamento estrutural
em nível de detalhe mais aprofundado.
Dentre os principais aspectos que foram convenientemente avaliados para cada tipo de obra,
destacam-se:
O Quadro 5.6 apresenta os volumes das obras civis das Estações de Bombeamento projetadas.
No Relatório R24 – Dimensionamento das Obras Civis, são apresentados os resultados dos estudos
desenvolvidos.
QUADRO 5.6
Trecho I Trecho V
Trecho VI
Descrição Un Total
EBI/1 EBI/2 EBI/3 EBV/1 EBV/2 EBV/3 EBV/4 EBV/5 EBVI/1
Escavação de material de
m3 19.308 16.958 29.886 265.304 13.699 20.779 16.730 39.461 10.676 432.801
1a categoria
Escavação de material de
m3 45.051 39.569 69.733 206.469 20.549 31.168 25.095 26.307 16.015 479.956
2a categoria
Escavação de material de
m3 243.954 277.701 373.342 - 97.659 102.655 86.386 117.880 16.152 1.315.729
3a categoria
Concreto m3 18.170 20.637 19.419 6.652 8.343 7.721 5.331 3.466 1.361 91.100
QUADRO 5.7
Características Un EBI/1 EBI/2 EBI/3 EBV/1 EBV/2 EBV/3 EBV/4 EBV/5 EBVI/1
QUADRO 5.8
Uma vez detalhadas e ajustadas todas as obras previstas, foi desenvolvida a avaliação das
desapropriações, das relocações e dos reassentamentos de população necessários.
Os estudos demonstraram que serão atingidos 722 domicílios e que será necessário o
reassentamento de uma população de aproximadamente 3.430 pessoas.
QUADRO 5.9
Linhas de
Reservatórios
Trecho Canais (km²)
(km²) Transmissão
(km²)
(km²)
I 23,16 64,38 3,73
II 17,16 24,94 1,80
III 11,62 8,18 -
IV 11,65 - -
V 29,20 29,02 5,21
VI 16,08 4,60 0,11
Total 108,87 131,12 10,85
Uma vez que as obras da transposição são constituídas basicamente por um conjunto de obras
lineares, ocorrerão interferências diretas na infra-estrutura viária existente, acarretando a
necessidade de relocação do sistema afetado pelo empreendimento, e a implantação de novas vias,
tanto para a etapa construtiva quanto para a posterior manutenção e operação do empreendimento.
Foram detectadas as interferências com a malha viária existente, envolvendo rodovias e/ou ferrovias.
Nos pontos onde o traçado do canal de transposição interfere com rodovias estaduais e federais ou
com ferrovia, foram previstas pontes de travessia de modo a garantir a operação destas vias sem a
necessidade de remanejamento.
Nos casos de interferência com rodovias vicinais, foi prevista uma travessia a cada 5 km.
Passarelas e/ou passagens inferiores para possibilitar o livre trânsito de pessoas, bicicletas ou animais
foram previstas sempre que necessário.
O traçado das vias de acesso do empreendimento, foi estudado baseado na implantação de vias
paralelas aos dos canais e dentro da faixa de desapropriação das obras.
Foram realizados projetos específicos de implantação para os acessos às obras localizadas, tais como
estações de elevatórias, tomadas d'água, reservatórios, etc.
Sempre que possível foi estudada a utilização de estradas e caminhos existentes, adaptando-as às
necessidades do projeto.
Os Quadros 5.10 e 5.11 apresentam o resumo de quantidades de relocação e dos acessos estudados
para cada trecho do empreendimento.
QUADRO 5.10
RELOCAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS
0,25
1
Solo Compactado Solo Compactado Medidor Válvula de
Venturi Controle
de Vazão
Válvula
Gaveta
1 Válvula de
Casa de Controle
1 de Vazão
Bombas
1
4 Grade Stop-log 3,00
0,25
1,5 1,5
1 1
Medidor
Venturi
i=6% is i=6%
Acesso de Serviço estres ou anima
Porteira Acesso para ped
Acesso de Manutenção Porteira Porteira Acesso de Manutenção
Passarela
Metálica
Acesso Lateral
Acesso Lateral
Travessia para Pedestres e Animais
Acesso de Serviço
QUADRO 5.11
Para o dimensionamento das subestações foi considerado o sistema de manobra por barras simples,
tendo em vista que:
♦ a alimentação de energia de cada setor será feita por apenas um circuito simples de transmissão;
♦ a paralisação do sistema por algumas horas não ocasionará problemas operacionais relevantes;
As subestações foram localizadas o mais próximo possível da estação elevatória a ela associada.
Foi considerada a automação nos sistemas adutores do PTSF composta, em princípio, por estações
remotas localizadas ao longo do trecho, monitorando posições de comportas (incluindo estado e
comando de motores, níveis de água nos canais, aquedutos, reservatórios das barragens e túneis,
condições das comportas de controle aberto/fechado, estado de funcionamento das bombas,
motores, turbinas, geradores, subestações e variáveis coerentes ao próprio sistema de supervisão e
controle, comunicação, integridade, equipamentos, abrigos etc.). As estações remotas principais
foram localizadas em pontos estratégicos dos sistemas adutores, recebendo dados do sistema digital
de supervisão e controle, via serial, e os retransmitindo ao centro de controle e operação localizado
nas estações de captação.
A transmissão ao longo do eixo transposto foi prevista através de cabos de comunicação em fibra
ótica aproveitando as estruturas do sistema de transmissão de energia (cabos OPGW), centralizando
estas informações no CCO.
A localização e a quantidade dos canteiros foi definida com base nos prazos definidos no
cronograma de implantação das obras e nas necessidades dos serviços.
Os arranjos físicos dos canteiros foram definidos em função das áreas necessárias para depósitos,
área de estoque e bota-foras, pátios de armação, formas e pré-moldados, pátio de máquinas, áreas
de suprimento de combustíveis, óleos e insumos, alojamentos, oficinas mecânicas e laboratórios de
controle tecnológico.
A partir das necessidades dos serviços e dos prazos estabelecidos no cronograma de execução das
obras e metodologias executivas adotadas, foram dimensionados as unidades produtivas, os planos
viários e os acessos às obras.
Para a definição das necessidades de alojamentos, foram elaborados histogramas dos serviços
principais por trecho de interesse, tendo por base os cronogramas de implantação do
empreendimento, métodos construtivos a serem empregados e os quantitativos de serviços e obras.
Desta forma, para cada trecho foi determinado o histograma de demanda de mão-de-obra,
ressaltando que foi avaliada a utilização da mão-de-obra local para contribuir para a formação dos
contingentes necessários às obras, além de possibilitar a abertura de postos de trabalho à população
atualmente sem perspectivas de colocação na região.
O Quadro 5.12 apresenta as localizações características das áreas de abrangência dos canteiros de
obras previstos para a implantação das obras.
No Relatório R-29 - Infra-estrutura para Implantação das obras, são apresentados os detalhes dos
estudos realizados.
Planejamento Geral
Uma vez definidos os quantitativos das obras civis e dos equipamentos eletromecânicos das obras
principais e acessórias da alternativa selecionada, foi desenvolvido o planejamento final do
empreendimento englobando a definição final dos métodos construtivos mais apropriados ao
empreendimento, o cronograma de implantação, o orçamento e o cronograma físico-financeiro do
PTSF.
Os locais mais adequados para implantação de canteiros e acampamentos foram definidos, bem
como as vias que serão necessárias tanto na fase construtiva como para a operação do
empreendimento.
Através dos dados fornecidos pelos Estudos Ambientais, as ações e programas ambientais foram
agregados ao planejamento de implantação do empreendimento, bem como aqueles que
extrapolarão o prazo das obras.
1 27,20 eb(1); cc(2,3); cn(20,4); aq(0,3); rs(1) 293 jusante da EB-I/1 Cabrobó 15.215 2,5
2 47,70 tn(1); eb(1); cn(35,0); aq(0,9); rs(3) 293 montante da EB-I/2 Terra Nova 3.536 3,5
I 3 34,30 cn(25,7); eb(1); rs(1) 293 montante da EB-I/3 Salgueiro 37.631 6,0
4 34,20 rs(2); tn(2,2) 293 emboque do túnel Jati 2.798 1,0
5 - uhe(1) 139 próximo à UHE Jati 2.798 -
1 21,80 tn(0,7); uhe(1) 139 próximo à UHE Jati 2.798 14,0
II 2 57,40 cn(56,6); aq(0,79) 139 próximo à cidade Mauriti 16.058 5,0
3 26,10 cn(7,1); tn(16,2); rs(1) 139 emboque do túnel Canteiro de Obras - 16,0
-5-64-
1 30,14 tn(4,1); cn(25,2); aq(1) 405 emboque do túnel Cajazeiras 40.119 12,0
III
2 40,31 cn(36,4); aq(1); rs(1) 405 próximo à cidade Baixio 2.401 1,5
1 41,50 cn(41,5) 249 próximo à cidade Triunfo 3.586 1,0
IV
2 27,93 cn(23,4); tn(4,5) 249 emboque do túnel Uriaúna 10.046 8,5
1 45,30 cc(0,85); aq(0,1); rs(1); cn(40,6) 308 próximo à EB-V/1 Nova Petrolândia 11.448 8,0
2 38,91 tn(2,5); eb(1); rs(2); cn(32,1) 308 montante da EB-V/2 Canteiro de Obras - 20,0
V 3 58,04 eb(1); aq(0,5; rs(3); cn(50,0) 308 montante da EB-V/3 Canteiro de Obras - 18,0
4 47,75 aq(0,5); rs(1); eb(1); cn(43,6) 308 montante da EB-V/4 Custódia 14.918 1,5
5 38,96 rs(2); eb(1); tn(4,9); cn (32,3) 308 montante da EB-V/5 Sertânia 15.556 2,0
1 43,10 eb(1); aq(0,45); rs(0,95); cn(35,9) 278 próximo à EB-VI/1 Salgueiro 37.631 7,0
VI
2 66,90 aq(1,1); rs(1); tn(1,8); cn(62,2) 278 emboque do túnel Parnamirim 7.049 2,0
eb ( ) – estação de bombeamento (unidade)
cc ( ) – canal de captação (km)
cn ( ) – canal (km)
aq ( ) – aqueduto (km)
rs ( ) – reservatório (unidade)
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
uhe ( ) – usina hidrelétrica (unidade)
tn ( ) – túnel (km)
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Assim, para serviços gerais, foram definidos os prazos mínimos necessários à aquisição de terras,
relocações de interferências, construção de acesso provisórios e definitivos, suprimento de água e
energia elétrica e implantação de canteiros e acampamentos para cada frente de serviço.
Para as obras civis e para os equipamentos, foram considerados os prazos legais mínimos necessários
à licitação para seleção de empreiteiros e fornecedores de equipamentos, com base na legislação
vigente.
As equipes necessárias à supervisão das obras e montagem dos equipamentos construtivos foram
devidamente definidas.
A partir desse orçamento, subdividido em contas básicas, foi elaborado o cronograma físico-
financeiro do empreendimento, considerando-se as etapas previstas e a distribuição mais realista
possível de cada conta.
Com relação aos custos relativos ao suprimento de energia elétrica do empreendimento ao longo do
tempo, os critérios adotados foram amplamente discutidos com a FUNCATE antes da sua
incorporação ao orçamento.
♦ Deve-se repartir os custos de investimentos entre os trechos que usufruem dos mesmos. Um
trecho não deve ser onerado com obra que não utiliza;
Cada trecho (ou Estado) deve contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento, que varia
de acordo com a estrutura da demanda por tipo de usuário. Os usos nobres (humano, por ser
legalmente prioritário, e o industrial, por sua maior capacidade financeira) devem ajudar os usuários
de menor capacidade de pagamento (subsídios cruzados a irrigantes e pequenos produtores).
1 Aquisição de terras e benfeitorias 13.431 6.952 3.938 2.495 2.297 7.601 36.714 1,34%
2 Relocações 21.037 8.670 7.349 8.198 1.301 28.334 74.889 2,74%
3 Linhas de transmissão 24.933 774 - - 100 25.524 51.330 1,88%
4 Subestações 54.829 3.633 - - - 44.079 102.541 3,75%
5 Implantação de canais 272.665 147.803 157.473 143.809 148.069 295.635 1.165.453 42,59%
6 Obras de drenagem 19.753 17.010 13.433 18.028 18.196 31.421 117.840 4,31%
7 Túneis 10.287 57.517 11.650 11.421 3.461 23.340 117.676 4,31%
8 Aquedutos 14.400 12.141 3.548 - 6.728 4.642 41.459 1,52%
-5-67-
ÁG U A PA R A TO D O S
P R O JE T O S Ã O FR A N C IS C O
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 5.14
Custos 1.000 R$
Descrição Período Inicial Período Final
de Operação de Operação
ANOS
ATIVIDADES
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 Eixo Norte Eixo Leste
Trecho II
Trecho III
2. Relocações
Trecho IV
Trecho VI
3. Linhas de Transmissão
4. Subestações
5. Implantação de Canais
6. Obras de Drenagem
7. Túneis
8. Aquedutos
9. Estações de Bombeamento,
Linha de Recalque, Estruturas
de Desague
A viabilidade de um empreendimento passa por várias análises em diversas dimensões. Neste item,
são apresentados os principais aspectos que demonstram a viabilidade do Projeto de Transposição de
Águas do Rio São Francisco, tendo por referência os estudos desenvolvidos de Inserção Regional,
Engenharia e Meio Ambiente.
6.1.1 Introdução
Todas estas possibilidades, isoladamente, estão longe de representar uma solução comparável, quer
em termos das metas pretendidas em termos de volume de água e abrangência espacial, quer em
termos da qualidade para os diferentes usos para prescindir da transposição; e, mesmo em conjunto,
mostraram resultados inadequados em termos de custos totais e garantia de fornecimento.
Mesmo assim, essas alternativas não serão descartadas, a longo prazo, pois podem satisfazer de
forma complementar a demanda d’água da região e, na verdade, compõem um agrupamento de
infra-estrutura hídrico de natureza complementar à âncora maior, representada pela transposição.
O traçado proposto para a transposição de águas do Rio São Francisco é considerado o melhor em
termos locacionais/ambientais
Para a escolha do melhor traçado ambiental da Transposição - canais e rios que conduzirão a água
desde o Rio São Francisco até os açudes - foram estudadas mais de 22 alternativas, englobando uma
área de 110.800 km2, correspondente a 153 municípios dos Estados de Ceará, da Paraíba,
Pernambuco e do Rio Grande do Norte.
A seleção do melhor traçado foi feita com base em critérios de Engenharia (flexibilidade e eficiência
operacional e aspectos construtivos), econômicos (custos de investimentos e operacionais),
ambientais, além daqueles relacionados a gestão e controle da água.
Em linhas gerais, a seleção do traçado mais adequado, em aproximações sucessivas, considerou que
o sistema projetado deveria oferecer condições para:
♦ abastecer o maior número possível de áreas de concentração populacional, situadas nas bacias
receptoras, com atendimento de 100%;
♦ fornecer água para irrigação intensiva, com garantia de 99%, para 75% da área com potencial
de irrigação;
♦ evitar interferências diretas ou por meio da introdução de novas pressões antrópicas nos
ambientes terrestre de interesse biológico;
♦ ter flexibilidade operacional para suprir cada bacia receptora, de acordo com a respectiva
demanda.
Além disso, foram elaboradas análises e avaliações que envolveram algumas questões e
possibilidades de ganhos ambientais, tais como:
♦ rios e riachos potencialmente incorporáveis ao sistema quanto a sua capacidade para conter e
conduzir as águas até o local de destino, na quantidade prevista em cada caso, de modo a evitar
enchentes, erosão e outros processos indesejáveis, como o transbordamento por insuficiência da
calha e a conseqüente perda de água pelo sistema;
♦ melhor localização para a captação da água no Rio São Francisco, em função da presença dos
índios Truká, na Ilha Assunção, e de modo a evitar interferências indesejáveis nos demais usos
locais da água, incluindo a captação de água para a cidade de Cabrobó.
As alternativas de traçado que atenderam os critérios estabelecidos e também se mostraram viáveis
em função dos estudos técnicos foram avaliadas ainda quanto aos: custos de implantação e de
operação; aspectos ambientais; e gestão da água no trajeto, considerando-se as perdas por infiltração
e por evaporação.
Assim é que, o traçado selecionado, por ocupar uma menor extensão de rios que os demais traçados
e por ter grande parte de suas obras desenvolvendo-se no espigão existente entre o Ceará e a
Paraíba, apresenta as condições mais adequadas ambientalmente, garantindo:
♦ melhores condições para gestão e controle das águas por apresentar menores extensões de
canais em leito natural;
♦ perenização de alguns leitos naturais (Rios dos Porcos e Salgado, entre outros);
Por fim, apesar de ter maior extensão de canais artificiais e maior extensão de túneis, elimina o
trecho de recalque entre o Rio Salgado e Bom Jesus (CE), bem como as obras de ampliação do canal
Sousa-Coremas, mantendo, no trecho em arenitos (Rio dos Porcos), apenas uma vazão para
atendimento difuso.
Numa tentativa de avaliar esses impactos e a forma de tratá-los e, mais que isso, proceder um
balanço articulado entre estes efeitos, executou-se um exame criterioso dos documentos ambientais
de apoio, envolvendo, desde uma leitura ambiental do processo de implantação do projeto da
transposição - construção e operação, até a análise encadeada dos diversos impactos, cuja
ocorrência é esperada nos meios sócio-econômico, biótico e físico, muitos deles fazendo parte de
complexos processos em curso.
As ações necessárias para implantar o sistema projetado, composto basicamente de canais, barragens
e estações de bombeamento de água, irão obedecer um cronograma definido para um prazo de seis
anos. Caso as obras sejam iniciadas em 2001, poderá entrar em operação em 2007.
♦ operação do sistema: a partir de dois pontos de captação no Rio São Francisco, a água será
conduzida até os grandes açudes da região, onde será feita a distribuição para os centros
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-5- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
urbanos maiores e para irrigação intensiva. Ao longo do sistema, é prevista a captação de água
para o abastecimento de comunidades urbanas de menor porte e para irrigação de pequenos
cultivos.
♦ Área de Influência Indireta (AII), onde ocorrerão os processos físicos, bióticos e sócio-
econômicos secundários ou indiretos; compreende a bacia do Rio São Francisco e a totalidade
das bacias hidrográficas dos Rios Piranhas-Açu, Apodi, Jaguaribe e Paraíba. Incluiram-se também
as áreas interioranas e metropolitanas localizadas fora das bacias, mas que serão beneficiadas
por empreendimentos viabilizados pelo Projeto de Transposição;
! No Ceará – Alto Santo, Aurora, Baixio, Barro, Brejo Santo, Cedro, Icó, Iguatu, Ipaumirim,
Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaribe, Jati, Lavras da Manguabeira, Mauriti, Milagres, Missão
Velha, Orós, Penaforte, Quixelô e Umari;
! No Rio Grande do Norte – Apodi, Francisco Dantas, Itaú, José da Penha, Luís Gomes,
Marcelino Vieira, Pau dos Ferros, Rafael Fernandes, Riacho da Cruz, São Francisco do
Oeste, Tabuleiro Grande, Açu, Ipanguaçu, Jardim de Piranhas, Jucurutu, Santana do Matos,
São Fernando e São Rafael;
! Na Paraíba – Barra de São Miguel, Boqueirão, Cabaceiras, Camalaú, Congo, Monteiro, São
João do Cariri, Aguiar, Bom Jesus, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Coremas, Monte
Horebe, Nazarezinho, Paulista, Piancó, Pombal, Riacho dos Cavalos, Santa Helena, São
Bento, São João do Peixe, São José de Piranhas, Sousa, Triunfo e Uiraúna; e
♦ Área Diretamente Afetada (ADA), compreende o espaço destinado à construção das estruturas
projetadas.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-6- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
A Figura 1.3. do capítulo 1 mostra essas áreas e, no caso da AII, apenas as regiões receptoras. Já as
Figuras 6.1, 6.2 e 6.3 apresentam as áreas indígenas, as principais unidades de conservação e uma
caracterização da vegetação e uso do solo simplificada desenvolvida nos Estudos de Impacto
Ambiental.
Essas ações irão provocar impactos isolados mas, na verdade, quando avaliados em conjunto,
representam interferências que, ao longo do tempo, irão fazer parte dos processos em curso de
crescimento econômico e de apropriação dos recursos naturais nas áreas de influência.
Emprego e Renda
♦ essas oportunidades de trabalho são de tal forma significativas que devem alterar o nível de
emprego existente nos municípios afetados e na dinâmica do mercado de trabalho regional.
Assim, associado ao aumento do nível de emprego, está o incremento de renda que repercutirá
na dinâmica econômica, principalmente dos municípios em que serão instalados os canteiros de
obras e alojamentos: Cabrobó, Salgueiro, Terra Nova, Parnamirim, Jati, Cajazeiras, Triunfo,
Uiraúna, Custódia, Sertânia, Mauriti, Baixio, Floresta e Petrolândia. A animação destas
economias será resultado do acréscimo das demandas por atividades do setor comércio e
serviços, o que acabará gerando efeitos multiplicadores para outros segmentos produtivos;
♦ além disso, complementando o impacto anterior, na região afetada pela seca, onde diversos
problemas sociais, econômicos ocorrem, como: desemprego em massa de trabalhadores rurais,
que ficam sem opção de renda; escassez, carência e aumento de preços de alimentos;
frustração das safras de subsistência; esgotamento das fontes de água; dizimação de rebanhos;
descapitalização crescente dos produtores; queda do nível sócio-econômico; êxodo
populacional para os grandes centros urbanos e outras regiões do País, haverá uma redução da
exposição anual de cerca de 440 mil pessoas e, nos anos de seca mais aguda, de cerca de 1,5
milhões de pessoas, a esses problemas;
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-7- Relatório S íntese
Genipapo Grande
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PROJETO SÃO FRANCISCO
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♦ com a perspectiva da oferta da água, haverá uma diminuição do êxodo rural e, neste sentido, a
pressão sobre as grandes cidades, seja do litoral nordestino, seja da região Sudeste: estima-se
que, com a oferta de água, 300 mil pessoas (9% da população rural da AII em 1996 e 42% da
população rural da AID) deverão ser retidas no campo. Este impacto é positivo e de grande
relevância para a região onde será implantado o empreendimento;
♦ a perda na geração de energia (estimada em 137 MWh, representando 1,0% da energia média
gerada em 24 horas e 1,1% da energia média gerada no período crítico de consumo),
decorrente da captação de água no Rio São Francisco, é um impacto negativo, pois poderá vir a
causar perdas às receitas orçamentarias nos municípios e Estados (cinco municípios na Bahia,
quatro em Alagoas, seis em Pernambuco e um em Sergipe) que tiveram parcelas de seus
territórios inundados para a formação dos reservatórios e que, atualmente, vêm por isso
recebendo compensação financeira. Estas reduções serão das seguintes ordens: 0,4% para os
municípios baianos e alagoanos, 0,2% para os pernambucanos e 1,8% para o sergipano. Essas
perdas podem indiretamente vir a impactar as populações desses municípios;
♦ em contrapartida, outros municípios que deverão ter suas economias dinamizadas com a
construção do empreendimento e, posteriormente, com a operação da transposição, terão
acréscimos nas suas receitas orçamentárias, advindas de novos fatos geradores de cobrança de
impostos, como o ISS (durante o período de construção), e o ICMS, durante a vida útil da
transposição, à medida em que estimularem a produção. A elevação da receita orçamentária irá
refletir beneficamente nas condições de vida de suas populações.
Tais impactos, na sua maioria positivos, serão potencializados com ações como:
♦ maximização dos benefícios da oferta da água, promovendo seu acesso para a dessedentação
de criações e irrigação de áreas agrícolas de populações/comunidades localizadas ao longo dos
canais;
♦ alterações diversas no regime fluvial dos cursos d’água, em função das características de cada
local, sendo a principal a permanência de água nos rios que hoje apresentam trechos secos, na
época das secas;
♦ relacionado a este impacto, pode-se prever um aumento da reposição de água subterrânea: nas
condições atuais, as águas subterrâneas retiradas são repostas exclusivamente no período
chuvoso. Com a entrada em operação do sistema da transposição, essa reposição ocorrerá
continuamente em alguns locais, beneficiando a população instalada ao longo dos rios e que se
abastece de água dos poços;
♦ nessas condições, haverá também um aumento da oferta de água para consumo doméstico. O
projeto da transposição incorpora, para tanto, um conjunto de sub-projetos para o
abastecimento humano em áreas urbanas situadas nas sete regiões receptoras. De acordo com
os estudos realizados, com as águas transpostas e a modificação do regime fluvial dos cursos
d’água, será possível abastecer, no ano 2025, uma população adicional de cerca de 4,5 milhões
de pessoas, 2,6 milhões das quais residentes nas regiões metropolitanas de Fortaleza e Recife.
Decorrente deste impacto positivo, está a redução dos índices de mortalidade por doenças
relacionadas a falta ou qualidade da água e, portanto, com reflexo substantivo na redução da
pressão sobre serviços de saúde. Com esta cadeia de relações, estes impactos positivos são de
extrema relevância para a população residente nas áreas urbanas da região;
♦ na área rural, haverá uma dinamização da agropecuária. Ou seja, o aumento da oferta d’água
criará condições para revitalização de alguns perímetros irrigáveis já existentes, bem como a
incorporação de novas áreas ao processo produtivo. Assim, nas áreas ao longo dos rios, riachos e
canais, integrantes dos sistemas da transposição, prevê-se a incorporação de cerca de 16.530 ha
de áreas férteis à atividade irrigada, sendo 350 ha na bacia do Rio Apodi, 5.440 ha na bacia do
Jaguaribe, 1.740 ha na bacia do Piranhas-Açu, 5.060 ha na bacia do São Francisco e 940 ha na
bacia do Paraíba;
♦ em contrapartida, o maior volume de água nos rios receptores e açudes poderá contribuir
positivamente para a melhoria da qualidade das suas águas, reduzindo processos de salinização
em curso, como também para o transporte mais eficiente de nutrientes que, em tese, poderá
propiciar o aumento da população de peixe nativos;
♦ ressalte-se, entretanto, que a interligação de bacias facilita também a introdução, nas bacias
receptoras, de novas espécies de peixes que, no processo de competição com as nativas, poderá
resultar em perda de diversidade. Observa-se, porém, que várias espécies de outras bacias,
incluindo a do São Francisco, já vêm sendo introduzidas nos açudes nordestinos, seja para o
aproveitamento econômico, seja para o controle da população de piranhas e pirambelas. A
♦ utilização de telas e/ou filtros no Rio São Francisco antes dos locais de captação da água;
♦ manter, tanto quanto possível, uma circulação de água adequada nos canais e reservatórios,
para que haja sempre uma renovação e evitando-se, assim, águas paradas durante muito tempo.
O programa de monitoramento nos canais e reservatórios permitirá a adoção, quando
necessário, de regras operativas e corretivas adequadas;
Desapropriação e Relocação/Reassentamento
Relocação/Reassentamento de Famílias
Impactos negativos e específicos estão relacionados à implantação e operação do empreendimento.
Dentre eles, estão os resultantes da desapropriação e relocação/reassentamento de famílias, de
expectativas geradas nas comunidades indígenas, das interferências no patrimônio arqueológico e
outros descritos na seqüência. Deve-se ressaltar, entretanto, que também para estes impactos há
medidas que podem mitigá-los, controlá-los ou mesmo compensá-los, com alta probabilidade de
sucesso.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-13- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Esses riscos estão associados à existência de vestígios arqueológicos e inúmeros sítios identificados na
região de implantação do empreendimento e onde se prevêem escavações, áreas destinadas aos
reservatórios e nos rios que terão seus volumes de água alterados. Nesta linha, é de se destacar que
os sítios rupestres, particularmente os de gravuras, estão em geral localizados nas áreas mais baixas,
nas margens e até mesmo nos leitos dos rios.
Tal impacto negativo deverá ser controlado e mitigado com ações tais como:
Por outro lado, na operação do empreendimento, os canais, rios e reservatórios poderão funcionar
como pólos de atração populacional face à disponibilidade da água e, desta forma, serão
aumentadas as possibilidades de degradação de remanescentes de vegetação natural existentes nas
suas proximidades.
Associada a este impacto, está a redução da biodiversidade da fauna terrestre. Ou seja, as áreas de
caatinga arbórea abrigam uma série de animais típicos e importantes de serem preservados. O
enchimento de reservatórios e canais deverá também dividir o ambiente, barrando os deslocamentos
casuais e movimentos migratórios dos animais que vivem nesse ecossistema. Este impacto poderá,
inclusive, dividir grupos de espécies, fragmentando as populações, principal causa da redução da
biodiversidade. Além disto, o fluxo contínuo de água será outro fator de alteração da biodiversidade,
Tal impacto negativo poderá ser compensado com ações no âmbito de um Programa de
compensação ambiental, conforme Resolução CONAMA 002/96. Além disso, prevêem-se:
♦ revegetação de áreas ao longo dos canais e margens dos reservatórios para manter a interligação
entre manchas de caatinga fragmentadas pelas obras.
Erosão das Margens dos Rios Receptores e Assoreamento dos Corpos D’água
Na época da construção, este impacto está relacionado ao desmatamento, às escavações necessárias
à abertura de canais, túneis e estradas de acesso, bem como à extração de terra e pedra para uso nas
obras. O assoreamento dos corpos d’água decorre do primeiro impacto, principalmente, pela
exposição dos solos que ficam sujeitos à ação erosiva das chuvas.
No operação, a variação da quantidade de água que será lançada nos rios receptores e nos
reservatórios poderá provocar alterações dos níveis das águas subterrâneas em suas proximidades e,
neste sentido, desestabilizar as suas margens e provocar desbarrancamentos. Associado a essas
possíveis interferências está o assoreamento dos corpos d’água.
♦ implantação de vegetação nas margens dos corpos d'água e reservatórios, não só para proteger
as próprias margens de desmoronamentos mas, também, para ajudar a reter os sedimentos
transportados pelas chuvas;
♦ as áreas sujeitas aos desbarrancamentos deverão ser identificadas e revestidas com vegetação
rasteira e árvores de espécies nativas, antes da entrada em operação do empreendimento;
♦ encaminhamento de solicitação ao DNPM para que não sejam liberadas novas autorizações de
pesquisa ou exploração na área de intervenção direta do empreendimento;
♦ negociação de termo de renúncia dos titulares das terras que possuam autorizações já emitidas.
Tais impactos negativos poderão ser plenamente controlados/mitigados com as seguintes ações:
♦ revestimento das estradas de acesso às obras e onde se prevê maior fluxo de veículos;
♦ aspersão periódica de água nas estradas de terra e outras instalações como canteiros de obras,
situadas nas proximidades de povoados;
Aumento da Caça
Com a abertura de caminhos de serviços para as obras, os animais antes protegidos em áreas pouco
acessíveis e bem conservadas ficarão expostos, prevendo-se o aumento da caça de espécies
apreciadas na região para comércio, alimentação ou obtenção de peles.
Além disso, este aumento de caça poderá acarretar a redução da população de espécies, algumas
classificadas como vulneráveis ou ameaçadas de extinção na região, como é o caso dos mamíferos
tatu-bola, onça, onça-vermelha, macaco-prego, tatu-do-rabo-mole, tatuí e porco-do-mato; e aves
como o jacu e o inhambu.
Tais impactos negativos poderão ser plenamente controlados/mitigados com as seguintes ações:
♦ orientações e educação aos trabalhadores e fiscalização por parte das empreiteiras visando a
redução da caça de mamíferos e aves.
Risco de Acidentes com Animais Peçonhentos e Cobras no Período de Enchimento dos Reservatórios
Com o enchimento dos reservatórios, os trabalhadores e a população das áreas diretamente afetadas
correrão risco de serem atacados por animais peçonhentos e venenosos, expulsos das áreas a serem
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-17- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
inundadas. Ressalte-se, entretanto, que a baixa densidade demográfica dessas áreas, reduz a
possibilidade de ocorrência deste impacto.
Tal impacto negativo poderá ser plenamente controlado/mitigado com as seguintes ações:
♦ alerta aos trabalhadores e à população local sobre o problema e os riscos de picadas de animais
peçonhentos e cobras;
Pressão Sobre a Infra-Estrutura Urbana nos Povoados e Cidades Próximas às Áreas de Canteiros de Obra
e Alojamentos
A contratação de mão-de-obra e as demandas relacionadas à afluência e posterior permanência de
trabalhadores não aproveitados poderão gerar pressão sobre a infra-estrutura urbana (habitação,
saneamento básico, educação, e saúde) durante os cinco anos de construção do empreendimento.
Saliente-se que essa pressão já existe hoje em decorrência do processo de urbanização crescente na
região.
Tal impacto negativo poderá ser plenamente controlado/mitigado com as seguintes ações:
Foram definidos 20 programas e uma estrutura de gestão para a implantação desse plano e
programas, no âmbito de um Sistema de Supervisão, Gestão e Auditoria Ambiental, necessários para
instruir a articulação das ações incluídas nos planos e programas.
O sistema será constituído por duas equipes subordinadas a um coordenador geral, este último
responsável pelo estabelecimento de canais de comunicação com os órgãos ambientais estaduais, o
IBAMA e as comunidades locais. A responsabilidade pela implementação dos planos e programas
será do empreendedor, em muito casos em convênio, ou outra forma de associação, com outras
instituições.
São relacionados, a seguir, aspectos gerais dos planos e programas que comporão o Sistema de
Supervisão, Gestão e Auditoria Ambiental.
♦ Programa de Comunicação Social: o conhecimento público dos objetivos da transposição, do
alcance e do andamento das obras e dos processos envolvidos na sua operação constitui
condição fundamental para a colaboração da população nesses processos. Este programa tem
por finalidades: promover a divulgação das obras e de sua importância local, regional e
nacional; realizar a articulação entre os órgãos envolvidos; e fornecer informações sobre os
impactos esperados com a implantação e operação do empreendimento.
meta o ressarcimento justo dos proprietários pelos bens adquiridos ou indenizados; elaborar um
cronograma de aquisições e indenizações compatível com o cronograma das obras; e
acompanhar as negociações, envidando esforços para que o processo transcorra em clima de
normalidade, antecipando entraves e procurando soluções adequadas aos mesmos.
6.2.1 Metodologia
Considerações Iniciais
O objetivo da análise econômica é determinar a viabilidade do Projeto do ponto de vista da
sociedade. São considerados nessa análise, além do PTSF, diversos subprojetos, os subprojetos
integráveis (adutoras, redes de distribuição, perímetros de irrigação) que se encontram em várias
fases de planejamento e implementação.
A totalidade destes benefícios é comparada com a soma dos custos de investimento e de operação
da transposição e dos subprojetos integráveis, dos programas ambientais e da reposição da energia
renunciada pelo sistema elétrico, ajustados aos preços econômicos.
♦ aumento no bem estar do usuário de abastecimento urbano, resultante do maior acesso dos
usuários à água adicional. Esses benefícios são medidos pelo excedente do consumidor;
♦ redução dos gastos públicos emergenciais durante as secas, na área do Projeto, em distribuição
de cestas de alimentos, gastos em frentes de trabalho e fornecimento de água em carros-pipa;
♦ benefícios indiretos e intangíveis, pois os sistemas produtivos da região serão beneficiados pela
dinamização de atividades industriais, agropecuárias, comerciais e de serviços dependentes do
suprimento hídrico, fomentando ainda sinergias econômicas, uma vez que o desenvolvimento
esperado das atividades rurais originará novas demandas aos centros de comércio e serviços;
Foram estimados os benefícios aos usuários urbanos e rurais. No meio urbano, foram considerados o
abastecimento humano e o industrial. No meio rural, foram analisados o consumo pela irrigação
intensiva e os consumos difusos: humano e outros (pecuária, piscicultura e irrigação difusa,
representada por esta última).
Supõe-se que os projetos integráveis (tais como sistemas de irrigação e adutoras) serão
implementados. Na situação sem Projeto, inclui-se a entrada em operação dos reservatórios de
Castanhão, no Ceará; Santa Cruz, no Rio Grande do Norte; e Acauã, na Paraíba. Os benefícios serão
proporcionais ao volume de água gerado pela transposição e pela sinergia nos reservatórios.
Os gastos públicos previstos, bem como os benefícios econômicos esperados, foram estimados para
os municípios dos Estados do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, que
integram a área de influência do Projeto. A partir das estimativas populacionais de cada um dos
municípios abrangidos pelo Projeto, estimou-se o índice de crescimento das áreas de influência do
Projeto em cada Estado.
Foram compostas duas situações para as estimativas, partindo da extrapolação das tendências de
gastos emergenciais (sem Projeto), deduzindo-se os gastos evitados nos municípios que serão
atendidos (com Projeto). Em ambas as situações (com e sem Projeto), utilizou-se um índice de
crescimento demográfico único, consistente com o modelo SIMOP, que não prevê a entrada de uma
demanda diferenciada sem Projeto.
A não execução do Projeto tem como repercussão básica a perpetuação indefinida dos programas
emergenciais, que surgem cada vez que os problemas se acentuam com a estiagem. Considerou-se
que parte da população de alguns municípios beneficiados pelo Projeto tem, atualmente, acesso à
água potável. No entanto, a seca, mesmo que parcial, gera carência de empregos e renda, o que
torna necessários os programas emergenciais.
Para o cálculo dos benefícios, analisou-se o quadro cronológico das secas nos últimos 30 anos;
estimando que ocorram em cerca de 50% dos anos, a média dos gastos emergenciais no período
resulta assim em metade do custo anual durante uma seca. Para cada tipo de gasto público
emergencial, foi construída uma série de pagamentos uniformes para as três décadas, formando
fluxos de caixa que incorporam incrementos anuais, correspondentes aos índices de crescimento
demográfico.
Os dados disponíveis são oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS, gerido
pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Assistência à Saúde, em conjunto com as
Secretarias Estaduais de Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde (para municípios em gestão
semi-plena), sendo processado pelo DATASUS - Departamento de Informática do SUS, da Secretaria
Executiva do Ministério da Saúde.
Os Custos Econômicos
Os custos incluídos na avaliação, computados em termos econômicos (ou preços-sombra) são os
seguintes:
♦ da geração de energia renunciada na bacia do Rio São Francisco, levantados nos Estudos de
Engenharia.
Para analisar a viabilidade por trecho, ratearam-se os custos dos Trechos I e II, e a parte comum do
Trecho III do PTSF, pelos quatro trechos do Eixo Norte que gerarão benefícios (II, III, IV e VI).
Os estudos de inserção regional definiram o cenário da oferta sem Projeto, levando em conta a
oferta d’água na região como resultado da melhoria de gestão dos açudes; a entrada em operação
de reservatórios atualmente em execução, como é o caso de Castanhão (da bacia do Jaguaribe, no
Estado do Ceará) e de Santa Cruz (da bacia do Apodi, no Estado do Rio Grande do Norte); e as
perdas no trajeto. Assim, a água ofertada sem Projeto foi ajustada segundo o impacto de cada um
destes fatores externos. Os dados da oferta atual por trecho são apresentados no capítulo 4 do
presente relatório.
Cenários de Demanda
A partir dos dados básicos por bacia e pressupostos definidos nos estudos de inserção regional, foram
estimadas as demandas médias e as respectivas taxas de crescimento por grupo de usuários e por
trecho.
O estudo de inserção regional definiu dois cenários de demanda, um especificado como tendencial
e outro denominado alternativo. Enquanto o tendencial prevê um índice de atendimento de 95% da
demanda humana e um crescimento anual da irrigação intensiva à taxa histórica de 1500 hectares,
adicional aos projetos novos em implantação, o cenário alternativo prevê um índice de atendimento
de 100% das necessidades humanas e uma expansão maior da área de irrigação.
♦ o Projeto atendesse a área de influência direta do projeto, definida como sendo o conjunto de
localidades inseridas numa faixa marginal de 10 km do percurso das águas transpostas mais as
cidades com populações superiores a cerca de 5.000 habitantes, situadas até 50 km do eixo;
♦ as projeções populacionais por município e consumos diários líquidos per capita, estimados a
partir da elasticidade-renda de demanda do Banco do Nordeste, de 95, 103, 112 e
150 l/hab/dia, respectivamente, para comunidades com menos de 5.000, de 5.000 a 20.000, de
20.000 a 100.000 e mais de 100.000 habitantes;
Cada cenário corresponde a uma determinada vazão de transposição, definidas para cada trecho
através de balanço hídrico no estudo de inserção regional.
O detalhe dos cenários considerados é apresentado nos itens 4.3 e 4.4 do presente relatório.
A operação integrada do Projeto com o sistema de açudes por ele beneficiados contribuirá para o
atendimento às referidas demandas, bombeando uma vazão média de 63,2 m3/s em 2025 (sendo
cerca de 25% deste aporte para atender à própria bacia do São Francisco), complementada pela
sinergia gerada pelo sistema (24 m3/s).
No Quadro 6.1, apresenta-se para o Cenário C8’ um resumo da distribuição da demanda total entre
os grupos de usuários por trecho e por ano. No ano 2010, o consumo humano urbano representará
19,5% do total da água, reduzindo-se em 2025 para 16,7%. Já o consumo urbano representa 30,6%
do total em 2010, caindo para 25,05% em 2025. A irrigação intensiva representará cerca de 52,1%
da demanda em 2010, passando a 63,1% em 2025. Os outros usos difusos (principalmente irrigação
difusa, além de dessendentação animal e piscicultura) corresponderão em 2010 a 16,6%, caindo a
11,3% em 2025.
QUADRO 6.1
Ano Trecho
Grupo de Usuários Total
2010 II III IV V VI
Ano Trecho
Grupo de Usuários Total
2025 II III IV V VI
Os custos em termos financeiros utilizados foram obtidos aplicando-se preços vigentes no mercado
na data-base de julho de 1999. Esses valores são apresentados como custos de investimento, gestão,
operação e manutenção das obras de transposição no item 5.6 do presente relatório, assim como os
custos por trecho e por tipo de obra. O custo total da obra resultou em 2,7 bilhões de reais.
O detalhamento dos custos do Projeto é apresentado nos item 5.6 do presente relatório.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-27- Relatório S íntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 6.2
-6-28
-6-28-- R e lató rio S í n t e s e
C O N S Ó R C IO ENGECORPS - HARZA
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Com base nos custos a preços de mercado na data-base de julho de 1999, estimaram-se os custos
econômicos representados pelos preços-sombra (preços sem impostos e corrigidos para refletir os
valores de bens e serviços para a sociedade na mesma data-base). Para isso, utilizaram-se os fatores
de conversão de preços financeiros em preços econômicos, apresentados à continuação.
QUADRO 6.3
O Quadro 6.4 apresenta os custos econômicos dos investimentos por trecho e por ano.
Os custos dos programas ambientais foram incluídos nos custos de implantação das obras utilizando
o fator composto de conversão para o Projeto.
♦ gestão: ................................................................0,833;
♦ energia: ...............................................................0,700;
♦ manutenção: ........................................................0,837;
No Quadro 6.4, são apresentados os custos de O&M em termos econômicos já considerado o rateio.
Subprojetos Integráveis
Como parte do estudo de inserção regional, foram estimados os custos unitários de investimento dos
subprojetos integráveis, de abastecimento e de irrigação intensiva, com base em vários projetos
executivos, recentemente elaborados para a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará, ajustados
para preços de julho de 1999. Igualmente, foram estimados os custos unitários de gestão, operação e
de manutenção dos mesmos, como indica o Quadro 6.5.
Parte desses projetos (adutoras, redes de distribuição, perímetros de irrigação, etc.) já está
implantada, operando com capacidade ociosa. Não estão disponíveis dados resumidos sobre a
capacidade ociosa, os investimentos implantados, nem sobre os recursos já mobilizados para esse
fim. Os custos totais dos subprojetos integráveis foram estimados, no estudo de inserção regional,
com base na demanda prevista para 2010 e 2025, por tipo de uso e trecho.
Os custos totais elaborados a partir dos custos unitários são proporcionais à demanda hídrica total.
QUADRO 6.4
ITEM Ano
Total
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 (*)
TRECHO II FC do Investimento 0,8366 FC do Custo Gestão 0,8326 FC do Custo Operação 0,6829 FC do Custo Energia 0,70 FC do Custo Manut. 0,8366
Rateio dos Investimentos 1.382 8.266 14.418 17.582 4.292 1.190 1.183 571 159 442 451 369 159 227 217 1.095 1.088 366 32 32 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -14.990 38.546
Rateio dos Custos Operacionais 0 0 0 0 1.054 1.244 1.352 1.713 1.817 1.922 2.027 2.174 2.410 2.647 2.797 2.982 3.217 3.628 3.850 4.072 4.252 4.470 4.688 4.905 5.123 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 110.411
Total 1.382 8.266 14.418 17.582 5.346 2.434 2.535 2.284 1.976 2.364 2.478 2.543 2.569 2.874 3.014 4.078 4.304 3.994 3.882 4.104 4.269 4.470 4.688 4.905 5.123 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 5.341 -9.649 148.958
Rateio dos Investimentos 20.453 140.966 268.638 380.050 133.439 20.134 32.760 23.337 2.688 8.469 7.975 6.236 2.688 3.833 3.678 18.526 18.398 6.194 542 542 286 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -307.954 791.881
Rateio dos Custos Operacionais 0 0 0 0 4.074 6.641 7.203 8.173 8.618 9.082 9.550 10.828 11.770 12.727 13.539 14.658 15.901 17.318 18.285 19.253 20.143 21.094 22.045 22.996 23.946 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 521.916
Total 20.453 140.966 268.638 380.050 137.514 26.775 39.963 31.510 11.306 17.551 17.525 17.065 14.458 16.560 17.217 33.183 34.299 23.513 18.827 19.795 20.429 21.094 22.045 22.996 23.946 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 24.897 -283.057 1.313.797
Rateio dos Investimentos 12.790 36.985 50.414 73.403 41.113 1.735 2.554 1.722 232 709 680 537 1.956 19.708 23.686 1.596 1.585 534 47 47 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -76.176 195.881
Rateio dos Custos Operacionais 0 0 0 0 1.921 2.556 2.769 3.394 3.598 3.803 4.009 4.480 4.932 5.461 5.895 6.286 6.757 7.518 7.966 8.414 8.793 9.233 9.673 10.113 10.553 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 227.067
Total 12.790 36.985 50.414 73.403 43.034 4.291 5.323 5.116 3.829 4.512 4.689 5.018 6.889 25.169 29.581 7.883 8.342 8.052 8.013 8.461 8.818 9.233 9.673 10.113 10.553 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 10.994 -65.183 422.949
Rateio dos Investimentos 41.966 103.459 184.714 215.420 71.343 663 1.372 2.551 878 417 417 417 418 417 15.452 16.774 3.410 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -184.839 475.299
Rateio dos Custos Operacionais 0 0 0 0 8.557 10.454 10.931 11.428 12.007 12.483 12.958 13.847 14.607 15.367 16.359 18.089 18.948 19.776 20.582 21.387 22.193 22.998 23.803 24.609 25.414 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 592.776
Total 41.966 103.459 184.714 215.420 79.900 11.117 12.303 13.979 12.886 12.899 13.375 14.264 15.025 15.784 31.811 34.863 22.358 19.826 20.582 21.387 22.193 22.998 23.803 24.609 25.414 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 -158.619 1.068.075
Rateio dos Investimentos 18.381 40.211 55.757 57.049 23.978 91 89 42 10 23 21 26 10 10 8 82 81 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -54.851 141.045
Rateio dos Custos Operacionais 0 0 0 0 868 1.344 1.430 1.630 1.716 1.801 1.887 2.029 2.212 2.394 2.538 2.693 2.869 3.132 3.307 3.483 3.640 3.814 3.988 4.162 4.336 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 95.863
Total 18.381 40.211 55.757 57.049 24.846 1.435 1.519 1.673 1.726 1.824 1.908 2.055 2.222 2.404 2.546 2.775 2.950 3.157 3.307 3.483 3.640 3.814 3.988 4.162 4.336 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 4.510 -50.341 236.909
TOTAIS 0
Eixo Norte 0
Investimento 53.006 226.427 389.228 528.084 202.822 23.151 36.586 25.673 3.089 9.642 9.128 7.169 4.814 23.777 27.589 21.299 21.152 7.120 621 621 327 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -453.971 1.167.354
Custo operacional 0 0 0 0 7.917 11.785 12.754 14.910 15.748 16.608 17.472 19.512 21.324 23.230 24.769 26.620 28.743 31.595 33.408 35.222 36.829 38.611 40.394 42.176 43.959 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 955.258
Total 53.006 226.427 389.228 528.084 210.739 34.936 49.340 40.583 18.837 26.251 26.600 26.680 26.138 47.007 52.358 47.919 49.895 38.716 34.029 35.843 37.156 38.611 40.394 42.176 43.959 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 45.741 -408.230 2.122.612
Eixo Leste 0
Investimento 41.966 103.459 184.714 215.420 71.343 663 1.372 2.551 878 417 417 417 418 417 15.452 16.774 3.410 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -184.839 475.299
Custo operacional 0 0 0 0 8.557 10.454 10.931 11.428 12.007 12.483 12.958 13.847 14.607 15.367 16.359 18.089 18.948 19.776 20.582 21.387 22.193 22.998 23.803 24.609 25.414 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 592.776
Total 41.966 103.459 184.714 215.420 79.900 11.117 12.303 13.979 12.886 12.899 13.375 14.264 15.025 15.784 31.811 34.863 22.358 19.826 20.582 21.387 22.193 22.998 23.803 24.609 25.414 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 26.220 -158.619 1.068.075
Total 0
Investimento 94.972 329.886 573.942 743.504 274.166 23.814 37.958 28.224 3.967 10.059 9.545 7.586 5.232 24.194 43.041 38.073 24.562 7.170 621 621 327 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -638.810 1.642.653
Custo operacional 0 0 0 0 16.474 22.240 23.685 26.338 27.756 29.091 30.431 33.358 35.931 38.597 41.127 44.709 47.691 51.372 53.990 56.609 59.021 61.609 64.197 66.785 69.373 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 1.548.034
Total 94.972 329.886 573.942 743.504 290.640 46.053 61.643 54.562 31.723 39.150 39.975 40.944 41.162 62.791 84.168 82.781 72.253 58.542 54.611 57.230 59.349 61.609 64.197 66.785 69.373 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 71.961 -566.849 3.190.687
QUADRO 6.5
Projetos em R$/m3
Localização
considerados1 Investimento Fixos Variáveis
1 Projetos executivos de abastecimento representativos, de acordo com o tamanho e a localização dos projetos:
Praias Oeste, para mais de 100.000 pessoas, e Pecém, localidade com 7.000 pessoas, ambas na área
metropolitana de Fortaleza; Trairi, com cerca de 7.000 habitantes, localizada no litoral cearense e Iguatu, de em
torno de 50.000 habitantes. Os custos de abastecimento dos demais usuários (irrigação difusa, dessedentação
animal e piscicultura) não foram considerados.
Irrigação
Para a irrigação intensiva, foram estimados os custos “off farm” do Projeto, a partir dos quantitativos
por ha de área irrigada, segundo o Projeto Chapadão do Castanhão, elaborado em nível de
viabilidade para a SRH/CE.
Nesse mesmo quadro são apresentados os custos de reposição de energia convertidos em valores
econômicos.
Custos de Oportunidade
O preço da água pode ser estimado segundo seu custo de oportunidade ou opção preferencial: varia
no tempo, de acordo com a oferta e a demanda, segundo o conceito de disposição a pagar.
Da análise dos cenários de demanda hídrica, definidos nos estudos de inserção regional, verifica-se
que as águas transpostas pelo Projeto serão usadas nas bacias receptoras para o abastecimento
humano e industrial, considerado prioritário pela legislação de recursos hídricos, como também para
a irrigação, a pesca, a dessedentação animal, etc.
Para a análise do custo de oportunidade, parte-se de uma lista teórica de usos: se essa água não
fosse transposta, mas permanecesse no Vale do São Francisco. Dessa lista, constariam vários usos
consuntivos – consumo humano, industrial e de atividades hidroagrícolas – e não consuntivos – a
geração de energia, a navegação, a pesca, a preservação do meio ambiente e o turismo. Analisa-se
aqui apenas os usos hidroagrícolas e energéticos.
QUADRO 6.6
Fonte: Secretaria de Recursos Hídricos, PROÁGUA Semi-árido, “Projeto Executivo da Adutora de Iguatu”, Fortaleza, Junho de 1998.
QUADRO 6.7
ITEM Ano
Total
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 (*)
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 89.772 93.838 83.953 10.174 10.405 10.637 10.870 11.104 11.338 11.574 11.810 12.047 12.286 12.525 12.765 12.814 12.871 12.930 12.990 13.051 13.113 13.176 13.240 509.282
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.081 2.316 2.557 2.804 3.029 3.255 3.483 3.714 3.946 4.200 4.457 4.719 4.985 5.255 5.255 5.255 5.255 5.255 5.255 5.255 5.255 5.255 92.837
Total 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 89.772 95.918 86.269 12.731 13.209 13.666 14.125 14.587 15.052 15.520 16.010 16.505 17.005 17.510 18.020 18.068 18.126 18.185 18.245 18.305 18.367 18.430 18.495 602.119
TRECHO III
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 42.789 46.969 17.000 9.903 10.622 159.191 232.570 103.349 105.733 52.197 52.834 53.481 54.140 54.810 55.492 56.186 56.892 57.611 58.343 59.088 59.846 60.618 61.211 61.835 62.473 63.125 63.791 64.471 65.167 65.877 1.967.612
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 276 1.366 1.646 1.931 2.223 2.519 2.822 3.208 3.605 4.013 4.430 4.858 5.247 5.639 6.035 6.434 6.837 7.276 7.723 8.176 8.637 9.104 9.104 9.104 9.104 9.104 9.104 9.104 9.104 9.104 176.837
Total 0 0 0 0 43.065 48.335 18.646 11.835 12.844 161.710 235.392 106.557 109.338 56.210 57.264 58.339 59.387 60.449 61.527 62.620 63.729 64.887 66.065 67.264 68.482 69.722 70.314 70.939 71.577 72.229 72.895 73.575 74.271 74.981 2.144.449
TRECHO IV
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 7.525 7.835 7.468 841 896 5.001 89.191 87.265 90.126 8.782 8.981 9.180 9.379 9.579 9.779 9.979 10.179 10.380 10.581 10.782 10.984 11.186 11.199 11.215 11.232 11.249 11.266 11.283 11.301 11.320 515.966
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 259 1.283 1.546 1.815 2.088 2.367 2.652 3.015 3.388 3.770 4.163 4.565 4.930 5.299 5.670 6.045 6.424 6.837 7.256 7.682 8.115 8.554 8.554 8.554 8.554 8.554 8.554 8.554 8.554 8.554 166.155
Total 0 0 0 0 7.784 9.119 9.015 2.655 2.985 7.368 91.842 90.280 93.514 12.552 13.144 13.745 14.310 14.878 15.449 16.024 16.603 17.217 17.837 18.465 19.099 19.740 19.753 19.769 19.786 19.803 19.820 19.837 19.855 19.874 682.121
TRECHO V
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 67.796 76.247 26.291 17.172 17.676 177.030 206.863 68.770 69.616 61.145 61.715 62.295 62.886 63.486 64.097 64.719 65.352 65.997 66.652 67.320 67.999 68.691 69.332 69.986 70.652 71.331 72.023 72.727 73.445 74.176 2.143.489
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 655 3.241 3.905 4.582 5.273 5.977 6.695 7.612 8.553 9.519 10.510 11.526 12.448 13.378 14.317 15.264 16.219 17.262 18.321 19.397 20.489 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 419.523
Total 0 0 0 0 68.451 79.488 30.196 21.754 22.949 183.007 213.558 76.381 78.169 70.664 72.225 73.821 75.334 76.865 78.415 79.983 81.572 83.259 84.974 86.717 88.489 90.289 90.930 91.584 92.250 92.929 93.620 94.325 95.043 95.774 2.563.012
TRECHO VI
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 15.523 16.710 12.585 2.626 2.704 11.880 26.403 18.939 19.413 6.712 6.770 6.830 6.890 6.950 7.012 7.075 7.138 7.203 7.268 7.334 7.402 7.470 7.504 7.543 7.583 7.624 7.666 7.710 7.754 7.800 280.022
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 71 349 421 494 569 644 722 821 922 1.026 1.133 1.243 1.342 1.442 1.544 1.646 1.749 1.861 1.975 2.091 2.209 2.329 2.329 2.329 2.329 2.329 2.329 2.329 2.329 2.329 45.233
Total 0 0 0 0 15.594 17.060 13.006 3.120 3.273 12.524 27.125 19.760 20.335 7.738 7.904 8.072 8.232 8.393 8.556 8.721 8.887 9.064 9.243 9.426 9.611 9.799 9.832 9.872 9.912 9.953 9.995 10.039 10.083 10.129 325.255
TOTAIS
Eixo Norte
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 65.836 71.515 37.054 13.370 14.222 176.072 348.163 299.326 309.109 151.644 78.759 79.896 81.046 82.209 83.387 84.578 85.783 87.004 88.239 89.490 90.756 92.039 92.727 93.465 94.218 94.988 95.774 96.578 97.398 98.237 3.272.883
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 606 2.999 3.613 4.240 4.879 5.531 6.195 7.044 9.996 11.125 12.283 13.470 14.548 15.635 16.732 17.839 18.955 20.174 21.412 22.669 23.945 25.241 25.241 25.241 25.241 25.241 25.241 25.241 25.241 25.241 481.062
Total 0 0 0 0 66.442 74.514 40.667 17.610 19.102 181.603 354.359 306.370 319.105 162.770 91.042 93.366 95.594 97.845 100.119 102.417 104.738 107.178 109.651 112.159 114.702 117.280 117.968 118.706 119.459 120.229 121.015 121.819 122.640 123.478 3.753.944
Eixo Leste
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 67.796 76.247 26.291 17.172 17.676 177.030 206.863 68.770 69.616 61.145 61.715 62.295 62.886 63.486 64.097 64.719 65.352 65.997 66.652 67.320 67.999 68.691 69.332 69.986 70.652 71.331 72.023 72.727 73.445 74.176 2.143.489
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 655 3.241 3.905 4.582 5.273 5.977 6.695 7.612 8.553 9.519 10.510 11.526 12.448 13.378 14.317 15.264 16.219 17.262 18.321 19.397 20.489 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 21.598 419.523
Total 0 0 0 0 68.451 79.488 30.196 21.754 22.949 183.007 213.558 76.381 78.169 70.664 72.225 73.821 75.334 76.865 78.415 79.983 81.572 83.259 84.974 86.717 88.489 90.289 90.930 91.584 92.250 92.929 93.620 94.325 95.043 95.774 2.563.012
Total
Custo dos Subprojetos 0 0 0 0 133.633 147.762 63.345 30.542 31.899 353.101 555.026 368.096 378.725 212.789 140.474 142.191 143.931 145.696 147.484 149.297 151.136 153.001 154.892 156.810 158.756 160.730 162.059 163.451 164.870 166.319 167.797 169.305 170.843 172.413 5.416.371
Custos de Reposição de Energia 0 0 0 0 1.260 6.240 7.518 8.822 10.152 11.508 12.890 14.655 18.549 20.645 22.794 24.996 26.996 29.014 31.049 33.103 35.174 37.436 39.733 42.066 44.435 46.839 46.839 46.839 46.839 46.839 46.839 46.839 46.839 46.839 900.584
Total 0 0 0 0 134.893 154.001 70.863 39.364 42.051 364.610 567.916 382.751 397.274 233.434 163.268 167.187 170.927 174.709 178.533 182.400 186.310 190.436 194.625 198.876 203.190 207.569 208.898 210.290 211.709 213.158 214.636 216.144 217.682 219.252 6.316.956
R e lató rio S í n t e s e
C O N S Ó R C IO ENGECORPS - HARZA -6-34-
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Objetivava-se explicar porque transpor água do Rio São Francisco não reduz o atendimento à
demanda hidroagrícola no Vale do Rio São Francisco.
Para isso, foram consideradas as demandas hídricas previstas para os próximos anos, para a
ampliação da área irrigada na bacia do São Francisco, com base no Projeto Semi-árido da
CODEVASF. Entende-se que “a vazão de transposição cogitada é pequena em relação ao caudal
mínimo do São Francisco no local da captação, permitindo afastar a hipótese de impactos das
retiradas previstas sobre a qualidade ou a quantidade das águas para usos consuntivos a jusante,
abrangendo áreas dos Estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia”. Isto significa que há água
para todos os usos hidroagrícolas atualmente previstos.
6.2.5 Benefícios
Em estudos de viabilidade, usualmente estimam-se os benefícios pelo maior acesso dos usuários à
água – populações urbanas e rurais, empresas industriais, comerciais e turísticas e irrigantes.
♦ redução dos gastos públicos emergenciais durante as secas, como a distribuição de cestas
básicas, gastos em frentes de trabalho, fornecimento de água em carros-pipa e outros programas
especiais; e
Apresenta-se, a seguir, de forma simplificada, o método de cálculo dos benefícios aos usuários
urbanos e rurais como também os benefícios complementares – reduções nos gastos emergenciais e
melhoria das condições de saúde – seguido por um resumo do total dos benefícios e comentários
sobre outros impactos prováveis mas não monetarizados.
Fatores de Conversão
Os fatores de conversão de preços financeiros em preços econômicos aqui utilizados são os mesmos
descritos anteriormente e apresentados no Quadro 6.3. Para os benefícios gerados pelo SIMOP
utilizou-se o fator de conversão padrão de 0,94.
Elasticidades-preço da Demanda
Foram selecionadas elasticidades-preço da demanda de água, com base em estudos regionais
específicos, indicadas no Quadro 6.8. Como esses estudos adotaram, em geral, funções log-log com
elasticidades constantes, foi adotada esta opção nas corridas do modelo SIMOP, utilizando-se a
curva tipo III.
QUADRO 6.8
Fontes: PROGERIRH – Programa de Gerenciamento e Integração dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará, no estudo Avaliação
Econômica Componentes Açudes Estratégicos e Eixos de Integração, TC/BR, 1998; Estudo do Banco do Noroeste - Curva de
Demanda de Água no Nordeste, PBLM – Consultoria Empresarial, 1997; Pinheiro, José César Vieira, Valor Econômico da Água
para Irrigação no Semi-árido Cearense, tese de doutorado, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, 1998: Ponderação das
elasticidades correspondentes a coco, cana-de-açúcar e mamão no Vale do Curu, 1994/95.
O Quadro 6.9 mostra os resultados obtidos pelo estudo do Banco do Nordeste, para a região
nordestina pesquisada, quanto à média dos preços marginais pagos (a média entre consumidores dos
maiores preços pagos pela água) e ao consumo médio dos consumidores pesquisados, segundo a
fonte de abastecimento de água. À medida que melhora o acesso à água, o preço pago cai e o
consumo aumenta.
QUADRO 6.9
Média do preço
Consumo médio Número de
Tipo de Fonte marginal
m3/mês entrevistados
R$/m3
Compra 7,25 3,72 24
Busca* 4,38 4,52 278
Poço com bomba 0,90 14,31 23
Carro-pipa 0,74 4,82 13
Ligado à rede 0,58 17,72 486
TOTAL Média 2,07 Média 12,56 824
Fonte: Banco do Nordeste. *Custo do trabalho de buscar água a pé ou por outro meio. (junho/98)
Para definir a situação sem o Projeto, foram estimados os custos médios, por Estado, da água obtida
de fontes alternativas para o abastecimento humano e industrial, com base em grande número de
estudos domiciliares feitos no âmbito do PRODETUR e do PROÁGUA Semi-árido para várias
localidades. Os preços alternativos estimados no referido estudo do Banco do Nordeste foram
ponderados pelas proporções das principais fontes alternativas de água em cada localidade, como
indica o Quadro 6.10.
Para o custo de fontes alternativas de água de irrigação intensiva e de outros usos, foram
considerados dados obtidos em pesquisa direta do PROGERIRH junto aos irrigantes na região da
bacia do Jaguaribe (Eixo Jaguaribe – Icapuí), estimando-se o custo alternativo (principalmente de
poços) em R$ 0,0704/m3, atualizado para julho de 1999 (R$ 0,08/m3).
QUADRO 6.10
Tarifas Básicas
No Quadro 6.11, apresentam-se as tarifas utilizadas para cada um dos trechos a partir da
ponderação das tarifas vigentes nos Estados, bem como os preços alternativos por grupo e por
trecho. Os preços estão atualizados para julho de 1999.
Para os usuários difusos de irrigação e irrigação intensiva, consideraram-se as tarifas médias ao longo
do horizonte do Projeto de R$0,01 e R$0,03/m3, respectivamente. Isso supõe que a capacidade
total de pagamento do irrigante pela água seja em torno de 10% do custo total de produção agrícola,
estimada nos estudos de inserção regional para os modelos de produção. O segundo valor excede a
tarifa de água bruta para irrigação proposta pela COGERH, de R$0,01/m3, a qual deverá ser
implantada e gradativamente aumentada com a implementação da nova legislação hídrica, a
melhoria na eficiência hídrica e a produtividade da agricultura irrigada.
QUADRO 6.11
URBANO
Ligados Não Ligados Irrigação
Descrição e outros*
Humano Industrial Humano* Industrial Gr 5
Gr1 Gr2 Gr3 Gr 4
Relatório Síntese
CONSÓRCIO ENGECORPS - HARZA -6- 39 -
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Dessa forma, serão beneficiadas pelo Projeto as populações de baixa renda – com limitado acesso à
água potável –, pagando preços menores que aqueles pagos atualmente pela água recebida de
outras fontes; a população em geral, pela maior segurança de abastecimento domiciliar; e
especialmente as populações situadas ao longo dos canais e dos riachos de recepção.
Os benefícios aos usuários foram estimados com a aplicação de modelo SIMOP para os seguintes
grupos:
O destino de verbas públicas emergenciais para o combate à seca nordestina faz parte do cotidiano
orçamentário brasileiro desde a Constituição de 1934. Naquela época, foi oficialmente reconhecido
o Polígono das Secas como área sujeita repetidamente às estiagens e que, por isso, demandaria
atenções especiais do Governo Federal, com participação garantida em seu orçamento.
Nas regiões afetadas pelas secas, ocorrem diversos problemas sociais e econômicos, tais como:
desemprego em massa dos trabalhadores rurais que não têm outra opção de renda; escassez de
alimentos; frustração das safras de subsistência; carência e aumento nos preços dos alimentos no
meio rural; esgotamento dos mananciais, trazendo sede às populações humanas e animais;
dizimação dos rebanhos; crescente descapitalização dos produtores; queda no nível sócio-
econômico das áreas atingidas e êxodo para as grandes cidades da região e para o sul do país.
Objetivando atenuar esses problemas, os gastos públicos têm sido aplicados em ações emergenciais
geridas por programas federais. O mais recente deles, o Programa Federal de Combate aos Efeitos da
Seca – PFCES, foi criado para atenuar os efeitos da seca que teve início em 1998, sob o
gerenciamento da SUDENE. As principais ações emergenciais desse programa têm sido:
A redução de fornecimento de água por carros pipas não foi considerada como benefício do projeto.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-40- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Para a realização do cálculo, analisou-se a ocorrência cronológica das secas nos últimos 30 anos,
estimando-se que ocorram em cerca de 50% dos anos; portanto, a média dos gastos emergenciais
fica em metade do custo anual durante uma seca. Para cada tipo de gasto público emergencial, foi
construída uma série de pagamentos uniformes para as três décadas, formando fluxos de caixa que
incorporam taxas de incrementos anuais, correspondentes aos índices de crescimento demográfico.
Utilizando as taxas de redução de morbidade, estimou-se que, com a execução do Projeto, o valor
presente dos gastos públicos com os tipos de morbidade mencionados para os próximos trinta anos
situar-se-á em torno de R$ 31,5 milhões. Caso o Projeto não seja executado, estima-se que os
referidos gastos fiquem em torno de R$ 48,4 milhões, o que significa uma redução de R$ 16,9
milhões – equivalente a 34,9% – com a realização do Projeto.
No Quadro 6.12, pode-se observar, para cada trecho e eixo do Projeto, os benefícios por tipo de
usuário e os benefícios complementares. Nota-se, com a distribuição, que os benefícios obtidos pelo
uso humano são mais significativos, seguidos pelo uso industrial e pelos benefícios complementares.
Essa distribuição se deve às grandes diferenças no valor da água para cada tipo de usuário. Isto
contrasta com a distribuição da água, que é maior para a irrigação intensiva. Nota-se, ainda, os
baixos níveis de benefícios dos Trechos IV e VI.
Quanto aos benefícios econômicos complementares esperados, a tabulação final dos valores
apurados indica um total atualizado para 30 anos de R$ 323 milhões. Sua distribuição média anual
pode ser vista no Quadro 6.13.
Uma comparação agregada entre os cenários com e sem o Projeto indica que sua execução gerará
uma redução em torno de 38% no total de todos os montantes previstos, de gastos públicos
emergenciais e perdas de produtividade, nas condições sem Projeto.
O Projeto gerará benefícios adicionais, que poderão ser eventualmente quantificados e estimados
em termos monetários:
♦ ecoturismo;
♦ transporte na área do Projeto.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-41- Relatório S íntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 6.12
Tipo de Usuário
Total Benefícios
Trecho Humano Industrial Humano Industrial Irrigação e Total %
Usuários Compl.
Ligados Ligados Não Ligados Não Ligados Outros
II 0 0 45.523 28.429 83.056 157.008 58.181 215.189 4,83
III 0 0 484.744 1.034.696 158.400 1.677.840 59.621 1.737.461 39,96
IV 0 0 50.604 51.732 49.394 151.730 54.761 206.491 4,63
V 36.540 6.042 546.003 1.410.455 51.081 2.050.121 99.497 2.149.618 48,21
VI 0 0 63.011 4.748 31.594 99.353 50.959 150.312 3,37
Norte 0 0 643.882 1.119.606 322.444 2.085.931 223.522 2.309.454 51,79
Leste 36.540 6.042 546.003 1.410.455 51.081 2.050.121 99.497 2.149.618 48,21
Total 36.540 6.042 1.189.884 2.530.061 373.525 4.136.053 323.019 4.459.072 100,00
% 0,82 0,14 26,68 56,74 8,38 92,76 7,24 100
Nota: 1 – Com uma metodologia alternativa de cálculo de Benefícios de Irrigação, esse % passa para aproximadamente 22%.
QUADRO 6.13
Gastos Emergenciais
Cestas Básicas 42.546 25.664 16.882 18,6%
Frentes de Trabalho 193.473 123.061 70.412 77,4%
Saúde – Gastos com Saúde Pública 8.996 5.335 3.661 4,0%
Total 245.015 154.060 90.955 100,0%
Foram feitas estimativas representando o impacto provável do projeto nos níveis de emprego e renda
regional (em termos de ordens de grandeza). O Projeto gerará empregos diretos e indiretos da
irrigação; contribuirá ao aumento no emprego industrial mas não o gerará diretamente, pois haverá
outros fatores envolvidos, incluindo a adoção de tecnologia de uso mais eficiente da água, a
disponibilidade de outros fatores de produção, mercados, etc.
Até 2025, poderiam ser criados cerca de 620.000 empregos e R$ 13 bilhões de PIB, (um aumento
de cerca de 7% sobre o PIB regional previsto sem Projeto). Nota-se que a irrigação (intensiva e
difusa) geraria diretamente cerca de 30% do aumento esperado no emprego, num total de 184.000
empregos.
6.2.6.1 Resultados
Com base nos pressupostos que formam os alicerces deste estudo, conclui-se que o Projeto é
economicamente viável para o conjunto de eixos que o compõem. A taxa interna de retorno obtida
é de 21,9% e o Valor Presente Líquido (VPL) é de cerca de R$1,8 bilhões; indicadores elevados,
gerados pelo grande impacto social do Projeto. Com esses resultados, o Projeto se torna resistente a
variações nas estimativas de benefícios e custos. Esses níveis de indicadores são considerados usuais,
quando serviços anteriormente escassos ou deficientes são trazidos para uma região.
O Eixo Leste apresenta uma Taxa Interna de Retorno de 31,0% com VPL de mais de R$ 1,2 bilhões e
portanto deverá ser construído imediatamente.
Esses resultados refletem o critério adotado de rateio dos custos dos trechos comuns que busca
distribuí-los segundo as capacidades de contribuição dos usuários.
QUADRO 6.14
Este procedimento faz variar alguns parâmetros fundamentais do Projeto, para verificar como ele
reage no todo. Na análise de sensibilidade do Projeto, são trabalhados parâmetros como
contribuição do Banco Mundial, custos, receitas e a data de início das obras. Se a variação pequena
de um parâmetro produz mudanças importantes na rentabilidade do Projeto, convém perscrutar
seus dados básicos, compreender as causas subjacentes e formular ajustes para torná-lo mais robusto.
♦ na taxa de desconto;
♦ nos benefícios; e,
QUADRO 6.15
Exclusão dos Benefícios Complementares 20,3 29,5 15,1 1490,0 1135,0 355,0 2355,0 1613,0 742,0
Redução Possível dos Subprojetos e dos
12,0 12,0 12,0 0 0 0 372,0 112,0 260,0
Benefícios para Sustentar a Viabilidade(2)
Redução dos Benefícios da RM de Recife
16,4 15,4 16,9 742,0 164,0 578,0 1363,0 328,0 1036,0
(Trecho V) (1)
Adiamento dos Trechos III, IV e VI para a
25,1 31,0 20,3 1960,0 1235,0 725,0 2901,0 1739,0 1162,0
operação após 2010
Benefícios de irrigação estimados pelo
24,9 32,3 21,2 2594,0 1341,0 1252,0 3831,0 1877,0 1954,0
método de receita líquida
(1) Com a redução nos benefícios da demanda de 5 m3/s (1,1 m3/s industrial e 3,9 m3/s de consumo humano) sem correspondente redução dos
custos da obra.
(2) Redução de 45% nos benefícios e nos custos dos subprojetos no Eixo Norte e 69% nos benefícios e custos de subprojetos do Eixo Leste.
Entretanto, no caso dos Trechos IV e VI do Eixo Norte, nesta alternativa de sensibilidade, as Taxas
Interna de Retorno (TIR) de ambos os trechos melhoram sensivelmente.
A análise financeira do Projeto de Transposição de Águas do São Francisco compara custos e receitas
a preços de mercado e visa estabelecer se o empreendimento é auto-sustentável. Adicionalmente,
verifica-se se o projeto, ao suprir a demanda de água nas regiões beneficiadas, pode, ao mesmo
tempo, gerar algum retorno financeiro e, eventualmente, contribuir para a amortização do
empreendimento.
Posto que os aspectos econômicos e sociais deste projeto são preponderantes para a tomada de
decisão de sua realização, pode-se admitir que o conceito de retorno financeiro aceitável seja
relativizado. Com efeito, nesta ordem de idéias e dentro de determinados limites, é lícito que o
projeto absorva algum volume de subsídio do governo.
Ao vender a água bruta nos portais dos Estados, a unidade gestora não se beneficia com as receitas
da água adicional gerada pela sinergia entre a transposição e os açudes, nem com os serviços
adicionais prestados entre a venda da água bruta e a venda aos usuários finais. Nesse sentido,
transfere recursos aos Estados , às concessionárias e às agências das bacias ou organizações dos
irrigantes, dependendo de quem se aproprie dos resultados financeiros, seja através de receitas
auferidas ou de redução do valor das tarifas cobradas.
A análise financeira do Projeto inclui a análise das fontes e dos usos dos recursos; os cálculos de
fluxos de caixa, segundo as prováveis tarifas de água para o Projeto; a determinação da viabilidade
financeira do Projeto; as análises de sensibilidade; e do impacto fiscal. O fluxo de caixa compara as
receitas obtidas da venda da água bruta com os recursos para o investimento somados aos recursos
necessários para implementar e operar o Projeto. Inclui-se o valor residual do investimento em infra-
estrutura após o período de 30 anos de operação do Projeto.
Verifica-se também o impacto fiscal global do Projeto sobre os governos estaduais e federal. São
estimadas as arrecadações federais e estaduais, previstas durante a vida do Projeto, segundo as
prováveis tarifas d’água; além da economia de subsídios atualmente gerados pelas atividades a serem
evitadas pelo Projeto e os subsídios futuros, referentes aos investimentos previstos.
A exemplo do PROÁGUA, a taxa de desconto adotada no Projeto é de 12%. Esta taxa será utilizada
para descontar as séries de custos e receitas previstas para todo o período de implementação e 30
anos de operação.
Preços
Comparações de preços entre pontos distantes no tempo implicam em variações em termos reais e
não apenas nominais. Os valores utilizados neste estudo são a preços de julho de 1999. (Sempre que
foi necessário proceder a deflacionamento de preços de obras, utilizaram-se os índices de Custo
Nacional de Construção Civil e Obras Públicas, elaborados pela Fundação Getúlio Vargas).
Tarifas e Receitas
As receitas dependem diretamente do estudo de demanda. A partir daí são definidos os volumes de
água bruta a serem comercializados e os respectivos preços.
Apoiada nas análises de mercado constantes dos estudos de inserção regional e estudo preliminar
de capacidade de pagamento, fontes da água bruta e estrutura tarifária, supõe-se que a entidade
gestora do Projeto cobrará dos estados segundo as proporções dos usos, e que vigorarão, em média,
as tarifas de água bruta sobre a demanda de cinco categorias de usuários, conforme o Quadro 6.16.1
QUADRO 6.16
1 A cobrança pela Água da Transposição será feita a Operadoras Estaduais a serem definidas pelos Estados receptores. Está sendo desenvolvida
uma proposta de política tarifária para a consideração e eventual aprovação dos Estados.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-47- Relatório Síntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Despesas Operacionais
Consistem dos custos de operação, manutenção e gestão e energia elétrica do projeto. O cálculo
destes custos estão apresentados no capítulo 5 do presente relatório.
Entre os componentes desta rubrica estão os gastos previstos com o serviço da dívida a ser contraída
junto a uma instituição financeira internacional.
A depreciação não foi incluída pois o fluxo de caixa analisa a disponibilidade de recursos e não o
resultado contábil de uma empresa.
O Quadro 6.17 apresenta as fontes e usos de recursos do projeto dentro do fluxo de caixa. Ele
mostra a origem e o destino dos recursos a serem investidos, ano a ano. Confirma-se neste quadro as
duas fontes principais de fundos para o projeto: recursos orçamentários da União a fundo perdido e,
empréstimo de longo prazo concedido pelo agente financeiro. Outra alternativa seria a União bancar
todo o projeto, sem empréstimo externo.
Na análise, considerou-se que cerca de 60% dos investimentos a realizar no período 2000/2004,
somados aos investimentos posteriores ao longo do período de análise, correspondendo a 65% do
investimento total, seriam financiados através de recursos orçamentários da União. O restante viria
de linhas de financiamento do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento ou outra
organização semelhante.
No caso de se elevar ainda mais a participação de recursos da União, para financiar o déficit
operacional inicial durante o período de construção, um banco nacional (como o BNDES) poderá
realizar empréstimos a médio prazo a um fundo operacional, a serem reembolsados em anos
posteriores, quando serão gerados superávits. Quando o fundo operacional for integralmente
recomposto, a gestora poderia passar a contribuir para o serviço da dívida do projeto, ou o mesmo
poderá ser pago pela União.
Estima-se que a União participaria com cerca de R$ 3.711 milhões 3, em valores de julho de 1999,
ao longo do período de construção e 30 anos de operação. Desse montante, cerca de R$ 1.559
milhões seriam aplicados no período 2000 / 2004, incluindo R$ 110 milhões de juros durante a
construção.
2 A preços de julho de 1999, sendo R$ 2.689 milhões de investimento em obras e R$42 milhões em programas ambientais.
3 Sendo R$ 1.765 milhões de investimentos diretos, R$ 966 milhões de amortização do empréstimo do Banco mundial, ou organismo similar e,
R$ 980 milhões de juros.
CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA -6-48- Relatório S íntese
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
QUADRO 6.17 - PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO - FLUXO DE CAIXA
(R$ de julho de 1999)
ITEM 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1. SAÍDAS 117.703.633 397.635.604 700.417.270 922.318.746 417.644.641 128.890.597 165.798.313 160.444.629 149.447.987 162.141.198 173.846.597 158.162.468 155.393.185 178.217.542 218.810.967 196.039.069 180.402.094
1.1. INVESTIMENTOS 117.703.633 394.339.903 686.080.051 888.771.285 327.732.722 28.466.322 45.374.535 33.738.057 4.742.499 12.024.756 11.409.556 9.067.631 6.253.873 28.920.755 51.450.637 45.511.569 29.360.867
1.2. CUSTOS OPERACIONAIS 23.386.748 30.460.630 32.368.458 36.016.174 37.917.036 39.694.990 41.478.645 45.434.342 48.859.295 52.397.249 55.669.685 60.388.920 64.283.125
1.2.1. OPERAÇÃO 6.105.875 6.105.875 6.105.875 6.105.875 6.105.875 6.105.875 6.105.875 7.410.401 7.410.401 7.410.401 7.410.401 7.410.401 7.410.401
1.2.2. MANUTENÇÃO 0 5.998.958 6.831.863 7.650.471 8.325.550 9.021.992 9.724.136 11.090.501 12.433.486 13.889.471 15.686.522 17.798.769 19.737.328
1.2.3. ENERGIA ELÉTRICA 15.249.273 16.324.197 17.399.121 20.228.229 21.454.011 22.535.523 23.617.035 24.901.839 26.983.808 29.065.777 30.541.162 33.148.149 35.103.795
1.2.4. GESTÃO 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600 2.031.600
1.3. SERVIÇO DE FINANCIAMENTO EXTERNO 3295701,713 14337218,99 33547460,42 58.433.056 69.963.645 77.685.658 90.690.398 106.788.451 110.421.453 107.040.974 103.660.495 100.280.017 96.899.538 93.519.059 90.138.581 86.758.102
1.3.1. AMORTIZAÇÃO 2.354.073 10.240.871 23.962.472 41.737.897 48.292.552 48.292.552 48.292.552 48.292.552 48.292.552 48.292.552 48.292.552 48.292.552
1.3.2 JUROS 0 3295701,713 14337218,99 33547460,42 58.433.056 67.609.573 67.444.788 66.727.927 65.050.554 62.128.901 58.748.422 55.367.943 51.987.465 48.606.986 45.226.508 41.846.029 38.465.550
1.4 CAPITAL DE GIRO 8.092.115 10.369.661 13.917.421 18.171.586
2. ENTRADAS 117.703.633 397.635.604 700.417.270 922.318.746 398.023.444 149.405.827 186.992.963 185.868.171 179.417.302 197.697.694 211.609.781 199.104.348 195.778.760 216.618.225 252.186.312 232.246.120 216.721.206
2.1. RECEITAS DO FORNECIMENTO DE ÁGUA 11.857.666 50.975.861 55.840.655 61.439.717 67.886.352 75.251.486 82.789.590 86.376.222 89.244.870 90.797.931 93.299.194 96.595.970 100.602.237
2.1.1. HUMANO 607.160 2.558.776 2.595.827 2.688.349 2.813.005 2.965.447 3.080.697 3.126.803 3.162.409 3.168.350 3.212.712 3.287.868 3.389.310
2.1.2. INDÚSTRIA 11.198.532 48.171.163 52.949.510 58.406.969 64.677.413 71.834.986 79.189.360 82.666.893 85.429.145 86.894.339 89.267.515 92.402.109 96.215.470
2.1.3. HUMANO DIFUSO 8.949 41.715 46.716 52.139 58.066 64.654 73.545 76.670 79.777 82.914 86.688 91.085 96.107
2.1.4. OUTROS 16.238 73.432 83.328 94.176 106.166 119.432 135.678 140.847 146.037 151.039 156.985 163.806 171.469
2.1.5. IRRIGAÇÃO INTENSIVA 26.787 130.775 165.274 198.085 231.703 266.967 310.309 365.010 427.502 501.289 575.295 651.102 729.882
2.2. APORTES 117.703.633 397.635.604 700.417.270 922.318.746 386.165.778 98.429.967 123.060.193 124.428.455 111.530.950 122.446.208 118.450.530 112.728.126 106.533.890 125.820.293 144.969.697 135.650.150 116.118.969
2.2.1. FINANCIAMENTO 47081453,05 157735961,1 274432020,5 355508514,1 131.093.089
2.2.2 INVESTIMENTOS DA UNIÃO 70.622.180 236.603.942 411.648.031 533.262.771 196.639.633 28.466.322 45.374.535 33.738.057 4.742.499 12.024.756 11.409.556 9.067.631 6.253.873 28.920.755 51.450.637 45.511.569 29.360.867
2.2.3 CONTRIBUIÇÃO PARA O SERVIÇO DA DÍVIDA 0 3295701,713 14337218,99 33547460,42 58.433.056 69.963.645 77.685.658 90.690.398 106.788.451 110.421.453 107.040.974 103.660.495 100.280.017 96.899.538 93.519.059 90.138.581 86.758.102
2.3. VALOR RESIDUAL DOS ATIVOS FIXOS
2.4. CAPITAL DE GIRO 8.092.115 10.369.661 13.917.421
3. SALDO DE CAIXA 0 0 0 0 -19.621.197 20.515.231 21.194.650 25.423.543 29.969.316 35.556.496 37.763.184 40.941.880 40.385.575 38.400.683 33.375.345 36.207.050 36.319.113
4.SALDO DE CAIXA ACUMULADO 0 0 0 0 -19.621.197 894.034 22.088.685 47.512.227 77.481.543 113.038.039 150.801.223 191.743.103 232.128.678 270.529.361 303.904.706 340.111.756 376.430.869
5.SALDO DE CAIXA ATUALIZADO* 0 0 0 0 -11.133.594 10.393.654 9.587.383 10.268.142 10.807.236 11.448.240 10.856.013 10.508.761 9.255.332 7.857.540 6.097.551 5.906.154 5.289.673
6. SALDO OPERACIONAL 0 0 0 -11.529.082 20.515.231 23.472.197 25.423.543 29.969.316 35.556.496 41.310.944 40.941.880 40.385.575 38.400.683 37.629.509 36.207.050 36.319.113
7. SALDO OPERACIONAL ACUMULADO 0 0 0 0 -11.529.082 8.986.149 32.458.346 57.881.888 87.851.204 123.407.700 164.718.644 205.660.524 246.046.099 284.446.782 322.076.291 358.283.342 394.602.454
ITEM 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 TOTAL
1. SAÍDAS 161174536 174964205,9 153507801,5 152941866 152.589.719 176.732.096 152.668.115 152.707.315 150.392.443 139.289.951 122.904.733 103.426.201 96.412.721 96.412.721 96.412.721 96.412.721 96.412.721 6858677125
2. ENTRADAS 197.221.491 209.499.215 193.907.270 196.793.396 200.320.071 226.489.791 210.336.095 216.521.603 220.623.784 212.661.853 199.482.692 183.277.175 179.605.157 183.016.596 186.499.574 190.055.690 217.789.764 8.383.846.625
2.1. RECEITAS DO FORNECIMENTO DE ÁGUA 105.272.622 110.588.187 116.548.306 123.165.866 130.464.362 138.476.140 147.241.343 156.807.330 166.644.062 169.784.623 172.990.681 176.263.694 179.605.157 183.016.596 186.499.574 190.055.690 193.686.583 3.610.068.567
2.1.1. HUMANO 3514394,268 3661661,278 3830449,147 4020664,474 4.232.642 4.467.058 4.724.873 5.007.304 5.290.737 5.378.000 5.466.908 5.557.494 5.649.795 5.743.846 5.839.684 5.937.346 6.036.871 121016438,1
2.1.2. INDÚSTRIA 100.663.920 105.729.135 111.410.352 117.719.766 124.679.744 132.321.137 140.682.271 149.808.389 159.188.618 162.250.712 165.376.774 168.568.228 171.826.533 175.153.181 178.549.700 182.017.652 185.558.636 3.450.808.150
2.1.3. HUMANO DIFUSO 101764,1588 108082,2183 115094,5377 122843,7833 131.381 140.765 151.064 162.352 174.812 180.220 185.797 191.551 197.485 203.606 209.920 216.434 223.152 3675347,325
2.1.4. OUTROS 179.963 189.295 199.486 210.566 222.576 235.562 249.580 264.691 280.896 280.683 276.664 272.566 268.385 264.122 259.774 255.338 250.814 5.719.596
2.1.5. IRRIGAÇÃO INTENSIVA 812580,6701 900013,2132 992924,249 1092025,383 1.198.020 1.311.619 1.433.555 1.564.594 1.709.000 1.695.008 1.684.538 1.673.856 1.662.958 1.651.840 1.640.496 1.628.921 1.617.109 28849036,13
2.2. APORTES 91.948.869 80.739.442 77.358.964 73.627.530 69.855.709 66.475.230 63.094.752 59.714.273 53.979.722 42.877.230 26.492.012 7.013.480 0 0 0 0 0 4.677.585.673
2.2.1. FINANCIAMENTO 965851037,5
2.2.2 INVESTIMENTOS DA UNIÃO 8571245,438 742297,4442 742297,4442 391342,7852 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1765544795
2.2.3 CONTRIBUIÇÃO PARA O SERVIÇO DA DÍVIDA 83377623,57 79997144,94 76616666,31 73236187,68 69.855.709 66.475.230 63.094.752 59.714.273 53.979.722 42.877.230 26.492.012 7.013.480 0 0 0 0 0 1946189841
2.3. VALOR RESIDUAL DOS ATIVOS FIXOS 1.240.941.080
2.4. CAPITAL DE GIRO 18171585,54 21.538.421 24.103.180 96192384,3
3. SALDO DE CAIXA 36.046.955 34.535.009 40.399.469 43.851.530 47.730.353 49.757.695 57.667.980 63.814.289 70.231.341 73.371.902 76.577.960 79.850.973 83.192.436 86.603.875 90.086.853 93.642.969 121.377.043 1.525.169.500
4.SALDO DE CAIXA ACUMULADO 412.477.824 447.012.833 487.412.301 531.263.832 578.994.184 628.751.880 686.419.860 750.234.149 820.465.490 893.837.392 970.415.351 1.050.266.325 1.133.458.760 1.220.062.635 1.310.149.488 1.403.792.457 1.525.169.500
5.SALDO DE CAIXA ATUALIZADO* 4.687.531 4.009.749 4.188.082 4.058.881 3.944.556 3.671.519 3.799.288 3.753.767 3.688.607 3.440.671 3.206.263 2.985.091 2.776.791 2.580.944 2.397.092 2.224.746 2.574.683 155.130.347
6. SALDO OPERACIONAL 36.046.955 37.901.845 40.399.469 43.851.530 47.730.353 52.322.454 57.667.980 63.814.289 70.231.341 73.371.902 76.577.960 79.850.973 83.192.436 86.603.875 90.086.853 93.642.969 97.273.862 1.525.169.500
7. SALDO OPERACIONAL ACUMULADO 430.649.409 468.551.254 508.950.723 552.802.253 600.532.606 652.855.060 710.523.040 774.337.329 844.568.670 917.940.572 994.518.531 1.074.369.505 1.157.561.941 1.244.165.815 1.334.252.668 1.427.895.637 1.525.169.500
R e lató rio S í n t e s e
C O N S Ó R C IO ENGECORPS - HARZA -6-49-
Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco
Outra alternativa de estrutura financeira seria a participação dos usuários (governos estaduais,
empresas concessionárias, agências de bacias, etc.). Esta seria uma forma de recuperar as receitas
adicionais geradas pelo projeto e apropriadas por estes usuários.
Condições de Financiamento
As condições do empréstimo ainda estão para ser definidas, mas não diferirão de outras linhas de
financiamento do Agente Financeiro para obras de infra-estrutura em países em desenvolvimento, e
particularmente das condições prescritas para o Projeto PROÁGUA, compatíveis com o tipo de
projeto em pauta.
Estima-se que o valor total do empréstimo seria da ordem de R$ 966 milhões. Com uma taxa de
câmbio de 1,77, vigente em julho de 1999, o empréstimo corresponderia a US$ 546 milhões.
QUADRO 6.18
Categoria Especificação
Participação os investimentos 40%
Valor (milhares de R$ de julho de 1999) 965.851
Valor equivalente (milhares de US$) 545.678
Taxa de juros Libor (7,0%)
Taxa de compromisso 0,75%
Prazo de implementação dos investimentos 5 anos
Prazo de carência 5 anos
Prazo de amortização 20 anos
Aporte financeiro Cesta de moedas
Tipo de taxa de juro Variável (standard)
Desembolsos previstos Quadro 6.17
Periodicidade do reembolso Semestral
QUADRO 6.19
Para montar o fluxo de caixa, utiliza-se a estimativa anual dos investimentos, da receita, do custo
operacional, do capital de giro e do serviço da dívida.
As necessidades de capital de giro no horizonte do Projeto estão calculadas no Quadro 6.20. Sendo
as vendas realizadas a prazo, e considerando-se as incertezas quanto à pontualidade desses
pagamentos, é de bom alvitre que o empreendimento possa ter fôlego financeiro para um prazo de
90 dias sem depender das entradas oriundas das vendas. Significa que o capital de giro será
suficiente para suportar as operações durante três meses. Portanto, a fórmula aqui adotada para o
cálculo do capital de giro é esta:
K = Op / 4, sendo;
K = capital de giro e
Op = custos operacionais/ano.
Os tributos que poderão incidir sobre a Receita Operacional, conforme uma legislação específica
para os critérios fiscais para água bruta e as características da gestora, são o ICMS (Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços), a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social) e o PIS (Programa de Integração Social). Os que incidem sobre a rubrica Lucro são a CS
(Contribuição Social) e o IR (Imposto de Renda), também dependem das características da gestora.
Deve-se considerar, ainda, a incidência da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações
Financeiras). Os impostos citados não foram computados na análise econômica nem na financeira,
pois não foram definidas alíquotas para a água bruta nem se a gestora terá fins de lucro, como
também há falta de definição de isenções e/ou alíquotas para impostos específicos.
A tarifa média que proporcionaria uma TIR de 12% de rentabilidade do investimento é superior à
tarifa a ser efetivamente praticada. A diferença, neste caso, é compensada com os recursos da União
investidos a fundo perdido, configurando um subsídio ao projeto.
No fluxo de caixa apresentado, os recursos aportados pela união estão apresentados como entradas
por se tratar de recursos a fundo perdido.
QUADRO 6.20
Como o arcabouço institucional do Projeto ainda não está definido, tendo-se dúvidas a respeito do
órgão gestor, do valor das tarifas de água a serem cobradas e da participação dos Estados no
financiamento dos investimentos necessários; e ainda como a análise financeira não considera o
volume de água gerado pela sinergia do Projeto, os índices tradicionais da análise financeira devem
ser considerados com reservas.
Os projetos deste tipo costumam ter um volume grande de benefícios econômicos, mas necessitam
quase sempre de recursos financeiros a fundo perdido para sua implantação.
Assim sendo, o importante da análise financeira, na realidade, é fornecer subsídios para definir os
volumes de recursos necessários a fundo perdido que, em verdade, representam transferências da
União para os Estados ou para usuários, e ainda contribuir para a discussão e definição da tarifa a ser
cobrada pela água bruta.
A hipótese básica adotada é que os recursos a fundo perdido aportados pela União sejam suficientes
para cobrir os investimentos no Projeto não financiados pelos organismos internacionais. Além disso
ainda contribuiria a União para o pagamento do serviço da dívida.
A taxa interna de retorno calculada com os aportes da União a fundo perdido não tem significado,
pois não reflete o retorno de um investimento, servindo apenas como um referencial na
sensibilidade.
Na presente análise chegou-se a conclusão que, com os níveis de tarifas propostos (tarifas de
COGERH), o Projeto é capaz de conseguir recursos para fazer frente aos custos operacionais e de
parte do pagamento do serviço da dívida (78% da amortização e juros), necessitando que todos os
investimentos não financiados sejam cobertos pela União, a fundo perdido.
Qualquer outro resultado financeiro só será possível com um arranjo institucional diferente do que
foi considerado na análise, seja do ponto de vista do órgão gestor, da participação dos Estados ou do
valor das tarifas da água bruta, considerados de forma isolada ou em conjunto, possibilitando vários
arranjos possíveis.
QUADRO 6.21
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
♦ Impostos gerados pela expansão dos serviços de abastecimento de água das concessárias locais
de distribuição de água, clientes do Projeto, que lhes venderá água bruta;
Estima-se que o efeito fiscal líquido do Projeto ao longo do período de análise seja de R$ 2.855.962
mil, a valores de julho de 1999.
Índice
INDICE
1. O PROJETO DA TRANSPOSIÇÃO
TRANSPOSIÇÃO ................................................................
.............................................................................
.............................................1-2
.............1-2
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................................................. 1-2
2. OPORTUNIDADE DO INVESTIMENTO
INVESTIMENTO DA TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS PARA O
NORDESTE SETENTRIONAL ................................................................
....................................................................................
....................................................2-2
....................2-2
2.1 INDICADORES DA REGIÃO NORDESTE E DE SUA PORÇÃO SETENTRIONAL ............... 2-2
5. ESTUDOS DE ENGENHARIA
ENGENHARIA ................................................................
...................................................................................
...................................................5-2
...................5-2
5.1 ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................ 5-2
6. VIABILIDADE AMBIE
AMBIENTAL,
NTAL, ECONÔMICA E FINANCEIRA ................................
.......................................
.......6-2
.......6-2
6.1 VIABILIDADE AMBIENTAL ........................................................................................... 6-2
1. ESTUDOS DE ENGENHARIA
ENGENHARIA - CONSÓRCIO ENGECORPS-HARZA ....................................
.................................... A-2
2. ESTUDOS DE INSERÇÃO
INSERÇÃO REGIONAL - VBA................................
VBA ................................................................
........................................................................
........................................ A-4
A-4
3. ESTUDOS DE IMPACTO
IMPACTO AMBIENTAL - CONSÓRCIO JAAKKO-
POYRY-TAHAL ................................................................
................................................................................................
.....................................................................................
..................................................... A-5
4. ESTUDOS
ESTUDOS COMPLEMENTARES................................
COMPLEMENTARES................................................................
...........................................................................................
........................................................... A-6
Anexo
1ª ETAPA
R8 ESTUDOS OPERACIONAIS
2ª ETAPA
ANÁLISE GEOMORFOLÓGICA
ESTUDOS HIDROENERGÉTICOS
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
ÁREAS DE ESTUDO
ANÁLISE INTEGRADA
CENÁRIOS FUTUROS
4. ESTUDOS COMPLEMENTARES