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Planejamento e Controle em Finanças AULA 4
Planejamento e Controle em Finanças AULA 4
Conceitos iniciais sobre planejamento e controle na área de Finanças dentro do meio empresarial.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos básicos do planejamento financeiro de curto e longo prazo de uma empresa,
bem como a eficiência e a eficácia do controle interno na tomada de decisão da administração.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Controlar a execução do planejamento é uma função vital em uma empresa, pois ele ajuda a definir o
rumo tomado para uma meta preestabelecida que seja alcançada, enquanto o controle, por sua vez, a
ajuda a não se desviar dessa rota.
Foto: Shutterstock.com
Nosso conteúdo apresentará as diferentes funções dentro da área financeira e a atividade de cada uma,
pois tal área não pode ser considerada especializada, e sim generalista, já que trabalha com
informações de todas as outras
áreas.
Portanto, nosso estudo revela-se uma jornada por meio do processo financeiro de uma empresa,
apresentando as funções, os planejamentos, os controles e as ferramentas necessárias para sua área
financeira sempre fornecer informações
gerenciais precisas e relevantes a uma tomada de decisão.
O planejamento financeiro é tão importante que não se limita a questões econômicas. Como vemos
neste vídeo, assuntos ligados ao cotidiano também requerem uma conduta prudente em relação aos
gastos e à forma que eles podem ser pensados.
MÓDULO 1
Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo
FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO RESPONSÁVEL PELA
DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO E PELA
CONCEPÇÃO DE PLANOS QUE INTEGRAM E COORDENAM
SUAS ATIVIDADES.
Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido.
Afinal, de que adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?
Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), ele pode ser
considerado a função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das
atividades a fim
de garantir o cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios
significativos.
EXEMPLO
Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por
meio de dieta e exercícios físicos, embora meu planejamento também inclua a forma como esse controle
será realizado: quantos
minutos me exercito e quantas gramas perco por semana. Por fim, após o
planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja
necessário). O planejamento do controle financeiro tem
uma lógica semelhante.
O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou
jurídica.
Veja o exemplo.
Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas:
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Criam receitas
(geram recursos)
Imagem: Shutterstock.com
Criam despesas
(consomem recursos)
Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas, não havendo, dessa
forma, lucro – e sim prejuízo.
A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder. Quando desejar alcançar uma meta, você só será
capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver planejado todos os passos
relacionados a ela.
Você deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor
do gasto em marketing.
Não há como saber isso sem uma comparação. Se o planejamento incluía um aumento de:
50%
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Então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser verificado atentamente.
100%
Imagem: Shutterstock.com
Contudo, se esta era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o esperado.
O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos
de despesas só para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de
planejamento.
Entretanto, há itens cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a
serem obtidos.
EXEMPLO
Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é
irrelevante. Desse modo, todos os tipos de despesas pequenas sem muita relevância normalmente são
agrupados no subgrupo “Outras
despesas”.
Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar
concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não significa que os menores e menos relevantes
não devem ser planejados. Eles,
na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários
recursos no planejamento de um valor muito pequeno.
EXEMPLO
O Governo Federal deve respeitar a Lei Orçamentária Anual, que versa sobre um planejamento de curto
prazo. Já o Plano Plurianual aborda um de prazo mais longo (quatro anos). As empresas funcionam da
mesma forma.
CURTO PRAZO
A principal ferramenta utilizada na área de Finanças para estruturar e materializar tal planejamento é:
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Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é rotineiramente utilizado para
períodos de curto prazo).
Imagem: Shutterstock.com
Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma
comparação entre ambas em períodos definidos ao longo do ano.
ATENÇÃO
Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser quinzenal, semanal, bimestral ou
trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.
A primeira linha se refere sempre à entrada de recursos, ou seja, tudo que possui relação com a
receita.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal.
Comecemos com a linha de receita. Você pode pegar a do último ano e usar como base para o próximo.
Neste caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos?
Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para
o próximo ano:
CENÁRIO A
Aumentar em 15% o preço de venda e diminuir em 10% a quantidade vendida..... .... .... ....... ...
CENÁRIO B
Diminuir em 8% o preço e aumentar em 20% a quantidade..... .... ......... ....... ....... ... ........
CENÁRIO C
Manter o preço, gastando R$50.000 em marketing para aumentar em 30% a quantidade vendida.
Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique abaixo qual é a melhor
estratégia a ser adotada no planejamento do próximo?
CENÁRIO A
CENÁRIO B
CENÁRIO C
GABARITO
Verificamos que o Cenário C aumenta a receita para R$2.223.000. Mesmo que descontemos os
R$50.000 da despesa de marketing, o valor de R$2.173.000 ainda é o maior dos três cenários.
Portanto, em
suas projeções, o planejamento do ano seguinte deve usar os seguintes valores:
receita de R$2.223.000 e despesa de marketing de R$50.000.
Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas?
Outros custos não mudam muito no curto prazo. Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa
que já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas (R$80.000) se mantiveram estáveis no
período.
LONGO PRAZO
Este tipo de planejamento leva em consideração os gastos da empresa obtidos em longo prazo.
EXEMPLO
Uma empresa que fabrica produtos precisa renovar seu maquinário ocasionalmente, porém esse gasto
não acontece todo ano, e sim em períodos maiores. Por isso, ele deve ser planejado em longo prazo.
Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo,
pois ele não se mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário
entendermos os três conceitos
seguintes:
PAYBACK
Ele está relacionado ao tempo em que um projeto retorna o valor inicial investido.
EXEMPLO
Uma empresa pretende gastar R$100.000 em um projeto para desenvolver um produto que lhe vai
trazer R$20.000 por ano de retorno. Seu payback , portanto, é de cinco anos (100.000 /20.000 = 5).
Se o retorno for medido anualmente, como no caso exemplificado, a unidade de medida do payback
será em anos; se estiver em meses, ela também será medida em meses – e assim por diante. O valor
do dinheiro no tempo,
contudo, não é constante.
EXEMPLO
Você acha que, para uma empresa, é melhor ganhar R$200 hoje ou ano que vem?
Se ela já tiver em mãos esse valor, poderá utilizá-lo na organização para produzir mais resultados ou
aplicá-lo de forma que, no futuro, ele valha mais que os R$200 iniciais.
Neste vídeo, você entenderá como é feito o cálculo da viabilidade financeira de um projeto.
Mesmo sendo possível termos uma ideia de quanto poderemos ter no futuro, resta a questão:
Quanto valeria hoje o recurso (dinheiro) que, afinal, só poderei ter no futuro?
Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação,
conseguiremos estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá, de fato, daqui a algum
tempo.
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Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só vai existir no futuro, poderei me planejar
melhor para:
Escolher uma alternativa que aparentemente possa me retornar menos em um futuro mais
próximo, mesmo hoje tendo um valor presente maior.
O VPL (também conhecido como VAL - Valor Atual Líquido) é o cálculo que apresenta o resultado
financeiro atual/presente de um fluxo de caixa descontado a uma determinada taxa de juros apropriada,
assim, também se pode definir VPL como a soma algébrica (negativos e positivos) dos valores
descontados de um fluxo de caixa.
Quando em condições de perpetuidade, valor constante de retorno e aplicação de taxa constante de
crescimento, o valor do VPL é calculado da seguinte forma:
Retorno
VPL = − Investimento Inicial
(i−c)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
É A TAXA DE DESCONTO.
Pode ser entendida como aquela que a empresa receberia investindo o mesmo dinheiro em outro lugar,
como títulos públicos e poupança, ou a responsável por fazer com ele perca seu valor no tempo caso
não seja aplicado,
como ocorre na inflação.
É A TAXA DE CRESCIMENTO.
Trata-se de qualquer taxa que o gestor acredite ser capaz de aumentar sua receita no tempo.
Uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano e inflação anual
de 5%. Qual será o seu VPL?
Retorno = 20.000
i = 0,05
c = 0
Então temos:
20.000
V P L = − 100. 000
(0,05 − 0)
V P L = 300. 000
Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal.
RESPOSTA
20.000
V P L = − 100. 000
(0,05 − 0,02)
V P L = R$566. 666, 67
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Note que, pelo fato de a empresa ter feito seu retorno subir todo ano, o VPL do empreendimento aumentou
bastante.
Retorno
− I nvestimento I nicial = 0
(T I R − C)
Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal.
Retorno
T I R = + C
I nvestimento I nicial
Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal.
Retorno = 20.000
c = 0,02
Então temos:
20.000
T I R =
(100.000)
+ 0, 02
T I R = 0, 2 + 0, 02
T I R = 0, 22
T I R = 22%
Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal.
Retorno = 20.000
i = 0,22
c = 0,02
20.000
V P L = − 100. 000
(0,22 − 0,02)
V P L = 0
Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal.
Ela é a taxa de retorno de seu investimento. No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de
retorno para sua empresa.
Você poderá usar essa informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões:
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Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães fala um pouco mais sobre a importância do
planejamento financeiro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Negativo em R$150.000.
B) Negativo em R$30.000.
C) Positivo em R$30.000.
D) Positivo em R$150.000.
GABARITO
Dependendo da quantidade, o custo das mercadorias vendidas vai variar no curto prazo. Portanto, ele
deve ser analisado no planejamento de curto prazo, assim como a projeção da receita operacional. Já a
projeção da modernização da fábrica demonstra ser um tipo de gasto não recorrente, ocorrendo apenas
em longo prazo. Trata-se de um caso diferente das despesas financeiras, pois elas sempre ocorrem em
todos os períodos.
2. Uma empresa deseja investir em um projeto com custo de R$180.000 e receitas anuais de
R$15.000. Sabendo que a taxa de desconto é de 10% ao ano, indique o VPL desse projeto.
O VPL pode ser calculado como: 15.000 /0,1 - 180.000 = 150.000 - 180.000 = - R$30.000.
MÓDULO 2
Identificar as funções e as formas de organização da informação na área financeira
ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA
Todos os gastos da área de Finanças devem estar categorizados corretamente; além disso, cada
categoria precisa se referir a um tipo de gasto. Uma empresa deverá organizá-los nessas categorias
para eles poderem ser controlados
ao longo do tempo.
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Veremos a seguir de que forma essa organização é estruturada, destacando ainda as principais funções
na área financeira.
1 - DIRETORIA FINANCEIRA
Funciona nela tanto a parte administrativa do setor financeiro quanto o setor de análise financeira da
empresa. A parte financeira é um elo entre todos os setores.
Por isso, a diretoria precisa coordenar o recebimento das informações de todos os setores para fazer a
análise financeira de forma correta e, consequentemente, auxiliar na gestão da empresa.
2 - TESOURARIA
Sua principal função é administrar o caixa da empresa, sendo a responsável por manter a capacidade
de pagar as obrigações dela sem atrasos. Além disso, a tesouraria precisa verificar a legitimidade dos
pagamentos feitos pela empresa,
aferindo se eles se referem a compras realmente efetuadas por ela.
3 - CONTROLADORIA
Sua responsabilidade é acompanhar o setor financeiro da empresa e verificar se ela está seguindo o
planejamento de curto prazo estipulado no início do ano. A controladoria também ajuda no processo de
tomada de decisão dela, auxiliando
em seu planejamento e acompanhamento.
4 - CONTABILIDADE
Prepara informações contábeis que serão utilizadas por todo o setor financeiro. A contabilidade também
é responsável por fazer todos os lançamentos contábeis e elaborar as demonstrações financeiras da
empresa.
5 - GESTÃO DE TRIBUTOS
Os tributos devem ser pagos; afinal, sua evasão configura um crime fiscal. No entanto, uma empresa
poderá utilizar estratégias totalmente legais (chamadas de elisão fiscal) para minimizar o valor
daqueles que precisar
pagar.
Além de trabalhar a fim de otimizar o pagamento dos tributos, a gestão de tributos também a ajuda a
recolher os tributos dentro dos prazos, evitando, assim, multas e penalidades.
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
São organizadas de diferentes formas. Analisaremos os tipos de informação financeira a seguir:
1. BALANÇO PATRIMONIAL
Ele mostra o:
PASSIVO
O que ela possui de obrigações a pagar.
ATIVO
Quanto a empresa detém de bens e direitos.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Diferença entre o que ela tem e o que deve.
Vejamos um exemplo:
Balanço
Ativo Passivo
Empréstimos 30.000
Passivo não circulante 80.000
Empréstimos 20.000
Imobilizado 500.000
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
É A APRESENTAÇÃO, DE FORMA RESUMIDA, DAS
OPERAÇÕES REALIZADAS PELA EMPRESA DURANTE O
EXERCÍCIO SOCIAL, [SENDO] DEMONSTRADAS DE FORMA
A DESTACAR O RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO,
INCLUINDO O QUE SE DENOMINA DE RECEITAS E
DESPESAS REALIZADAS.
Dessa forma, a DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e gastos da empresa,
demonstrando, no final do processo, se ela obteve
lucro ou prejuízo.
Vendas de produtos
Vendas de mercadorias
Prestação de serviços
Devoluções de vendas
Abatimentos
Despesas administrativas
Despesas financeiras
07 (=) Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA) ou earnings before
interest, taxes, depreciation and amortization (EBITDA)
08 (-) Provisão para imposto de renda (IR) e contribuição social sobre o lucro (CSLL)
LUCRO OU PREJUÍZO
Lucro: Receitas maiores que despesas.
01. Inicialmente, a empresa registra na conta receita operacional bruta todas as receitas geradas pela
sua atividade-fim.
Exemplo: uma padaria registraria nela todo o dinheiro recebido pela venda de pães.
02. Abaixo da receita operacional bruta, a empresa registra as (-) deduções da receita bruta, que são
os impostos obrigatórios a serem pagos na produção de determinado produto.
03. Quando retira a receita operacional bruta das deduções da receita bruta, ela obtém a (=) Receita
operacional líquida.
04. Da receita operacional líquida, também é necessário diminuir o (-) custo de mercadoria vendida
(CMV). O CMV abarca todos os gastos necessários para a produção de um produto.
Exemplo: Farinha, água, luz e tudo mais que for necessário para produzir um pão são considerados um
CVM.
05. A diferença entre a receita operacional líquida e o CMV é o (=) resultado operacional bruto.
06. Desse resultado, é necessário abater todas as despesas da empresa por meio das seguintes contas:
Em seguida, devem ser somadas ao restante as (+) receitas não operacionais e as (+) outras
receitas.
07. O resultado advindo da diferença entre o resultado operacional bruto e as despesas é chamado de
lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA). No entanto, sua expressão
em inglês
também é muito usada no mercado de trabalho, devendo, por isso, ser lembrada. Trata-se de
earnings before interest, taxes, depreciation and amortization (EBITDA).
08. De LAJIDA ou EBITDA, é necessário abater o (-) imposto de renda (IR) e a (-) contribuição social
sobre lucro líquido (CSLL).
09. A diferença entre LAJIDA e impostos é conhecida como (=) lucro líquido antes das participações.
10. Após a obtenção do lucro líquido antes das participações, devem ser deduzidas todas as
participações nos lucros ,(debêntures, empregados, participações de administradores, partes
beneficiárias, fundos de assistência e previdência para empregados).
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Essas informações são geradas por diferentes funções dentro da área financeira. Normalmente, as
contábeis-financeiras são fornecidas pelo departamento contábil, enquanto as tributárias são da alçada
do departamento de gestão
de tributos. A informação gerencial, por sua vez, é responsabilidade da
diretoria financeira, que também é habitualmente assistida pelo departamento contábil.
Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães disserta sobre as principais áreas existentes em
uma organização financeira.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Gerencial.
C) Tributária.
D) Contábil-financeira.
A) Tesouraria.
B) Diretoria financeira.
C) Gestão de tributos.
D) Contabilidade.
GABARITO
1. Qual dos seguintes tipos de organização da informação financeira é regulado pelo CPC?
Não existe organização administrativa da informação financeira. A informação gerencial não é regulada
por nenhum órgão, enquanto a tributária o é pelo Código Tributário.
2. Qual das seguintes funções circunscritas à área financeira é responsável pelo caixa de uma
empresa?
A diretoria financeira é a parte administrativa do setor financeiro, bem como a de análise financeira da
empresa. A gestão de tributos se preocupa exclusivamente com a parte tributária, enquanto a
contabilidade é responsável pelos lançamentos contábeis e pelas demonstrações financeiras da
empresa.
MÓDULO 3
Aplicar as ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão
CONTROLE FINANCEIRO
Seu objetivo é verificar se uma empresa segue um planejamento – normalmente, o de curto prazo –
anteriormente determinado.
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EXEMPLO
Se a empresa estimou que receberia receitas muito acima do que se verifica na realidade, é papel do
controle financeiro fazer ajustes nas estimações das despesas a fim de que ela não saia dos trilhos e
acabe gerando prejuízo.
Por outro lado, se uma organização obtém receitas maiores que o previsto, é
papel da controladoria, levando em conta a nova projeção, realizar reestimativas da receita para os
meses seguintes.
Embora tenhamos falado de receitas, também é papel do controle financeiro verificar a curva das
despesas, determinando se elas estão dentro do que foi orçado e planejado.
Pode-se, portanto, tanto ser eficaz sem mostrar-se eficiente quanto ser eficiente sem revelar-se
eficaz. É função do controlador buscar a convergência de ambos ao executar o orçamento das
despesas
da empresa.
CARTAS DE CONTROLE
Representadas graficamente, as cartas de controle apresentam dados ao longo de um período (série
temporal) e possuem limites de controle (um limite superior e outro inferior).
Ao longo do tempo, são feitas medições. Caso o valor esteja flutuando dentro desses limites,
consideramos que tudo está dentro da normalidade. Alguma ação só será necessária se ele estiver
abaixo do limite mínimo ou acima do
máximo.
Conforme podemos observar no gráfico, a equipe de marketing teve uma série de gastos ao longo do
ano de 2019. Como o limite superior é de R$300.000,00 e o inferior, de R$100.000,00, eles estiveram
fora do seu limite nos seguintes
meses: abril, julho e setembro.
FOLHA DE VERIFICAÇÃO
Deve existir uma forma sistematizada para coletar os dados a serem utilizados em nossos controles
financeiros. Embora haja, na maioria das situações, elementos automatizados para a coleta deles por
meio eletrônico, ainda é
possível deparar-se com outras em que ela é feita manualmente.
Para casos do tipo, são necessárias folhas de verificação. Trata-se de um modelo de formulário para
coletar os dados.
Quantidade de peças para a montagem de uma bicicleta com e sem defeito por dia da semana:
Este exemplo de folha pertence a uma loja que monta e vende bicicletas. A partir desse controle, é
possível verificar quantas peças recebidas vieram com defeito. Baseado nos números, o gestor
consegue tomar decisões estratégicas
que envolvam, por exemplo, a decisão de manter o contrato com
determinado fornecedor
HISTOGRAMAS
O histograma é um gráfico de frequência que mostra quão comum é o aparecimento de certo tipo de
valor para o dado. Desse modo, valores muito pequenos ou altos podem ser visualizados facilmente e
verificados pelo departamento de controle.
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FREQUÊNCIA
GRÁFICO DE DISPERSÃO
Também conhecido como scatterplot , este tipo de gráfico permite a análise de uma associação entre
duas variáveis. Com ele, é possível verificar a existência de uma relação positiva (gráfico inclinado para
cima) ou negativa
(para baixo) entre ambas.
Imagem: Shutterstock.com
EXEMPLO
Além disso, o gráfico de dispersão também permite a análise de valores destoantes do resto para uma
possível verificação.
DIAGRAMA DE PARETO
A Lei de Pareto atesta que 80% dos efeitos provêm 20% das causas. Assim, tal diagrama relaciona
causas e efeitos de forma gráfica a fim de identificar possíveis pontos de melhoria e alcançar tanto a
eficácia quanto a eficiência.
TOMADA DE DECISÃO
O objetivo de um controle financeiro eficiente é auxiliar na tomada de decisão da empresa sobre
assuntos financeiros e operacionais.
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O controle coleta informações para verificar se cada setor e tipo de projeto da empresa está seguindo o
que foi orçado e planejado. Caso o planejamento não esteja sendo cumprido, ele buscará os motivos
para isso.
Choques macroeconômicos, recessão, variação cambial, inflação e outros eventos fora do controle da
empresa afetam suas receitas e despesas. Neste caso, o controle fornece à administração informações
para que seu planejamento
possa ser refeito, levando em consideração o novo cenário econômico.
INEFICIÊNCIA DE ALGUM SETOR DENTRO DA EMPRESA
O controle pode fornecer à administração dela informações sobre quais setores estão sendo ineficientes,
explicando como a eficiência deles pode ser aumentada.
O controle pode:
1. FORNECER INFORMAÇÕES
Elas podem versar sobre:
Manutenção de um imóvel;
2. VERIFICAR ESTIMATIVAS
O controle irá avaliar se a taxa de retorno estimada de um projeto corresponde à sua realidade.
Exemplo
Estimada em 20%, a TIR de um projeto, em seu desenvolvimento, revela-se muito menor: 2%. Neste
caso, não é mais vantajoso para a empresa continuar com ela. Será preferível abortá-lo.
Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães explica a relevância do controle financeiro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Histograma.
B) Diagrama de dispersão.
C) Folha de análise.
D) Folha de verificação.
2. ESCOLHA A OPÇÃO QUE NÃO INDICA UM TIPO DE CHOQUE
MACROECONÔMICO A SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO NA TOMADA DE
DECISÃO DE UMA EMPRESA.
A) Inflação.
B) Câmbio.
C) Variação do PIB.
GABARITO
1. Qual das opções a seguir não é um tipo de ferramenta de controle financeiro interno de uma
empresa?
2. Escolha a opção que não indica um tipo de choque macroeconômico a ser levado em
consideração na tomada de decisão de uma empresa.
Tanto a inflação quanto o câmbio, além da variação do PIB, são mudanças sobre as quais uma empresa
não tem controle, constituindo, assim, os chamados fatores “macroeconômicos”. Caso haja a ineficiência
de um setor interno, a empresa possui o controle para melhorar isso.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O planejamento deve vir antes da execução. Não devemos misturar essas duas etapas. No
planejamento, devemos saber aonde queremos chegar e qual caminho foi escolhido para isso. Ademais,
o controle deve ser detalhado. Sem isso,
não saberemos se nossos planos foram ou não bem-
sucedidos. O controle nos permite identificar oportunidades de melhoria, bem como saber o que está
dando certo, o que foi e está sendo executado, favorecendo, assim, a transparência
e a justiça.
Planejamento e controle são como gêmeos siameses, vivem juntos, andam lado a lado. Quem entre
vocês, querendo edificar uma torre, não se dedicaria a fazer primeiro as contas dos gastos? Do
contrário, poderão se tornar alvo
de escárnio. Bons médicos pedem exames detalhados para tomar suas
decisões. Os gestores profissionais fazem o mesmo: buscam tomar decisões racionais a partir de
alternativas e critérios, mas geralmente baseados em informações
provenientes do controle.
Planejamento e controle bem gerenciados são o diferencial de um gestor competente.
Depois de compreender a diferença e a importância dos planejamentos de curto e de longo prazo, você
estará capacitado a entender a organização da área financeira, bem como a tomar decisões racionais a
partir do controle financeiro.
Em finanças, sabemos que não adianta ganhar muito dinheiro se não
soubermos gerenciá-lo bem.
REFERÊNCIAS
FREZZATI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2014.
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. de; SILVA, C. A. dos S. Controladoria estratégica: textos e
casos práticos com solução. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2013.
EXPLORE+
EWALD, L. C. Sobrou Dinheiro! Como administrar as contas da casa. Bertrand Brasil: Rio de
Janeiro, 2003.
Pesquise os sites Me Poupe, InfoMoney e Dinheirama, para obter mais informações sobre os
assuntos abordados.
Assista aos vídeos do canal Finanças 101, que traduz os conceitos de finanças para profissionais
que não são da área.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES