Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O artigo foi escrito pela Doutora em Geografia, Eunice Isaias da Silva. Ele tem
como objetivo principal artigo discutirá sobre o uso de quadrinhos e similares na
mediação da relação ensino-aprendizagem de Geografia. Aprofunda-se este argumento
por meio do relato, de parte de uma experiência com uso de quadrinhos com conteúdos
geográficos relativos ao estudo sobre a cidade, em uma oficina realizada no IV Fórum
NEPEG (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Educação Geográfica). O artigo é do ano de
2010.
O Eunice Isaias da Silva é Graduada em Geografia pela Universidade Federal de
Goiás (1982); Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993)
e Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2010). Atualmente é
professora da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia,
com ênfase em Geografia Agrária e ensino de Geografia, atuando, principalmente, nos
seguintes temas: Geografia escolar, outras linguagens no ensino de Geografia,
Geografia e gênero, relação campo-cidade, ambiente escolar.
O artigo é subdividido nas seguintes seções: Introdução; A escola atual –
tecnologia e outras linguagens; O processo ensino-aprendizagem mediado por tiras
de quadrinhos, cartuns e charges; Tiras de quadrinhos e similares na mediação do
estudo de conteúdos geográficos; A realização da experiência com o uso de
quadrinhos em um evento científico e por último, as Considerações finais.
Na introdução, a autora apresenta informações sobre tal trabalho, explicitando o
seu principal objetivo, as seções em que ele se divide (da qual já foi apresentado aqui) e
dizendo que este texto é, também, uma oportunidade de divulgar considerações sobre a
pesquisa de doutorado, que se realiza no Programa de Pós-graduação de Geografia do
Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (IESA-UFG).
Em “A escola atual – tecnologia e outras linguagens”, Silva inicia dizendo que
“O uso de tecnologias faz parte do cotidiano do ser humano, desde os primórdios da
civilização”, até as inovações de recursos nos dias de hoje.
1
1 Aluna do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Juiz de Fora. ellen.esteves05@gmail.com .
Ele usa de um pensamento do Kenski para exemplificar as mudanças
comportamentais da tecnologia sob a humanidade:
Com tudo isso, a autora relata a organização de uma oficina sobre Geografia e a
linguagem de quadrinhos, destinado ao público do IV Fórum NEPEG de formação de
professores de Geografia, que será apresentado na seção seguinte.
A autora mostra em “A realização da experiência com o uso de quadrinhos
em um evento científico” a oficina recebeu o nome de: “Linguagens alternativas no
ensino de Geografia”, foi feita a apresentação da proposta, da finalidade e propósitos da
pesquisa que foi realizada com os participantes, dividindo-os em seguintes grupos:
Grupo 1 – Lugares da cidade e cidadania.; Grupo 2 – Ambientes urbanos e cidadania.;
Grupo 3 – Cidade, habitar e cidadania.; Grupo 4 – Cidade, consumo e cidadania.
A experiência do trabalho se desenvolveu em dois momentos: na primeira etapa
cada grupo discutiu alguns quadrinhos e similares do eixo específico. Depois, cada
grupo recebeu outra tira de quadrinhos ou charge, para dialogarem entre si e
responderem individualmente, por escrito. As perguntas eram: 1. Como você explicaria
o conteúdo dessa tira ou charge a uma pessoa que não conseguiu entendê-la?/ 2.
Comente se é possível relacionar essa produção cultural com conteúdos de Geografia.
Se você acha possível, favor indicar com quais temas./ 3. Faça uma avaliação dessa
oficina e reflita se houve contribuição para sua atividade escolar.
Silva relata mais detalhadamente o desenvolvimento das duas atividades, e
anexa no artigo as tirinhas que foram utilizadas durante esse processo. Na atividade 1,
os participantes destacaram através delas o uso dos espaços da cidade para publicidade,
que pode se transformar em poluição visual, deixando os lugares com aspectos
desagradáveis. Na atividade 2, eles analisaram a violência não explícita praticada pelos
órgãos oficiais. Concluindo, “De acordo com o grupo, a proposta de temas para se
trabalhar com esse material seria: habitar e cidadania, violência urbana, políticas
tributárias, segurança pública e privada, estudo do lugar, estudo de cidade, organização
espacial.”
Ao final de toda a experiência feita, os participantes relataram em suas auto
avaliações (exceto por um):
“que foi uma contribuição valiosa em suas atividades na escola e na
vida cotidiana. Alguns depoimentos se destacaram como a do professor
Sílvio que disse estar nessa profissão há quatro anos e que nunca havia
trabalhado com charges ou tiras de quadrinhos. Declarou que a realização
dessa oficina o estimulou a preparar aulas mais diversificadas. Outra
professora, Diana, completou: “excelente! Acho que a oficina atingiu seu
objetivo de instigar e propor processos de trabalho pedagógico
(metodologia)”.
Bastante interessante também foram as ponderações da aluna Ana:
com certeza a oficina contribui significativamente para a atividade escolar,
uma vez que trabalhando com charges você consegue problematizar e
contextualizar o conteúdo, partindo do conhecimento prévio do aluno,
fazendo com que o mesmo pense e reflita, incentivando o senso crítico e
reflexivo.” (Silva, 2010, p.175).
REFERÊNCIAS