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Algumas dessas habilidades p o d em ser destacadas como ações cujo

desenvolvimento precisa perpassar toda a escolarização básica. São elas,

dentre outras:

 a capacidade de ordenar acontecimentos segundo critérios temporais;

 a capacidade de desenvolver narrativas atravessadas pela temporalidade;

 a condição de diferenciar padrões de vida e comportamento distintos como resultantes

de processos culturais diferentes;

 a compreensão de diferenciar natureza e cultura, pensando o homem como produtor e

transformador da natureza a partir de seus valores;

 a condição de inferir a partir de diferentes tipos de fontes que informam sobre aspectos da

realidade;

 a condição de perceber permanências e descontinuidades no tempo;

 a habilidade de compreender um texto histórico na sua totalidade, o que significa perceber


a

existência de vozes, sujeitos e temporalidades se manifestando nos diferentes gêneros

textuais, tais como gráficos, mapas históricos, reportagens de jornal, textos literários e

documentos diversos;

 a condição de operar com formas de datação e com categorias temporais centrais,

tais como ordenação, duração e simultaneidade;

 a condição de depreender, de diferentes textos, aspectos que elucidem o lugar social do

sujeito que fala e, a partir disso, perceber sujeitos sociais presentes e ausentes numa

narrativa explicativa;

 a possibilidade de projetar reflexões que, em longo prazo, permitam ao aluno refletir

acerca de perspectivas de futuro.


O trabalho com apresentação e a n á l i s e de fontes - que podem ser exploradas a partir dos
diferentes gêneros textuais - está intrinsecamente ligado à questão da variabilidade do
conhecimento histórico. Historiadores de diferentes tendências e escolas de pensamento
concordam com o princípio de que é através das fontes que o historiador formula suas
questões, levanta hipóteses e faz inferências sobre o passado. Porém isso não significa dizer
que as fontes revelam o passado ao pesquisador, já que são incompletas e, por vezes, as
categorias observadas nas fontes podem ser distintas das utilizadas no tempo presente, o que
pode gerar diferentes interpretações. Sendo assim, como uma criança pode inferir sobre as
fontes? Cooper afirma que ainda não existem estudos aprofundados nessa direção, mas
acredita que as crianças são capazes de inferir sobre objetos utilizados no passado quando os
mesmos lhes são apresentados e que elas se utilizam de seus saberes e experiências para
desenvolver perguntas acerca dos objetos. A autora ressalta a importância da dimensão
imaginativa e dos diálogos desenvolvidos com as crianças como sendo fundamentais para a
formação da consciência histórica.

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