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Currículo da Cidade – História

PROFESSOR: PAULO CÉSAR DELOROSO

1
PROFESSOR: Paulo César Deloroso

GRADUAÇÃO EM LETRAS E PEDAGOGIA


ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUÍSTICA
MESTRADO FEUSP
PROFESSOR NAS REDES PÚBLICAS
GESTOR E SUPERVISOR ESCOLAR
CONSULTOR E CONFERENCISTA EM EDUCAÇÃO
DIRETOR REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ASSESSOR PARLAMENTAR NA CÂMARA MUNICIPAL DE
SÃO PAULO NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
O documento considera que os conteúdos estudados e os
trabalhos produzidos em História na escola decorrem de um
múltiplo diálogo entre a história da disciplina, as práticas e
escolhas dos professores, da área de conhecimento de referência,
das solicitações de estudantes e de suas famílias, dos materiais
didáticos disponíveis e das questões históricas contemporâneas
que solicitam entendimento , além do princípio de que os estudos
históricos consolidam vínculos de identidade com instituições,
grupos sociais, memórias e localidades.
Reconhece, ainda, a importância de definir objetivos e conteúdos
que favoreçam uma formação comprometida com a análise,
posicionamento e participação diante da complexidade da
realidade vivida.
A partir das premissas apresentadas, propõe a ideia de que os
estudos históricos escolares devem contribuir para:

a) identificar problemas enfrentados pela sociedade na atualidade e


aqueles enfrentados no passado;
b) investigar quais entendimentos são necessários para
dimensionar as questões contemporâneas em perspectivas
históricas;
c) conhecer, analisar, questionar e intervir na organização da
sociedade em que se vive, na perspectiva de sua diversidade.
O conceito de história e de cultura promovem análises e
confrontações entre modos de vida no tempo e entre povos,
fazendo uso de categorias de diferenças e semelhanças.
O conceito de interculturalidade incorpora a ideia de que no
interior de uma sociedade existem diferentes grupos sociais e
culturais e que existe uma ação deliberada de inter-relações entre
eles.
Nesse sentido, é um conceito que evidencia esses convívios e as
transformações desencadeadas por eles, constituindo processos
históricos e dinâmicos de elaborações e reelaborações culturais.
Agrega-se a esse conceito, o de culturas híbridas, que resultam
das relações de trocas e de apropriações culturais entre os grupos
humanos, mobilizando a construção de identidades abertas e em
reconstrução permanente (CANDAU, 2012).
A proposta de ensino de história aqui apresentada, considerando as
problemáticas contemporâneas e os conceitos já delineados, apresenta a
ideia de que as situações de ensino e de aprendizagem devem possibilitar, no
Ensino Fundamental, que os estudantes:

* adquiram uma formação integral, que não fique restrita apenas à aquisição
de informações e conceitos, mas que também possibilite o aprendizado de
procedimentos e atitudes, que ampliem domínios práticos e intelectuais e
reforcem valores e princípios éticos valiosos à sua sociedade (ZABALA,
1996);

* aprendam a agir pessoal e coletivamente com criticidade, autonomia,


responsabilidade, "exibilidade e determinação, tomando decisões com base
nos conhecimentos construídos por eles na escola segundo princípios éticos
e democráticos (BRASIL, 2017);
• percebam-se como sujeitos históricos que interagem e respeitam outros
sujeitos da sociedade em que vivem, na sua diversidade (gênero, etnia,
social, política, econômica, classe, crenças, entre outras), e pertencentes a
diferentes sociedades de tempos e espaços historicamente constituídos;

• identifiquem, analisem e reflitam sobre os fatos históricos eleitos para


explicar a história do presente e do passado, questionando, confrontando
e relacionando-os entre si e com os sujeitos históricos que os
protagonizaram, a partir de referências temporais e espaciais;

• compreendam e analisem diferentes referências temporais para os estudos


históricos, como os tempos de vivências sociais e durações de tempo
como permanências, mudanças e padrões de medidas temporais;
• distingam e analisem como diferentes sociedades constituem seus
territórios e como historicamente as sociedades constroem noções e
representações de diferentes espaços, vividos e imaginados;

• identifiquem e compreendam as atuações de protagonismo histórico de


diversos grupos e sociedades na luta por legitimidade e reconhecimento de
seus projetos específicos em diferentes tempos e espaços sociais;

• reconheçam a interculturalidade nas práticas sociais, identificando as


representações construídas em relação ao outro, respeitando e acolhendo
os indivíduos, os grupos e as culturas, considerando-os como imersos em
processos contínuos de elaboração, construção e reconstrução de seus
vínculos e identidades, e valorizando suas diferenças e historicidades;
•reconheçam e analisem as culturas híbridas e como elas estabelecem novas
raízes, a partir de encontros, conflitos e negociações históricas;

•estabeleçam relações entre diversas áreas de conhecimento, considerando a


complexidade dos objetos de estudo;

•apropriem-se da leitura e da escrita e desenvolvam o gosto e o prazer de


conhecer e de se aproximar de diferentes escritores, perspectivas, bem como
realidades fictícias e históricas;

•saibam lidar criticamente com a informação histórica disponível, atuando com


discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais (BRASIL,
2017).
No Ciclo de Alfabetização, a aprendizagem de História contribui
para a formação das crianças para que conheçam e aprendam a
questionar e a narrar características de objetos e vivências sociais,
que fazem parte de seu mundo infantil e lúdico, em comparação
com elementos semelhantes e diferentes de outras épocas,
apresentados nas suas materialidades e por meio de relatos orais,
livros, teatralizações, canções e vídeos.
Conforme conhecem e constroem diferentes narrativas com
variações temporais, distinguem medidas de tempo socialmente
construídas e utilizadas hoje em dia e em outras épocas.
No Ciclo Interdisciplinar, o estudo de temas e fatos históricos dissemina e
problematiza saberes relacionados às vivências cotidianas, públicas e sociais,
de experiências e histórias comuns na escola e na localidade onde vivem.

Tal estudo é conduzido diante da diversidade local, regional e brasileira, além de


outras culturas e povos, do presente e do passado, respeitando as diferentes
narrativas, memórias e identidades.
No contexto escolar, associado a outras áreas do conhecimento e aos saberes de
docentes e de estudantes, estudar História possibilita o avanço nas noções e nos
conceitos de tempo e espaço, na identificação da diversidade de sujeitos
históricos que protagonizam os acontecimentos atuais e do passado, na
leitura, na interpretação e na construção de narrativas (com diversas
linguagens) a partir de coletas de dados em diferentes fontes e no posicionamento
em relação às questões importantes da sociedade em que vivem. Privilegiam-se,
assim, temas que promovam reflexões a respeito da qualidade e do sentido da vida
individual e coletiva.
No Ciclo Autoral, estudar História envolve contato com uma diversidade maior de
materiais informativos, fontes mais elaboradas e conceitos mais formalizados, que
auxiliam os estudantes a organizarem repertórios (novos e já adquiridos) em
estruturas temporais de diferentes durações, relacionando suas vivências cotidianas
com modos de viver em sociedade e com a história da humanidade.

Os estudos históricos também instigam os jovens a identificarem o ponto de


vista de autores, compartilharem com os outros sua atenção e amadurecerem
suas próprias ideias, no esforço de especular e construir interpretações para
os fatos históricos. Contribuem, ainda, para valorizarem as linguagens,
reconhecendo a importância de melhor compreendê-las e de utilizá-las para
expressarem seus pensamentos, argumentos, opiniões e criações.
Currículo da Cidade – História
EJA

PROFESSOR: PAULO CÉSAR DELOROSO


AULA 2
1
Estudar História permitirá aos estudantes se reconhecerem, se
situarem no mundo, se posicionarem a partir de suas vivências,
suas culturas étnico-raciais, seu gênero, sua faixa etária, seus
locais de origem, suas histórias de vida.

A “leitura de mundo”, na compreensão de Paulo Freire, só será


completa se todas e todos puderem ser objeto de leitura, se
tiverem condições de se ler.
Trata-se da possibilidade de construção de uma consciência histórica
para os indivíduos e para os coletivos populares, sobre seu trabalho,
sua cultura, seus embates, resistências e vivências.

É incumbência da História, por meio do estudo da ação dos sujeitos


históricos, em diferentes espaços e tempos, reconhecer e valorizar as
lutas para a construção efetiva de uma sociedade em que
equidade, justiça social, direito à educação, direito à moradia,
saúde pública de qualidade, dignidade social e cidadania real
deixem de ser apenas metas desejáveis para um futuro indefinido e
tornem-se, efetivamente, realidade para todas e todos.
Currículo da Cidade: Educação de Jovens e Adultos: História não
se coloca numa perspectiva de estudo cronológico de causa-efeito.
Parte-se do local para se colocarem em relevo as especificidades,
os embates e as contradições daquilo que está mais próximo dos
estudantes vulneráveis, pobres e que acabaram de ser expulsos do
ambiente escolar ou estiveram longe dele por décadas.

As relações sociais concretas são estudadas, buscando-se


compreender os caminhos, soluções e experiências travadas por
populações invisibilizadas pelas relações de poder estabelecidas
na sociedade capitalista contemporânea.
O conceito de história e de cultura promovem análises e
confrontações entre modos de vida no tempo e entre povos,
fazendo uso de categorias de diferenças e semelhanças.
O conceito de interculturalidade incorpora a ideia de que no
interior de uma sociedade existem diferentes grupos sociais e
culturais e que existe uma ação deliberada de inter-relações entre
eles.
Nesse sentido, é um conceito que evidencia esses convívios e as
transformações desencadeadas por eles, constituindo processos
históricos e dinâmicos de elaborações e reelaborações culturais.
Agrega-se a esse conceito, o de culturas híbridas, que resultam
das relações de trocas e de apropriações culturais entre os grupos
humanos, mobilizando a construção de identidades abertas e em
reconstrução permanente (CANDAU, 2012).
Na Etapa de Alfabetização, o componente curricular de História
contribui para o processo de alfabetização na medida em que o
letramento ocorre nas diversas áreas do conhecimento.

O processo de “ler o mundo” e não apenas de se alfabetizar tem


início a partir do universo do sujeito.
Assim, o ponto de partida é o da história de vida do estudante, de
sua identidade cultural, de gênero, de faixa etária, de etnia/raça,
situada numa perspectiva de abordagem da História local como
campo de produção de uma consciência histórica
Na Etapa Básica, aprofundam-se os saberes iniciados na fase de alfabetização em
um contínuo processo de autonomia do estudante e de busca por se conhecer
mais e de “olhar o mundo com olhos de ver”, com o propósito de observar
criticamente o real, para assim atribuir inteligibilidade ao vivenciado.

No que se refere ao componente curricular, ele se associa à dimensão da história


de vida, da história local e da construção histórica das identidades sociais e
culturais, à dimensão das relações que as sociedades humanas, ao longo de
tempo e em diferentes espaços, estabelecem com a natureza, com o espaço como
dimensão social e cultural.
Na Etapa Complementar, o estudo da História envolve uma diversidade maior de
fontes documentais, de conceitos mais elaborados e formalizados que
possibilitem que os estudantes organizem repertórios constituídos e
continuem a ampliá-los, assim como aprimorem habilidades, valores e
conhecimentos, para que conquistem maior autonomia, como também se apropriem
de seus conhecimentos para aplicá-los em sua vida cotidiana em diversas
dimensões.

Essa etapa enfoca as relações de poder e de trabalho no contexto da formação


e da consolidação do sistema capitalista como aspecto central da experiência
histórica de mulheres e homens e de grupos invisibilizados e silenciados
Na Etapa Final, o componente curricular de História permite que os
estudantes tenham possibilidade de identificar diferentes
posicionamentos dos sujeitos históricos e possam ultrapassar o
enfoque mais imediato do rotineiro e do cotidiano, sofisticando sua
visão crítica do mundo, questionando a realidade, percebendo as
diferentes interpretações de mundo, aumentando sua capacidade
de escuta e de diálogo com os outros, localizando problemas e
buscando soluções possíveis.
ESTRUTURA DO CURRÍCULO DE HISTÓRIA

O eixo estruturante escolhido para todas as etapas da Educação de Jovens e Adultos é


Sujeitos Históricos, Natureza e Sociedades, Relações de Trabalho e de Poder, Cidadania e
Interculturalidade.

Nos diferentes momentos do percurso formativo, o estudante se verá instigado a notar a ação, os
movimentos, as lutas, as resistências, as criações e recriações dos sujeitos históricos em
diferentes tempos e espaços.
As relações com o meio ambiente e o vínculo estabelecido entre natureza e sociedades ao
longo do tempo em diversas espacialidades são outros focos do eixo que estruturam as etapas e os
objetos de conhecimento em cada momento do percurso formativo.
As relações de trabalho e de poder são outra pilastra do eixo estruturante que permite ao
estudante dimensionar como o poder se expressa nas diferentes relações sociais, em tempos
e espaços distintos, e como o trabalho condiciona a relação dos homens com a natureza e entre si.
O último componente do eixo estruturante traz a dimensão da análise da cidadania e da
interculturalidade para o exame das relações sociais, das relações de poder que os sujeitos
históricos estabelecem no espaço e no tempo em sociedades híbridas, interculturais como a
sociedade brasileira.
Currículo da Cidade – História
Orientações Didáticas

PROFESSOR: PAULO CÉSAR DELOROSO


AULA 3
2
Diagnósticos, Intervenção e Avaliação de Aprendizagem

As crianças chegam à escola já com algumas reflexões sobre tempo,


que se transformam na medida em que novos aspectos são
mobilizados no processo de aprendizagem.

É a forma natural de entrarem em contato com novos conhecimentos.


Gradativamente, as crianças passam a desenvolver reflexões mais
complexas, pensamentos mais elaborados e sínteses mais
globalizantes.

Assim, para as crianças construírem conceitos cada vez mais


complexos, é preciso que elas entrem em contato com as diversidades
temporais, culturais e históricas e com diferentes marcações de tempo
Na medida em que as crianças crescem e conhecem diferentes
épocas históricas, seu entendimento sobre o que seja a história se
modifica, pois suas teorias e concepções tornam-se mais
enriquecidas e seus pensamentos mais elaborados.

Conhecendo o que o estudante já sabe, o professor é capaz de


intervir, de problematizar, de contribuir para que avance em seus
domínios e reflexões.

Para levantar saberes prévios, é possível criar situações diagnósticas


por meio de atividades cotidianas ou em situações específicas nas
quais seja possível analisar o que o estudante sabe para resolver
questões ou problemas.
Nessa perspectiva, no planejamento de avaliações é
recomendável que o professor tenha clareza dos conteúdos
trabalhados:

✓ Que fatos e informações espera que os estudantes


saibam?
✓ Que instrumentos registrarão as atividades que mostrarão
o que sabem?
✓ Que ideias, noções ou conceitos espera que tenham
conquistado? Quais procedimentos espera que eles
dominem?
✓ Quais atitudes, valores, normas e compromissos éticos,
sociais, político?
Diferentes Fontes de Informação nas Aulas de História

Nas aulas de História, há inúmeras oportunidades de uso de


diferentes materiais didáticos.
De modo amplo, podem ser utilizados aqueles produzidos
para fim escolar, e também fontes e materiais diversos
criados para outros desígnios, mas que se transformam em
material de ensino por meio das finalidades dadas a eles
pelo professor.
De uma perspectiva ampla, todo material (textos,
imagens, objetos, mapas, músicas, filmes e outros)
utilizado em sala de aula, para mediar a relação
do estudante com o conhecimento, pode ser
considerado material didático.
Variados materiais podem ser também “facilitadores da
apreensão de conceitos, do domínio de informações e
de linguagens específicas”.
A escolha desses materiais para uso didático em sala de
aula depende de “concepções sobre o conhecimento, de
como o estudante vai aprendê-lo e do tipo de formação”
que lhe oferecemos(BITTENCOURT, 2008, p. 296 - 297).
Metodologia de Uso de
Documento Histórico no Ensino

O jornal, a fotografia, o rádio, o cinema, a


televisão, o vídeo e a divulgação da arte em geral
passaram a estar cada vez mais presentes no
cotidiano dos sujeitos, registrando, interpretando
e criando fatos.
Do ponto de vista pedagógico, cabe a cautela na escolha do
material (que seja significativo para o estudante, desperte
interesse e esteja de acordo com os objetivos específicos),
considerando a importância de favorecer o domínio de conceitos
históricos, de modo que:

(1) auxilie na formulação de generalizações;


(2) seja percebido como registro do passado (percepção de que
os materiais são diversos e que eles podem ser encontrados
em diferentes ações, produções e criações
humanas); e
(3) contribua para a compreensão do processo de produção do
conhecimento histórico.
Pesquisar informações em outras fontes (pesquisa externa ao
documento): o objetivo é criar situações para que o estudante
possa comprovar ou não suas hipóteses, ajudando-o a
compreender melhor e a inserir a obra em seu contexto
histórico, como:

1. situar o documento – autor (pode ser um indivíduo ou um


grupo de trabalhadores) e sua época, título, data em que foi
produzido, local, tipo de imagem (pintura rupestre, mosaico,
grafite e fotografia), temática, compromissos do autor com a
imagem e/ou com o tema da obra, influências sobre o autor;
2. descrever o documento – como foi produzido, processo de
produção e profissionais envolvidos, com quais materiais,
técnicas, existência ou não de um projeto ou esboço anterior,
materiais usados nas cores. O professor leva para a sala de aula
livros e outras fontes que apresentem dados sobre o documento
histórico, mantendo a valorização das hipóteses dos estudantes
e de seu modo de pensar.
A ideia é que os estudantes revejam algumas hipóteses e
formulem outras sem, contudo, ter de substituir simplesmente
suas reflexões anteriores pelo novo já pronto, ficando com a
ideia de que há “certo” ou “errado”.
O que o estudante for capaz de incorporar ao seu repertório,
repensar e refletir deve ser valorizado, e o que não for, não deve
ser rigidamente excluído
3. Interpretar o documento: procurar seu sentido,
função, objetivo, significado para o autor em relação à
época em que foi produzido, o que se fazia com ele,
como ficou preservado, qual seu significado para os
dias atuais.

O professor é novamente aquele que instiga, mas não


exige um único modelo de interpretar.
Provoca, questiona e confronta.
Para organizar informações comuns ao grupo, o
professor pode propor a elaboração de um texto coletivo
Visita a museus

As visitas aos museus podem iniciar com estudos específicos sobre o


que define tais espaços. Uma das alternativas pedagógicas, nesse
sentido, pode ser programar visitas a variados espaços
museológicos, com funções e acervos distintos, com a intenção de
evidenciar suas semelhanças e, ao mesmo tempo, suas diferenças.
Afinal, o que é um museu?
Será que podem ser diferentes entre si?
Questões como essas podem desencadear visitas a diferentes
instituições, o que pode favorecer um trabalho de confrontação de
acervos, dos espaços organizados, das histórias e memórias
preservadas.
Os Eixos Temáticos, os Ciclos, os Anos e as
Situações de Sala de Aula

Para o Ciclo de Alfabetização está sendo proposto o


eixo temático: A criança, a cultura e a história em
diferentes contextos lúdicos, considerando o potencial
de envolvimento das crianças com atividades
significativas e criativas, incluindo estudos dos
brinquedos, das brincadeiras e jogos e dos espaços
de lazer da cidade.
Os Eixos Temáticos, os Ciclos, os Anos e
as Situações de Sala de Aula

No Ciclo Interdisciplinar, o eixo problematizador é “Águas,


cidades, migrações, histórias e culturas”, propondo o estudo
da história do abastecimento de água na cidade, de seus
rios e de outros rios do Brasil e do mundo; o modo de vida
urbano no presente e no passado;
e a história dos processos migratórios e imigratórios como
dado da realidade que interfere nas vivências e identidades
de diferentes populações da cidade de São Paulo
No Ciclo Autoral, o eixo problematizador é cultura, poder e
trabalho na constituição da sociedade contemporânea, no Brasil
e no mundo, buscando refletir:
✓ como as diferentes sociedades se comunicam e se
comunicaram por meio de linguagens e relações de trabalho,
no presente e no passado;
✓ como as contradições sociais evidenciaram as desigualdades
e desencadearam transformações fundamentais nas
conquistas por direitos sociais e políticos, presentes nas
sociedades atuais; e
✓ como o capitalismo se expandiu e se confrontou com outros
modelos de sociedade, interferindo na organização de
populações e classes sociais nos diversos continentes
Currículo da Cidade – História

PROFESSOR: PAULO CÉSAR DELOROSO


QUESTÕES
4
1. “(...)a ideia de que no interior de uma sociedade existem diferentes grupos
sociais e culturais e que existe uma ação deliberada de inter-relações entre
eles. Nesse sentido, é um conceito que evidencia esses convívios e as
transformações desencadeadas por eles, constituindo processos históricos e
dinâmicos de elaborações e reelaborações culturais. Agrega-se a esse
conceito, o de culturas híbridas, que resultam das relações de trocas e de
apropriações culturais entre os grupos humanos, mobilizando a construção de
identidades abertas e em reconstrução permanente (CANDAU, 2012).” Tal
afirmativa, no documento Currículo da Cidade – História refere-se ao conceito
de:

a) cultura;
b) Identidade;
c) Solidariedade;
d) Interculturalidade;
e) Multiculturalidade.
O conceito de história e de cultura promovem análises e confrontações entre
modos de vida no tempo e entre povos, fazendo uso de categorias de
diferenças e semelhanças.
O conceito de interculturalidade incorpora a ideia de que no interior de uma
sociedade existem diferentes grupos sociais e culturais e que existe uma ação
deliberada de inter-relações entre eles.
Nesse sentido, é um conceito que evidencia esses convívios e as
transformações desencadeadas por eles, constituindo processos históricos e
dinâmicos de elaborações e reelaborações culturais. Agrega-se a esse
conceito, o de culturas híbridas, que resultam das relações de trocas e de
apropriações culturais entre os grupos humanos, mobilizando a construção de
identidades abertas e em reconstrução permanente (CANDAU, 2012).
2. Currículo da Cidade: Educação de Jovens e Adultos: História não se coloca numa perspectiva
de estudo cronológico de causa-efeito.
I - Parte-se do local para se colocarem em relevo as especificidades, os embates e as
contradições daquilo que está mais próximo dos estudantes vulneráveis, pobres e que
acabaram de ser expulsos do ambiente escolar ou estiveram longe dele por décadas.
II – Estudam-se os grandes acontecimentos e referenciais históricos das sociedades humanas,
o legado civilizatório como importantes conteúdos para a formação identitária e definições do
mundo atual.
III - As relações sociais concretas são estudadas, buscando-se compreender os caminhos,
soluções e experiências travadas por populações invisibilizadas pelas relações de poder
estabelecidas na sociedade capitalista contemporânea.
Estão de acordo com o documento da área:
a) Todos;
b) Apenas I e II;
c) Apenas II e III;
d) Apenas I e III;
e) Apenas II.
Currículo da Cidade: Educação de Jovens e Adultos: História não se
coloca numa perspectiva de estudo cronológico de causa-efeito.
Parte-se do local para se colocarem em relevo as especificidades,
os embates e as contradições daquilo que está mais próximo dos
estudantes vulneráveis, pobres e que acabaram de ser expulsos do
ambiente escolar ou estiveram longe dele por décadas.

As relações sociais concretas são estudadas, buscando-se


compreender os caminhos, soluções e experiências travadas por
populações invisibilizadas pelas relações de poder estabelecidas na
sociedade capitalista contemporânea.

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