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Caso Prático 1

Maria Luísa caiu em casa quando subia a um banco para chegar a uma caixa de chocolates que tinha no seu
armário de cozinha.

Maria Luísa, na sequência desta queda, fez uma fratura exposta na zona do seu tornozelo e foi
imediatamente encaminhada para o hospital pela equipa de emergência médica que a socorreu 15 min
depois de ter sido chamada por Maria Luísa que, apesar das dores, conseguiu fazer a chamada de
emergência pelo seu telemóvel que tinha no bolso.

Rafael, namorado de Maria Luísa e contacto de emergência desta, foi chamado ao hospital e quando lá
chegou Maria Luísa disse-lhe que estava bem mas que se lembrara que deixara o ferro de engomar ligado
em casa e tem receio que este cause um incêndio, pedindo-lhe que lá fosse de imediato desligá-lo.

Rafael, com a azáfama, esquecera-se de pedir a chave de casa de Maria Luísa, a qual ainda não tinha, pois
apesar de namorarem há dois anos, a Maria Luísa não queria precipitar-se e quer que “as coisas decorram
com calma na relação” e tinha decidido ainda não ser o passo certo para os dois viverem juntos.

Quando Rafael constata que não tem a chave, já está em frente à porta da casa de Maria Luísa. Decidiu,
então, entrar pelas traseiras onde há uma pequena janela junto à porta, partindo a janela o prejuízo será
menor do que ter a casa incendiada devido ao ferro de engomar estar ligado sem supervisão.

Assim o fez.

Contudo, dentro da casa estava a mãe de Maria Luísa que lá tinha ido mudar os lençóis e não sabia ainda
que Maria Luísa estava no hospital.

Assustada com o barulho da quebra do vidro da janela, a mãe de Maria Luísa julgou que a casa da filha
estava a ser assaltada e mal Rafael coloca a mão por dentro da janela partida para alcançar a fechadura da
porta das traseiras e abri-la, a mãe de Maria Luísa pega no ferro de engomar que estava ligado e coloca-o
em cima da mão de Rafael que gritou devido às fortes dores que tal queimadura lhe provocou.

Responda, de forma fundamentada e com apoio legal, às seguintes questões:

1. A mãe de Maria Luísa agiu licitamente?


2. Rafael teria algum direito a ser indemnizado pelos seus danos patrimoniais e por danos
morais que haja sofrido? Se a sua resposta for negativa, imagine que Rafael teria de ser
indemnizado e diga como responderia partindo desse pressuposto.

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