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Igreja Presbiteriana de Antônio Gonçalves - IPAG

Culto de Doutrina – Quinta-feira


Reverendo José Renato do Rosário
17 de Dezembro de 2020 EDIÇÃO Nº:02
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7° MANDAMENTO: NÃO ADULTERARÁS.

Para iniciarmos nosso estudo sobre o 7° Mandamento, vamos analisar as


perguntas 137 a 139 do Catecismo Maior e depois, transcrevemos o texto de Martinho
Lutero sobre este Mandamento. Este texto foi retirado do site www.monergismo.com.
Vejamos as perguntas 137 a 139 do Catecismo Maior de Westminster.
Pergunta 137. Qual é o sétimo mandamento?
R: O Sétimo mandamento é: “Não adulterarás”.

Pergunta 138. Quais são os deveres exigidos no sétimo mandamento?


R: Os deveres exigidos no sétimo mandamento são a castidade no corpo,
entendimento, afetos, palavras e comportamento, e a preservação dela em nós mesmos e
nos outros; a vigilância sobre os olhos e todos os sentidos; a temperança, a conservação
da sociedade de pessoas castas, a modéstia no vestuário, o casamento daqueles que não
têm o dom da continência, o amor conjugal e a coabitação; o trabalho diligente em
nossas vocações; o evitar todas as ocasiões de impurezas e resistir às suas tentações.

Pergunta 139. Quais são os pecados proibidos no sétimo mandamento?


R: Os pecados proibidos no sétimo mandamento, além da negligência dos deveres
exigidos, são o adultério, a fornicação, o rapto, o incesto, a sodomia e todas as
concupiscências desnaturais; todas as imaginações, pensamentos, propósitos e afetos
impuros; todas as comunicações corruptas ou torpes, ou o ouvir as mesmas; os olhares
lascivos, o comportamento imprudente ou leviano; o vestuário imoderado, a proibição
de casamentos lícitos e a permissão de casamentos ilícitos; o permitir, tolerar ou ter
bordéis e a frequentação deles, os votos embaraçadores de celibato; a demora indevida
de casamento; o ter mais que uma mulher ou mais que um marido ao mesmo tempo; o
divórcio ou o abandono injusto; a ociosidade, a glutonaria, a bebedice, a sociedade
impura; cânticos, livros, gravuras, danças, espetáculos lascivos e todas as demais
provocações à impureza, ou atos de impureza, quer em nós mesmos, quer nos outros.

A seguir, transcrevemos o texto de Martinho Lutero sobre este Mandamento.


“Esta obra da castidade incentiva para muitas outras boas obras: para o jejum e a
moderação, contra a comilança e a bebedeira; para a vigília e o levantar cedo, contra a
preguiça e o sono excessivo; para o trabalho e o esforço, contra a moleza. Pois comer e
beber demais, dormir muito, viver na preguiça e na moleza são armas da impureza, com
as quais é dominada rapidamente a castidade. Por outro lado, o santo apóstolo São
Pedro chama o jejum, a vigília e o trabalho de armas divinas (cf. 2 Coríntios 6:5,7;
Romanos 6:12s). Domina-se a impureza com esse, mas de tal forma que a prática dos
mesmos não vá além do necessário para abafar a impureza, e não para arruinar a
natureza.

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Igreja Presbiteriana de Antônio Gonçalves - IPAG
Culto de Doutrina – Quinta-feira
Reverendo José Renato do Rosário
17 de Dezembro de 2020 EDIÇÃO Nº:02
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Acima de tudo isso, a defesa mais forte está na oração e na palavra de Deus.
Quando o mau desejo se manifesta, a pessoa deve refugiar-se na oração, invocar a graça
e a ajuda de Deus, ler e medita o Evangelho, observar nele os sofrimentos de Cristo.
Assim diz o Salmo 137:9: “Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a
pedra”. Isto é, se o coração com os maus pensamentos – enquanto ainda foram jovens e
estiverem no começo – corre para o Senhor Cristo. Este é uma rocha na qual eles são
desgastados e desaparecem.
Cada um, sobrecarregado consigo mesmo, encontrará o suficiente para fazer e
ganhará muitas boas obras. No entanto, o que vem acontecendo agora é que ninguém
ora, jejua, vigia e trabalha para esse fim. Deixam isso ser obras em si mesmas, enquanto
deveriam estar destinadas ao cumprimento das obras deste mandamento e à purificação
crescente diariamente.
Alguns ainda apontaram outras coisas a serem evitadas, como leito macio e roupa
confortável, embelezamento supérfluo, a companhia, conversa e imagem de mulher ou
homem e o que mais possa promover a castidade.
Nisso tudo ninguém pode ficar uma regra e medida certas. Cada qual precisa
considerar quais as obras, em que quantidade, com que duração elas contribuem para a
castidade, escolhendo-as e observando-as ele próprio. Se não puder, deve submeter-se
por algum tempo à orientação de uma outra pessoa, que o mantenha até que seja capaz
de orientar-se a si mesmo. Para ensinar disciplina e pureza à juventude foram fundados
os mosteiros antigamente.”

O estudo deste Mandamento precisa chegar até o Novo Testamento e mais


especificamente ao texto de Mateus 5.27-32.

“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho
direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos
teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te
faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros,
e não vá todo o teu corpo para o inferno. Também foi dito: Aquele que repudiar sua
mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua
mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e
aquele que casar com a repudiada comete adultério.”

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