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Igreja Presbiteriana de Antônio Gonçalves - IPAG

Culto de Doutrina – Quinta-feira


Reverendo José Renato do Rosário
24 de Janeiro de 2021 EDIÇÃO Nº:02
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9° MANDAMENTO:
NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO.
Para iniciarmos nosso estudo sobre o 9° Mandamento, vamos analisar as perguntas 143 a 145
do Catecismo Maior e junto, apresentamos o comentário dessas perguntas feito pelo Rev. Onezio
Figueiredo, comentário que foi retirado do site www.ebenezer.org.br .
Vejamos as perguntas 143 a 145 do Catecismo Maior de Westminster e em verde o comentário
do Rev. Onezio.
Pergunta 143. Qual é o nono mandamento?
R: O nono mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”.

O nono mandamento tem uma dimensão especial e outra geral. A especial refere-se ao
testemunho em juízo ou perante o corpo sacerdotal contra o próximo ou irmão de nacionalidade e
crença. A geral é o pronunciamento, conceito ou juízo de valor contra o semelhante, envolvendo-o,
comprometendo-o particular, social e publicamente.

Pergunta 144. Quais são os deveres exigidos no nono mandamento?


R: Os deveres exigidos no nono mandamento são: conservar e promover a verdade entre os homens e a
boa reputação de nosso próximo, assim como a nossa; manter e defender publicamente a verdade, e
dizê-la sincera, livre, clara e plenamente do coração, e em questões de julgamento e justiça e em todas
as mais coisas, quaisquer que sejam, dizer a verdade e só a verdade; julgar caridosamente os nossos
semelhantes; amar, desejar e ter regozijo pela sua boa reputação; entristecer-nos pelas suas fraquezas e
encobri-las; mostrar franco reconhecimento dos seus dons e graças; defender a sua inocência; receber
prontamente boas informações a seu respeito e rejeitar as que são maldizentes, lisonjeadoras e
caluniadoras; prezar e cuidar da nossa boa reputação e defendê-la quando for necessário; o cumprir as
promessas lícitas; o estudar e praticar tudo o que é verdadeiro, honesto, amável e de boa fama.

SÍNTESE DOS DEVERES EXIGIDOS


a) Conservar e promover a verdade em nós, no grupo em que vivemos, onde exercemos
influência.
b) Manter e defender publicamente a verdade enquanto, por outro lado, nega-se e abomina-se a
mentira, mesmo sendo ela de cunho “caridoso”.
c) Dizer a verdade em quaisquer situações, inclusive nos inquéritos policiais, perante o juiz e
diante dos tribunais.
d) Ser justo, mas também piedoso e tolerante, com as pessoas que erram, pois todos os seres
humanos estão sujeitos a erros, mas são, por outro lado, passíveis de recuperação.

Pergunta 145. Quais são os pecados proibidos no nono mandamento?


R: Os pecados proibidos no nono mandamento são: tudo quando prejudica a verdade e a boa
reputação de nosso próximo, assim como a nossa, especialmente em julgamento público, o testemunho
falso, subornar testemunhas falsas; aparecer e pleitear cientemente a favor de uma causa má; resistir e
calcar à força a verdade, dar sentença injusta, chamar o mau, bom e o bom, mau; recompensar os maus
segundo a obra dos justos e os justos segundo a obra dos maus; falsificar firmas, suprir a verdade e
silenciar indevidamente em uma causa justa; manter-nos tranquilos quando a iniquidade reclama a
repreensão de nossa parte, ou denunciar outrem, falar a verdade inoportunamente, ou com malícia,
para um fim errôneo; pervertê-la em sentido falso, ou proferi-la duvidosa e equivocadamente, para

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Culto de Doutrina – Quinta-feira
Reverendo José Renato do Rosário
24 de Janeiro de 2021 EDIÇÃO Nº:02
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prejuízo da verdade ou da justiça; falar inverdades; mentir, caluniar, maldizer, depreciar, tagarelar,
cochichar, escarnecer, vilipendiar, censurar temerária e asperamente ou com parcialidade, interpretar.
de maneira má as intenções, palavras e atos de outrem, adular e vangloriar, elogiar ou depreciar
demasiadamente a nós mesmos ou a outros, em pensamentos ou palavras; negar os dons e as graças de
Deus; agravar as faltas menores; encobrir, desculpar e atenuar os pecados quando chamados a uma
confissão franca; descobrir desnecessariamente as fraquezas de outrem e levantar boatos falsos;
receber e acreditar em rumores maus e tapar os ouvidos a uma defesa justa; suspeitar mau; invejar ou
sentir tristeza pelo crédito merecido de alguém; esforçar-se ou desejar o prejuízo de alguém; regozijar-
se na desgraça ou na infâmia de alguém; a inveja ou tristeza pelo crédito merecidos de outros;
prejudicar; o desprezo escarnecedor; a admiração excessiva de outrem; a quebra de promessas
legítimas; a negligência daquelas coisas que são de boa fama; praticar ou não evitar aquelas coisas que
trazem má fama, ou não impedir, em outras pessoas, tais coisas, até onde pudermos.

SÍNTESE DOS PECADOS PROIBIDOS NO NONO MANDAMENTO:


a) Difamação. Não se deve difamar ou denegrir a pessoa do próximo. Se sua vida moral
prejudica a própria imagem, o ônus fica sobre si mesma. Os atos de quem difama maculam sua própria
imagem; a lama da difamação suja o difamador.
b) Julgamento falso: atribuir a uma pessoa defeito que ela não tem e imputar-lhe erros e falhas
que não cometeu. O falso juízo é diabólico, absolutamente impróprio a um regenerado. Julgando
falsamente, seremos julgados pela injustiça do juízo temerário. O vírus da falsidade destrói a
fraternidade.
c) Depoimento falso. Em hipótese alguma o servo de Cristo pode prestar em juízo falso
testemunho, mesmo que seja para livrá-lo da cadeia, poupar a honra e os bens da família, preservar a
existência pessoal. Não se defende o bem com o mal. Ocultar um crime ou proteger um criminoso é
acoitamento e conivência. A verdade tem de ser dita incondicionalmente.
d) Pleitear em favor de causas más. O juiz evangélico tem suas limitações humanas naturais,
mas deve esforçar-se o máximo para conhecer profundamente a causa sobre a qual arbitrará.
Conscientemente um magistrado verdadeiramente cristão não julga falsamente. Por outro lado, um
advogado, servo do Senhor, deve recusar a defesa de criminosos perversos, matadores profissionais,
aqueles que eliminam as vítimas com requinte de crueldade e, muitas vezes, por motivos fúteis ou sem
motivo algum.
Exemplo: o que sequestra, estupra e mata, e ainda recebe o dinheiro destinado ao resgate do
sequestrado. Ninguém pode ser condenado sem direito de defesa, mas há causas indefensáveis. O
pleito judicial iníquo macula o direito, avilta a justiça, desvirtua o arbítrio.
e) Covardia. Não se definir em favor do bem e dos bons em situações de conflito, em
momentos difíceis e críticos, quando a verdade estiver sendo negada, a injustiça praticada, a injúria
cometida, pessoas incautas e inocentes ludibriadas, os justos penalizados, é covardia intolerável.
Somos defensores da verdade e combatentes da mentira.
f) Caluniar e maldizer. O redimido não pode falsear a verdade, omiti-la, mentir, escarnecer,
vilipendiar, censurar temerária e asperamente ou com parcialidade. A calúnia é uma mentira
contundente, venenosa, destrutiva, revestida de perversa malignidade.
g) Discriminar. No corpo uno da Igreja não se há de registrar discriminação, acepção de
pessoas, dois pesos e duas medidas nos tratos sociais, nos atos comportamentais, nas resoluções. A cor
da pele, a pobreza e a ignorância não são estados ou condições denegridores do caráter.
Resumindo: O ocultamento ou falseamento da verdade, o falso testemunho, o perjúrio e a
detração são ofensas a Deus pela quebra do nono mandamento, opróbrios aos eleitos e ignomínia
diante do santíssimo tribunal divino.

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