É muito fácil nos posicionarmos como juízes das vidas alheias. Opinarmos em assuntos que não nos dizem nenhum respeito. Nos arvorarmos isso ou aquilo apenas da boca para fora. Reprocharmos a postura do semelhante. Nos intrometermos na vida do outro, trazendo a tona os defeitos da pessoa. Emitirmos conselhos e juízos na educação dos filhos que não são nossos. Analisar famílias das quais não pertencemos. Apontar vícios nos outros. Criticar o trabalho alheio sem estar de pose da informação sobre as dificuldades envolvidas na obra. Tomar partido apaixonado num dos lados de uma contenda, sem cuidadosamente conhecer toda a verdade que envolve o assunto. Ocultar fatos em favorecimento de si mesma. Pedir calma a quem está sendo duramente perseguido. Receitar serenidade para quem passa por desafios dolorosos. Apontar o dedo e acusar sem deter prova alguma. Enganar os de boa-índole. Mentir em causa própria. Pisar e acossar alguém inferior, estando numa posição acima e pri- vilegiada. Agredir alguém mais fraco. Jogar a culpa num subalterno humilde. Abusar da inocência dos outros. Arbitrar sandices aos que nos temem. Jogar pessoas umas contra as outras, usando do veneno da discór- dia. Influenciar negativamente as mentes jovens e ingênuas. Usurpar os direitos dos simples e explorados. Sim, meus caros, certas condutas do ser humano são tão fáceis de praticar. Para se agir de forma descompromissada, inconsciente, irrespon- sável e insensata, às vezes, basta apenas, abrir a boca! Difícil mesmo é temperar o íntimo, disciplinando-o aos comporta- mentos virtuosos, sadios e irrepreensíveis. Difícil é silenciar e buscar o equilíbrio no momento maior da cóle- ra. É nos manter neutros nas questões que não nos dizem nenhum respeito. É dominarmos a língua. É sermos humildes e reconhecermos os nossos erros. É aceitarmos as nossas falhas. É distinguir e debelar os próprios vícios. É não criticarmos ou falarmos mal do outro nas suas costas. É educarmos corretamente os nossos próprios filhos. É assumirmos a nossa culpa, por mais dura que seja a reprimenda, sem a jogarmos sobre os outros. É nos curar, nos libertando dos caprichos. É resolver com amor as diferenças familiares. É saber reconhecer o esforço alheio. É elogiar o trabalho do outro, distinguindo as dificuldades nele en- volvidas. É revelar fatos que venham até a prejudicar a si mesma, mas que são o reconhecimento da verdade. É mostrar sensatez nos momentos da raiva. É ter fé e acreditar, quando ninguém mais crê. É perdoar quando ainda existe mágoa. É se levantar na frente dos mais fortes, na defesa dos mais fracos. É nunca abusar dos ingênuos. É favorecer os desfavorecidos. É não descriminar a ninguém. É fomentar a concórdia no meio discordante. É amar aqueles que nos perseguem, difamam e nos odeiam.
Logo meus filhos, há coisas tão fáceis de serem perpetradas, mas
que trazem prejuízos incalculáveis à alma. Outras, já requerem discipli- na, amadurecimento, bondade, discernimento e razão, por isso mesmo, difíceis para os homens imediatistas, que vivem a mercê das emoções baratas. Que possamos viver de virtudes, suplantando as nossas tantas im- perfeições e enganos, vencendo-os pela força da compreensão na res- ponsabilidade imensa das nossas atitudes e comportamento.
Anastácia Mensagem psicografada na sessão mediúnica do dia 27 de março de 2023, na Man- são do Caminho, pelo médium Jorge Antônio