Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
sobre algo que ela desconhece (NÉRICI, 1985). Podemos observar que o ensino está
Proximidade: a instrução deve considerar a realidade cotidiana do instruendo, para que ele
possa aplicá-lo de imediato.
• 2. 60% dos casos de morte de policiais, estes se encontravam tão despreparados para a situação,
que morreram sem sequer retirar suas armas dos coldres e 40% morreram mesmo sacando suas
armas. Dos policiais mortos, somente 27% conseguiram reagir atirando de volta e destes últimos,
menos de 50% conseguiram atingir seus agressores e apenas 30% dos agressores atingidos
foram neutralizados. Ou seja, do universo de policiais mortos, menos de 30% chegaram a disparar
e apenas cerca de 10% conseguiram acertar seus agressores, sendo que no máximo 3% dos
casos, os agressores foram neutralizados.
• 3. 20% dos policiais mortos acabaram sendo executados com suas próprias armas, tomadas de
suas mãos ou de seus coldres. (situação de Medianeira, abordado toma arma do PM, mata ele e
depois mata o companheiro).
1ºTen. QOPM Gutierrez
• 4.85% dos confrontos armados acontecem em distâncias de no máximo seis
metros e o tempo médio dos confrontos armados não ultrapassam três
segundos e são disparados mais de dez tiros até que o confronto acabasse.
• 5. Mais de 60% dos agressores neutralizados conseguem descarregar totalmente suas armas
até que sejam neutralizados, e dos disparos realizados por ambos os lados, a cada seis tiros
que são efetuados durante o confronto, somente um projétil acerta o corpo do oponente, mas
na maioria dos casos não neutralizam o agressor.
• Este estudo caracteriza o que defendo há anos nos treinamentos policiais. O treinamento de tiro para
Agentes de Segurança Pública deve ser intensificado ao extremo. O Tiro Tático Policial é a chave para
preparação do agente para os confrontos policiais. O estudo do FBI é bem claro e traduz o que defendo .
Em um tiroteio policial vence quem atirar mais rápido e mais preciso. O tiro tático policial caracteriza-se
pelo tiro em movimento baseado na velocidade e precisão. Este preparo do agente fará a diferença. A
habilidade e domínio desta técnica é fundamental e fará a diferença durante os confrontos. É importante que
as instituições responsáveis pela formação dos Agentes de Segurança Pública intensifiquem este
treinamento, pois esta é a solução correta, agora fundamentada em estudos científicos feito por uma
instituição chamada FBI.
Não é de ontem que muito instrutores de armamento e tiro vêm mostrando que o Stopping Power e o
estudo de Marschall e Sanow estão sendo superados por novos estudos. Se esses autores tinham como
critério para o estudo “a vítima, quando atingida, entra em colapso antes de fazer algum disparo ou
expressar uma outra reação de ataque ou fuga; a vítima/oponente, quando atingido, não poderia se
deslocar mais do que três metros antes de entrar em colapso”, para determinar a efetividade de uma
determinada configuração de munição, os estudos recentes utilizam outros critérios, a capacidade de
penetração do projétil, o diâmetro produzido por sua lesão e o ponto de impacto do tiro, para verificar a
possibilidade da incapacitação física do indivíduo. Nem vou entrar no mérito da incapacitação psicológica,
pois foge da proposta desse artigo.
• O ponto de impacto do seu tiro é o resultado direto da sua habilidade de operação do armamento sob
determinadas condições, que podem variar conforme o contexto em que você está aplicando esse tiro.
Essa habilidade varia conforme a quantidade e a qualidade do seu treinamento. Nessa linha, vamos
entrar no aspecto qualidade, que está ligado à forma como você treina e qual é o feedback que você
recebe sobre a sua performance.
É idêntica à base de luta, ou seja, firme e estável. As pernas devem ficar ligeiramente abertas (no
máximo na largura dos ombros), com a perna oposta à lateralidade predominante do atirador posicionada
um passo à frente e um pouco flexionada, a fim de permitir uma posição estável para o disparo,
observando-se sempre o centro de gravidade do corpo. O tronco, como de qualquer lutador, deve ficar
ligeiramente inclinado para frente, fazendo com que os ombros tangenciem uma linha imaginária vinda do
joelho. Ressaltasse a importância do tronco estar voltado totalmente a frente da sua ameaça (tiro indexado)
para maximizar a eficácia do colete. A posição de luta também auxilia para melhora do movimento corporal
considerando que num confronto armado movimento é vida (explicar sair do “x” e a importância de outros
conhecimentos táticos e técnicos como o por exemplo “car system” e quebrar o ciclo “oda” do oponente). O
tronco ligeiramente a frente auxilia teoricamente no recebimento de impacto de projéteis.
Se considerarmos uma situação onde será realizado apenas um único tiro, no estande, em um alvo
distante, a empunhadura vai mais ajudar ou atrapalhar?
Se considerarmos uma situação onde será realizado apenas um único tiro, no estande, em um alvo
distante, a empunhadura vai mais ajudar ou atrapalhar?
Com base no relato acima, posso te dizer com muita tranquilidade, que a maior probabilidade é de
atrapalhar. (atirador olímpico de precisão utiliza uma mão para o disparo).
Todo e qualquer movimento que você fizer por expectativa do disparo, vai prejudicar seu resultado
no alvo.
A empunhadura deve ser “alta”, ou seja, as mãos devem estar posicionadas o mais alto possível, a
fim de minimizar a ação do ferrolho durante o disparo. A mão forte (direita para o destro e esquerda para o
canhoto) empunha a arma com o espaço entre o polegar e o indicador, encaixando na parte superior do
punho (beaver tail). O dedo polegar permanece apontando para cima até o encaixe da mão de apoio. Os
outros três dedos que seguram o punho da arma devem fazer força suficiente para manter a mesma bem
firme na mão, mas sem apertá-la. O dedo indicador permanecerá estendido ao longo da armação. Na
mão de apoio (contrária à mão forte) o polegar fica ao lado da armação, direcionado para frente, e os
outros quatro dedos se posicionam sobre os dedos da mão forte, fazendo pressão contra estes. Depois
de encaixada a empunhadura, ao mesmo tempo em que a mão forte conduz a arma em direção ao alvo, a
mão de apoio faz uma leve pressão em sentido contrário. Com este movimento a arma chegará
estabilizada na linha de visada.
O fundamento Visada possui um papel importante na execução dos tiros. Numa abordagem bastante
simples, é ela quem vai garantir o alinhamento da arma com o alvo, seja lá qual for a técnica de visada
que você estará aplicando.
A visada consiste no alinhamento do aparelho de pontaria com o alvo. Já a linha de visada é a linha
imaginária, que sai do olho do atirador, passa pelo aparelho de pontaria e chega no alvo. O aparelho de
pontaria de uma arma é composto de alça de mira (parte de trás) e massa de mira (parte da frente). Os
olhos devem estar completamente abertos. Contudo nos casos de tiro de precisão, para os atiradores que
apresentem extrema dificuldade em realizar a visada correta com os dois olhos abertos, admite-se fechar
o olho não dominante. Para o tiro em luminosidade normal, deve ser considerado o alinhamento da parte
superior do aparelho de pontaria, ou seja, os topos da alça com o topo da massa, ou o alinhamento dos
pontos de trítio, sendo que estes últimos servem também para orientar o tiro em baixa luminosidade, caso
a pistola disponha desse acessório. Quando alinhado o aparelho de pontaria no alvo (A-M-A, onde A
representa Alça; M representa Massa e A indica Alvo), a base do ponto de impacto tangenciará o topo da
alça de mira e da massa de mira alinhados.
1ºTen. QOPM Gutierrez
VISADA
O acionamento do gatilho deve ser feito de forma gradativa e com pressão constante do dedo
indicador sobre o mesmo. Não esquecer que, enquanto se pressiona o gatilho, não se descuida do
alinhamento A-M-A. Ambos os fundamentos andam de “mãos dadas”. Posicionar a metade da primeira
falange sobre a tecla do gatilho, e conduzi-lo de maneira lenta e constante (no tiro em visão primária) e
rápida e constante (no tiro rápido), buscando manter a arma estabilizada até o momento em que ocorrer o
disparo. Entende-se por arma estabilizada, a manutenção do aparelho de pontaria alinhado (A-M-A)
enquanto o gatilho é acionado. Além de acioná-lo da forma acima descrita, ou seja, de maneira lenta ou
rápida, porém constante, o atirador deverá pressioná-lo para trás e para o centro, e não para trás e para
os lados. Outra observação, a força a ser empregada no acionamento do gatilho será exercida pelo dedo
indicador da mão forte, e apenas ele se movimenta. Não dever ser empregada a força de toda a mão, ou
seja, a mão forte não esmaga o punho durante o acionamento do gatilho. Este é considerado o principal
fundamento do tiro.
1ºTen. QOPM Gutierrez
RESPIRAÇÃO
O controle de respiração é aplicado apenas para tiros de precisão. Quando for aplicada, o atirador
deve realizar uma inspiração normal e, durante a expiração, quando atingir um estágio confortável (isso
ocorre quando aproximadamente 90% do ar dos pulmões foi expelido), segurar a respiração para efetuar
o disparo. O tiro deverá ocorrer no espaço de três a oito segundos. Transcorrido este pequeno espaço de
tempo, o corpo passará a exigir oxigenação, o que pode causar desde pequenos tremores até o
turvamento da visão. Neste caso, o atirador deve optar por abortar o tiro e recomeçar o procedimento de
respiração. A técnica da respiração não é empregada no tiro rápido.
Durante uma reação armada, esse fundamento tem como principal missão manter o corpo oxigenado.
Sem entrar muito em detalhes de tipos de respiração, momento de disparar, minha única dica é:
Isso poderá te levar ao “apagão”, caso você corte o suprimento de oxigênio quando o corpo mais precisa.
Existe uma grande probabilidade de identificar o erro cometido pelo atirador através do impacto no alvo. Mas
isso é apenas uma probabilidade. Para você entender o que está provocando o erro, é necessário fazer um
exercício mental de todas as possibilidades de erro que o atirador possa cometer, para então realizar uma
análise detalhada do atirador. O erro mais comum é o tiro para baixo. Geralmente causado pela expectativa
do atirador em relação ao tiro. Seguindo a orientação do QUADRO DE ANÁLISE DE TIRO DE ARMA CURTA,
teremos três possibilidades:
• Jeff Cooper, considerado o pai do tiro de combate, dizia que o único pensamento do atirador, durante
um confronto, deveria ser o foco na maça de mira e a pressão do gatilho.
• Assim, todo treino ou curso deve conter o tiro preciso antes e/ou depois da atividade principal, como
forma de lembrar o atirador de que rapidez sem controle e eficácia não é nada. Pois “mais vale o buraco
de um .22 do que o vento de uma .45”, como comentou um amigo.
• Como manter ou melhorar a precisão no tiro rápido, sem perder de vista o conceito do TP? Se durante um treino,
você cometer um erro de procedimento, não prossiga. Coldreie e reinicie a dinâmica. Quando todos os
procedimentos forem feitos com rapidez e corretamente e sua arma estiver em frente ao seu rosto, faça uma breve
pausa antes de acionar o gatilho. É uma pausa rápida apenas para que você (sua consciência) perceba se está tudo
certo antes do disparo.
• Outra dica: você não precisar disparar em alvos do tipo Fogo Central para treinar os fundamentos. Você pode
desenhar figuras geométricas ou pontos numa folha de papel A4 ou pode imprimir o alvo Dot Torture. Finalmente,
muito do TP pode ser feito em casa treinando a seco.
A resposta certa é O ATIRADOR. É para ele que o instrutor deverá voltar sua atenção com olhar muito atento. Se
você não é um instrutor, você pode filmar para fazer essa identificação da falha, (ajude seus companheiros, eu
autorizo que permaneça do lado para filmar seu colega atirando, assim ele mesmo poderá identificar seu erro).
Você deverá definir uma zona-alvo onde deverá agrupar seus tiros conforme o contexto do tiro que está
aplicando. Essa zona pode variar de tamanho conforme o nível de dificuldade, distância, movimento, velocidade
da série de tiros, etc.
Com essa zona-alvo definida, você vai analisar os impacto quanto a dois aspectos: Exatidão (ou acurácia) e
Precisão.
• Importante: O agrupamento de tiro fora da região central tem uma ou mais causas concorrentes. Um
agrupamento no centro pode ser o resultado de dois erros cometidos que se anulam, como por exemplo
a visada alta com a torção do pulso (já vi acontecer).
• Um dos objetivos que busco nas instruções é tornar o atirador totalmente autônomo nas correções de
técnicas e disparos, mas para isso, é essencial que ele entenda como a máquina funciona, numa visão
bastante cartesiana, procurando identificar o ponto de falha para autocorreção.
1. Análise do Alvo; identificar o erro cometido pelo atirador através do impacto no alvo.
2. Identificação da Falha; No momento em que o instrutor volta sua atenção para o atirador, ele deve
observá-lo sem sequer piscar os olhos (força de expressão). Você deve fazer dos olhos câmeras de qualidade
cinematográfica. Seu propósito é buscar a informação, decifrar o fenômeno que está causando o erro.
4. Propriocepção no Erro; Após entender o que está acontecendo, o atirador deve perceber o erro no
momento em que ele ocorre. O termo Propriocepção está relacionada a capacidade de reconhecer a localização
espacial do corpo, as forças exercidas e a posição de cada parte do corpo, sem utilizar a visão.
5. Autocorreção. A partir do momento em que o atirador sabe que erro está cometendo e percebe quando isso
aconteceu, ele terá a capacidade de exercer o autocontrole para que não cometa o erro novamente.
Ao final da aplicação do método, o atirador deverá ser capaz de corrigir seus erros de modo autônomo, através da
identificação, do entendimento dos fenômenos relacionados ao erro cometido e do autocontrole para aplicação
correta da técnica. 1ºTen. QOPM Gutierrez
COMO TREINAR NA PISCINA E NADAR COM OS TUBARÕES?
• Talvez você acredite que todas as habilidades que você treina no estande(piscina) sejam aplicáveis no
mundo real durante uma situação de confronto armado(nadar com tubarões).
• Existem algumas máximas que envolvem o treinamento com armas de fogo, uma delas é o
PARADOXO DO TREINAMENTO DE SOBREVIVÊNCIA, no qual suas habilidades e desempenho em
treino são afetadas por alguns fatores emocionais, psicológicos e fisiológicos. Este Paradoxo aponta
para uma discrepância entre o TREINAMENTO e a REALIDADE, logo nem tudo o que você pratica no
estande será espelhado numa situação crítica de vida ou morte.
2. Jamais aponte uma arma, carregada ou não, para qualquer coisa ou alguém que
você não pretenda acertar;
3. A arma jamais deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança
quanto a um disparo acidental;
5. Mantenha seu dedo longe do gatilho até que você esteja realmente apontando
para o alvo e pronto para o disparo; ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre
com o dedo fora do gatilho;
Regras Gerais de Segurança
6. Certifique-se de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza;
7. Nunca deixe uma arma de forma descuidada. Guarde armas e munições fora do
alcance de crianças;
10. Carregue e descarregue a arma com o cano apontado para uma direção
segura;
Regras Gerais de Segurança
11. Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo por alguns
segundos. Em alguns casos, pode haver um retardamento de ignição do cartucho;
13. Sempre que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada e
aberta;
15. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada para o tiro, esteja
absolutamente seguro de que não a está apontando para qualquer parte de seu
corpo ou de outras pessoas ao seu redor;
Regras Gerais de Segurança
16. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver
atirando. Caso perceba algo de anormal com o recuo ou o som da detonação,
interrompa imediatamente os disparos; verifique cuidadosamente a existência de
obstruções no cano; um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente
removido, mesmo em se tratando de lama, terra, excessiva quantidade de graxa,
etc., A fim de evitar danificações à arma;
17. Nunca transporte uma arma no bolso ou no cós da calça. Use a embalagem
apropriada ou o respectivo coldre com fecho de segurança;
Regras Gerais de Segurança
18. Obedeça sempre ao comando do instrutor, fazendo aquilo que for ordenado;
21. Em caso de incidente com a arma, tente resolver. Caso não consiga,
permaneça com a arma apontada em direção ao alvo e levante o braço oposto
para que o instrutor possa atendê-lo;
Regras Gerais de Segurança
VÍDEO
DESERT
EAGLE
Regras Gerais de Segurança
TIRO - Armas de Porte
PROTETOR AURICULAR
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
ÓCULOS DE PROTEÇÃO
COLETE BALÍSTICO
• ARMAS causam reações diferentes em cada indivíduo, podendo ser,
inclusive, que alguns deles não se adaptem com elas e, por isso, não
possam ser Policiais Militares. Assim sendo, a dedicação não pode ser
confundida com compaixão. Para o bem do próprio do instruendo, assim
como de seus companheiros e da comunidade em que vai atuar, não
atingir o nível mínimo em uma avaliação tem que ser sinônimo de
reprovação sumária. É uma questão de responsabilidade legal e moral do
Instrutor.