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CURITIBA
2016
FABRÍCIO SILVESTRI PIZZANO
CURITIBA
2016
FABRÍCIO SILVESTRI PIZZANO
Banca Examinadora
Orientador: Dr(a).________________________________
Faculdade de Educação Superior do Paraná
Prof(a).
Dr(a).________________________________
Faculdade de Educação Superior do Paraná
Prof(a).
Dr(a).________________________________
Faculdade de Educação Superior do Paraná
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................13
1 GOVERNO LULA 2002-2010 ...........................................................................15
1.1 NÍVEL DE RENDA ENTRE AS CLASSES SOCIAIS........................................15
1.2 NÍVEL DE EMPREGO......................................................................................23
1.3 PIB E INDICADORES SOCIAIS.......................................................................26
1.3.1 Expectativa e qualidade de vida ...................................................................29
1.3.2 Mortalidade infantil e saneamento básico ...................................................31
1.3.3 Saúde e educação ..........................................................................................33
1.3.4 Linha de pobreza ............................................................................................36
2 POLÍTICA MACROECONÔMICA DE LULA ...................................................39
2.1 NÍVEL DE INVESTIMENTO .............................................................................39
2.2 COMPORTAMENTO DOS IMPOSTOS, SUBSÍDIOS E TRIBUTOS ...............40
2.3 COMPORTAMENTO DOS INDICADORES DA INDÚSTRIA ............................41
2.4 VIAGENS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL ...............................43
2.5 IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES ................................................................44
2.6 NÚMERO DE EMPRESAS QUE NASCERAM E AS QUE FORAM À FALÊNCIA
..................................................................................................................................48
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................50
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INTRODUÇÃO
privada. Tal fato gerou um revés pois a instituição privada não consegue manter a
qualidade dos tempos predecessores.
O objetivo principal é traçar uma análise das políticas de distribuição de renda
adotadas no Brasil no período e apresentar uma revisão de literatura sobre políticas
de distribuição de renda. Os objetivos específicos são apontar dados sobre as
variáveis do nível de renda entre as classe sociais bem como os níveis de emprego
e investimento; analisar o comportamento dos indicadores da indústria nos dois
mandatos do governo Lula tal qual do PIB, impostos e subsídios; avaliar a conduta
da sociedade em relação às viagens internacionais e exteriorizar o número de
empresas que nasceram e as que foram em falência.
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Classe AB. De acordo com as últimas Pnads, de 2003 a 2009, 6,6 milhões
de pessoas ascenderam para as classes A e B, com crescimento de
39,60% de sua participação na população.
Classe C. A mesma que atingia 37,56% da população brasileira, em 2003,
passa a 50,45% em 2009, ou 94,9 milhões de brasileiros em famílias com
renda acima de R$ 1.200,00 até R$ 5.174,00 mensais, a classe dominante
no sentido populacional. Esse crescimento acumulado de 34,34%, no
período de seis anos, traduzido em termos de população, equivale a dizer
que 29 milhões de brasileiros, que não eram, passam a ser C nos últimos
anos, desde 2003.
Classe D. A proporção de pessoas na classe D era 23,62% em 2009,
atingindo 44,4 milhões de brasileiros com renda desde R$ 751,00 mensais
até o limite da classe C. Quanto ao movimento, houve redução de 2,5
milhões de pessoas, se considerarmos o período de seis anos terminado
em 2009.
Classe E. No grupo de renda familiar mais baixa, de até R$ 751,00 mensais,
equivalente à pobreza, em nossa metodologia, há uma tendência de queda
desde o fim da recessão de 2003, quando o grupo foi reduzido em 45,5%.
Ou seja, cerca de 20,5 milhões de pessoas cruzaram a linha de miséria.
Como resultado disso, temos 28,8 milhões de miseráveis (15,32% da
população5) que seriam quase 50 milhões de pessoas se a miséria não
tivesse caído desde 2003.
GRÁFICO 1 - TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 2001 – 2008
(por décimos da distribuição)
Fonte: Estimativas produzidas pelo Ipea, com base na Pnad de 2001 a 2008.
Segundo a Pnad, entre 2001 e 2009 a renda per capita média brasileira
subiu 23,7% em termos reais. Isto é, descontando a inflação e o
crescimento populacional, o desempenho médio tupiniquim esteve longe de
ser um grande espetáculo do crescimento.
Nesses oito anos (de governo Lula), a renda dos 10% mais pobres no Brasil
subiu 69,08% no período. Esse ganho cai paulatinamente conforme nos
aproximamos do topo da distribuição, atingindo 12,8% entre os 10% mais
ricos, taxa de crescimento mais próxima da média que a dos pobres.
(...) Em nossa classificação, uma família que tem renda total de R$ 1.500,00
mensais, dividida entre dez membros, digamos, será dedicada
exclusivamente à subsistência de seus membros, é considerada pobre,
enquanto outra, composta de uma única pessoa, terá a condição de
comprar alguns bens ou serviços considerados supérfluos.
Entre 2003 a 2009, a renda per capita média do brasileiro cresceu 4,72% ao
ano em termos reais (...) passando de R$ 478,00 para R$ 630,00 por mês.
A fonte de renda que mais cresceu foi a de programas sociais (12,9%)
influenciada pela expansão do Bolsa Família, criado em 2003. (...) Os
efeitos dos reajustes do salário mínimo, que cresceu mais de 45% neste
período, pressionaram o valor da base de benefícios. (...) A renda do
trabalho corresponde a 76% da renda média percebida pelo brasileiro e de
lá saiu 75,3% do ganho de renda observado.
1
Em uma casa legislativa o termo, que significa "resolução não vinculativa", refere-se a
medidas que não se tornam leis.
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Fonte: IBGE (Inflação IPCA), DIEESE (Cesta Básica), Revista Exame (PIB).
pobre da população brasileira cresceu a uma taxa 318% mais alta que a dos
10% mais ricos entre 2001 e 2009.
Fonte: Contas Regionais do IBGE. 2012, último dado oficial. PR consultoria, dados
elaborados.
O Brasil cresce pouco mas com qualidade. Ao final do período Lula, o Brasil
aproximou-se da média de crescimento econômico do mundo. GREMAUD,
VASCONCELLOS, JÚNIOR (2009, p. 500) levanta uma análise ponderosa ao
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teorizar acerca das taxas de crescimento dos governos FHC e Lula equiparando
com as taxas de crescimento mundial.
GRÁFICO 3 - RELAÇÃO ENTRE O CRESCIMENTO DO PIB E O PIB PER CAPITA DO BRASIL 2000 – 2010
Fonte: IBGE.
Fonte: ONU
anos. Trinta anos depois, chegava a 73,7 anos. Isso indica que a esperança de vida
no Brasil cresceu, em média, 4 meses e 15 dias a cada ano.
Fonte: IBGE.
A educação, como qualquer política pública, afeta a vida das pessoas por
meio da melhoria das condições de acesso e/ou de retorno social e privado
da educação o que nos remete ao tradicional dilema entre equidade e
eficiência. Esses elementos ajudam a entender os caminhos da educação
como ferramenta para alcançar a produtividade dos trabalhadores e das
empresas, e consequentemente impulsionar a competitividade do país.
Níveis mais baixos de ensino são mais equitativos que níveis mais altos,
pois os pobres vão ficando para trás na escalada educacional. A pós-
graduação apresenta um índice zero e o menor de alfabetização de adultos
tem o maior de 1,9. Passando aos níveis mais usuais, o ensino fundamental
regular tem um índice de 1,57 contra 0,63 do ensino médio e 0,07 do ensino
universitário. Isto significa que um real adicional em educação fundamental
tem 2,5 vezes mais capacidade de chegar ao pobre do que se for aplicado
no ensino médio e 22,5 vezes mais do que se for no ensino superior.
Fonte: FGV. Elaboração: Ministério da Fazenda. Estimativas produzidas com base em dados do
IBGE (PNAD, PME e Censo).
Em 2001, a renda dos 20% mais ricos era 27 vezes a dos 20% mais pobres
e em 2008 passou a ser 19 vezes, uma redução de 30% nessa medida de
desigualdade em 7 anos. Neste ritmo, o País foi capaz de atingir, em 2005,
a meta (...) de reduzir à metade a extrema pobreza.
Além da queda da desigualdade e da pobreza em termos de renda, os
números da PNAD 2008 revelam a expansão do acesso da população, em
especial dos grupos mais vulneráveis, a uma ampla variedade de
oportunidades, como o acesso a serviços habitacionais básicos, à
informação e à educação.
Dar subsídio ao setor agropecuário é porque este não pode lançar um produto
muito caro visto que irá atender a demanda da sociedade e as necessidades de
alimentação principalmente da população trabalhadora. Caracteriza alguns subsídios
no PAC, exemplificando, a partir do momento em que a empreiteira contratada ao
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manufaturados não chegam nem a 5%. A indústria brasileira que cresceu forte no
período 2004 a 2011 não tem os chineses como principal cliente.
(...) Em 2009, a pauta das exportações brasileiras foi composta por 57,2%
de produtos industrializados (43,7% de manufaturados e 13,5% de
semimanufaturados) e 40,7% de produtos básicos.
(...) No tocante às importações, sob a ótica de categoria de uso dos
produtos, as aquisições de matérias-primas e produtos intermediários
lideram a pauta (participação de 46,8% sobre o total das compras), seguido
por bens de capital (23,3%), bens de consumo (16,8%) e combustíveis e
lubrificantes (13,1%).
Nota-se que as vendas externas do Brasil mais que triplicaram entre 2002 e
2008, ao passar de US$ 60,4 bilhões para US$ 197,9 bilhões,
representando acréscimo de 228%, taxa acima de registrada no comércio
mundial que alcançou 150% no mesmo período comparativo. (...) Quando
se analisa a participação do valor das exportações brasileiras por blocos
econômicos, [verifica-se] uma contínua desconcentração de destinos entre
2003 e dezembro de 2009, diminuindo a vulnerabilidade externa das
exportações brasileiras, tendo em vista que houve ampliação dos principais
países compradores dos produtos nacionais.
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entanto, o Brasil exporta quase quatro vezes mais produtos de alto valor agregado
para União Europeia do que para a China; foram exportados US$ 17,5 bilhões em
produtos industrializados para o bloco europeu, contra apenas US$ 4,6 bilhões para
a China. A tabela 10 desenreda as importações e exportações no primeiro e
segundo mandato de Lula.
O BPB criado por Lula em 2003 deixou de existir no ano 2008. A EBC foi
concebida em 2007 para fins de ser um canal independente do governo. A EPE
criada em 2004, resgatou a função de planejamento energético. A Ceitec, originada
em 2008, atua na área de semicondutores fabricando chips. No setor aéreo, a
VASP, segunda maior companhia brasileira à época, deixou de voar em 2005, vindo
a declarar falência três anos depois. A firma adentrou em dívidas milionárias com
banqueiros, servidores, Infraero e Previdência Social. A sua concorrente Varig teve
as portas fechadas no ano de 2006. Já o frigorífico Chapecó, sem dinheiro no ano
de 2003, despediu quase cinco mil funcionários e não pagou fornecedores, indo a
bancarrota no dia 29 de abril de 2005. O Banco Santos foi intervencionado pelo BC
em 2004 devido a um rombo no seu balanço financeiro de R$ 2,2 bilhões. O
falimento do grupo foi decretado ano seguinte. A rede varejista Kolumbus encerrou
as atividades.
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Maria Auxiliadora de; SILVA, César Roberto Leite da. Economia
Internacional. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia
Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
FILELLINI, Alfredo. Economia do setor público. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007.
NERI, Marcelo. A nova classe média: o lado brilhante da pirâmide. São Paulo:
Saraiva, 2011.
PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova contabilidade social. 2 ed.
São Paulo: Saraiva, 2001.
ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade social. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1995.