Você está na página 1de 2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

DEPARTAMENTO DE LETRAS E LITERATURA


CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA

ALUNA: JOICE SILVA DE SENA


DISCIPLINA: LITERATURA INFANTOJUVENIL

A Leitura é um direito de cada cidadão. É alimento do espírito. Todo


mundo precisa, igualzinho comida. Todo mundo deve ter sua disposição- de boa
qualidade, variada, em quantidades que saciem a fome. Dessa forma, Ana Maria
Machado destaca que a infância é uma fase extremamente lúdica da vida e que,
nesse momento da existência humana, a gente faz a festa é com boa história
contada.
Partindo desse pressuposto, lembro-me da alegria contagiante em ganhar
um livro quando criança. Esperava ansiosamente meu pai que, poucos minutos
antes, ligava dizendo que tava chegando com vários livros que havia ganhado
do seu patrão. Um mais lindo que o outro, rico em cores, desenhos e ilustrações.
Eu adorava o fascínio de abri-los e sentir o cheiro que só os livros possuem.Era
mágico.
Com uma condição financeira baixa, não tínhamos dinheiro de sobra pra
“gastar com livros” - era o que se pensava- eu apenas tinha os livros que meu
pai ganhava. Porém, um livro sempre fez parte da minha infância até os dias
atuais: a bíblia. Rica em histórias, podendo ser contadas para todas as faixas
etárias, e sempre ganhando nova roupagem, essa foi a minha principal leitura.
Na infância tive minha bíblia ilustrada, onde conheci os principais persongens
bíblicos e suas características. Na adolescência ganhei a versão original que é
minha leitura atual.

Nessa época, meus pais não tinham a concepção de incentivo à leitura.


Meu pai me dava os livros que ganhava, mas não sabia da importância e da
mudança que é a prática da leitura. Minha mãe me incentivava a ler a bíblia,
porque nela estava o nosso manual de vida e a fundamentação da nossa fé. No
entanto, nenhuma dessas atitudes tinha o principal objetivo: desenvolver o senso
crítico, a empatia, a conscientização e o estimulo à criatividade.
Aliás, se tratando de criatividade, lembro, também, que nos livros eu
encontrei o principal estímulo para o que eu amava fazer na infância: desenhar.
Eu olhava para uma ilustração e logo em seguida queria criar algo. Era
involuntário, mas era incrível. Fiz os melhores desenhos, sempre fazia os
cartazes na escola, ajudava nas decorações das festividades escolares e
amava criatividade produzida em mim através dos livros. E foi assim que eu
aprendi a ler e dessa prática tive as experiências mais encantadoras da minha
infância.

Você também pode gostar