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Além de deturparem o passado, invertendo as histórias, e mudando

interpretações até na Bíblia, para você ter outro tipo de conclusão.

Estão fazendo programação preditiva condicionar a sua mente a aceitar


as coisas futuras de uma forma mais pacífica e dócil sem questionar.
Assim eles controlam o mundo. Um plano de controle social mundial,
onde todas as pessoas serão controladas pelo sistema, uma multidão de
pessoas zombificadas pelo sistema imposto.

Então antes de tudo, começaremos com o pior de todos, que iniciou isso
tudo: Rede de comunicação televisivo e o que faz com as pessoas, a
influência da TV e seu impacto na sociedade

“A tela é uma interface em que não há vínculo afetivo”.

Antes de encontrar respostas a tais indagações, é preciso observar quais


são os efeitos da televisão em adultos e crianças e como a TV é, hoje,
um instrumento de manipulação de massa.

A televisão e os primeiros indicativos negativos

O que está além do aparelho de TV?


A resposta rápida e curta, mas que oculta uma complexa abrangência
é: a mente humana.

A invenção das telas permitiu a viagem da imagem e do som de qualquer


lugar diretamente para os lares. Ao longo deste artigo, as consequências
disso ficarão cada vez mais claras.

Por hora, é válido ressaltar que ao abordar o tema do que as telas fazem
com as pessoas e, especialmente, dos efeitos delas na educação
infantil, não se diz exclusivamente do aparelho de TV.

O tema aqui abordado, inclui todos os tipos de aparelhos de tela, como


tablets, celulares, computadores, notebooks, videogames e afins.

Além de ser um objeto que veicula imagens e sons, a televisão se tornou


um instrumento de diversão passiva e informação, ou desinformação.
Quando se critica a televisão, além de questionar os benefícios dessa
tecnologia, também reflete-se sobre a própria grande mídia.

Como se trata de um meio de comunicação de massa, ainda hoje, a


televisão continua sendo a estrela dos lares brasileiros. Longe de ser
excluída pelo advento da internet, a TV foi agregada por ela.

Eis o fenômeno das Smart TVs. Por elas, o povo brasileiro é impactado
em massa.

De que forma a TV interfere na vida das pessoas?


Em 2019, aproximadamente 96% das casas brasileiras tinham ao menos
uma televisão. Além disso, o tempo médio em que as telas ficam ligadas
alcança mais de 6 horas diárias.

Existe programação ativa por 24h informando sobre uma infinidade de


temas.

O problema é que a televisão não apenas transmite o fato em si. Com a


mágica da edição, pode-se escolher o que mostrar, como mostrar, o que
focar e o que repetir. A televisão também facilitou uma vivência mais
solitária e menos criativa, já que não exige muito esforço de convivência.

As telas permitem um prazer passivo. Para muitos trabalhadores é


irresistível não chegar cansado após horas de trabalho, ligar a TV e
simplesmente não pensar. E, embora passiva, a sensação que o
telespectador tem ao assistir televisão é a de participação naquilo que
vê, por causa dos movimentos, sons e interação.

É próprio desse meio absorver a atenção das pessoas de forma que tudo
no vídeo pareça aceitável.

Destes pequenos aspectos, já se percebe uma mudança de hábito. Os


hábitos individuais de estímulo mudam e os hábitos de interação entre as
pessoas de uma mesma casa também mudam.

Por exemplo, o esforço empregado a ler um livro e a entendê-lo é maior


do que o esforço de receber as informações passadas pela TV. Uma
atividade envolve um maior uso da razão do que a outra.

A TV, intencionalmente ou não, favoreceu o individualismo e o


enfraquecimento da personalidade. Ainda hoje, a televisão é a única
fonte de informação de milhares de brasileiros. O que se apresenta nas
telas é recebido imediatamente como verdadeiro.

O que é a mídia sacerdotal?

A mídia jornalística, que ainda é muito forte nos telejornais transmitidos


em rede nacional, desvirtuou-se do que deveria ser sua essência.

A grande mídia adotou uma pretensão sacerdotal. Seu papel deveria ser


informar os fatos tais como são, mas não é isso que se vê acontecendo.

A mídia aponta os caminhos a serem seguidos e quer transmitir o que é


certo e o que é errado. A televisão é usada para apontar crenças a
serem aceitas, roupas a serem usadas, objetos a serem adquiridos…
A televisão tornou-se um veículo de ideologias. Nas telas,
comportamentos socialmente reprovados ganham ares de
comportamentos comuns e banais.

Há uma outra resposta ainda mais direta à pergunta “o que a televisão


faz com as pessoas?”. Ela é capaz de mudar comportamentos ao focar a
programação no sexo vulgar, no horror, na violência, na prostituição, nas
traições conjugais e em tipos diferentes de crimes.

Um jargão do passado, usado pelos editores de jornais diários, parece


ainda vigorar em muitos tipos de programas de notícia:

“O que sangra, vai na frente”.


A primeira capa precisa mexer com a curiosidade. O sexo e a violência
permanecem chamando a atenção das pessoas. Por isso, é muito
comum que mesmo durante o almoço o foco dos jornais recaia nas
piores reportagens.

Esse é um método perverso, que usa a pedagogia da desestruturação,


alienação e perversão da personalidade.

O que acontece com a vida das pessoas quando a rede midiática


televisão se instala?

A influência da TV na vida das pessoas é cada vez mais nítida. Nos


lugares onde a televisão chega e, com ela, os seus conteúdos, vê-se
a deterioração dos costumes sociais locais.
Há um certo louvor à desonestidade, imoralidade, amoralidade,
perversão, prostituição, desvios de conduta e alienação do sentido da
vida.

A alimentação e o comportamento conjugal são especialmente alterados,


como a moda e a necessidade de consumo. Há um exagero na
transmissão de cenas de violência e sexo, corrupção e drogas, porque
naturalmente as pessoas têm mais curiosidade por isso.

Onde está a curiosidade, está a audiência. E onde está a audiência está


a oportunidade da manipulação e da venda.

Infelizmente, programas televisivos de alto valor social não são a maioria,


embora existam.

O padrão é que, através da repetição de palavras e cenas, o


comportamento positivo ou negativo das pessoas pode ser condicionado.

A influência da TV midiática na vida dos adultos

É comum pensar que o conteúdo televisivo midiático representa a


cultura, mas, pelo contrário, ele pode moldar a sociedade passando
novos valores, ideias e comportamentos. A televisão também se tornou
um instrumento de engenharia social.

Quando o mundo vai sendo mostrado pelas telas de algum programa,


não se pode pensar que aquilo é a realidade. Pode haver edições,
recortes e ocultações. Nada é isento e imparcial, pois há sempre um
dono de uma emissora e um diretor por trás de tudo o que se vê.

A triste realidade é que tudo pode ser falsificado nas telas, ou


ignorado. No Brasil, a grande mídia costumeiramente produz conteúdos
que ofendem a moral, a religiosidade e os bons costumes da sociedade.

Como já ressaltou o professor Olavo de Carvalho, o povo brasileiro é


majoritariamente conservador e cristão. Mas a mídia, a política e o show
business não é. Logo, o povo fica sem representação.

A televisão em si não é um problema. O fato de programas, imagens e


sons saírem de uma tela não é um mal. Inclusive, nem toda influência é
má.

Mas a televisão pode ser usada como instrumento de manipulação.


Neste aspecto é que se entende da pior forma o que a televisão faz com
as pessoas.
Agressividade e sexualidade

As emissoras lucram por meio da televisão. O conteúdo veiculado é


pensado para gerar desejos nos espectadores. Além disso, por causa
dos efeitos da guerra cultural, principalmente motivada pelos pensadores
de Frankfurt, a televisão brasileira está repleta de ideologias marxistas.

 Principais ideias de Karl Marx.


Em vez de representar a vida de uma sociedade na tela, é representado
o que os idealizadores dos programas querem que seja a vida, a
realidade. Com a repetição, onde um povo começa a assistir novelas, por
exemplo, aumenta-se o número de divórcios e de brigas conjugais.

Naturalmente, o ser humano já possui uma tendência à agressividade


para defender sua vida e sua espécie e possui a inclinação ao sexo para
conservar existência através da prole.

A influência da televisão na vida adulta consiste em provocar doses


extras de violência e de erotismo. Dessa forma, estimula de forma
exagerada o que já existe naturalmente. Quanto mais imatura for a
mente, mais suscetível ela será de ser influenciada pelo que vê.

Foco comercial

O comercial tornou-se o principal produto oferecido pela televisão, que


também se tornou um meio de venda. Os diversos programas
televisionados trazem uma intenção e um espaço separado para o
oferecimento de produtos relacionados ao conteúdo.

As pessoas são atraídas a ceder sua audiência a algo que as divirta e,


por estarem ali assistindo, criam um momento propício à propaganda.

As pessoas gostam de histórias também. A novelas permitem que muitos


participem da vida de vários personagens que se tornam reais na
tela. Elas possuem um altíssimo poder condicionante, moldando o que é
físico, mental e moral nas sociedades.

Assim, estilos de vida criados por escritores e diretores são passados a


todos os que assistem.

Os donos das emissoras, diretores, artistas, publicitários e demais


envolvidos, podem não ser verdadeiros ou bem intencionados naquilo
que transmitem.
Os interesses comerciais podem não estar em nada relacionados ao bem
da sociedade.

Saúde

Cresce o número de pessoas que recorrem aos médicos por causa de


problemas no estômago, dores nas costas e má circulação nas pernas
devido às longas horas sentadas em frente à televisão.

Com o prazer passivo e facilitado de relaxar em frente a uma tela


somado à falta da prática de exercícios e à má alimentação, a obesidade
torna-se cada vez mais comum.

E, se nos adultos os problemas já são graves o suficiente, quais não


serão os efeitos da televisão sobre aqueles que ainda não estão
completamente amadurecidos?

Qual a influência da televisão na vida dos jovens?

Os jovens e as crianças podem ser especialmente afetados pela


televisão, por causa da pouca experiência de vida que possuem. Como
visto, o poder da repetição empregado nas telas é criar ar de
normalidade ao que não é comum. O resultado é o condicionamento da
mente.

Quanto mais nova for a pessoa, mais facilmente ela será influenciada.

Ainda que a televisão não seja a única culpada, o que se observou foi
que a gravidez em menores de 13 anos aumentou com o estímulo do
que se passa na TV, onde facilmente se vê atrizes e atores com vida
sexual ativa e explícita.

A imitação dos artistas favoritos também aproximou a juventude de uma


vida de festas mais desregrada, repleta de exageros alcoólicos.

Expostos à estimulação cerebral negativa, por qualquer tipo de tela,


como os celulares, os jovens podem ter desejos materiais mais
fortalecidos ao mesmo tempo em que valorizam mais a ociosidade e a
irresponsabilidade.

O fenômeno dos jovens e adultos presos na quarta camada da


personalidade não se desvincula desses acontecimentos.

O que se vê representado nas músicas de ostentação e nas que


possuem forte temática de traição é mais um reflexo da influência que o
jovem sofre ao se submeter às telas, às redes sociais e à pressão social
artificial passada pela moda.

A vivência do sexo promíscuo, fácil, constante e irresponsável, tal qual os


programas o veiculam, aumenta o número dos jovens que descobre a
vivência sexual de forma precoce.

Como consequência há um maior número de decepções e desilusões


amorosas, aumento nos casos de doenças sexualmente transmissíveis e
na depressão. Pior, aumenta-se também a busca pelo aborto a fim de
evitar a consequência do que deveria ter sido apenas um prazer
momentâneo.

A religiosidade, que sempre foi um freio a tudo isso, é atacada pela


grande mídia. O cristianismo está entre as religiões que mais é
perseguida, sofrendo de acusações falsas e debochadas.

Finalmente, chega-se aos efeitos nas crianças.

O Efeito da televisão na vida das crianças


O efeito da televisão na vida das crianças

A TV midiática é um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento infantil


nos lares, é uma vilã. Mas qual será o motivo desse efeito tão negativo
nas crianças? Afinal, o que a rede midiática faz com as pessoas?

Novamente, é preciso ressaltar que falar sobre o que a televisão faz com
as pessoas é estender-se a qualquer exposição a telas, seja DVD, TV a
cabo, computador, tablet, videogame ou celulares, especialmente os
smartphones.

O primeiro foco de atenção, no entanto, está nos pais. É comum as


famílias pensarem que devem deixar os filhos constantemente distraídos,
já que eles reclamam do tédio e que não têm nada para fazer.

Os pais, por sua vez, cansados, aliviam-se deixando que as telas


distraiam seus filhos para que eles cuidem dos outros afazeres e
descansem.

Mas as consequências são severas, pois agir assim é terceirizar a


educação ao desconhecido.

É bom lembrar que as maiores mentes do mundo sequer frequentaram


escola antes dos 6 ou 7 anos, que não tiveram celular ou televisão e que
isso não prejudicou em nada o seu desenvolvimento intelectual.

Pelo contrário, o que parece ser um benefício, causa uma


atrofia. Adequar-se às tecnologias de hoje não é estar preparado para as
tecnologias na vida adulta. Se uma criança se acostuma a algum
aparelho aos 6 anos de idade, ele provavelmente será obsoleto na vida
adulta.
O psicólogo Albert Bandura, na Universidade de Stanford, fez um teste
com crianças em idade pré-escolar. Ele as expôs a cenas de
agressividade em vídeo por 30 minutos; ao mesmo tempo que mostrava
a outro grupo de crianças, da mesma idade, cenas neutras, sem
agressividade.

Após as exposições dos filmes, as crianças que haviam visto as imagens


de cenas agressivas, apresentaram comportamentos agressivos e
violentos. As que assistiram filmes neutros, não.

Este pequeno fato ressalta algo muito importante.

Como as crianças aprendem?

A maior parte do aprendizado de uma criança vem da observação e


imitação do comportamento dos outros, tomados por modelos a serem
seguidos.

As primeiras experiências sensoriais na infância são tão importantes e


marcantes que tais impressões são as últimas a sobreviverem quando o
cérebro se deteriora na senilidade, nos traumatismos físicos, mentais e
quando ocorre a morte.

São elas, também, as primeiras a voltarem à recordação, após períodos


de amnésia.

Para as crianças, a realidade é um estímulo suficiente para causar o


encantamento. Por isso não se cansam de rirem de uma situação
repetida, que os adultos rapidamente consideram chata.

Justamente o encantamento com a realidade e os estímulos naturais é


que se arruínam com a exposição excessiva a telas e televisão.

Assistir a algo que passa na TV exige um olhar fixo, menos atenção e


uma multidão de estímulos sensoriais e noções de recompensa. Uma
leitura, por exemplo, exige o movimento dos olhos linha a linha, mais
atenção e menos estímulos sensoriais.

Para as crianças influenciadas pela televisão, os livros estarão entre as


coisas mais chatas do mundo, bem como a interação social com os
familiares e outras crianças.

A influência da televisão na vida das crianças pode ser resumida da


seguinte forma:
 A exposição constante às telas leva a uma atrofia do córtex
cerebral, pois reduz a receptividade de informações sensoriais.
O excesso de estímulos passados é tanto que a criança fica saturada.
São tantas imagens, cores e sons, e tudo isso trocado com tanta
velocidade, que a atenção da criança deixa de reter as informações mais
importantes.

 As crianças tornam-se mais impulsivas.


A dificuldade em conter impulsos vem da falta de maturidade cerebral
para lidar com os estímulos sentidos. As crianças não possuem a
capacidade de dizer sim ou não às sensações que têm, nem saber
discernir o que é certo ou errado.

Quem faz a seleção do que é bom e do que é mau são os pais, os


adultos presentes. Neste ponto se insere mais uma influência da
televisão na educação infantil. Tudo o que é passado nas telas é
recebido como aceitável.

A tela não é uma interface humana, não há filtro e a criança recebe todos
os impulsos sem controle.

 O uso de mídias sociais libera dopamina, o neurotransmissor


relacionado ao vício.
Os pais que já tentaram retirar celulares e televisores dos filhos
acostumados a isso provavelmente viram sinais de abstinência. Isso
acontece, porque esse tipo de interação libera dopamina, ligada ao
sistema de recompensa do cérebro e à sensação de bem estar.

 Entenda o mecanismo do vício e como quebrá-lo.


Com o excesso, tem-se o vício em obter cada vez uma maior liberação
de dopamina, aumentando o tempo usando mídias. Quando isso é
cortado, algumas crianças choram, batem a cabeça na parede ou no
chão e podem até agredir os pais.

 Telas deixam as crianças mais ansiosas e mais desobedientes,


mais desconcentradas e com maior dificuldade no desempenho de
leitura.
Por causa dos excessos das telas e do padrão de estímulos que elas
geram, o convívio com a família e a frequência em atividades com outras
crianças em brincadeiras não virtuais são vistas como sem graça.
Crianças viciadas não se interessam por outras pessoas, por livros ou
por brincadeiras.

 O abuso de tela se relaciona a um menor desempenho em


matemática e linguagem.
É um mito pensar que a televisão e os celulares deixam as crianças mais
inteligentes por causa do maior estímulo e de uma suposta maior
formação de sinapses neuronais.

Na verdade, o aumento de estímulo não é proporcional à capacidade


cognitiva.

O maior problema descoberto ao se investigar o que a televisão faz com


as pessoas, sobretudo crianças, está na atenção.

De forma análoga, a atenção é como o porteiro do cérebro e escolhe o


que deixa ou não entrar, sendo que só merece entrar o que é essencial.
A televisão acaba com o senso de essencial e periférico e acaba com o
foco da atenção, deixando as crianças mais distraídas.

A capacidade de se concentrar diminui. Com tantos estímulos, a atenção


não sabe o que reter de importante. E a inteligência consiste,
precisamente, na retenção de informações e na relação entre elas.

Essa é a principal razão para o aumento da chance das crianças pré-


escolares, expostas a mais de duas horas de telas, desenvolverem
TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Essa
chance aumenta em 8 vezes.

 As crianças imitam o que veem.


A linguagem passa pelo interlocutor. É necessário que as crianças
estejam com outras pessoas gesticulando, entonando, etc. Na TV, as
pessoas são exageradamente felizes ou exageradamente tristes.

As crianças ficam desreguladas, o que é notável, porque elas passam a


se expressar como se estivessem em um desenho animado.

 Há um aumento no número de crianças que se mutilam e se


suicidam.
Como não há senso de certo e errado, elas simplesmente agem de
acordo com o que assistem e recebem. Isso, somado a diversas outras
negligências vindas dos pais, pode culminar em situações drásticas.
 Crianças expostas a telas constantemente não entendem porque
recusar recompensas imediatas.
Quando a motivação dos filhos é sempre ganhar algo, sentir prazer,
receber pontos, benefícios, presentes e recompensas em geral, elas
perdem as motivações interiores que são as virtudes, o senso de dever e
responsabilidade e o entendimento moral do que é bom ou mau, certo ou
errado em si mesmo.

Outro aspecto importante é o da perda da habilidade de suportar uma


situação difícil pensando em um bem futuro. As crianças influenciadas
pelas telas tendem a ser imediatistas em ter o que querem.

 Por último, inevitavelmente as crianças são expostas a pornografia


e nudez, a imoralidades do mundo adulto que não fazem bem nem
mesmo a pessoas já maduras.

Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam,


desde que o governo possa controlá-la pela força usando cassetetes.
Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem
que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso
é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de
ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a
alguma forma de apatia”

A religião dos falsos cristãos, a política e a ideologia cumprem muito


bem esse papel (assim como outras paixões populares, como o futebol,
por exemplo). Nos países que tem uma mistura de capitalismo com
socialismo, gerando uma enorme desigualdade social, como o Brasil, os
donos do poder (donos econômicos, financeiros, administrativos e
políticos), para ocultarem a situação de injustiça brutal do sistema,
frequentemente usam um truque: manipulam os sentimentos mais
profundos e mais animalescos da população, para continuarem
explorando-a parasitariamente (assim como para permitir que suas
bandas podres acumulem riquezas ilicitamente, por meio da
criminalidade organizada).

A população explorada, espoliada, irada, indignada e desesperançada,


que não tem acesso a nenhum padrão de qualidade de vida, quando
“ferida” em seus brios, em suas convicções ancestrais, magicamente
esquece suas degradantes privações materiais, sociais, intelectuais,
vitais e culturais; os demagogos sabem como ninguém fazer com que a
população precarizada se anestesie diante da sua péssima condição de
vida, sua falta de perspectivas futuras. O engodo está em saber
manipular as suas convicções, com os ditos “valores tradicionais”
deturpados no decorrer de toda história humana, e que hoje se tornou
um falso moralismo e uma falsa ética. Isso tudo porque conseguiram
afastar as pessoas do verdadeiro motivo de estarmos aqui, nos
desviando para preocupações mundanas e materialistas.

Assim, a população, quando inflamada em suas paixões mais


primitivas, cai facilmente no conto do vigário. É dessa forma que os
donos do poder canalizam a distribuição da riqueza para eles (sem
gerar revoluções violentas).

O estratagema é infalível: é preciso divertir a patuleia e, ao mesmo


tempo, envenenar as massas rebeladas, mexer com seus brios e seus
“valores” sagrados ou profanos. É assim que os privilégios são
mantidos muitas vezes com o dinheiro público. O dinheiro de todos
custeiam as benesses de alguns. A mais perfeita manipulação
ideológica consiste em fazer com que a classe média e a classe baixa
sonhem em ser como a Elite e também dominadores. Os políticos
populistas sabem disso muito bem. Para assumirem o poder, chegam a
jogar o povo contra os concorrentes donos do poder. Depois, como se
sabe historicamente, são os interesses destes que vão predominar.

Esse tipo de visão do pensamento marxista que divide o mundo em dois


ou em classes, está presente na tradição do Ocidente e no Oriente.
Tanto de baixo para cima como de cima para baixo. Assim, os
populistas demagogos, para conquistarem o poder, jogam o povo contra
os atuais donos do poder. E esses, por sua vez, se servem da
democracia populista, do Estado, do Direito, da Justiça e, sobretudo,
dos políticos para subjugarem o povo e espoliá-lo (suga-los até à
medula) por meio da má distribuição da renda, do capital, dos bons
salários, da educação de qualidade, das relações sociais, do equilíbrio
emocional, da cultura, dos prazeres, dos privilégios, das hierarquias, do
acesso ao bem-estar etc.

É preciso manipular ideologicamente a ira das massas rebeladas,


sobretudo pelos meios de comunicação, para contar com a força delas
para a preservação dos privilégios das classes dominantes. O ódio
delas não pode se voltar contra estas últimas (é o perigo que eles mais
temem!), sim, só contra outros marginalizados, oprimidos (daí a guerra
de polícia do vice-versa, do pobre contra rico, do ódio da mulher contra
o homem, do filho contra os pais, dos homossexuais contra os heteros e
etc.).

Saia da Caixinha e da Manipulação em massa

Como vimos manipulação em massa é pensada e estrategiada por


pequenos grupos da “elite” mundial. E agora mostraremos as estratégias
mais comuns de controle e manipulação em massa através dos meios de
comunicação de massa. Estratégias utilizadas diariamente há dezenas
de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir
fazer a população agir conforme interesses da pequena elite mundial.

Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera


coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram
alinhados com essas elites. Esses grupos praticam incansavelmente
várias dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até
chegar um momento que você realmente crê que o pensamento é seu.

1. A Estratégia da Distração 

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que


consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e
das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a
técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de
informações insignificantes. 

A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o


público de interessar-se pela verdade da Palavra do CRIADOR, e
também por conhecimentos essenciais, como nas áreas da política,
ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética.

Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas


sociais, cativada por temas sem importância real.

Manter o público ocupado, ocupado e ocupado, sem nenhum tempo para


pensar; de volta à granja como os outros animais.

2. Criar problemas e depois oferecer soluções

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um


problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a
fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar.

Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência


urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o
mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade.

Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal
necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos
serviços públicos. (qualquer semelhança com a atual situação do Brasil
não é mera coincidência).

Ou seja, eles criam um problema sem você perceber, para você se


revoltar daquela situação sem saber o verdadeiro culpado, e eles
aparecem como salvadores lhe trazendo a solução. Fazendo você ficar
sempre dependente do Estado e dos meios de comunicação, em um loop
infinito. 

3. A estratégia da gradualidade

Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la


gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos.

Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas,


neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980
e 1990.

Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas.  E


comumente utilizada pelos grandes meios de comunicação.

 
4. A estratégia de diferir

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de


apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública,
no momento, para uma aplicação futura. 

É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.


Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.

Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar


ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido
poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à
ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o
momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso,


argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas
vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança
de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um


tom infantilizante.

Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade
de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela
tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também
desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou
menos de idade.”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um


curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos
indivíduos.

Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de


acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos
e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

 
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e


os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. 

“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a


mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância
que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja
e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade

Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e


inculto. Introduzir a idéia de que quem argumenta demais e pensa
demais é chato e mal humorado, que lhe falta humor de sorrir das
mazelas da vida. 

Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e


sempre ter uma piadinha para se safar do aprofundamento necessário a
questões maiores.

A idéia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário.


Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um assunto pode
derrubar sistemas criados para enganar a multidão.

9. Reforçar a auto-culpabilidade

Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua
própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas
capacidades, ou de seus esforços. 

Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema, o indivíduo se auto


desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos
efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento!

10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se


conhecem

No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência


têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e
aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem
desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser
humano, tanto em sua forma física como psicologicamente. 

O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que


ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o
sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os
indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.

  

A simples tarefa de olharmos internamente para cada nuance de nosso


ser e questionar cada célula, cada pensamento é o caminho básico para
quem deseja despertar de toda essa manipulação que foi pensada para
nos manter dispersos.

Acreditamos e entendemos que, para que possamos viver fora dessa


teia, ou na melhor das opções, sob um domínio cada vez menor dela, é
necessário que tenhamos autoconhecimento. É primordial que a pessoa
estude, entenda, busque informações até o último nível que possa ir, pois
somente através desta real autonomia, é que realmente conseguiremos
ver o sol como ele realmente é.
Lembrem-se meus amigos, autoconhecimento implica em mudar seu
padrão existencial, mudar o paradigma que hoje a maioria das pessoas
se encontra, deixar de lado velhos hábitos, por mais “inofensivos” que
eles possam parecer. É preciso sair da caixinha onde vivemos
enclausurados, sair desta matrix, deste mundo de ilusões que nos
impede de realmente ver as coisas como elas são, sem o pano da
inverdade. E só você pode ir atrás desta porta!
Analise friamente cada um dos 10 itens colocados neste texto, e veja o
quão eles se encaixam na sua realidade, o quanto eles fazem parte do
seu dia-a-dia. Analise a existência destas afirmações! A partir desta
análise, você certamente chegará a conclusões no mínimo perturbadoras
e reveladoras, porém extremamente positivas! Não tenha medo, continue
em frente, buque sempre a verdade.
O que é a Janela de Overton? Entenda esta estratégia de

manipulação da opinião pública

Muitas pessoas pensam que têm opinião formada sobre um assunto. Na


verdade, não é difícil que elas tenham sido induzidas a pensar de uma
certa maneira.

Estudar o que é a Janela de Overton revelará uma estratégia de


manipulação da opinião pública.

Se uma pessoa está na mesma posição contemplando a paisagem


através de uma janela, tudo o que ela vê está delimitado pelas
esquadrias e pelo batente. À medida que se levanta e se aproxima da
janela, o horizonte se amplia.

A Janela de Overton muda paisagens ou amplia limites no campo das


ideias, mas com consequências na sociedade.

O que você vai encontrar neste artigo?

1. O que é a Janela de Overton?


2. Origem e conceito da Janela de Overton
3. É possível deslocar a Janela de Overton?
4. Think tanks – Os influenciadores que deslocam a Janela de
Overton
5. Quais são as etapas da Janela de Overton? Como mudar a opinião
pública?
6. O perigo da manipulação invisível
7. As consequências da Janela de Overton e os cuidados
necessários
8. Exemplos da Janela de Overton

 Para não perder conteúdos como este, acompanhe todas


as produções gratuitas da Brasil Paralelo.

O que é a Janela de Overton?

A Janela de Overton, ou Janela do Discurso, descreve o conjunto de


ideias que a população tolera. É o grau de aceitabilidade de uma opinião
na sociedade.

Ela registra como a maioria das pessoas pensa em um certo momento,


sobre um determinado assunto.

Os assuntos podem se deslocar entre um extremo, absolutamente


contrário, para outro, absolutamente favorável. A janela é a faixa que
concentra o que a maioria aceita.

“A aceitabilidade da opinião pública determina a viabilidade política de


um fato”.
Emitir opiniões fora da janela social considerada aceitável pode significar
ser rejeitado. Opinar sobre o que está além do pensamento da janela
pode ser um desastre para a popularidade de um candidato político.

As etapas da Janela de Overton são:

1. Inaceitável;
2. Verossímil (talvez pense nisso);
3. Neutralidade (sem opinião formada);
4. Provável (é possível concordar);
5. Inevitável (ou aceitável).
Esse estudo explica que diversos atores sociais podem escolher não
apenas o que as pessoas pensam, mas também como elas pensam.

Para descrever esse fenômeno conhecido como Janela de Overton,


afirma que para uma ideia ter viabilidade na sociedade, precisa passar
pela “janela” social, não bastando serem apenas preferências individuais
dos políticos, meios de comunicação e todo o sistema.

A janela inclui um conjunto de políticas consideradas aceitáveis no


momento em que a opinião pública as recebe. Um candidato político ou o
sistema poderá recomendar este conjunto de ideias sem ser considerado
excessivamente extremo.

O conceito demonstra o que a sociedade considera aceitável ou não em


um dado momento. Se alguma figura pública quiser aceitação social,
deve emitir opiniões que variem dentro da janela considerada aceitável.

 Qual é a verdadeira diferença entre direita e esquerda?


Outra característica da Janela de Overton é que ela não é estática.

É possível deslocar a Janela de Overton?

A Janela de Overton não é fixa. O conceito não engloba apenas a


definição, ou seja, a determinação do que a maioria aceita. Saber isto é
apenas uma etapa. É possível mudar a aceitação das pessoas. É
possível manipular a opinião pública.

Para que a Janela de Overton se desloque, é preciso que a população


mude sua opinião sobre um tema. Isto acontecerá se as pessoas forem
convencidas de novas ideias, ou pelo menos persuadidas a pensarem
contra o que normalmente era aceito.
Muitas pessoas manipulam a opinião pública para aceitar o que antes era
inaceitável.

As mudanças realizadas na Janela de Overton podem mudar a opinião


de “inaceitável” para “verossímil”, “neutralidade” e progredir para
“inevitável”. Ou vice-versa, levando as pessoas da aprovação à
desaprovação de algo.

Em geral, os governos gastam dinheiro para vender “ideias” e conquistar


a opinião pública. Os sentimentos sociais são detectados e começa-se
um trabalho para neutralizá-los e, em seguida, mudá-los.

Os deslocamentos, por exemplo, vão desde a mudança da aceitação do


cigarro em lugares públicos e fechados, por causa da propaganda
antitabagista recorrendo a cientistas, até temas de cidadania, aborto,
sexualidade e criminalização de drogas. Em vários casos, é utilizada
a estratégia do Cavalo de Troia.

Think tanks – Os influenciadores que deslocam a Janela de Overton

A Janela de Overton é deslocada principalmente por políticos,


assessores de imprensa, institutos de pesquisa, relações públicas,
agências de lobby e demais influenciadores. Por esta razão,
professores, youtubers, instagramers e similares são mobilizados.

Overton chamou esses agentes, líderes carismáticos, de think tanks, pois


colaboram na formação de opinião de seu público, deslocando a janela
de aceitação de uma ideia.

Um exemplo enfático que retrata como a opinião pública pode mudar, é a


escravidão. Há 150 anos, as pessoas consideravam isto algo natural,
normal. A mudança de opinião pode acontecer de uma forma natural ou
forçada.

Os think tanks muitas vezes desviam o foco de um tema principal e


começam a pautar assuntos adjacentes. Desta forma, o discurso torna-
se mais aceitável até que a percepção das pessoas tenha mudado.

Considerando a escravidão, antes de ser completamente abolida,


primeiro foi abolido o tráfico negreiro. A mudança aconteceu
gradualmente. Foram necessários anos para aprovar leis que
dificultavam cada vez mais a escravidão até que a Lei Áurea fosse
assinada.
Em 40 anos, a janela da escravidão mudou no Brasil de absolutamente
favorável para absolutamente inaceitável.

O jogo de influências que se profissionalizou

A influência pode ser negativa ou positiva, como no exemplo


abolicionista.

Ainda assim, o jogo de influências se profissionalizou. Atualmente, foi


formada uma indústria especializada em moldar a opinião pública. São
assessores de imprensa, publicitários, cientistas políticos, pesquisadores,
cientistas, youtubers, políticos e qualquer formador de opinião.

Por estas razões, e por causa destas estratégias, entender o que é


Janela de Overton e como ela é usada, torna-se fundamental para
entender a complexidade da sociedade.

Gerações podem ser envolvidas no processo de mudança de


pensamento. Se não for possível mudar a concepção dos pais, as
escolas tornam-se o alvo e prepara-se uma geração que aceita o que
os think tanks querem desde o momento em que entram na escola ou
acessam a Internet.

Em tempos pacíficos, as discussões sociais são conduzidas lenta e


gradualmente. Afinal, a Janela de Overton pode ser definida como a zona
de conforto da opinião pública.

Quais são as etapas da Janela de Overton? Como mudar a opinião

pública?

1 – O estudo das circunstâncias

A Janela de Overton desloca-se a partir das circunstâncias. Grandes


acontecimentos favorecem discursos que podem levar as pessoas a
aceitarem o que não haviam pensado em aceitar.

A janela está fechada ou não se move para algum tema, extremamente


rejeitado pela sociedade. Entretanto, alguns eventos de impacto podem
abrir o espaço para discussão, tais como atentados, crises e doenças.
Por exemplo, após o atentado às torres gêmeas em 2001, os americanos
aceitaram mais facilmente que o governo Bush ampliasse o acesso do
Estado a informações privadas, novas regras em aeroportos e a guerra
no Iraque.

Em 2009 e 2010, a crise econômica também levou os americanos a


aceitar que o governo Obama interviesse em bancos, montadoras e
seguradoras.

 Entenda o que significa o Século Americano e quais são suas


consequências mundiais assistindo à trilogia O Fim das Nações.
É possível tirar proveito do desespero, do medo, da insegurança, da
ignorância e da fala de especialistas.

Por exemplo, as pessoas não estavam dispostas a usar máscaras


quando não estavam doentes. Mas independentemente da lei obrigando
o uso, elas aceitaram o uso por causa das falas dos especialistas e do
foco midiático.

Por estas realidades, uma reflexão deve ser feita. Grandes eventos


podem levar as pessoas a abrir mão de seus direitos.

Uma vez feito isto, não é tão fácil recuperá-los. Regras circunstanciais
podem ser o pretexto para o estabelecimento de um novo
comportamento, que pode até se tornar compulsório.

2 – A opinião se torna aceitável

O que era impensável começou a ser discutido. O próximo passo é


conseguir a aceitação. O que antes era repudiado começa a se tornar
normal e aqueles que discordam começam a ser mal vistos.

As percepções negativas da ideia em questão começam a deixar de ser


negativas. Com o apoio da mídia, começa-se a ver como respeitável o
que antes não era. A ideia se torna sensata.

3 – A popularidade da ideia aumenta


A opinião introduzida de acordo com os passos descritos, torna-se
popular sendo veiculada em propagandas, filmes, novelas, séries e nos
demais meios de entretenimento. Os artistas a apoiam e o novo
fenômeno se torna mais presente no imaginário social.

A propagandas, por todos os meios possíveis, é uma das formas mais


eficazes de atingir a opinião pública e criar um senso de unanimidade de
pensamento. Antes que leis sejam compostas, os anúncios são criados.

4 – A ideia é politizada

Tal se torna a aceitação, que o legislativo propõe leis que regulamentam


o que está sendo debatido.

O que começou como impensável, pela descrição da Janela de Overton,


pode vir a tornar-se uma lei. A percepção pública pode ser mudada, por
mais absurda que seja uma ideia.

O nazismo é um exemplo extremo desta realidade.

O perigo da manipulação invisível

A opinião pública recebe constantemente as pautas da imprensa, dos


políticos e dos ativistas em geral. Muitas propagandas, discursos e
apelações. As pesquisas também são comuns, sejam elas verdadeiras
ou falsas.
As ideias são apresentadas como se já tivessem aceitação da sociedade,
quando isto é apenas uma roupagem para que, criando a sensação de
popularidade, as pessoas não se ocupem em ser contrárias.

Em 1928, no livro Propaganda, Edwards Bernays explicou que as


pessoas tendem a se comportar de forma irracional ou impulsiva,
especialmente quando estão inseguras. Nesta situação, discursos fortes
e emotivos podem manipular suas decisões.

“Somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são


formados, nossas ideias são sugeridas, em grande parte por homens
dos quais nunca ouvimos falar… Somos dominados por um número
relativamente pequeno de pessoas… que entendem os processos
mentais e os padrões sociais das massas. São eles que puxam os fios
que controlam a mente do público, que aproveitam as velhas forças
sociais e criam novas maneiras de ligar e guiar o mundo”.

 Leia a análise de um dos discursos mais famosos da história, Eu


tenho um sonho, de Martin Luther King.

O controle da sociedade através do discurso

Indústrias, empresários, governos, grupos com interesses definidos


costumam ser os principais agentes que movimentam o dinheiro utilizado
em propaganda para manipular a sociedade.

São feitos esforços para que seja natural para as pessoas aceitarem o
que nem sequer seria uma opção.

O discurso é o principal meio. A partir dos estudos de Freud, Psicologia


do Grupo e A Análise do Ego, Bernays também disse:

“Se entendemos o mecanismo e os motivos da mente grupal, não é


possível controlar e regimentar as massas de acordo com nossa vontade
sem que elas saibam disso?”

As consequências da Janela de Overton e os cuidados necessários

O deslocamento de opinião pode ser louvável ou condenável. Nem tudo


é manipulação e a Janela de Overton não precisa ser considerada
negativa em sua essência. Entretanto, é preciso ter cuidado com as
ideias que os agentes sociais apresentam.
É natural que mudanças e deslocamentos aconteçam impulsionados por
apelos aos fatos e à lógica, à moral e às emoções. Os casos imorais são
movidos por campanhas de desinformação.

Casos notórios são:

 Ideologia de Gênero;

 Black Lives Matter;

 Antifa.
Buscar as reais motivações por trás dos discursos é fundamental. É mais
seguro não acreditar apenas no que é dito, mas procurar saber por que é
dito e se não há intenção oculta por trás.

O principal esforço deve ser o de descobrir se as estratégias utilizadas


para mobilizar a opinião pública envolvem mentiras.

A atenção nos debates deve estar voltada para os termos associados a


algum tema, ou o foco principal. Qualquer um que queira deslocar a
Janela de Overton, não irá contrariar um tema de frente, mas buscará
maneiras suaves de fazê-lo.

A percepção da manipulação da opinião pública pode girar em torno de


um desvio do assunto principal.

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”

Esta frase é de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha


Nazista. Os nazistas sabiam que, para mudar a aceitação das pessoas,
seria necessário lutar no campo das ideologias.

Por esta razão, foi criado o ministério da propaganda. Os alemães eram


constantemente alvejados com a ideia de que pertenciam a uma raça
superior, a raça ariana.

Quando a concepção de superioridade se consolidou, a sociedade


estava naturalmente menos distante da ideia de que aqueles que não
eram arianos não tinham a mesma importância. Consequentemente, era
mais fácil conseguir que o povo alemão concordasse com o extermínio
dos judeus.

As batalhas começam no campo do discurso, mas chegam à realidade e


impactam a vida de todos.
 Este artigo foi baseado na primeira aula do curso O que é
Capitalismo, ministrado por Lucas Ferrugem, um dos fundadores
da Brasil Paralelo. Torne-se Membro e acesse o Núcleo de
Formação para assistir às aulas deste curso e de dezenas de
outros, sobre história, filosofia, economia, arte e educação.

Exemplos da Janela de Overton

A seguinte sequência de exemplos é atual e reflete os acontecimentos


que a maioria das pessoas experimenta no dia a dia. São a melhor forma
para entender de forma aplicada o que é a Janela de Overton.

1 – Aborto

A população brasileira, em geral, é contrária ao aborto. Para que a ideia


de descriminalizar o aborto seja aprovada, é necessário deslocar a
janela, indo de “inaceitável” a “inevitável”. Antes, é preciso passar pela
neutralidade.

Por esta razão, iniciam-se campanhas que tratam dos “direitos da


mulher” e a palavra aborto começa a não ser usada. O primeiro passo é
fazer a opinião pública pensar que o feto é parte do corpo da mulher e
não outro ser humano.

Outra etapa consiste em conquistar os afetos das pessoas falando do


número de mortes clandestinas causadas por abortos não autorizados. A
tática aceita a mentira para mobilizar os sentimentos e são usados
números exorbitantes.
Fala-se de crianças abandonadas por suas mães, que seriam
violentadas e acabariam ameaçando a sociedade ao crescerem em uma
vida de traumas e crimes.

Se os pró-vidas são silenciados e não podem alertar a sociedade sobre


as mentiras usadas, a janela muda e o aborto, antes reprovado, passa a
ser aprovado.

2 – Natureza

Exemplos menores também ilustram bem o que é a Janela de Overton.


Basta considerar a sacola plástica no supermercado. Não se muda a
ideia do consumidor dizendo-lhe que as compras serão levadas para
casa em caixas de papelão.

É preciso falar da preservação da natureza.

3 – Privatizações

Em 2005, se a privatização da Petrobrás fosse discutida, a ideia seria


inaceitável. Com todos os escândalos de corrupção que chegaram ao
conhecimento público, a ideia de privatização saiu do inaceitável e
começou a migrar para o provável nos dias de hoje.

Os Correios já se encontram no nível considerado inevitável.

Teoria da conspiração

Qualquer um que entenda o que é Janela de Overton corre o risco de se


preocupar de forma exagerada. Alguns começam a considerar que tudo
o que acontece na sociedade é parte de um plano estrategicamente
pensado para moldar a opinião pública.

Nem tudo o que acontece é arquitetado e planejado. Muitas mudanças


acontecem por causa do desenvolvimento humano natural. O
conhecimento também leva a mudanças graduais.

Para saber se há ou não manipulação, é recomendável analisar os


argumentos, quem está propondo as ideias e quais serão as
consequências.
O que a televisão faz com as pessoas? Entenda a influência da TV e

seu impacto na educação infantil

“A tela é uma interface em que não há vínculo afetivo”. De acordo com


Samia Marsili, mãe de 6 meninos, médica pediatra e palestrante, a TV é
um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento infantil nos lares, é uma
vilã. Mas qual será o motivo desse efeito tão negativo nas crianças?
Afinal, o que a televisão faz com as pessoas?

Antes de encontrar respostas a tais indagações, é preciso retornar às


origens e observar quais são os efeitos da televisão em adultos também
e como a TV é, hoje, um instrumento de manipulação de massa.

O que você vai encontrar neste artigo?

1. A televisão e os primeiros indicativos negativos


2. De que forma a TV interfere na vida das pessoas?
3. O que é a mídia sacerdotal?
4. A influência da TV na vida dos adultos
5. Qual a influência da televisão na vida dos jovens?

 Para não perder conteúdos como este, acompanhe todas


as produções gratuitas da Brasil Paralelo.

A televisão e os primeiros indicativos negativos


O que está além do aparelho de TV?

A resposta rápida e curta, mas que oculta uma complexa abrangência


é: a mente humana.

A invenção das telas permitiu a viagem da imagem e do som de qualquer


lugar diretamente para os lares. Ao longo deste artigo, as consequências
disso ficarão cada vez mais claras.

Por hora, é válido ressaltar que ao abordar o tema do que as telas fazem
com as pessoas e, especialmente, dos efeitos delas na educação
infantil, não se diz exclusivamente do aparelho de TV.

O tema aqui abordado, inclui todos os tipos de aparelhos de tela, como


tablets, celulares, computadores, notebooks, videogames e afins.

Além de ser um objeto que veicula imagens e sons, a televisão se tornou


um instrumento de diversão passiva e informação, ou desinformação.
Quando se critica a televisão, além de questionar os benefícios dessa
tecnologia, também reflete-se sobre a própria grande mídia.

Como se trata de um meio de comunicação de massa, ainda hoje, a


televisão continua sendo a estrela dos lares brasileiros. Longe de ser
excluída pelo advento da internet, a TV foi agregada por ela.

Eis o fenômeno das Smart TVs. Por elas, o povo brasileiro é impactado
em massa.

De que forma a TV interfere na vida das pessoas?


Em 2019, aproximadamente 96% das casas brasileiras tinham ao menos
uma televisão. Além disso, o tempo médio em que as telas ficam ligadas
alcança mais de 6 horas diárias.

Existe programação ativa por 24h informando sobre uma infinidade de


temas.

O problema é que a televisão não apenas transmite o fato em si. Com a


mágica da edição, pode-se escolher o que mostrar, como mostrar, o que
focar e o que repetir. A televisão também facilitou uma vivência mais
solitária e menos criativa, já que não exige muito esforço de convivência.

As telas permitem um prazer passivo. Para muitos trabalhadores é


irresistível não chegar cansado após horas de trabalho, ligar a TV e
simplesmente não pensar. E, embora passiva, a sensação que o
telespectador tem ao assistir televisão é a de participação naquilo que
vê, por causa dos movimentos, sons e interação.

É próprio desse meio absorver a atenção das pessoas de forma que tudo
no vídeo pareça aceitável.

Destes pequenos aspectos, já se percebe uma mudança de hábito. Os


hábitos individuais de estímulo mudam e os hábitos de interação entre as
pessoas de uma mesma casa também mudam.

Por exemplo, o esforço empregado a ler um livro e a entendê-lo é maior


do que o esforço de receber as informações passadas pela TV. Uma
atividade envolve um maior uso da razão do que a outra.

A TV, intencionalmente ou não, favoreceu o individualismo e o


enfraquecimento da personalidade. Ainda hoje, a televisão é a única
fonte de informação de milhares de brasileiros. O que se apresenta nas
telas é recebido imediatamente como verdadeiro.

O que é a mídia sacerdotal?

A mídia jornalística, que ainda é muito forte nos telejornais transmitidos


em rede nacional, desvirtuou-se do que deveria ser sua essência.

A grande mídia adotou uma pretensão sacerdotal. Seu papel deveria ser


informar os fatos tais como são, mas não é isso que se vê acontecendo.

A mídia aponta os caminhos a serem seguidos e quer transmitir o que é


certo e o que é errado. A televisão é usada para apontar crenças a
serem aceitas, roupas a serem usadas, objetos a serem adquiridos…
A televisão tornou-se um veículo de ideologias. Nas telas,
comportamentos socialmente reprovados ganham ares de
comportamentos comuns e banais.

Há uma outra resposta ainda mais direta à pergunta “o que a televisão


faz com as pessoas?”. Ela é capaz de mudar comportamentos ao focar a
programação no sexo vulgar, no horror, na violência, na prostituição, nas
traições conjugais e em tipos diferentes de crimes.

Um jargão do passado, usado pelos editores de jornais diários, parece


ainda vigorar em muitos tipos de programas de notícia:

“O que sangra, vai na frente”.


A primeira capa precisa mexer com a curiosidade. O sexo e a violência
permanecem chamando a atenção das pessoas. Por isso, é muito
comum que mesmo durante o almoço o foco dos jornais recaia nas
piores reportagens.

Esse é um método perverso, que usa a pedagogia da desestruturação,


alienação e perversão da personalidade.

O que acontece com a vida das pessoas quando a televisão se


instala?

A influência da TV na vida das pessoas é cada vez mais nítida. Nos


lugares onde a televisão chega e, com ela, os seus conteúdos, vê-se
a deterioração dos costumes sociais locais.
Há um certo louvor à desonestidade, imoralidade, amoralidade,
perversão, prostituição, desvios de conduta e alienação do sentido da
vida.

A alimentação e o comportamento conjugal são especialmente alterados,


como a moda e a necessidade de consumo. Há um exagero na
transmissão de cenas de violência e sexo, corrupção e drogas, porque
naturalmente as pessoas têm mais curiosidade por isso.

Onde está a curiosidade, está a audiência. E onde está a audiência está


a oportunidade da manipulação e da venda.

Infelizmente, programas televisivos de alto valor social não são a maioria,


embora existam.

O padrão é que, através da repetição de palavras e cenas, o


comportamento positivo ou negativo das pessoas pode ser condicionado.

A influência da TV na vida dos adultos

É comum pensar que o conteúdo televisivo representa a cultura, mas,


pelo contrário, ele pode moldar a sociedade passando novos valores,
ideias e comportamentos. A televisão também se tornou um instrumento
de engenharia social.

Quando o mundo vai sendo mostrado pelas telas de algum programa,


não se pode pensar que aquilo é a realidade. Pode haver edições,
recortes e ocultações. Nada é isento e imparcial, pois há sempre um
dono de uma emissora e um diretor por trás de tudo o que se vê.

A triste realidade é que tudo pode ser falsificado nas telas, ou


ignorado. No Brasil, a grande mídia costumeiramente produz conteúdos
que ofendem a moral, a religiosidade e os bons costumes da sociedade.

Como já ressaltou o professor Olavo de Carvalho, o povo brasileiro é


majoritariamente conservador e cristão. Mas a mídia, a política e o show
business não é. Logo, o povo fica sem representação.

A televisão em si não é um problema. O fato de programas, imagens e


sons saírem de uma tela não é um mal. Inclusive, nem toda influência é
má.

Mas a televisão pode ser usada como instrumento de manipulação.


Neste aspecto é que se entende da pior forma o que a televisão faz com
as pessoas.
Agressividade e sexualidade

As emissoras lucram por meio da televisão. O conteúdo veiculado é


pensado para gerar desejos nos espectadores. Além disso, por causa
dos efeitos da guerra cultural, principalmente motivada pelos pensadores
de Frankfurt, a televisão brasileira está repleta de ideologias marxistas.

 Principais ideias de Karl Marx.


Em vez de representar a vida de uma sociedade na tela, é representado
o que os idealizadores dos programas querem que seja a vida, a
realidade. Com a repetição, onde um povo começa a assistir novelas, por
exemplo, aumenta-se o número de divórcios e de brigas conjugais.

Naturalmente, o ser humano já possui uma tendência à agressividade


para defender sua vida e sua espécie e possui a inclinação ao sexo para
conservar existência através da prole.

A influência da televisão na vida adulta consiste em provocar doses


extras de violência e de erotismo. Dessa forma, estimula de forma
exagerada o que já existe naturalmente. Quanto mais imatura for a
mente, mais suscetível ela será de ser influenciada pelo que vê.

Foco comercial

O comercial tornou-se o principal produto oferecido pela televisão, que


também se tornou um meio de venda. Os diversos programas
televisionados trazem uma intenção e um espaço separado para o
oferecimento de produtos relacionados ao conteúdo.

As pessoas são atraídas a ceder sua audiência a algo que as divirta e,


por estarem ali assistindo, criam um momento propício à propaganda.

As pessoas gostam de histórias também. A novelas permitem que muitos


participem da vida de vários personagens que se tornam reais na
tela. Elas possuem um altíssimo poder condicionante, moldando o que é
físico, mental e moral nas sociedades.

Assim, estilos de vida criados por escritores e diretores são passados a


todos os que assistem.

Os donos das emissoras, diretores, artistas, publicitários e demais


envolvidos, podem não ser verdadeiros ou bem intencionados naquilo
que transmitem.
Os interesses comerciais podem não estar em nada relacionados ao bem
da sociedade.

Saúde

Cresce o número de pessoas que recorrem aos médicos por causa de


problemas no estômago, dores nas costas e má circulação nas pernas
devido às longas horas sentadas em frente à televisão.

Com o prazer passivo e facilitado de relaxar em frente a uma tela


somado à falta da prática de exercícios e à má alimentação, a obesidade
torna-se cada vez mais comum.

E, se nos adultos os problemas já são graves o suficiente, quais não


serão os efeitos da televisão sobre aqueles que ainda não estão
completamente amadurecidos?

Qual a influência da televisão na vida dos jovens?

Os jovens e as crianças podem ser especialmente afetados pela


televisão, por causa da pouca experiência de vida que possuem. Como
visto, o poder da repetição empregado nas telas é criar ar de
normalidade ao que não é comum. O resultado é o condicionamento da
mente.

Quanto mais nova for a pessoa, mais facilmente ela será influenciada.

Ainda que a televisão não seja a única culpada, o que se observou foi
que a gravidez em menores de 13 anos aumentou com o estímulo do
que se passa na TV, onde facilmente se vê atrizes e atores com vida
sexual ativa e explícita.

A imitação dos artistas favoritos também aproximou a juventude de uma


vida de festas mais desregrada, repleta de exageros alcoólicos.

Expostos à estimulação cerebral negativa, por qualquer tipo de tela,


como os celulares, os jovens podem ter desejos materiais mais
fortalecidos ao mesmo tempo em que valorizam mais a ociosidade e a
irresponsabilidade.

O fenômeno dos jovens e adultos presos na quarta camada da


personalidade não se desvincula desses acontecimentos.

O que se vê representado nas músicas de ostentação e nas que


possuem forte temática de traição é mais um reflexo da influência que o
jovem sofre ao se submeter às telas, às redes sociais e à pressão social
artificial passada pela moda.

A vivência do sexo promíscuo, fácil, constante e irresponsável, tal qual os


programas o veiculam, aumenta o número dos jovens que descobre a
vivência sexual de forma precoce.

Como consequência há um maior número de decepções e desilusões


amorosas, aumento nos casos de doenças sexualmente transmissíveis e
na depressão. Pior, aumenta-se também a busca pelo aborto a fim de
evitar a consequência do que deveria ter sido apenas um prazer
momentâneo.

A religiosidade, que sempre foi um freio a tudo isso, é atacada pela


grande mídia. O cristianismo está entre as religiões que mais é
perseguida, sofrendo de acusações falsas e debochadas.

Finalmente, chega-se aos efeitos nas crianças.

O Efeito da televisão na vida das crianças


O efeito da televisão na vida das crianças

Novamente, é preciso ressaltar que falar sobre o que a televisão faz com
as pessoas é estender-se a qualquer exposição a telas, seja DVD, TV a
cabo, computador, tablet, videogame ou celulares, especialmente os
smartphones.

O primeiro foco de atenção, no entanto, está nos pais. É comum as


famílias pensarem que devem deixar os filhos constantemente distraídos,
já que eles reclamam do tédio e que não têm nada para fazer.

Os pais, por sua vez, cansados, aliviam-se deixando que as telas


distraiam seus filhos para que eles cuidem dos outros afazeres e
descansem.

Mas as consequências são severas, pois agir assim é terceirizar a


educação ao desconhecido.

É bom lembrar que as maiores mentes do mundo sequer frequentaram


escola antes dos 6 ou 7 anos, que não tiveram celular ou televisão e que
isso não prejudicou em nada o seu desenvolvimento intelectual.

Pelo contrário, o que parece ser um benefício, causa uma


atrofia. Adequar-se às tecnologias de hoje não é estar preparado para as
tecnologias na vida adulta. Se uma criança se acostuma a algum
aparelho aos 6 anos de idade, ele provavelmente será obsoleto na vida
adulta.

O psicólogo Albert Bandura, na Universidade de Stanford, fez um teste


com crianças em idade pré-escolar. Ele as expôs a cenas de
agressividade em vídeo por 30 minutos; ao mesmo tempo que mostrava
a outro grupo de crianças, da mesma idade, cenas neutras, sem
agressividade.

Após as exposições dos filmes, as crianças que haviam visto as imagens


de cenas agressivas, apresentaram comportamentos agressivos e
violentos. As que assistiram filmes neutros, não.

Este pequeno fato ressalta algo muito importante.

Como as crianças aprendem?

A maior parte do aprendizado de uma criança vem da observação e


imitação do comportamento dos outros, tomados por modelos a serem
seguidos.

As primeiras experiências sensoriais na infância são tão importantes e


marcantes que tais impressões são as últimas a sobreviverem quando o
cérebro se deteriora na senilidade, nos traumatismos físicos, mentais e
quando ocorre a morte.

São elas, também, as primeiras a voltarem à recordação, após períodos


de amnésia.

Para as crianças, a realidade é um estímulo suficiente para causar o


encantamento. Por isso não se cansam de rirem de uma situação
repetida, que os adultos rapidamente consideram chata.

Justamente o encantamento com a realidade e os estímulos naturais é


que se arruínam com a exposição excessiva a telas e televisão.

Assistir a algo que passa na TV exige um olhar fixo, menos atenção e


uma multidão de estímulos sensoriais e noções de recompensa. Uma
leitura, por exemplo, exige o movimento dos olhos linha a linha, mais
atenção e menos estímulos sensoriais.

Para as crianças influenciadas pela televisão, os livros estarão entre as


coisas mais chatas do mundo, bem como a interação social com os
familiares e outras crianças.

A influência da televisão na vida das crianças pode ser resumida da


seguinte forma:

 A exposição constante às telas leva a uma atrofia do córtex


cerebral, pois reduz a receptividade de informações sensoriais.
O excesso de estímulos passados é tanto que a criança fica saturada.
São tantas imagens, cores e sons, e tudo isso trocado com tanta
velocidade, que a atenção da criança deixa de reter as informações mais
importantes.

 As crianças tornam-se mais impulsivas.


A dificuldade em conter impulsos vem da falta de maturidade cerebral
para lidar com os estímulos sentidos. As crianças não possuem a
capacidade de dizer sim ou não às sensações que têm, nem saber
discernir o que é certo ou errado.

Quem faz a seleção do que é bom e do que é mau são os pais, os


adultos presentes. Neste ponto se insere mais uma influência da
televisão na educação infantil. Tudo o que é passado nas telas é
recebido como aceitável.

A tela não é uma interface humana, não há filtro e a criança recebe todos
os impulsos sem controle.

 O uso de mídias sociais libera dopamina, o neurotransmissor


relacionado ao vício.
Os pais que já tentaram retirar celulares e televisores dos filhos
acostumados a isso provavelmente viram sinais de abstinência. Isso
acontece, porque esse tipo de interação libera dopamina, ligada ao
sistema de recompensa do cérebro e à sensação de bem estar.

 Entenda o mecanismo do vício e como quebrá-lo.


Com o excesso, tem-se o vício em obter cada vez uma maior liberação
de dopamina, aumentando o tempo usando mídias. Quando isso é
cortado, algumas crianças choram, batem a cabeça na parede ou no
chão e podem até agredir os pais.

 Telas deixam as crianças mais ansiosas e mais desobedientes,


mais desconcentradas e com maior dificuldade no desempenho de
leitura.
Por causa dos excessos das telas e do padrão de estímulos que elas
geram, o convívio com a família e a frequência em atividades com outras
crianças em brincadeiras não virtuais são vistas como sem graça.

Crianças viciadas não se interessam por outras pessoas, por livros ou


por brincadeiras.
 O abuso de tela se relaciona a um menor desempenho em
matemática e linguagem.
É um mito pensar que a televisão e os celulares deixam as crianças mais
inteligentes por causa do maior estímulo e de uma suposta maior
formação de sinapses neuronais.

Na verdade, o aumento de estímulo não é proporcional à capacidade


cognitiva.

O maior problema descoberto ao se investigar o que a televisão faz com


as pessoas, sobretudo crianças, está na atenção.

De forma análoga, a atenção é como o porteiro do cérebro e escolhe o


que deixa ou não entrar, sendo que só merece entrar o que é essencial.
A televisão acaba com o senso de essencial e periférico e acaba com o
foco da atenção, deixando as crianças mais distraídas.

A capacidade de se concentrar diminui. Com tantos estímulos, a atenção


não sabe o que reter de importante. E a inteligência consiste,
precisamente, na retenção de informações e na relação entre elas.

Essa é a principal razão para o aumento da chance das crianças pré-


escolares, expostas a mais de duas horas de telas, desenvolverem
TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Essa
chance aumenta em 8 vezes.

 As crianças imitam o que veem.


A linguagem passa pelo interlocutor. É necessário que as crianças
estejam com outras pessoas gesticulando, entonando, etc. Na TV, as
pessoas são exageradamente felizes ou exageradamente tristes.

As crianças ficam desreguladas, o que é notável, porque elas passam a


se expressar como se estivessem em um desenho animado.

 Há um aumento no número de crianças que se mutilam e se


suicidam.
Como não há senso de certo e errado, elas simplesmente agem de
acordo com o que assistem e recebem. Isso, somado a diversas outras
negligências vindas dos pais, pode culminar em situações drásticas.

 Crianças expostas a telas constantemente não entendem porque


recusar recompensas imediatas.
Quando a motivação dos filhos é sempre ganhar algo, sentir prazer,
receber pontos, benefícios, presentes e recompensas em geral, elas
perdem as motivações interiores que são as virtudes, o senso de dever e
responsabilidade e o entendimento moral do que é bom ou mau, certo ou
errado em si mesmo.

Outro aspecto importante é o da perda da habilidade de suportar uma


situação difícil pensando em um bem futuro. As crianças influenciadas
pelas telas tendem a ser imediatistas em ter o que querem.

 Por último, inevitavelmente as crianças são expostas a pornografia


e nudez, a imoralidades do mundo adulto que não fazem bem nem
mesmo a pessoas já maduras.

Famílias que se livraram da televisão

Em um experimento feito no Japão, 42 famílias na cidade de Kobe


aceitaram ficar sem televisão.

A primeira descoberta foram sinais de abstinência. Certa família não


conseguiu ficar um dia sem televisão, outras quatro desistiram de
participar e voltaram a assistir seus programas.

Quanto às outras, reportaram o seguinte à reportagem do The Daily


Yomiuri:

“As pessoas relataram com entusiasmo que um sentimento de


tranquilidade retornara a seus lares, que iam dormir e se levantavam
mais cedo, liam mais, e que em geral gozavam de uma disposição de
espírito mais saudável.
“Certa mãe disse que ela e seu esposo tinham agora animadas
conversas com seus filhos, uma raridade quando o televisor era a
companhia noturna primária deles.
“Outros disseram que seu filhos, que antes não levantavam um dedo
para ajudar em casa, agora arrumam suas camas e ajudam a cuidar da
louça.”

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