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ISTAMBUL, AS DICAS DA MANUELA MATOS MONTEIRO

O que fazer em
Istambul, as dicas
da Manuela Matos
Monteiro
POR FILIPE MORATO GOMES | ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM
29 AGO 2017 | VIAGENS NA MINHA TERRA | EUROPA
ISTAMBUL TURQUIA — LEAVE A COMMENT
! TEMPO DE LEITURA: 8 MINUTOS

Quer visitar Istambul e está farto de ler as


mesmas dicas de viagem em todos os
guias? Desafiei a Manuela Matos Monteiro,
profunda conhecedora da cidade e autora
do belíssimo blog Istambul 5 dias, a
partilhar cinco sugestões sobre o que
fazer em Istambul para tornar a sua
estadia única e inesquecível. “Se fosses
com um amigo a Istambul, onde o
levarias?” – eis as dicas da Manuela.

O que fazer em
Istambul com um
amigo
Quando olho um avião a riscar o céu e me
perguntam “Para onde querias ir agora?”, a
minha resposta imediata e sem
pensamento é invariavelmente: Istambul!
Interrogo-me das razões desta escolha
apesar de já lá ter estado nove vezes e de
gostar da novidade de tantos mundos
desconhecidos. Percebo que são as
contradições de uma cidade que se divide
entre dois continentes, que convive com
diferentes religiões, que combina a
tradição herdada por uma longa história
com a modernidade, que a tornam única.
Foi difícil selecionar só cinco sugestões
que fujam às tradicionais opções
turísticas. Mas confesso que mesmo estas
são fascinantes propostas!

#1 Andar de ferry

Passeio de ferry em Istambul

Conhecer Istambul passa por andar de


ferryboat, o transporte usado pelos
habitantes para aproximar as margens
afastadas pelo Mar de Mármara e pelo
Bósforo. É um meio rápido, seguro e
económico, mas o que interessará ao
viajante é o conhecimento da cidade que
essas viagens proporcionam.

Sugiro que subam até ao deck superior e


que se acomodem no fundo da
embarcação para terem as melhores vistas
e deixarem que a cidade vos ofereça em
perspetiva o Palácio de Topkapi, Haghia
Sophia, Sultanahmet, as mesquitas, o
Grande Bazar, o Bazar das Especiarias, os
cemitérios que se estendem colinas
abaixo, a Torre Galata, as pontes, os
mercados…

Será de ferry que poderão visitar a parte


asiática de Istambul e, se tiverem tempo,
um cruzeiro pelo Bósforo até se avistar o
Mar Negro é uma possibilidade. Em todas
as opções, escolher sempre os ferries
públicos que para além de bons e
acessíveis são eles próprios uma parte
integrante de Istambul. E, mesmo que não
tenham destino, aproveitem viajar entre
margens ao pôr-do-sol e associar o perfil
único da cidade que escurece com o
chamamento à oração pelos muezzin que,
em eco, se desmultiplicam num coro
impressionante.

#2 Museu da Inocência

Museu da Inocência em Istambul

Não há melhor guia de Istambul do que


Pamuk, o escritor turco, prémio Nobel da
Literatura em 2009. “Istambul – memórias
de uma cidade” é um dos livros que nos
leva a descobrir que há uma cidade que
mantém as marcas da sua identidade. Mas
há um outro livro, “Museu da Inocência”,
que sendo uma ficção nos devolve a
cidade da década de 70.

A história parece à primeira vista uma


pieguice em que se conta o louco amor de
um rico filho da alta burguesia, Kamal, por
uma prima afastada que é empregada de
balcão (Fuzun). O amor não corre de
feição e Kamal perde-se a recolher objetos
tocados pela rapariga. Pamuk, desdobrado
entre autor e personagem, constrói um
museu onde expõe esses objetos.

Nos três andares do edifício vermelho da


Rua Çukurcuma, onde está instalado o
Museu da Inocência, podem-se ouvir os
sons das ruas, ver jornais, milhares de
objetos que refletem um tempo de uma
cidade e que cumprem o desejo de Pamuk
“Quero que o meu museu seja o museu da
cidade, que inclua tudo, desde mapas das
ruas, a fechaduras, a maçanetas de portas,
passando por telefones públicos e o som
das sirenes de nevoeiro.

É um museu único e quem tiver o livro que


o leve porque a promessa do autor é
cumprida à entrada do museu: na página
626 está um bilhete que dá direito a uma
entrada individual no lugar onde parte da
memória sentimental de Pamuk reside. E
de Istambul também.

#3 Café Pierre Loti

Vista a partir de Pierre Loti, Eyup

Convém reservar quase um dia para uma


expedição pouco partilhada com turistas.
O destino é o café Pierre Loti, nome de
um francês que se apaixonou
perdidamente por uma turca casada e
também por Istambul. Há que apanhar o
ferryboat e aproveitar a viagem Corno
Dourado acima para apreciar as duas
margens. Depois de uma caminhada, a
sugestão é que se sobrevoe a colina de
túmulos do cemitério de Eyup num
teleférico. Chegados ao topo, tem-se uma
das paisagens mais amplas da cidade.

A pequena vivenda que acolhe agora o


café, foi habitada por Loti que aparece na
sala em fotografias que ilustram vários
momentos da sua vida atribulada. A
cozinha, onde se faz o chá nas brasas do
samovar, só serve água, refrigerantes, café
turco e leves sanduíches. Numa pequena
loja vendem-se os livros de Loti e outras
memorabilia. O regresso pode fazer-se
descendo calmamente o cemitério que
desagua no complexo de Eyup,
considerado juntamente com Meca e
Jerusalém um grande centro religioso –
que vale a pena explorar.

#4 Jantar debaixo da ponte


Galata

Restaurantes na ponte Galata de Istambul


©iStock.com

A ponte Galata liga as duas margens do


Corno Dourado e apesar de haver muitas
outras ligações esta é de longe a mais
estimulante. O tabuleiro superior está, ao
longo das 24 horas do dia, habitado por
dezenas de pescadores que à linha
recolhem peixe miúdo. No tabuleiro
inferior alinham-se, nas duas bandas da
ponte, restaurantes de qualidade que
apresentam nas suas montras peixe
fresco.

Mas a minha sugestão vai para uma


modesta extensão em esplanada de um
dos restaurantes, o Fishing Point
frequentado sobretudo pelos turcos. Para
jantar, sugiro pão com cavala frita que vem
animado com algumas folhas de alface. É
uma oferta muito popular, barata e
saborosa, mas mais saborosa é a paisagem
que se desfruta: o lento anoitecer, o
vaivém dos ferryboats, navios e lanchas, o
perfil das mesquitas, os morros da cidade
cobertos de casas, o chamamento dos
muezzin para a oração.

De quando em vez, antecipamos as


alegrias dos pescadores do tabuleiro
superior quando vemos subir nas linhas
peixe prateado.

#5 Romãs, lokums, baklavas e


simit
Há tentações que merecem ser
respeitadas, especialmente porque se
reportam a manifestações culturais (enfim
uma boa desculpa para o pecado!). E o
pecado mora nas montras das confeitarias
de Istambul onde geometricamente
alinhadas estão as baklava, um dos
deliciosos doces turcos. As baklava turcas
são conhecidas pela finura da sua massa
que as torna levemente crocantes, mesmo
depois de banhadas por um xarope de
açúcar aromatizado. E é esta conjugação
de leveza e densidade que as torna uma
verdadeira experiência gastronómica.

Os lokum (na sua origem, a palavra quer


dizer “satisfação da garganta”) são os
doces mais fotogénicos, pois são
brilhantes e de cores diversas e alguns
incluem frutos secos. Estas delícias turcas
podem ser acompanhadas por um dos
muitos aromáticos chás de que destacarei
o de maçã e o de romã.

Para os menos dados a doces, sugiro que


experimentem o simit, que é um pão
pequeno em forma de rosca polvilhado
com sementes de sésamo que se vende,
sempre fresco, em pequenos carrinhos
espalhados nas ruas. Quer se escolham os
doces ou o pão, vai sempre bem um sumo
de romã tirado na hora. O sabor é forte e
único, podendo escolher-se uma mistura
com sumo de laranja.

Pesquisar hotéis em Istambul

Mapa: o que fazer em Istambul

O que fazer em Is…

Pierre Loti Coffee House

Çukurcuma Hamamı

Galata Bridge

Andar de ferryboat

Pierre Loti Coffee House

Çukurcuma Hamamı
Harita verileri ©2018 Google Şartlar 2 km

Galata Bridge

Se está a pensar visitar Istambul, conheça


Andar de ferryboat Andar de ferryboat
o excelente trabalho da Manuela Matos
Monteiro em www.istambul5dias.net, um
blog recheado de dicas de viagem para
aproveitar ao máximo a sua estadia na
maior cidade da Turquia.

Pesquisar hotéis em Istambul

Seguro de viagem
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