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COMUNIDADE EVANGÉLICA CEIFEIROS DA SEARA SANTA

DISCIPLINA:
ÉTICA NA LIDERANÇA CRISTÃ
 LIÇÃO 1 
 INTRODUÇÃO                                                                                        
O que é Ética? Ética é a ciência moral ou da moral; filosofia moral; estudo dos deveres
e obrigações do indivíduo e da sociedade. É o ramo do conhecimento que estuda a
conduta humana, estabelecendo os conceitos do bem e do mal em determinada
sociedade e época.
Segundo Isaías 5.20 a Bíblia lida com valores absolutos e nenhuma espécie de
relativismo. O problema ético é bem maior do que imaginamos, porque ele passa pelo
indivíduo e desemboca na própria estrutura social.
 Conceitos Importantes
1) A Ética integra os 6 sistemas tradicionais da Filosofia, ao lado da política, da lógica,
da gnosiologia (estudo do conhecimento), da estética (estudo do que belo) e da
metafísica (estudo sobre tudo o que é além da matéria: alma, valores interiores,
mundo espiritual).
2) A palavra ética vem do grego ethos que significa costume, disposição, hábito. No
latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra. Segundo o
pastor Claudionor de Andrade, é o “Estudo sistemático dos deveres e obrigações do
indivíduo, da sociedade e do governo. Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que
é errado” (Dicionário Teológico, p.121).
3) Para o cristão, a ética pode ser entendida como um conjunto de regras de conduta,
aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Ora, as decisões que
circulam entre o certo e o errado são tomadas por qualquer pessoa, incluindo os
cristãos. A Bíblia deixa diretrizes para que tais decisões sejam acertadas.
4) A ética trata do bem (isso é, dos valores e virtudes que devemos cultivar) e do
direito (isso é, de quais devem ser as nossas obrigações morais). Em muitos aspectos a
ética está muito mais ligada à religião do que à ciência social.
5) Seja o nosso referencial os Dez Mandamentos, o livro dos provérbios, os profetas do
A.T, o Sermão da Montanha, as epístolas de Paulo. Nesse aspecto, a Bíblia Sagrada
fornece um vasto repertório ético em diferentes formas literárias e de diferentes
contextos históricos e culturais para o nosso bem viver.
Nesta oportunidade estudaremos a ética sob o ponto de vista do exercício da liderança
cristã.      
  LIÇÃO 2 
1. QUALIFICAÇÕES DO OBREIRO (1Tm 3.4)
O obreiro enfrenta diversas situações no seu ministério, é necessário lidar com os
problemas biblicamente e aprender a superar as dificuldades ministeriais com firmeza,
com graça, autoridade e humildade. A maioria dos autores aborda as questões éticas
do ponto de vista teológico, com definições, textos, citações, mostrando como deve
viver e proceder do obreiro
cristão.                                                                                                                                                 
                                                                                                               O obreiro deve enfrentar
ciúmes, invejas, cobiças, tentações sexuais e tentações em fazer do ministério a
plataforma para a aquisição de bens pessoais. A vida ministerial não é fácil, mas
podem ser vivida cheia de alegria, prazer, humor, contentamento e fé. O título não
tem sentido algum se a graça, a unção e a virtude profética de seu ministério forem
perdidas. Não é o título ministerial que dá nobreza ao ministério. A nobreza reside na
verticalidade da comunhão com Deus e na execução dos propósitos divinos na terra. E
é a vida interior do obreiro que determinará seu ministério na terra.
Hoje, a capacitação teológica é importante; mas o crescimento da vida cristã não pode
ser menos importante. Ao estudarmos e lemos a Bíblia, devemos deixar que a Palavra
de Deus faça morada em nós.
Em 1 Coríntios 4.1, a palavra grega traduzida para ministro é huperetes, um remador
inferior, um ajudante de remador. Ao utilizar
desse                                                                                                 termo. Paulo está se
referindo aos remadores que ficavam na parte mais inferior do navio; remadores
submissos a outros remadores. É alguém que trabalha por obrigatoriedade voluntária.
As pessoas deveriam entender que o ministro não age por conta própria, mas que
trabalha voluntariamente sob ordens de Deus.
A chamada de Deus não depende basicamente de preparo intelectual ou profissional.
Essas qualidades são boas, úteis, mas não essenciais. Nesse sentido, devemos atentar
para o que a Palavra de Deus diz sobre algumas qualificações do obreiro de Deus:
 
13. Vocação Divina – vocação e chamada dependem de Deus e são manifestadas
pelo Espírito Santo (At 13.2; Rm 1.1);
14. Ter cuidado de si mesmo e da doutrina (1Tm 4.16);
15. Ser irrepreensível, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar,
não cobiçoso de torpe ganância, não avarento (1Tm 3.2,3);
16. Obediente, humilde e sábio (Fl 2.25);
17. Que governe bem a sua própria casa e tenha os seus filhos em sujeição, com
toda a modéstia (1Tm 3.4; 1Pe 4.10);
18. Que tenha bom testemunho dos que estão de fora (Cl 4.9);
19. Ter uma grande capacidade para perdoar (Lc 18.10-12; Mt 5.44-48; 6.14,15; 1Jo
4.20);
20. Dá a sua vida pela obra (2Tm 4.6-8);
21. Fala o que convém à sã doutrina (Tt 2.1);
22. Ama evangelizar (Rm 1.16);
23. É estudioso (2Tm 2.15; 1Tm 4.13,15; At 20.28; Tt 1.9);
24. Procura ter uma conduta exemplar no púlpito (1Tm 3.15). Púlpito não faz o
bom obreiro, mas é no púlpito onde damos o exemplo. Púlpito não é lugar para
censurar os defeitos dos irmãos, defender-se de seus adversários, falar em
publico o que lhe é confiado privadamente, contra-atacar com indiretas
aqueles com quem mantém diferenças. O púlpito também não é lugar para
agraciar seus amigos, os benfeitores da igreja ou salientar certos defeitos de
seus membros.
 
LIÇÃO 3 
 
2. A ÉTICA NOS ENSINA ALGUMAS REGRAS E ATITUDES DO OBREIRO (A) NO
PÚLPITO COMO:                                                            
 
1. a) Não deve dirigir o culto e nem pregar gritando, dar murros no púlpito, bater
o pé no chão diversas vezes, gesticular demasiadamente;
2. b) Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia;
3. c) Coçar-se de modo inconveniente, limpar as narinas;
4. d) Fazer a leitura bíblica que anunciou ser o texto base da mensagem e não
mais voltar a ela;
5. e) O obreiro da igreja deve chegar cedo à casa do Senhor, e não querer ser o
primeiro ao sair após o término do culto.
6. f) O obreiro, o dirigente do culto ou quem lhe for dado a oportunidade no
momento da oferta, se for para cantar um hino, que é muito proveitoso, desde
que:                                                                                                
 Não se diga: “Vamos cantar um hino para recolher as ofertas”;                      
o  Mas diga-se: “Vamos louvar a Deus através de nossos dízimos e
ofertas, e aproveitando este momento, cantemos o hino...”
2. g) Há uma importância muito grande em o obreiro não se expor demais
em sua fala durante o transcorrer do culto. E que tenha atenção para os
avisos, leitura bíblica oficial, cânticos, apresentações, etc. 
                                                                             
A ÉTICA NOS ENSINA ALGUMAS REGRAS E ATITUDES DO OBREIRO (A) EM RELAÇÃO
ÀS MULHERES E COM O PRÓXIMO
o a) O obreiro deve e pode ser sempre cavalheiro, mas cauteloso;
o b) Só deverá levar uma senhora ou uma jovem até sua casa, a sós, em
caso de extrema necessidade, e se não houver outro recurso;
o c) Levar uma jovem ou senhora até determinado lugar, a título de
“carona”, a sós e repetidamente, deve ser evitado;
o d) Todo contato e tratamento afetuoso só para mulher precisam ser
evitado, deve merecer muito cuidado;
e)Tratar pessoas financeiramente abastadas de maneira privilegiada é atitude
reprovável no obreiro;
1. f) Entrar em conversa de pessoas, mesmo sendo membros de sua igreja
ou de amigos, quando esses falam em particular, é falta de discrição.
2. g) Usar termos que traduzam fascinação, por alguma pessoa, mesmo
sem malícia é censurável.
3. h) Elogiar só as mulheres ou só a esposa, quando se tratar de casal,
mesmo que as intenções sejam as mais justas e puras pode suscitar
comentários.
 O TRATAMENTO ÉTICO DA (A) OBREIRO (A) E DOS DEPARTAMENTOS DA IGREJA
Deve haver um tratamento ético entre os departamentos da igreja e o (a) obreiro (a).
Há princípios éticos para a igreja, e para o obreiro. Os compromissos de ambos devem
ser respeitados. O obreiro e a igreja devem ser fiéis à doutrina, zelar por essa doutrina:
4. a) O obreiro que é dirigente do departamento deve procurar deixar o
trabalho da melhor maneira para o seu sucessor;
5. b) O novo líder do departamento nunca deve fazer más referências de
seu colega antecessor, mesmo que haja motivo. O seu antecessor é seu
irmão na fé, é seu colega de ministério, e que ele, que agora assume,
será antecessor de outro (um dia será substituído);
6. c) O obreiro deve ter um bom relacionamento com os demais líderes de
outros departamentos. O relacionamento deve ser de cortesia e
fraternidade. Cada departamento tem sua forma de trabalhar de acordo
com a sua faixa-etária. É dever nosso respeitar e tratar com cortesia
todas as pessoas, quanto mais àquelas que servem ao senhor num
mesmo propósito;
7. d) Os líderes devem ajudar e auxiliar ao seu pastor alegremente (2 Co
8.5), amá-lo respeitosamente (1Ts 5.13) e contribuir com generosidade
para o seu bem-estar (1Co 9.11; Gl 6.6);
8. e) Deve haver entre o dirigente da igreja e os líderes de departamento
um círculo de comunhão eclesiástica, de companheirismo. Deve haver
franca e fiel camaradagem entre todos, respeito. O dirigente deve
inspirar confiança no grupo de auxiliares, e estes devem conquistar a
confiança do dirigente e tornar-se cada vez mais dignos dessa confiança.
Onde não há respeito, não há governo; há anarquia;
9. f) Casos que precisam se tomadas medidas disciplinares dentro do
departamento devem ser encaminhado para o dirigente da igreja,
autoridade constituída pela presidência do nosso campo de trabalho
para isso;
10. g) Não usar o dinheiro do departamento em benefício próprio nem dos
seus;
11. h) Não gaste o tempo do culto com o desnecessário;
12. i) Não critique os irmãos na igreja e nem fale mal da igreja em público.
 
LIÇÃO 4 
 
5. A ÉTICA DO (A) OBREIRO (A) NA SUA VIDA PARTICULAR
O obreiro tanto na sua vida espiritual e carnal deve ter atitudes coerentes. O obreiro
não deve frequentar lugares incompatíveis com o decoro de sua função. Deve vestir-se
decentemente
1)Em relação ao casamento -  Há os que se casaram exclusivamente por simpatia,
aparência física, buscaram no casamento satisfação de felicidades. Existem aqueles,
que reconhecem ser o casamento a realização de um ideal. O obreiro precisa que sua
esposa comungue dos mesmos ideais, sentimentos, preferência que ele tem nos
trabalhos da igreja, e vice e versa.
2)Cuidados Pessoais – O homem precisa estar preparado espiritualmente, mental e
intelectualmente para muitos exercícios, sem esquecer do seu corpo, para não ficar
doente, enfraquecido,cansado.
A mulher precisa estar preparada espiritualmente, mental e intelectualmente, sem
esquecer-se dos princípios de modéstia e simplicidade que as Escrituras Sagradas
ensinam.
O (a) obreiro (a) deve cuidar de seu corpo (1Co 6.19,20). Cuidar de sua alimentação,
ter horário para alimentação, repouso regular, cuidados com as mudanças de
temperaturas.
 
6. A ÉTICA DO LÍDER DE DEPARTAMENTO NO SEU RELACIONAMENTO
COM OS DEMAIS OBREIROS:
1) A relação com o pastor e evangelista – Ambos são ministros do evangelho
reconhecidos por Deus e pela igreja, com funções distintas. Eles devem ser respeitados
como obreiros com funções mais amplas.  O pastor não é superior ao evangelista, nem
o evangelista ao pastor, porém ambos exercem ministérios diferentes. A direção do
ministério ou da igreja local naturalmente é do pastor que exerce um cargo maior do
que o do evangelista ou pastores  auxiliares.
Deve-se esperar que o líder de departamento compreenda essa hierarquia,
apresentando-se de forma prudente, sábia, fiel a sua chamada.
Por isso é importante o líder de departamento compreender algumas funções bem
essenciais a esses dois ministérios:
o O evangelista deve dispensar ao pastor o melhor tratamento possível,
extremamente leal ao pastor em público e em particular;
o O pastor e o evangelista são outorgados a celebrarem todas as
cerimônias religiosas, estando presente o pastor a ele fica o encargo da
cerimônia, da benção apostólica. O evangelista antes de celebrar
cerimônia religiosa na filial deve primeiramente comunicar ao pastor-
presidente.
 
LIÇÃO 5 
 
2) A Relação com os presbíteros e Diáconos – o presbítero e o diácono precisam e
devem ser homens de oração, amigo de todos, de bom testemunho junto aos de fora,
respeitar seus companheiros de ministério, não ser violento, espancador, não induzir
ninguém a erro. O presbítero de modo geral exerce a função de pastor local; o diácono
de obreiro auxiliar dos negócios do templo. Duas funções importantíssimas na obra do
Senhor em que os líderes de departamentos precisam ter o devido respeito e
importância por esses homens de Deus.
O presbítero é um homem de palavra, precisa ter a coragem e a honra de defender
suas convicções respaldadas na Palavra de Deus, não deve ser levado por opiniões
alheias, por ser um oficial da igreja deve dar e receber o respeito do povo, ser honesto,
conhecer as doutrinas bíblicas, ter o Espírito Santo, provado por algum tempo antes da
separação (1Tm 3.9; At 6.3; Ef 5.18-21; Tt 1.5).
O diácono é um homem fiel a Deus e a causa do senhor. Auxilia em todos os trabalhos
que demandam auxiliar o serviço na igreja e o auxílio aos enfermos. Uma função
importantíssima para o bom andamento da obra de Deus.
3)Relação com os auxiliares de trabalho – o auxiliar é um trabalhador que está em
provação e exerce uma função a fim de prepará-lo para mais tarde exercer o ministério
diaconal. Deve ter respeito e boa educação por parte dos líderes de departamentos.
4) O relacionamento com a igreja local e a sociedade – Mt 5.13 – 17
– Amar os irmãos em Cristo e servindo com todo o amor e carinho – Mc 12.30,31
 – Levar a influência da Igreja à Comunidade – Atos 2:47
– Ajudar na solução de problemas sociais – Atos 6
– Providenciar socorro nas calamidades – Atos 11:30
– Cooperar nos empreendimentos educacionais.
– Apoiar projetos de caráter cívico beneficente.
– Ser cidadão exemplar
 
“Quem ouve aprende, quem aprende cresce e quem cresce, nunca será escravo da
mediocridade”
 
Deus continue abençoando sua vida!

José Orlando Orlando Lopes


Pastor Presidente

 
 

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