Você está na página 1de 252

ITA 2023

MATRIZES E DETERMINANTES

AULA 12

Prof. Victor So

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Victor So

Sumário
APRESENTAÇÃO 4

1. MATRIZES 5

1.1. NOÇÃO BÁSICA 5

1.2. LEI DE FORMAÇÃO 6

1.3. TIPOS DE MATRIZES 6


1.3.1. MATRIZ LINHA 6
1.3.2. MATRIZ COLUNA 7
1.3.3. MATRIZ QUADRADA 7
1.3.4. MATRIZ RETANGULAR 8
1.3.5. MATRIZ NULA 8
1.3.6. MATRIZ DIAGONAL 8
1.3.7. MATRIZ IDENTIDADE (MATRIZ UNIDADE) 8
1.3.8. MATRIZ TRIANGULAR 9
1.3.9. MATRIZ OPOSTA 9

1.4. IGUALDADE ENTRE MATRIZES 9

1.5. OPERAÇÕES COM MATRIZES 11


1.5.1. ADIÇÃO 11
1.5.2. SUBTRAÇÃO 12
1.5.3. MULTIPLICAÇÃO 12

1.6. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS 22


1.6.1. ADIÇÃO 22
1.6.2. MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES POR ESCALAR 22
1.6.3. MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES 23
1.6.4. DEMONSTRAÇÕES 23

1.7. MATRIZ TRANSPOSTA 26


1.7.1. DEFINIÇÃO 26
1.7.2. MATRIZ SIMÉTRICA 26
1.7.3. MATRIZ ANTISSIMÉTRICA 26
1.7.4. PROPRIEDADES DA MATRIZ TRANSPOSTA 26

1.8. TRAÇO DE UMA MATRIZ 28


1.8.1. DEFINIÇÃO 28
1.8.2. PROPRIEDADES 28

1.9. MATRIZES ESPECIAIS 29


1.9.1. MATRIZ INVERSA 29
1.9.2. MATRIZ ORTOGONAL 30
1.9.3. MATRIZ DE ROTAÇÃO 30
1.9.4. MATRIZ NILPOTENTE 32
1.9.5. MATRIZ IDEMPOTENTE 32

2. DETERMINANTE DE UMA MATRIZ 35

2.1. DEFINIÇÃO 35
2.1.1. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟏 36
2.1.2. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟐 36
2.1.3. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟑 37

2.2. TEOREMA DE LAPLACE 40

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 2


Prof. Victor So

2.2.1. CONCEITOS INICIAIS 40


2.2.2. MATRIZ DOS COFATORES 42
2.2.3. TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE 42

2.3. PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES 43


2.3.1. FATOR COMUM EM UMA FILA DA MATRIZ 44
2.3.2. FATOR COMUM NA MATRIZ 45
2.3.3. TEOREMA DE BÉZOUT 45
2.3.4. FILAS PARALELAS IGUAIS OU PROPORCIONAIS 46
2.3.5. COMBINAÇÃO LINEAR DE FILAS 46
2.3.6. MATRIZ TRIANGULAR 47
2.3.7. MATRIZ TRANSPOSTA 48
2.3.8. DECOMPOSIÇÃO EM SOMA 49
2.3.9. TEOREMA DE CAUCHY 50
2.3.10. TEOREMA DE JACOBI 50
2.3.11. TEOREMA DE BINET 52
2.3.12. MATRIZ DE VANDERMONDE 54
2.3.13. MATRIZES SEMELHANTES 56

2.4. REGRA DE CHIÓ 58

2.5. CÁLCULO DA MATRIZ INVERSA PELO DETERMINANTE 60


2.5.1. MATRIZ ADJUNTA 60
2.5.2. LEMA DE CRAMER 60
2.5.3. INVERSA DE UMA MATRIZ 61

2.6. CÁLCULO DO DETERMINANTE DE MATRIZES INFINITAS 63

3. QUESTÕES NÍVEL 1 69

3.1. MATRIZES 69

3.1. GABARITO 75

3.1. RESOLUÇÃO 75

3.2. DETERMINANTES 91

3.2. GABARITO 97

3.2. RESOLUÇÃO 98

4. QUESTÕES NÍVEL 2 112

GABARITO 124

RESOLUÇÃO 124

5. QUESTÕES NÍVEL 3 153

GABARITO 175

RESOLUÇÃO 177

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA 252

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 252

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 3


Prof. Victor So

APRESENTAÇÃO
Olá,
Nesta aula, estudaremos matrizes e determinantes. Veremos os conceitos básicos de
matrizes e, principalmente, os teoremas e propriedades para calcularmos o valor dos seus
determinantes.
As matrizes são muito úteis na resolução de sistemas lineares e este será o conteúdo da
nossa próxima aula. Se você já tem familiaridade com matrizes, faça uma leitura rápida da teoria
e vá para a lista de exercícios. O importante é ganhar velocidade e estar com os conceitos bem
fixados.
Se você ainda não se sente confortável com esse assunto, leia a teoria com calma e tente
entender os conceitos básicos para saber resolver os exercícios do seu vestibular.
Qualquer dúvida, não hesite em nos procurar. Estamos aqui para auxiliá-lo.
Bons estudos.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 4


Prof. Victor So

1. MATRIZES

1.1. NOÇÃO BÁSICA


Uma matriz é um agrupamento de informação no formato de tabela com linhas e colunas.
Veja alguns exemplos:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
3 2
𝐵=( )
1 1
1 0 1

−1 −2 0
𝐶=
1
[5 4 3]

5 5 0
1 3 3
𝐷=[ ]
1 3 4
0 5 −1
Repare que podemos representar uma matriz usando os parênteses “ ( )“ ou os colchetes
“[ ]“.
Como podemos ver, uma matriz é formada por elementos dispostos em linhas e colunas.
Cada elemento possui um “endereço” que é composto de duas informações: a qual linha e a qual
coluna ele pertence, nessa ordem.
As linhas são contadas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para a direita. Vamos
tomar a seguinte matriz 𝐴 como exemplo:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
Nessa matriz, temos 2 linhas e 4 colunas:

No exemplo, o elemento da primeira linha e da terceira coluna é indicado por 𝑎13 e seu
valor é 18, ou ainda, 𝑎13 = 18.
Podemos dizer que a matriz 𝐴 tem dimensão 2𝑥4 e ela pode ser representada pelas
seguintes notações:
𝐴2𝑥4

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 5


Prof. Victor So

Ou
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ), 𝑖 ∈ {1,2} 𝑒 𝑗 ∈ {1,2,3,4} ou simplesmente 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥4
𝑎𝑖𝑗 é o elemento da matriz da linha 𝑖 e coluna 𝑗. Usamos a letra minúscula para representar
os elementos da matriz.

1.2. LEI DE FORMAÇÃO


Aprendemos em aulas passadas que podemos calcular os termos de uma progressão com
base em uma fórmula chamada lei de formação. De modo análogo, podemos calcular cada termo
de uma matriz através de uma lei de formação. Vejamos como isso acontece:
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥2 tal que 𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 + 𝑗
Essa fórmula nos diz que a matriz 𝐴 é do tipo 2𝑥2, então, ela possui duas linhas e duas
colunas:
𝑎11 𝑎12
𝐴 = (𝑎 𝑎22 )
21

Com base na lei de formação, vamos calcular o valor de cada termo:


𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 + 𝑗
𝑎11 = 1 + 1 = 2
𝑎12 = 1 + 2 = 3
𝑎21 = 2 + 1 = 3
𝑎22 = 2 + 2 = 4
Assim, a matriz 𝐴 é dada por:
2 3
𝐴=( )
3 4

1.3. TIPOS DE MATRIZES


Quando dizemos que uma matriz é do tipo 𝐴𝑚𝑥𝑛 ou que 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 significa que a matriz
𝐴 tem 𝑚 linhas e 𝑛 colunas. Podemos dizer também que a matriz 𝐴 tem dimensão 𝑚 𝑥 𝑛.
Vejamos, agora, alguns tipos muito frequentes nas provas.

1.3.1. MATRIZ LINHA


Matriz com apenas uma linha, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )1𝑥𝑛 , com 𝑖 = 1 e 𝑗 ∈ {1,2, … , 𝑛}.
Exemplo:
1
𝐴 = [1 𝜋 𝛼 √5 −10]
3

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 6


Prof. Victor So

𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 )
𝟏𝒙6

1.3.2. MATRIZ COLUNA


Matriz com apenas uma coluna, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥1 , com 𝑖 ∈ {1,2, … , 𝑚} e 𝑗 = 1.
2
1
−5
𝐴 = log(7)
𝑒
0
[1+𝑥]
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )7𝑥1

1.3.3. MATRIZ QUADRADA


Matriz com o mesmo número de linhas e de colunas, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑚 , ou ainda, de
ordem 𝑚.
𝛼 𝛽 𝑐 ∆
𝜀 𝜑 𝛾 𝜂
𝐴=[ ]
𝜄 𝑗 𝜅 𝜆
𝜇 𝜈 𝛺 𝜋
= (𝑎𝑖𝑗 )4𝑥4
Embora alguns autores usem como sinônimos as palavras tipo, dimensão e ordem de uma
matriz, é mais indicado a distinção tipo e dimensão para matrizes retangulares e ordem para
matrizes quadradas.
Diagonais da matriz quadrada
As matrizes quadradas têm duas diagonais: a principal e a secundária.
A diagonal principal é o conjunto de todos os elementos de uma matriz quadrada em que
𝑖 = 𝑗, ou seja, em que o número da linha do elemento é igual ao número da coluna.

A diagonal secundária é o conjunto de todos os elementos em que 𝑖 + 𝑗 = 𝑛 + 1, ou seja,


em que o número da linha do elemento somado ao da coluna seja igual à ordem da matriz mais
um.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 7


Prof. Victor So

1.3.4. MATRIZ RETANGULAR


Uma matriz é dita retangular quando o número de linhas é diferente do número de
colunas, ou seja, uma matriz do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 em que 𝑚 ≠ 𝑛.
𝑎 𝑏
𝐴 = [𝑐 𝑑]
𝑒 𝑓
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2

1.3.5. MATRIZ NULA


A matriz nula possui todos seus elementos iguais a zero.
0 0 0 0
𝐴 = [0 0 0 0]
0 0 0 0
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥4

1.3.6. MATRIZ DIAGONAL


Uma matriz é considerada diagonal se, além de ser quadrada, todos os elementos em que
𝑖 ≠ 𝑗 são iguais a zero, ou seja, somente os elementos da diagonal principal, 𝑖 = 𝑗 são não nulos.
1 0 0 0
0 2 0 0
𝐴=[ ]
0 0 7 0
0 0 0 5
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )4𝑥4

1.3.7. MATRIZ IDENTIDADE (MATRIZ UNIDADE)


Essa matriz é importantíssima em nosso estudo e o motivo disso nós veremos ainda nesta
aula.
A matriz identidade tem as seguintes características, obrigatoriamente:
✓ é quadrada;
✓ é diagonal;
✓ tem todos os elementos da diagonal principal iguais a 1.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 8


Prof. Victor So

1 0 0
𝐼3 = [ 0 1 0 ]
0 0 1
Note que o símbolo da matriz identidade, ou matriz unidade, é 𝐼 e o índice que o
acompanha é a ordem da matriz. No caso do exemplo, 𝐼3 significa matriz identidade de ordem 3.

1.3.8. MATRIZ TRIANGULAR


Uma matriz 𝐴 é considerada triangular se todos os elementos acima ou abaixo de sua
diagonal principal são nulos.
Se os elementos não nulos estiverem acima da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular superior.
Se os elementos não nulos estiverem abaixo da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular inferior.
1 5 2 4
0 2 2 1
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
0 0 4 9
0 0 0 −4
1 0 0 0
7 2 0 0
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
5 8 4 0
1 9 8 −4

1.3.9. MATRIZ OPOSTA


A oposta da matriz 𝐴 é a matriz −𝐴.
1 −1
𝐴=[ ]
3 0
1 −1
𝑂𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐴 = −𝐴 = − [ ]
3 0
( )
−𝐴 = [−1 − −1 ]
−3 −0
−1 1
−𝐴 = [ ]
−3 0

1.4. IGUALDADE ENTRE MATRIZES


Duas matrizes são consideradas iguais se têm o mesmo tipo; além disso, seus elementos
são idênticos e estão nas mesmas posições.
1 2 5 1 2 5
[75 1 ] = [7 5 1 ]
4 9 −8 4 9 −8

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 9


Prof. Victor So

Mesma ordem, mesmos elementos e mesmas posições de elementos. Matrizes iguais.


𝑎 𝑥 𝑎 𝑥
[ ]≠[ ]
2 5 5 2
Mesma ordem, mesmos elementos, mas em posições diferentes. Matrizes diferentes.
1 0 0
1 0]
1 0] ≠ [
[0
0 1
0 0 1
Ordens diferentes. Mesmo duas matrizes identidade, são matrizes diferentes. 𝐼3 ≠ 𝐼2 .
1 𝑥] ? [1 9]
[
4 3 4 3
Mesma ordem, mesmas posições. Caso 𝑥 = 9, as matrizes serão iguais. Caso 𝑥 ≠ 9, as
matrizes serão diferentes.

1. Escreva a tabela definida por:


a) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥3 = 𝑖 + 3𝑗
𝑖 + 𝑗; 𝑖 = 𝑗
b) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2 = {
0; 𝑖 ≠ 𝑗
Resolução:
a) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥3 = 𝑖 + 3𝑗
Analisando a matriz, podemos ver que ela possui 2 linhas e 3 colunas (da informação
2𝑥3). Assim, 𝑖 ∈ {1,2} e 𝑗 ∈ {1,2,3}. Vamos encontrar cada elemento da matriz:
𝑖 = 1, 𝑗 = 1 ⇒ 𝑎11 = 1 + 3 ⋅ 1 = 4
𝑖 = 2, 𝑗 = 1 ⇒ 𝑎21 = 2 + 3 ⋅ 1 = 5
𝑖 = 1, 𝑗 = 2 ⇒ 𝑎12 = 1 + 3 ⋅ 2 = 7
𝑖 = 2, 𝑗 = 2 ⇒ 𝑎22 = 2 + 3 ⋅ 2 = 8
𝑖 = 1, 𝑗 = 3 ⇒ 𝑎13 = 1 + 3 ⋅ 3 = 10
𝑖 = 2, 𝑗 = 3 ⇒ 𝑎23 = 2 + 3 ⋅ 3 = 11
Portanto, a matriz 𝐴 é dada por:
4 7 10
𝐴=[ ]
5 8 11

𝑖 + 𝑗; 𝑖 = 𝑗
b) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2 = {
0; 𝑖 ≠ 𝑗
A matriz 𝐴 possui a seguinte forma:
𝑎11 𝑎12
𝐴 = [𝑎21 𝑎22 ]
𝑎31 𝑎32
Se o índice 𝑖 ≠ 𝑗, o elemento da matriz é zero e se 𝑖 = 𝑗, ele será a soma desses índices,
logo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 10


Prof. Victor So

2 0
𝐴 = [0 4]
0 0
𝟐 𝟎
𝟒 𝟕 𝟏𝟎
Gabarito: a) 𝑨 = [ ] b) 𝑨 = [𝟎 𝟒]
𝟓 𝟖 𝟏𝟏
𝟎 𝟎
2. Determine 𝑥 e 𝑦 para as igualdades abaixo:
2𝑥 2
a) ( ) = (4 2 )
3 5𝑦 3 15
2
𝑥 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Resolução:
2𝑥 2
a) ( ) = (4 2 )
3 5𝑦 3 15
Na igualdade de matrizes, devemos igualar cada elemento cujos índices são iguais.
Então:
2𝑥 = 4
{ ⇒𝑥=2e𝑦=3
5𝑦 = 15
𝑥2 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Igualando os elementos, obtemos:
𝑥2 = 𝑥 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑥 = 1
{ 2𝑦 = 10 ⇒ 𝑦 = 5 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑦 = 5
𝑥 = 3𝑥 ⇒ 𝑥 = 0
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟐 𝐞 𝒚 = 𝟑 b) 𝒙 = 𝟎 𝐨𝐮 𝒚 = 𝟓

1.5. OPERAÇÕES COM MATRIZES


É comum, ao iniciarmos o estudo de um conjunto diferente, entendermos como funcionam
as operações fundamentais dentro desse universo.
Veremos, nos próximos passos, como aplicar as operações básicas das matrizes.

1.5.1. ADIÇÃO
Antes de sabermos como, precisamos saber quando.
Só podemos somar duas matrizes se elas tiverem a mesma dimensão. Atenção, não é
necessário que elas sejam quadradas, só de mesma dimensão.
Assim, seria impossível somarmos uma matriz 𝐴2𝑥3 com uma matriz 𝐵3𝑥5 .

Quando duas matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, podemos efetuar a soma, que é
definida somando os elementos de 𝐴 e de 𝐵 de mesma posição. Acompanhe.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 11


Prof. Victor So

−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Como as matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, 3𝑥2, podemos efetuar a soma.
−1 4 1 2 −1 + 1 4+2 0 6
𝐴+𝐵 =[ 8 6] + [−3 6 ] = [8 + (−3) 6+6 ]=[5 12 ]
7 5 5 −9 7+5 5 + (−9) 12 −4

1.5.2. SUBTRAÇÃO
A subtração é feita de maneira similar à soma. As matrizes devem ser de mesma dimensão
e a subtração é feita elemento a elemento das matrizes. Veja.
Dadas as mesmas matrizes que utilizamos no exemplo da soma.
−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Façamos a matriz 𝐴 − 𝐵.
−1 4 1 2 −1 − 1 4−2 −1 − 1 4−2 −2 2
𝐴−𝐵 =[ 8 6] − [−3 6 ] = [ − (−3)
8 6−6 ]=[ 8+3 6 − 6] = [ 11 0]
7 5 5 −9 7−5 5 − (−9) 7−5 5+9 2 14

1.5.3. MULTIPLICAÇÃO
A multiplicação entre matrizes é um ponto chave nesta aula. Muito do que veremos
adiante depende do produto matricial.
Podemos multiplicar uma matriz por um escalar (um número real) ou por outra matriz.

Multiplicação de um escalar por uma matriz ou vice-versa


A multiplicação de uma matriz por um escalar é relativamente simples, basta
multiplicarmos todos os elementos da matriz pelo escalar.
1 5 8 3
𝐴 = [−4 6 23 4]
−1 0 9 8

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 12


Prof. Victor So

Desse modo, fazemos a distributiva do número escalar 3 para todos os elementos da matriz
𝐴.
3∙1 3∙5 3∙8 3∙3
3 ∙ 𝐴 = [3 ∙ (−4) 3 ∙ 6 3 ∙ 23 3 ∙ 4]
3 ∙ (−1) 3∙0 3∙9 3∙8
3 15 24 9
3 ∙ 𝐴 = [−12 18 69 12]
−3 0 27 24

Multiplicação entre duas matrizes


Para entender como se dá o produto entre duas matrizes, vamos partir de um exemplo
contextualizado e, a partir do entendimento deste, vamos generalizar o caso para as matrizes em
geral.
Suponha que, em uma confecção, sejam produzidos três tipos de peças: calças, camisas e
vestidos.
Essas peças utilizam, além de outros materiais, botões e zíperes.
As quantidades utilizadas em cada peça são listadas na tabela a seguir.
Item Calça Camisa Vestido
Botões 𝟏 𝟔 𝟑
Zíperes 𝟏 𝟎 𝟏

Nos meses de janeiro a abril do ano passado, a empresa confeccionou as seguintes


quantidades de peças.
Peça Janeiro Fevereiro Março Abril
Calça 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎 𝟐𝟓𝟎
Camisa 𝟑𝟎𝟎 𝟑𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟎𝟎
Vestido 𝟓𝟎 𝟕𝟎 𝟖𝟎 𝟔𝟎

O gerente de almoxarifado quer saber quantos botões foram gastos no mês de janeiro.
Como ele pode, com os dados das tabelas, chegar a esse valor corretamente?
Vamos destacá-los.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 13


Prof. Victor So

Item Calça Camisa Vestido


Botões 𝟏 𝟔 𝟑
Zíperes 𝟏 𝟎 𝟏

Peça Janeiro Fevereiro Março Abril


Calça 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎 𝟐𝟓𝟎
Camisa 𝟑𝟎𝟎 𝟑𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟎𝟎
Vestido 𝟓𝟎 𝟕𝟎 𝟖𝟎 𝟔𝟎

Com os valores referentes à questão do gerente, para saber a quantidade total de botões
gastos no mês de janeiro daquele ano, fazemos:
𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 = 1 ∙ 100 + 6 ∙ 300 + 3 ∙ 50 = 100 + 1800 + 150 = 2.050
Vamos escrever esses dados na forma de matriz e explicitar os valores usados na operação.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

Caso quiséssemos descobrir o mesmo dado sobre o mês de março, poderíamos fazer.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑟ç𝑜 = 1 ∙ 180 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 80 = 180 + 3.000 + 240 = 3.420


Mais uma.
Como seria o cálculo para saber o número de zíperes gastos no mês de abril?
Vejamos nas matrizes quais seriam os dados relacionados.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 14


Prof. Victor So

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝑍í𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑎𝑏𝑟𝑖𝑙 = 1 ∙ 250 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 60 = 250 + 0 + 60 = 310


Perceba que essa operação envolve a multiplicação de valores, mas uma multiplicação
múltipla e, a posteriori, a soma desses valores.
Além disso, utilizamos sempre uma linha da primeira matriz com uma coluna da segunda
matriz.
Estamos caminhando para entender como se dá o produto de matrizes. Vamos mais um
passo.
Caso o gerente da empresa precisasse saber quantos botões e zíperes foram gastos a cada
mês, entre janeiro e abril daquele ano, ele poderia fazer o produto das matrizes inteiras, 𝐴 ∙ 𝐵.
O princípio da multiplicação nós já conseguimos entender: associar uma linha da primeira
matriz a uma coluna da segunda matriz, multiplicar elemento a elemento e somar os produtos.
Vamos, então, fazer o produto total dessas matrizes.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

Lembre-se, linha da primeira matriz com coluna da segunda.


Daremos início ao produto 𝐴 ∙ 𝐵 com a primeira linha da matriz 𝐴 e a primeira coluna da
matriz 𝐵. Esse resultado será colocado na primeira linha e primeira coluna da matriz 𝐴 ∙ 𝐵

1 ∙ 100 + 6 ∙ 300 + 3 ∙ 50 2.050


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]

Prosseguindo, faremos a primeira linha de 𝐴 com a segunda coluna de 𝐵. O resultado vai


para a primeira linha e segunda coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 15


Prof. Victor So

2.050 1 ∙ 150 + 6 ∙ 350 + 3 ∙ 70 2.050 2.460


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]

Primeira linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e
terceira coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

2.050 2.460 1 ∙ 180 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 80 2.050 2.460 3.420


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]

Primeira linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

2.050 2.460 3.420 1 ∙ 250 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 60


𝐴∙𝐵 = [ ]
2.050 2.460 3.420 3.430
=[ ]

Terminamos aqui a primeira linha da matriz 𝐴. Passemos, então para a segunda.


Segunda linha de 𝐴 com primeira coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e
primeira coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 16


Prof. Victor So

2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 = [ ]
1 ∙ 100 + 0 ∙ 300 + 1 ∙ 50
2.050 2.460 3.420 3.430
=[ ]
150

Segunda linha de 𝐴 com segunda coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e
segunda coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 = [ ]
150 1 ∙ 150 + 0 ∙ 350 + 1 ∙ 70
2.050 2.460 3.420 3.430
=[ ]
150 220

Segunda linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e
terceira coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 = [ ]
150 220 1 ∙ 180 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 80
2.050 2.460 3.420 3.430
=[ ]
150 220 260

Quase acabando, chegamos ao nosso último passo.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 17


Prof. Victor So

Segunda linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.

2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 = [ ]
150 220 260 1 ∙ 250 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 60
2.050 2.460 3.420 3.430
=[ ]
150 220 260 310

Dessa forma, o produto das matrizes é


2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]
150 220 260 310
Mas o que, afinal, significa esse produto?
Vamos, então, restaurar os títulos das linhas e colunas para entender melhor.

𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 𝐹𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑀𝑎𝑟ç𝑜 𝐴𝑏𝑟𝑖𝑙


𝐴∙𝐵 = 𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 [ 2.050 2.460 3.420 3.430
]
𝑍í𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠 150 220 260 310

O produto entre as matrizes explicitou outro tipo de dado, que estava implícito nas
matrizes iniciais.
O preço a se pagar por explicitar essa informação foi perder outra, quantas calças, camisas
e vestidos foram feitos em cada mês.
Sempre que conversarmos, daqui para frente, em multiplicação de matrizes, estaremos
considerando este processo que acabamos de fazer: linhas da primeira matriz e colunas da
segunda.

Consequências da multiplicação entre duas matrizes


Ao multiplicarmos duas matrizes, utilizamos cada linha da primeira matriz com cada coluna
da segunda.
Isso só pode ser feito se o número de elementos de cada linha da primeira matriz for igual
ao número de elementos de cada coluna da segunda matriz.
Muito bem.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 18


Prof. Victor So

E quantos elementos tem cada linha da primeira matriz? Exatamente o número de colunas
da mesma matriz. O número de colunas de uma matriz indica, também, quantos elementos cada
linha contém.
Quantos elementos cada coluna da segunda matriz possui? Exatamente o número de linhas
que a mesma matriz possui. O número de linhas de uma matriz indica, também, quantos
elementos cada coluna contém.
Desse modo, só podemos efetuar o produto entre matrizes se houver essa
compatibilidade, caso contrário o produto é impossível.
Uma regra prática que pode ajudar bastante nessa análise é a seguinte.
Se queremos multiplicar a matriz 𝐴 pela matriz 𝐵, devemos analisar as dimensões de
ambas.

Se 𝑛 e 𝑝 forem iguais, o produto é possível; se forem diferentes, não existe o produto 𝐴 ∙


𝐵.
Outra coisa interessante é que o tamanho da matriz resultante é determinado pelas
dimensões de 𝐴 e 𝐵.
Lembra-se de que, ao relacionarmos a segunda linha da primeira matriz com a quarta
coluna da segunda matriz o resultado deveria ser colocado na segunda linha com a quarta coluna
da matriz resultante do produto?
Pois bem, essa relação é o que determina o tamanho da matriz resultante e a regra prática
também explicita essa informação.
Uma vez sendo possível o produto 𝐴 ∙ 𝐵 com 𝑛 = 𝑝, as dimensões da matriz-produto são
dadas por

Podemos dizer então que


𝐴𝑚𝑥𝑛 ∙ 𝐵𝑛𝑥𝑞 = 𝐴 ∙ 𝐵𝑚𝑥𝑞
Vejamos alguns exemplos.

1 2 3
𝐴 = [4 5 1]
2 7 9

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 19


Prof. Victor So

𝜋
𝐵=[ ]
2
Como 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )2𝑥1 , o produto 𝐴 ∙ 𝐵 não é possível.

Essa característica gera outra consequência, acompanhe.


Existe o produto matricial entre a matriz 𝐴2𝑥3 e a matriz 𝐵2𝑥2 ?
Provavelmente você respondeu que não, pois o número de colunas de 𝐴 não é compatível
com o número de linhas de 𝐵.

Outra pergunta. Existiria o produto 𝐵 ∙ 𝐴?


Vejamos.

Temos uma conclusão importante para tirar daqui: os produtos 𝐴 ∙ 𝐵 e 𝐵 ∙ 𝐴 são diferentes!
Não existe a propriedade comutativa para o produto entre matrizes, tome muito cuidado com isso.
𝐴∙𝐵 ≠𝐵∙𝐴

Multiplicação da matriz 𝑨 pela matriz identidade e vice-versa


Com o que aprendemos sobre multiplicação de matrizes, vamos fazer o produto de uma
matriz genérica 𝐴 pela matriz identidade de mesma dimensão de 𝐴.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
1 0
𝐼=[ ]
0 1
Dessa forma, temos o produto 𝐴 ∙ 𝐼 dado por
𝑎 𝑏 1 0
𝐴∙𝐼 =[ ]∙[ ]
𝑐 𝑑 0 1
Fazendo o produto associando cada linha de 𝐴 a cada coluna de 𝐼.
𝑎∙1+𝑏∙0 𝑎∙0+𝑏∙1
𝐴∙𝐼 = [ ]
𝑐∙1+𝑑∙0 𝑐∙0+𝑑∙1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 20


Prof. Victor So

𝑎 𝑏
𝐴∙𝐼 =[ ]=𝐴
𝑐 𝑑
Ou seja
𝐴∙𝐼 =𝐴
Tentemos o contrário, 𝐼 ∙ 𝐴.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
1 0
𝐼=[ ]
0 1
1 0 𝑎 𝑏
𝐼∙𝐴 =[ ]∙[ ]
0 1 𝑐 𝑑
Fazendo o produto associando cada linha de 𝐼 a cada coluna de 𝐴
1∙𝑎+0∙𝑐 1∙𝑏+0∙𝑑
𝐼∙𝐴 = [ ]
0∙𝑎+1∙𝑐 0∙𝑏+1∙𝑑
𝑎 𝑏
𝐼∙𝐴 =[ ]=𝐴
𝑐 𝑑
Ou seja,
𝐼∙𝐴 =𝐴
Podemos concluir, então, que
𝐴∙𝐼 =𝐼∙𝐴 =𝐴
Essa propriedade também vale para matrizes maiores. No entanto, só existem matrizes
identidade quadradas, portanto, para valer a propriedade, a matriz 𝐴 também deve ser quadrada.
Por essa característica de não mudar a matriz 𝐴 nos produtos, a matriz 𝐼, além de matriz
identidade e matriz unidade, é chamada de elemento neutro da multiplicação do conjunto das
matrizes.
Vejamos uma aplicação em contexto de prova.

3. (Unicamp/2017) Sendo 𝑎 um número real, considere a matriz (1 𝑎 ).


0 −1
2017
Então, 𝐴 é igual a
1 0
𝑎) ( ).
0 1
1 𝑎
𝑏) ( ).
0 −1
1 1
𝑐) ( ).
1 1
2017
𝑑) (1 𝑎 ).
0 −1
Comentários
Seria improvável uma questão exigir que você calcule uma potência tão alta.
É mais provável que haja uma sequência lógica que nos permite inferir qual seria
2017
𝐴 .

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 21


Prof. Victor So

Comecemos, então, a calcular as potências de 𝐴 para ver se percebemos o padrão.


𝐴0 = 𝐼 = (1 0)
0 1
1
𝐴 =𝐴=( 1 𝑎)
0 −1
1 𝑎 1 𝑎 1∙1+𝑎∙0 1 ∙ 𝑎 + 𝑎 ∙ (−1)
) = (1 0) = 𝐼
2
𝐴 =( )∙( )=(
0 −1 0 −1 0 ∙ 1 + (−1) ∙ 0 0 ∙ 𝑎 + (−1) ∙ (−1) 0 1
3 2
𝐴 =𝐴 ∙𝐴=𝐼∙𝐴=𝐴
𝐴 = 𝐴3 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
4

𝐴5 = 𝐴4 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
𝐴6 = 𝐴5 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
𝐴7 = 𝐴6 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴

Podemos perceber, pela sequência, que 𝐴𝑝𝑎𝑟 = 𝐼 e 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴.
Desse modo, concluímos que 𝐴2017 = 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴 = (1 𝑎 ).
0 −1
Gabarito: b)

1.6. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

1.6.1. ADIÇÃO
Para 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 𝑚 𝑥 𝑛, temos as seguintes propriedades:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨
P2) (𝑨 + 𝑩) + 𝑪 = 𝑨 + (𝑩 + 𝑪)
P3) 𝑨 + 𝟎 = 𝑨
P4) 𝑨 + (−𝑨) = 𝟎

1.6.2. MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES POR ESCALAR


As seguintes propriedades são válidas para a multiplicação de matrizes por um número real
escalar. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quaisquer do tipo 𝑚 𝑥 𝑛 e 𝛼, 𝛽 ∈ ℝ:
P5) (𝜶 ∙ 𝜷) ∙ 𝑨 = 𝜶 ∙ (𝜷 ∙ 𝑨)
P6) 𝜶(𝑨 + 𝑩) = 𝜶 ∙ 𝑨 + 𝜶 ∙ 𝑩
P7) (𝜶 + 𝜷) ∙ 𝑨 = 𝜶 ∙ 𝑨 + 𝜷 ∙ 𝑨

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 22


Prof. Victor So

1.6.3. MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES


Para a multiplicação de matrizes, temos as seguintes propriedades:
P8) (𝑨𝑩)𝑪 = 𝑨(𝑩𝑪), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒑𝒙𝒒
P9) 𝑨(𝑩 + 𝑪) = 𝑨𝑩 + 𝑨𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒏𝒙𝒑
P10) (𝑨 + 𝑩)𝑪 = 𝑨𝑪 + 𝑩𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒎𝒙𝒏 e 𝑪𝒏𝒙𝒑
P11) 𝜶(𝑨𝑩) = (𝜶𝑨)𝑩 = 𝑨(𝜶𝑩), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 ,𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝜶 ∈ ℝ

1.6.4. DEMONSTRAÇÕES
Vamos ver algumas demonstrações para as propriedades acima:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨, com 𝑨𝒎𝒙𝒏 𝐞 𝑩𝒎𝒙𝒏
Sejam 𝑋 = 𝐴 + 𝐵 e 𝑌 = 𝐵 + 𝐴, então, os elementos de cada uma dessas matrizes são
dados por:
𝑋 =𝐴+𝐵 ⇒ 𝑥⏟
𝑖𝑗 = 𝑎⏟
𝑖𝑗 + 𝑏⏟
𝑖𝑗
𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑋 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐴 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐵

𝑌 = 𝐵 + 𝐴 ⇒ 𝑦𝑖𝑗 = 𝑏𝑖𝑗 + 𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗


⇒ 𝑥𝑖𝑗 = 𝑦𝑖𝑗
∴𝑋=𝑌

P8) (𝑨𝑩)𝑪 = 𝑨(𝑩𝑪), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒑𝒙𝒒


Sejam as matrizes 𝐴𝑚𝑥𝑛 , 𝐵𝑛𝑥𝑝 , 𝐶𝑝𝑥𝑞 , 𝐷𝑚𝑥𝑝 , 𝐸𝑛𝑥𝑞 , 𝑋𝑚𝑥𝑞 e 𝑌𝑚𝑥𝑞 . Fazendo 𝐴𝐵 = 𝐷,𝐵𝐶 =
𝐸, 𝐷𝐶 = 𝑋 e 𝐴𝐸 = 𝑌, temos:
𝑛

𝐷 = 𝐴𝐵 ⇒ 𝑑𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗


𝑘=1
𝑝

𝑋 = 𝐷𝐶 ⇒ 𝑥𝑖𝑙 = ∑ 𝑑𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1

Substituindo 𝑑𝑖𝑗 na equação de 𝑥𝑖𝑙 :


𝑝 𝑛
𝑥𝑖𝑙 = ∑ (∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ) ⋅ 𝑐𝑗𝑙
𝑗=1 𝑘=1

Como o somatório é apenas de produtos, podemos incluir o termo 𝑐𝑗𝑙 dentro dos
somatórios:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 23


Prof. Victor So

𝑝 𝑛
𝑥𝑖𝑙 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙
𝑗=1 𝑘=1

Para as matrizes 𝐸 e 𝑌:
𝑝

𝐸 = 𝐵𝐶 ⇒ 𝑒𝑘𝑙 = ∑ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1
𝑛

𝑌 = 𝐴𝐸 ⇒ 𝑦𝑖𝑙 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑒𝑘𝑙


𝑘=1

Substituindo 𝑒𝑘𝑙 na equação de 𝑦𝑖𝑙 :


𝑛 𝑝 𝑛 𝑝

𝑦𝑖𝑙 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ (∑ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙 ) = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑘=1 𝑗=1 𝑘=1 𝑗=1

Se alterarmos a ordem dos somatórios, o resultado se mantém, logo:


𝑝 𝑛
𝑦𝑖𝑙 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙
𝑗=1 𝑘=1

⇒ 𝑥𝑖𝑙 = 𝑦𝑖𝑙
∴𝑋=𝑌
Portanto, a igualdade é válida:
(𝐴𝐵)𝐶 = 𝐴(𝐵𝐶)

P9) 𝑨(𝑩 + 𝑪) = 𝑨𝑩 + 𝑨𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒏𝒙𝒑


Seja a matriz 𝑋 de ordem 𝑚 𝑥 𝑝 tal que 𝑋 = 𝐴(𝐵 + 𝐶 ), então, temos:
𝑛 𝑛
𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑥𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 (𝑏𝑗𝑘 + 𝑐𝑗𝑘 ) ⇒ 𝑥𝑖𝑘 = ∑(𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 + 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘 )
𝑗=1 𝑗=1
𝑛 𝑛

𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 + ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘


⇒ 𝑥⏟
𝑋 ⏟
𝑗=1 ⏟
𝑗=1
𝐴𝐵 𝐴𝐶

∴ 𝑋 = 𝐴𝐵 + 𝐴𝐶

P10) (𝑨 + 𝑩)𝑪 = 𝑨𝑪 + 𝑩𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒎𝒙𝒏 e 𝑪𝒏𝒙𝒑


Demonstração análoga à P9.

P11) 𝜶(𝑨𝑩) = (𝜶𝑨)𝑩 = 𝑨(𝜶𝑩), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 ,𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝜶 ∈ ℝ

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 24


Prof. Victor So

Fazendo 𝐶 = 𝛼𝐴 e 𝐷 = 𝛼𝐵, temos:


𝑛 𝑛 𝑛
(𝛼𝐴)𝐵 = 𝐶𝐵 = ∑ 𝑐𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = ∑(𝛼 ⋅ 𝑎𝑖𝑗 ) ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼 ⋅ ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼(𝐴𝐵)
𝑗=1 𝑗=1 𝑗=1
𝑛 𝑛 𝑛

𝐴(𝛼𝐵) = 𝐴𝐷 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑑𝑗𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ (𝛼 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 ) = 𝛼 ⋅ ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼 (𝐴𝐵)


𝑗=1 𝑗=1 𝑗=1

∴ 𝛼 (𝐴𝐵) = (𝛼𝐴)𝐵 = 𝐴(𝛼𝐵)

As seguintes propriedades algébricas não são válidas para as matrizes:


1) 𝑨𝑩 = 𝑩𝑨
Vimos que o produto 𝐴𝐵 e 𝐵𝐴, normalmente, geram resultados diferentes. Essa propriedade é
válida apenas se 𝐴 e 𝐵 são comutativas, isto é, 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴.

2) Produtos notáveis:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵 2
(𝐴 + 𝐵)2 = 𝐴2 + 2𝐴𝐵 + 𝐵 2
A ordem das matrizes altera o produto. Essas identidades são válidas apenas se 𝐴 e 𝐵 são matrizes
comutativas. Caso contrário, temos:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 − 𝐵 2
(𝐴 + 𝐵)2 = (𝐴 + 𝐵)(𝐴 + 𝐵) = 𝐴2 + 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 + 𝐵 2
Uma observação interessante é que se 𝐵 = 𝐼 (matriz identidade), os produtos notáveis são válidos.
Veja:
(𝐴 + 𝐼)(𝐴 − 𝐼) = 𝐴2 − 𝐴𝐼 ⏟ − 𝐼 2 = 𝐴2 − 𝐼
⏟ + 𝐼𝐴
=𝐴 =𝐴
(𝐴 + 𝐼)2 = (𝐴 + 𝐼)(𝐴 + 𝐼) = 𝐴2 + 𝐴𝐼 + 𝐼𝐴 + 𝐼 2 = 𝐴2 + 2𝐴 + 𝐼

3) 𝑨 ⋅ 𝑩 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝟎
No produto de matrizes, podemos ter 𝐴 e 𝐵 não nulas tais que 𝐴 ⋅ 𝐵 = 0. Exemplo:
1 2 2 2 1 2 2 2 0 0
𝐴=( ) e𝐵 =( )⇒𝐴⋅𝐵 =( )( )=( )
2 4 −1 −1 2 4 −1 −1 0 0

4) 𝑨𝟐 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎
Caso análogo à situação 2, com 𝐵 = 𝐴.

5) 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝑪
Nesse caso, podemos subtrair 𝐴𝐶 nos dois lados da equação matricial:
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 𝐴𝐶 − 𝐴𝐶
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 0 ⇒ 𝐴(𝐵 − 𝐶) = 0
Assim como no caso 2, essa igualdade não implica 𝐴 = 0 ou 𝐵 − 𝐶 = 0.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 25


Prof. Victor So

1.7. MATRIZ TRANSPOSTA

1.7.1. DEFINIÇÃO
A transposta de uma matriz 𝐴, simbolizada por 𝐴𝑡 ou 𝐴𝑇 , é a matriz cujas linhas de 𝐴 foram
transformadas em colunas de 𝐴𝑡 .
1 −1 1 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [ ]
3 0 −1 0
1 4
1 2 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [2 5]
4 5 6
3 6
Formalmente:
Dada uma matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 , a sua transposta é dada por 𝐴𝑡 = (𝑎′𝑗𝑖 ) tal que 𝑎′𝑗𝑖 = 𝑎𝑖𝑗
𝑛𝑥𝑚
para todo 𝑖 e 𝑗.

1.7.2. MATRIZ SIMÉTRICA


A matriz 𝐴 é considerada simétrica se
𝐴𝑡 = 𝐴
𝑎 3 4
𝐴 = [3 𝑏 5] = 𝐴𝑡
4 5 𝑐

1.7.3. MATRIZ ANTISSIMÉTRICA


A matriz 𝐴 é considerada antissimétrica se
𝐴𝑡 = −𝐴
0 3 4 0 −3 −4
𝐴 = [−3 0 −5] ⇒ 𝐴𝑡 = [3 0 5 ] = −𝐴
−4 5 0 4 −5 0
Note que a matriz antissimétrica deve possuir a diagonal principal nula.

1.7.4. PROPRIEDADES DA MATRIZ TRANSPOSTA


𝒕
P12) (𝑨𝒕 ) = 𝑨
P13) (𝑨 + 𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕
P14) (𝜶𝑨)𝒕 = 𝜶𝑨𝒕
P15) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑩𝒕 𝑨𝒕

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 26


Prof. Victor So

Demonstração:
𝒕
P12) (𝑨𝒕 ) = 𝑨
Fazendo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 e 𝐴𝑡 = (𝑎′𝑗𝑖 ) , temos:
𝑚𝑥𝑛

𝑎′′𝑖𝑗 = 𝑎′𝑗𝑖 = 𝑎𝑖𝑗 , ∀𝑖, 𝑗


∴ (𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐴

P13) (𝑨 + 𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕
Sejam as matrizes 𝐴 + 𝐵 = 𝑋 = (𝑥𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 e 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 = 𝑋𝑡 = (𝑥′𝑗𝑖 ) , então:
𝑛𝑥𝑚

𝑥′𝑗𝑖 = 𝑥𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 = 𝑎′𝑗𝑖 + 𝑏′𝑗𝑖 , ∀𝑖, 𝑗


∴ (𝐴 + 𝐵 )𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡

P14) (𝜶𝑨)𝒕 = 𝜶𝑨𝒕


Fazendo (𝛼𝐴)𝑡 = (𝑎′′𝑗𝑖 ) , temos:
𝑛𝑥𝑚

𝑎′′𝑗𝑖 = 𝑘 ⋅ 𝑎𝑖𝑗 = 𝑘 ⋅ 𝑎′𝑗𝑖 , ∀𝑖, 𝑗

P15) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑩𝒕 𝑨𝒕
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑋 = (𝑥𝑖𝑘 )𝑚𝑥𝑝 e (𝐴𝐵)𝑡 = 𝑋𝑡 = (𝑥′𝑘𝑖 )𝑝𝑥𝑚 , temos:
𝑛
(𝑥′𝑘𝑖 ) = 𝑥𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘
𝑗=1

Como o somatório é de elementos da matriz, podemos alterar a ordem:


𝑛
(𝑥′𝑘𝑖 ) = ∑ 𝑏𝑗𝑘 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
𝑗=1

Substituindo 𝑏𝑗𝑘 = 𝑏′𝑘𝑗 e 𝑎𝑖𝑗 = 𝑎′𝑗𝑖 :


𝑛
(𝑥′𝑘𝑖 ) = ∑ 𝑏′𝑘𝑗 ⋅ 𝑎′𝑗𝑖

𝑗=1
𝐵𝑡 𝐴𝑡

Aplicação:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 27


Prof. Victor So

Vamos ver com um exemplo a veracidade das propriedades acima:


𝑎 𝑏 𝑥 𝑦
Seja 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], então:
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤
𝑎 𝑐
] ⇒ (𝐴 ) = [𝑎 𝑏]
𝑡 𝑡
P12) 𝐴𝑡 = [
𝑏 𝑑 𝑐 𝑑
𝑎+𝑥 𝑏+𝑦
P13) 𝐴 + 𝐵 = [ ]
𝑐+𝑧 𝑑+𝑤
𝑎+𝑥 𝑐+𝑧 𝑎 𝑐 𝑥 𝑧
⇒ (𝐴 + 𝐵 )𝑡 = [ 𝑏 + 𝑦 𝑑 + 𝑤 ] = [ ] + [𝑦 𝑤 ] = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡
𝑏 𝑑
P14) Para 𝑘 ∈ ℝ:
𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑎 𝑘𝑐 𝑎 𝑐
𝑘⋅𝐴=[ ] ⇒ (𝑘 ⋅ 𝐴 ) 𝑡 = [ ]=𝑘⋅[ ] = 𝑘 ⋅ 𝐴𝑡
𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑏 𝑘𝑑 𝑏 𝑑
𝑎 𝑏 𝑥 𝑦 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤
P15) 𝐴𝐵 = [ ][ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤
𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑥 𝑧 𝑎 𝑐
⇒ (𝐴𝐵 )𝑡 = [ ] = [𝑦 𝑤 ] [ ] = 𝐵𝑡 𝐴𝑡
𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 𝑏 𝑑

1.8. TRAÇO DE UMA MATRIZ

1.8.1. DEFINIÇÃO
O traço de uma matriz é a soma dos elementos da sua diagonal principal.
Dada a matriz
1 2 5
𝐴 = [3 1 4]
7 4 13
o traço da matriz 𝐴, 𝑡𝑟 𝐴, é dado por:
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
𝑡𝑟 𝐴 = 1 + 1 + 13
𝑡𝑟 𝐴 = 15
Usando termos genéricos, para uma matriz 𝐴 de ordem 𝑛:
𝑛

𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1

1.8.2. PROPRIEDADES
P16) 𝒕𝒓𝑨𝒕 = 𝒕𝒓𝑨

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 28


Prof. Victor So

P17) 𝒕𝒓(𝜶𝑨) = 𝜶 ⋅ 𝒕𝒓𝑨


P18) 𝒕𝒓(𝑨 + 𝑩) = 𝒕𝒓𝑨 + 𝒕𝒓𝑩
P19) 𝒕𝒓(𝑨𝑩) = 𝒕𝒓(𝑩𝑨)

Demonstração:
Vamos demonstrar a propriedade P19:
Seja 𝐴𝐵 = 𝐶 = (𝑐𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 e 𝐵𝐴 = 𝐷 = (𝑑𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 , então, temos:
𝑛
𝑐𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 𝑛 𝑛
𝑘=1
𝑛 ⇒ 𝑡𝑟𝐶 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑖
𝑖=1 𝑘=1
𝑡𝑟𝐶 = ∑ 𝑐𝑖𝑖
{ 𝑖=1
𝑛
𝑑𝑘𝑙 = ∑ 𝑏𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑖𝑙 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝑖=1
𝑛 ⇒ 𝑡𝑟𝐷 = ∑ ∑ 𝑏𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑖𝑘 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑖
𝑘=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑘=1
𝑡𝑟𝐷 = ∑ 𝑑𝑘𝑘
{ 𝑘=1

∴ 𝑡𝑟𝐶 = 𝑡𝑟𝐷

1.9. MATRIZES ESPECIAIS

Neste tópico, veremos algumas definições importantes para a resolução das questões das
provas. Preste atenção nas definições de matriz inversa, matriz ortogonal e matriz de rotação,
elas já foram cobradas em provas anteriores!
Considere 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛.

1.9.1. MATRIZ INVERSA


A inversa da matriz 𝐴 é denotada por 𝐴−1 . A matriz 𝐴 é inversível se, e somente se, ela
satisfazer a seguinte relação:

𝐴𝐴−1 = 𝐴−1 𝐴 = 𝐼𝑛
Se ela não for inversível, ela é classificada como matriz singular.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 29


Prof. Victor So

*Atenção! Alguns exercícios usam o termo invertível no lugar de inversível.

1.9.2. MATRIZ ORTOGONAL


Uma matriz quadrada 𝐴 de ordem 𝑛 é ortogonal se, e somente se:
i. 𝐴 é inversível.
ii. A inversa de 𝐴 coincide com sua transposta.

𝐴−1 = 𝐴𝑡
Também é válida a seguinte relação:

𝐴𝐴𝑇 = 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼𝑛

1.9.3. MATRIZ DE ROTAÇÃO


Dado um ponto 𝑃 (𝑥, 𝑦) no plano ℝ2 , podemos rotacionar este ponto em torno da origem
(0, 0) sob um ângulo 𝜃 > 0 no sentido anti-horário usando uma matriz de rotação. Vamos
encontrar essa matriz.

Vamos escrever o ponto 𝑃(𝑥, 𝑦) na forma matricial:


𝑥
𝑃 = [𝑦 ]

Seja 𝑃′ (𝑥′ , 𝑦′ ) o ponto obtido pela rotação de 𝑃(𝑥, 𝑦):


𝑥′
𝑃′ = [ ′ ]
𝑦
Observando o triângulo 𝑃′𝑂𝑄′ da figura e usando as relações trigonométricas, podemos
escrever:
𝑥′ = 𝑑 ⋅ cos(𝛼 + 𝜃) (𝐼)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 30


Prof. Victor So

𝑦′ = 𝑑 ⋅ sen(𝛼 + 𝜃) (𝐼𝐼)
Do Δ𝑃𝑂𝑄:
𝑥
𝑥 = 𝑑 ⋅ cos 𝛼 ⇒ cos 𝛼 = (𝐼𝐼𝐼)
𝑑
𝑦
𝑦 = 𝑑 ⋅ sen 𝛼 ⇒ sen 𝛼 = (𝐼𝑉 )
𝑑
Aplicando a fórmula de adição de arcos nas equações (𝐼) e (𝐼𝐼):
𝑥′ = 𝑑 ⋅ (cos 𝛼 cos 𝜃 − sen 𝛼 sen 𝜃)
𝑦′ = 𝑑 ⋅ (sen 𝛼 cos 𝜃 + sen 𝜃 cos 𝛼)
Substituindo as identidades (𝐼𝐼𝐼) e (𝐼𝑉) nas equações acima:
𝑥 𝑦
𝑥′ = 𝑑 ⋅ ( cos 𝜃 − sen 𝜃)
𝑑 𝑑

⇒ 𝑥 = 𝑥 cos 𝜃 − 𝑦 sen 𝜃
𝑦 𝑥
𝑦′ = 𝑑 ⋅ ( cos 𝜃 + sen 𝜃 )
𝑑 𝑑

⇒ 𝑦 = 𝑥 sen 𝜃 + 𝑦 cos 𝜃
Desse modo, podemos escrever as relações acima na forma matricial:
𝑥′
[ ]=[
cos 𝜃 − sen 𝜃] [𝑥]
𝑦′ sen 𝜃 cos 𝜃 𝑦
A matriz de rotação no sentido anti-horário é dada por 𝑀:

𝑀𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ cos 𝜃 − sen 𝜃]


sen 𝜃 cos 𝜃
Se quisermos rotacionar no sentido horário basta inserir −𝜃 no lugar de 𝜃:

𝑀ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ cos −𝜃 − sen −𝜃] = [ cos 𝜃 sen 𝜃]


sen −𝜃 cos −𝜃 − sen 𝜃 cos 𝜃

No plano ℝ3 , temos 3 eixos coordenados. Dado um ponto 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧) no plano ℝ3 , podemos


rotacionar esse ponto em torno do eixo 𝑧 através da seguinte matriz de rotação:
cos 𝜃 − sen 𝜃 0
𝑀𝑧 = [sen 𝜃 cos 𝜃 0]
0 0 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 31


Prof. Victor So

Para rotacionar 𝑃 em torno do eixo 𝑥, devemos usar a seguinte matriz:


1 0 0
𝑀𝑥 = [0 cos 𝜃 − sen 𝜃]
0 sen 𝜃 cos 𝜃
Em torno do eixo 𝑦:
cos 𝜃 0 sen 𝜃
𝑀𝑦 = [ 0 1 0 ]
− sen 𝜃 0 cos 𝜃

1.9.4. MATRIZ NILPOTENTE


𝐴 é uma matriz nilpotente se existir um número 𝑝 ∈ ℤ+ tal que:
𝐴𝑝 = 0
Se 𝑝0 é o menor inteiro positivo que satisfaz essa relação, dizemos que 𝐴 é uma matriz
nilpotente de índice 𝑝0 .

1.9.5. MATRIZ IDEMPOTENTE


𝐴 é uma matriz idempotente se satisfazer a seguinte relação:

𝐴2 = 𝐴
Consequentemente:

𝐴3 = 𝐴4 = ⋯ = 𝐴𝑛 = 𝐴

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 32


Prof. Victor So

1 2 6 1
4. Dados 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], calcule:
−5 3 4 −7
a) 𝐴 + 𝐵
b) 𝐴 − 𝐵
c) 𝐴𝐵
Resolução:
1 2 6 1 1+6 2+1 7 3
a) 𝐴 + 𝐵 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 + 4 3 − 7 −1 −4

1 2 6 1 1−6 2−1 −5 1
b) 𝐴 − 𝐵 = [ ]−[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 − 4 3+7 −9 10

1 2 6 1 1⋅6+2⋅4 1 ⋅ 1 + 2 ⋅ (−7) 14 −13


c) 𝐴𝐵 = [ ][ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 ⋅ 6 + 3 ⋅ 4 −5 ⋅ 1 + 3 ⋅ (−7) −18 −26

Gabarito: a) [ 𝟕 𝟑 ] b) [−𝟓 𝟏 ] c) [ 𝟏𝟒 −𝟏𝟑]


−𝟏 −𝟒 −𝟗 𝟏𝟎 −𝟏𝟖 −𝟐𝟔

5. Suponha 𝐴 e 𝐵 matrizes reais inversíveis e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵. Prove que
𝐴−1 + 𝐵−1 = 𝐼.
Resolução:
Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes inversíveis, então, podemos escrever:
𝐴𝐴−1 = 𝐴−1 𝐴 = 𝐼
𝐵𝐵−1 = 𝐵−1 𝐵 = 𝐼
Vamos analisar a equação dada:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Usando as propriedades matriciais, vamos multiplicar à esquerda ambos os lados por
−1
𝐴 :
𝐴−1 (𝐴 + 𝐵) = 𝐴−1 (𝐴𝐵) ⇒ ⏟ 𝐴−1 𝐴 + 𝐴−1 𝐵 = (⏟𝐴−1 𝐴) 𝐵 ⇒ 𝐼 + 𝐴−1 𝐵 = 𝐼 ⋅ 𝐵
𝐼 𝐼
Agora, vamos multiplicar à direita ambos os lados por 𝐵−1 :
−1 −1 −1
(𝐼 + 𝐴 𝐵)𝐵−1 = 𝐵𝐵−1 ⇒ 𝐵−1 + 𝐴 (𝐵𝐵−1 ) = 𝐼 ⇒ 𝐵−1 + 𝐴 = 𝐼
∴ 𝐴−1 + 𝐵−1 = 𝐼
Gabarito: Demonstração

6. 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são matrizes quadradas de ordem 𝑛. Se a matriz 𝐶 é antissimétrica, demonstre


que:
𝑡 𝑡
(𝐴 𝐵𝑡 + 3𝐶) = 𝐵𝐴 − 3𝐶
Resolução:
Se 𝐶 é antissimétrica, então:
𝐶𝑡 = −𝐶

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 33


Prof. Victor So

Aplicando as propriedades da transposta, temos:


𝑡 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
(𝐴 𝐵𝑡 + 3𝐶) = (𝐴 𝐵𝑡 ) + (3𝐶)𝑡 = (𝐵𝑡 ) (𝐴 ) + 3𝐶 = 𝐵𝐴 + 3𝐶
Usando a definição de antissimétrica:
𝐵𝐴 + 3𝐶 𝑡 = 𝐵𝐴 − 3𝐶
∴ (𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 3𝐶 )𝑡 = 𝐵𝐴 − 3𝐶
Gabarito: Demonstração

7. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 é inversível. Dado que 𝐴−1 𝐵𝐴−1 =
𝐼. Mostre que 𝐵 = 𝐴2 .
Resolução:
De acordo com o enunciado, temos:
𝐴−1 𝐵𝐴−1 = 𝐼
Multiplicando à esquerda da equação por 𝐴:
𝐴(𝐴−1 𝐵𝐴−1 ) = 𝐴 ⋅ 𝐼
−1 −1
(𝐴𝐴 ) 𝐵𝐴 = 𝐴

𝐼
𝐵𝐴−1 = 𝐴
Multiplicando à direita da equação por 𝐴:
−1 −1 2
(𝐵𝐴 )𝐴 = 𝐴 ⋅ 𝐴 ⇒ 𝐵(𝐴 𝐴) = 𝐴
∴ 𝐵 = 𝐴2
Gabarito: Demonstração

8. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛. Definimos 𝑡𝑟(𝐴) como a soma dos


elementos da diagonal principal da matriz 𝐴. Demonstre que 𝑡𝑟(𝐴𝐵) = 𝑡𝑟(𝐵𝐴).
Resolução:
Demonstração visto na teoria, propriedade 𝑃19.
Gabarito: Demonstração

9. Uma matriz possui inversa se ela é não singular. Determine uma matriz não singular 𝐵
que satisfaça a seguinte equação matricial:
𝐵−1 𝐴 = [3 0 ]
0 −2
1 2
Dado que 𝐴 = [ ].
3 4
Resolução:
Como 𝐵 é não singular, temos que ela é inversível. Assim, vamos multiplicar à esquerda
da equação por 𝐵:
𝐵−1 𝐴 = [3 0 ] ⇒ 𝐵𝐵−1 𝐴 = 𝐵 ⋅ [3 0 ] ⇒ 𝐴 = 𝐵 ⋅ [3 0 ]
0 −2 0 −2 0 −2
O enunciado nos dá a matriz 𝐴, vamos substituí-la na equação:
[
1 2] = 𝐵 ⋅ [3 0 ]
3 4 0 −2
Como 𝐵 é inversível e multiplica uma matriz quadrada de ordem 2, podemos afirmar
que ele também é quadrada de ordem 2. Vamos escrever 𝐵 desse modo:
𝑎 𝑏
𝐵=[ ]
𝑐 𝑑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 34


Prof. Victor So

1 2] = [𝑎 𝑏] ⋅ [3 0 ] ⇒ [1 2] = [3𝑎 −2𝑏]
[
3 4 𝑐 𝑑 0 −2 3 4 3𝑐 −2𝑑
Assim, encontramos o seguinte sistema:
1
1 = 3𝑎 𝑎=3
{ 2 = −2𝑏 ⇒ 𝑏 = −1
3 = 3𝑐 𝑐=1
4 = −2𝑑 {𝑑 = −2
1/3 −1
∴𝐵=[ ]
1 −2
𝟏/𝟑 −𝟏
Gabarito: 𝑩 = [ ]
𝟏 −𝟐

cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃)
10. A matriz 𝑅(𝜃) = [ ] é chamada de matriz de rotação. Dizemos que
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
uma matriz 𝐴 é ortogonal, quando 𝐴𝑡 = 𝐴−1 . Verifique se a matriz 𝑅(𝜃) é ortogonal.
Justifique sua resposta.
Resolução:
Partindo de 𝐴𝑡 = 𝐴−1 , podemos manipular essa equação e encontrar:
𝐴𝐴𝑡 = 𝐴𝐴−1
𝐴𝐴𝑡 = 𝐼
Então, se 𝐴𝐴𝑡 = 𝐼, podemos afirmar que 𝐴 é ortogonal.
Vamos encontrar a transposta de 𝑅(𝜃) e calcular 𝑅(𝜃)𝑅𝑡 (𝜃):
cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅𝑡 ( 𝜃) = [ ]
−𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = [ ]⋅[ ]=
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos2 (𝜃) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑠𝑒𝑛(𝜃 ) cos(𝜃) 1 0
=[ 2 2 ]=[ ]=𝐼
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) − cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑠𝑒𝑛 (𝜃) + cos (𝜃) 0 1
∴ 𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = 𝐼
Essa é a definição de matriz ortogonal. Portanto, 𝑅 (𝜃) é ortogonal.
Gabarito: Demonstração

2. DETERMINANTE DE UMA MATRIZ

2.1. DEFINIÇÃO
A primeira coisa que temos que distinguir é que o determinante de uma matriz 𝐴,
simbolizado por det(𝐴), é um número, não uma matriz. Além disso, só podemos calcular o
determinante de matrizes quadradas.
Mas que número é esse?
Aqui nós inverteremos um pouco a didática.
Primeiro, vamos aprender a calcular o determinante de matrizes de várias ordens. Só na
próxima aula, quando estivermos estudando os sistemas, teremos condições de entender de onde
esses números saíram. Por isso, tenha paciência que chegaremos lá, ok?

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 35


Prof. Victor So

2.1.1. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟏


Existe matriz de ordem 1?
Pois é, existe sim. É uma matriz que só tem uma linha e uma coluna.
E o determinante desse tipo de matriz é imediato, veja.
𝐴1𝑥1 = [𝑎] → det(𝐴) = 𝑎
Ou seja, o determinante de uma matriz de ordem 1 é o próprio elemento da matriz. Veja
o exemplo.
𝐴1𝑥1 = [3] → det(𝐴) = 3
Essa foi fácil, não? Vamos à próxima.

2.1.2. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟐


Para o determinante de uma matriz de ordem 2 já temos que fazer alguns cálculos.
Dada a matriz 𝐴 tal que
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
O determinante de 𝐴, det(𝐴), é dado por uma subtração entre o produto dos elementos
da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Como é que é?
Calma, vamos esquematizar essa definição no corpo da matriz 𝐴.

Desse modo, o determinante da matriz 𝐴, det(𝐴), que também pode ser representado pela
matriz encerrada por duas barras paralelas, é dado por

det(𝐴) = |𝑎 𝑏| = 𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐
𝑐 𝑑
Vejamos um exemplo.
Dada a matriz 𝐴, calcule seu determinante.
1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Explicitando os elementos das diagonais, temos.

Assim,

det(𝐴) = | 1 3| = 1 ∙ 1 − 3 ∙ (−2)
−2 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 36


Prof. Victor So

det(𝐴) = 1 + 6
det(𝐴) = 7

Uma matriz é escrita entre colchetes:


1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Um determinante pode ser escrito pela sua expressão ou pela matriz encerrada por duas barras paralelas:
𝑎 𝑏
det(𝐴) = | |=𝑎∙𝑑−𝑏∙𝑐
𝑐 𝑑
Matrizes e determinantes não são sinônimos.
Faça a distinção na hora da escrita, principalmente em questões abertas.

2.1.3. DETERMINANTE DE MATRIZ DE ORDEM 𝟑


Para calcular o determinante de uma matriz de ordem 3, utilizaremos a regra de Sarrus,
como detalhada a seguir.
Peguemos, por exemplo, a matriz 𝐴 dada por
1 0 1
−1 −2 0
𝐴=
1
[5 4 3]

O primeiro passo para calcularmos o determinante dessa matriz é duplicarmos a primeira


e a segunda colunas de 𝐴.
1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
det(𝐴) =
1 1
[ 5 4 3 ] 4
5
O próximo passo é fazer os produtos dos elementos nas direções tanto da diagonal
principal quanto da diagonal secundária.
Embora possamos fazer ambos os produtos simultaneamente, separaremos em duas
partes para maior clareza.
Façamos primeiro a parte positiva na direção da diagonal principal.
Multiplicaremos os elementos de cada diagonal e somaremos esses produtos. Todo esse
resultado será a parte positiva de nosso determinante.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 37


Prof. Victor So

E, agora, a parte negativa, na direção da diagonal secundária.

O determinante, então, será a soma desses resultados parciais.


2
det(𝐴) = −10 +
5
−50 + 2
det(𝐴) =
5
48
det(𝐴) = −
5
Uma outra forma de memorizar a regra de Sarrus é através da seguinte figura:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 38


Prof. Victor So

Ao invés de duplicar a primeira e a segunda coluna de 𝐴, podemos multiplicar os elementos


de acordo com a trajetória das linhas indicadas:
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎33 + 𝑎12 ⋅ 𝑎23 ⋅ 𝑎31 + 𝑎32 ⋅ 𝑎21 ⋅ 𝑎13
−𝑎13 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎31 − 𝑎23 ⋅ 𝑎32 ⋅ 𝑎11 − 𝑎21 ⋅ 𝑎12 ⋅ 𝑎33
Usamos as setas apenas para nos guiarmos. Quando resolvermos os exercícios de
determinantes, faremos o cálculo com apenas uma tabela do seguinte modo:

Um pouco confuso, não? Com o tempo, nos acostumaremos a resolver desse modo.

11. Calcule:
a) |5|
b) |5 1 |
2 −2
5 2 −1
c) |3 0 −3|
1 1 2
Resolução:
a) |5| = 5
b) |5 1 | = 5 ⋅ (−2) − 2 ⋅ 1 = −10 − 2 = −12
2 −2

5 2 −1
c) |3 0 −3|
1 1 2

= 5 ⋅ 0 ⋅ 2 + 2 ⋅ (−3) ⋅ 1 + 1 ⋅ 3 ⋅ (−1) − ((−1) ⋅ 0 ⋅ 1 + (−3) ⋅ 1 ⋅ 5 + 3 ⋅ 2 ⋅ 2)


= −6 − 3 − (−15 + 12) = −9 − (−3) = −6
*Obs.: Separei em duas tabelas para poder visualizar melhor.
Gabarito: a) 𝟓 b) −𝟏𝟐 c) −𝟔

12. Resolva:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 39


Prof. Victor So

𝑥 1 𝑥
|1 𝑥 −1| = 0
1 3 2
Resolução:
Vamos calcular o determinante:
2𝑥 2 + (−1) + 3𝑥 − 𝑥 2 − (−3𝑥) − 2 = 0
𝑥2 + 6𝑥 − 3 = 0
Encontrando as raízes:
𝑥 = −3 ± √12 = −3 ± 2√3
Portanto:
𝑆 = {−3 + 2√3; −3 − 2√3}
Gabarito: 𝑺 = {−𝟑 + 𝟐√𝟑; −𝟑 − 𝟐√𝟑}

2.2. TEOREMA DE LAPLACE

Este teorema é muito útil para resolver as questões de determinantes das provas e ela
costuma ser cobrada com bastante frequência. Vejamos os conceitos iniciais.

2.2.1. CONCEITOS INICIAIS


Até aqui vimos como calcular o determinante de matrizes de ordem 1, 2 e 3. Existem
diversos métodos para se calcular o determinante de uma matriz, mas, antes de aprendê-los,
veremos a definição de menor complementar e cofator de um elemento matricial.
Menor complementar de um elemento
O menor complementar de um elemento matricial 𝑎𝑖𝑗 , representado por 𝐷𝑖𝑗 , é o
determinante de uma submatriz que conseguimos eliminando a linha e a coluna do elemento 𝑎𝑖𝑗 .
Vejamos como obter o menor complementar de um elemento na matriz 𝐴.
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
Digamos que precisemos do menor complementar do elemento 𝑎21 , ou seja, precisamos
calcular 𝐷21
Precisamos eliminar, então, a linha e a coluna de 𝑎21 e calcular o determinante da matriz
que sobra.
Podemos ver que o elemento 𝑎21 = 3 está, como indicado, na segunda linha e na terceira
coluna.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 40


Prof. Victor So

Dessa forma,

𝐷21 = |2 5 |
4 13
𝐷21 = |2 5 |
4 13
𝐷21 = 2 ∙ 13 − 5 ∙ 4
𝐷21 = 26 − 20
𝐷21 = 6

Todo elemento de uma matriz quadrada tem menor complementar.

Cofator (ou complemento algébrico) de um elemento


O cofator de um elemento 𝑎𝑖𝑗 , representado por 𝐴𝑖𝑗 , é dado pela seguinte fórmula.
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗
Considerando a matriz
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
do item anterior e já tendo calculado o menor complementar 𝐷21 , vamos aproveitá-lo e
calcular o cofator 𝐴21 .
𝐷21 = 6
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗
𝐴21 = (−1)2+1 ∙ 𝐷21
𝐴21 = (−1)3 ∙ 6
𝐴21 = (−1) ∙ 6
𝐴21 = −6
Assim, o menor complementar de 𝑎21 é 𝐴21 = −6.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 41


Prof. Victor So

2.2.2. MATRIZ DOS COFATORES


Na seção anterior vimos como calcular o cofator de um número, dado pela fórmula
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗 .
Pois bem, a matriz dos cofatores, simbolizada por 𝐴′, é uma matriz formada pelos cofatores
de todos os elementos de 𝐴.

Vejamos, então, como é a matriz de cofatores 𝐴′. Seja 𝐴 dada por:


1 −1
𝐴=[ ]
3 0

𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗

Dessa forma, a matriz de cofatores de 𝐴, ou 𝐴′, é


𝐴11 𝐴12
𝐴′ = [ ]
𝐴21 𝐴22
𝐴′ = [0 −3]
1 1
Também podemos representar a matriz dos cofatores de 𝐴 por 𝑐𝑜𝑓(𝐴).

2.2.3. TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE


Este teorema nos permite calcular o determinante de uma matriz 𝐴 de ordem maior ou
igual a 2. Ela afirma que o valor do determinante de uma matriz 𝐴 é igual a soma dos produtos
dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
Seja 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛, pelo teorema de Laplace:
I) Escolhendo-se a linha 𝑖 (fixamos 𝑖 e variamos 𝑗):

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 42


Prof. Victor So

𝑛
det 𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝐴𝑖𝑗
𝑗=1

II) Escolhendo-se a coluna 𝑗 (fixamos 𝑗 e variamos 𝑖):


𝑛
det 𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝐴𝑖𝑗
𝑖=1

Exemplo de aplicação:
10 15 17 39
5 0 3 2
Dada a matriz 𝐴 = [ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
a) Escolhendo a linha 1 da matriz 𝐴, o seu determinante é dado por:

det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11 + 𝑎12 ⋅ 𝐴12 + 𝑎13 ⋅ 𝐴13 + 𝑎14 ⋅ 𝐴14


det 𝐴 = 10 ⋅ 𝐴11 + 15 ⋅ 𝐴12 + 17 ⋅ 𝐴13 + 39 ⋅ 𝐴14

b) Escolhendo a coluna 2 da matriz 𝐴:

det 𝐴 = 𝑎12 ⋅ 𝐴12 + 𝑎22 ⋅ 𝐴22 + 𝑎32 ⋅ 𝐴32 + 𝑎42 ⋅ 𝐴42


det 𝐴 = 15 ⋅ 𝐴12 + 0 ⋅ 𝐴22 + 0 ⋅ 𝐴32 + 0 ⋅ 𝐴42
⇒ det 𝐴 = 15 ⋅ 𝐴12
Podemos escolher qualquer fila para calcular o determinante, pois o resultado é o mesmo.
Note que no caso (b), precisamos calcular apenas o cofator 𝐴12 . Desse modo, para facilitar os
cálculos, devemos escolher a fila com a maior quantidade de zeros possível.

2.3. PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES


Estudamos, até agora, o que são as matrizes, as principais operações com matrizes e o
determinante de uma matriz.
Estudaremos, agora, algumas propriedades que podem ser úteis na resolução dos
exercícios.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 43


Prof. Victor So

Essas propriedades até podem ser deduzidas na hora, mas há um ganho considerável de
tempo de resolução quando se tem contato com elas previamente.

2.3.1. FATOR COMUM EM UMA FILA DA MATRIZ


Entenderemos aqui por fila uma linha ou uma coluna de uma matriz.
Ao multiplicarmos uma fila de uma matriz por uma constante 𝑘, o determinante dessa
matriz também fica multiplicado pela mesma constante 𝑘.
Façamos a demonstração para uma matriz genérica 2𝑥2, embora a propriedade seja válida
para todas as matrizes quadradas (só têm determinantes as matrizes quadradas, lembra?).
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
Vimos, há algumas páginas, que

det(𝐴) = |𝑎 𝑏| = 𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐.
𝑐 𝑑
Multiplicando uma de suas filas, digamos a segunda coluna, por uma constante 𝑘, teremos,
como resultado, a matriz 𝐴′.
𝑎 𝑘∙𝑏
𝐴′ = [ ]
𝑐 𝑘∙𝑑

Note que multiplicamos apenas uma fila, não a matriz inteira.

Vejamos o que acontece com o determinante de 𝐴′.

det(𝐴′) = |𝑎 𝑘 ∙ 𝑏| = 𝑎 ∙ 𝑘 ∙ 𝑑 − 𝑘 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐
𝑐 𝑘∙𝑑
Podemos colocar a constante 𝐶 em evidência.
det(𝐴′) = 𝑎 ∙ 𝑘 ∙ 𝑑 − 𝑘 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐 = 𝑘 ∙ (𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐)
det(𝐴′) = 𝑘 ∙ (𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐)
det(𝐴′) = 𝑘 ∙ det(𝐴)
Exemplo:
Vamos calcular o valor do determinante abaixo:
9 27 27
|3 5 2|
2 3 1
Note que a primeira linha da matriz desse determinante possui o fator comum 9, podemos
colocá-lo em evidência e, assim, facilitamos o seu cálculo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 44


Prof. Victor So

9 27 27 1 3 3
|3 5 2 | = 9 ⋅ |3 5 2| = 9 ⋅ (5 + 12 + 27 − 30 − 6 − 9) = 9 ⋅ (−1) = −9
2 3 1 2 3 1

2.3.2. FATOR COMUM NA MATRIZ


Ao multiplicarmos uma matriz de ordem 𝑛 por uma constante 𝑘 ∈ ℝ, o seu determinante
fica multiplicado por 𝑘𝑛 . Essa situação é parecida com a propriedade anterior, porém, todas as
filas ficam multiplicadas pela constante 𝑘 e, por isso, uma matriz multiplicada por 𝑘 resulta em
um determinante multiplicado por ⏟ 𝑘 ⋅ 𝑘 ⋅ … ⋅ 𝑘:
𝑛 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

det(𝑘 ⋅ 𝐴) = 𝑘𝑛 det 𝐴
Exemplo:
2 4 4 1 2 2
3
|8 2 10 | = 2 ⋅ |4 1 5| = 8 ⋅ (2 + 40 + 8 − 8 − 5 − 16) = 8 ⋅ 21 = 168
8 2 4 4 1 2

2.3.3. TEOREMA DE BÉZOUT


Quando trocamos duas filas de lugar, o determinante é afetado de tal modo que o
determinante da nova matriz 𝐴′ é o oposto do determinante de 𝐴, veja.
Dada a mesma matriz 𝐴, genérica, que nos tem acompanhado.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
det(𝐴) = |𝑎 𝑏| = 𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐
𝑐 𝑑
Vamos trocar de lugar a primeira e a segunda linhas e ver como det(𝐴) é afetado.
𝑐 𝑑
𝐴′ = [ ]
𝑎 𝑏
det(𝐴′) = | 𝑐 𝑑| = 𝑐 ∙ 𝑏 − 𝑑 ∙ 𝑎
𝑎 𝑏
det(𝐴′) = 𝑐 ∙ 𝑏 − 𝑑 ∙ 𝑎
Colocando o sinal de negativo em evidência.
det(𝐴′) = −(−𝑐 ∙ 𝑏 + 𝑑 ∙ 𝑎)
Alternando a ordem do argumento dos parênteses.
det(𝐴′) = −(𝑑 ∙ 𝑎 − 𝑐 ∙ 𝑏)
det(𝐴′) = − det(𝐴)
Essa propriedade é conhecida como teorema de Bézout.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 45


Prof. Victor So

Ao trocar duas filas de uma matriz de lugar, o determinante muda de sinal.


Trocou de novo? Muda de sinal de novo.

2.3.4. FILAS PARALELAS IGUAIS OU PROPORCIONAIS


Quando duas filas paralelas (duas linhas ou duas colunas) são iguais ou proporcionais, o
determinante da matriz é zero.
Dada a matriz 𝐴 com uma linha sendo a multiplicação de outra linha por uma constante.
2 4
𝐴=[ ]
6 12
Perceba que a segunda linha é o triplo da primeira.
Calculemos, então, det(𝐴).

det(𝐴) = |2 4 | = 2 ∙ 12 − 4 ∙ 6
6 12
det(𝐴) = 24 − 24
det(𝐴) = 0
Apesar de termos visto em uma matriz singular de ordem 2, essa característica está
presente em todas as matrizes quadradas.

2.3.5. COMBINAÇÃO LINEAR DE FILAS


Dizemos que uma fila 𝐹1 é uma combinação linear de outras (𝐹2, 𝐹3, 𝐹4 … ) quando
𝐹1 = 𝑎 ∙ 𝐹2 + 𝑏 ∙ 𝐹3 + 𝑐 ∙ 𝐹4 + ⋯
Vejamos um exemplo numérico.
Seja 𝐴 a matriz quadrada abaixo:
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
Não é óbvio e precisamos fazer alguns cálculos para perceber. No entanto, note que a
terceira linha 𝐿3 é a soma da primeira com o dobro da segunda.
Assim, podemos dizer que
𝐿3 = 1 ∙ 𝐿1 + 2 ∙ 𝐿2
(7, 4, 16) = 1 ∙ (1, 2, 5) + 2 ∙ (3, 1, 4)
(7, 4, 16) = (1, 2, 5) + (6, 2, 8)
(7, 4, 16) = (7, 4, 16)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 46


Prof. Victor So

Assim,
𝐿3 = 1 ∙ 𝐿1 + 2 ∙ 𝐿2
E o que acontece quando uma matriz tem uma linha como combinação linear de outras?
Simples, seu determinante é nulo.
Calculemos, como exercício, o determinante dessa matriz 𝐴 por meio da regra de Sarrus.
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
Dupliquemos a primeira e a segunda coluna.
1 2 5 1 2
det(𝐴) = |3 1 4 | 3 1
7 4 13 7 4
Façamos, então, parte positiva do determinante na direção da diagonal principal.

E, agora, a parte negativa, na direção da diagonal secundária.

O determinante, então, será a soma desses resultados parciais.


det(𝐴) = 129 − 129
det(𝐴) = 0

2.3.6. MATRIZ TRIANGULAR


O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto de todos os elementos da sua
diagonal principal. Seja 𝐴 uma matriz triangular de ordem 𝑛:
𝑛
det 𝐴 = ∏ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 47


Prof. Victor So

Demonstração:
Supondo que 𝑀 seja uma matriz triangular inferior:
𝑎11 0 0 0
𝑎21 𝑎22 0 ⋯ 0
𝑀 = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 0
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Aplicando-se o teorema de Laplace na primeira linha, encontramos:

det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11


Sabemos que o cofator é dado por:
𝐴11 = (−1)1+1 ⋅ 𝐷11 = 𝐷11

det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐷11


𝐷11 é o determinante de uma matriz parecida com a matriz inicial, porém, sem a primeira
linha e coluna. Podemos aplicar o teorema de Laplace na primeira linha das matrizes resultantes
e, assim, sucessivamente:
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎33 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛

2.3.7. MATRIZ TRANSPOSTA


O determinante de uma matriz quadrada de ordem 𝑛 é igual ao determinante da sua
transposta:
det 𝐴 = det 𝐴𝑡
Exemplo:
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐
Seja 𝑀 = [ ], temos 𝑀𝑡 = [ ]. O determinante dessas matrizes é dado por:
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑
det 𝑀 = 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐
det 𝑀𝑡 = 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐 = det 𝑀

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 48


Prof. Victor So

2.3.8. DECOMPOSIÇÃO EM SOMA


Se uma matriz for da seguinte forma:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Podemos decompor o cálculo do seu determinante em duas outras:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
|𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
|
⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 𝑎1𝑛 𝑎11 𝑎12 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
|𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 | | 21
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 𝑎3𝑛 + |𝑎31 𝑎32 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛 |
|
⋮ ⋱ ⋮ | ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛

*Essa propriedade também é válida se tivermos uma linha que possa ser decomposta em
soma.
Demonstração:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
|𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
|
⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
Vamos aplicar o teorema de Laplace na coluna 𝑗 da matriz 𝐴:
det 𝐴 = (𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗

𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 𝑎1𝑛 𝑎11 𝑎12 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛


𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
|𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 | | 21
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 𝑎3𝑛 + |𝑎31 𝑎32 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛 |
|
⋮ ⋱ ⋮ | ⋮ ⋱ ⋮ |
⏟𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ⏟𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝐴′ det 𝐴′′

Se aplicarmos o teorema de Laplace na coluna 𝑗 das matrizes 𝐴′ e 𝐴′′, encontramos:


det 𝐴′ = (𝑏1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑏𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗
det 𝐴′′ = (𝑐1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑐𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗
Assim, podemos ver que:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 49


Prof. Victor So

det 𝐴 = det 𝐴′ + det 𝐴′′


Exemplos:
1 4 6 1 2 6 1 2 6
|2 5 7| = |2 4 7| + | 2 1 7|
3 6 8 3 6 8 3 0 8
1 4 6 1 4 6 1 4 6
|2 5 7| = |1 2 6| + | 1 3 1|
3 6 8 3 6 8 3 6 8

2.3.9. TEOREMA DE CAUCHY


O teorema de Cauchy afirma que a soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer
de uma matriz 𝐴 pelos respectivos cofatores de uma fila paralela é igual a 0.
Vejamos sua aplicação. Seja a matriz 𝐴 de ordem 𝑛 representado abaixo:

Escolhendo-se os elementos da primeira linha e multiplicando-os pelos cofatores dos


elementos da última linha, ordenadamente, temos:
𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛 = 0
A soma algébrica acima é equivalente a calcular o determinante da seguinte matriz:
𝑎11 𝑎12 𝑎1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑎2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴 = 𝑎31 𝑎32
′ 𝑎3𝑗 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎11 𝑎12 ⋯ 𝑎1𝑗 ⋯ 𝑎1𝑛 ]
Aplicando-se o teorema de Laplace na última linha, encontramos:
det 𝐴′ = 𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛
Como temos duas filas paralelas iguais, o determinante de 𝐴′ é igual a zero:
det 𝐴′ = 𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛 = 0
E, assim, verificamos o teorema de Cauchy.

2.3.10. TEOREMA DE JACOBI


Atenção neste teorema! Ele é muito usado para resolver as questões envolvendo
determinantes!

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 50


Prof. Victor So

O teorema de Jacobi afirma que multiplicando-se uma fila de uma matriz por um número
qualquer e adicionando o resultado obtido a uma fila paralela qualquer, o valor do seu
determinante não se altera.
Exemplo:
Vamos calcular o valor do seguinte determinante:
1 2 3 4
det 𝑀 = | 2 4 6 10|
3 6 8 12
10 12 13 14
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira linha por (−2) e somá-la à
segunda linha:

1 2 3 4 1 2 3 4
|
2 − 1 ⋅ 2 4 − 2 ⋅ 2 6 − 3 ⋅ 2 10 − 4 ⋅ 2| = | 0 0 0 2 |
3 6 8 12 3 6 8 12
10 12 13 14 10 12 13 14
Agora, vamos multiplicar a primeira linha por (−3) e somá-la à terceira linha:

1 2 3 4
|
0 0 0 2|
0 0 −1 0
10 12 13 14

Usando o teorema de Laplace na terceira linha, encontramos:

det 𝑀 = (−1) ⋅ 𝐴33


1 2 4
𝐴33 = (−1) 3+3 ⋅ | 0 0 2 | = 40 − 24 = 16
10 12 14
⇒ det 𝑀 = −16
O teorema de Jacobi é muito útil para manipular as matrizes dos determinantes. Ele nos
permite simplificar o cálculo dos determinantes e também ajustar as matrizes de um modo que
possibilite aplicar outras propriedades dos determinantes.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 51


Prof. Victor So

2.3.11. TEOREMA DE BINET


O teorema de Binet diz que, para duas matrizes 𝐴 e 𝐵, quadradas e de mesma ordem, vale
det(𝐴 ∙ 𝐵) = det(𝐴) ∙ det(𝐵).
Exemplo:
Vamos testar o teorema de Binet com as matrizes 𝐴 e 𝐵.
1 3
𝐴=[ ]
−4 2
9 1
𝐵=[ ]
4 5
Temos que

det(𝐴) = | 1 3|
−4 2
det(𝐴) = 1 ∙ 2 − 3 ∙ (−4)
det(𝐴) = 2 + 12
det(𝐴) = 14
det(𝐵) = |9 1|
4 5
det(𝐵) = 9 ∙ 5 − 1 ∙ 4
det(𝐵) = 45 − 4
det(𝐵) = 41

1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
Preparando as matrizes para o produto matricial.
1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
1∙9+3∙4 1∙1+3∙5
𝐴∙𝐵 =[ ]
(−4) ∙ 9 + 2 ∙ 4 (−4) ∙ 1 + 2 ∙ 5
9 + 12 1 + 15
𝐴∙𝐵 =[ ]
−36 + 8 −4 + 10
21 16
𝐴∙𝐵 =[ ]
−28 6

Então,

det(𝐴 ∙ 𝐵) = | 21 16|
−28 6
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 21 ∙ 6 − 16 ∙ (−28)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 52


Prof. Victor So

det(𝐴 ∙ 𝐵) = 126 + 448


det(𝐴 ∙ 𝐵) = 574
Segundo o teorema de Binet, temos
det(𝐴 ∙ 𝐵) = det(𝐴) ∙ det(𝐵)
574 = 14 ∙ 41
574 = 574 → 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜
Confirmando a validade do teorema.

Consequência do teorema de Binet


Nós já vimos que
𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐼
Então,
det(𝐴 ∙ 𝐴−1 ) = det(𝐼) = 1
Pelo teorema de Binet, podemos dizer, também, que
det(𝐴 ∙ 𝐴−1 ) = det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) = det(𝐼) = 1
Considerando apenas a parte destacada da equação.
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) = 1
Dividindo ambos os termos da equação por det(𝐴), temos.
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) 1
=
det(𝐴) det(𝐴)
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) 1
=
det(𝐴) det(𝐴)
1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)
Que é uma relação importante no desenvolvimento de alguns exercícios.

1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 53


Prof. Victor So

2.3.12. MATRIZ DE VANDERMONDE


A matriz de Vandermonde é toda matriz de ordem 𝑛 ≥ 2 do tipo:
1 1 1 ⋯ 1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
2 2
𝑎1 𝑎2 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
[𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛 ]
Note que os elementos de cada coluna dessa matriz formam uma PG cujo primeiro termo
é 1.
Indicamos pela letra 𝑉 o determinante da matriz de Vandermonde. Esse valor é dado por:

𝑉(𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 )
𝑖>𝑗

O determinante 𝑉 é igual ao produto de todas as diferenças possíveis entre os elementos


característicos com a condição de que o índice 𝑖 seja maior que o índice 𝑗.
Demonstração:
Vamos provar pelo princípio da indução finita.
1º) Verificando a validade da propriedade para 𝑛 = 2:
1 1
𝐴=[ ] ⇒ det 𝐴 = 𝑎2 − 𝑎1
𝑎1 𝑎2
Logo, a propriedade é válida para 𝑛 = 2.
2º) Supondo que a propriedade seja verdadeira para matrizes de ordem 𝑛 − 1. Então,
devemos demonstrar que ela é verdadeira para matrizes de ordem 𝑛.
1 1 1 ⋯ 1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
| 2 |
𝑉 = 𝑎1 𝑎22 𝑎32 ⋯ 𝑎𝑛2 |
|
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛

Vamos aplicar o teorema de Jacobi sucessivas vezes nas linhas do determinante da matriz:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 54


Prof. Victor So

1 1 1 ⋯ 1
0 𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
| |
0 𝑎22 − 𝑎2 𝑎1 𝑎23 − 𝑎3 𝑎1 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎𝑛 𝑎1
| |
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑎2 − 𝑎2 𝑎1 𝑎3 − 𝑎𝑛−2
𝑛−1 𝑛−2 𝑛−1
3 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛−1
𝑛 − 𝑎𝑛−2
𝑛 𝑎1

Aplicando o teorema de Laplace na primeira coluna, encontramos o seguinte


determinante:
𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
𝑎2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
| ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛−2 𝑛−2 𝑛−2
2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )

Note que cada coluna possui um fator comum, podemos colocá-los em evidência:
1 1 ⋯ 1
𝑎 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
𝑉 = (𝑎2 − 𝑎1 ) ⋅ (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋅ … ⋅ (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) ⋅ | 2 |
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−2 𝑛−2
⏟𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛−2
𝑉′

𝑉′ é o determinante da matriz de Vandermonde de ordem 𝑛 − 1, pela hipótese de indução,


temos:

𝑉′ = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 ) , para 𝑖, 𝑗 ∈ {2, 3, … , 𝑛}


𝑖>𝑗

Portanto:

𝑉 = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 ) , para 𝑖, 𝑗 ∈ {1, 2, 3, … , 𝑛}


𝑖>𝑗

A propriedade é válida para matrizes de ordem 𝑛 ≥ 2.


Vejamos um exemplo de questão em prova:

13. (ITA/2003) Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante


da matriz

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 55


Prof. Victor So

𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
[ 𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2 ]
na forma de um produto de números reais.
Comentários
Note que se multiplicarmos a primeira, segunda, terceira e quarta linha por 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑,
respectivamente, obtemos o fator comum 𝑎𝑏𝑐𝑑 na primeira coluna:
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 𝑎 𝑎2 𝑎3
𝑎𝑏𝑐𝑑
⋅ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 = 1 ⋅ |𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = 𝑎𝑏𝑐𝑑 |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑐 𝑐2 𝑐3 𝑎𝑏𝑐𝑑 1 𝑐 𝑐2 𝑐3
2 2 3
[ 𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑 ] 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑑 𝑑 𝑑 1 𝑑 𝑑2 𝑑3
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
⇒ |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑32
Lembrando que o determinante de uma matriz é igual ao determinante da sua
transposta, podemos escrever:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 1 1 1
2 3
|
1 𝑏 𝑏 𝑏 |=|𝑎 𝑏 𝑐 𝑑|
1 𝑐 𝑐2 𝑐3 𝑎2 𝑏2 𝑐2 𝑑2
1 𝑑 𝑑2 𝑑3 𝑎3 𝑏3 𝑐3 𝑑3
Assim, obtemos o determinante de uma matriz de Vandermonde, esse valor é dado por:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
|
1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = (𝑑 − 𝑐)(𝑑 − 𝑏)(𝑑 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)(𝑐 − 𝑎)(𝑏 − 𝑎)
1 𝑐 𝑐2 𝑐3
1 𝑑 𝑑2 𝑑3

2.3.13. MATRIZES SEMELHANTES


Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛. Dizemos que a matriz 𝐴 é semelhante à
matriz 𝐵 se, e somente se, existe uma matriz inversível 𝑃 tal que satisfaça a seguinte relação:

𝐴 = 𝑃−1 𝐵𝑃
Se essa relação estiver escrita na prova, podemos afirmar que 𝐴 e 𝐵 são matrizes
semelhantes.
Vejamos o que acontece quando aplicamos o determinante nessa igualdade:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐵𝑃) ⇒ det 𝐴 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡

1
Sabemos que det 𝑃−1 = det 𝑃, substituindo essa identidade na igualdade acima, obtemos:
1
det 𝐴 = ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
det 𝑃

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 56


Prof. Victor So

det 𝐴 = det 𝐵
Portanto, se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes, os determinantes delas são iguais.
Outra informação interessante que podemos extrair é a seguinte:
Seja 𝜆 um número real e 𝐼 a matriz identidade de ordem 𝑛, usando as propriedades
matriciais e a definição de matriz inversa, podemos escrever:
𝜆𝐼 = 𝜆 (⏟𝑃−1 𝑃) = 𝑃−1 𝜆𝑃 (𝐼)
𝐼

Vamos somar (𝐼) nos dois lados da seguinte igualdade:


+𝑃−1 𝜆𝑃
𝐴 = 𝑃−1 𝐵𝑃 ⇒ 𝐴 + 𝑃⏟−1 𝜆𝑃 = 𝑃−1 𝐵𝑃 + 𝑃−1 𝜆𝑃 ⇒ 𝐴 + 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐵𝑃 + 𝜆𝑃)
𝜆𝐼

Lembrando que 𝜆 é um número real, para fatorar a expressão à direita, devemos escrever
𝜆𝐼:
⇒ 𝐴 + 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃
Agora, aplicando o determinante:
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det[𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃]
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det(𝐵 + 𝜆𝐼)
Veja um exemplo de questão em prova:
(ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
−1

a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
Comentários
Usando o Teorema de Binet, temos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det[𝐴(𝐴 + 𝐼)] = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼)
O enunciado da questão afirma que:
𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃
Aplicando o determinante:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐷𝑃) = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐷 ⋅ det 𝑃 = det 𝐷
Para calcular o determinante de 𝐴 + 𝐼, vamos somar 𝐼 na identidade dada:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 57


Prof. Victor So

𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + ⏟
𝐼 ⇒ 𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + 𝑃−1 𝑃
𝑃−1 𝑃

𝐴 + 𝐼 = 𝑃 −1 (𝐷𝑃 + 𝑃) = 𝑃−1 (𝐷 + 𝐼)𝑃 ⇒ det(𝐴 + 𝐼) = det(𝐷 + 𝐼)


Dessa forma, precisamos calcular o valor da seguinte expressão:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼)
Vamos calcular det 𝐷:
1 0 0
det 𝐷 = |0 2 0| = 6
0 0 3
2 0 0
det(𝐷 + 𝐼) = |0 3 0| = 24
0 0 4
Substituindo esses resultados na equação, obtemos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼) = 6 ⋅ 24 = 144
Gabarito: “a”.

2.4. REGRA DE CHIÓ


A regra de Chió é uma consequência do teorema de Jacobi. Ela permite reduzir a ordem de
um determinante de ordem 𝑛 ≥ 2 em uma unidade. Para usar a regra de Chió, a matriz deve
possuir 𝑎11 = 1. Vejamos sua definição.
Seja uma matriz 𝑀 de ordem 𝑛 ≥ 2 representada abaixo:
1 𝑎12 𝑎13 ⋯ 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝑀 = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋯ 𝑎3𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]

Vamos calcular o determinante de 𝑀. Aplicando o teorema de Jacobi, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 58


Prof. Victor So

1 0 0 ⋯ 0
𝑎21 𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
det 𝑀 = ||𝑎31 𝑎32 − 𝑎31 𝑎12 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
Pelo teorema de Laplace na primeira linha, temos:
𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
𝑎 −𝑎 𝑎 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛
det 𝑀′ = | 32 ⋮ 31 12 ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
det 𝑀′ é um determinante de ordem 𝑛 − 1. Essa é a regra de Chió.
Vamos ver na prática como aplicamos a regra de Chió. Seja 𝑀 a matriz abaixo:
1 2 3 4
3 5 8 10
𝑀=[ ]
2 −1 2 5
4 2 15 11
Como 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió para calcular det 𝑀.

5−3⋅2 8 − 3 ⋅ 3 10 − 3 ⋅ 4 −1 −1 −2
det 𝑀 = |−1 − 2 ⋅ 2 2 − 2 ⋅ 3 5 − 2 ⋅ 4 | = |−5 −4 −3|
2 − 4 ⋅ 2 15 − 4 ⋅ 3 11 − 4 ⋅ 4 −6 3 −5

Aplicando novamente a regra de Chió:


4−5⋅1 3−5⋅2 −1 −7| = −7 − (−63) = 56
det 𝑀 = | |=|
3 − (−6) ⋅ 1 −5 − (−6) ⋅ 2 9 7

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 59


Prof. Victor So

2.5. CÁLCULO DA MATRIZ INVERSA PELO DETERMINANTE


Veremos aqui um método para calcular a inversa de uma matriz usando o seu
determinante. Preliminarmente, precisamos ver a definição de matriz adjunta e o lema de
Cramer.

2.5.1. MATRIZ ADJUNTA


̅ ou 𝑎𝑑𝑗(𝐴), é a transposta da matriz de
A matriz adjunta de 𝐴, representada por 𝐴
cofatores, ou seja,
𝑡
̅ = (𝐴′ )
𝐴
Sendo a matriz
1 −1
𝐴=[ ],
3 0
temos

𝐴′ = [0 −3].
1 1
Dessa forma,
𝑡
̅ = (𝐴′ )
𝐴
𝑡
̅ = [0 −3]
𝐴
1 1
̅ = [ 0 1]
𝐴
−3 1
que é a matriz adjunta de 𝐴.

2.5.2. LEMA DE CRAMER


Se 𝐴 é uma matriz quadrada de ordem 𝑛 e 𝐼𝑛 é a matriz identidade de ordem 𝑛, então:
̅=𝐴
𝐴⋅𝐴 ̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛

Demonstração:
̅ = (𝐵𝑖𝑗 )
Sejam 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 , 𝐴′ = (𝐴𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 e 𝐴 tal que 𝐵𝑖𝑗 = 𝐴𝑗𝑖 .
𝑛𝑥𝑛

Vamos calcular 𝐶 = 𝐴 ⋅ 𝐴̅:


𝑛 𝑛
𝑐𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐵𝑘𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑗𝑘
𝑘=1 𝑘=1

Desse modo, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 60


Prof. Victor So

𝑛
∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑖𝑘 = det 𝐴 ; 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗

𝑘=1
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒
𝑐𝑖𝑗 = 𝑛
∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑗𝑘 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦

Portanto, 𝐶 é a matriz diagonal:


det 𝐴 0 0 ⋯ 0
0 det 𝐴 0 ⋯ 0
𝐶= 0 0 det 𝐴 ⋯ 0 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[ 0 0 0 ⋯ det 𝐴]
Analogamente, seja 𝐷 = 𝐴̅ ⋅ 𝐴:
𝑛 𝑛 𝑛
𝑑𝑖𝑗 = ∑ 𝐵𝑖𝑘 ⋅ 𝑎𝑘𝑗 = ∑ 𝐴𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑘𝑗 = ∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖
𝑘=1 𝑘=1 𝑘=1
𝑛
∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖 = det 𝐴 ; 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗

𝑘=1
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒
𝑑𝑖𝑗 = 𝑛
∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦

Logo:
det 𝐴 0 0 ⋯ 0
0 det 𝐴 0 ⋯ 0
𝐷= 0 0 det 𝐴 ⋯ 0 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[ 0 0 0 ⋯ det 𝐴]
Assim, podemos concluir:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = 𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛

2.5.3. INVERSA DE UMA MATRIZ


Se 𝐴 é uma matriz quadrada de ordem 𝑛 e det 𝐴 ≠ 0, então, 𝐴 é inversível e sua fórmula é
dada por:
1
𝐴−1 = ̅
⋅𝐴
det 𝐴

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 61


Prof. Victor So

Portanto, para que exista a matriz inversa, precisamos ter, obrigatoriamente, det 𝐴 ≠ 0,
caso contrário, não poderíamos fazer a divisão e, consequentemente, não existiria 𝐴−1 .

Só é inversível a matriz em que det 𝐴 ≠ 0.

Demonstração:
Vamos usar o lema de Cramer:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
Sendo det 𝐴 uma constante, podemos dividir ambos os lados por esse número e escrever:
1
⇒𝐴⋅( ⋅ 𝐴̅) = 𝐼𝑛
det 𝐴
Usando a outra identidade do lema de Cramer:
̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
𝐴
1
⇒( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛
det 𝐴
Desse modo:
1 1
𝐴⋅( ⋅ 𝐴̅) = ( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (1)
det 𝐴 det 𝐴
Pela definição de matriz inversa, temos:
𝐴 ⋅ 𝐴−1 = 𝐴−1 ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (2)
Portanto, analisando (1) e (2), podemos ver que:
1
𝐴−1 = ̅
⋅𝐴
det 𝐴

Vejamos um exemplo:
Vamos calcular a inversa da matriz
1 −1
𝐴=[ ]
3 0
O seu determinante é dado por:

det(𝐴) = |1 −1|
3 0
det(𝐴) = 1 ∙ 0 − (−1) ∙ 3
det(𝐴) = 0 + 3

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 62


Prof. Victor So

det(𝐴) = 3
Devemos encontrar a matriz adjunta de 𝐴, calculando a matriz dos cofatores,
encontramos:

𝐴′ = [0 −3]
1 1
Dessa forma:
𝑡
̅ = (𝐴′ )
𝐴
𝑡
̅ = [0 −3]
𝐴
1 1
̅ = [ 0 1]
𝐴
−3 1
Podemos calcular a inversa de 𝐴.
1
𝐴−1 = .𝐴̅
det(𝐴)
1
𝐴−1 = . [ 0 1]
3 −3 1
1 1
.0 .1
−1 3 3
𝐴 =
1 1
[3 . −3 3 . 1]
( )

1
0
3
𝐴−1 =
1
[ −1
3]

2.6. CÁLCULO DO DETERMINANTE DE MATRIZES INFINITAS


Para resolver um determinante envolvendo matriz infinita, precisamos encontrar um
padrão. Vamos ver uma questão do IME e aprender com o passo-a-passo da sua resolução.
(IME/2005) Calcule o determinante da matriz 𝑛 𝑥 𝑛 em função de 𝑏, onde 𝑏 é um número
real tal que 𝑏2 ≠ 1.
𝑏2 + 1 𝑏 0 0 ⋯ 0 0
2
| 𝑏 𝑏 +1 𝑏 0 ⋯ 0 0 |
2
0 𝑏 𝑏 +1 𝑏 ⋯ 0 0
| 0 0 𝑏 2
𝑏 +1 ⋯ 0 0 | 𝑛 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
| 2 |
0 0 0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 0 0 0 ⋯ 𝑏 𝑏2 + 1 }
𝑛 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑠

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 63


Prof. Victor So

Resolução:
Vamos definir como Δ𝑛 o determinante de ordem 𝑛 representado acima. Para resolver essa
questão, podemos usar o teorema de Laplace na primeira linha e obter:

Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ 𝐷11 + 𝑏 ⋅ 𝐷12

𝐷11 e 𝐷12 são os menores complementares dos elementos 𝑎11 = 𝑏2 + 1 e 𝑎12 = 𝑏,


respectivamente.
Pela definição de menor complementar, temos:
a) Encontrando o menor complementar para 𝑎11 = 𝑏2 + 1:

𝑏2 + 1 𝑏 0 ⋯ 0 0
2
| 𝑏 𝑏 +1 𝑏 ⋯ 0 0 |
2
𝐷11 = (−1)1+1 ⋅ 0 𝑏 𝑏 +1 ⋯ 0 0
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
| 2 |
0 0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 0 0 ⋯ 𝑏 𝑏2 + 1
Δ𝑛−1

Note que o determinante acima é igual ao determinante Δ𝑛 reduzido de uma ordem. Então:
⇒ 𝐷11 = Δ𝑛−1
b) Encontrando o menor complementar para 𝑎12 = 𝑏:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 64


Prof. Victor So

Podemos aplicar o teorema de Laplace na primeira coluna do determinante acima:


𝑏2 + 1 𝑏 ⋯ 0 0
2
| 𝑏 𝑏 +1 ⋯ 0 0 |
𝐷12 = −𝑏 ⋅ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
| 2 |
0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 0 ⋯ 𝑏 𝑏2 + 1
Δ𝑛−2

⇒ 𝐷12 = −𝑏 ⋅ Δ𝑛−2
Substituindo 𝐷11 e 𝐷12 na equação de Δ𝑛 , obtemos:
Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2
Assim, encontramos a seguinte relação de recorrência:
Δ𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 + 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2 = 0
Agora, temos diversos modos de resolvê-la. Veja:
Método 1) Vamos encontrar um padrão no determinante do problema.
Para 𝑛 = 1, temos:
Δ1 = |𝑏2 + 1|

Δ1 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
2
Δ2 = |𝑏 + 1 2 𝑏 |
𝑏 𝑏 +1
Δ2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 3:
𝑏2 + 1 𝑏 0
Δ3 = | 𝑏 2
𝑏 +1 𝑏 |
2
0 𝑏 𝑏 +1
Δ3 = 𝑏6 + 𝑏4 + 𝑏2 + 1
Note que Δ1 , Δ2 e Δ3 podem ser vistos como a soma de uma PG de razão 𝑏2 cujo primeiro
termo é 𝑎1 = 1. Aplicando-se a fórmula da soma da PG nesses determinantes, obtemos:

2 𝑏4 − 1
Δ1 = 𝑏 + 1 =
𝑏2 − 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 65


Prof. Victor So

4 2 𝑏6 − 1
Δ2 = 𝑏 + 𝑏 + 1 =
𝑏2 − 1
6 4 2 𝑏8 − 1
Δ3 = 𝑏 + 𝑏 + 𝑏 + 1 =
𝑏2 − 1
Perceba o padrão do valor dos determinantes. Vamos fazer a seguinte suposição e provar
que ela é válida por PIF:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
1º) Para 𝑘 = 1, sabemos que ela é válida.
2º) Supondo que seja válida para
𝑏2𝑘+2 − 1 𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘 = e Δ𝑘−1 =
𝑏2 − 1 𝑏2 − 1
Precisamos provar que
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Usando a equação de recorrência, temos:
Δ𝑘+1 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑘 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑘−1
Substituindo os valores de Δ𝑘 e Δ𝑘−1 na equação:

2 𝑏2𝑘+2 − 1 2 𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘+1 = (𝑏 + 1) ⋅ ( )−𝑏 ⋅( )
𝑏2 − 1 𝑏2 − 1
2𝑘+4
(𝑏 − 𝑏2 + 𝑏2𝑘+2 − 1 − 𝑏2𝑘+2 + 𝑏2 )
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Portanto, essa fórmula é válida. Logo, a solução do determinante é dada por:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1

Método 2) Partindo da fórmula de recorrência:


Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2
Vamos fatorar os termos:
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 )
Podemos alterar o valor de 𝑛 da relação acima e encontrar:
Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−2 − Δ𝑛−3 )

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 66


Prof. Victor So

Δ𝑛−2 − Δ𝑛−3 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−3 − Δ𝑛−4 )



Δ4 − Δ3 = 𝑏2 ⋅ (Δ3 − Δ2 )
Δ3 − Δ2 = 𝑏2 ⋅ (Δ2 − Δ1 )
Sabemos que Δ1 = 𝑏2 + 1 e Δ2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1. Então:
Δ2 − Δ1 = 𝑏4
Δ3 − Δ2 = 𝑏2 ⋅ (Δ2 − Δ1 ) = 𝑏6
Δ4 − Δ3 = 𝑏2 ⋅ (Δ3 − Δ2 ) = 𝑏8

Note que as diferenças entre os determinantes consecutivos formam uma PG de razão 𝑏2
cujo primeiro termo é 𝑏4 :
(Δ2 − Δ1 , Δ3 − Δ2 , … , Δ𝑛 − Δ𝑛−1 ) 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑏2

𝑛−1 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Aplicando-se a soma da PG, obtemos:


𝑛−1
𝑏4 ((𝑏2 ) − 1)
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 + Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 + ⋯ + Δ2 − Δ1 =
𝑏2 − 1
𝑏2𝑛+2 − 𝑏4
Δ𝑛 − Δ
⏟1 =
𝑏2 +1
𝑏2 − 1

𝑏2𝑛+2 − 𝑏4 2 𝑏2𝑛+2 − 𝑏4 + 𝑏4 − 1
Δ𝑛 = +𝑏 +1=
𝑏2 − 1 𝑏2 − 1
𝑏2𝑛+2 − 1
∴ Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
Método 3) Esse método envolve assuntos que você irá aprender quando iniciar seus
estudos na graduação e, por isso, pode ser que você não entenda. Mas, não se preocupe! Apenas
tente decorar as etapas envolvidas. Ele pode ser útil na sua prova e é sempre bom ter uma
ferramenta a mais para resolver as questões.

Vamos encontrar a solução da recorrência:


Δ𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 + 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2 = 0
Devemos encontrar a sua equação característica, para isso, faça:
2 2
Δ
⏟𝑛 − (𝑏 + 1) ⋅ Δ⏟
𝑛−1 + 𝑏 ⋅ Δ
⏟𝑛−2 = 0
𝑥2 𝑥1 𝑥0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 67


Prof. Victor So

Equação característica:
𝑥2 − (𝑏2 + 1) 𝑥 + 𝑏2 = 0
Essa é uma equação do segundo grau. Vamos calcular o valor do discriminante:
Δ = (𝑏2 + 1)2 − 4𝑏2 = 𝑏4 − 2𝑏2 + 1 = (𝑏2 − 1)2
Como o enunciado afirma que 𝑏2 ≠ 1, temos Δ = (𝑏2 − 1)2 > 0. Logo, a equação
característica possui 2 raízes distintas. Então, a solução da recorrência é dada pela seguinte
equação:
Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑥𝑛1 + 𝑐2 ⋅ 𝑥𝑛2
Onde 𝑥1 , 𝑥2 são as raízes da equação característica e 𝑐1 , 𝑐2 são constantes.
Vamos calcular as raízes:
2 2 2
(𝑏 + 1) ± √(𝑏 − 1) 𝑏2 + 1 ± (𝑏2 − 1)
𝑥1,2 = =
2 2
2
𝑥1 = 𝑏 e 𝑥2 = 1
Substituindo na fórmula de Δ𝑛 :
Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑏2𝑛 + 𝑐2
Agora, precisamos encontrar o valor das constantes 𝑐1 e 𝑐2 .
Para 𝑛 = 1, temos:
2
Δ
⏟1 = 𝑐1 ⋅ 𝑏 + 𝑐2
𝑏2 +1

𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
Δ
⏟2 = 𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2
𝑏4 +𝑏2 +1

𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1
Assim, temos o seguinte sistema:
𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1 (𝐼)
{
𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼) − (𝐼):

4 2 4 𝑏2
𝑐1 (𝑏 − 𝑏 ) = 𝑏 ⇒ 𝑐1 =
𝑏2 − 1
Substituindo o valor de 𝑐1 em (𝐼):
𝑏2 2 2 2 𝑏4 1
⋅ 𝑏 + 𝑐2 = 𝑏 + 1 ⇒ 𝑐2 = 𝑏 + 1 − =−
𝑏2 − 1 𝑏2 − 1 𝑏2 − 1
Desse modo, obtemos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 68


Prof. Victor So

𝑏2 2𝑛 1
Δ𝑛 = ( 2
)⋅𝑏 + (− 2
)
𝑏 −1 𝑏 −1
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1

3. QUESTÕES NÍVEL 1

3.1. MATRIZES
1. (EEAR/2005)
Sendo 𝑨 uma matriz 𝟑 × 𝟒 e 𝑩 uma matriz 𝑵 × 𝑴, coloque 𝑽 (Verdadeira) ou 𝑭 (Falsa) nas
afirmações a seguir:
• ( ) Existe 𝑨 + 𝑩 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.
• ( ) Existe 𝑨 · 𝑩 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.
• ( ) Existem 𝑨 · 𝑩 e 𝑩 · 𝑨 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.
• ( ) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨 se, e somente se, 𝑨 = 𝑩.
• ( ) 𝑨 · 𝑩 = 𝑩 · 𝑨 se, e somente se, 𝑨 = 𝑩.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
a) 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑽
b) 𝑭 − 𝑽 − 𝑭 − 𝑽 − 𝑭
c) 𝑭 − 𝑭 − 𝑽 − 𝑭 − 𝑭
d) 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑭 – 𝑽

2. (EEAR/2010)
Sejam as matrizes 𝑨𝒎×𝟑 , 𝑩𝒑×𝒒 e 𝑪𝟓×𝟑 . Se 𝑨 · 𝑩 = 𝑪, então 𝒎 + 𝒑 + 𝒒 é igual a
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13

3. (EEAR/2019)
𝟏 𝟑 𝟎 𝟏
Dadas as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ], o produto 𝑨 ⋅ 𝑩 é a matriz:
𝟐 𝟎 𝟏 𝟐
𝟑 𝟕
a) [ ]
𝟐 𝟐
𝟒 𝟕
b) [ ]
𝟐 𝟐
𝟑 𝟕
c) [ ]
𝟎 𝟐
𝟒 𝟒
d) [ ]
𝟎 𝟐

4. (EEAR/2014)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 69


Prof. Victor So

𝟒 𝟐 𝟏
Seja a matriz 𝑨 = [ ]. A matriz 𝑿 = 𝟐 ⋅ 𝑨 tem como soma de seus elementos o valor
−𝟔 𝟐
a) 7
b) 5
c) 4
d) 1

5. (EEAR/2011)
𝟏 𝟏
Seja 𝑷 = [ ] e 𝑷𝒕 a matriz transposta de 𝑷. A matriz 𝑸 = 𝑷 ⋅ 𝑷𝒕 é
𝟎 𝟏
𝟏 𝟐
a) [ ]
𝟏 𝟐
𝟐 𝟏
b) [ ]
𝟏 𝟏
𝟏 𝟏
c) [ ]
𝟏 𝟎
𝟏 𝟏
d) [ ]
𝟐 𝟎

6. (EEAR/2007)
𝟏 𝟏 −𝟏 𝟏
Sejam as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ]. Se 𝑨𝒕 e 𝑩𝒕 são as matrizes transpostas de 𝑨 e de
𝟐 𝟐 𝟎 −𝟑
𝑩, respectivamente, então 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 é igual a
𝟎 𝟐
a) [ ]
𝟐 −𝟏
𝟐 𝟏
b)[ ]
−𝟐 −𝟑
𝟎 𝟐
c) [ ]
−𝟐 −𝟐
𝟎 −𝟏
d) [ ]
𝟎 𝟓

7. (EEAR/2015)
Seja a matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) tal que 𝒂𝒊𝒋 = |𝒊𝟐 − 𝒋𝟐 |. A soma dos elementos de 𝑨 é igual a
𝟐×𝟐
a) 3
b) 6
c) 9
d) 12

8. (EEAR/2012)
𝟏 𝟎 −𝟏
Na matriz 𝑨 = [… 𝟐 𝟏 ] faltam 2 elementos. Se nessa matriz 𝒂𝒊𝒋 = 𝟐𝒊 − 𝒋, a soma dos
𝟓 … 𝟑
elementos que faltam é
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 70


Prof. Victor So

9. (EEAR/2016)
𝟏 𝒂 𝒃 −𝟏
Se ( )e( ) são matrizes opostas, os valores de 𝒂, 𝒃, 𝒙 e 𝒌 são respectivamente.
−𝟏 𝟐 𝒙 𝟐𝒌
a) 1, -1, 1, 1
b) 1, 1, -1, -1
c) 1, -1, 1, -1
d) -1, -1, -2, -2

10. (EEAR/2006)
𝟐 −𝟏 𝟒 𝟓 𝟑
Sendo 𝑨 = ( )e𝑩=( ), a soma dos elementos da 1ª linha de 𝑨 ⋅ 𝑩 é
𝟒 𝟓 −𝟏 𝟎 𝟑
a) 22
b) 30
c) 46
d) 58

11. (EEAR/2003)
𝟑 𝟎 𝟐 𝟏
Dadas as matrizes 𝑨 = ( )e𝑩=( ), então 𝑨 ⋅ 𝑩 − 𝑩 ⋅ 𝑨 é igual a:
𝟏 −𝟒 −𝟏 𝟎
𝟎 𝟎
a) [ ]
𝟎 𝟎
𝟐 −𝟑
b) [ ]
𝟓 𝟎
−𝟏 𝟕
c) [ ]
𝟗 𝟏
−𝟑 𝟏
d) [ ]
𝟐 𝟕

12. (EEAR/2006)
𝟐 −𝟏 𝟏 𝟐
Se 𝑩 = [ ] é a matriz inversa de 𝑨 = [ ], então 𝒙 − 𝒚 é:
𝒙 𝒚 𝟏 𝟒
a) 2
b) 1
c) -1
d) 0

13. (EEAR/2005)
𝟏 𝟐 𝟏 𝟎
Sabendo-se que 𝑴 + 𝑵 = [ ]e𝑴− 𝑵 = [ ], a matriz 𝑵 é igual a
𝟑 𝟒 𝟎 𝟎
𝟏 𝟏
a) [ 𝟑 𝟐]
𝟐
𝟏 𝟎
b) [ 𝟑 𝟐]
𝟐
𝟎 𝟏
c) [ 𝟑 𝟐]
𝟐
𝟑
𝟏
d) [ 𝟐]
𝟎 𝟐

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 71


Prof. Victor So

14. (EEAR/2009)
𝟐 𝟏 𝒙 𝟔
Se [ ] ⋅ [𝒚] = [ ], então o valor de 𝒙 + 𝒚 é:
𝟏 −𝟏 𝟎
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7

15. (EEAR/2017)
𝒙𝟐 𝟏 𝟗 𝒛
Considere as matrizes reais 𝑨 = ( )e𝑩=( ). Se 𝑨 = 𝑩𝒕 , então 𝒚 + 𝒛 é igual a
𝟐 𝒚+𝒛 𝒚 −𝒙
a) 3
b) 2
c) 1
d) -1

16. (EEAR/2009)
𝟐 −𝟏 𝟏 𝟏
Seja 𝑨−𝟏 = ( ) a matriz inversa de 𝑨 = ( ). Sabendo que 𝑨 ⋅ 𝑨−𝟏 = 𝑰𝟐 , o valor de 𝒙 é:
−𝟏 𝒙 𝟏 𝟐
a) 3
b)2
c) 1
d) 0

17. (EEAR/2008)
𝒊𝟐 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
A soma dos elementos da diagonal principal da matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) , tal que 𝒂𝒊𝒋 = {
𝟑×𝟑 𝒊 + 𝒋 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋
é um número
a) múltiplo de 3.
b) múltiplo de 5.
c) divisor de 16.
d) divisor de 121.

18. (EEAR/2002)
𝟏 𝟏 𝟏𝟎 𝟒
O elemento 𝑿𝟑,𝟐 da matriz solução da equação matricial 𝟑 ⋅ 𝑿 + [𝟐 𝟒] = [ 𝟐 𝟏𝟔] é
𝟔 𝟖 𝟎 𝟖
a) 0
b) -2
c) 3
d) 1

19. (EEAR/2005)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 72


Prof. Victor So

𝟏 𝟐 𝒙 𝒚
𝑨=[ ]e𝑩=[ ] são duas matrizes que comutam se, e somente se,
𝟎 𝟏 𝟎 𝟏
a) 𝒙 = 𝟐 e 𝒚 = 𝟏.
b) 𝒙 = 𝟐 e 𝒚 = 𝟏.
c) 𝒙 = 𝟏.
d) 𝒙 = 𝟐.

20. (EEAR/2002)
𝒙 −𝟒 𝒙 𝟐 𝟏𝟑 𝟐𝒙 − 𝟒
O par (𝒙, 𝒚), solução da equação matricial ( 𝟐 )⋅( )=( 𝟑 )é
𝒙 𝒚 𝒚 𝟏 𝒙 + 𝒚𝟐 𝟖
a) (𝟔, ±√𝟑)
b) (±√𝟓, −𝟐)
𝟏
c) (±√𝟐 , −𝟓)
𝟕 𝟒
d) (− 𝟑 , 𝟓)

21. (EsPCEx/2002)
As matrizes 𝑨, 𝑩 e 𝑪 são do tipo 𝒓 × 𝒔, 𝒕 × 𝒖 e 𝟐 × 𝒘, respectivamente. Se a matriz (𝑨 − 𝑩) ·
𝑪 é do tipo 𝟑 × 𝟒, então 𝒓 + 𝒔 + 𝒕 + 𝒖 + 𝒘 é igual a
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14

22. (EsPCEx/2001)
Uma fábrica de doces produz bombons de nozes, coco e morango, que são vendidos acondicionados
em caixas grandes ou pequenas. A tabela 1 abaixo fornece a quantidade de bombons de cada tipo
que compõe as caixas grandes e pequenas, e a tabela 2 fornece a quantidade de caixas de cada tipo
produzidas em cada mês do 1º trimestre de um determinado ano.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 73


Prof. Victor So

𝟐 𝟓
𝟏𝟓𝟎 𝟐𝟐𝟎 𝟏𝟑𝟎
Se associarmos as matrizes 𝑨 = [𝟒 𝟖] e 𝑩 = [ ] às tabelas 1 e 2 respectivamente,
𝟏𝟐𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎
𝟑 𝟕
o produto 𝑨 · 𝑩 fornecerá
a) a produção média de bombons por caixa fabricada.
b) a produção total de bombons por caixa fabricada.
c) número de caixas fabricadas no trimestre.
d) em cada coluna a produção trimestral de um tipo de bombom.
e) a produção mensal de cada tipo de bombom.

23. (EsPCEx/2010)
Os números das contas bancárias ou dos registros de identidade costumam ser seguidos por um ou
dois dígitos, denominados dígitos verificadores, que servem para conferir sua validade e prevenir
erros de digitação.
Em um grande banco, os números de todas as contas são formados por algarismos de 𝟎 a 𝟗, na
forma 𝒂𝒃𝒄𝒅𝒆𝒇 − 𝒙𝒚, em que a sequência (𝒂𝒃𝒄𝒅𝒆𝒇) representa, nessa ordem, os algarismos do
número da conta e 𝒙 e 𝒚, nessa ordem, representam os dígitos verificadores.
Para obter os dígitos 𝒙 e 𝒚, o sistema de processamento de dados do banco constrói as seguintes
matrizes:
𝟏 −𝟐 𝟏 𝒙 (𝒂 − 𝒃)
𝑨 = [𝟎 𝟏 𝟎 ] 𝑩 = [𝒚] 𝑪 = [ (𝒄 − 𝒅) ]
𝟎 𝟐 −𝟏 𝒛 (𝒆 − 𝒇)
Os valores de 𝒙 e 𝒚 são obtidos pelo resultado da operação matricial 𝑨 · 𝑩 = 𝑪, desprezando-se o
valor de 𝒛. Assim, os dígitos verificadores correspondentes à conta corrente de número 𝟑𝟓𝟔𝟐𝟖𝟏
são
a) 34
b) 41
c) 49
d) 51
e) 54

24. (EsPCEx/2013)
𝟏 𝟎 𝟏
O elemento da segunda linha e terceira coluna da matriz inversa da matriz (𝟐 𝟏 𝟎) é:
𝟎 𝟏 𝟏
𝟐
a) 𝟑
𝟑
b) 𝟐
c) 𝟎
d) −𝟐
𝟏
e) − 𝟑

25. (EsPCEx/2012)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 74


Prof. Victor So

𝟑 𝟓 𝒙 𝒚+𝟒
Considere as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ]. Se 𝒙 e 𝒚 são valores para os quais 𝑩 é a
𝟏 𝒙 𝒚 𝟑
transposta da Inversa da matriz 𝑨, então o valor de 𝒙 + 𝒚 é
a) −𝟏
b) −𝟐
c) −𝟑
d) −𝟒
e) −𝟓

3.1. GABARITO
1. c
2. b
3. c
4. d
5. b
6. a
7. b
8. d
9. c
10. a
11. c
12. c
13. c
14. a
15. a
16. c
17. a
18. a
19. c
20. b
21. e
22. e
23. e
24. a
25. c

3.1. RESOLUÇÃO
1. (EEAR/2005)
Sendo 𝑨 uma matriz 𝟑 × 𝟒 e 𝑩 uma matriz 𝑵 × 𝑴, coloque 𝑽 (Verdadeira) ou 𝑭 (Falsa) nas
afirmações a seguir:
• ( ) Existe 𝑨 + 𝑩 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 75


Prof. Victor So

• ( ) Existe 𝑨 · 𝑩 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.


• ( ) Existem 𝑨 · 𝑩 e 𝑩 · 𝑨 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.
• ( ) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨 se, e somente se, 𝑨 = 𝑩.
• ( ) 𝑨 · 𝑩 = 𝑩 · 𝑨 se, e somente se, 𝑨 = 𝑩.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
a) 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑽
b) 𝑭 − 𝑽 − 𝑭 − 𝑽 − 𝑭
c) 𝑭 − 𝑭 − 𝑽 − 𝑭 − 𝑭
d) 𝑽 − 𝑽 − 𝑽 − 𝑭 − 𝑽
Comentários
( F ) Existe 𝐴 + 𝐵 se, e somente se, 𝑁 = 4 e 𝑀 = 3
Na soma, as matrizes devem ser do mesmo tipo, então: 𝑁 = 3 e 𝑀 = 4
( F ) Existe 𝐴 · 𝐵 se, e somente se, 𝑁 = 4 e 𝑀 = 3.
No produto, a quantidade de colunas de 𝐴 deve ser igual a quantidade de linhas de
𝐵, logo, 𝑁 = 4, mas 𝑀 pode ser qualquer número inteiro maior que 0.
( V ) Existem 𝑨 · 𝑩 e 𝑩 · 𝑨 se, e somente se, 𝑵 = 𝟒 e 𝑴 = 𝟑.
Conforme explicado na assertiva anterior. Se existe 𝐴 ⋅ 𝐵 então 𝑁 = 4.
Analogamente, se existe 𝐵 ⋅ 𝐴 então 𝑀 = 3.
( F ) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨 se, e somente se, 𝑨 = 𝑩.
Caso exista 𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + 𝐴 sempre.
( F ) 𝐴 · 𝐵 = 𝐵 · 𝐴 se, e somente se, 𝐴 = 𝐵.
Esta propriedade se chama comutação, na comutação de matrizes as matrizes não
necessitam serem iguais entre si.
Gabarito: “c”.
2. (EEAR/2010)
Sejam as matrizes 𝑨𝒎×𝟑 , 𝑩𝒑×𝒒 e 𝑪𝟓×𝟑 . Se 𝑨 · 𝑩 = 𝑪, então 𝒎 + 𝒑 + 𝒒 é igual a
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
Comentários
Se existe 𝐴 ⋅ 𝐵 então a quantidade de colunas de 𝐴 deve ser igual a quantidade de linhas
de 𝐵
3=𝑝
E a matriz resultante 𝐶 terá o mesmo número de linhas de 𝐴 e o mesmo número de
colunas de 𝐵
𝐶𝑚×𝑞 = 𝐶5×3

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 76


Prof. Victor So

Logo,
𝑚=5
{
𝑞=3
Então,
𝑚 + 𝑝 + 𝑞 = 5 + 3 + 3 = 11
Gabarito: “b”.
3. (EEAR/2019)
𝟏 𝟑 𝟎 𝟏
Dadas as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ], o produto 𝑨 ⋅ 𝑩 é a matriz:
𝟐 𝟎 𝟏 𝟐
𝟑 𝟕
a) [ ]
𝟐 𝟐
𝟒 𝟕
b) [ ]
𝟐 𝟐
𝟑 𝟕
c) [ ]
𝟎 𝟐
𝟒 𝟒
d) [ ]
𝟎 𝟐
Comentários

[
1 3] ⋅ [0 1] = [1 ⋅ 0 + 3 ⋅ 1 1 ⋅ 1 + 3 ⋅ 2] = [3 7]
2 0 1 2 2⋅0+0⋅1 2⋅1+0⋅2 0 2
Gabarito: “c”.
4. (EEAR/2014)
𝟒 𝟐 𝟏
Seja a matriz 𝑨 = [ ]. A matriz 𝑿 = ⋅ 𝑨 tem como soma de seus elementos o valor
−𝟔 𝟐 𝟐
a) 7
b) 5
c) 4
d) 1
Comentários
A matriz 𝑋 é dada por:
1
𝑋= ⋅𝐴
2
1 4 2
= ⋅[ ]=
2 −6 2
1 1
⋅4 ⋅2
2 2 2 1
=[ ]=[ ]
1 1 −3 1
⋅ (−6) ⋅2
2 2
2 1
⇒ 𝑋=[ ]
−3 1
Logo, a soma de seus elementos é dada por:
2 + 1 + (−3) + 1 = 1
Gabarito: “d”.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 77


Prof. Victor So

5. (EEAR/2011)
𝟏 𝟏
Seja 𝑷 = [ ] e 𝑷𝒕 a matriz transposta de 𝑷. A matriz 𝑸 = 𝑷 ⋅ 𝑷𝒕 é
𝟎 𝟏
𝟏 𝟐
a) [ ]
𝟏 𝟐
𝟐 𝟏
b) [ ]
𝟏 𝟏
𝟏 𝟏
c) [ ]
𝟏 𝟎
𝟏 𝟏
d) [ ]
𝟐 𝟎
Comentários
Primeiramente iremos calcular a transposta de 𝑃. Lembre-se que na transposição “as linhas
se tornam colunas”:
1 1 1 0
𝑃=[ ] ⇒ 𝑃𝑡 = [ ]
0 1 1 1
Então 𝑄 é dada por:
𝑄 = 𝑃 ⋅ 𝑃𝑡
1 1 1 0 1⋅1+1⋅1 1⋅0+1⋅1 2 1
𝑄=[ ]⋅[ ]=[ ]=[ ]
0 1 1 1 0⋅1+1⋅1 0⋅0+1⋅1 1 1
2 1
𝑄=[ ]
1 1
Gabarito: “b”.
6. (EEAR/2007)
𝟏 𝟏 −𝟏 𝟏
Sejam as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ]. Se 𝑨𝒕 e 𝑩𝒕 são as matrizes transpostas de 𝑨 e de
𝟐 𝟐 𝟎 −𝟑
𝑩, respectivamente, então 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 é igual a
𝟎 𝟐
a) [ ]
𝟐 −𝟏
𝟐 𝟏
b)[ ]
−𝟐 −𝟑
𝟎 𝟐
c) [ ]
−𝟐 −𝟐
𝟎 −𝟏
d) [ ]
𝟎 𝟓
Comentários
Uma importante propriedade da matriz transposta é a transposta da soma:
(𝐴 + 𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡
Então, temos que 𝐴 + 𝐵 vale:
1 1 −1 1 1−1 1+1 0 2
𝐴+𝐵 =[ ]+[ ]=[ ]=[ ]
2 2 0 −3 2+0 2−3 2 −1
Transpondo a matriz 𝐴 + 𝐵:

(𝐴 + 𝐵)𝑡 = ([0 2 ])𝑡 = [0 2 ]


2 −1 2 −1
Sendo assim:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 78


Prof. Victor So

𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 = [0 2 ]
2 −1
Gabarito: “a”.
7. (EEAR/2015)
Seja a matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) tal que 𝒂𝒊𝒋 = |𝒊𝟐 − 𝒋𝟐 |. A soma dos elementos de 𝑨 é igual a
𝟐×𝟐
a) 3
b) 6
c) 9
d) 12
Comentários
Construindo a matriz 𝐴 obtemos:
|(1)2 − (1)2 | |(1)2 − (2)2 | |0| |−3| 0 3
𝐴=( )=( )=( )
|(2)2 − (1)2 | 2 2
|(2) − (2) | |3| |0| 3 0
0 3
𝐴=()
3 0
Sendo assim, a soma dos elementos de 𝐴 é dada por:
0+3+3+0=6
Gabarito: “b”.
8. (EEAR/2012)
𝟏 𝟎 −𝟏
Na matriz 𝑨 = [… 𝟐 𝟏 ] faltam 2 elementos. Se nessa matriz 𝒂𝒊𝒋 = 𝟐𝒊 − 𝒋, a soma dos
𝟓 … 𝟑
elementos que faltam é
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
Comentários
Queremos a soma 𝑎21 + 𝑎32 = (2 ⋅ 2 − 1) + (2 ⋅ 3 − 2) = (3) + (4) = 7
Gabarito: “d”.
9. (EEAR/2016)
𝟏 𝒂 𝒃 −𝟏
Se ( )e( ) são matrizes opostas, os valores de 𝒂, 𝒃, 𝒙 e 𝒌 são respectivamente.
−𝟏 𝟐 𝒙 𝟐𝒌
a) 1, -1, 1, 1
b) 1, 1, -1, -1
c) 1, -1, 1, -1
d) -1, -1, -2, -2
Comentários
Matrizes opostas seguem a seguinte propriedade: A oposta da matriz 𝐴 é a matriz 𝐵 =
−1 ⋅ 𝐴. Logo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 79


Prof. Victor So

1 𝑎 −1 −𝑎
𝐴=( ) ⇒ 𝐵 = −1 ⋅ 𝐴 = ( )
−1 2 1 −2
Mas a oposta de 𝐴 é a matriz (𝑏 −1), então:
𝑥 2𝑘
𝑏 = −1
(
−1 −𝑎 )=( 𝑏 −1 ) ⇒ { 𝑎=1
1 −2 𝑥 2𝑘 𝑥=1
𝑘 = −1
Então, 𝑎, 𝑏, 𝑥 e 𝑘 são 1, −1,1, −1
Gabarito: “c”.
10. (EEAR/2006)
𝟐 −𝟏 𝟒 𝟓 𝟑
Sendo 𝑨 = ( )e𝑩=( ), a soma dos elementos da 1ª linha de 𝑨 ⋅ 𝑩 é
𝟒 𝟓 −𝟏 𝟎 𝟑
a) 22
b) 30
c) 46
d) 58
Comentários
Perceba que precisamos apenas da primeira linha de 𝐴 ⋅ 𝐵
−1 2 4 5 3
𝐴⋅𝐵 =( )⋅( )=
5 4−1 0 3
( ) ( ) ( ) ( )
= (2 ⋅ 4 + −1 ⋅ −1 2 ⋅ 5 + −1 ⋅ 0 2 ⋅ 3 + −1 ⋅ 3) =
… … …
9 10 3
=( )
… … …
Sendo assim a soma dos elementos da primeira linha é dada por:
9 + 10 + 3 = 22
Gabarito: “a”.
11. (EEAR/2003)
𝟑 𝟎 𝟐 𝟏
Dadas as matrizes 𝑨 = ( )e𝑩=( ), então 𝑨 ⋅ 𝑩 − 𝑩 ⋅ 𝑨 é igual a:
𝟏 −𝟒 −𝟏 𝟎
𝟎 𝟎
a) [ ]
𝟎 𝟎
𝟐 −𝟑
b) [ ]
𝟓 𝟎
−𝟏 𝟕
c) [ ]
𝟗 𝟏
−𝟑 𝟏
d) [ ]
𝟐 𝟕
Comentários
3 0 2 1 6 3
𝐴⋅𝐵 =( )⋅( )=( )
1 −4 −1 0 6 1
Analogamente
2 1 3 0 7 −4
𝐵⋅𝐴=( )⋅( )=( )
−1 0 1 −4 −3 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 80


Prof. Victor So

Então:
6
3 7 −4 −1 7
𝐴⋅𝐵−𝐵⋅𝐴=( )−( )=( )
6
1 −3 0 9 1
−1 7
𝐴⋅𝐵−𝐵⋅𝐴 =( )
9 1
Gabarito: “c”.
12. (EEAR/2006)
𝟐 −𝟏 𝟏 𝟐
Se 𝑩 = [ ] é a matriz inversa de 𝑨 = [ ], então 𝒙 − 𝒚 é:
𝒙 𝒚 𝟏 𝟒
a) 2
b) 1
c) -1
d) 0
Comentários
A principal propriedade da matriz inversa nos diz que 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐼. Sendo assim:
1 2 2 −1 2 + 2𝑥 2𝑦 − 1 1 0
𝐴⋅𝐵 =[ ]⋅[ ]=[ ]=[ ]
1 4 𝑥 𝑦 2 + 4𝑥 4𝑦 − 1 0 1
2 + 2𝑥 = 1 1
2𝑦 − 1 = 0 𝑥 = −
⇒ { ⇒ { 2
2 + 4𝑥 = 0 1
4𝑦 − 1 = 1 𝑦=
2
Logo,
1 1
𝑥 − 𝑦 = (− ) − ( ) = −1
2 2
Gabarito: “c”.
13. (EEAR/2005)
𝟏 𝟐 𝟏 𝟎
Sabendo-se que 𝑴 + 𝑵 = [ ]e𝑴− 𝑵 = [ ], a matriz 𝑵 é igual a
𝟑 𝟒 𝟎 𝟎
𝟏 𝟏
a) [ 𝟑 𝟐]
𝟐
𝟏 𝟎
b) [ 𝟑 ]
𝟐
𝟐
𝟎 𝟏
c) [ 𝟑 𝟐]
𝟐
𝟑
𝟏
d) [ 𝟐]
𝟎 𝟐
Comentários
1 2 1 0
Seja 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], então:
3 4 0 0
𝑀 + 𝑁 =A 𝑀 + 𝑁 =A
{ ⇒ { ⇒
𝑀− 𝑁 =B −𝑀 + 𝑁 = −B
⇒ (𝑀 + 𝑁 ) + (−𝑀 + 𝑁 ) = (𝐴) + (−𝐵) =
2𝑁 = 𝐴 − 𝐵

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 81


Prof. Victor So

1
⇒𝑁= ⋅ (𝐴 − 𝐵)
2
Mas,
1 2 1 0 0 2
𝐴−𝐵 =[ ]−[ ]=[ ]
3 4 0 0 3 4
Então:
1 1
1 0 2 ⋅0 ⋅2 0 1
𝑁 = ⋅[ ] = [2 2 ] = [3 ]
2 3 4 1 1 2
⋅3 ⋅4 2
2 2
0 1
𝑁 = [3 ]
2
2
Perceba como podemos resolver equações matriciais utilizando as mesmas ferramentas
da álgebra atentando-se apenas para algumas particularidades das equações matriciais.
Gabarito: “c”.
14. (EEAR/2009)
𝟐 𝟏 𝒙 𝟔
Se [ ] ⋅ [𝒚] = [ ], então o valor de 𝒙 + 𝒚 é:
𝟏 −𝟏 𝟎
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
Comentários
Primeiramente veja que:

[
2 1 ] ⋅ [𝑥] = [2𝑥 + 𝑦] = [6]
1 −1 𝑦 𝑥−𝑦 0
Ou seja, a forma matricial representa o seguinte sistema:
2𝑥 + 𝑦 = 6 (𝑒𝑞. 1)
{
𝑥 − 𝑦 = 0 (𝑒𝑞. 2)
Portanto, da 𝑒𝑞. 2:
𝑥=𝑦
Substituindo em 𝑒𝑞. 1:
2𝑥 + 𝑥 = 3𝑥 = 6 ⇒ 𝑥 = 2 ⇒ 𝑦 = 2
Logo,
𝑥+𝑦 =2+2=4
Gabarito: “a”.
15. (EEAR/2017)
𝒙𝟐 𝟏 𝟗 𝒛
Considere as matrizes reais 𝑨 = ( )e𝑩=( ). Se 𝑨 = 𝑩𝒕 , então 𝒚 + 𝒛 é igual a
𝟐 𝒚+𝒛 𝒚 −𝒙
a) 3
b) 2
c) 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 82


Prof. Victor So

d) -1
Comentários
Aplicando os conceitos de matriz transposta:
𝑡
9 𝑧
𝑡
𝐵 = (( )) = (9 𝑦 )
𝑦 −𝑥 𝑧 −𝑥
Segundo o enunciado 𝐴 = 𝐵𝑡 , então:
𝑥2 1
( ) = (9 𝑦 ) ⇒
2 𝑦+𝑧 𝑧 −𝑥
𝑥2 = 9
𝑥 = −3
𝑦=1
⇒ { ⇒ { 𝑦=1
𝑧=2
𝑧=2
𝑦 + 𝑧 = −𝑥
Logo,
𝑦+𝑧 =1+2=3
Gabarito: “a”.
16. (EEAR/2009)
𝟐 −𝟏 𝟏 𝟏
Seja 𝑨−𝟏 = ( ) a matriz inversa de 𝑨 = ( ). Sabendo que 𝑨 ⋅ 𝑨−𝟏 = 𝑰𝟐 , o valor de 𝒙 é:
−𝟏 𝒙 𝟏 𝟐
a) 3
b)2
c) 1
d) 0
Comentários

(
2 −1) ⋅ (1 1) = ( 1 0 ) = ( 1 0)
−1 𝑥 1 2 𝑥 − 1 2𝑥 − 1 0 1
{ 𝑥−1=0 ⇒ 𝑥=1
2𝑥 − 1 = 1
Gabarito: “c”.
17. (EEAR/2008)
𝒊𝟐 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
A soma dos elementos da diagonal principal da matriz 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) , tal que 𝒂𝒊𝒋 = {
𝟑×𝟑 𝒊 + 𝒋 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋
é um número
a) múltiplo de 3.
b) múltiplo de 5.
c) divisor de 16.
d) divisor de 121.
Comentários
Perceba que precisamos apenas dos elementos da diagonal principal de 𝐴, lembre-se que
na diagonal principal 𝑖 = 𝑗, então:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 83


Prof. Victor So

1+1 … … 2 … …
𝐴=( … 2+2 … ) = (… 4 … )
… … 3+3 … … 6
Logo, a soma dos elementos da diagonal principal é dada por:
2 + 4 + 6 = 12
Analisando as alternativas, percebemos que 12 não é múltiplo de 5, divisor de 16 também
não é divisor de 121. Mas é um múltiplo de 3, pois 4 ⋅ 3 = 12.
Gabarito: “a”.
18. (EEAR/2002)
𝟏 𝟏 𝟏𝟎 𝟒
O elemento 𝑿𝟑,𝟐 da matriz solução da equação matricial 𝟑 ⋅ 𝑿 + [𝟐 𝟒] = [ 𝟐 𝟏𝟔] é
𝟔 𝟖 𝟎 𝟖
a) 0
b) -2
c) 3
d) 1
Comentários
Para ganhar tempo de prova, atente-se apenas ao elemento que precisamos:
1 1 10 4
3 ⋅ 𝑋 + [2 4] = [ 2 16]
6 𝟖 0 𝟖
10 4 1 1 … …
⇒ 3 ⋅ 𝑋 = [ 2 16] − [2 4] = [… … ]
0 𝟖 6 𝟖 … 𝟖−𝟖

… …
1
⇒ 𝑋 = ⋅ [… … ]
3 … 𝟎
… …
… …
⇒ 𝑋=[ 𝟏 ]
… ⋅𝟎
𝟑
… …
⇒ 𝑋 = [… …]
… 𝟎
Então, 𝑋32 = 0
Gabarito: “a”.
19. (EEAR/2005)
𝟏 𝟐 𝒙 𝒚
𝑨=[ ]e𝑩=[ ] são duas matrizes que comutam se, e somente se,
𝟎 𝟏 𝟎 𝟏
a) 𝒙 = 𝟐 e 𝒚 = 𝟏.
b) 𝒙 = 𝟐 e 𝒚 = 𝟏.
c) 𝒙 = 𝟏.
d) 𝒙 = 𝟐.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 84


Prof. Victor So

Comentários
As matrizes 𝐴 e 𝐵 comutam se, e somente se, 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴.

1 2 𝑥 𝑦 𝑥 𝑦+2
𝐴⋅𝐵 =[ ]⋅[ ]=[ ]
0 1 0 1 0 1
Analogamente
𝑥 𝑦 1 2 𝑥 2𝑥 + 𝑦
𝐵⋅𝐴=[ ]⋅[ ]=[ ]
0 1 0 1 0 1
Então:
𝐴⋅𝐵 =𝐵⋅𝐴⇒
𝑥 𝑦+2 𝑥 2𝑥 + 𝑦
⇒[ ]=[ ] ⇒ 𝑦 + 2 = 2𝑥 + 𝑦 ⇒
0 1 0 1
⇒ 2𝑥 = 2 ⇒ 𝑥 = 1
As matrizes comutam se, e somente se, 𝑥 = 1, independe do valor de 𝑦.
Gabarito: “c”.
20. (EEAR/2002)
𝒙 −𝟒 𝒙 𝟐 𝟏𝟑 𝟐𝒙 − 𝟒
O par (𝒙, 𝒚), solução da equação matricial ( 𝟐 )⋅( )=( 𝟑 )é
𝒙 𝒚 𝒚 𝟏 𝒙 + 𝒚𝟐 𝟖
a) (𝟔, ±√𝟑)
b) (±√𝟓, −𝟐)
𝟏
c) (±√𝟐 , −𝟓)
𝟕 𝟒
d) (− 𝟑 , 𝟓)

Comentários
Efetuando o produto entre as matrizes obtemos:
𝑥 −4 𝑥 2 𝑥2 − 4𝑦 2𝑥 − 4
(2 )⋅( )=( 3 )
𝑥 𝑦 𝑦 1 𝑥 + 𝑦2 2𝑥2 + 𝑦
Então, segundo o enunciado, sabemos que:
𝑥2 − 4𝑦 2𝑥 − 4 13 2𝑥 − 4
( )=( 3 2 )
3 2 2
𝑥 + 𝑦 2𝑥 + 𝑦 𝑥 +𝑦 8
𝑥 2 − 4𝑦 = 13 (𝑒𝑞. 1)
⇒{ 2 ⇒
2𝑥 + 𝑦 = 8 (𝑒𝑞. 2)
Da 𝑒𝑞. 2:
𝑒𝑞.2 8−𝑦
⇒ 𝑥2 = (𝑒𝑞. 3)
2
Substituindo 𝑒𝑞. 3 em 𝑒𝑞. 1 obtemos:
8−𝑦
( ) − 4𝑦 = 13 ⇒
2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 85


Prof. Victor So

9
⇒ 4− ⋅ 𝑦 = 13
2
⇒ 𝑦 = −2 (𝑒𝑞. 4)
Substituindo 𝑒𝑞. 4 em 𝑒𝑞. 3 obtemos:
8 − (−2)
⇒ 𝑥2 = =5⇒
2
⇒ 𝑥 = ±√5
Logo, o par (𝑥, 𝑦) vale (±√5, −2)
Gabarito: “b”.
21. (EsPCEx/2002)
As matrizes 𝑨, 𝑩 e 𝑪 são do tipo 𝒓 × 𝒔, 𝒕 × 𝒖 e 𝟐 × 𝒘, respectivamente. Se a matriz (𝑨 − 𝑩) ·
𝑪 é do tipo 𝟑 × 𝟒, então 𝒓 + 𝒔 + 𝒕 + 𝒖 + 𝒘 é igual a
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
Comentários
Para existir a matriz 𝐴 − 𝐵 elas precisam ser do mesmo tipo:
𝑟=𝑡
{
𝑠=𝑢
Considere a matriz 𝐷, tal que que 𝐴 − 𝐵 = 𝐷 logo, 𝐷 é do tipo 𝑟 × 𝑠.
Para o produto (𝐴 − 𝐵) ⋅ 𝐶 = 𝐷 ⋅ 𝐶 existir, o número de colunas da matriz 𝐷 deve ser igual
ao número de linhas da matriz 𝐶 logo:
𝑠=2
Considere a matriz 𝐸, tal que que o produto 𝐷 ⋅ 𝐶 = 𝐸. Logo:
𝐷𝑟 × 2 𝐶2 × 𝑤 = 𝐸𝑟 × 𝑤
Mas sabemos que a matriz resultante deve ter dimensões 3 × 4, logo:

{𝑟 = 3
𝑤=4
Posto isso, iremos agora resumir as conclusões tiradas:
𝑟=3
𝑟=𝑡 𝑒𝑟=3 𝑠=2
{𝑠 = 𝑢 𝑒 𝑠 = 2 ⇒ 𝑡=3
𝑤=4 𝑢=2
{𝑤 = 4
Sendo assim,
𝑟 + 𝑠 + 𝑡 + 𝑢 + 𝑤 = 3 + 2 + 3 + 2 + 4 = 14

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 86


Prof. Victor So

Gabarito: “e”.
22. (EsPCEx/2001)
Uma fábrica de doces produz bombons de nozes, coco e morango, que são vendidos acondicionados
em caixas grandes ou pequenas. A tabela 1 abaixo fornece a quantidade de bombons de cada tipo
que compõe as caixas grandes e pequenas, e a tabela 2 fornece a quantidade de caixas de cada tipo
produzidas em cada mês do 1º trimestre de um determinado ano.

𝟐 𝟓
𝟏𝟓𝟎 𝟐𝟐𝟎 𝟏𝟑𝟎
Se associarmos as matrizes 𝑨 = [𝟒 𝟖] e 𝑩 = [ ] às tabelas 1 e 2
𝟏𝟐𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎
𝟑 𝟕
respectivamente, o produto 𝑨 · 𝑩 fornecerá
a) a produção média de bombons por caixa fabricada.
b) a produção total de bombons por caixa fabricada.
c) número de caixas fabricadas no trimestre.
d) em cada coluna a produção trimestral de um tipo de bombom.
e) a produção mensal de cada tipo de bombom.
Comentários
Vamos primeiramente analisar a formação de um termo da matriz resultante, para
interpretar corretamente o problema:
2 5
150 220 130
𝐴 ⋅ 𝐵 = [4 8] ⋅ [ ]=
120 150 180
3 7
2 ⋅ 150 + 5 ⋅ 120 … …
[ … … …]
… … …
Perceba que a matriz formada será do tipo 3 × 3. E o elemento (𝑎𝑏11 ) = 2 ⋅ 150 + 5 ⋅
120
O número 2 representa a quantidade de bombons de sabor Nozes contidos na caixa
pequena. O número 150 representa a produção de caixas pequenas produzidas no mês de janeiro.
Logo, o produto 2 ⋅ 150 representa a quantidade de bombons sabor nozes que foram para as
caixas pequenas no mês de janeiro. Analogamente sabemos que o produto 5 ⋅ 120 representa a

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 87


Prof. Victor So

quantidade de bombons sabor nozes que foram para as caixas grandes no mês de janeiro. E a
soma (𝑎𝑏11 ) representa a quantidade total de bombons sabor nozes produzida no mês de janeiro.
Analogamente, o termo (𝑎𝑏12 ) representa a quantidade total de bombons sabor nozes
produzida no mês de fevereiro. E o termo (𝑎𝑏21 ) representa a quantidade total de bombons sabor
coco produzida no mês de janeiro.
A partir daí podemos concluir que a matriz 𝐴 ⋅ 𝐵 fornece a quantidade de bombons de cada
sabor produzidos em cada mês do 1º trimestre de um determinado ano.
Gabarito: “e”.
23. (EsPCEx/2010)
Os números das contas bancárias ou dos registros de identidade costumam ser seguidos por um ou
dois dígitos, denominados dígitos verificadores, que servem para conferir sua validade e prevenir
erros de digitação.
Em um grande banco, os números de todas as contas são formados por algarismos de 𝟎 a 𝟗, na
forma 𝒂𝒃𝒄𝒅𝒆𝒇 − 𝒙𝒚, em que a sequência (𝒂𝒃𝒄𝒅𝒆𝒇) representa, nessa ordem, os algarismos do
número da conta e 𝒙 e 𝒚, nessa ordem, representam os dígitos verificadores.
Para obter os dígitos 𝒙 e 𝒚, o sistema de processamento de dados do banco constrói as seguintes
matrizes:
𝟏 −𝟐 𝟏 𝒙 (𝒂 − 𝒃)
𝑨 = [𝟎 𝟏 𝟎 ] 𝑩 = [ ] 𝑪 = [ (𝒄 − 𝒅) ]
𝒚
𝟎 𝟐 −𝟏 𝒛 (𝒆 − 𝒇)
Os valores de 𝒙 e 𝒚 são obtidos pelo resultado da operação matricial 𝑨 · 𝑩 = 𝑪, desprezando-se o
valor de 𝒛. Assim, os dígitos verificadores correspondentes à conta corrente de número 𝟑𝟓𝟔𝟐𝟖𝟏
são
a) 34
b) 41
c) 49
d) 51
e) 54
Comentários
Tendo em mente que 𝑎𝑏𝑐𝑑𝑒𝑓 = 356281
Segundo o enunciado, obteremos um sistema linear na forma matricial, conforme:
𝟏 −𝟐 𝟏 𝒙 (𝟑 − 𝟓) −𝟐
[𝟎 𝟏 𝟎 ] ⋅ [𝒚] = [(𝟔 − 𝟐)] = [ 𝟒 ]
𝟎 𝟐 −𝟏 𝒛 (𝟖 − 𝟏) 𝟕
𝟏 −𝟐 𝟏 𝒙 −𝟐
[𝟎 𝟏 𝟎 ] ⋅ [ 𝒚] = [ 𝟒 ]
𝟎 𝟐 −𝟏 𝒛 𝟕
Utilizando o Regra de Cramer:
𝟏 −𝟐 𝟏
𝑫 = 𝐝𝐞𝐭 [𝟎 𝟏 𝟎 ] = −𝟏 ≠ 𝟎 ⇒ 𝑺𝑷𝑫
𝟎 𝟐 −𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 88


Prof. Victor So

−𝟐 −𝟐 𝟏
𝑫𝒙 = 𝐝𝐞𝐭 [ 𝟒 𝟏 𝟎 ] = −𝟓
𝟕 𝟐 −𝟏
𝟏 −𝟐 𝟏
𝑫𝒚 = 𝐝𝐞𝐭 [𝟎 𝟒 𝟎 ] = −𝟒
𝟎 𝟕 −𝟏
Então:
𝑫𝒙 −𝟓
𝒙= 𝒙=
𝑫 ⇒ { −𝟏 𝒙=𝟓
{ ⇒ {
𝑫𝒚 −𝟒 𝒚=𝟒
𝒚= 𝒚=
𝑫 −𝟏
⇒ 𝒙𝒚 = 𝟓𝟒
Gabarito: “e”.
24. (EsPCEx/2013)
𝟏 𝟎 𝟏
O elemento da segunda linha e terceira coluna da matriz inversa da matriz (𝟐 𝟏 𝟎) é:
𝟎 𝟏 𝟏
𝟐
b) 𝟑
𝟑
b) 𝟐
c) 𝟎
d) −𝟐
𝟏
e) − 𝟑

Comentários
Para trabalhar mais rapidamente na solução da questão, iremos calcular apenas o que o
enunciado pede, ou seja, não iremos obter a matriz inversa. Lembre-se que a inversa da matriz M
pode ser calculada conforme:
1
𝑀−1 = ̅
⋅𝑀
det 𝑀
̅ a matriz adjunta de 𝑀.
Sendo 𝑀
A matriz adjunta nada mais é do que a transposta da matriz dos cofatores de M. Com isso
−1
em mente, calcularemos o elemento pedido (𝑎23 ):
1
(𝑎−1
23 ) = ⋅ (𝑎
̅̅̅̅̅)
23 (𝑒𝑞. 1)
det 𝑀
Mas, como a matriz adjunta é a transposta da matriz dos cofatores de 𝑀. Então
(𝑎 23 = 𝐴32
̅̅̅̅̅) (𝑒𝑞. 2)
Sendo 𝐴32 o cofator do elemento da linha 3 coluna 2 da matriz 𝑀.
De (𝑒𝑞. 2) em (𝑒𝑞. 1), obtemos:
−1 1
(𝑎23 )= ⋅𝐴
det 𝑀 32
Calculando 𝐴32 , e det 𝑀:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 89


Prof. Victor So

1 0 1
1 1
𝑀 = (2 1 0) ⇒ 𝐴32 = (−1)3+2 ⋅ det ( ) = −1 ⋅ −2 = 2
2 0
0 𝟏 1
𝐴32 = 2
1 0 1
det 𝑀 = det (2 1 0) = 3
0 1 1
Então:
−1 1 2
(𝑎23 )= ⋅2=
3 3
Gabarito: “a”.
25. (EsPCEx/2012)
𝟑 𝟓 𝒙 𝒚+𝟒
Considere as matrizes 𝑨 = [ ]e𝑩=[ ]. Se 𝒙 e 𝒚 são valores para os quais 𝑩 é a
𝟏 𝒙 𝒚 𝟑
transposta da Inversa da matriz 𝑨, então o valor de 𝒙 + 𝒚 é
a) −𝟏
b) −𝟐
c) −𝟑
d) −𝟒
e) −𝟓
Comentários
A inversa de 𝐴 é facilmente calculada conforme:

1
𝐴−1 = ̅
⋅𝐴
det 𝐴
̅ a matriz adjunta de 𝐴. A matriz adjunta é a transposta da matriz dos cofatores de
Sendo 𝐴
𝐴.
A matriz dos cofatores de A é dada por:
(−1)1+1 ⋅ det(𝑥) (−1)1+2 ⋅ det(1) 𝑥 −1)
( 2+1 2+2
)=(
(−1) ⋅ det(5) (−1) ⋅ det(3) −5 3
Então, podemos calcular a matriz adjunta de 𝐴
̅ = 𝐴𝑡 = ( 𝑥 −5)
𝐴
−1 3
Podemos também obter det 𝐴

det (3 5) = 3𝑥 − 5
1 𝑥
Logo:
1 1
𝐴−1 = ̅=
⋅𝐴 ⋅ ( 𝑥 −5)
det 𝐴 (3𝑥 − 5) −1 3

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 90


Prof. Victor So

𝑥 5

(3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5)
⇒ 𝐴−1 =
1 3

( (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) )
Mas, do enunciado 𝐵 = (𝐴−1 )𝑡
𝑡
𝑥 5 𝑥 1
− −
(3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5)
𝐵= =
1 3 5 3
− −
( (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) ) ( (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) )
Portanto:
𝑥 1

(3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) 𝑥 𝑦+4
=( )
5 3 𝑦 3

( (3𝑥 − 5) (3𝑥 − 5) )
𝑥
=𝑥 (𝑒𝑞. 1)
(3𝑥 − 5)
1
− = 𝑦 + 4 (𝑒𝑞. 2)
(3𝑥 − 5)
⇒ 5
− =𝑦 (𝑒𝑞. 3)
(3𝑥 − 5)
3
=3 (𝑒𝑞. 4)
{(3𝑥 − 5)
De (𝑒𝑞. 4) obtemos:
3𝑥 − 5 = 1 ⇒ 𝑥 = 2 (𝑒𝑞. 5)
Fazendo (𝑒𝑞. 5) em (𝑒𝑞. 2):
−1 = 𝑦 + 4 ⇒ 𝑦 = −5 (𝑒𝑞. 6)
Perceba que os valores encontrados para 𝑥 e 𝑦 não contradizem as equações (𝑒𝑞. 1) e
(𝑒𝑞. 3).
Logo:
𝑥 + 𝑦 = 2 − 5 = −3
Gabarito: “c”.

3.2. DETERMINANTES
26. (EEAR/2015)
𝟏 𝟎 𝟐
O valor do determinante |−𝟏 𝟎 −𝟐| é
𝟐 𝟑 𝟒
a) -2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 91


Prof. Victor So

b) 0
c) 1
d) 2

27. (EEAR/2018)
𝟎 𝒙 𝒚
Se 𝑨 = (𝒙 𝟎 𝟐) e 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝟒√𝟑, então 𝒙𝟐 𝒚𝟐 é igual a:
𝒚 𝟐 𝟎
a) 24
b) 12
c) 6
d) 3

28. (EEAR/2016)
𝟏 −𝟏 𝟏
Para que o determinante da matriz (𝟏 𝟎 𝒃) seja 𝟑, o valor de 𝒃 deve ser igual a
𝟏 𝟐 𝟏
a) 2
b) 0
c) -1
d) -2

29. (EEAR/2009)
𝟏 𝟏 𝟏
Seja a matriz 𝑴 = [𝟐 −𝟑 𝒙 ]. Se 𝐝𝐞𝐭 𝑴 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, então o valor de 𝒂 é
𝟒 𝟗 𝒙𝟐
a) 12
b) 10
c) -5
d) -7

30. (EEAR/2011)
𝟐 𝟏 𝟑
𝟐 𝟑 𝐝𝐞𝐭 𝑨
Sejam as matrizes 𝑨 = (𝟎 𝟓 𝟏) e 𝑩 = ( ). O valor de 𝐝𝐞𝐭 𝑩 é:
𝟎 𝟗
𝟑 𝟐 𝟏
a) 4
b) 3
c)-1
d) -2

31. (EEAR/2015)
𝟐𝒙 𝒚 𝟎
Se | 𝒛 𝟎 𝟐𝒚| = 𝟏𝟔√𝟑 então (𝒙𝒚𝒛)𝟐 é igual a:
𝟎 𝟐𝒛 𝟎
a) 8

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 92


Prof. Victor So

b) 12
c) 24
d) 36

32. (EEAR/2003)
𝟐 𝟑 𝟔
Seja | 𝟒 𝒙 𝟎 | = 𝟔𝟒. O valor de x que torna verdadeira a igualdade é
−𝟐 𝟎 −𝟐
a) 4
b) 5
c) -4
d) -5

33. (EEAR/2017)
Se os pontos 𝑨(𝒂, 𝟐), 𝑩(𝒃, 𝟑) e 𝑪(−𝟑, 𝟎) estão alinhados, o valor de 𝟑𝒂 − 𝟐𝒃 é
a) 3
b) 5
c) -3
d) -5

34. (EEAR/2002)
𝒙 𝟎 𝟐
Os valores de x que tornam verdadeira a igualdade |−𝟏 −𝟏 𝟏| = −𝟐 são tais que seu produto 𝒑
𝟑 𝟏 𝒙
é elemento do conjunto
a) {𝒑 ∈ ℝ | 𝒑 > −𝟑}
b) {𝒑 ∈ ℝ | − 𝟑 < 𝒑 ≤ 𝟐}
c) {𝒑 ∈ ℝ | 𝒑 < −𝟔}
d) {𝒑 ∈ ℝ | − 𝟔 ≤ 𝒑 < 𝟐}

35. (EEAR/2002)
Pode-se afirmar que o valor do determinante
𝒂−𝒙 𝟎 𝟏
| 𝟎 𝟐 − 𝒙 𝒙 − 𝟐|
𝒂 𝟎 𝟏
é igual a:
a) 𝒙𝟐 − 𝟐
b) 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙
c) 𝒙(𝒙 − 𝟐)
d) 𝒙(𝒙 − 𝟐𝒂 − 𝟐)

36. (EEAR/2002)
𝟐𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
O determinante da matriz 𝑨 de ordem 𝟑, tal que 𝒂𝒊𝒋 = { é igual a:
𝟐𝒊, 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 93


Prof. Victor So

a) 72
b) 60
c) 48
d) 40

37. (EEAR/2005)
𝟐 𝒔𝒆 𝒊 < 𝒋
Se 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) é a matriz quadrada de ordem 𝟐 em que 𝒂𝒊𝒋 = { 𝒊 + 𝒋 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋 , então o
𝒊−𝒋 𝒔𝒆 𝒊 > 𝒋
determinante da matriz 𝑨 é
a) -10
b) 10
c) -6
d) 6

38. (EEAR/2004)
Seja uma matriz 𝑴 do tipo 𝟐 × 𝟐. Se 𝐝𝐞𝐭 𝑴 = 𝟐, então 𝐝𝐞𝐭(𝟏𝟎𝑴) é
a) 20
b) 80
c) 100
d) 200

39. (EEAR/2005)
Seja 𝑨 uma matriz de ordem 𝟐, cujo determinante é −𝟔. Se 𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑨) = 𝒙 − 𝟖𝟕, então o valor de
𝒙 é múltiplo de
a) 13
b) 11
c) 7
d) 5

40. (EEAR/2001)
𝒙 𝒎 −𝟏
Dada a equação |−𝟏 𝟏 𝟏 | = 𝟎, quais os valores de 𝒎 para os quais as raízes são reais?
𝟎 𝟏 𝒙
a) 𝒎 ≤ 𝟑
b) 𝒎 ≥ −𝟏
c) −𝟏 ≤ 𝒎 ≤ 𝟎
d) 𝒎 ≤ −𝟏 ou 𝒎 ≥ 𝟑

41. (EEAR/2000)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 94


Prof. Victor So

Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) uma matriz real quadrada de ordem 2 e 𝑰𝟐 a matriz identidade também de ordem 2.
Se 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐 são as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝒓 · 𝑰𝟐 ) = 𝒏𝒓, onde n é um número inteiro positivo,
podemos afirmar que:
a) 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = 𝒂𝟏𝟏 + 𝒂𝟐𝟐
b) 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = 𝒏(𝒂𝟏𝟏 + 𝒂𝟐𝟐 )
c) 𝒓𝟏 ⋅ 𝒓𝟐 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨
d) 𝒓𝟏 ⋅ 𝒓𝟐 = −𝒏 𝐝𝐞𝐭 𝑨

42. (EEAR/2007)
𝒂 𝒃 −𝟐𝒂 𝟐𝒄
Se as matrizes [ ]e[ ] têm determinantes respectivamente iguais a 𝒙 e 𝒚, e 𝒂𝒅 ≠ 𝒃𝒄,
𝒄𝒚 𝒅 −𝟑𝒃 𝟑𝒅
então o valor de 𝒙 é
a) 2
b) 3
c) -6
d) -4

43. (EEAR/2003)
−𝟏 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟐 𝟑 𝟎 −𝟏
Calculando o valor do determinante | |, obtém-se
−𝟐 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟎 𝟎 −𝟏 𝟏
a) -3
b) -1
c) 1
d) 3

44. (EEAR/2006)
𝟏 𝟎 𝟎 𝟑
𝟐 𝟑 𝟓 𝟏
O determinante da matriz | |é
𝟏 𝟐 𝟑 −𝟏
𝟑 𝟎 𝟏 𝟒
a) 9
b) 8
c) 7
d) 6

45. (ESSA/2014)
Sabendo-se que uma matriz quadrada é invertível se, e somente se, seu determinante é não-nulo e
que, se 𝑨 e 𝑩 são duas matrizes quadradas de mesma ordem, então 𝐝𝐞𝐭(𝑨 · 𝑩) = (𝐝𝐞𝐭 𝑨) · (𝐝𝐞𝐭 𝑩),
pode-se concluir que, sob essas condições
a) se 𝑨 é invertível, então 𝑨 · 𝑩 é invertível.
b) se 𝑩 não é invertível, então 𝑨 é invertível.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 95


Prof. Victor So

c) se 𝑨 · 𝑩 é invertível, então 𝑨 é invertível e 𝑩 não é invertível.


d) se 𝑨 · 𝑩 não é invertível, então 𝑨 ou 𝑩 não é invertível.
e) se 𝑨 · 𝑩 é invertível, então 𝑩 é invertível e 𝑨 não é invertível.

46. (ESSA/2009)
Uma matriz 𝑩 de ordem 𝟑, é tal que, em cada linha, os elementos são termos consecutivos de uma
progressão aritmética de razão 𝟐. Se as somas dos elementos da primeira, segunda e terceira linhas
valem 𝟔, 𝟑 e 𝟎, respectivamente, o determinante de 𝑩 é igual a:
a) 1
b) 0
c) -1
d) 3
e) 2

47. (EsPCEx/2016)
𝒂 𝒂𝟑 − 𝒃𝟑 𝒃
Considere a matriz 𝑴 = [𝒂 𝒂𝟑 𝟎]. Se 𝒂 e 𝒃 são números reais não nulos e 𝐝𝐞𝐭(𝑴) = 𝟎,
𝟐 𝟓 𝟑
𝟐 𝟐
então o valor de 𝟏𝟒𝒂 − 𝟐𝟏𝒃 é igual a
a) 15
b) 28
c) 35
d) 49
e) 70

48. (EsPCEx/2004)
𝟎, 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
Seja a matriz 𝑨𝟐 = (𝒂𝒊𝒋 ) = { 𝟒 . O determinante da inversa de 𝑨 é:
𝒊 + 𝒋 − 𝒋 , 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋
𝟏
a) − 𝟒
𝟑
b) 𝟒
𝟑
c) 𝟐
𝟏
d) − 𝟐
𝟒
e) 𝟑

49. (EsPCEx/2017)
𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 > 𝒋
Uma matriz quadrada 𝑨, de ordem 𝟑, é definida por 𝒂𝒊𝒋 = { . Então 𝐝𝐞𝐭(𝑨−𝟏 )
(−𝟏)𝒊+𝒋 , 𝒔𝒆 𝒊 ≤ 𝒋
é igual a:
a) 4
b) 1
c) 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 96


Prof. Victor So

𝟏
d) 𝟒
𝟏
e) 𝟐

50. (EsPCEx/2014)
Seja 𝒙 um número real, 𝑰 a matriz identidade de ordem 𝟐 e 𝑨 a matriz quadrada de ordem 𝟐, cujos
elementos são definidos por 𝒂𝒊𝒋 = 𝒊 − 𝒋. Sobre a equação em 𝒙 definida por 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝒙𝑰) = 𝒙 +
𝐝𝐞𝐭 𝑨 é correto afirmar que
𝟏
a) as raízes são 𝟎 e 𝟐
b) todo 𝒙 real satisfaz a equação.
c) apresenta apenas raízes inteiras.
d) uma raiz é nula e a outra negativa.
e) apresenta apenas raízes negativas.

3.2. GABARITO
26. b
27. d
28. b
29. c
30. d
31. b
32. b
33. c
34. d
35. c
36. c
37. d
38. d
39. c
40. d
41. c
42. c
43. b
44. c
45. d
46. b
47. c
48. a
49. d
50. c

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 97


Prof. Victor So

3.2. RESOLUÇÃO
26. (EEAR/2015)
𝟏 𝟎 𝟐
O valor do determinante |−𝟏 𝟎 −𝟐| é
𝟐 𝟑 𝟒
a) -2
b) 0
c) 1
d) 2
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:

Gabarito: “b”.
27. (EEAR/2018)
𝟎 𝒙 𝒚
Se 𝑨 = (𝒙 𝟎 𝟐) e 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝟒√𝟑, então 𝒙𝟐 𝒚𝟐 é igual a:
𝒚 𝟐 𝟎
a) 24
b) 12
c) 6
d) 3
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:
0 𝑥 𝑦
det 𝐴 = det (𝑥 0 2) =
𝑦 2 0
= (0 ⋅ 0 ⋅ 0 + 𝑥 ⋅ 2 ⋅ 𝑦 + 𝑦 ⋅ 𝑥 ⋅ 2 ) − (𝑦 ⋅ 0 ⋅ 𝑦 + 0 ⋅ 2 ⋅ 2 + 𝑥 ⋅ 𝑥 ⋅ 0) =
= (4 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦 ) − (0) = 4 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦
Mas,
det 𝐴 = 4√3 ⇒ 4𝑥𝑦 = 4√3
⇒ 𝑥𝑦 = √3
2
⇒ 𝑥 2 𝑦 2 = (𝑥𝑦)2 = (√3) = 3
Gabarito: “d”.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 98


Prof. Victor So

28. (EEAR/2016)
𝟏 −𝟏 𝟏
Para que o determinante da matriz (𝟏 𝟎 𝒃) seja 𝟑, o valor de 𝒃 deve ser igual a
𝟏 𝟐 𝟏
a) 2
b) 0
c) -1
d) -2
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:
1 −1 1
det (1 0 𝑏) = 3(1 − 𝑏)
1 2 1
Queremos que 3(1 − 𝑏) = 3
⇒1−𝑏 =1
⇒ 𝑏=0
Gabarito: “b”.
29. (EEAR/2009)
𝟏 𝟏 𝟏
Seja a matriz 𝑴 = [𝟐 −𝟑 𝒙 ]. Se 𝐝𝐞𝐭 𝑴 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, então o valor de 𝒂 é
𝟒 𝟗 𝒙𝟐
a) 12
b) 10
c) -5
d) -7
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:
1 1 1
det 𝑀 = det [2 −3 𝑥 ] = −5𝑥2 − 5𝑥 + 30
4 9 𝑥2
Mas, det 𝑀 = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐. Então:
−5𝑥 2 − 5𝑥 + 30 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Pela igualdade de polinômios, 𝑎 = −5
Gabarito: “c”.
30. (EEAR/2011)
𝟐 𝟏 𝟑
𝟐 𝟑 𝐝𝐞𝐭 𝑨
Sejam as matrizes 𝑨 = (𝟎 𝟓 𝟏) e 𝑩 = ( ). O valor de 𝐝𝐞𝐭 𝑩 é:
𝟎 𝟗
𝟑 𝟐 𝟏
a) 4
b) 3
c)-1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 99


Prof. Victor So

d) -2
Comentários
2 1 3
det 𝐴 = det (0 5 1) = − 36
3 2 1
det 𝐵 = det (2 3) = 18
0 9
Logo,
det 𝐴 −36
= = −2
det 𝐵 18
Gabarito: “d”.
31. (EEAR/2015)
𝟐𝒙 𝒚 𝟎
Se | 𝒛 𝟎 𝟐𝒚| = 𝟏𝟔√𝟑 então (𝒙𝒚𝒛)𝟐 é igual a:
𝟎 𝟐𝒛 𝟎
a) 8
b) 12
c) 24
d) 36
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:
2𝑥 𝑦 0
|𝑧 0 2𝑦| = −8 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦 ⋅ 𝑧
0 2𝑧 0
Mas, do enunciado,
2𝑥 𝑦 0
|𝑧 0 2𝑦| = 16√3
0 2𝑧 0
⇒ −8𝑥𝑦𝑧 = 16√3
⇒ 𝑥𝑦𝑧 = −2√3
Portanto,
2
(𝑥𝑦𝑧)2 = (−2√3) = 12

Gabarito: “b”.
32. (EEAR/2003)
𝟐 𝟑 𝟔
Seja | 𝟒 𝒙 𝟎 | = 𝟔𝟒. O valor de x que torna verdadeira a igualdade é
−𝟐 𝟎 −𝟐
a) 4
b) 5
c) -4

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 100


Prof. Victor So

d) -5
Comentários
Utilizando a Regra de Sarrus, obtemos:
2 3 6
| 4 𝑥 0 | = 8𝑥 + 24
−2 0 −2
Mas, do enunciado,
2 3 6
| 4 𝑥 0 | = 64
−2 0 −2
⇒ 8𝑥 + 24 = 64
⇒ 𝑥=5
Gabarito: “b”.
33. (EEAR/2017)
Se os pontos 𝑨(𝒂, 𝟐), 𝑩(𝒃, 𝟑) e 𝑪(−𝟑, 𝟎) estão alinhados, o valor de 𝟑𝒂 − 𝟐𝒃 é
a) 3
b) 5
c) -3
d) -5
Comentários
Na geometria analítica, sabemos que quando 3 pontos estão alinhados o determinante da
matriz completa de seus afixos é nulo, conforme:
𝒙 𝒚 𝟏
↓ ↓ ↓
𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴 → 𝑎 2 1
𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐵 → | 𝑏 3 1| = 0
𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐶 → −3 0 1
⇒ 3𝑎 − 2𝑏 + 3 = 0
⇒ 3𝑎 − 2𝑏 = −3
Gabarito: “c”.
34. (EEAR/2002)
𝒙 𝟎 𝟐
Os valores de x que tornam verdadeira a igualdade |−𝟏 −𝟏 𝟏| = −𝟐 são tais que seu produto 𝒑
𝟑 𝟏 𝒙
é elemento do conjunto
a) {𝒑 ∈ ℝ | 𝒑 > −𝟑}
b) {𝒑 ∈ ℝ | − 𝟑 < 𝒑 ≤ 𝟐}
c) {𝒑 ∈ ℝ | 𝒑 < −𝟔}
d) {𝒑 ∈ ℝ | − 𝟔 ≤ 𝒑 < 𝟐}
Comentários

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 101


Prof. Victor So

𝑥 0 2
|−1 −1 1| = −𝑥2 − 𝑥 + 4
3 1 𝑥
Mas sabemos que
𝑥 0 2
|−1 −1 1| = −2
3 1 𝑥
2
⇒ −𝑥 − 𝑥 + 4 = −2
⇒ −𝑥 2 − 𝑥 + 6 = 0
Utilizando as Relações de Girard, sabemos que o produto das raízes é dado por:
(6)
𝑝 = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 = = −6
(−1)
Observando os intervalos dados nas alternativas, percebemos que
{ 𝑝 ∈ ℝ | − 6 ≤ 𝑝 < 2}
Gabarito: “d”.
35. (EEAR/2002)
Pode-se afirmar que o valor do determinante
𝒂−𝒙 𝟎 𝟏
| 𝟎 𝟐 − 𝒙 𝒙 − 𝟐|
𝒂 𝟎 𝟏
é igual a:
a) 𝒙𝟐 − 𝟐
b) 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙
c) 𝒙(𝒙 − 𝟐)
d) 𝒙(𝒙 − 𝟐𝒂 − 𝟐)
Comentários
Aplicando a Regra de Sarrus:
𝒂−𝒙 𝟎 𝟏 𝒂−𝒙 𝟎
| 𝟎 𝟐−𝒙 𝒙−𝟐 𝟎 | 𝟐−𝒙=
𝒂 𝟎 𝟏 𝒂 𝟎
= [(𝒂 − 𝒙) ⋅ (𝟐 − 𝒙) ⋅ 𝟏 + 𝟎 + 𝟎] − [𝟏 ⋅ (𝟐 − 𝒙) ⋅ 𝒂 + 𝟎 + 𝟎] =
= [𝟐𝒂 − 𝒂𝒙 − 𝟐𝒙 + 𝒙𝟐 ] − [𝟐𝒂 − 𝒂𝒙] =
= 𝟐𝒂 − 𝒂𝒙 − 𝟐𝒙 + 𝒙𝟐 − 𝟐𝒂 + 𝒂𝒙 =
= 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 =
= 𝒙(𝒙 − 𝟐)
Gabarito: “c”.
36. (EEAR/2002)
𝟐𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
O determinante da matriz 𝑨 de ordem 𝟑, tal que 𝒂𝒊𝒋 = { é igual a:
𝟐𝒊, 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋
a) 72
b) 60

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 102


Prof. Victor So

c) 48
d) 40
Comentários
Montando a matriz dada, temos que
2⋅1 2⋅1−2 2⋅1−3 2 0 −1
𝐴 = (2 ⋅ 2 − 1 2⋅2 2 ⋅ 2 − 3) = ( 3 4 1)
2⋅3−1 2⋅3−2 2⋅3 5 4 6
Sendo assim,
2 0 −1
det 𝐴 = det (3 4 1 ) = 48
5 4 6
det 𝐴 = 48
Gabarito: “c”.
37. (EEAR/2005)
𝟐 𝒔𝒆 𝒊 < 𝒋
Se 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) é a matriz quadrada de ordem 𝟐 em que 𝒂𝒊𝒋 = { 𝒊 + 𝒋 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋 , então o
𝒊−𝒋 𝒔𝒆 𝒊 > 𝒋
determinante da matriz 𝑨 é
a) -10
b) 10
c) -6
d) 6
Comentários
Montando a matriz dada, temos que
1+1 2 2 2
𝐴=( )=( )
2−1 2+2 1 4
Sendo assim,

det 𝐴 = det (2 2) = 6
1 4
det 𝐴 = 6
Gabarito: “d”.
38. (EEAR/2004)
Seja uma matriz 𝑴 do tipo 𝟐 × 𝟐. Se 𝐝𝐞𝐭 𝑴 = 𝟐, então 𝐝𝐞𝐭(𝟏𝟎𝑴) é
a) 20
b) 80
c) 100
d) 200
Comentários
𝑎11 𝑎12 𝑎11 𝑎12
Seja 𝑀 = (𝑎 𝑎22 ) então det 𝑀 = det (𝑎21 𝑎22 ) = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 − 𝑎12 ⋅ 𝑎21
21

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 103


Prof. Victor So

Sendo assim,
𝛼 ⋅ 𝑎11 𝛼 ⋅ 𝑎12
𝛼 ⋅ 𝑀 = (𝛼 ⋅ 𝑎 𝛼 ⋅ 𝑎22 )
21
𝛼 ⋅ 𝑎11 𝛼 ⋅ 𝑎12
⇒ det(𝛼 ⋅ 𝑀) = det (𝛼 ⋅ 𝑎 𝛼 ⋅ 𝑎22 ) =
21

= (𝛼 ⋅ 𝑎11 ) ⋅ (𝛼 ⋅ 𝑎22 ) − (𝛼 ⋅ 𝑎12 ) ⋅ (𝛼 ⋅ 𝑎21 ) =


= 𝛼 2 ⋅ (𝑎11 ⋅ 𝑎22 ) − 𝛼 2 ⋅ (𝑎12 ⋅ 𝑎21 ) =
= 𝛼 2 (𝑎11 ⋅ 𝑎22 − 𝑎12 ⋅ 𝑎21 ) = 𝛼 2 ⋅ det 𝑀
Obs.: o expoente de 𝛼 corresponde à ordem a matriz que será multiplicada.
Generalizando, para uma matriz 𝑀𝑛 temos que:
det(𝛼 ⋅ 𝑀) = 𝛼𝑛 ⋅ det 𝑀
Do enunciado temos:
𝑛=2
{ 𝛼 = 10 ⇒ det(10𝑀) = 102 ⋅ 2 = 200
det 𝑀 = 2
Gabarito: “d”.
39. (EEAR/2005)
Seja 𝑨 uma matriz de ordem 𝟐, cujo determinante é −𝟔. Se 𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑨) = 𝒙 − 𝟖𝟕, então o valor de
𝒙 é múltiplo de
a) 13
b) 11
c) 7
d) 5
Comentários
Sabemos que, para uma matriz 𝐴𝑛 temos que:
det(𝛼 ⋅ 𝐴) = 𝛼𝑛 ⋅ det 𝐴
Do enunciado temos:
𝑛=2
{𝛼=2 ⇒ det(2𝐴) = 22 ⋅ (−6) = −24
det 𝐴 = −6
Mas det(2𝐴) = 𝑥 − 87, então:
𝑥 − 87 = −24
𝑥 = 87 − 24 = 63
Podemos decompor 63 conforme:
63 = 3 ⋅ 21 = 3 ⋅ 3 ⋅ 7 = 9 ⋅ 7
Ou seja, 63 é múltiplo de 3, 7, 9 e 21. Analisando as alternativas, chega-se ao item c.
Gabarito: “c”.
40. (EEAR/2001)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 104


Prof. Victor So

𝒙 𝒎 −𝟏
Dada a equação |−𝟏 𝟏 𝟏 | = 𝟎, quais os valores de 𝒎 para os quais as raízes são reais?
𝟎 𝟏 𝒙
a) 𝒎 ≤ 𝟑
b) 𝒎 ≥ −𝟏
c) −𝟏 ≤ 𝒎 ≤ 𝟎
d) 𝒎 ≤ −𝟏 ou 𝒎 ≥ 𝟑
Comentários
𝑥 𝑚 −1
|−1 1 1 | = 𝑥2 + (𝑚 − 1)𝑥 + 1 = 0
0 1 𝑥
Para as raízes serem reais, queremos ∆ ≥ 0
( 𝑚 − 1) 2 − 4 ⋅ ( 1) ⋅ ( 1) ≥ 0
𝑚2 − 2𝑚 − 3 ≥ 0
( 𝑚 + 1) ⋅ ( 𝑚 − 3) ≥ 0
Desenhando o gráfico, obtemos:

Sendo assim, 𝑚 ≤ −1 ou 𝑚 ≥ 3
Gabarito: “d”.
41. (EEAR/2000)
Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) uma matriz real quadrada de ordem 2 e 𝑰𝟐 a matriz identidade também de ordem 2.
Se 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐 são as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝒓 · 𝑰𝟐 ) = 𝒏𝒓, onde n é um número inteiro positivo,
podemos afirmar que:
a) 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = 𝒂𝟏𝟏 + 𝒂𝟐𝟐
b) 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = 𝒏(𝒂𝟏𝟏 + 𝒂𝟐𝟐 )
c) 𝒓𝟏 ⋅ 𝒓𝟐 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨
d) 𝒓𝟏 ⋅ 𝒓𝟐 = −𝒏 𝐝𝐞𝐭 𝑨
Comentários

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 105


Prof. Victor So

𝑎 𝑎
det(𝐴 − 𝑟 · 𝐼2 ) = det ((𝑎11 𝑎12 ) − 𝑟 (1 0)) =
21 22 0 1
𝑎11 𝑎12 𝑟 0
= det ((𝑎
21 𝑎22 ) − (0 𝑟
)) =

𝑎11 − 𝑟 𝑎12
= det ( 𝑎 𝑎22 − 𝑟) =
21

= (𝑎11 − 𝑟) ⋅ (𝑎22 − 𝑟) − 𝑎12 ⋅ 𝑎21 =


= (𝑎11 ⋅ 𝑎22 − 𝑟 ⋅ 𝑎11 − 𝑟 ⋅ 𝑎22 + 𝑟 2 ) − 𝑎12 ⋅ 𝑎21 =
= 𝑟 2 − 𝑟(𝑎11 + 𝑎22 ) + (𝑎11 ⋅ 𝑎22 − 𝑎12 ⋅ 𝑎21 ) ⇒
⇒ det(𝐴 − 𝑟 · 𝐼2 ) = 𝑟 2 − 𝑟(𝑎11 + 𝑎22 ) + det 𝐴
Queremos estudar quando det(𝐴 − 𝑟 · 𝐼2 ) = 𝑛𝑟, então
𝑟2 − 𝑟(𝑎11 + 𝑎22 ) + det 𝐴 = 𝑛𝑟
𝑟2 − 𝑟(𝑎11 + 𝑎22 + 𝑛) + det 𝐴 = 0
Aplicando as Relações de Girard:
(𝑎11 + 𝑎22 + 𝑛)
𝑟1 + 𝑟2 = − = −(𝑎11 + 𝑎22 + 𝑛)
( 1)
(det 𝐴)
𝑟1 ⋅ 𝑟2 = = det 𝐴
( 1)
Gabarito: “c”.
42. (EEAR/2007)
𝒂 𝒃 −𝟐𝒂 𝟐𝒄
Se as matrizes [ ]e[ ] têm determinantes respectivamente iguais a 𝒙 e 𝒚, e 𝒂𝒅 ≠ 𝒃𝒄,
𝒄𝒚 𝒅 −𝟑𝒃 𝟑𝒅
então o valor de 𝒙 é
a) 2
b) 3
c) -6
d) -4
Comentários
Devemos manipular o determinante extraindo múltiplos das filas da segunda matriz,
conforme:
−𝑎 𝑐 −𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
det [−2𝑎 2𝑐 ] = 2 ⋅ det [ ] = 2 ⋅ 3 ⋅ det [ ] = 2 ⋅ 3 ⋅ (−1) ⋅ det [ ]
−3𝑏 3𝑑 −3𝑏 3𝑑 −𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
−2𝑎 2𝑐 𝑎 𝑐
⇒ det [ ] = −6 ⋅ det [ ]
−3𝑏 3𝑑 𝑏 𝑑
𝑎 𝑐
Mas, do enunciado, det [−2𝑎 2𝑐 ] = 𝑦 e det [ ] = 𝑥, então
−3𝑏 3𝑑 𝑏 𝑑
𝑦 = −6 ⋅ 𝑥
Como 𝑎𝑑 ≠ 𝑏𝑐 então 𝑥 ≠ 0, sendo assim, podemos fazer:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 106


Prof. Victor So

𝑦
⇒ = −6
𝑥
Gabarito: “c”.
43. (EEAR/2003)
−𝟏 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟐 𝟑 𝟎 −𝟏
Calculando o valor do determinante | |, obtém-se
−𝟐 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟎 𝟎 −𝟏 𝟏
a) -3
b) -1
c) 1
d) 3
Comentários
Utilizaremos a Regra De Chió, mas primeiramente, iremos extrair o −1 multiplicado na
primeira e terceira linhas, conforme:
−1 −1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0
det ( 2 3 0 −1) = −1 ⋅ −1 ⋅ det (2 3 0 −1) = det (2 3 0 −1)
−2 −1 0 0 2 1 0 0 2 1 0 0
0 0 −1 1 0 0 −1 1 0 0 −1 1
Agora temos o número 1 na posição 𝑎11 , vamos agora aplicar a Regra De Chió:
1 1 0 0
3 − 2 ⋅ 1 0 − 2 ⋅ 0 −1 − 2 ⋅ 0
2 3 0 −1| = |
| 1−2⋅1 0−2⋅0 0−2⋅0 |=
2 1 0 0
0 − 0 ⋅ 1 −1 − 0 ⋅ 0 1 − 0 ⋅ 0
0 0 −1 1
1 0 −1
= |−1 0 0|
0 −1 1
Aplicando novamente a Regra De Chió
1 0 −1 0 − (−1) ⋅ 0 0 − (−1) ⋅ (−1)
|−1 0 0 | = | −1 − 0 ⋅ 0 |=
1 − 0 ⋅ (−1)
0 −1 1
0 −1
=| | = [0 ⋅ 1] − [(−1) ⋅ (−1)] = −1
−1 1
Portanto,
−1 −1 0 0
det ( 2 3 0 −1) = −1
−2 −1 0 0
0 0 −1 1
Gabarito: “b”.
44. (EEAR/2006)
𝟏 𝟎 𝟎 𝟑
𝟐 𝟑 𝟓 𝟏
O determinante da matriz | |é
𝟏 𝟐 𝟑 −𝟏
𝟑 𝟎 𝟏 𝟒

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 107


Prof. Victor So

a) 9
b) 8
c) 7
d) 6
Comentários
Utilizaremos a Regra De Chió.
Temos o número 1 na posição 𝑎11 , vamos agora aplicar a Regra De Chió:
1 0
0 3
3−2⋅0 5−2⋅0 1−2⋅3
2 3
5 1 |=|
| 2 − 1 ⋅ 0 3 − 1 ⋅ 0 −1 − 1 ⋅ 3| =
1 2
3 −1
0−3⋅0 1−3⋅0 4−3⋅3
3 0
1 4
3 5 −5
= |2 3 −4|
0 1 −5
Resolvendo o determinante pela Regra de Sarrus, obtemos:
3 5 −5
det (2 3 −4) = 7
0 1 −5
Portanto,
1 0 0 3
det (2 3 5 1 )=7
1 2 3 −1
3 0 1 4
Gabarito: “c”.
45. (ESSA/2014)
Sabendo-se que uma matriz quadrada é invertível se, e somente se, seu determinante é não-nulo e
que, se 𝑨 e 𝑩 são duas matrizes quadradas de mesma ordem, então 𝐝𝐞𝐭(𝑨 · 𝑩) = (𝐝𝐞𝐭 𝑨) · (𝐝𝐞𝐭 𝑩),
pode-se concluir que, sob essas condições
a) se 𝑨 é invertível, então 𝑨 · 𝑩 é invertível.
b) se 𝑩 não é invertível, então 𝑨 é invertível.
c) se 𝑨 · 𝑩 é invertível, então 𝑨 é invertível e 𝑩 não é invertível.
d) se 𝑨 · 𝑩 não é invertível, então 𝑨 ou 𝑩 não é invertível.
e) se 𝑨 · 𝑩 é invertível, então 𝑩 é invertível e 𝑨 não é invertível.
Comentários
a) Falso.
Sendo 𝐴 invertível, considere 𝐵 não invertível. ⇒ det 𝐵 = 0 ∴ det(𝐴 · 𝐵) =
(det 𝐴) · (0) = 0 ⇒ 𝐴 ⋅ 𝐵 não é invertível.
b) Falso.
Nada se pode concluir, a assertiva é desconexa.
c) Falso.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 108


Prof. Victor So

Se 𝐴 ⋅ 𝐵 é invertível det(𝐴 ⋅ 𝐵) ≠ 0. Logo, (det 𝐴) · (det 𝐵) ≠ 0 ⇒ {det 𝐴 ≠ 0. Ou


det 𝐵 ≠ 0
seja, 𝐴 𝑒 𝐵 são invertíveis.
d) Verdadeiro.
Se 𝐴 ⋅ 𝐵 não é invertível det(𝐴 ⋅ 𝐵) = 0. Logo, (det 𝐴) · (det 𝐵) = 0 ⇒ det 𝐴 =
0 ou det 𝐵 = 0. Ou seja, 𝐴 ou 𝐵 não é invertível.
e) Falso.
Conforme já feito no item c.
Gabarito: “d”.
46. (ESSA/2009)
Uma matriz 𝑩 de ordem 𝟑, é tal que, em cada linha, os elementos são termos consecutivos de uma
progressão aritmética de razão 𝟐. Se as somas dos elementos da primeira, segunda e terceira linhas
valem 𝟔, 𝟑 e 𝟎, respectivamente, o determinante de 𝑩 é igual a:
a) 1
b) 0
c) -1
d) 3
e) 2
Comentários
A matriz 𝐵 é da forma:
𝑎−2 𝑎 𝑎+2
𝐵 = (𝑏 − 2 𝑏 𝑏 + 2)
𝑐−2 𝑐 𝑐+2
Mas, segundo o enunciado,
(𝑎 − 2) + (𝑎 ) + (𝑎 + 2 ) = 6 3𝑎 = 6 𝑎=2
⇒ { (𝑏 − 2) + (𝑏) + (𝑏 + 2) = 3 ⇒ {3𝑏 = 3 ⇒ {𝑏 = 1
( 𝑐 − 2) + (𝑐 ) + (𝑐 + 2 ) = 0 3𝑐 = 0 𝑐=0
Sendo assim, a matriz 𝐵 é dada por:
2−2 2 2+2 0 2 4
⇒ 𝐵 = (1 − 2 1 1 + 2) = (−1 1 3)
0−2 0 0+2 −2 0 2
0 2 4
det 𝐵 = det (−1 1 3) = 0
−2 0 2
Gabarito: “b”.
47. (EsPCEx/2016)
𝒂 𝒂𝟑 − 𝒃𝟑 𝒃
Considere a matriz 𝑴 = [𝒂 𝒂𝟑 𝟎]. Se 𝒂 e 𝒃 são números reais não nulos e 𝐝𝐞𝐭(𝑴) = 𝟎,
𝟐 𝟓 𝟑
𝟐 𝟐
então o valor de 𝟏𝟒𝒂 − 𝟐𝟏𝒃 é igual a
a) 15
b) 28

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 109


Prof. Victor So

c) 35
d) 49
e) 70
Comentários
Aplicando a Regra De Sarrus, obtemos:
𝑎 𝑎3 − 𝑏3 𝑏
det 𝑀 = det [𝑎 𝑎3 0] =
2 5 3
= [a ⋅ a3 ⋅ 3 + (a3 − b3 ) ⋅ 0 ⋅ 2 + a ⋅ 5 ⋅ b] − [b ⋅ a3 ⋅ 2 + 5 ⋅ 0 ⋅ a + (a3 − b3 ) ⋅ a ⋅ 3] ⇒
⇒ det 𝑀 = 𝑎𝑏(3𝑏2 − 2𝑎2 + 5)
Mas
det 𝑀 = 0 ⇒ 𝑎𝑏 (3𝑏2 − 2𝑎2 + 5) = 0
Porém, sabemos que 𝑎 ≠ 0 e 𝑏 ≠ 0 então:
2
(3𝑏 − 2𝑎2 + 5) = 0
2
(3𝑏 − 2𝑎2 ) = −5

−7 ⋅ (3𝑏2 − 2𝑎2 ) = −7 ⋅ (−5)


14𝑎2 − 21𝑏2 = 35
Gabarito: “c”.
48. (EsPCEx/2004)
𝟎, 𝒔𝒆 𝒊 ≠ 𝒋
Seja a matriz 𝑨𝟐 = (𝒂𝒊𝒋 ) = { 𝟒 . O determinante da inversa de 𝑨 é:
𝒊 + 𝒋 − 𝒋 , 𝒔𝒆 𝒊 = 𝒋
𝟏
a) − 𝟒
𝟑
b) 𝟒
𝟑
c) 𝟐
𝟏
d) − 𝟐
𝟒
e)
𝟑

Comentários
A matriz 𝐴2 é da forma:
4
1+1− 0
𝐴=[ 1 ]=
4
0 2+2−
2
−2 0
=[ ]
0 2
Sendo assim,

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 110


Prof. Victor So

det 𝐴 = det [−2 0] = −4


0 2
Sabemos que
1 1 1
det 𝐴−1 = = =−
det 𝐴 −4 4
Gabarito: “a”.
49. (EsPCEx/2017)
𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 > 𝒋
Uma matriz quadrada 𝑨, de ordem 𝟑, é definida por 𝒂𝒊𝒋 = { . Então 𝐝𝐞𝐭(𝑨−𝟏 )
(−𝟏)𝒊+𝒋 , 𝒔𝒆 𝒊 ≤ 𝒋
é igual a:
a) 4
b) 1
c) 0
𝟏
d) 𝟒
𝟏
e)
𝟐

Comentários
A matriz 𝐴3 é da forma:
(−1)1+1 (−1)1+2 (−1)1+3
𝐴 =[ 2−1 (−1)2+2 (−1)2+3 ] =
3−1 3−2 (−1)3+3
1 −1 1
= [1 1 −1]
2 1 1
Sendo assim,
1 −1 1
det 𝐴 = det [1 1 −1] = 4
2 1 1
Sabemos que
1 1
det 𝐴−1 = =
det 𝐴 4
Gabarito: “d”.
50. (EsPCEx/2014)
Seja 𝒙 um número real, 𝑰 a matriz identidade de ordem 𝟐 e 𝑨 a matriz quadrada de ordem 𝟐, cujos
elementos são definidos por 𝒂𝒊𝒋 = 𝒊 − 𝒋. Sobre a equação em 𝒙 definida por 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝒙𝑰) = 𝒙 +
𝐝𝐞𝐭 𝑨 é correto afirmar que
𝟏
a) as raízes são 𝟎 e
𝟐
b) todo 𝒙 real satisfaz a equação.
c) apresenta apenas raízes inteiras.
d) uma raiz é nula e a outra negativa.
e) apresenta apenas raízes negativas.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 111


Prof. Victor So

Comentários
A matriz 𝐴2 é da forma:
1−1 1−2 0 −1
𝐴=[ ]=[ ]
2−1 2−2 1 0
det 𝐴 = det [0 −1] = 1
1 0
Sendo assim,

det(𝐴 − 𝑥𝐼) = det ([0 −1] − 𝑥 [1 0]) = det [−𝑥 −1] = 𝑥2 + 1


1 0 0 1 1 −𝑥
det(𝐴 − 𝑥𝐼) = 𝑥2 + 1
Sabemos que
det(𝐴 − 𝑥𝐼) = 𝑥 + det 𝐴
(𝑥2 + 1) = 𝑥 + (1)
𝑥2 − 𝑥 = 0
𝑥 (𝑥 − 1) = 0
{𝑥 = 0
𝑥=1
Analisando as alternativas, obtemos que o item c é verdadeiro.
Gabarito: “c”.

4. QUESTÕES NÍVEL 2
51. (EFOMM/2021)
Considere uma equação definida por:
𝒍𝒐𝒈𝒙 𝒍𝒐𝒈𝒙𝟒 𝒍𝒐𝒈𝒙𝟏𝟔
𝐝𝐞𝐭 | 𝟒𝒙 𝟏𝟔𝒙 𝟔𝟒𝒙 | = 𝟎 , ∀𝒙 > 𝟎
𝟎 𝟎 𝟐
Sabendo-se que a solução da equação acima é o número de elementos de um conjunto A, é correto
afirmar que o número de subconjuntos que se pode formar com esse conjunto é igual a

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4

52. (EFOMM/2021)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 112


Prof. Victor So

𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒔𝒆𝒏𝒙
Dadas as matrizes reais 2x2 do tipo 𝑨(𝒙) = ( ),pode-se afirmar que:
𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙
I. 𝑨(𝒙) é inversível

II. ∃ 𝒙 ∈ [𝟎, 𝟐𝝅] tal que𝑨(𝒙). 𝑨(𝒙) = 𝑨(𝒙)

III. 𝑨(𝒙) nunca será antissimétrica.

Assinale a opção correta.

a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

d) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

e) Apenas a afirmativa II é verdadeira.

53. (EFOMM/2020)

Seja a matriz 𝑨
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓
|𝟏 𝟒 𝟗 𝟏𝟔 𝟐𝟓 ||
|
𝟏 𝟖 𝟐𝟕 𝟔𝟒 𝟏𝟐𝟓
𝟏 𝟏𝟔 𝟖𝟏 𝟐𝟓𝟔 𝟔𝟐𝟓
Qual é o valor do determinante da matriz 𝑨?

a) 96
b) 98

c) 100

d) 144

e) 288

54. (EFOMM/2017)
𝟓 𝟎
Determine uma matriz invertível 𝑷 que satisfaça a equação 𝑷−𝟏 . 𝑨 = [ ], sendo 𝑨 =
𝟎 −𝟐
𝟏 −𝟐
[ ].
𝟑 𝟑
𝟓 𝟏𝟎

a) 𝑷 = [𝟑𝟐 𝟗
𝟐
]
𝟑
−𝟗
𝟐 𝟏𝟎
b) 𝑷 = [ ]
𝟔 −𝟏𝟓

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 113


Prof. Victor So

𝟏 𝟐 𝟏𝟎
c) 𝑷 = 𝟏𝟎 [ ]
𝟑 −𝟑
𝟐 𝟐
−𝟗 −𝟑
d) 𝑷 = [ 𝟏𝟎 𝟓
]
− 𝟗 𝟑
𝟏
𝟏
e) 𝑷 = [𝟓𝟑 𝟑]
−𝟐
𝟓

55. (EFOMM/2017)

Calcule o determinante da matriz 𝑨 de ordem 𝒏:


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟏 𝟓 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝑨= 𝟏 𝟏 𝟏 𝟕 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟗 𝑲 𝟏
𝑴 𝑴 𝑴 𝑴 𝑴 𝑶 𝟏
(𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟐𝒏 − 𝟏)
a) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏−𝟏
𝒏=𝟏 𝟐𝒏

b) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏𝒏=𝟏 𝟐𝒏 − 𝟏
𝒏
c) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏−𝟏
𝒏=𝟏 𝟐

d) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏𝒏=𝟏 𝟐𝒏−𝟏

e) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝟏

56. (EFOMM/2015)
Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) uma matriz quadrada de ordem 3, onde cada termo é dado pela lei
𝟑𝒙𝟑
−𝒊 + 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 + 𝒋 é 𝒑𝒂𝒓
𝒂𝒊𝒋 = {
𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 + 𝒋 é í𝒎𝒑𝒂𝒓
Pode-se afirmar que o valor de 𝐝𝐞𝐭 𝑨 é

a) 0.

b) -12.

c) 12.

d) 4.

e) -4

57. (EFOMM/2015)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 114


Prof. Victor So

Sabendo-se que
𝟏
𝒆 𝝅 √𝟐 𝟑𝟑 𝟏
𝟐 −𝟑 𝟒 −𝟓 𝟔
𝒅𝒆𝒕 𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓 = 𝒂,
𝟎 −𝟏 𝟑 𝟓 𝟏𝟐
(𝟑 𝟏 𝟐 𝟎 𝟒)
calcule, em função de 𝒂,
𝟏
𝟐𝒆 𝟐𝝅 √𝟖 𝟐𝟒𝟑 𝟐
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓
𝒅𝒆𝒕 𝟏 −𝟑 𝟒 −𝟓 𝟔 .
𝟎 −𝟏 𝟑 𝟓 𝟏𝟐
(𝟑 𝟎 𝟓 𝟓 𝟏𝟔)
a) 𝟐𝒂.

b) −𝟐𝒂.

c) 𝒂.

d) −𝒂.

e) 𝟑𝒂.

58. (EFOMM/2013)
𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟏 𝝅
Se 𝐝𝐞𝐭 |𝒔𝒆𝒏 𝒚 𝐜𝐨𝐬 𝒚 | = − , então o valor de 𝟑𝒔𝒆𝒏 (𝒙 + 𝒚) + 𝒕𝒈(𝒙 + 𝒚) − 𝐬𝐞𝐜 (𝒙 + 𝒚), para ≤
𝟑 𝟐
𝒙 + 𝒚 ≤ 𝝅, é igual a:

a) 𝟎
b) 𝟏/𝟑

c) 𝟐

d) 𝟑

e) 𝟏/𝟐

59. (EFOMM/2010)
𝟏 𝟐 𝟏 𝟎 𝟏 −𝟐 −𝟑 𝟕
𝟎 𝟐 −𝟐 𝟒 𝟎 𝟏 𝟏 −𝟑
Sejam as matrizes 𝑨 = [ ], 𝑩 = [ ] e 𝑿 = 𝑨𝑩. O determinante da
𝟎 𝟎 𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 −𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟑 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
−𝟏
matriz 𝟐 ⋅ 𝑿 é igual a
𝟏
a)
𝟔
𝟏
b)
𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 115


Prof. Victor So

c) 𝟏
𝟖
d)
𝟑

e) 𝟔

60. (EFOMM/2006)
𝟏 𝟐 𝟐 𝟎
Se 𝑴 = [ ]e𝑵=[ ] então 𝑴𝑵 − 𝑵𝑴 é
𝟎 𝟏 𝟏 𝟏
𝟐 −𝟐
a) [ ]
𝟎 −𝟐
𝟎 𝟎
b) [ ]
𝟎 𝟎
𝟏 𝟎
c) [ ]
𝟎 𝟏
𝟒 𝟐
d) [ ]
𝟏 𝟏

61. (EFOMM/2006)
𝟏
𝒔𝒆𝒏𝟐𝜶 (𝒔𝒆𝒏 𝜶 + 𝐜𝐨𝐬 𝜶)𝟐 𝒃) são iguais, então os números 𝒂, 𝒃 e 𝒄
Se as matrizes ( ) e (𝟐
𝒄𝒐𝒔𝟐𝜶 |𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶| 𝒂 𝒄
valem, respectivamente:
√𝟑 𝟏
a) , e𝟏
𝟐 𝟐
𝟏 √𝟑
b) , e𝟎
𝟐 𝟐
𝟏 √𝟑
c) 𝟏, 𝟐 e
𝟐
√𝟑 𝟑
d) , e𝟏
𝟐 𝟐
𝟑 𝟏 √𝟑
e) , 𝒆
𝟐 𝟐 𝟐

62. (EFOMM/2005)
𝟏 𝟎
𝟎 𝟏 𝟐
Dadas as matrizes 𝑨 = [−𝟏 −𝟏] e 𝑩 = [ ] e considerando 𝒏 = 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝑩), determine 𝟕𝒏 .
𝟑 𝟒 𝟓
𝟏 𝟏
a) 𝟎

b) 𝟏
c) 𝟐

d) 𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 116


Prof. Victor So

e) 𝟒

63. (Escola Naval/2019)


𝟏 𝟏 𝟏
Seja a matriz 𝑴 = [𝟏 𝟎 𝟎] onde 𝑴𝒏 = 𝑴 𝒙 𝑴 𝒙 𝑴 … 𝒙 𝑴, com 𝒏 fatores, 𝒙 a soma dos
𝟎 𝟏 𝟎
elementos da 1ª coluna de 𝑴𝟏𝟐 e 𝒚 a soma dos elementos da 𝟑ª coluna de 𝑴𝟏𝟐 . Nesse caso, o valor
de 𝒙 − 𝒚 é:

a) 𝟓𝟎𝟒

b) 𝟗𝟐𝟕

c) 𝟕𝟕𝟖

d) 𝟏𝟒𝟑𝟏

e) 𝟏𝟕𝟎𝟓

64. (Escola Naval/2018)

Dadas as matrizes:
𝟏 𝟐 −𝟏
𝑨 = [𝟏 𝟎 𝟏 ], 𝒙 = [𝟐 𝟏𝟑 𝟔𝟓] e 𝑩 = 𝒙𝑻 ⋅ 𝒙. Qual é o valor do determinante de 𝟐 ⋅ 𝑨−𝟏 ⋅ 𝑩𝟐 ?
𝟏 −𝟏 𝟏
a) 0

b) 4

c) 8

d) 3380

e)13520

65. (Escola Naval/2015)


𝒙𝟐 𝒙 − 𝟏 𝒙 −𝟐
𝟑
Uma função 𝒚 = 𝒇(𝒙) é definida pelo determinante da matriz 𝑨 = [ 𝒙 𝒙 𝒙 𝟏 − 𝒙] em
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎
𝒙 𝟏 𝟎 −𝟏
cada 𝒙 ∈ ℝ tal que 𝑨 é invertível. É correto afirmar que o conjunto imagem de 𝒇 é igual a

a) (−∞, 𝟒]

b) ℝ − {𝟎, 𝟒}
c) (−∞, 𝟒] − {𝟎}

d) (−∞, 𝟒)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 117


Prof. Victor So

e) [𝟒, +∞)

66. (Escola Naval/2014)


𝟒 (𝟏𝟔)𝒚 −𝟏 (𝟒)(𝟐𝒚−𝟏) 𝟐−𝟏 ]
Considere as matrizes 𝑹=[ ]; 𝑺 = [ 𝟏𝒙 e 𝑻=
𝟗𝒙 𝒂 𝟎 𝟑 𝒃 𝟏
[𝒃 (𝟐)(𝟐𝒚−𝟏) − 𝟏𝟎 𝒄 ].
𝟐𝟕 𝟏𝟑 −𝟔
A soma dos quadrados das constantes reais 𝒙, 𝒚, 𝒂, 𝒃, 𝒄 que satisfazem à equação matricial 𝑹 − 𝟔𝑺 =
𝑻é

a) 𝟐𝟑

b) 𝟐𝟔

c) 𝟐𝟗

d) 𝟑𝟐

e) 𝟒𝟎

67. (Escola Naval/2014)


𝝅
Sejam 𝑨 a matriz quadrada de ordem 𝟐 definida por 𝑨 = [𝟐 𝐜𝐨𝐬 (𝟐𝒙 − 𝟐 ) 𝐜𝐨𝐬 (𝒙 + 𝝅)] e 𝒇 a
𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝟏
𝑻 𝑻
função real da variável real tal que 𝒇(𝒙) = |𝐝𝐞𝐭 (𝑨 + 𝑨 )|, onde 𝑨 representa a matriz transposta
de 𝑨. O gráfico que melhor representa a função 𝒚 = 𝒇(𝒙) no intervalo −𝝅 ≤ 𝒙 ≤ 𝝅 é

a)

b)

c)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 118


Prof. Victor So

d)

e)

68. (Escola Naval/2013)


𝟏 𝟏 𝟐 𝟓 𝟎 −𝟑
Sejam 𝑨 = ( )e𝑩=( ) e 𝑩𝒕 a transposta de 𝑩. O produto da matriz 𝑨 pela
𝟒 −𝟑 𝟎 𝟏 −𝟐 𝟔
matriz 𝑩𝒕 é
𝟗 𝟐 𝟏𝟎
a) (−𝟖 𝟔 𝟎)
𝟐𝟏 −𝟐𝟏 −𝟔
𝟓 𝟎 −𝟔
b) ( )
𝟒 𝟔 𝟎
𝟓 𝟒
c) ( 𝟎 𝟔)
−𝟔 𝟎
−𝟏 𝟏𝟏
d) ( )
𝟐𝟎 𝟏𝟎
−𝟏 𝟏𝟎
e) ( )
−𝟐 𝟏

69. (AFA/2019)

Considere as matrizes
𝒔𝒆𝒏 𝒙 −𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
𝑨=[ ]e𝑩= [ ]
−𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟏 −𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 119


Prof. Victor So

Se o determinante do produto matricial 𝑨𝑩 é um número real positivo ou nulo, então os valores de


x, no ciclo trigonométrico, que satisfazem essa condição estão representados em:

a)

b)

c)

d)

70. (AFA/2018)
𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
𝟐 𝒂 𝟎 𝟏
Sejam 𝒂 e 𝒃 números positivos tais que o determinante da matriz [ ] vale 24.
𝟏 −𝟏 𝒃 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
√𝒃 √𝟐] é igual a
Dessa forma o determinante da matriz [
√𝟑 √𝒂

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 120


Prof. Victor So

a) 𝟎

b) 𝟔

c) −𝟔

d) √𝟔

71. (AFA/2017)
𝟏 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
Seja a matriz 𝑨 = ( 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝟏 𝟎 ).
𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟐 𝟏
Considere a função 𝒇: ℝ → ℝ definida por 𝒇(𝒙) = 𝐝𝐞𝐭 𝑨.
𝟏
Sobre a função 𝒈: ℝ → ℝ definida por 𝒈(𝒙) = 𝟏 − 𝟐 ⋅ |𝒇(𝒙)|, em que |𝒇(𝒙)| é o módulo de 𝒇(𝒙), é
correto afirmar que

a) possui período 𝝅.
𝟏
b) seu conjunto imagem é [− 𝟐 , 𝟎].

c) é par.
𝝅 𝝅
d) é crescente no intervalo [− 𝟒 , 𝟒 ].

72. (AFA/2017)

Considere 𝑨, 𝑩, 𝑪 e 𝑿 matrizes quadradas de ordem 𝒏 e inversíveis. Assinale a alternativa FALSA.

a) (𝑨−𝟏 )−𝟏 = 𝑨
b) (𝑨𝑩𝑪)−𝟏 = 𝑪−𝟏 𝑩−𝟏 𝑨−𝟏

c) 𝑨 𝑿 𝑪 = 𝑩 𝑿 = 𝑨−𝟏 𝑪−𝟏 𝑩
𝒅𝒆𝒕𝑨
d) 𝐝𝐞𝐭(𝟐 𝑨 𝑩−𝟏 ) = 𝟐𝒏 𝒅𝒆𝒕𝑩

73. (AFA/2016)
𝟏
𝟎 𝟐
Seja 𝑨 a matriz [ ]
𝟐 𝟎
Sabe-se que 𝑨𝒏 = ⏟𝑨⋅ 𝑨⋅𝑨 ⋅…⋅ 𝑨
𝒏 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔

Então, o determinante da matriz 𝑺 = 𝑨 + 𝑨𝟐 + 𝑨𝟑 + ⋯ + 𝑨𝟏𝟏 é igual a


a) 𝟏

b) −𝟑𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 121


Prof. Victor So

c) −𝟖𝟕𝟓

d) −𝟏𝟏

74. (AFA/2015)

Considere as seguintes simbologias em relação à matriz M:

𝑴𝒕 é a matriz transposta de 𝑴

𝑴−𝟏 é a matriz inversa de 𝑴

𝐝𝐞𝐭 𝑴 é o determinante da matriz 𝑴

Da equação (𝑿𝒕 )−𝟏 = 𝑨 ⋅ (𝑩 + 𝑪), em que 𝑨 e (𝑩 + 𝑪) são matrizes quadradas de ordem 𝒏 e


inversíveis, afirma-se que

I. 𝑿 = (𝑨−𝟏 )𝒕 ⋅ [(𝑩 + 𝑪)−𝟏 ]


𝟏
II. 𝐝𝐞𝐭 𝑿 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨⋅𝐝𝐞𝐭(𝑩+𝑪)

III. 𝑿−𝟏 = (𝑩𝒕 + 𝑪𝒕 ) ⋅ 𝑨𝒕

São corretas

a) apenas I e II

b) apenas II e III

c) apenas I e III

d) I, II, III

75. (AFA/2015)

𝟏 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙) 𝟏
Considere as funções reais 𝒇 e 𝒈 definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟐 ⋅ 𝐝𝐞𝐭 [ 𝟏 ] , 𝒈(𝒙) = 𝟐 −
𝟐𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) 𝟐
𝒇(𝒙) e marque a alternativa INCORRETA.

a) o conjunto imagem da função 𝒇 é o intervalo [𝟎, 𝟏]

b) A função 𝒈 é ímpar.
𝟏 𝝅
c) A função real 𝒉 definida por 𝒉(𝒙) = − 𝟐 + 𝒈(𝒙) possui duas raízes no intervalo [𝟎, 𝟐 ]
𝟏 𝝅
d) O período da função real 𝒋 definida por 𝒋(𝒙) = |− 𝟐 + 𝒈(𝒙)| é 𝟐

76. (AFA/2013)
Considere as matrizes 𝑨 e 𝑩, inversíveis e de ordem 𝒏, bem como a matriz identidade 𝑰.
𝟏
Sabendo que 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝟓 e 𝐝𝐞𝐭(𝑰 ⋅ 𝑩−𝟏 ⋅ 𝑨) = 𝟑, então o 𝐝𝐞𝐭[𝟑 ⋅ (𝑩−𝟏 ⋅ 𝑨−𝟏 )𝒕 ]

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 122


Prof. Victor So

a) 𝟓 ⋅ 𝟑𝒏
𝟑𝒏−𝟏
b) 𝟓𝟐
𝟑𝒏
c) 𝟏𝟓

d) 𝟑𝒏−𝟏

77. (AFA/2012)

Uma montadora de automóveis prepara três modelos de carros, a saber:

Essa montadora divulgou a matriz abaixo em que cada termo 𝒂𝒊𝒋 representa a distância percorrida,
em 𝒌𝒎, pelo modelo 𝒊, com um litro de combustível, à velocidade 𝟏𝟎𝒋 𝒌𝒎/𝒉.
𝟔 𝟕, 𝟔 𝟕, 𝟐 𝟖, 𝟗 𝟖, 𝟐 𝟏𝟏 𝟏𝟎 𝟏𝟐 𝟏𝟏, 𝟖
[𝟓 𝟕, 𝟓 𝟕 𝟖, 𝟓 𝟖 𝟏𝟎, 𝟓 𝟗, 𝟓 𝟏𝟏, 𝟓 𝟏𝟏 ]
𝟑 𝟐, 𝟕 𝟓, 𝟗 𝟓, 𝟓 𝟖, 𝟏 𝟕, 𝟒 𝟗, 𝟖 𝟗, 𝟒 𝟏𝟑, 𝟏
Com base nisso, é correto dizer que

a) para motoristas que somente trafegam a 𝟑𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.4 é o mais econômico.

b) se durante um mesmo período de tempo um carro 1.4 e um 1.8 trafegam a 𝟓𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o 1.4 será
o mais econômico.

c) para motoristas que somente trafegam à velocidade de 𝟕𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.8 é o de maior
consumo.

d) para motoristas que somente trafegam a 𝟖𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.0 é o mais econômico.

78. (AFA/2011)
𝟐 𝟑 𝟒 𝒂 𝟒 𝟑 𝟐 𝒂
𝟎 𝟎 𝟐 𝟎 𝟐 𝟎 𝟎 𝟎
Sendo [ ] = 𝟕𝟎, o valor de [ ] é:
𝟑 −𝟏 𝟏 𝒃 𝟏 −𝟏 𝟑 𝒃
−𝟏 𝟎 𝟐 𝒄 𝟕 −𝟏 𝟎 𝒃 + 𝟑𝒄
a) 280

b) 0

c) −𝟕𝟎

d) −𝟐𝟏𝟎

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 123


Prof. Victor So

GABARITO
51. c
52. c
53. e
54. e
55. a
56. a
57. b
58. d
59. d
60. a
61. d
62. b
63. c
64. a
65. c
66. b
67. d
68. d
69. b
70. d
71. c
72. c
73. d
74. b
75. c
76. b
77. d
78. d

RESOLUÇÃO
51. (EFOMM/2021)

Considere uma equação definida por:


𝒍𝒐𝒈𝒙 𝒍𝒐𝒈𝒙𝟒 𝒍𝒐𝒈𝒙𝟏𝟔
𝐝𝐞𝐭 | 𝟒𝒙 𝟏𝟔𝒙 𝟔𝟒𝒙 | = 𝟎 , ∀𝒙 > 𝟎
𝟎 𝟎 𝟐
Sabendo-se que a solução da equação acima é o número de elementos de um conjunto A, é correto
afirmar que o número de subconjuntos que se pode formar com esse conjunto é igual a

a) 0
b) 1

c) 2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 124


Prof. Victor So

d) 3

e) 4
Comentários
Calculando o valor do determinante, encontramos:
2 ⋅ 16𝑥 ⋅ log 𝑥 − 2 ⋅ 4𝑥 ⋅ log 𝑥 4 = 0
16𝑥 ⋅ log 𝑥 − 4𝑥 ⋅ (4 log 𝑥 ) = 0
log 𝑥 (42𝑥 − 4𝑥+1 ) = 0
Podemos ter:
log 𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 100 = 1
42𝑥 = 4𝑥+1 ⇒ 2𝑥 = 𝑥 + 1 ⇒ 𝑥 = 1
O conjunto A tem apenas 1 elemento, logo o número de subconjuntos é 21 = 2.
Gabarito: C
52. (EFOMM/2021)
𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒔𝒆𝒏𝒙
Dadas as matrizes reais 2x2 do tipo 𝑨(𝒙) = ( ),pode-se afirmar que:
𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙
I. 𝑨(𝒙) é inversível

II. ∃ 𝒙 ∈ [𝟎, 𝟐𝝅] tal que𝑨(𝒙). 𝑨(𝒙) = 𝑨(𝒙)

III. 𝑨(𝒙) nunca será antissimétrica.

Assinale a opção correta.

a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.

d) Apenas a afirmativa I é verdadeira.

e) Apenas a afirmativa II é verdadeira.


Comentários
I. Falsa.
Vamos calcular o determinante da matriz A:
𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
det 𝐴(𝑥) = | | = cos 2 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = cos(2𝑥)
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝜋
Se 𝑥 = 𝜋/4, temos que cos(2𝑥) = cos ( ) = 0. Logo, para esse valor 𝐴(𝑥) não é
2
inversível.
II. Verdadeira.
Vamos calcular o produto:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 125


Prof. Victor So

𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 2 2


2𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥 ) = ( 1 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
( )( ) = (cos 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 )
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥 2𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥 cos 2 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 1
Queremos saber se ∃𝑥 tal que:
1 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
( )=( )
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 1 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
cos 𝑥 = 1
{
𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
Se 𝑥 = 0, temos cos 0 = 1 e 𝑠𝑒𝑛(2 ⋅ 0) = 𝑠𝑒𝑛(0) = 0.
III. Verdadeira.
Para termos uma matriz antissimétrica, devemos ter 𝐴𝑡 = −𝐴. Uma consequência disso é
que a diagonal principal deve ser nula:
𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝐴 (𝑥 ) = ( )
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
Para anular essa diagonal, cos 𝑥 = 0 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±1.
0 ±1
𝐴 (𝑥 ) = ( )
±1 0
Porém, note que 𝐴𝑡 ≠ −𝐴.
Gabarito: C
53. (EFOMM/2020)
Seja a matriz 𝑨
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓
|𝟏 𝟒 𝟗 𝟏𝟔 𝟐𝟓 ||
|
𝟏 𝟖 𝟐𝟕 𝟔𝟒 𝟏𝟐𝟓
𝟏 𝟏𝟔 𝟖𝟏 𝟐𝟓𝟔 𝟔𝟐𝟓
Qual é o valor do determinante da matriz 𝑨?

a) 96

b) 98

c) 100

d) 144

e) 288
Comentários
A matriz do enunciado é um caso de matriz de Vandermonde, portanto, o determinante é
calculado a partir da relação:

𝐷𝑒𝑡 = ∏ (𝑎𝑗 − 𝑎𝑖 )
1≤𝑖<𝑗≤𝑛

Logo,

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 126


Prof. Victor So

𝐷𝑒𝑡(𝐴) = (5 − 4)(5 − 3)(5 − 2)(5 − 1)(4 − 3)(4 − 2)(4 − 1)(3 − 2)(3 − 1)(2 − 1)
⇒ 𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 288
Gabarito: “e”.
54. (EFOMM/2017)
𝟓 𝟎
Determine uma matriz invertível 𝑷 que satisfaça a equação 𝑷−𝟏 . 𝑨 = [ ], sendo 𝑨 =
𝟎 −𝟐
𝟏 −𝟐
[ ].
𝟑 𝟑
𝟓 𝟏𝟎

a) 𝑷 = [𝟑𝟐 𝟐
] 𝟗
−𝟗
𝟑

𝟐𝟏𝟎
b) 𝑷 = [ ]
𝟔−𝟏𝟓
𝟏 𝟐 𝟏𝟎
c) 𝑷 = 𝟏𝟎 [ ]
𝟑 −𝟑
𝟐 𝟐
−𝟗 −𝟑
d) 𝑷 = [ 𝟏𝟎 𝟓
]
− 𝟗 𝟑
𝟏
𝟏
e) 𝑷 = [𝟓𝟑 𝟑]
−𝟐
𝟓

Comentários
Do enunciado, temos a seguinte operação:
5 0
𝑃−1 ⋅ 𝐴 = [ ]
0 −2
5 0 −1
Multiplicando ambos os lados por 𝑃 pela esquerda e por [ ] pela direita.
0 −2
5 0
𝑃 ⋅ 𝑃−1 ⋅ 𝐴 = 𝑃 ⋅ [
⏟ ]
𝐼
0 −2
2
−1
5 0 5 0 5 0 −1
𝐼2 ⋅ 𝐴 ⋅ [ ] =𝑃⋅[ ]⋅[ ] =𝑃
0 −2 ⏟0 −2 0 −2
𝐼2
−1
5 0
𝑃 =𝐴⋅[ ]
0 −2
Calculando a matriz inversa:
5 0 𝑎 𝑏 1 0
[ ][ ]=[ ]
0 −2 𝑐 𝑑 0 1
1
𝑎=
5𝑎 = 1 5
5𝑏 = 0 𝑏=0
{ ⇒
−2𝑐 = 0 𝑐=0
−2𝑑 = 1 1
{ 𝑑 = −
2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 127


Prof. Victor So

1
5 0 0
Temos que a matriz inversa de [ ] é [5 1], logo:
0 −2 0 −
2
1 1
−1 0 1
5 0 1 −2
𝑃 =𝐴⋅[ ] =[ ] ⋅ [5 ] = [5 ]
0 −2 3 3 1 3 3
0 − −
2 5 2

Gabarito: “e”.
55. (EFOMM/2017)

Calcule o determinante da matriz 𝑨 de ordem 𝒏:


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟏 𝟓 𝟏 𝟏 𝑲 𝟏
𝑨= 𝟏 𝟏 𝟏 𝟕 𝟏 𝑲 𝟏
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟗 𝑲 𝟏
𝑴 𝑴 𝑴 𝑴 𝑴 𝑶 𝟏
(𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝑲 𝟐𝒏 − 𝟏)
a) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏−𝟏
𝒏=𝟏 𝟐𝒏

b) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏𝒏=𝟏 𝟐𝒏 − 𝟏
𝒏
c) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏−𝟏
𝒏=𝟏 𝟐

d) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∏𝒏𝒏=𝟏 𝟐𝒏−𝟏

e) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝟏
Comentários
Sabemos que ao realizar operações simples entre fileiras de uma matriz, o valor do
determinante não se altera, portanto, vamos subtrair a Linha 1 de todas as outras linhas:
1 1 1 1 1 ⋯ 1 1 1 1 1 1 ⋯ 1
1 3 1 1 1 ⋯ 1 0 2 0 0 0 ⋯ 0
|1 1 5 1 1 ⋯ 1 | |0 0 4 0 0 ⋯ 0 |
1 1 1 7 1 ⋯ 1 = 0 0 0 6 0 ⋯ 0
|1 1 1 1 9 ⋯ 1 | |0 0 0 0 8 ⋯ 0 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 1 ⋯ 2𝑛 − 1 0 0 0 0 0 ⋯ 2𝑛 − 2
Observe que obtemos uma matriz triangular, logo, o determinante será o produto da
diagonal principal:
𝑛−1
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 1 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ ⋯ ⋅ (2𝑛 − 2) = ∏ 2𝑛
𝑛=1

Gabarito: “a”.
56. (EFOMM/2015)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 128


Prof. Victor So

Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) uma matriz quadrada de ordem 3, onde cada termo é dado pela lei
𝟑𝒙𝟑
−𝒊 + 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 + 𝒋 é 𝒑𝒂𝒓
𝒂𝒊𝒋 = {
𝒊 − 𝒋, 𝒔𝒆 𝒊 + 𝒋 é í𝒎𝒑𝒂𝒓
Pode-se afirmar que o valor de 𝐝𝐞𝐭 𝑨 é

a) 0.

b) -12.

c) 12.

d) 4.

e) -4
Comentários
De acordo com a lei de formação, obtemos a seguinte matriz A:
𝑖 + 𝑗 (𝑝𝑎𝑟) = 𝑎𝑧𝑢𝑙
𝑖 + 𝑗 (í𝑚𝑝𝑎𝑟) = 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜
𝑎11 𝑎12 𝑎13 −1 + 1
1 − 2 −1 + 3 0 −1 2
𝑎
𝐴 = ( 21 𝑎22 𝑎23 ) = ( 2 − 1
−2 + 2 2 − 3 ) = ( 1 0 −1)
𝑎31 𝑎32 𝑎33 −3 + 1
3 − 2 −3 + 3 −2 1 0
Calculando o determinante da matriz A, obtemos:
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 0 + (−1)(−1)(−2) + (2)(1)(1) = 0
Gabarito: “a”.
57. (EFOMM/2015)

Sabendo-se que
𝟏
𝒆 𝝅 √𝟐 𝟑𝟑 𝟏
𝟐 −𝟑 𝟒 −𝟓 𝟔
𝒅𝒆𝒕 𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓 = 𝒂,
𝟎 −𝟏 𝟑 𝟓 𝟏𝟐
(𝟑 𝟏 𝟐 𝟎 𝟒)
calcule, em função de 𝒂,
𝟏
𝟐𝒆 𝟐𝝅 √𝟖 𝟐𝟒𝟑 𝟐
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓
𝒅𝒆𝒕 𝟏 −𝟑 𝟒 −𝟓 𝟔 .
𝟎 −𝟏 𝟑 𝟓 𝟏𝟐
(𝟑 𝟎 𝟓 𝟓 𝟏𝟔)
a) 𝟐𝒂.

b) −𝟐𝒂.
c) 𝒂.

d) −𝒂.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 129


Prof. Victor So

e) 𝟑𝒂.
Comentários
Primeiramente, nominaremos de 𝐴 a matriz que o enunciado pede para ser analisada:
1
2𝑒 2𝜋 √8 243 2
1 2 3 4 5
𝐴= 1 −3 4 −5 6
0 −1 3 5 12
(3 0 5 5 16)
Fatorando os valores da primeira linha de 𝐴, obtemos:
3 1
(2)𝑒 (2)𝜋 (2)√2 (23 ) 33 (2 )1
1 2 3 4 5
𝐴=
1 −3 4 −5 6
0 −1 3 5 12
( 3 0 5 5 16 )
Observe que toda a primeira linha é múltipla de 2, portanto, podemos isolar o 2 como um
fator da matriz:
1
𝑒 𝜋 √2 33 1
1 2 3 4 5
𝑥 = 2 ⋅ 𝑑𝑒𝑡 1 −3 4 −5 6
0 −1 3 5 12
(3 0 5 5 16)
Sabemos que ao realizar operações simples entre filas de uma matriz, o valor do
determinante não se altera, portanto, vamos subtrair a linha 4 da linha 5:
1 1
𝑒 𝜋 √2 33 1 𝑒 𝜋 √2 33 1
1 2 3 4 5 𝐿5=𝐿5−𝐿4 1 2 3 4 5
det 1 −3 4 −5 6 → 𝑑𝑒𝑡 1 −3 4 −5 6
0 −1 3 5 12 0 −1 3 5 12
(3 0 5 5 16 ) (3 0 − (−1) 5 − (3) 5 − (5) 16 − (12))
Logo,
1 1
𝑒 𝜋 √2 33 1 𝑒 𝜋 √2 33 1
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
𝑥 = 2 ⋅ det 1 −3 4 −5 6 = 2 ⋅ det 1 −3 4 −5 6
0 −1 3 5 12 0 −1 3 5 12
(3 0 5 5 16) (3 1 2 0 4)
Sabemos também que para trocar duas filas em qualquer matriz, devemos inverter o sinal
do determinante. Assim, trocando a segunda linha com a terceira, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 130


Prof. Victor So

1 1
𝑒 𝜋 √2 33 1 𝑒 𝜋 √2 33 1
1 2 3 4 5 1 −3 4 −5 6
det 1 −3 4 −5 6 = −1 ⋅ det 1 2 3 4 5
0 −1 3 5 12 0 −1 3 5 12
(3 1 2 0 4) ( 3 1 2 0 4)
Portanto,
1
𝑒 𝜋 √2 33 1
1 −3 4 −5 6
𝑥 = 2 ⋅ (−1) ⋅ det 1 2 3 4 5 = 2 ⋅ (−1) ⋅ 𝑎 = −2𝑎
0 −1 3 5 12
(3 1 2 0 4)
𝑥 = −2𝑎
Gabarito: “b”.
58. (EFOMM/2013)
𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟏 𝝅
Se 𝐝𝐞𝐭 |𝒔𝒆𝒏 𝒚 𝐜𝐨𝐬 𝒚 | = − , então o valor de 𝟑𝒔𝒆𝒏 (𝒙 + 𝒚) + 𝒕𝒈(𝒙 + 𝒚) − 𝐬𝐞𝐜 (𝒙 + 𝒚), para ≤
𝟑 𝟐
𝒙 + 𝒚 ≤ 𝝅, é igual a:

a) 𝟎

b) 𝟏/𝟑

c) 𝟐

d) 𝟑

e) 𝟏/𝟐
Comentários
cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 1
Vamos calcular a equação 𝑑𝑒𝑡 |𝑠𝑒𝑛 𝑦 cos 𝑦 | = − 3:
cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑑𝑒𝑡 |𝑠𝑒𝑛 𝑦 cos 𝑦 | = cos 𝑥 cos 𝑦 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦
Temos da trigonometria:
cos(𝑥 + 𝑦) = cos 𝑥 cos 𝑦 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦
Logo:
cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 1
𝑑𝑒𝑡 |𝑠𝑒𝑛 𝑦 cos 𝑦 | = cos ( 𝑥 + 𝑦 ) = −
3
𝜋
A partir da restrição ≤ 𝑥 + 𝑦 ≤ 𝜋, temos que:
2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 131


Prof. Victor So

1 2√2
𝑠𝑒𝑛(𝑥 + 𝑦) = √1 − =
9 3
sec(𝑥 + 𝑦) = − 3
2√2
)(
𝑠𝑒𝑛(𝑥 + 𝑦) 3
𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) = = = −2√2
cos (𝑥 + 𝑦) 1
{ −
3
Assim, temos:
2√2
3𝑠𝑒𝑛 (𝑥 + 𝑦) + 𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) − sec(𝑥 + 𝑦) = 3 ( ) − 2√2 − (−3)
3
3𝑠𝑒𝑛 (𝑥 + 𝑦) + 𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) − sec(𝑥 + 𝑦) = 3
Gabarito: “d”.
59. (EFOMM/2010)
𝟏 𝟐 𝟏 𝟎 𝟏 −𝟐 −𝟑 𝟕
𝟎 𝟐 −𝟐 𝟒 𝟎 𝟏 𝟏 −𝟑
Sejam as matrizes 𝑨 = [ ], 𝑩 = [ ] e 𝑿 = 𝑨𝑩. O determinante da
𝟎 𝟎 𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 −𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟑 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
−𝟏
matriz 𝟐 ⋅ 𝑿 é igual a
𝟏
a)
𝟔
𝟏
b)
𝟑

c) 𝟏
𝟖
d)
𝟑

e) 𝟔
Comentários
De acordo com o enunciado, é necessário resolver o determinante de 2 ⋅ 𝑋 −1 , logo, temos:
1 24
det(2 ⋅ 𝑋 −1 ) = 24 ⋅ det(𝑋 −1 ) = 24 ⋅ =
det 𝑋 det 𝑋
24 24 24
⇒ = =
det 𝑋 det 𝐴𝐵 det 𝐴 det 𝐵
Assim, obtemos a seguinte relação:
24
det(2 ⋅ 𝑋 −1 ) =
det 𝐴 det 𝐵
Calculando os determinantes separadamente de A e B, que são matrizes triangulares,
temos:
det 𝐴 = 2 ⋅ 3 = 6
{
det 𝐵 = 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 132


Prof. Victor So

Portanto:
24 23 8
𝐷𝑒𝑡(2 ⋅ 𝑋 −1 ) = = =
6⋅1 3 3
Gabarito: “d”.
60. (EFOMM/2006)
𝟏 𝟐 𝟐 𝟎
Se 𝑴 = [ ]e𝑵=[ ] então 𝑴𝑵 − 𝑵𝑴 é
𝟎 𝟏 𝟏 𝟏
𝟐 −𝟐
a) [ ]
𝟎 −𝟐
𝟎 𝟎
b) [ ]
𝟎 𝟎
𝟏 𝟎
c) [ ]
𝟎 𝟏
𝟒 𝟐
d) [ ]
𝟏 𝟏
Comentários
Calculando 𝑀𝑁:
1 2 2 0 2+2 0+2 4 2
[ ]⋅[ ]=[ ]=[ ]
0 1 1 1 0+1 0+1 1 1
Calculando 𝑀𝑁:
2 0 1 2 2+0 4+0 2 4
[ ]⋅[ ]=[ ]=[ ]
1 1 0 1 1+0 1+2 1 3
Portanto:
4 2 2 4 2 −2
𝑀𝑁 − 𝑁𝑀 = [ ]−[ ]=[ ]
1 1 1 3 0 −2
Gabarito: “a”.
61. (EFOMM/2006)
𝟏
𝒔𝒆𝒏𝟐𝜶 (𝒔𝒆𝒏 𝜶 + 𝐜𝐨𝐬 𝜶)𝟐 𝒃) são iguais, então os números 𝒂, 𝒃 e 𝒄
Se as matrizes ( ) e ( 𝟐
𝒄𝒐𝒔𝟐𝜶 |𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶| 𝒂 𝒄
valem, respectivamente:
√𝟑 𝟏
a) , e𝟏
𝟐 𝟐
𝟏 √𝟑
b) , e𝟎
𝟐 𝟐
𝟏 √𝟑
c) 𝟏, 𝟐 e
𝟐
√𝟑 𝟑
d) , e𝟏
𝟐 𝟐
𝟑 𝟏 √𝟑
e) , 𝒆
𝟐 𝟐 𝟐

Comentários
De acordo com o enunciado, temos o seguinte sistema:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 133


Prof. Victor So

1
𝑠𝑒𝑛2𝛼 =
2
𝑐𝑜𝑠2𝛼 = 𝑎
(𝑠𝑒𝑛 𝛼 + cos 𝛼)2 = 𝑏
{|𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + cos2 𝛼| = 𝑐
Da relação fundamental, temos:
𝑠𝑒𝑛2 2𝛼 + cos2 2𝛼 = 1
Logo:
1 3 √3
+ 𝑎2 = 1 ⟹ 𝑎2 = ⟹ 𝑎 = ±
4 4 2
Temos também da seguinte relação:
|𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + cos2 𝛼| = 𝑐
|1 | = 𝑐
𝑐=1
Outra incógnita que pode ser obtida pela terceira equação do sistema:
(𝑠𝑒𝑛 𝛼 + cos 𝛼)2 = 𝑏
𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 2𝑠𝑒𝑛 𝛼 cos 𝛼 + cos2 𝛼 = 𝑏
2

𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + cos2 𝛼 + 2𝑠𝑒𝑛 𝛼 cos 𝛼 = 𝑏


⇒ 1 + 2𝑠𝑒𝑛 𝛼 cos 𝛼 = 𝑏
Sabemos que 2 cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 2𝑥, logo:
1 + 2𝑠𝑒𝑛 𝛼 cos 𝛼 = 𝑏
⇒ 1 + 𝑠𝑒𝑛 2𝛼 = 𝑏
1
1+ =𝑏
2
3
⇒𝑏=
2
Portanto:
√3
𝑎= ±
2
3
𝑏=
2
{ 𝑐=1
Gabarito: “d”.
62. (EFOMM/2005)
𝟏 𝟎
𝟎 𝟏 𝟐
Dadas as matrizes 𝑨 = [−𝟏 −𝟏] e 𝑩 = [ ] e considerando 𝒏 = 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝑩), determine 𝟕𝒏 .
𝟑 𝟒 𝟓
𝟏 𝟏
a) 𝟎

b) 𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 134


Prof. Victor So

c) 𝟐

d) 𝟑

e) 𝟒
Comentários
Primeiramente, calculemos a matriz 𝐴𝐵:
1 0 0+0 1+0 2+0 0 1 2
0 21
[
𝐴𝐵 = −1 −1] ⋅ [ ] = [0 − 3 ] [
−1 − 4 −2 − 5 = −3 −5 −7]
3 54
1 1 0+3 1+4 2+5 3 5 7
0 1 2
𝐴𝐵 = [−3 −5 −7]
3 5 7
Pelo enunciado, temos que 𝑛 = 𝐷𝑒𝑡(𝐴𝐵).
Calculando o determinante de AB, obtemos 𝐷𝑒𝑡(𝐴𝐵) = 0, por outro lado, observe que na
matriz AB temos −𝐿2 = 𝐿3 , ou seja, a segunda linha é múltipla da terceira. Assim:
𝑛 = 𝐷𝑒𝑡(𝐴𝐵) = 0
O enunciado pede como resposta:
7𝑛 = 70 = 1
Notas: Ao analisar as alternativas da questão e também que os números envolvidos são
somente do conjunto dos inteiros, a única alternativa que é cabível como resposta é 1, pois
nenhuma das outras alternativas é composta de potencias de 7.
Gabarito: “b”.
63. (Escola Naval/2019)
𝟏 𝟏 𝟏
Seja a matriz 𝑴 = [𝟏 𝟎 𝟎] onde 𝑴𝒏 = 𝑴 𝒙 𝑴 𝒙 𝑴 … 𝒙 𝑴, com 𝒏 fatores, 𝒙 a soma dos
𝟎 𝟏 𝟎
elementos da 1ª coluna de 𝑴𝟏𝟐 e 𝒚 a soma dos elementos da 𝟑ª coluna de 𝑴𝟏𝟐 . Nesse caso, o valor
de 𝒙 − 𝒚 é:

a) 𝟓𝟎𝟒

b) 𝟗𝟐𝟕

c) 𝟕𝟕𝟖

d) 𝟏𝟒𝟑𝟏

e) 𝟏𝟕𝟎𝟓
Comentários
De acordo com o enunciado, temos uma matriz 𝑀𝑛 . Vamos supor que 𝑀12 seja da forma
a seguir:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 135


Prof. Victor So

𝑎11 𝑎12 𝑎13


𝑀 12
= [𝑎21 𝑎22 𝑎23 ]
𝑎31 𝑎32 𝑎33
1
Multiplicando a matriz por 𝑋 = [ 0 ], obtemos:
−1
𝑎11 𝑎12 𝑎13 1 𝑎11 − 𝑎13
𝑀 × 𝑋 = [𝑎21 𝑎22 𝑎23 ] × [ 0 ] = [𝑎21 − 𝑎23 ]
12

𝑎31 𝑎32 𝑎33 −1 𝑎31 − 𝑎33


Assim, resolvendo a matriz 𝑀12 × 𝑋:
6
1 1 1 12 1 1 1 12 1 2 2 16 1
[1 0 0] × [ 0 ] = ([1 0 0] ) × [ 0 ] = [1 1 1] × [ 0 ]
0 1 0 −1 0 1 0 −1 1 0 0 −1
Resolvendo sequencialmente a partir da matriz 𝑋3𝑥1 :
2 2 15 2 2 1 1 2 2 1 5 1
[1 1 1] × [1 1 1] × [ 0 ] = [1 1 1] × [0]
1 0 0 1 0 0 −1 1 0 0 1
2 2 1 4 2 2 1 1 2 2 14 3
[1 1 1] × [1 1 1] × [0] = [1 1 1] × [2]
1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1
3
2 2 1 2 2 1 3 2 2 13 11
[1 1 1] × [1 1 1] × [2] = [1 1 1 ] × [ 6]
1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 3
2 2 1 2 2 2 1 11 2 2 12 37
[1 1 1] × [1 1 1] × [ 6 ] = [1 1 1] × [20]
1 0 0 1 0 0 3 1 0 0 11
2 2 11 2 2 1 37 2 2 1 125
[1 1 1 ] × [1 1 1 ] × [ 20 ] = [1 1 1 ] × [ 68 ]
1 0 0 1 0 0 11 1 0 0 37
2 2 1 125 423
[1 1 1] × [ 68 ] = [ 230 ]
1 0 0 37 125
423
Portanto, temos que a matriz resultante da multiplicação 𝑀12 × 𝑋 é [ 230 ], somando
125
todos os termos da matriz coluna, obtemos 𝑥 − 𝑦 = 778.
Gabarito: “c”.
64. (Escola Naval/2018)

Dadas as matrizes:
𝟏 𝟐 −𝟏
𝑨 = [𝟏 𝟎 𝟏 ], 𝒙 = [𝟐 𝟏𝟑 𝟔𝟓] e 𝑩 = 𝒙𝑻 ⋅ 𝒙. Qual é o valor do determinante de 𝟐 ⋅ 𝑨−𝟏 ⋅ 𝑩𝟐 ?
𝟏 −𝟏 𝟏
a) 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 136


Prof. Victor So

b) 4

c) 8

d) 3380

e)13520
Comentários
Primeiramente, vamos calcular a matriz 𝐵 = 𝑥 𝑇 ⋅ 𝑥:
2 22 2 ⋅ 13 2 ⋅ 65
𝑇
𝐵 = 𝑥 ⋅ 𝑥 = [13] [2 13 65] = [13 ⋅ 2 132 13 ⋅ 65]
65 65 ⋅ 2 65 ⋅ 13 652
Assim, temos:
22 2 ⋅ 13 2 ⋅ 65 2 13 65
det 𝐵 = |13 ⋅ 2 2 | = 2 ⋅ 13 ⋅ 65 ⋅ | 2 13 65|
13 13 ⋅ 65
2 2 13 65
65 ⋅ 2 65 ⋅ 13 65
Como as colunas são iguais, temos:
2 13 65
|2 13 65| = 0
2 13 65
Portanto:
det 𝐵 = 0
Calculando o valor de 𝐷𝑒𝑡(2 ⋅ 𝐴−1 ⋅ 𝐵2 ):
det(2 ⋅ 𝐴−1 ⋅ 𝐵2 ) = 𝐷𝑒𝑡(2 ⋅ 𝐴−1 ) ⋅ 𝐷𝑒𝑡(𝐵)2 = 𝐷𝑒𝑡(2 ⋅ 𝐴−1 ) ⋅ (0) = 0
Gabarito: “a”.
65. (Escola Naval/2015)
𝒙𝟐 𝒙 − 𝟏 𝒙 −𝟐
𝟑
Uma função 𝒚 = 𝒇(𝒙) é definida pelo determinante da matriz 𝑨 = [ 𝒙 𝒙 𝒙 𝟏 − 𝒙] em
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎
𝒙 𝟏 𝟎 −𝟏
cada 𝒙 ∈ ℝ tal que 𝑨 é invertível. É correto afirmar que o conjunto imagem de 𝒇 é igual a

a) (−∞, 𝟒]

b) ℝ − {𝟎, 𝟒}

c) (−∞, 𝟒] − {𝟎}

d) (−∞, 𝟒)

e) [𝟒, +∞)
Comentários
O enunciado pede para determinarmos todos os valores para os quais a matriz 𝐴 é
invertível.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 137


Prof. Victor So

Para isso, devemos calcular o determinante de 𝐴.


Aplicando o Teorema de Laplace na linha 3, obtemos:
𝑥2 𝑥−1𝑥 −2
3 𝑥−1 𝑥 −2
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = |𝑥 𝑥 𝑥 1 − 𝑥 | = (−1)3+1 |
𝑥 𝑥 1 − 𝑥|
1 0 0 0
1 0 −1
𝑥 1 0 −1
𝑥−1 𝑥 −2
( )
𝐷𝑒𝑡 𝐴 = | 𝑥 𝑥 1 − 𝑥 | = −𝑥 2 + 4𝑥
1 0 −1
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = −𝑥 2 + 4𝑥
Veja que 𝐴 é invertível para todo valor de 𝑥 tal que 𝐷𝑒𝑡(𝐴) ≠ 0. Portanto, para os valores
de 𝑥 = 4 𝑒 𝑥 = 0, não há inversa de A.
O conjunto imagem de 𝑓 será:
Δ 42
𝑦𝑣 = − =− =4
4𝑎 4(−1)
Basta eliminar o zero da imagem:
𝐼𝑚(𝑓) = (−∞, 4] − {0}
Gabarito: “c”.
66. (Escola Naval/2014)
𝟒 (𝟏𝟔)𝒚 −𝟏 (𝟒)(𝟐𝒚−𝟏) 𝟐−𝟏 ]
Considere as matrizes 𝑹=[ ]; 𝑺 = [ 𝟏𝒙 e 𝑻=
𝟗𝒙 𝒂 𝟎 𝟑 𝒃 𝟏
[𝒃 (𝟐)(𝟐𝒚−𝟏) − 𝟏𝟎 𝒄 ].
𝟐𝟕 𝟏𝟑 −𝟔
A soma dos quadrados das constantes reais 𝒙, 𝒚, 𝒂, 𝒃, 𝒄 que satisfazem à equação matricial 𝑹 − 𝟔𝑺 =
𝑻é

a) 𝟐𝟑

b) 𝟐𝟔

c) 𝟐𝟗

d) 𝟑𝟐

e) 𝟒𝟎
Comentários
De acordo com o enunciado, temos:
4 (16)𝑦 −1 (2𝑦−1)
2−1 ]
𝑅 − 6𝑆 = [ 𝑥 ] − 6 [ 1𝑥 (4)
9 𝑎 0 3 𝑏 1
4−6⋅1
𝑅 − 6𝑆 = [ 2𝑥 24𝑦 − 6 ⋅ 24𝑦−2 −1 − 6 ⋅ 2−1 ]
𝑥
3 −6⋅3 𝑎 − 6𝑏 −6

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 138


Prof. Victor So

24𝑦
𝑅 − 6𝑆 = [ −2 − −4]
2
32𝑥 − 6 ⋅ 3𝑥 𝑎 − 6𝑏 −6
Do enunciado, 𝑅 − 6𝑆 = 𝑇:
24𝑦
[ −2 − −4] = [ 𝑏 (2)(2𝑦−1) − 10 𝑐 ]
2 27 13 −6
2𝑥 𝑥
3 − 6 ⋅ 3 𝑎 − 6𝑏 −6
Com essa relação, obtemos:
𝑏 = −2
24𝑦
− = (2)(2𝑦−1) − 10
2
𝑐 = −4
3 − 6 ⋅ 3 𝑥 = 33
2𝑥
{ 𝑎 − 6𝑏 = 13
Da segunda equação:
24𝑦
− = (2)(2𝑦−1) − 10 ⇒ (22𝑦 )2 + 22𝑦 − 20 = 0
2
Fazendo a mudança de variável:
−1 ± √81 −1 ± 9
22𝑦 = 𝑡 ⇒ 𝑡 2 + 𝑡 − 20 = 0 ⇒ 𝑡 = =
2 2
𝑡1 = −5 ⇒ 22𝑦 = −5 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
𝑡2 = 4 ⇒ 22𝑦 = 4 = 22 ⇒ 2𝑦 = 2 ⇒ 𝑦 = 1
Da terceira equação, fazendo 3𝑥 = 𝑢:
32𝑥 − 6 ⋅ 3𝑥 = 33 ⇒ 𝑢2 − 6𝑢 − 27 = 0 ⇒ 𝑢 = 3 ± √36 = 3 ± 6
𝑢1 = 9 ⇒ 3𝑥 = 9 = 32 ⇒ 𝑥 = 2
𝑢2 = −3 ⇒ 3𝑥 = −3 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
Da última equação:
𝑎 − 6𝑏 = 13 ⇔ 𝑎 + 12 = 13 ⇔ 𝑎 = 1
Logo, temos as soluções:
𝑏 = −2
𝑦=1
𝑐 = −4
𝑥=2
{𝑎=1
Portanto, temos que a soma dos quadrados é:
𝑏2 + 𝑦 2 + 𝑐 2 + 𝑥 2 + 𝑎2 = (−2)2 + 1 + (−4)2 + (2)2 + 1 = 26
Gabarito: “b”.
67. (Escola Naval/2014)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 139


Prof. Victor So

𝝅
Sejam 𝑨 a matriz quadrada de ordem 𝟐 definida por 𝑨 = [𝟐 𝐜𝐨𝐬 (𝟐𝒙 − 𝟐 ) 𝐜𝐨𝐬 (𝒙 + 𝝅)] e 𝒇 a
𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝟏
função real da variável real tal que 𝒇(𝒙) = |𝐝𝐞𝐭 (𝑨 + 𝑨𝑻 )|, onde 𝑨𝑻 representa a matriz transposta
de 𝑨. O gráfico que melhor representa a função 𝒚 = 𝒇(𝒙) no intervalo −𝝅 ≤ 𝒙 ≤ 𝝅 é

a)

b)

c)

d)

e)

Comentários
Primeiramente, simplificaremos a matriz A através do uso das seguintes identidades
trigonométricas:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 140


Prof. Victor So

𝜋
𝑐𝑜𝑠 (2𝑥 − ) = 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
{ 2
cos(𝑥 + 𝜋) = − cos(𝑥)
Assim, temos que:
𝜋
2 cos (2𝑥 − ) cos (𝑥 + 𝜋)] 2𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − cos(𝑥)
𝐴=[ 2 =[ ]
cos 𝑥 1 cos 𝑥 1
Calculando 𝐷𝑒𝑡(𝐴 + 𝐴𝑡 ):
2𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − cos(𝑥) 2𝑠𝑒𝑛(2𝑥) cos(𝑥)
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]
cos 𝑥 1 − cos 𝑥 1
4𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]
0 2
⟹ 𝐷𝑒𝑡(𝐴 + 𝐴𝑡 ) = 8𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
Portanto, 𝑓 (𝑥) = |8𝑠𝑒𝑛(2𝑥)|, que tem período de
2𝜋⁄2 𝜋
𝑇=
=
2 2
Outros pontos a serem observados são:
𝑓 é 𝑠𝑒𝑛𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎
{ 𝑓 (0) = |8𝑠𝑒𝑛(0)| = |0| = 0
𝑓 (𝜋) = |8𝑠𝑒𝑛(2𝜋)| = |8 ⋅ 0| = 0
Gabarito: “d”.
68. (Escola Naval/2013)
𝟏 𝟏 𝟐 𝟓 𝟎 −𝟑
Sejam 𝑨 = ( )e𝑩=( ) e 𝑩𝒕 a transposta de 𝑩. O produto da matriz 𝑨 pela
𝟒 −𝟑 𝟎 𝟏 −𝟐 𝟔
matriz 𝑩𝒕 é
𝟗 𝟐 𝟏𝟎
a) (−𝟖 𝟔 𝟎)
𝟐𝟏 −𝟐𝟏 −𝟔
𝟓 𝟎 −𝟔
b) ( )
𝟒 𝟔 𝟎
𝟓 𝟒
c) ( 𝟎 𝟔)
−𝟔 𝟎
−𝟏 𝟏𝟏
d) ( )
𝟐𝟎 𝟏𝟎
−𝟏 𝟏𝟎
e) ( )
−𝟐 𝟏
Comentários
Transpondo a matriz 𝐵, obtemos:
5 1
5 0 −3 𝑡
𝐵𝑡 = [ ] =[ 0 −2]
1 −2 6
−3 6

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 141


Prof. Victor So

De acordo com o enunciado, realiza-se a multiplicação matricial a seguir:


5 1
1 1
2
𝐴×𝐵 =[ ] [ 0 −2] =
4 −3
0
−3 6
1 ⋅ 5 + 1 ⋅ 0 + 2 ⋅ (−3) 1 ⋅ 1 + 1 ⋅ (−2) + 2 ⋅ 6
⟹𝐴×𝐵 =[ ]
4 ⋅ 5 + (−3) ⋅ 0 + 0 ⋅ (−3) 4 ⋅ 1 + (−3) ⋅ (−2) + 0 ⋅ 6
−1 11
⟹𝐴×𝐵 = [ ]
20 10
Gabarito: “d”.
69. (AFA/2019)

Considere as matrizes
𝒔𝒆𝒏 𝒙 −𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
𝑨=[ ]e𝑩= [ ]
−𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟏 −𝟑
Se o determinante do produto matricial 𝑨𝑩 é um número real positivo ou nulo, então os valores de
x, no ciclo trigonométrico, que satisfazem essa condição estão representados em:

a)

b)

c)

d)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 142


Prof. Victor So

Comentários
De acordo com o enunciado devemos resolver a equação 𝐷𝑒𝑡(𝐴𝐵) ≥ 0, para isso,
sabemos que no determinante da multiplicação de matrizes vale a seguinte relação:
𝐷𝑒𝑡(𝐴 ⋅ 𝐵) = 𝐷𝑒𝑡(𝐴) ⋅ 𝐷𝑒𝑡(𝐵)
Realizando os determinantes individuais, obtemos:
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 − 1 e 𝐷𝑒𝑡(𝐵) = −4𝑠𝑒𝑛 𝑥
Portanto:
𝐷𝑒𝑡(𝐴 ⋅ 𝐵) = (𝑠𝑒𝑛2 𝑥 − 1) ⋅ (−4𝑠𝑒𝑛 𝑥) ≥ 0
Substituindo 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑡, temos:
(−4𝑡 )(𝑡 2 − 1) ≥ 0
(4𝑡 )(𝑡 2 − 1) ≤ 0
𝑖: 4𝑡 → 𝑡 = 0
{
𝑖𝑖: (𝑡 2 − 1) → 𝑡 = ±1
Pelo estudo do sinal, obtemos

Procurando os resultados menores que zero, temos que:


𝑡 ≤ −1 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ≤ −1 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝑥 = −1
{ ⟹{
0≤𝑡≤1 0 ≤ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ≤ 1
Assim, obtemos o intervalo na representação pelo ciclo trigonométrico:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 143


Prof. Victor So

Gabarito: “b”.
70. (AFA/2018)
𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
𝟐 𝒂 𝟎 𝟏
Sejam 𝒂 e 𝒃 números positivos tais que o determinante da matriz [ ] vale 24.
𝟏 −𝟏 𝒃 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
√𝒃 √𝟐] é igual a
Dessa forma o determinante da matriz [
√𝟑 √𝒂
a) 𝟎

b) 𝟔

c) −𝟔

d) √𝟔
Comentários
Seja A, a matriz do enunciado, aplicando o teorema de Laplace na linha 𝐿4 , obtemos:
1 0 0
𝐷𝑒𝑡 (𝐴) = (−1)4+4 ⋅ 1 ⋅ |2 𝑎 0|
1 −1 𝑏
Observe que a matriz obtida é triangular, logo
1 0 0
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = |2 𝑎 0| = 1 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑏 = 24
1 −1 𝑏
⟹ 𝑎𝑏 = 24
Por outro lado, temos:
√𝑏 √2|
| = √𝑎𝑏 − √6 = √24 − √6 = 2√6 − √6 = √6
√3 √𝑎

Gabarito: “d”.
71. (AFA/2017)
𝟏 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒔𝒆𝒏 𝒙
Seja a matriz 𝑨 = ( 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝟏 𝟎 ).
𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟐 𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 144


Prof. Victor So

Considere a função 𝒇: ℝ → ℝ definida por 𝒇(𝒙) = 𝐝𝐞𝐭 𝑨.


𝟏
Sobre a função 𝒈: ℝ → ℝ definida por 𝒈(𝒙) = 𝟏 − 𝟐 ⋅ |𝒇(𝒙)|, em que |𝒇(𝒙)| é o módulo de 𝒇(𝒙), é
correto afirmar que

a) possui período 𝝅.
𝟏
b) seu conjunto imagem é [− 𝟐 , 𝟎].

c) é par.
𝝅 𝝅
d) é crescente no intervalo [− 𝟒 , 𝟒 ].

Comentários
Primeiramente, vamos calcular det 𝐴;
1 cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
| cos 𝑥 1 0 | = 2 cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥)
𝑠𝑒𝑛 𝑥 2 1
𝑓 (𝑥) = det 𝐴 = 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥)
1
𝑔 (𝑥 ) = 1 − |𝑠𝑒𝑛 (2𝑥)|
2
Analisando as alternativas:
a) (F) O período da função 𝑓 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 é 2𝜋⁄2 = 𝜋, porém, na análise da função
|𝑠𝑒𝑛 2𝑥|, pela presença do módulo, obtemos a metade do período devido, portanto, o
período da função 𝑔 é
2𝜋⁄2 𝜋
𝑇𝑔 = =
2 2
b) (F)
0 ≤ |𝑠𝑒𝑛 2𝑥| ≤ 1
1 1
0 ≤ |𝑠𝑒𝑛 2𝑥| ≤
2 2

1 1
− ≤ − |𝑠𝑒𝑛 2𝑥| ≤ 0
2 2
1 1
1 − ≤ 1 − |𝑠𝑒𝑛 2𝑥| ≤ 1
2 2
1
≤ 𝑔(𝑥) ≤ 1
2
1
Logo, 𝐼𝑚(𝑔) = [ ; 1].
2
1
c) (V) Verifica-se que a função 𝑔(𝑥) = 1 − |𝑠𝑒𝑛 2𝑥| é par, pois 𝑔(−𝑥) = 𝑔(𝑥).
2
𝜋 1 1
𝑆𝑒 𝑥 = − , 𝑔(𝑥) = 1 − =
4 2 2
d) (F) { 𝑆𝑒 𝑥 = 0, 𝑔(𝑥) = 1
𝜋 1 1
𝑆𝑒 𝑥 = , 𝑔(𝑥) = 1 − =
4 2 2
Logo, é crescente e decrescente no intervalo dado.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 145


Prof. Victor So

Gabarito: “c”.
72. (AFA/2017)

Considere 𝑨, 𝑩, 𝑪 e 𝑿 matrizes quadradas de ordem 𝒏 e inversíveis. Assinale a alternativa FALSA.

a) (𝑨−𝟏 )−𝟏 = 𝑨

b) (𝑨𝑩𝑪)−𝟏 = 𝑪−𝟏 𝑩−𝟏 𝑨−𝟏

c) 𝑨 𝑿 𝑪 = 𝑩 𝑿 = 𝑨−𝟏 𝑪−𝟏 𝑩
𝒅𝒆𝒕𝑨
d) 𝐝𝐞𝐭(𝟐 𝑨 𝑩−𝟏 ) = 𝟐𝒏 𝒅𝒆𝒕𝑩

Comentários
a) Da definição de matriz inversível: 𝑫−𝟏 ⋅ 𝑫 = 𝑰𝒏 . Seja 𝑫 = 𝑨−𝟏 , assim, temos:

(𝑨−𝟏 )−𝟏 ⋅ (𝑨−𝟏 ) = 𝑰𝒏


Multiplicando à direita por 𝑨:
(𝑨−𝟏 )−𝟏 ⋅ ⏟
(𝑨−𝟏 ) ⋅ 𝑨 = 𝑨
𝑰𝒏

∴ (𝑨−𝟏 )−𝟏 = 𝑨
Portanto, VERDADEIRA.
b) Da propriedade (𝑨𝑩)−𝟏 = 𝑩−𝟏 𝑨−𝟏 :
−𝟏
(𝑨𝑩𝑪)−𝟏 = ((𝑨𝑩)𝑪) = 𝑪−𝟏 (𝑨𝑩)−𝟏

⟹ 𝑪−𝟏 (𝑨𝑩)−𝟏 = 𝑪−𝟏 (𝑩−𝟏 𝑨−𝟏 )

∴ (𝑨𝑩𝑪)−𝟏 = 𝑪−𝟏 𝑩−𝟏 𝑨−𝟏


Portanto, VERDADEIRA.
c) De 𝑨 𝑿 𝑪 = 𝑩, temos:

𝑨𝑿𝑪=𝑩
(𝑨−𝟏 ) ⋅ 𝑨 𝑿 𝑪 ⋅ (𝑪−𝟏 ) = (𝑨−𝟏 ) ⋅ 𝑩 ⋅ (𝑪−𝟏 )

((𝑨−𝟏 ) ⋅ 𝑨 ) 𝑿 (𝑪 ⋅ (𝑪−𝟏 )) = 𝑨−𝟏 𝑩𝑪−𝟏

(𝑰𝒏 )𝑿 (𝑰𝒏 ) = 𝑨−𝟏 𝑩𝑪−𝟏

𝑿 = 𝑨−𝟏 𝑩𝑪−𝟏
Portanto, FALSA.
d) Da propriedade 𝑫𝒆𝒕(𝑨 ⋅ 𝑩) = 𝑫𝒆𝒕(𝑨) ⋅ 𝑫𝒆𝒕(𝑩) e 𝑫𝒆𝒕(𝒎 ⋅ 𝑨) = 𝒎𝒏 ⋅ 𝑫𝒆𝒕(𝑨):

𝑫𝒆𝒕(𝟐 𝑨 𝑩−𝟏 ) = 𝑫𝒆𝒕( 𝟐 𝑨) ⋅ 𝑫𝒆𝒕(𝑩−𝟏 )


𝟏
⟹ 𝑫𝒆𝒕( 𝟐 𝑨) ⋅ 𝑫𝒆𝒕(𝑩−𝟏 ) = 𝑫𝒆𝒕( 𝟐 𝑨) ⋅
𝑫𝒆𝒕(𝑩)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 146


Prof. Victor So

𝟏 𝑫𝒆𝒕(𝑨)
⟹ 𝑫𝒆𝒕( 𝟐 𝑨) ⋅ = 𝟐𝒏 ⋅
𝑫𝒆𝒕(𝑩) 𝑫𝒆𝒕(𝑩)
Portanto, VERDADEIRA.
Gabarito: “c”.
73. (AFA/2016)
𝟏
𝟎 𝟐
Seja 𝑨 a matriz [ ]
𝟐 𝟎
Sabe-se que 𝑨𝒏 = ⏟𝑨⋅ 𝑨⋅𝑨 ⋅…⋅ 𝑨
𝒏 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔

Então, o determinante da matriz 𝑺 = 𝑨 + 𝑨𝟐 + 𝑨𝟑 + ⋯ + 𝑨𝟏𝟏 é igual a

a) 𝟏

b) −𝟑𝟏

c) −𝟖𝟕𝟓

d) −𝟏𝟏
Comentários
Calculando a matriz A2 , obtemos:
1 1
0 2 0 1 0
𝐴 = [ 2] ⋅ [ 2] = [ ] = 𝐼2
0 1
2 0 2 0
2
Logo, a cada A que multiplicamos, ou seja, a cada expoente par, temos a matriz
identidade. Portanto:
𝑆 = 𝐴 + 𝐴2 + 𝐴3 + ⋯ + 𝐴11 = 𝐴 + 𝐼2 + 𝐴 + … + 𝐴 = 6𝐴 + 5𝐼2
1
1 0 5 3
𝑆 = 6 [0 2] + 5 [0 1] = [12 5]
2 0
5 3
det 𝑆 = | | = 25 − 36 = −11
12 5
Gabarito: “d”.
74. (AFA/2015)

Considere as seguintes simbologias em relação à matriz M:

𝑴𝒕 é a matriz transposta de 𝑴

𝑴−𝟏 é a matriz inversa de 𝑴

𝐝𝐞𝐭 𝑴 é o determinante da matriz 𝑴


Da equação (𝑿𝒕 )−𝟏 = 𝑨 ⋅ (𝑩 + 𝑪), em que 𝑨 e (𝑩 + 𝑪) são matrizes quadradas de ordem 𝒏 e
inversíveis, afirma-se que

I. 𝑿 = (𝑨−𝟏 )𝒕 ⋅ [(𝑩 + 𝑪)−𝟏 ]

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 147


Prof. Victor So

𝟏
II. 𝐝𝐞𝐭 𝑿 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨⋅𝐝𝐞𝐭(𝑩+𝑪)

III. 𝑿−𝟏 = (𝑩𝒕 + 𝑪𝒕 ) ⋅ 𝑨𝒕

São corretas

a) apenas I e II

b) apenas II e III

c) apenas I e III

d) I, II, III
Comentários
Para 𝑃, 𝑄 matrizes quadradas invertíveis de mesma ordem, valem:
(𝑃𝑄)𝑡 = 𝑄𝑡 𝑃𝑡
(𝑃 + 𝑄 )𝑡 = 𝑃 𝑡 + 𝑄 𝑡
(𝑃𝑡 )−1 = (𝑃−1 )𝑡

Portanto:
𝑡
𝑋 −1 = ((𝑋 𝑡 )−1 )𝑡 = (𝐴 ⋅ (𝐵 + 𝐶 )) = (𝐵 + 𝐶 )𝑡 ⋅ 𝐴𝑡 = (𝐵𝑡 + 𝐶 𝑡 ) ⋅ 𝐴𝑡
Logo o item III está correto.
O item II também está correto:
1 1 1
det 𝑋 = det 𝑋 𝑡 = = =
det[(𝑋 𝑡 )−1 ] det[𝐴 ⋅ (𝐵 + 𝐶 )] det 𝐴 ⋅ det(𝐵 + 𝐶 )
O item I não está correto. O correto seria:
𝑋 𝑡 = [𝐴 ⋅ (𝐵 + 𝐶 )]−1 = (𝐵 + 𝐶 )−1 ⋅ 𝐴−1 ⇒ 𝑋 = [(𝐵 + 𝐶 )−1 ⋅ 𝐴−1 ]𝑡 = (𝐴−1 )𝑡 ⋅ [(𝐵 + 𝐶 )−1 ]𝑡
⇒ 𝑋 = (𝐴−1 )𝑡 ⋅ [(𝐵 + 𝐶 )𝑡 ]−1 = (𝐴−1 )𝑡 ⋅ (𝐵𝑡 + 𝐶 𝑡 )−1 .
Logo o item I está correto se e somente se:
(𝐴−1 )𝑡 ⋅ (𝐵𝑡 + 𝐶 𝑡 )−1 = (𝐴−1 )𝑡 ⋅ (𝐵 + 𝐶 )−1 ⟺ (𝐵𝑡 + 𝐶 𝑡 )−1 = (𝐵 + 𝐶 )−1 ⟺ 𝐵𝑡 + 𝐶 𝑡 =
𝐵 + 𝐶, o que não necessariamente é verdade. Basta tomar uma das matrizes 𝐵 ou 𝐶 sendo
simétrica e a outra não, por exemplo.
Portanto, apenas II e III são corretas.
Gabarito: “b”
75. (AFA/2015)

𝟏 𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒙) 𝟏
Considere as funções reais 𝒇 e 𝒈 definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟐 ⋅ 𝐝𝐞𝐭 [ 𝟏 ] , 𝒈(𝒙) = 𝟐 −
𝟐𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) 𝟐
𝒇(𝒙) e marque a alternativa INCORRETA.

a) o conjunto imagem da função 𝒇 é o intervalo [𝟎, 𝟏]

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 148


Prof. Victor So

b) A função 𝒈 é ímpar.
𝟏 𝝅
c) A função real 𝒉 definida por 𝒉(𝒙) = − 𝟐 + 𝒈(𝒙) possui duas raízes no intervalo [𝟎, 𝟐 ]
𝟏 𝝅
d) O período da função real 𝒋 definida por 𝒋(𝒙) = |− 𝟐 + 𝒈(𝒙)| é 𝟐

Comentários
Primeiramente, tornaremos explícito 𝑓(𝑥):

1 2 cos(2𝑥)
𝑓(𝑥) = ⋅ det [ 1 ]
2 2𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
2
1 1
𝑓 (𝑥 ) =
⋅ (2 ⋅ − 2𝑠𝑒𝑛(2𝑥) cos(2𝑥) )
2 2
Temos a relação 2 cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 2𝑥, logo:
1
𝑓 (𝑥 ) = ⋅ (1 − 𝑠𝑒𝑛(4𝑥))
2
Desse modo:
1 1 1
𝑔 (𝑥 ) = − ⋅ (1 − 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)) = ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
2 2 2
a) (V)
−1 ≤ −𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ≤ 1
0 ≤ 1 − 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ≤ 2
1
0 ≤ (1 − 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)) ≤ 1
2
0 ≤ 𝑓 (𝑥 ) ≤ 1
∴ 𝐼𝑚(𝑓) = [0, 1]
1
b) (V) Sabemos que 𝑔(𝑥) = ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) e que a função seno é ímpar:
2
1 1
𝑔(−𝑥) = ⋅ 𝑠𝑒𝑛(−4𝑥) = − ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) = −𝑔(𝑥)
2 2
c) (F) Temos:
1 1 1
ℎ(𝑥) = − + 𝑔(𝑥) = − + ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
2 2 2
Para ℎ(𝑥) = 0:
1 1
0 = − + ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
2 2
1 1
= ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
2 2
𝑠𝑒𝑛(4𝑥) = 1
𝜋
4𝑥 = + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ
2
𝜋 𝑘𝜋
𝑥= + ,𝑘 ∈ ℤ
8 2
𝜋
Concluímos que há apenas uma raiz possível em [0, ], que ocorre para 𝑘 = 0.
2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 149


Prof. Victor So

d) (V)Temos:
1 1 1
𝑗(𝑥) = |− + 𝑔(𝑥)| = |− + ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)|
2 2 2
1 1 1 1 1
−1 ≤ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ≤ 1 ⇒ − ≤ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ≤ ⇒ −1 ≤ − + 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ≤ 0
2 2 2 2 2
Aplicando o módulo, obtemos:
1 1
0 ≤ |− + ⋅ 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)| ≤ 1
2 2
Veja que o módulo espelha a função 𝑗(𝑥) em relação ao eixo 𝑥, portanto, o período
𝜋
continua a ser determinado pela função 𝑠𝑒𝑛(4𝑥), cujo período é .
2

Gabarito: “c”.
76. (AFA/2013)

Considere as matrizes 𝑨 e 𝑩, inversíveis e de ordem 𝒏, bem como a matriz identidade 𝑰.


𝟏
Sabendo que 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝟓 e 𝐝𝐞𝐭(𝑰 ⋅ 𝑩−𝟏 ⋅ 𝑨) = 𝟑, então o 𝐝𝐞𝐭[𝟑 ⋅ (𝑩−𝟏 ⋅ 𝑨−𝟏 )𝒕 ]

a) 𝟓 ⋅ 𝟑𝒏
𝟑𝒏−𝟏
b) 𝟓𝟐
𝟑𝒏
c) 𝟏𝟓

d) 𝟑𝒏−𝟏
Comentários
Sabemos que 𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 𝐷𝑒𝑡(𝐴𝑡 ), 𝐷𝑒𝑡(𝜆 ⋅ 𝐴) = 𝜆𝑛 ⋅ 𝐷𝑒𝑡(𝐴) e 𝐷𝑒𝑡(𝐴−1 ) = 1⁄𝐷𝑒𝑡(𝐴),
logo:
1
𝐷𝑒𝑡(𝐼 ⋅ 𝐵−1 ⋅ 𝐴) =
3
1
𝐷𝑒𝑡(𝐵 −1 ⋅ 𝐴) =
3
1
𝐷𝑒𝑡(𝐵−1 ⋅ 𝐴) ⋅ [𝐷𝑒𝑡(𝐴−1 )]2 = ⋅ [𝐷𝑒𝑡(𝐴−1 )]2
3
−1 −2
1 1 2
𝐷𝑒𝑡 (𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴 ) = ⋅ ( )
3 det 𝐴
−1 −1
1 1 2
𝐷𝑒𝑡 (𝐵 ⋅𝐴 )= ⋅( )
3 5
Por outro lado, temos:
𝐷𝑒𝑡[3 ⋅ (𝐵−1 ⋅ 𝐴−1 )𝑡 ] = 𝐷𝑒𝑡[3 ⋅ (𝐵−1 ⋅ 𝐴−1 )]

−1 −1 )] 𝑛 −1 −1 ) 𝑛
1 1 2 3𝑛−1
⟹ 𝐷𝑒𝑡[3 ⋅ (𝐵 ⋅𝐴 = 3 𝐷𝑒𝑡(𝐵 ⋅𝐴 =3 ⋅ ⋅( ) = 2
3 5 5
Gabarito: “b”.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 150


Prof. Victor So

77. (AFA/2012)

Uma montadora de automóveis prepara três modelos de carros, a saber:

Essa montadora divulgou a matriz abaixo em que cada termo 𝒂𝒊𝒋 representa a distância percorrida,
em 𝒌𝒎, pelo modelo 𝒊, com um litro de combustível, à velocidade 𝟏𝟎𝒋 𝒌𝒎/𝒉.
𝟔 𝟕, 𝟔 𝟕, 𝟐 𝟖, 𝟗 𝟖, 𝟐 𝟏𝟏 𝟏𝟎 𝟏𝟐 𝟏𝟏, 𝟖
[𝟓 𝟕, 𝟓 𝟕 𝟖, 𝟓 𝟖 𝟏𝟎, 𝟓 𝟗, 𝟓 𝟏𝟏, 𝟓 𝟏𝟏 ]
𝟑 𝟐, 𝟕 𝟓, 𝟗 𝟓, 𝟓 𝟖, 𝟏 𝟕, 𝟒 𝟗, 𝟖 𝟗, 𝟒 𝟏𝟑, 𝟏
Com base nisso, é correto dizer que

a) para motoristas que somente trafegam a 𝟑𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.4 é o mais econômico.

b) se durante um mesmo período de tempo um carro 1.4 e um 1.8 trafegam a 𝟓𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o 1.4 será
o mais econômico.

c) para motoristas que somente trafegam à velocidade de 𝟕𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.8 é o de maior
consumo.

d) para motoristas que somente trafegam a 𝟖𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o carro 1.0 é o mais econômico.
Comentários
Do enunciado, temos que cada elemento da matriz representa a distância percorrida em
𝑘𝑚 pelo modelo 𝑖 (𝑖 – linha) à velocidade de 10 ⋅ 𝑗 𝑘𝑚/ℎ (𝑗 – coluna). Veja que cada coluna
representa uma velocidade diferente, por exemplo, na coluna 1, os carros andam à velocidade de
10 𝑘𝑚/ℎ e na coluna 7, os carros andam à 70 𝑘𝑚/ℎ. Assim, temos:
𝒄𝒐𝒍𝒖𝒏𝒂 𝒋
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓 𝟔 𝟕 𝟖 𝟗
𝟏 𝟔 𝟕, 𝟔 𝟕, 𝟐 𝟖, 𝟗 𝟖, 𝟐 𝟏𝟏 𝟏𝟎 𝟏𝟐 𝟏𝟏, 𝟖
𝒎𝒐𝒅𝒆𝒍𝒐 𝟐 [𝟓 𝟕, 𝟓 𝟕 𝟖, 𝟓 𝟖 𝟏𝟎, 𝟓 𝟗, 𝟓 𝟏𝟏, 𝟓 𝟏𝟏 ]
𝟑 𝟑 𝟐, 𝟕 𝟓, 𝟗 𝟓, 𝟓 𝟖, 𝟏 𝟕, 𝟒 𝟗, 𝟖 𝟗, 𝟒 𝟏𝟑, 𝟏
a) (F) Temos que na coluna 𝑗 = 3 o carro mais econômico é o modelo 1.
b) (F) Temos que na coluna 𝑗 = 5 o carro mais econômico é o modelo 1.
c) (F) Temos que na coluna 𝑗 = 7 o carro de maior consumo é o modelo 2.
d) (V) Temos que na coluna 𝑗 = 8 o carro mais econômico é o modelo 1.
Gabarito: “d”.
78. (AFA/2011)
𝟐 𝟑 𝟒 𝒂 𝟒 𝟑 𝟐 𝒂
𝟎 𝟎 𝟐 𝟎 𝟐 𝟎 𝟎 𝟎
Sendo [ ] = 𝟕𝟎, o valor de [ ] é:
𝟑 −𝟏 𝟏 𝒃 𝟏 −𝟏 𝟑 𝒃
−𝟏 𝟎 𝟐 𝒄 𝟕 −𝟏 𝟎 𝒃 + 𝟑𝒄
a) 280

b) 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 151


Prof. Victor So

c) −𝟕𝟎

d) −𝟐𝟏𝟎
Comentários
Observando a matriz do enunciado, temos:
2 3 4 𝑎
0 0 2 0
𝐴=( )
3 −1 1 𝑏
−1 0 2 𝑐
Aplicando o teorema de Laplace na linha 2, obtemos:
2 3 𝑎
𝐷𝑒𝑡(𝐴) = (−1 )2+3 2| 3 −1 𝑏 | = 70
−1 0 𝑐
Então, temos:
2 3 𝑎
𝑋=| 3 −1 𝑏 | = −35
−1 0 𝑐
Por outro lado:
4 3 2 𝑎
2 0 0 0
𝐵= ( )
1 −1 3 𝑏
7 −1 0 𝑏 + 3𝑐
Aplicando também o teorema de Laplace na segunda linha:
3 2 𝑎
𝐷𝑒𝑡(𝐵) = (−1 )2+1
2 |−1 3 𝑏 |
−1 0 𝑏 + 3𝑐
Sabemos que ao realizar operações simples entre fileiras de uma matriz, o valor do
determinante não se altera, portanto, vamos subtrair a linha 2 da linha 3:
3 2 𝑎 𝐿3 =𝐿3 −𝐿2
3 2 𝑎
|−1 3 𝑏 |→ | −1 3 𝑏 |
−1 0 𝑏 + 3𝑐 −1 − (−1) 0 − (3) 𝑏 + 3𝑐 − (𝑏)
3 2 𝑎 3 2 𝑎
⟹ 𝐷𝑒𝑡(𝐵) = −2 |−1 3 𝑏 | = −2 ⋅ 3 |−1 3 𝑏|
0 −3 3𝑐 0 −1 1𝑐
Sabemos, também, que a troca de duas fileiras em qualquer matriz inverte o sinal do
determinante, logo, trocando a primeira coluna com a segunda:
3 2 𝑎 2 3 𝑎
|−1 3 𝑏 | = −1 ⋅ | 3 −1 𝑏|
0 −1 𝑐 −1 0 𝑐
Obtemos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 152


Prof. Victor So

2 3 𝑎 2 3 𝑎
( )
𝐷𝑒𝑡 𝐵 = −2 ⋅ 3 ⋅ −1 ⋅ | 3 −1 𝑏 | = 6 | 3 −1 𝑏 |
−1 0 𝑐 −1 0 𝑐
Perceba que o determinante acima é 𝑋, cujo valor é conhecido, logo:
𝐷𝑒𝑡(𝐵) = 6 ⋅ 𝑋 = 6 ⋅ (−35) = −210
Gabarito: “d”.

5. QUESTÕES NÍVEL 3
79. (ITA/2021)

Determine todos os valores do número real 𝒂 para os quais a matriz


𝟏 𝒂𝟑 −𝒂 𝟑 𝟐
𝟐 𝒂𝟐 𝟏 𝒂𝟑 𝒂
𝟎 𝟎 𝟎 𝒂 −𝒂𝟐
−𝒂 𝟎 𝟎 𝟎 𝟑
( 𝒂𝟐 𝟎 𝟎 −𝟑 𝟎 )
é não singular.

80. (ITA/2020)

Considere o conjunto 𝑴(𝒏, 𝒌) de todas as matrizes quadradas de ordem 𝒏 × 𝒏, com exatamente 𝒌


elementos iguais a 1, e os demais iguais a 0 (zero). Escolhendo aleatoriamente matrizes 𝑳 ∈ 𝑴(𝟑, 𝟏)
e 𝑹 ∈ 𝑴(𝟒, 𝟐), a probabilidade de que 𝑳𝟐 = 𝟎 e 𝑹𝟐 = 𝟎 é igual a
𝟏
a) 𝟑.
𝟏
b) 𝟓.
𝟒
c) 𝟏𝟓.
𝟏𝟑
d) 𝟑𝟎.
𝟐𝟗
e) 𝟑𝟎.

81. (ITA/2019)

Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝑨 de ordem 𝒏 𝒙 𝒏 inversiveis, tais que os


seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:

I. |𝒅𝒆𝒕(𝑨)| = 𝟏.
II. 𝑨𝑻 = 𝑨−𝟏 .

III. 𝑨 + 𝑨−𝟏 é uma matriz diagonal.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 153


Prof. Victor So

É(são) sempre VERDADEIRA(S)

a) apenas I.

b) apenas III.

c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

e) todas.

82. (ITA/2018)

Uma progressão aritmética (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , … , 𝒂𝒏 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝒏 ∈ ℕ, a soma da


𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
𝟐
progressão é igual a 𝟐𝒏 + 𝟓𝒏. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝒂𝟒 𝒂𝟓 𝒂𝟔 ] é
𝒂𝟕 + 𝟐 𝒂𝟖 𝒂𝟗
a) −𝟗𝟔.

b) −𝟖𝟓.

c) 𝟔𝟑.

d) 𝟗𝟗.

e) 𝟏𝟏𝟓.

83. (ITA/2018)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes quadradas 𝒏 𝒙 𝒏 tais que 𝑨 + 𝑩 = 𝑨 ⋅ 𝑩 e 𝑰𝒏 a matriz identidade 𝒏 𝒙 𝒏. Das


afirmações:

I. 𝑰𝒏 − 𝑩 é inversível;

II. 𝑰𝒏 − 𝑨 é inversível;

III. 𝑨 ⋅ 𝑩 = 𝑩 ⋅ 𝑨.

é (são) verdadeira(s)

a) Somente I.

b) Somente II.

c) Somente III.

d) Somente I e II.

e) Todas.

84. (ITA/2017)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 154


Prof. Victor So

𝟏 𝟎 𝟎 𝟕 𝟎 𝟐
Sejam 𝑫 = [𝟎 𝟐 𝟎 ] e 𝑷 = [𝟎 𝟏 𝟎].
𝟎 𝟎 𝟑 𝟐 𝟎 𝟓
Considere 𝑨 = 𝑷−𝟏 𝑫𝑷. O valor de 𝒅𝒆𝒕(𝑨𝟐 + 𝑨) é

a) 144.

b) 180.

c) 240.

d) 324.

e) 360.

85. (ITA/2016)
𝟏 −𝟏 𝟐 𝟏
Se 𝑴 = [ ]e𝑵=[ ], então 𝑴𝑵𝑻 − 𝑴−𝟏 𝑵 é igual a
𝟐 𝟎 −𝟏 𝟑
𝟑 𝟓
−𝟐
a) [𝟐𝟓 𝟑
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏
−𝟐
b) [𝟐𝟕 𝟓
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏𝟏

𝟐 𝟐
c) [𝟏𝟑 𝟓
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟓
−𝟐
𝟐
d) [𝟏𝟑 𝟑
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏𝟏

𝟐 𝟐
e) [𝟏𝟑 𝟑 ]
−𝟐
𝟐

86. (ITA/2016)
𝟏 𝟎
Seja 𝑨 a matriz de ordem 𝟑𝒙𝟐, dada por 𝑨 = [𝟎 𝟏].
𝟏 𝟏
a) Determine todas as matrizes 𝑩 tais que 𝑩𝑨 = 𝑰𝟐 .

b) Existe uma matriz 𝑩 com 𝑩𝑨 = 𝑰𝟐 que satisfaça 𝑩𝑩𝑻 = 𝑰𝟐? Se sim, dê um exemplo de uma dessas
matrizes.

87. (ITA/2015)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 155


Prof. Victor So

Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) a matriz tal que 𝒂𝒊𝒋 = 𝟐𝒊−𝟏 (𝟐𝒋 − 𝟏), 𝟏 ≤ 𝒊, 𝒋 ≤ 𝟓. Considere as afirmações a
𝟓𝒙𝟓
seguir:

I. Os elementos de cada linha 𝒊 formam uma progressão aritmética de razão 𝟐𝒊 .

II. Os elementos de cada coluna 𝒋 formam uma progressão geométrica de razão 2.

III. 𝒕𝒓𝑨 é um número primo.

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

d) apenas I e III.

e) I, ll e III.

88. (ITA/2014)

Seja 𝑴 uma matriz quadrada de ordem 𝟑, inversivel, que satisfaz a igualdade


𝟑 𝟐
𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑴𝟐 ) − 𝐝𝐞𝐭( √𝟐𝑴𝟑 ) = 𝐝𝐞𝐭 (𝟑𝑴).
𝟗
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑴 é

a) 𝟏/𝟑

b) 𝟏/𝟐

c) 𝟐/𝟑

d) 𝟒/𝟓

e) 𝟓/𝟒

89. (ITA/2014)

Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝑨 e 𝑩 de ordem 𝒏, com 𝑨 inversível


e 𝑩 antissimétrica:

I. Se o produto 𝑨𝑩 for inversível, então 𝒏 é par;

II. Se o produto 𝑨𝑩 não for inversível, então 𝒏 é ímpar;

III. Se 𝑩 for inversível, então 𝒏 é par.


Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)

a) Apenas I.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 156


Prof. Victor So

b) Apenas I e II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) Todas.
90. (ITA/2014)
𝟐𝒆−𝟐𝒕 −𝒆𝟐𝒕 −𝟏
Considere a equação 𝑨(𝒕) ⋅ 𝑿 = 𝑩(𝒕), 𝒕 ∈ ℝ, em que 𝑨(𝒕) = [ −𝟏 𝟏 𝟏 ],𝑿 =
−𝟑 𝟏 𝟐
𝒙 𝒆𝒕
[𝒚] 𝐞 𝑩(𝒕) = [−√𝟐]. Sabendo que 𝐝𝐞𝐭 𝑨(𝒕) = 𝟏 e 𝒕 ≠ 𝟎, os valores de 𝒙, 𝒚 e 𝒛 são,
𝒛 𝟎
respectivamente,

a) 𝟐√𝟐, 𝟎, −𝟑√𝟐.

b) −𝟐√𝟐, 𝟎, −𝟑√𝟐.

c) 𝟎, 𝟑√𝟐, 𝟐√𝟐.

d) 𝟎, 𝟐√𝟑, √𝟑.

e) 𝟐√𝟑, −√𝟑, 𝟎.

91. (ITA/2013)

Considere 𝑨 ∈ 𝑴𝟓𝒙𝟓 (ℝ) com 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = √𝟔 e 𝜶 ∈ ℝ\{𝟎}. Se 𝐝𝐞𝐭(𝜶𝑨𝒕 𝑨𝑨𝒕 ) = √𝟔𝜶𝟐, o valor de 𝜶 é

a) 𝟏/𝟔

b) √𝟔/𝟔
𝟑
c) √𝟑𝟔/𝟔

d) 𝟏

e) √𝟐𝟏𝟔

92. (ITA/2012)

Considere a matriz quadrada 𝑨 em que os termos da diagonal principal são 𝟏, 𝟏 + 𝒙𝟏 , 𝟏 + 𝒙𝟐 , … , 𝟏 +


𝒙𝒏 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , … , 𝒙𝒏 ) é uma progressão geométrica
cujo primeiro termo é 𝟏/𝟐 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz 𝑨 para que o seu
determinante seja igual a 𝟐𝟓𝟔.

93. (ITA/2011)

Determine todas as matrizes 𝑴 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐 (ℝ) tais que 𝑴𝑵 = 𝑵𝑴, ∀𝑵 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐 (ℝ).

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 157


Prof. Victor So

94. (ITA/2010)

Sobre os elementos da matriz


𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝟒
𝒚 𝒚𝟐 𝒚𝟑 𝒚𝟒
𝑨=[ 𝟏 ] ∈ 𝑴𝟒𝒙𝟒 (ℝ)
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎
sabe-se que (𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , 𝒙𝟑 , 𝒙𝟒 ) e (𝒚𝟏 , 𝒚𝟐 , 𝒚𝟑 , 𝒚𝟒 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4 e de
soma 80 e 255, respectivamente, então, 𝐝𝐞𝐭(𝑨−𝟏 ) e o elemento (𝑨−𝟏 )𝟐𝟑 valem, respectivamente,
𝟏
a) e 𝟏𝟐
𝟕𝟐
𝟏
b) − 𝟕𝟐 e −𝟏𝟐
𝟏
c) − 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐
𝟏 𝟏
d) − 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐
𝟏 𝟏
e) 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐

95. (ITA/2008)

Uma matriz real quadrada 𝑨 é ortogonal se 𝑨 é inversível e 𝑨−𝟏 = 𝑨𝒕 . Determine todas as matrizes
𝟐𝒙𝟐 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos de seus
elementos que estão fora da diagonal principal.

96. (ITA/2008)

Sejam 𝑨 e 𝑪 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 inversíveis tais que 𝐝𝐞𝐭(𝑰 + 𝑪−𝟏 𝑨) = 𝟏/𝟑 e 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝟓. Sabendo-se que
𝑩 = 𝟑(𝑨−𝟏 + 𝑪−𝟏 )𝒕 , então o determinante de 𝑩 é igual a

a) 𝟑𝒏
𝟑𝒏
b) 𝟐 ⋅ (𝟓𝟐 )

c) 𝟏/𝟓
𝟑𝒏−𝟏
d) 𝟓

e) 𝟓 ⋅ 𝟑𝒏−𝟏

97. (ITA/2006)
Sejam as matrizes

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 158


Prof. Victor So

𝟏 𝟎 𝟏/𝟐 −𝟏 𝟏 𝟑 −𝟏/𝟐 𝟏
−𝟐 𝟓 𝟐 −𝟑 𝟏 −𝟐 −𝟐 𝟑
𝑨=[ ]e𝑩=[ ]
𝟏 −𝟏 𝟐 𝟏 −𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
−𝟓 𝟏 𝟑/𝟐 𝟎 𝟓 −𝟏 𝟏/𝟐 𝟓
Determine o elemento 𝒄𝟑𝟒 da matriz 𝑪 = (𝑨 + 𝑩)−𝟏 .

98. (ITA/2006)
𝒂 𝒃 𝒄 −𝟐𝒂 −𝟐𝒃 −𝟐𝒄
Se 𝐝𝐞𝐭 [𝒑 𝒒 𝒓] = −𝟏, então o valor do 𝐝𝐞𝐭 [𝟐𝒑 + 𝒙 𝟐𝒒 + 𝒚 𝟐𝒓 + 𝒛] é igual a
𝒙 𝒚 𝒛 𝟑𝒙 𝟑𝒚 𝟑𝒛
a) 0

b) 4

c) 8
d) 12

e) 16

99. (ITA/2005)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes 𝟐𝒙𝟐 tais que 𝑨𝑩 = 𝑩𝑨 e que satisfazem à equação matricial 𝑨𝟐 + 𝟐𝑨𝑩 − 𝑩 =
𝟎. Se 𝑩 é inversível, mostre que (a) 𝑨𝑩−𝟏 = 𝑩−𝟏 𝑨 e que (b) 𝑨 é inversível.

100.(ITA/2004)

Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝑨 é uma matriz quadrada 𝒏𝒙𝒏, 𝒏 ≥ 𝟐:

I. O determinante de 𝑨 é nulo se, e somente se, 𝑨 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) é tal que 𝒂𝒊𝒋 = 𝟎 para 𝒊 > 𝒋, com 𝒊, 𝒋 = 𝟏, 𝟐, … , 𝒏, então 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝒂𝟏𝟏 𝒂𝟐𝟐 … 𝒂𝒏𝒏 .

III. Se 𝑩 for obtida de 𝑨, multiplicando-se a primeira coluna por √𝟐 + 𝟏 e a segunda por √𝟐 − 𝟏,


mantendo-se inalteradas as demais colunas, então 𝐝𝐞𝐭 𝑩 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨.

Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)

a) apenas II.

b) apenas III.

c) apenas I e II.

d) apenas II e III.
e) todas.

101.(ITA/2004)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 159


Prof. Victor So

Seja 𝒙 ∈ ℝ e a matriz
𝟐𝒙 (𝒙𝟐 + 𝟏)−𝟏
𝑨=[ ]
𝟐𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓
Assinale a opção correta.

a) ∀𝒙 ∈ ℝ, 𝑨 possui inversa.

b) Apenas para 𝒙 > 𝟎, 𝑨 possui inversa.

c) São apenas dois os valores de 𝒙 para os quais 𝑨 possui inversa.

d) Não existe valor de 𝒙 para o qual 𝑨 possui inversa.

e) Para 𝒙 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 , 𝑨 não possui inversa.

102.(ITA/2004)

Se 𝑨 é uma matriz real, considere as definições:

I. Uma matriz quadrada 𝑨 é ortogonal se e só se 𝑨 for inversível e 𝑨−𝟏 = 𝑨𝒕 .


II. Uma matriz quadrada 𝑨 é diagonal se e só se 𝒂𝒊𝒋 = 𝟎, para todo 𝒊, 𝒋 = 𝟏, … , 𝒏, com 𝒊 ≠ 𝒋.

Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e ortogonais.

103.(ITA/2003)

Sejam 𝑨 e 𝑷 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 inversíveis e 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷.

Das afirmações:
I. 𝑩𝒕 é inversível e (𝑩𝒕 )−𝟏 = (𝑩−𝟏 )𝒕 .

II. Se 𝑨 é simétrica, então 𝑩 também o é.

III. 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝝀𝑰) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩 − 𝝀𝑰) , ∀𝝀 ∈ ℝ.

é(são) verdadeira(s):

a) todas.

b) apenas I.

c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

e) apenas II e III.

104.(ITA/2003)

Sejam 𝒂, 𝒃, 𝒄 e 𝒅 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 160


Prof. Victor So

𝒃𝒄𝒅 𝟏 𝒂 𝒂𝟐
[ 𝒂𝒄𝒅 𝟏 𝒃 𝒃𝟐 ]
𝒂𝒃𝒅 𝟏 𝒄 𝒄𝟐
𝒂𝒃𝒄 𝟏 𝒅 𝒅𝟐
na forma de um produto de números reais.

105.(ITA/2002)

Seja 𝑨 uma matriz real 𝟐𝒙𝟐. Suponha que 𝜶 e 𝜷 sejam dois números distintos, e 𝑽 e 𝑾 duas matrizes
reais 𝟐𝒙𝟏 não-nulas, tais que 𝑨𝑽 = 𝜶𝑽 e 𝑨𝑾 = 𝜷𝑾.

Se 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ são tais que 𝒂𝑽 + 𝒃𝑾 é igual à matriz nula 𝟐𝒙𝟏, então 𝒂 + 𝒃 vale

a) 𝟎.

b) 𝟏.

c) −𝟏.
d) 𝟏/𝟐.

e) −𝟏/𝟐.

106.(ITA/2002)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes quadradas de ordem 𝒏 tais que 𝑨𝑩 = 𝑨 e 𝑩𝑨 = 𝑩.

Então, [(𝑨 + 𝑩)𝒕 ]𝟐 é igual a

a) (𝑨 + 𝑩)𝟐 .

b) 𝟐(𝑨𝒕 ⋅ 𝑩𝒕 ).

c) 𝟐(𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 ).

d) 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 .

e) 𝑨𝒕 𝑩𝒕 .

107.(ITA/2002)

Seja a matriz
𝒄𝒐𝒔𝟐𝟓° 𝒔𝒆𝒏𝟔𝟓°
[ ]
𝒔𝒆𝒏𝟏𝟐𝟎° 𝒄𝒐𝒔𝟑𝟗𝟎°
O valor de seu determinante é
𝟐√𝟐
a) 𝟑
𝟑√𝟑
b) 𝟐

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 161


Prof. Victor So

√𝟑
c) 𝟐

d) 𝟏

e) 𝟎

108.(ITA/2001)

Considere a matriz
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒
𝑨=[ ]
𝟏 𝟒 𝟗 𝟏𝟔
𝟏 𝟖 𝟐𝟕 𝟔𝟒
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝑨 é:

a) 1
b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

109.(ITA/2001)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏, e 𝑩 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:

(I) 𝑨𝑩 + 𝑩𝑨𝒕 é simétrica.


(II) (𝑨 + 𝑨𝒕 + 𝑩) é simétrica.

(III) 𝑨𝑩𝑨𝒕 é simétrica.

temos que:

a) apenas (I) é verdadeira.

b) apenas (II) é verdadeira.

c) apenas (III) é verdadeira.

d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.

e) todas as afirmações são verdadeiras.

110.(ITA/2000)

Considere as matrizes mostradas na figura adiante

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 162


Prof. Victor So

𝟏 −𝟏 𝟑 𝟏 𝟎 𝟐 𝟎 𝒙
𝑴 = (𝟎 𝟏 𝟎 ) , 𝑵 = (𝟑 𝟐 𝟎 ) , 𝑷 = (𝟏 ) 𝐞 𝑿 = ( 𝒚 )
𝟐 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟎 𝒛
Se 𝑿 é solução de 𝑴−𝟏 𝑵𝑿 = 𝑷, então 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝒛𝟐 é igual a

a) 35.

b) 17.

c) 38.

d) 14.

e) 29.

111.(ITA/2000)

Sendo 𝒙 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir


𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙𝟐 𝟏
𝑨=( 𝟑 𝟑 )
𝟎 − 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝒙 𝟏
𝟎 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙𝟐
𝟑
𝑩= 𝟏 𝟎
−𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 −𝟒
( 𝟑 )
A soma de todos os valores de 𝒙 para os quais (𝑨𝑩) = (𝑨𝑩)𝒕 é igual a
𝟐𝟓
a) 𝟑
𝟐𝟖
b) 𝟑
𝟑𝟐
c) 𝟑
𝟐𝟕
d) 𝟐
𝟐𝟓
e) 𝟐

112.(ITA/2000)

Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante


𝒂 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
𝑴 = ( 𝟎 𝒃 𝟏 ) 𝐞 𝑰 = (𝟎 𝟏 𝟎)
𝟎 𝟎 𝒄 𝟎 𝟎 𝟏
em que 𝒂 ≠ 𝟎 e 𝒂, 𝒃 e 𝒄 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝒒 > 𝟎. Sejam
𝝀𝟏 , 𝝀𝟐 e 𝝀𝟑 as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑴 − 𝝀𝑰) = 𝟎. Se 𝝀𝟏 𝝀𝟐 𝝀𝟑 = 𝒂 e 𝝀𝟏 + 𝝀𝟐 + 𝝀𝟑 = 𝟕𝒂,
então 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 é igual a

a) 𝟐𝟏/𝟖

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 163


Prof. Victor So

b) 𝟗𝟏/𝟗

c) 𝟑𝟔/𝟗

d) 𝟐𝟏/𝟏𝟔

e) 𝟗𝟏/𝟑𝟔

113.(ITA/1999)

Sejam 𝒙, 𝒚 e 𝒛 números reais com 𝒚 ≠ 𝟎. Considere a matriz inversível


𝒙 𝟏 𝟏
𝑨 = [𝒚 𝟎 𝟎]
𝒛 −𝟏 𝟏
Então:

a) A soma dos termos da primeira linha de 𝑨−𝟏 é igual a 𝒙 + 𝟏.

b) A soma dos termos da primeira linha de 𝑨−𝟏 é igual a 0.

c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝑨−𝟏 é igual a 1.

d) O produto dos termos da segunda linha de 𝑨−𝟏 é igual a 𝒚.

e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝑨−𝟏 é igual a 1.

114.(ITA/1999)

Considere as matrizes
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟏 𝟎 𝒙 𝟏
𝑨=[ ],𝑰 = [ ] , 𝑿 = [𝒚] , 𝑩 = [ ].
𝟎 −𝟏 𝟐 𝟎 𝟏 𝟐
Se 𝒙 e 𝒚 são soluções do sistema (𝑨𝑨𝒕 − 𝟑𝑰)𝑿 = 𝑩, então 𝒙 + 𝒚 é igual a:

a) 𝟐

b) 𝟏

c) 𝟎

d) −𝟏

e) −𝟐

115.(ITA/1998)

Sejam as matrizes reais de ordem 2,


𝟐+𝒂 𝒂 𝟏 𝟏
𝑨=[ ] 𝐞 𝑩=[ ]
𝟏 𝟏 𝒂 𝟐+𝒂
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝑨𝑩)−𝟏 é igual a:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 164


Prof. Victor So

a) 𝒂 + 𝟏

b) 𝟒(𝒂 + 𝟏)
𝟏
c) 𝟒 (𝟓 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )
𝟏
d) 𝟒 (𝟏 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )
𝟏
e) 𝟐 (𝟓 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )

116.(ITA/1998)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade: existe
uma matriz 𝑴 inversível tal que: 𝑨 = 𝑴−𝟏 𝑩𝑴.

Então:

a) 𝐝𝐞𝐭(−𝑨𝒕 ) = 𝐝𝐞𝐭 𝑩

b) 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = − 𝐝𝐞𝐭 𝑩

c) 𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑨) = 𝟐 𝐝𝐞𝐭 𝑩

d) Se 𝐝𝐞𝐭 𝑩 ≠ 𝟎 então 𝐝𝐞𝐭(−𝑨𝑩) < 𝟎

e) 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝑰) = − 𝐝𝐞𝐭(𝑰 − 𝑩)

117.(ITA/1997)

Considere as matrizes
𝟐 𝟎 𝟏 −𝟏 𝟎 𝟏
𝑨 = (𝟎 𝟐 𝟎) 𝐞 𝑩 = ( 𝟎 −𝟐 𝟎 )
𝟏 𝟎 𝟐 𝟏 𝟎 −𝟏
Sejam 𝝀𝟎 , 𝝀𝟏 e 𝝀𝟐 as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝝀𝑰𝟑 ) = 𝟎 com 𝝀𝟎 ≤ 𝝀𝟏 ≤ 𝝀𝟐 .

Considere as afirmações

(I) 𝑩 = 𝑨 − 𝝀𝟎 𝑰𝟑

(II) 𝑩 = (𝑨 − 𝝀𝟏 𝑰𝟑 )𝑨

(III) 𝑩 = 𝑨(𝑨 − 𝝀𝟐 𝑰𝟑 )

Então

a) todas as afirmações são falsas.

b) todas as afirmações são verdadeiras.


c) apenas (I) é falsa.

d) apenas (II) é falsa.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 165


Prof. Victor So

e) apenas (III) é verdadeira.

118.(ITA/1996)

Seja 𝒂 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 𝟐𝒙𝟐,


𝟑𝒂 −𝟏 𝟕𝒂−𝟏 𝟖𝒂−𝟑 ]
𝑨=[ ] 𝐞 𝑩 = [
−𝟏 𝟑𝒂 𝟕 𝟐−𝟑
O produto 𝑨𝑩 será inversível se e somente se:

a) 𝒂𝟐 − 𝟓𝒂 + 𝟔 ≠ 𝟎

b) 𝒂𝟐 − 𝟓𝒂 ≠ 𝟎

c) 𝒂𝟐 − 𝟑𝒂 ≠ 𝟎

d) 𝒂𝟐 − 𝟐𝒂 + 𝟏 ≠ 𝟎

e) 𝒂𝟐 − 𝟐𝒂 ≠ 𝟎

119.(ITA/1996)

Considere 𝑨 e 𝑩 matrizes reais 𝟐𝒙𝟐, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.

a) Se 𝑨 é não nula então 𝑨 possui inversa.

b) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 𝑩𝒕

c) 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝑩) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩𝑨)

d) 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝟐 = 𝟐 𝐝𝐞𝐭 𝑨

e) (𝑨 + 𝑩)(𝑨 − 𝑩) = 𝑨𝟐 − 𝑩𝟐

120.(ITA/1995)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes reais 𝟑𝒙𝟑. Se 𝒕𝒓(𝑨) denota a soma dos elementos da diagonal principal de 𝑨,
considere as afirmações:

[(I)] 𝒕𝒓(𝑨𝒕 ) = 𝒕𝒓(𝑨)

[(II)] Se 𝑨 é inversível, então 𝒕𝒓(𝑨) ≠ 𝟎.

[(III)] 𝒕𝒓(𝑨 + 𝝀𝑩) = 𝒕𝒓(𝑨) + 𝝀𝒕𝒓(𝑩), para todo 𝝀 ∈ ℝ.

Temos que:
a) todas as afirmações são verdadeiras.

b) todas as afirmações são falsas.

c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 166


Prof. Victor So

d) apenas a afirmação (II) é falsa.

e) apenas a afirmação (III) é falsa.

121.(ITA/1995)

Dizemos que duas matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 𝑨 e 𝑩 são semelhantes se existe uma matriz 𝒏 𝒙 𝒏 inversível 𝑷 tal
que 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷. Se 𝑨 e 𝑩 são matrizes semelhantes quaisquer, então:

a) 𝑩 é sempre inversível.

b) se 𝑨 é simétrica, então 𝑩 também é simétrica.

c) 𝑩𝟐 é semelhante a 𝑨.

d) se 𝑪 é semelhante a 𝑨, então 𝑩𝑪 é semelhante a 𝑨𝟐 .

e) 𝐝𝐞𝐭(𝝀𝑰 − 𝑩) = 𝐝𝐞𝐭(𝝀𝑰 − 𝑨), onde 𝝀 é um real qualquer.

122.(IME/2021)

Calcule o(s) valor(es) de 𝒌 real(is) para que o determinante da matriz abaixo seja igual a 24.
1 3 1 2
1 𝑘 0 2
[ ]
2 1 0 3
4 1 −1 3

123.(IME/2020)

Uma matriz A é semelhante a uma matriz B se e somente se existe uma matriz invertível P tal que
𝑨 = 𝑷 𝑩 𝑷−𝟏 .

a) Se A e B forem semelhantes, mostre que 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩).


𝟒 𝟐 𝟖 −𝟐
b) Dadas 𝑪 = [ ] 𝒆𝑫= [ ] , verifique se essas matrizes são semelhantes.
𝟑 𝟓 𝟑 𝟏

124.(IME/2019)

Calcule o valor do determinante:


𝟒 𝟐 𝟏
| 𝐥𝐨𝐠 𝟖𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟗𝟎𝟎 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎𝟎 |
(𝐥𝐨𝐠 𝟗)𝟐 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐨𝐠 𝟑 + 𝟐(𝐥𝐨𝐠 𝟑)𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟑 + 𝟐)𝟐

a) 1
b) 2

c) 4

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 167


Prof. Victor So

d) 8

e) 16

125.(IME/2018)

Sejam 𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , 𝒙𝟑 𝐞 𝒙𝟒 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝒙𝟏 = 𝒙 e razão 𝒓, com 𝒙, 𝒓 ∈ ℝ.


O determinante de
𝒙𝟏 𝒙𝟏 𝒙𝟏 𝒙𝟏
𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟐 𝒙𝟐
|𝒙 𝒙 𝒙 𝒙 |
𝟏 𝟐 𝟑 𝟑
𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝟒
é

a) 𝟎

b) 𝒙𝟒 ⋅ 𝒓

c) 𝒙𝟒 ⋅ 𝒓𝟑

d) 𝒙 ⋅ 𝒓𝟒

e) 𝒙 ⋅ 𝒓𝟑

126.(IME/2017)

Seja 𝑴 uma matriz real 𝟐𝒙𝟐. Defina uma função 𝒇 na qual cada elemento da matriz se desloca para
𝒂 𝒃 𝒄 𝒂
a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑴 = ( ), implica que 𝒇(𝑴) = ( ).
𝒄 𝒅 𝒅 𝒃
Encontre todas as matrizes simétricas 𝟐𝒙𝟐 reais na qual 𝑴𝟐 = 𝒇(𝑴).

127.(IME/2017)
𝟏 𝒂 −𝟐
Seja 𝑨 = [𝒂 − 𝟐 𝟏 𝟏 ] com 𝒂 ∈ ℝ. Sabe-se que 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝟐 − 𝟐𝑨 + 𝑰) = 𝟏𝟔. A soma dos valores
𝟐 −𝟑 𝟏
de 𝒂 que satisfazem essa condição é:

Obs.: 𝐝𝐞𝐭(𝑿) denota o determinante da matriz 𝑿

a) 0

b) 1

c) 2
d) 3

e) 4

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 168


Prof. Victor So

128.(IME/2016)
𝒂 𝒃
Seja 𝑨 = [ ]. O maior valor de 𝒂, com 𝒂 ≠ 𝟏, que satisfaz 𝑨𝟐𝟒 = 𝑰 é:
−𝒃 𝒂
Observação: 𝑰 é a matriz identidade 𝟐𝒙𝟐.
𝟏
a) 𝟐
√𝟐
b) 𝟐
√𝟑
c) 𝟐
√𝟐
d) (√𝟑 − 𝟏)
𝟒
√𝟐
e) (√𝟑 + 𝟏)
𝟒

129.(IME/2015)

Sejam 𝑺 = 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 e 𝑷 = 𝒂 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de 𝑺 e


𝑷.
𝒂𝟐 + (𝒃 + 𝒄)𝟐 𝟐𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐 + 𝒄𝟐
| 𝟐𝒂𝟐 (𝒂 + 𝒄)𝟐 + 𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐 + 𝒄𝟐 |
𝒂𝟐 𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐

130.(IME/2015)

Dada a matriz 𝑨, a soma do módulo dos valores de 𝒙 que tornam o determinante da matriz 𝑨 nulo
é:
𝟏 𝟐𝒙 𝟎 𝟎
𝒙𝟐 𝟏 𝒙−𝟏 𝟐
𝑨=[ ]
𝟏 𝒙+𝟒 𝟎 𝟎
𝒙 −𝟏 𝟏 𝒙−𝟐
a) 7

b) 8

c) 9

d) 10

e) 11

131.(IME/2014)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 169


Prof. Victor So

𝒂 𝒃 𝒄
Seja a matriz 𝑨 = [𝒃 𝒄 𝒂], em que 𝒂, 𝒃 𝐞 𝒄 são números reais positivos satisfazendo 𝒂𝒃𝒄 = 𝟏.
𝒄 𝒂 𝒃
Sabe-se que 𝑨 𝑨 = 𝑰, em que 𝑨𝑻 é a matriz transposta de 𝑨 e 𝑰 é a matriz identidade de 𝟑ª ordem.
𝑻

O produto dos possiveis valores de 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝒄𝟑 é

a) 2

b) 4

c) 6

d) 8

e) 10

132.(IME/2013)
𝟏 𝟐 𝟑
Seja 𝚫 o determinante da matriz [𝒙 𝒙𝟐 𝒙𝟑 ]. O número de possíveis valores de 𝒙 reais que anulam
𝒙 𝒙 𝟏
𝚫é

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4

133.(IME/2012)

São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝑨, 𝑩 e 𝑪, de ordem 3. Sabe-se que o determinante de


𝟏
𝑪 vale (𝟒 − 𝒙), onde 𝒙 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝑩 vale − 𝟑 e que
(𝑪𝑨𝒕 )𝒕 = 𝑷−𝟏 𝑩𝑷, onde 𝑷 é uma matriz inversível.
𝟎 𝟎 𝟏
Sabendo que 𝑨 = (𝟑 𝒙 𝟎), determine os possíveis valores de 𝒙.
𝟏 𝟎 𝟎
Obs.: (𝑴)𝒕 é a matriz transposta de 𝑴.

a) −𝟏 e 3

b) 1 e −𝟑

c) 2 e 3
d) 1 e 3

e) −𝟐 e −𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 170


Prof. Victor So

134.(IME/2012)

Calcule as raízes de 𝒇(𝒙) em função de 𝒂, 𝒃 e 𝒄, sendo 𝒂, 𝒃, 𝒄 e 𝒙 ∈ ℝ (real) e


𝒙 𝒂 𝒃 𝒄
𝒂 𝒙 𝒄 𝒃
𝒇(𝒙) = | |.
𝒃 𝒄 𝒙 𝒂
𝒄 𝒃 𝒂 𝒙

135.(IME/2010)
𝒚𝟐 + 𝒛 𝟐 𝒙𝒚 𝒙𝒛
Demonstre que a matriz ( 𝒙𝒚 𝟐 𝟐
𝒙 +𝒛 𝒚𝒛 ), onde 𝒙, 𝒚, 𝒛 ∈ ℕ, pode ser escrita como o
𝒙𝒛 𝒚𝒛 𝒙 + 𝒚𝟐
𝟐

quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem ao conjunto
dos números naturais.

Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.

136.(IME/2010)

Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝒏, definido por:


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 … 𝟏 𝟏
−𝟏 𝟑 𝟎 𝟎 … 𝟎 𝟎
| 𝟎 −𝟏 𝟑 𝟎 … 𝟎 𝟎|
𝚫𝒏 = 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟑 … 𝟎 𝟎
| … … … … … … …|
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 … 𝟑 𝟎
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 … −𝟏 𝟑
Sabendo que 𝚫𝟏 = 𝟏, o valor de 𝚫𝟏𝟎 é

a) 59049

b) 48725

c) 29524

d) 9841

e) 364

137.(IME/2009)

Seja 𝑨 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝑨𝟒 + 𝟑𝑨𝟑 ) é uma
matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝑨 é

a) −𝟖𝟏

b) −𝟐𝟕

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 171


Prof. Victor So

c) −𝟑

d) 𝟐𝟕

e) 𝟖𝟏

138. (IME/2008)

Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:


𝐥𝐨𝐠 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝒙
|𝐥𝐨𝐠 𝟔𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 | = 𝟎
𝟏 𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙

a) 𝟏, 𝟎

b) 𝝅

c) 𝟏𝟎, 𝟎
d) 𝟏𝟏, 𝟎

e) 𝟏𝟏, 𝟏

139. (IME/2007)

Seja a matriz 𝑫 dada por:


𝟏 𝟏 𝟏
𝑫=[ 𝒑 𝒒 𝒓 ]
̂ ̂)
𝒔𝒆𝒏(𝑷) 𝒔𝒆𝒏(𝑸 ̂)
𝒔𝒆𝒏(𝑹
̂, 𝑸
na qual 𝒑, 𝒒 𝐞 𝒓 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente, 𝑷 ̂ 𝐞𝑹
̂. O
valor do determinante de 𝑫 é

a) −𝟏

b) 𝟎

c) 𝟏

d) 𝝅

e) 𝒑 + 𝒒 + 𝒓

140. (IME/2007)
𝟑 𝟏
𝟏 𝟎
Considere as matrizes 𝑨 = [𝟒𝟏 𝟒
𝟑] 𝐞 𝑩 = [𝟎 𝟏 ], e seja 𝑷 uma matriz inversível tal que 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷.
𝟐
𝟒 𝟒
Sendo 𝒏 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝑨𝒏 .

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 172


Prof. Victor So

141. (IME/2006)

Seja 𝑫𝒏 = 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝒏 ), onde


𝟐 −𝟏 𝟎 𝟎 ⋯ 𝟎 𝟎
−𝟏 𝟐 −𝟏 𝟎 ⋯ 𝟎 𝟎
𝟎 −𝟏 𝟐 −𝟏 ⋯ 𝟎 𝟎
𝑨𝒏 =
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 ⋯ 𝟐 −𝟏
[𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 ⋯ −𝟏 𝟐 ]𝒏𝒙𝒏
Determine 𝑫𝒏 em função de 𝒏 (𝒏 ∈ ℕ, 𝒏 ≥ 𝟏).

142. (IME/2004)

Calcule o número natural 𝒏 que torna o determinante abaixo igual a 5.


𝟏 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟎 𝟏 −𝟏 𝟎
| |
𝟎 𝟎 𝟏 −𝟏
𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 + 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏)

143. (IME/2002)

Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑹], abaixo, é uma matriz ortogonal, sabendo-
se que 𝒏 é um número inteiro e 𝜶 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
𝐜𝐨𝐬(𝒏𝜶) −𝐬𝐞𝐧(𝒏𝜶) 𝟎
[𝑹] = [𝐬𝐞𝐧(𝒏𝜶) 𝐜𝐨𝐬(𝒏𝜶) 𝟎]
𝟎 𝟎 𝟏

144. (IME/2000)

Calcule o determinante:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
|𝟏 𝟏 𝟓 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏|
𝑫= 𝟏 𝟏 𝟏 𝟕 𝟏 𝟏 𝟏
|𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟗 𝟏 𝟏|
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟏 𝟏
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟑

145. (IME/1999)
𝟔 𝟎
Determine uma matriz não singular 𝑷 que satisfaça a equação matricial 𝑷−𝟏 𝑨 = [ ], onde 𝑨 =
𝟎 −𝟏
𝟏 𝟐
[ ].
𝟓 𝟒

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 173


Prof. Victor So

146. (IME/1994)

Um aluno, ao inverter a matriz


𝟏 𝒂 𝒃
𝑨 = [𝟎 𝒄 𝒅] = [𝒂𝒊𝒋 ], 𝟏 ≤ 𝒋, 𝒋 ≤ 𝟑
𝟒 𝒆 𝒇
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝒂𝟏𝟑 igual a 3, de forma que acabou invertendo a
matriz
𝟏 𝒂 𝒃
𝑩 = [𝟎 𝒄 𝒅] = [𝒃𝒊𝒋 ]
𝟑 𝒆 𝒇
Com esse engano o aluno encontrou
𝟓/𝟐 𝟎 −𝟏/𝟐
−𝟏
𝑩 =[ 𝟑 𝟏 −𝟏 ]
−𝟓/𝟐 𝟎 𝟏/𝟐
Determinar 𝑨−𝟏 .

Obs.: O elemento (𝟑, 𝟏) de 𝑩−𝟏 deve ser −𝟑/𝟐.

147. (IME/1993)

Determine os valores de 𝒙 para que:


𝒙 𝟐 𝟒 𝟔
𝒙 𝒙+𝟐 𝟎 𝟏𝟎
| 𝟐 |=𝟎
𝒙 𝟎 𝟒𝒙 𝟒
𝒙 𝟒 𝟏𝟎 𝒙 − 𝟐

148. (IME/1992)

Calcule o valor do determinante abaixo:


𝒎+𝒙 𝒎 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎
𝒎 𝒎+𝒙 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎
| 𝒎 𝒎 𝒎+𝒙 𝒎 ⋯ 𝒎 |
𝑫𝒏 =
| 𝒎 𝒎 𝒎 𝒎+𝒙 ⋯ 𝒎 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝒎 𝒎 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎+𝒙

149. (IME/1991)

Determine todas as matrizes 𝑿 reais, de dimensões 𝟐𝒙𝟐, tais que 𝑨𝑿 = 𝑿𝑨, para toda matriz 𝑨 real
𝟐𝒙𝟐.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 174


Prof. Victor So

150. (IME/1990)

Calcule o determinante da matriz 𝒏𝒙𝒏 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 𝟏.

151. (IME/1989)

Calcule o determinante da matriz


𝒂𝟐 (𝒂 + 𝟏)𝟐 (𝒂 + 𝟐)𝟐 (𝒂 + 𝟑)𝟐
𝒃𝟐 (𝒃 + 𝟏)𝟐 (𝒃 + 𝟐)𝟐 (𝒃 + 𝟑)𝟐
𝒄𝟐 (𝒄 + 𝟏)𝟐 (𝒄 + 𝟐)𝟐 (𝒄 + 𝟑)𝟐
[𝒅𝟐 (𝒅 + 𝟏)𝟐 (𝒅 + 𝟐)𝟐 (𝒅 + 𝟑)𝟐 ]

152. (IME/1988)

Sejam 𝑨, 𝑩 𝐞 𝑪 matrizes 𝟓𝒙𝟓, com elementos reais. Denotando-se por 𝑨′ a matriz transposta de 𝑨:

a) Mostre que se 𝑨 ⋅ 𝑨′ = 𝟎, então 𝑨 = 𝟎.

b) Mostre que se 𝑩 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨′ = 𝑪 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨′, então 𝑩 ⋅ 𝑨 = 𝑪 ⋅ 𝑨.

153. (IME/1987)

Sejam
𝒂 𝒃
𝒄 𝒅 𝒊 𝒋 𝒍 𝒎
𝑨=( ) 𝐞𝑩=( )
𝒆 𝒇 𝒏 𝒐 𝒑 𝒒
𝒈 𝒉
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝑨𝑩 é inversível.

GABARITO

79.
80. b
81. a
82. a
83. e
84. a
85. c
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
86. 𝐚) 𝑩 = [ ] 𝐛) 𝐒𝐢𝐦. 𝐄𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
87. e
88. a
89. c
90. b

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 175


Prof. Victor So

91. c
92. Ordem 5
𝒙 𝟎
93. 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
94. c
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟐 𝟐
95. ( ),( ) , (√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (−√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃𝟐 𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
96. d
𝟐
97. 𝒄𝟑𝟒 = − 𝟏𝟏
98. d
99. Demonstração
100.d
101.a
102.
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
(0 1 0) ; ( 0 1 0) ; (0 −1 0) ; (0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0)
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1
103.d
104.(𝒅 − 𝒄)(𝒅 − 𝒃)(𝒅 − 𝒂)(𝒄 − 𝒃)(𝒄 − 𝒂)(𝒃 − 𝒂)
105.a
106.c
107.e
108.a
109.e
110.a
111.b
112.a
113.c
114.d
115.c
116.a
117.e
118.e
119.c
120.d
121.e
122.𝒌 = 𝟓
123.a) Demonstração b) 𝑪 e 𝑫 são semelhantes
124.e
125.e
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −𝟐
126.𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏
) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐
𝟏
)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −𝟐
𝟐 𝟐 𝟐
127.d
128.e

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 176


Prof. Victor So

129.𝟐𝑺𝟑 𝑷
130.a
131.Questão anulada
132.c
133.d
134.𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄
135.Demonstração
136.c
137.e
138.e
139.b
𝟏 𝒏
140.𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = (𝟐)
141.𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏
142.𝒏 = 𝟑
143.Prova
144.𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎
𝟏
−𝟐
145.𝑷 = [𝟔𝟓 ]
−𝟒
𝟔
𝟓 𝟎 −𝟏
−𝟏
146.𝑨 = [ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
𝟒
147.𝒙 = {−𝟐, 𝟎, 𝟕}
148.𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏
𝒎 𝟎
149.𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
150.𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏
151.𝑫 = 𝟎
152.Prova
153.𝑨𝑩 é não inversível

RESOLUÇÃO
79. (ITA/2021)

Determine todos os valores do número real 𝒂 para os quais a matriz


𝟏 𝒂𝟑 −𝒂 𝟑 𝟐
𝟐 𝒂𝟐 𝟏 𝒂𝟑 𝒂
𝟎 𝟎 𝟎 𝒂 −𝒂𝟐
−𝒂 𝟎 𝟎 𝟎 𝟑
( 𝒂𝟐 𝟎 𝟎 −𝟑 𝟎 )
é não singular.
Comentários
Vamos calcular o determinante da matriz:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 177


Prof. Victor So

1 𝑎3 −𝑎 3 2
2 3
2 𝑎 1 𝑎 𝑎
| |
𝐷=| 0 0 0 𝑎 −𝑎2 |
−𝑎 0 0 0 3
2
𝑎 0 0 −3 0
Da segunda coluna e da terceira linha, podemos colocar os fatores comuns 𝒂𝟐 e 𝒂 em
evidência, respectivamente. Logo:
1 𝑎 −𝑎 3 2 1 𝑎 −𝑎 3 2
2 1 1 𝑎3 𝑎 2 1 1 𝑎3 𝑎
2 |
𝐷 =𝑎 ⋅𝑎⋅| 0 0 0 1 | 3 |
−𝑎| = 𝑎 ⋅ | 0 0 0 1 −𝑎||
−𝑎 0 0 0 3 −𝑎 0 0 0 3
𝑎2 0 0 −3 0 𝑎2 0 0 −3 0
Aplicando a regra de Chió:
1 − 2𝑎 1 + 2𝑎 𝑎3 − 6 𝑎−4
𝐷 = 𝑎3 ⋅ | 02 0 1 −𝑎 |
𝑎 −𝑎2 3𝑎 3 + 2𝑎
−𝑎3 𝑎3 −3 − 3𝑎2 −2𝑎2
Fazendo 𝐶1 → 𝐶1 + 𝐶2 :
2 1 + 2𝑎 𝑎3 − 6 𝑎−4
𝐷 = 𝑎 3 ⋅ |0 0
2
1 −𝑎 |
0 −𝑎 3𝑎 3 + 2𝑎
3
0 𝑎 −3 − 3𝑎2 −2𝑎2
Aplicando o teorema de Laplace na primeira coluna:
0 1 −𝑎
3( )1+1 2
𝐷 = 𝑎 2) ⋅ (−1 ⋅ |−𝑎 3𝑎 3 + 2𝑎|
3 2
𝑎 −3 − 3𝑎 −2𝑎2
𝐷 = 2𝑎3 [𝑎3 (3 + 2𝑎) − 𝑎3 (3 + 3𝑎2 ) + 3𝑎5 − 2𝑎4
𝐷 = 2𝑎6 (3 + 2𝑎 − 3 − 3𝑎2 + 3𝑎2 − 2𝑎) = 2𝑎6 (0) = 0
Portanto, a matriz é singular para qualquer 𝑎 real. Logo, não existe valor de 𝑎 real que
torna a matriz não singular.

Gabarito:
80. (ITA/2020)

Considere o conjunto 𝑴(𝒏, 𝒌) de todas as matrizes quadradas de ordem 𝒏 × 𝒏, com exatamente 𝒌


elementos iguais a 1, e os demais iguais a 0 (zero). Escolhendo aleatoriamente matrizes 𝑳 ∈ 𝑴(𝟑, 𝟏)
e 𝑹 ∈ 𝑴(𝟒, 𝟐), a probabilidade de que 𝑳𝟐 = 𝟎 e 𝑹𝟐 = 𝟎 é igual a
𝟏
a) 𝟑.
𝟏
b) 𝟓.
𝟒
c) 𝟏𝟓.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 178


Prof. Victor So

𝟏𝟑
d) 𝟑𝟎.
𝟐𝟗
e) 𝟑𝟎.

Comentários
I) Analisemos as matrizes 𝐿 ∈ 𝑀(3, 1). Como 𝑛 = 3 e 𝑘 = 1, temos uma matriz de ordem
3𝑥3 e um único elemento igual a 1. Temos, por exemplo:
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2
𝐿 = ( 1 0 0) ⇒ 𝐿 = ( 1 0 0) ( 1 0 0) = ( 0 0 0)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0
2
𝐿 = ( 0 0 0) ⇒ 𝐿 = ( 0 0 0) ( 0 0 0) = ( 0 0 0)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Note que nesse caso, se o elemento 1 estiver na diagonal principal, 𝐿2 ≠ 0. Portanto, das
9 posições possíveis, podemos escolher apenas 6 (excluindo-se a diagonal principal) para inserir
o elemento 1. Assim, temos:
6 2
𝑃(𝐿2 = 0) = =
9 3
II) 𝑅 ∈ 𝑀(4, 2), temos matrizes de ordem 4𝑥4 e 2 elementos 1. Como analisamos no item
I, se tivermos um elemento na diagonal principal, a matriz 𝑅2 ≠ 0. Então, para o primeiro
elemento 1, temos que ele pode escolher 12 das 16 posições possíveis (excluindo-se a diagonal
principal), logo, essa probabilidade é
12 3
=
16 4
Para o segundo elemento 1, devemos analisar do seguinte modo. Seja 𝑅 definido por (𝑟𝑖𝑗 ),
assim, temos que os elementos de 𝑅2 serão:
4

(𝑅2 )𝑖𝑗 = ∑ 𝑟⏟
𝑖𝑘 ⋅ 𝑟⏟
𝑘𝑗
𝑘=1 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎

Então, para obtermos uma matriz nula desse produto, temos que o segundo 1 não pode
ocupar a diagonal principal (4 casos) e também não pode ocupar as posições que fazem com que
𝑟𝑖𝑘 ⋅ 𝑟𝑘𝑗 = 1, isso ocorre quando a linha do segundo elemento 1 é a coluna do primeiro (3 casos
excluindo-se a diagonal principal) e quando a coluna do segundo elemento 1 é a linha do primeiro
elemento (2 casos), logo, das 15 posições possíveis para o segundo elemento, temos:
3 15 − 4 − 3 − 2 3 6 3
𝑃 (𝑅 2 = 0) = ⋅ = ⋅ =
4 15 4 15 10
Portanto, a probabilidade pedida é:
2 3 1
𝑃(𝐿2 = 0) ⋅ 𝑃(𝑅 2 = 0) = ⋅ =
3 10 5
Gabarito: “b”.
81. (ITA/2019)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 179


Prof. Victor So

Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝑨 de ordem 𝒏 𝒙 𝒏 inversiveis, tais que os


seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:

I. |𝒅𝒆𝒕(𝑨)| = 𝟏.

II. 𝑨𝑻 = 𝑨−𝟏 .

III. 𝑨 + 𝑨−𝟏 é uma matriz diagonal.

É(são) sempre VERDADEIRA(S)

a) apenas I.

b) apenas III.

c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

e) todas.
Comentários
I. Verdadeira.
Como os elementos da matriz 𝐴 e os de sua inversão são todos inteiros, temos que det 𝐴
e det 𝐴−1 são ambos inteiros. Sabendo que:
1
det 𝐴−1 =
det 𝐴
Temos, necessariamente, det 𝐴 = ±1 e isso implica |det 𝐴| = 1.
II. Falsa.
Temos uma afirmação muito genérica. Normalmente, afirmações desse tipo são falsas,
vamos encontrar um contra-exemplo:
2 1 4 −1 2 7
Se 𝐴 = ( ), temos 𝐴−1 = ( ) e 𝐴𝑇 = ( ).
7 4 −7 2 1 4
Note que |det 𝐴| = 1.
III. Falsa.
Novamente, vamos encontrar um contra-exemplo:
1 2 3 1 −2 5 2 0 8
−1 −1
Se 𝐴 = (0 1 4), temos 𝐴 = (0 1 −4). Logo, 𝐴 + 𝐴 = (0 2 0) e essa
0 0 1 0 0 1 0 0 2
não é uma matriz diagonal.
Gabarito: “a”.
82. (ITA/2018)
Uma progressão aritmética (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , … , 𝒂𝒏 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝒏 ∈ ℕ, a soma da
𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
progressão é igual a 𝟐𝒏 + 𝟓𝒏. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝒂𝟒
𝟐 𝒂𝟓 𝒂𝟔 ] é
𝒂𝟕 + 𝟐 𝒂𝟖 𝒂𝟗

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 180


Prof. Victor So

a) −𝟗𝟔.

b) −𝟖𝟓.

c) 𝟔𝟑.

d) 𝟗𝟗.

e) 𝟏𝟏𝟓.
Comentários
O enunciado nos dá a soma dos 𝑛 termos da progressão, podemos encontrar os termos da
PA e sua razão:
𝑆𝑛 = 2𝑛2 + 5𝑛
𝑛 = 1 ⇒ 𝑆1 = 𝑎1 = 2 ⋅ (1)2 + 5 ⋅ 1 = 7
𝑛 = 2 ⇒ 𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2 = 2 ⋅ (2)2 + 5 ⋅ 2 = 18 ⇒ 𝑎2 = 18 − 7 = 11
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 11 − 7 = 4
Vamos substituir os termos da PA e calcular o determinante da matriz:
𝑎1 𝑎2 𝑎3 7 11 15
| 𝑎4 𝑎5 𝑎6 | = |19 23 27|
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9 33 35 39
Para facilitar os cálculos, vamos simplificar o determinante. Lembrando que aplicando-se
o Teorema de Jacobi, o determinante não se altera, então, temos:
Multiplicando a segunda coluna por (−1) e somando à terceira:
7 11 15 7 11 4 7 11 1
|19 23 27| = |19 23 4| = 4 ⋅ |19 23 1|
33 35 39 33 35 4 33 35 1

Multiplicando a primeira coluna por (−1) e somando à segunda:


7 11 1 7 4 1 7 2 1
4 ⋅ |19 23 1| = 4 ⋅ |19 4 1| = 8 ⋅ |19 2 1|
33 35 1 33 2 1 33 1 1

Multiplicando a primeira linha por (−1) e somando à segunda e à terceira, encontramos:


7 2 1 7 2 1
8 ⋅ |19 2 1| = 8 ⋅ |12 0 0| = 8 ⋅ (−12) = −96
33 1 1 26 −1 0
Gabarito: “a”.
83. (ITA/2018)
Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes quadradas 𝒏 𝒙 𝒏 tais que 𝑨 + 𝑩 = 𝑨 ⋅ 𝑩 e 𝑰𝒏 a matriz identidade 𝒏 𝒙 𝒏. Das
afirmações:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 181


Prof. Victor So

I. 𝑰𝒏 − 𝑩 é inversível;

II. 𝑰𝒏 − 𝑨 é inversível;

III. 𝑨 ⋅ 𝑩 = 𝑩 ⋅ 𝑨.

é (são) verdadeira(s)

a) Somente I.

b) Somente II.

c) Somente III.

d) Somente I e II.

e) Todas.
Comentários
Sabemos que uma matriz é inversível se, e somente se, o seu determinante é diferente de
zero. Então, analisando a afirmação I e II, se det(𝐼𝑛 − 𝐵) ≠ 0 e det(𝐼𝑛 − 𝐴) ≠ 0, temos que 𝐼𝑛 −
𝐵 e 𝐼𝑛 − 𝐴 são inversíveis.
O enunciado diz que:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Vamos manipular a equação de modo a encontrar 𝐼 − 𝐴 e 𝐼 − 𝐵:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵 ⇒ 𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 = 0
Subtraindo 𝐼, a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛, nos dois lados da equação:
𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 − 𝐼 = −𝐼 ⇒ 𝐴(𝐼 − 𝐵) − (𝐼 − 𝐵) = −𝐼 ⇒ (𝐴 − 𝐼)(𝐼 − 𝐵) = −𝐼
⇒ (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) = 𝐼
Aplicando o determinante, encontramos:
det[(𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵)] = 1 ⇒ det(𝐼 − 𝐴) det(𝐼 − 𝐵) = 1
Logo, analisando a equação acima, temos det(𝐼 − 𝐴) ≠ 0 e det(𝐼 − 𝐵) ≠ 0. Portanto,
ambas as matrizes são inversíveis e uma é a inversa da outra (devido ao produto (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) =
𝐼).
A afirmação III afirma que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Sabemos que as matrizes (𝐼 − 𝐴) e (𝐼 − 𝐵) são
inversas uma da outra, então:
𝐼 = (𝐼 − 𝐵)(𝐼 − 𝐴) = 𝐼 − 𝐴 − 𝐵 + 𝐵𝐴 = 𝐼 − (⏟𝐴 + 𝐵) + 𝐵𝐴 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴
𝐴𝐵

⇒ 𝐼 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴
Portanto, todas as afirmações são verdadeiras.
Gabarito: “e”.
84. (ITA/2017)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 182


Prof. Victor So

𝟏 𝟎 𝟎 𝟕 𝟎 𝟐
Sejam 𝑫 = [𝟎 𝟐 𝟎 ] e 𝑷 = [𝟎 𝟏 𝟎].
𝟎 𝟎 𝟑 𝟐 𝟎 𝟓
Considere 𝑨 = 𝑷−𝟏 𝑫𝑷. O valor de 𝒅𝒆𝒕(𝑨𝟐 + 𝑨) é

a) 144.

b) 180.

c) 240.

d) 324.

e) 360.
Comentários
Usando o Teorema de Binet, temos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det[𝐴(𝐴 + 𝐼)] = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼)
O enunciado da questão afirma que:
𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃
Aplicando o determinante:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐷𝑃) = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐷 ⋅ det 𝑃 = det 𝐷
Para calcular o determinante de 𝐴 + 𝐼, vamos somar 𝐼 na identidade dada:
𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + ⏟
𝐼 ⇒ 𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + 𝑃−1 𝑃
𝑃−1 𝑃

𝐴 + 𝐼 = 𝑃 −1 (𝐷𝑃 + 𝑃) = 𝑃−1 (𝐷 + 𝐼)𝑃 ⇒ det(𝐴 + 𝐼) = det(𝐷 + 𝐼)


Dessa forma, precisamos calcular o valor da seguinte expressão:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼)
Vamos calcular det 𝐷:
1 00
det 𝐷 = |0 0| = 6
2
0 30
2 0 0
det(𝐷 + 𝐼) = |0 3 0| = 24
0 0 4
Substituindo esses resultados na equação, obtemos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼) = 6 ⋅ 24 = 144
Gabarito: “a”.
85. (ITA/2016)
𝟏 −𝟏 𝟐 𝟏
Se 𝑴 = [ ]e𝑵=[ ], então 𝑴𝑵𝑻 − 𝑴−𝟏 𝑵 é igual a
𝟐 𝟎 −𝟏 𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 183


Prof. Victor So

𝟑 𝟓
−𝟐
a) [𝟐𝟓 𝟑
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏
−𝟐
b) [𝟐𝟕 𝟓
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏𝟏

𝟐 𝟐
c) [𝟏𝟑 𝟓
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟓
−𝟐
𝟐
d) [𝟏𝟑 𝟑
]
−𝟐
𝟐
𝟑 𝟏𝟏

𝟐 𝟐
e) [𝟏𝟑 𝟑 ]
−𝟐
𝟐

Comentários
𝑎 𝑏
Vamos calcular a inversa de 𝑀, seja 𝑀−1 = [ ]:
𝑐 𝑑
1 −1 𝑎 𝑏 1 0
𝑀𝑀−1 = 𝐼 ⇒ [ ][ ]=[ ]
2 0 𝑐 𝑑 0 1
𝑎−𝑐 =1 1
𝑎 = 0 ⇒ 𝑐 = −1 0
𝑏−𝑑 =0 1 1 ⇒ 𝑀−1 = [ 2]
{ ⇒{
2𝑎 = 0 𝑏= ⇒𝑑= 1
2 2 −1
2𝑏 = 1 2
Calculando o valor da expressão:
1 1 3
0 −
1 −1 2 −1 2] [ 2 1 1 −4
𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 = [ ][ ]−[ ]=[ ]−[ 2 2]
2 0 1 3 1 −1 3 4 −2 5 1
−1 −
2 2 2
3 11

=[2 2]
13 5

2 2
Gabarito: “c”.
86. (ITA/2016)
𝟏 𝟎
Seja 𝑨 a matriz de ordem 𝟑𝒙𝟐, dada por 𝑨 = [𝟎 𝟏].
𝟏 𝟏
a) Determine todas as matrizes 𝑩 tais que 𝑩𝑨 = 𝑰𝟐 .
b) Existe uma matriz 𝑩 com 𝑩𝑨 = 𝑰𝟐 que satisfaça 𝑩𝑩𝑻 = 𝑰𝟐? Se sim, dê um exemplo de uma dessas
matrizes.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 184


Prof. Victor So

Comentários
𝑎 𝑏 𝑐
a) Seja 𝐵 = [ ], então, temos:
𝑑 𝑒 𝑓
𝑎+𝑐 =1
𝑎 𝑏 𝑐 1 0
1 0 𝑏+𝑐 =0
𝐵𝐴 = 𝐼2 ⇒ [ ][ 1] = [ ]⇒{
𝑑 𝑒 𝑓 0 0 1 𝑑+𝑓 =0
1 1
𝑒+𝑓 =1
Vamos colocar todas as variáveis em função de 𝑎 e 𝑑:
𝑎+𝑐 =1 𝑐 =1−𝑎
𝑏+𝑐 =0 𝑏 = −𝑐 = 𝑎 − 1
{ ⇒ {
𝑑+𝑓 =0 𝑓 = −𝑑
𝑒+𝑓 =1 𝑒 =1−𝑓 =1+𝑑
𝑎 𝑎−1 1−𝑎
∴ 𝐵=[ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑
b) Vamos verificar se existe a matriz:
𝑎 𝑑
𝑇 𝑎 𝑎−1 1−𝑎 1 0
𝐵𝐵 = 𝐼2 ⇒ [ ] [𝑎 − 1 1 + 𝑑] = [ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑 0 1
1−𝑎 −𝑑
1
3𝑎2 − 4𝑎 + 1 = 0 ⇒ 𝑎 = 1 𝑜𝑢 𝑎 =
𝑎 2 + (𝑎 − 1 )2 + (1 − 𝑎 )2 = 1 3
2𝑑 + 1
{𝑎𝑑 + (𝑎 − 1)(1 + 𝑑 ) − (1 − 𝑎)𝑑 = 0 ⇒ 3𝑎𝑑 + 𝑎 − 1 − 2𝑑 = 0 ⇒ 𝑎 =
3𝑑 + 1
𝑑 2 + (1 + 𝑑 )2 + 𝑑 2 = 1 2
𝑑 (3𝑑 + 2) = 0 ⇒ 𝑑 = 0 𝑜𝑢 𝑑 = −
{ 3
Analisando o sistema acima, podemos verificar que as soluções são dadas por:
1 2
(𝑎; 𝑑 ) ∈ {(1; 0); ( ; − )}
3 3
Para 𝑎 = 1 e 𝑑 = 0, temos a seguinte matriz:
1 0 0
𝐵=[ ]
0 1 0
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: a) 𝑩 = [ ] b) Sim. Exemplo: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
87. (ITA/2015)
Seja 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) a matriz tal que 𝒂𝒊𝒋 = 𝟐𝒊−𝟏 (𝟐𝒋 − 𝟏), 𝟏 ≤ 𝒊, 𝒋 ≤ 𝟓. Considere as afirmações a
𝟓𝒙𝟓
seguir:

I. Os elementos de cada linha 𝒊 formam uma progressão aritmética de razão 𝟐𝒊 .

II. Os elementos de cada coluna 𝒋 formam uma progressão geométrica de razão 2.


III. 𝒕𝒓𝑨 é um número primo.

É (são) verdadeira(s)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 185


Prof. Victor So

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

d) apenas I e III.

e) I, ll e III.
Comentários
I. Vamos analisar os elementos da linha 𝑖.
Se 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), então:
𝑎𝑖,𝑗+1 = 2𝑖−1 (2(𝑗 + 1) − 1) = 2𝑖−1 ((2𝑗 − 1) + 2) = 2
⏟𝑖−1 (2𝑗 − 1) + 2𝑖
𝑎𝑖𝑗

⇒ 𝑎𝑖,𝑗+1 − 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖
Os elementos de cada linha dessa matriz formam uma PA de razão 2𝑖 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. Vamos analisar os elementos de cada coluna:
𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1)
𝑎𝑖+1,𝑗 = 2𝑖 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ ⏟
2𝑖−1 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
𝑎𝑖𝑗

⇒ 𝑎𝑖+1,𝑗 = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
Pela equação acima, podemos ver que ela é uma PG de razão 𝑞 = 2.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Sendo 𝐴 uma matriz 5𝑥5, então, pela definição de 𝑡𝑟𝐴, temos:
5

𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑘,𝑘
𝑘=1

Usando os dados do enunciado:


𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1)
𝑎1,1 = 21−1 (2 ⋅ 1 − 1) = 1
𝑎2,2 = 22−1 (2 ⋅ 2 − 1) = 6
𝑎3,3 = 23−1 (2 ⋅ 3 − 1) = 20
𝑎4,4 = 24−1 (2 ⋅ 4 − 1) = 56
𝑎5,5 = 25−1 (2 ⋅ 5 − 1) = 144
⇒ 𝑡𝑟𝐴 = 1 + 6 + 20 + 56 + 144 = 227
227 é um número primo, logo, afirmação verdadeira.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 186


Prof. Victor So

∴ 𝑇𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑎çõ𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠


Gabarito: “e”.
88. (ITA/2014)

Seja 𝑴 uma matriz quadrada de ordem 𝟑, inversivel, que satisfaz a igualdade


𝟑 𝟐
𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑴𝟐 ) − 𝐝𝐞𝐭( √𝟐𝑴𝟑 ) = 𝐝𝐞𝐭 (𝟑𝑴).
𝟗
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑴 é

a) 𝟏/𝟑

b) 𝟏/𝟐

c) 𝟐/𝟑

d) 𝟒/𝟓

e) 𝟓/𝟒
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e sabendo que a matriz é de ordem 3, temos:
3 2
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) = det (3𝑀)
9
3 3 2
23 (det 𝑀)2 − √2 (det 𝑀)3 = ⋅ 33 det 𝑀
9
2 3
8(det 𝑀) − 2(det 𝑀) = 6 det 𝑀
Fazendo det 𝑀 = 𝑥:
2𝑥 3 − 8𝑥 2 + 6𝑥 = 0
𝑥 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) = 0
𝑥 (𝑥 − 3)(𝑥 − 1) = 0
Assim, encontramos os possíveis valores para o determinante de 𝑀:
det 𝑀 = 0 𝑜𝑢 det 𝑀 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀 = 3
1
Lembrando que det 𝑀−1 = e que para 𝑀 ter inversa, devemos ter det 𝑀 ≠ 0, temos:
det 𝑀
1
det 𝑀−1 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀−1 =
3
Portanto, encontramos o gabarito na letra a.
Gabarito: “a”.
89. (ITA/2014)
Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝑨 e 𝑩 de ordem 𝒏, com 𝑨 inversível
e 𝑩 antissimétrica:

I. Se o produto 𝑨𝑩 for inversível, então 𝒏 é par;

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 187


Prof. Victor So

II. Se o produto 𝑨𝑩 não for inversível, então 𝒏 é ímpar;

III. Se 𝑩 for inversível, então 𝒏 é par.

Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)

a) Apenas I.

b) Apenas I e II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) Todas.
Comentários
I. Vamos verificar se 𝑨𝑩 é inversível:
Se 𝐴 é uma matriz inversível, temos det 𝐴 ≠ 0.
Como 𝐵 é antissimétrica, temos:
𝐵𝑡 = −𝐵 ⇒ det 𝐵 𝑡 = det(−𝐵) ⇒ det 𝐵 = (−1)𝑛 det 𝐵 ⇒ det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0
Se 𝑛 for par:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (1 − 1) = 0
Nesse caso, det 𝐵 não é necessariamente igual a zero.
Se 𝑛 for ímpar:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (2) = 0 ⇒ det 𝐵 = 0
Então, se 𝐴𝐵 é inversível, temos det(𝐴𝐵) ≠ 0 e, assim, ⏟
det 𝐴 ⋅ ⏟
det 𝐵 ≠ 0. Desse modo,
≠0 ≠0
devemos ter 𝑛 par para det 𝐵 ≠ 0.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. Se 𝐴𝐵 não for inversível, devemos ter det 𝐵 = 0. Sabemos que 𝑛 ímpar implica det 𝐵 =
0, mas, 𝑛 par também pode ocasionar det 𝐵 = 0. Logo, afirmação falsa.
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
III. Como analisamos na afirmação I, devemos ter 𝑛 par para 𝐵 ser inversível.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “c”.
90. (ITA/2014)
𝟐𝒆−𝟐𝒕 −𝒆𝟐𝒕 −𝟏
Considere a equação 𝑨(𝒕) ⋅ 𝑿 = 𝑩(𝒕), 𝒕 ∈ ℝ, em que 𝑨(𝒕) = [ −𝟏 𝟏 𝟏 ],𝑿 =
−𝟑 𝟏 𝟐
𝒙 𝒆𝒕
[𝒚] 𝐞 𝑩(𝒕) = [−√𝟐]. Sabendo que 𝐝𝐞𝐭 𝑨(𝒕) = 𝟏 e 𝒕 ≠ 𝟎, os valores de 𝒙, 𝒚 e 𝒛 são,
𝒛 𝟎
respectivamente,

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 188


Prof. Victor So

a) 𝟐√𝟐, 𝟎, −𝟑√𝟐.

b) −𝟐√𝟐, 𝟎, −𝟑√𝟐.

c) 𝟎, 𝟑√𝟐, 𝟐√𝟐.

d) 𝟎, 𝟐√𝟑, √𝟑.

e) 𝟐√𝟑, −√𝟑, 𝟎.
Comentários
Inicialmente, devemos calcular o valor de 𝑡. Se det 𝐴(𝑡 ) = 1, temos:
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
det 𝐴(𝑡 ) = | −1 1 1 |=1
−3 1 2
−2𝑡 2𝑡 −2𝑡
4𝑒 + 3𝑒 + 1 − 3 − 2𝑒 − 2𝑒 2𝑡 = 1
2𝑒 −2𝑡 + 𝑒 2𝑡 − 3 = 0
𝑒 4𝑡 − 3𝑒 2𝑡 + 2 = 0 ⇒ (𝑒 2𝑡 − 2)(𝑒 2𝑡 − 1) = 0
Raízes:
𝑒 2𝑡 = 1 ⇒ 𝑡 = 0, não convém, pois 𝑡 ≠ 0
𝑒 2𝑡 = 2 ⇒ 𝑒 𝑡 = √2
⇒ 𝑒 2𝑡 = 2
1
⇒ 𝑒 −2𝑡 =
2
Vamos usar a equação para calcular os valores pedidos:
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1 𝑥 𝑒𝑡
𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡 ) ⇒ [ −1 1 1 ] [𝑦] = [−√2]
−3 1 2 𝑧 0
1 −2 −1 𝑥 √2
⇒ [−1 1 1 ] [𝑦] = [−√2]
−3 1 2 𝑧 0
𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = √2 (𝐼)
{ −𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = −√2 (𝐼𝐼)
−3𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 0 (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼 ), encontramos 𝑦 = 0.
De (𝐼𝐼𝐼), para 𝑦 = 0 temos 𝑧 = 3𝑥/2. Substituindo em (𝐼):
3𝑥 𝑥
𝑥− = √2 ⇒ − = √2 ⇒ 𝑥 = −2√2
2 2
⇒ 𝑧 = −3√2
Portanto:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 189


Prof. Victor So

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2√2, 0, −3√2)


Gabarito: “b”.
91. (ITA/2013)

Considere 𝑨 ∈ 𝑴𝟓𝒙𝟓 (ℝ) com 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = √𝟔 e 𝜶 ∈ ℝ\{𝟎}. Se 𝐝𝐞𝐭(𝜶𝑨𝒕 𝑨𝑨𝒕 ) = √𝟔𝜶𝟐, o valor de 𝜶 é

a) 𝟏/𝟔

b) √𝟔/𝟔
𝟑
c) √𝟑𝟔/𝟔

d) 𝟏

e) √𝟐𝟏𝟔
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e o Teorema de Binet, temos:
det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 ⇒ 𝛼 5 det 𝐴𝑡 det 𝐴 det 𝐴𝑡 = √6𝛼 2
𝛼 2 (𝛼 3 (det 𝐴)3 − √6) = 0
Como 𝛼 ≠ 0 e det 𝐴 = √6, temos:
3

𝛼 3 (det
⏟ 𝐴) − √6 = 0
√6

3
3 1 √36
√6 3
𝛼=√ =√ =
√63 6 6

Gabarito: “c”.
92. (ITA/2012)

Considere a matriz quadrada 𝑨 em que os termos da diagonal principal são 𝟏, 𝟏 + 𝒙𝟏 , 𝟏 + 𝒙𝟐 , … , 𝟏 +


𝒙𝒏 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , … , 𝒙𝒏 ) é uma progressão geométrica
cujo primeiro termo é 𝟏/𝟐 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz 𝑨 para que o seu
determinante seja igual a 𝟐𝟓𝟔.
Comentários
De acordo com o enunciado:
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1 1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1
𝐴= 1 1 1 + 𝑥2 1 |
⇒ det 𝐴 = |1 1 1 + 𝑥2 1 |
|
⋮ ⋱ 1 ⋮ ⋱ 1
[1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛 ] 1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛
Já que 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 190


Prof. Victor So

𝑥1 0 0 0
0 𝑥2 0 ⋯ 0
|
det 𝐴 = | 0 0 𝑥3 0 | = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛
|
⋮ ⋱ 0
0 0 0 ⋯ 𝑥𝑛
Como (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma PG, podemos usar a propriedade dos termos equidistantes da
PG:
𝑛
2 𝑛
det 𝐴 = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛 = (𝑥1 ⋅ ⏟𝑛 ) = (𝑥12 ⋅ 𝑞𝑛−1 )2
𝑥
𝑥1 ⋅𝑞𝑛−1

Substituindo os valores:
𝑛
1 2 𝑛−1 2 𝑛
det 𝐴 = (( ) 4 ) = (22𝑛−4 )2 = 2(𝑛−2)𝑛
2
det 𝐴 = 256 ⇒ 2(𝑛−2)𝑛 = 28 ⇒ 𝑛2 − 2𝑛 − 8 = 0
(𝑛 − 4)(𝑛 + 2) = 0 ⇒ 𝑛 = 4 𝑜𝑢 𝑛 = −2
𝑛 é a ordem da matriz, então, deve ser um número positivo. Logo, 𝑛 = 4. Como aplicamos
a regra de Chió uma vez, a ordem da matriz 𝐴 é igual a 𝑛 + 1 = 5.
Gabarito: ordem 5
93. (ITA/2011)

Determine todas as matrizes 𝑴 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐 (ℝ) tais que 𝑴𝑵 = 𝑵𝑴, ∀𝑵 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐 (ℝ).
Comentários
𝒙 𝒚 𝒂 𝒃
Sejam 𝑴 = ( )e𝑵=( ). De acordo com o enunciado, temos:
𝒛 𝒘 𝒄 𝒅
𝑴𝑵 = 𝑵𝑴, ∀𝑵 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐
𝒙 𝒚 𝒂 𝒃 𝒂 𝒃 𝒙 𝒚
⇒( )( )=( )( )
𝒛 𝒘 𝒄 𝒅 𝒄 𝒅 𝒛 𝒘
𝒂𝒙 + 𝒄𝒚 𝒃𝒙 + 𝒅𝒚 𝒂𝒙 + 𝒃𝒛 𝒂𝒚 + 𝒃𝒘
⇒( )=( )
𝒂𝒛 + 𝒄𝒘 𝒃𝒛 + 𝒅𝒘 𝒄𝒙 + 𝒅𝒛 𝒄𝒚 + 𝒅𝒘
Assim, encontramos o seguinte sistema:
𝑎𝑥 + 𝑐𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑦 = 𝑏𝑧 (𝐼 )
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼)
{ ⇒
𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼)
𝑏𝑧 + 𝑑𝑤 = 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 { 𝑏𝑧 = 𝑐𝑦 (𝐼𝑉 )
Queremos todas as matrizes 𝑀 quadradas de ordem 2 que satisfaçam a equação 𝑀𝑁 =
𝑁𝑀 para qualquer matriz 𝑁 quadrada e real. Como 𝑏 e 𝑐 são elementos da matriz 𝑁, para
qualquer valor dessas variáveis serem válidas, devemos ter pelas equações (𝐼) e (𝐼𝑉 ): 𝑦 = 𝑧 = 0.
Substituindo esses valores nas equações (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), obtemos:
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼) ⇒ 𝑏𝑥 = 𝑏𝑤

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 191


Prof. Victor So

𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼) ⇒ 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥
Analisando as equações acima, vemos que elas são verdadeiras para qualquer 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ se
𝑤 = 𝑥. Desse modo, as matrizes 𝑀 que satisfazem as condições do problema são do tipo:
𝑥 0
𝑀=( ) = 𝑥 ⋅ 𝐼2 , com 𝑥 ∈ ℝ
0 𝑥
𝒙 𝟎
Gabarito: 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
94. (ITA/2010)

Sobre os elementos da matriz


𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝟒
𝒚𝟏 𝒚𝟐 𝒚𝟑 𝒚𝟒
𝑨=[ ] ∈ 𝑴𝟒𝒙𝟒 (ℝ)
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎
sabe-se que (𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , 𝒙𝟑 , 𝒙𝟒 ) e (𝒚𝟏 , 𝒚𝟐 , 𝒚𝟑 , 𝒚𝟒 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4 e de
soma 80 e 255, respectivamente, então, 𝐝𝐞𝐭(𝑨−𝟏 ) e o elemento (𝑨−𝟏 )𝟐𝟑 valem, respectivamente,
𝟏
a) 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐
𝟏
b) − 𝟕𝟐 e −𝟏𝟐
𝟏
c) − 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐
𝟏 𝟏
d) − e
𝟕𝟐 𝟏𝟐
𝟏 𝟏
e) 𝟕𝟐 e 𝟏𝟐

Comentários
Podemos calcular o valor dos termos usando os dados do enunciado.
Para (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ):
80
𝑥1 + 3𝑥1 + 32 𝑥1 + 33 𝑥1 = 80 ⇒ 𝑥1 = =2
1 + 3 + 9 + 27
Para (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ):
255
𝑦1 + 4𝑦1 + 42 𝑦1 + 43 𝑦1 = 255 ⇒ 𝑦1 = =3
1 + 4 + 16 + 64
Então, a matriz 𝐴 é dada por:
2 6 18 54
3 12 48 192
𝐴=[ ]
0 0 0 1
1 0 0 0
Vamos calcular o valor do seu determinante:
2 6 18 54 1 3 9 27
3 12 48 192 1 4 16 64
det 𝐴 = | |=2⋅3⋅| |
0 0 0 1 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 192


Prof. Victor So

Aplicando a regra de Chió:


4−3 16 − 9
64 − 27 1 7 37
det 𝐴 = 6 ⋅ | 0 0 1 |=6⋅| 0 0 1 | = 6 ⋅ (−21 + 9) = −72
0−3 0−9 0 − 27 −3 −9 −27
1 1
det 𝐴−1 = =−
det 𝐴 72
Para encontrar o elemento (𝐴 )23 , não precisamos calcular toda a matriz 𝐴−1 , basta usar
−1

o método do determinante:
1 1
(𝐴−1 )23 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓23 𝐴𝑡 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓32 𝐴
det 𝐴 det 𝐴
1 2 18 54 1 1 9 27 1
(𝐴 −1 ) 3+2
23 =− ⋅ (−1) ⋅ |3 48 192| = ⋅ 6 ⋅ |1 16 64| = ⋅ (9 ⋅ 64 − 16 ⋅ 27)
72 72 12
1 0 0 1 0 0
−1
(𝐴 )23 = 12
Gabarito: “c”.
95. (ITA/2008)

Uma matriz real quadrada 𝑨 é ortogonal se 𝑨 é inversível e 𝑨−𝟏 = 𝑨𝒕 . Determine todas as matrizes
𝟐𝒙𝟐 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos de seus
elementos que estão fora da diagonal principal.
Comentários
A questão pede todas as matrizes 2𝑥2 simétricas e ortogonais. Se 𝐴 é simétrica, podemos
escrever:
𝑎 𝑏
𝐴 = 𝐴𝑡 ⇒ 𝐴 = (
)
𝑏 𝑐
𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e vale a igualdade 𝐴−1 = 𝐴𝑡 , então:
1 0 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
𝐴−1 = 𝐴𝑡 ⇒ ⏟
𝐴𝐴−1 = 𝐴𝐴𝑡 ⇒ ( )=( )( )
𝐼
0 1 𝑏 𝑐 𝑏 𝑐
𝑎2 + 𝑏2 = 1
{𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 0 ⇒ 𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0
𝑏2 + 𝑐 2 = 1
I) Se 𝑏 = 0, temos:
𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0 ⇒ 𝑎 = ±1 e 𝑐 = ±1
Possíveis matrizes:
1 0 −1 0 1 0 −1 0
( ),( ),( ),( )
0 1 0 −1 0 −1 0 1
II) Se 𝑏 ≠ 0, temos
𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0 ⇒ 𝑐 = −𝑎
𝑎2 + 𝑏2 = 1 ⇒ 𝑎 = ±√1 − 𝑏2 ⇒ 𝑐 = ∓√1 − 𝑏2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 193


Prof. Victor So

Para esse caso, como a matriz deve ser real devemos ter 1 − 𝑏2 ≥ 0:
−1 ≤ 𝑏 ≤ 1
Possíveis matrizes:
±√1 − 𝑏2 𝑏
( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
𝑏 ∓√1 − 𝑏2
Portanto, as possíveis matrizes são dadas por:

1 0 −1 0 √1 − 𝑏2 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏
( ),( ),( ),( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
0 1 0 −1 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏 √1 − 𝑏2
1 0 −1 0
As matrizes ( )e( ) já estão inclusas nas matrizes do caso II, com 𝑏 = 0.
0 −1 0 1
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟐 𝟐
Gabarito: ( ),( ) , (√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (−√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃𝟐 𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
96. (ITA/2008)

Sejam 𝑨 e 𝑪 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 inversíveis tais que 𝐝𝐞𝐭(𝑰 + 𝑪−𝟏 𝑨) = 𝟏/𝟑 e 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝟓. Sabendo-se que
𝑩 = 𝟑(𝑨−𝟏 + 𝑪−𝟏 )𝒕 , então o determinante de 𝑩 é igual a

a) 𝟑𝒏
𝟑𝒏
b) 𝟐 ⋅ (𝟓𝟐 )

c) 𝟏/𝟓
𝟑𝒏−𝟏
d) 𝟓

e) 𝟓 ⋅ 𝟑𝒏−𝟏
Comentários
Vamos aplicar o determinante em 𝐵:
𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ⇒ det 𝐵 = det[3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ]
Agora, devemos manipular a equação de forma a obter as variáveis fornecidas na questão:

det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ det (𝐴
⏟−1 + 𝐶 −1 ) = 3𝑛 ⋅ det(𝐴−1 + 𝐶 −1 𝐴𝐴−1 ) = 3𝑛 ⋅ det((𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)𝐴−1 )
𝐴−1 +𝐶 −1 𝐼

𝑛 −1 −1
det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)
𝑛
⇒ det 𝐵 = 3 ⋅ det(𝐼 + 𝐶 𝐴) ⋅ det 𝐴 =3 ⋅
det 𝐴
Substituindo o valor das variáveis, encontramos:
1
( ) 3𝑛−1
det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ 3 =
5 5
Gabarito: “d”.
97. (ITA/2006)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 194


Prof. Victor So

Sejam as matrizes
𝟏 𝟎 𝟏/𝟐 −𝟏 𝟏 𝟑 −𝟏/𝟐 𝟏
−𝟐 𝟓 𝟐 −𝟑 𝟏 −𝟐 −𝟐 𝟑
𝑨=[ ]e𝑩=[ ]
𝟏 −𝟏 𝟐 𝟏 −𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
−𝟓 𝟏 𝟑/𝟐 𝟎 𝟓 −𝟏 𝟏/𝟐 𝟓
Determine o elemento 𝒄𝟑𝟒 da matriz 𝑪 = (𝑨 + 𝑩)−𝟏 .
Comentários
Questão que pede o elemento de uma matriz inversa 4𝑥4. Para encontrá-lo, basta usar o
método do determinante:
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1 2 3 0 0
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3 −1 3 0 0
𝐴+𝐵 =[ ]+[ ]=[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1 0 0 3 2
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5 0 0 2 5
1 1
𝐶 = (𝐴 + 𝐵)−1 = ⋅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(𝐴 + 𝐵 ) = ⋅ [(𝐴 + 𝐵)′ ]𝑡
det(𝐴 + 𝐵) det(𝐴 + 𝐵 )
1
𝑐34 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵)
det(𝐴 + 𝐵)
Calculando o determinante:
2 3 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Somando a segunda linha com a primeira, temos:
1 6 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Aplicando a regra de Chió:
9 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = |0 3 2| = 135 − 36 = 99
0 2 5
1 6 0
𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵) = (−1 )4+3
|−1 3 0| = (−1)(6 + 12) = −18
0 0 2
Portanto, o elemento 𝑐34 é dado por:
18 2
𝑐34 = − =−
99 11
𝟐
Gabarito: 𝒄𝟑𝟒 = −
𝟏𝟏

98. (ITA/2006)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 195


Prof. Victor So

𝒂 𝒃 𝒄 −𝟐𝒂 −𝟐𝒃 −𝟐𝒄


Se 𝐝𝐞𝐭 [𝒑 𝒒 𝒓] = −𝟏, então o valor do 𝐝𝐞𝐭 [𝟐𝒑 + 𝒙 𝟐𝒒 + 𝒚 𝟐𝒓 + 𝒛] é igual a
𝒙 𝒚 𝒛 𝟑𝒙 𝟑𝒚 𝟑𝒛
a) 0

b) 4

c) 8

d) 12

e) 16
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes, temos:
−2𝑎 −2𝑏 −2𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] = −2 ⋅ 3 ⋅ |2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧|
3𝑥 3𝑦 3𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Multiplicando a terceira linha por (−1) e somando à segunda linha:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
⇒ −6 ⋅ |2𝑝 2𝑞 2𝑟| = −12 ⋅ |𝑝 𝑞 𝑟| = −12 ⋅ (−1) = 12
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Gabarito: “d”.
99. (ITA/2005)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes 𝟐𝒙𝟐 tais que 𝑨𝑩 = 𝑩𝑨 e que satisfazem à equação matricial 𝑨𝟐 + 𝟐𝑨𝑩 − 𝑩 =
𝟎. Se 𝑩 é inversível, mostre que (a) 𝑨𝑩−𝟏 = 𝑩−𝟏 𝑨 e que (b) 𝑨 é inversível.
Comentários
a) Para mostrar essa igualdade, devemos usar 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Multiplicando-se essa equação à
direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐴𝐵−1 ⇒ 𝐴 = 𝐵𝐴𝐵−1
Agora, multiplicando-se à esquerda por 𝐵−1 :
𝐵−1 𝐴 = 𝐵−1 𝐵𝐴𝐵−1
∴ 𝐵−1 𝐴 = 𝐴𝐵−1
b) Devemos mostrar que det 𝐴 ≠ 0, usando a equação dada, temos:
𝐴2 + 2𝐴𝐵 − 𝐵 = 0 ⇒ 𝐴𝐴 + 2𝐴𝐵 = 𝐵
Multiplicando-se a equação acima à direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐵−1 ⇒ 𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴 = 𝐼 ⇒ 𝐴(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) = 𝐼
Aplicando-se o determinante:
det[𝐴(𝐴𝐵−1 + 2𝐼)] = det 𝐼
det 𝐴 ⋅ det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) = 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 196


Prof. Victor So

Como o produto desses determinantes resulta no número 1, devemos ter det 𝐴 ≠ 0 e


det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) ≠ 0. Portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: Demonstração
100.(ITA/2004)

Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝑨 é uma matriz quadrada 𝒏 𝒙 𝒏, 𝒏 ≥ 𝟐:

I. O determinante de 𝑨 é nulo se, e somente se, 𝑨 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 ) é tal que 𝒂𝒊𝒋 = 𝟎 para 𝒊 > 𝒋, com 𝒊, 𝒋 = 𝟏, 𝟐, … , 𝒏, então 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝒂𝟏𝟏 𝒂𝟐𝟐 … 𝒂𝒏𝒏 .

III. Se 𝑩 for obtida de 𝑨, multiplicando-se a primeira coluna por √𝟐 + 𝟏 e a segunda por √𝟐 − 𝟏,


mantendo-se inalteradas as demais colunas, então 𝐝𝐞𝐭 𝑩 = 𝐝𝐞𝐭 𝑨.

Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)

a) apenas II.

b) apenas III.
c) apenas I e II.

d) apenas II e III.

e) todas.
Comentários
I. Veja que essa afirmação é falsa, pois, temos matrizes que não satisfazem essa condição
e resultam em um determinante diferente de zero. Contraexemplo:
1 1
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = 0
2 2
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
II. Temos a seguinte matriz triangular:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛
0 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴= 0 0 𝑎33 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
( 0 0 0 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 )
Vimos na aula teórica que o determinante de matrizes triangulares é igual ao produto da
sua diagonal principal, então, temos:
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Nesse caso, os elementos da primeira e segunda colunas terão os fatores comuns √2 +
1 e √2 − 1, respectivamente. Desse modo, o determinante de 𝐵 é dado por:
det 𝐵 = (√2 + 1)(√2 − 1) det 𝐴 = det 𝐴
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 197


Prof. Victor So

Gabarito: “d”.
101.(ITA/2004)

Seja 𝒙 ∈ ℝ e a matriz
𝟐𝒙 (𝒙𝟐 + 𝟏)−𝟏
𝑨=[ ]
𝟐𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓
Assinale a opção correta.

a) ∀𝒙 ∈ ℝ, 𝑨 possui inversa.

b) Apenas para 𝒙 > 𝟎, 𝑨 possui inversa.

c) São apenas dois os valores de 𝒙 para os quais 𝑨 possui inversa.

d) Não existe valor de 𝒙 para o qual 𝑨 possui inversa.

e) Para 𝒙 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 , 𝑨 não possui inversa.


Comentários
Nessa questão, devemos analisar a inversa de 𝐴. Para isso, vamos calcular o seu
determinante:
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1 1
det 𝐴 = | | = 2𝑥 (log 2 5 − 2 )
2𝑥 log 2 5 𝑥 +1
Se det 𝐴 = 0, temos que 𝐴 não possui inversa. Então:
1
2𝑥 (log 2 5 − )=0
𝑥2 + 1
Temos duas possibilidades:
2𝑥 = 0 ⇒ ∄𝑥 ∈ ℝ que satisfaz essa condição
1 1 2
1
log 2 5 − = 0 ⇒ log 2 5 = ⇒ 𝑥 + 1 =
𝑥2 + 1 𝑥2 + 1 log 2 5
𝑥 2 = log 5 2 − 1 ⇒ 𝑥 = ±√log 5 2 − 1
Note que log 5 2 < 1, então, log 5 2 − 1 < 0. Logo, 𝑥 ∉ ℝ.
Assim, ∀𝑥 ∈ ℝ, det 𝐴 ≠ 0 e, portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: “a”.
102.(ITA/2004)

Se 𝑨 é uma matriz real, considere as definições:

I. Uma matriz quadrada 𝑨 é ortogonal se e só se 𝑨 for inversível e 𝑨−𝟏 = 𝑨𝒕 .


II. Uma matriz quadrada 𝑨 é diagonal se e só se 𝒂𝒊𝒋 = 𝟎, para todo 𝒊, 𝒋 = 𝟏, … , 𝒏, com 𝒊 ≠ 𝒋.

Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e ortogonais.


Comentários

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 198


Prof. Victor So

A questão pede todas as matrizes 3𝑥3 que são diagonais e ortogonais.


Se 𝐴 é diagonal, então, ela é da forma:
𝑎 0 0
𝐴 = ( 0 𝑏 0)
0 0 𝑐
Como 𝐴 também deve ser ortogonal, temos que 𝐴 é inversível, então, det 𝐴 = 𝑎𝑏𝑐 ≠ 0 e
vale a identidade:
𝑎 0 0 𝑎 0 0 1 0 0
−1 𝑡 −1 𝑡 𝑡
𝐴 = 𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐴𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐼 ⇒ (0 𝑏 0) ( 0 𝑏 0) = ( 0 1 0)
⏟0 0 𝑐 ⏟0 0 𝑐 0 0 1
𝐴 𝐴𝑡

𝑎2 = 1
{𝑏2 = 1 ⇒ 𝑎 = ±1; 𝑏 = ±1 e 𝑐 = ±1
𝑐2 = 1
Portanto, todas as matrizes de ordem 3 são dadas por:
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
(0 1 0) ; ( 0 1 0) ; (0 −1 0) ; ( 0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0 )
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1
𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: (𝟎 𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎) ; (𝟎 −𝟏 𝟎) ; (𝟎 𝟏 𝟎)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
−𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎
( 𝟎 −𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎 ) ; (𝟎 −𝟏 𝟎 ) ; ( 𝟎 −𝟏 𝟎 )
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
103.(ITA/2003)

Sejam 𝑨 e 𝑷 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 inversíveis e 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷.

Das afirmações:

I. 𝑩𝒕 é inversível e (𝑩𝒕 )−𝟏 = (𝑩−𝟏 )𝒕 .

II. Se 𝑨 é simétrica, então 𝑩 também o é.

III. 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝝀𝑰) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩 − 𝝀𝑰) , ∀𝝀 ∈ ℝ.

é(são) verdadeira(s):

a) todas.

b) apenas I.
c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 199


Prof. Victor So

e) apenas II e III.
Comentários
I. Aplicando o determinante em 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃:
det 𝐵 = det 𝑃−1 𝐴𝑃 = det 𝑃−1 det 𝐴 det 𝑃 = det 𝐴
Como 𝐴 é inversível, temos det 𝐴 ≠ 0. Sabendo que det 𝐵𝑡 = det 𝐵 = det 𝐴 ≠ 0, então,
𝐵𝑡 é inversível e vale a propriedade (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. A afirmação diz que 𝐴 = 𝐴𝑡 ⇒ 𝐵 = 𝐵 𝑡 . Vamos verificar:
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃
𝐵 𝑡 = (𝑃−1 𝐴𝑃)𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴𝑡 (𝑃−1 )𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴(𝑃−1 )𝑡 ≠ 𝐵
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
III. Sendo 𝜆 uma constante, temos:
𝑃−1 𝑃 = 𝑃−1 𝜆𝑃
𝜆𝐼 = 𝜆 ⏟
𝐼

Subtraindo 𝑃 𝜆𝑃 em ambos os lados da equação 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃:


−1

𝐵 − 𝑃 −1 𝜆𝑃 = 𝑃−1 𝐴𝑃 − 𝑃−1 𝜆𝑃 ⇒ 𝐵 − 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑃


Aplicando o determinante na equação acima:
det(𝐵 − 𝜆𝐼) = det[𝑃−1 (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑃] = det 𝑃−1 det(𝐴 − 𝜆𝐼) det 𝑃 = det(𝐴 − 𝜆𝐼)
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “d”.
104.(ITA/2003)
Sejam 𝒂, 𝒃, 𝒄 e 𝒅 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz
𝒃𝒄𝒅 𝟏 𝒂 𝒂𝟐
[ 𝒂𝒄𝒅 𝟏 𝒃 𝒃𝟐 ]
𝒂𝒃𝒅 𝟏 𝒄 𝒄𝟐
𝒂𝒃𝒄 𝟏 𝒅 𝒅𝟐
na forma de um produto de números reais.
Comentários
Note que se multiplicarmos a primeira, segunda, terceira e quarta linha por 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑,
respectivamente, obtemos o fator comum 𝑎𝑏𝑐𝑑 na primeira coluna:
𝒃𝒄𝒅 𝟏 𝒂 𝒂𝟐 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒂 𝒂𝟐 𝒂𝟑 𝟏 𝒂 𝒂𝟐 𝒂𝟑
𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒂𝒄𝒅 𝟏 𝟐
𝒃 𝒃 ]= 𝟏 𝒃 𝒃𝟐 𝟑 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒃 𝒃𝟐 𝒃𝟑 |
⋅[ ⋅ |𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒃 |= |𝟏
𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒂𝒃𝒅 𝟏 𝒄 𝒄𝟐 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒄 𝒄𝟐 𝒄𝟑 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝟏 𝒄 𝒄𝟐 𝒄𝟑
𝒂𝒃𝒄 𝟏 𝒅 𝒅𝟐 𝒂𝒃𝒄𝒅 𝒅 𝒅𝟐 𝒅𝟑 𝟏 𝒅 𝒅𝟐 𝒅𝟑
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
⇒ |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑐 𝑐2 𝑐3
1 𝑑 𝑑2 𝑑3

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 200


Prof. Victor So

Lembrando que o determinante de uma matriz é igual ao determinante da sua transposta,


podemos escrever:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 1 1 1
2 3 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = | 2 |
1 𝑐 𝑐 𝑐 𝑎 𝑏2 𝑐 2 𝑑2
1 𝑑 𝑑2 𝑑3 𝑎3 𝑏3 𝑐 3 𝑑3
Assim, obtemos o determinante de uma matriz de Vandermonde, esse valor é dado por:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = (𝑑 − 𝑐 )(𝑑 − 𝑏)(𝑑 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)(𝑐 − 𝑎)(𝑏 − 𝑎)
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑32

Gabarito: (𝒅 − 𝒄)(𝒅 − 𝒃)(𝒅 − 𝒂)(𝒄 − 𝒃)(𝒄 − 𝒂)(𝒃 − 𝒂)


105.(ITA/2002)

Seja 𝑨 uma matriz real 𝟐𝒙𝟐. Suponha que 𝜶 e 𝜷 sejam dois números distintos, e 𝑽 e 𝑾 duas matrizes
reais 𝟐𝒙𝟏 não-nulas, tais que 𝑨𝑽 = 𝜶𝑽 e 𝑨𝑾 = 𝜷𝑾.

Se 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ são tais que 𝒂𝑽 + 𝒃𝑾 é igual à matriz nula 𝟐𝒙𝟏, então 𝒂 + 𝒃 vale

a) 𝟎.

b) 𝟏.

c) −𝟏.

d) 𝟏/𝟐.

e) −𝟏/𝟐.
Comentários
De acordo com o enunciado, temos 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 = 02𝑥1 :
𝑎𝑉 = −𝑏𝑊
Se 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊 e 𝑏 é uma constante, então, multiplicando essa equação pela constante
(−𝑏):
(−𝑏)𝐴𝑊 = (−𝑏)𝛽𝑊 ⇒ 𝐴 (⏟−𝑏𝑊 ) = 𝛽 (⏟−𝑏𝑊 ) ⇒ 𝐴𝑎𝑉 = 𝛽𝑎𝑉 ⇒ 𝑎 (⏟
𝐴𝑉 ) = 𝛽𝑎𝑉
𝑎𝑉 𝑎𝑉 𝛼𝑉

𝑎𝛼𝑉 − 𝛽𝑎𝑉 = 0 ⇒ [𝑎(𝛼 − 𝛽)]𝑉 = 02𝑥1


Como 𝑉 é uma matriz 2𝑥1 não nula e 𝛼 ≠ 𝛽, devemos ter 𝑎 = 0.
Sendo 𝑎𝑉 = −𝑏𝑊 e 𝑊 ≠ 02𝑥1 , então:
𝑎𝑉 = 0 = −𝑏𝑊 ⇒ 𝑏 = 0
Portanto, 𝑎 + 𝑏 = 0
Gabarito: “a”.
106.(ITA/2002)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes quadradas de ordem 𝒏 tais que 𝑨𝑩 = 𝑨 e 𝑩𝑨 = 𝑩.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 201


Prof. Victor So

Então, [(𝑨 + 𝑩)𝒕 ]𝟐 é igual a

a) (𝑨 + 𝑩)𝟐 .

b) 𝟐(𝑨𝒕 ⋅ 𝑩𝒕 ).

c) 𝟐(𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 ).

d) 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕 .

e) 𝑨𝒕 𝑩𝒕 .
Comentários
Vamos analisar a expressão [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 :
[(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 )2 = (𝐴𝑡 )2 + 𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 𝐵𝑡 𝐴𝑡 + (𝐵𝑡 )2
⇒ [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴2 )𝑡 + (𝐵𝐴)𝑡 + (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵2 )𝑡
Usando as equações 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵, temos:
Multiplicando 𝐴𝐵 = 𝐴 à direita por 𝐴:
𝐴𝐵𝐴 = 𝐴2 ⇒ 𝐴 (⏟
𝐵𝐴) = 𝐴2 ⇒ 𝐴𝐵
⏟ = 𝐴2 ⇒ 𝐴 = 𝐴2
𝐵 𝐴

Multiplicando 𝐵𝐴 = 𝐵 à direita por 𝐵:


𝐵𝐴𝐵 = 𝐵2 ⇒ 𝐵 ⏟
(𝐴𝐵) = 𝐵2 ⇒ 𝐵𝐴
⏟ = 𝐵2 ⇒ 𝐵 = 𝐵2
𝐴 𝐵

Substituindo essas igualdades na equação, obtemos:


[(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = 𝐴𝑡 + 𝐵 𝑡 + 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 = 2(𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 )
Gabarito: “c”.
107.(ITA/2002)

Seja a matriz
𝒄𝒐𝒔𝟐𝟓° 𝒔𝒆𝒏𝟔𝟓°
[ ]
𝒔𝒆𝒏𝟏𝟐𝟎° 𝒄𝒐𝒔𝟑𝟗𝟎°
O valor de seu determinante é
𝟐√𝟐
a) 𝟑
𝟑√𝟑
b) 𝟐
√𝟑
c) 𝟐

d) 𝟏

e) 𝟎
Comentários
Sabendo que 𝑠𝑒𝑛65° = 𝑐𝑜𝑠25° e cos 390° = cos 30°, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 202


Prof. Victor So

𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65° 𝑐𝑜𝑠25° 𝑐𝑜𝑠25°


| |=| | = cos 25° cos 30° − cos 25° sen 120°
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390° 𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠30°
√3 √3
⇒ cos 25° ( − )=0
2 2
Gabarito: “e”.
108.(ITA/2001)

Considere a matriz
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟐 𝟑 𝟒
𝑨=[ ]
𝟏 𝟒 𝟗 𝟏𝟔
𝟏 𝟖 𝟐𝟕 𝟔𝟒
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝑨 é:

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5
Comentários
O bizu nessa questão é notar os elementos 1 na primeira linha de 𝐴.

𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
𝑒 𝑓 𝑔 ℎ
Fazendo 𝐴−1 =[ ] e usando a definição de inversa:
𝑖 𝑗 𝑘 𝑙
𝑚 𝑛 𝑜 𝑝
𝐴𝐴−1 = 𝐼
1 1 1 1 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 1 0 0 0
1 2 3 4 𝑒 𝑓 𝑔 ℎ 0 1 0 0
[ ][ ]=[ ]
1 4 9 16 𝑖 𝑗 𝑘 𝑙 0 0 1 0
1 8 27 64 𝑚 𝑛 𝑜 𝑝 0 0 0 1
Queremos calcular o valor de 𝑎 + 𝑒 + 𝑖 + 𝑚. Pelo produto das matrizes acima, temos:
𝑎+𝑒+𝑖+𝑚 =1
Portanto, a soma dos elementos da primeira coluna da inversa de 𝐴 é 1.
Gabarito: “a”.
109.(ITA/2001)
Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes 𝒏 𝒙 𝒏, e 𝑩 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:

(I) 𝑨𝑩 + 𝑩𝑨𝒕 é simétrica.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 203


Prof. Victor So

(II) (𝑨 + 𝑨𝒕 + 𝑩) é simétrica.

(III) 𝑨𝑩𝑨𝒕 é simétrica.

temos que:

a) apenas (I) é verdadeira.

b) apenas (II) é verdadeira.

c) apenas (III) é verdadeira.

d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.

e) todas as afirmações são verdadeiras.


Comentários
I. Se 𝐵 é simétrica, temos 𝐵 = 𝐵𝑡 . Então:
(𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐵 𝑡 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 = 𝐵𝐴𝑡 + 𝐴𝐵 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡
Assim, 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 + 𝐵𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵
Logo, (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵 ) é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. (𝐴𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 𝐴𝑡 = 𝐴𝐵𝐴𝑡
Logo, 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.
110.(ITA/2000)

Considere as matrizes mostradas na figura adiante


𝟏 −𝟏 𝟑 𝟏 𝟎 𝟐 𝟎 𝒙
𝑴 = (𝟎 𝟏 𝟎 ) , 𝑵 = (𝟑 𝟐 𝟎 ) , 𝑷 = (𝟏 ) 𝐞 𝑿 = ( 𝒚 )
𝟐 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟎 𝒛
Se 𝑿 é solução de 𝑴−𝟏 𝑵𝑿 = 𝑷, então 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝒛𝟐 é igual a

a) 35.

b) 17.

c) 38.

d) 14.
e) 29.
Comentários
Multiplicando a equação 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃 por 𝑀 à esquerda, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 204


Prof. Victor So

𝑀𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃 ⇒ 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃
1 0 2 𝑥 1 −1 3 0
( 3 2 0 ) (𝑦 ) = ( 0 1 0 ) ( 1 )
1 1 1 𝑧 2 3 1 0
𝑥 + 2𝑧 = −1 (𝐼)
{ 3𝑥 + 2𝑦 = 1 (𝐼𝐼)
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 3 (𝐼𝐼𝐼)
De (𝐼), temos:
−1 − 𝑥
𝑧=
2
De (𝐼𝐼):
1 − 3𝑥
𝑦=
2
Substituindo essas variáveis em (𝐼𝐼𝐼):
1 − 3𝑥 −1 − 𝑥
𝑥+ +( ) = 3 ⇒ 2𝑥 + 1 − 3𝑥 − 1 − 𝑥 = 6 ⇒ −2𝑥 = 6 ⇒ 𝑥 = −3
2 2
−1 − (−3)
⇒𝑧= =1
2
1 − 3(−3)
⇒𝑦= =5
2
Portanto, o valor da expressão pedida é dado por:
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = (−3)2 + 52 + 11 = 35
Gabarito: “a”.
111.(ITA/2000)

Sendo 𝒙 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir


𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙𝟐 𝟏
𝑨=( 𝟑 𝟑 )
𝟎 − 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝒙 𝟏
𝟎 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙𝟐
𝟑
𝑩= 𝟏 𝟎
−𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 −𝟒
( 𝟑 )
A soma de todos os valores de 𝒙 para os quais (𝑨𝑩) = (𝑨𝑩)𝒕 é igual a
𝟐𝟓
a) 𝟑
𝟐𝟖
b) 𝟑
𝟑𝟐
c) 𝟑
𝟐𝟕
d) 𝟐

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 205


Prof. Victor So

𝟐𝟓
e) 𝟐

Comentários
Vamos calcular 𝐴𝐵:
0 log 1 𝑥 2
2
log 1 𝑥 log 1 𝑥 1 3
𝐴𝐵 = ( 3 3 )( 1 0 )
0 − log 3 𝑥 1 −3 log 1 𝑥 −4
3

log 1 𝑥 2 − 3 log 1 𝑥 log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4


3 3 3 3
𝐴𝐵 = ( )
− log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥 −4
3

log 1 𝑥 2 − 3 log 1 𝑥 − log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥


3 3 3
⇒ (𝐴𝐵 )𝑡 =( 2 )
log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 − 4 −4
3 3

Para 𝐴𝐵 = (𝐴𝐵)𝑡 , devemos ter:


log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4 = − log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥
⏟ 3 ⏟ 3 ⏟ 3
− log3 𝑥 −2 log3 𝑥 − log3 𝑥

2(log 3 𝑥 )2 − 4 = − log 3 𝑥 + 3 log 3 𝑥 ⇒ 2(log 3 𝑥 )2 − 2 log 3 𝑥 − 4 = 0


⇒ (log 3 𝑥 )2 − log 3 𝑥 − 2 = 0
Encontrando as raízes:
1 ± √9 1 ± 3
log 3 𝑥 = =
2 2
log 3 𝑥 = 2 𝑜𝑢 log 3 𝑥 = −1
1
⇒ 𝑥1 = 9 𝑜𝑢 𝑥2 =
3
Portanto, a soma de todos os valores de 𝑥 é:
1 28
𝑥1 + 𝑥2 = 9 + =
3 3
Gabarito: “b”
112.(ITA/2000)

Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante


𝒂 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
( ) (
𝑴= 𝟎 𝒃 𝟏 𝐞𝑰= 𝟎 𝟏 𝟎)
𝟎 𝟎 𝒄 𝟎 𝟎 𝟏
em que 𝒂 ≠ 𝟎 e 𝒂, 𝒃 e 𝒄 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝒒 > 𝟎. Sejam
𝝀𝟏 , 𝝀𝟐 e 𝝀𝟑 as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑴 − 𝝀𝑰) = 𝟎. Se 𝝀𝟏 𝝀𝟐 𝝀𝟑 = 𝒂 e 𝝀𝟏 + 𝝀𝟐 + 𝝀𝟑 = 𝟕𝒂,

então 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 é igual a

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 206


Prof. Victor So

a) 𝟐𝟏/𝟖

b) 𝟗𝟏/𝟗

c) 𝟑𝟔/𝟗

d) 𝟐𝟏/𝟏𝟔

e) 𝟗𝟏/𝟑𝟔
Comentários
Vamos calcular as raízes da equação:
𝑎−𝜆 0 0
( ) |
det 𝑀 − 𝜆𝐼 = 0 𝑏−𝜆 1 | = (𝑎 − 𝜆)(𝑏 − 𝜆)(𝑐 − 𝜆) = 0
0 0 𝑐−𝜆
As raízes são:
𝜆1 = 𝑎; 𝜆2 = 𝑏 e 𝜆3 = 𝑐
Como (𝑎, 𝑏, 𝑐 ) é uma PG de razão 𝑞, temos:
(𝑎, 𝑏, 𝑐 ) = (𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 )
Usando os dados do enunciado:
𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2 = 7𝑎 ⇒ 𝑎 (𝑞2 + 𝑞 − 6) = 0
Como 𝑎 ≠ 0:
𝑞2 + 𝑞 − 6 = 0 ⇒ 𝑞 = −3 𝑜𝑢 𝑞 = 2
Sabendo que 𝑞 > 0, devemos ter 𝑞 = 2.
Usando a outra informação:
𝑎 ⋅ 𝑎𝑞 ⋅ 𝑎𝑞2 = 𝑎 ⇒ 𝑎3 𝑞3 = 𝑎
Como 𝑎 ≠ 0 e 𝑞 = 2:
1
𝑎 2 23 = 1 ⇒ 𝑎 2 =
8
1 1
𝑏 = 𝑎𝑞 ⇒ 𝑏2 = 𝑎2 𝑞2 = ⋅ 4 =
8 2
1
𝑐 = 𝑎𝑞2 ⇒ 𝑐 2 = 𝑎2 𝑞4 = ⋅ 16 = 2
8
Portanto:
1 1 21
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = + +2=
8 2 8
Gabarito: “a”.
113.(ITA/1999)
Sejam 𝒙, 𝒚 e 𝒛 números reais com 𝒚 ≠ 𝟎. Considere a matriz inversível

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 207


Prof. Victor So

𝒙 𝟏 𝟏
𝑨 = [𝒚 𝟎 𝟎]
𝒛 −𝟏 𝟏
Então:

a) A soma dos termos da primeira linha de 𝑨−𝟏 é igual a 𝒙 + 𝟏.

b) A soma dos termos da primeira linha de 𝑨−𝟏 é igual a 0.

c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝑨−𝟏 é igual a 1.

d) O produto dos termos da segunda linha de 𝑨−𝟏 é igual a 𝒚.

e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝑨−𝟏 é igual a 1.


Comentários
Vamos calcular a matriz inversa de 𝐴:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴
𝑥 1 1 𝑦 0 0 1 0 0
|
det 𝐴 = 𝑦 0 | | |
0 = − 𝑥 1 1 = −𝑦 ⋅ 𝑥 | 1 1|
𝑧 −1 1 𝑧 −1 1 𝑧 −1 1
Aplicando a regra de Chió:
1 1
det 𝐴 = −𝑦 ⋅ | | = −2𝑦
−1 1
Calculando a matriz adjunta de 𝐴:
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
𝐴11 𝐴12 𝐴13
Lembrando que 𝐴 = [𝐴21 𝐴22 𝐴23 ] e que 𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 𝐷𝑖𝑗 , temos:

𝐴31 𝐴23 𝐴33


0 −𝑦 −𝑦 0 −2 0
′ ̅
𝐴 = [−2 𝑥 − 𝑧 𝑥 + 𝑧] ⇒ 𝐴 = [−𝑦 𝑥 − 𝑧 𝑦 ]
0 𝑦 −𝑦 −𝑦 𝑥 + 𝑧 −𝑦
1
0 0
𝑦
1 0 −2 0 1 −𝑥 + 𝑧 1
−1
⇒𝐴 =− ⋅ [−𝑦 𝑥−𝑧 𝑦 ]= −
2𝑦 −𝑦 𝑥+𝑧 −𝑦 2 2𝑦 2
1 −𝑥 − 𝑧 1
[2 2𝑦 2 ]
Analisando as alternativas:
1 1
a) Falsa. A soma dos elementos da primeira coluna é + = 1.
2 2

b) Falsa. A soma dos termos da primeira linha é 1/𝑦.


c) Verdadeira. Conforme visto no item a.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 208


Prof. Victor So

1 −𝑥+𝑧 1
d) Falsa. O produto dos termos da segunda linha é ⋅ ( ) (− ) ≠ 𝑦.
2 2𝑦 2
1 1 1
e) Falsa. O produto dos termos da terceira coluna é (− ) ( ) = − .
2 2 4

Gabarito: “c”.
114.(ITA/1999)

Considere as matrizes
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟏 𝟎 𝒙 𝟏
𝑨=[ ],𝑰 = [ ] , 𝑿 = [𝒚] , 𝑩 = [ ].
𝟎 −𝟏 𝟐 𝟎 𝟏 𝟐
Se 𝒙 e 𝒚 são soluções do sistema (𝑨𝑨𝒕 − 𝟑𝑰)𝑿 = 𝑩, então 𝒙 + 𝒚 é igual a:

a) 𝟐

b) 𝟏

c) 𝟎

d) −𝟏

e) −𝟐
Comentários
Vamos encontrar as soluções do sistema:
1 0 𝑥
(𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵 ⇒ ([1
𝑡 0−1
] [ 0 −1] − 3 [
1 0 1
]) [𝑦] = [ ]
0 −12 0 1 2
−1 2
2 −2 3 0 𝑥 1 −1 −2 𝑥 1
([ ]−[ ]) [𝑦] = [ ] ⇒ [ ] [𝑦 ] = [ ]
−2 5 0 3 2 −2 2 2
−𝑥 − 2𝑦 = 1 (𝐼)
{
−2𝑥 + 2𝑦 = 2 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼 ):
−3𝑥 = 3 ⇒ 𝑥 = −1
−𝑥 − 2𝑦 = 1 ⇒ 2𝑦 = −(−1) − 1 ⇒ 𝑦 = 0
Portanto, 𝑥 + 𝑦 = −1.
Gabarito: “d”.
115.(ITA/1998)

Sejam as matrizes reais de ordem 2,


𝟐+𝒂 𝒂 𝟏 𝟏
𝑨=[ ] 𝐞 𝑩=[ ]
𝟏 𝟏 𝒂 𝟐 + 𝒂
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝑨𝑩)−𝟏 é igual a:
a) 𝒂 + 𝟏

b) 𝟒(𝒂 + 𝟏)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 209


Prof. Victor So

𝟏
c) 𝟒 (𝟓 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )
𝟏
d) 𝟒 (𝟏 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )
𝟏
e) 𝟐 (𝟓 + 𝟐𝒂 + 𝒂𝟐 )

Comentários
Vamos calcular a matriz 𝐴𝐵, usando os dados do enunciado:
2+𝑎 𝑎 1 1 2 2
𝐴𝐵 = [ ][ ] = [𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2]
1 1 𝑎 2+𝑎 𝑎+1 𝑎+3
−1
Se 𝐶 = (𝐴𝐵) , queremos calcular 𝑐11 + 𝑐22 . Usando o método do determinante:
1
𝐶= ⋅ [(𝐴𝐵)′ ]𝑡
det(𝐴𝐵)
1
𝑐11 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓11 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵)
1
𝑐22 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓22 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵)
Calculando o valor do determinante:
2 2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2|
𝑎+1 𝑎+3
Multiplicando a primeira coluna por (−1) e somando à segunda coluna:
2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 2𝑎| = 2 ⋅ |𝑎2 + 𝑎 + 2 𝑎 | = 2(𝑎 2 + 𝑎 + 2 − 𝑎 2 − 𝑎 )
𝑎+1 2 𝑎+1 1
det 𝐴𝐵 = 4
Encontrando os elementos da diagonal principal:
1 𝑎+3
𝑐11 = ⋅ (−1)1+1 ⋅ (𝑎 + 3) =
4 4
1 𝑎2 + 𝑎 + 2
𝑐22 = ⋅ (−1)2+2 ⋅ (𝑎2 + 𝑎 + 2) =
4 4
Portanto, a soma da diagonal principal é dada por:
𝑎 + 3 𝑎2 + 𝑎 + 2 𝑎2 + 2𝑎 + 5
𝑐11 + 𝑐22 = + =
4 4 4
Gabarito: “c”.
116.(ITA/1998)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade: existe
uma matriz 𝑴 inversível tal que: 𝑨 = 𝑴−𝟏 𝑩𝑴.
Então:

a) 𝐝𝐞𝐭(−𝑨𝒕 ) = 𝐝𝐞𝐭 𝑩

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 210


Prof. Victor So

b) 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = − 𝐝𝐞𝐭 𝑩

c) 𝐝𝐞𝐭(𝟐𝑨) = 𝟐 𝐝𝐞𝐭 𝑩

d) Se 𝐝𝐞𝐭 𝑩 ≠ 𝟎 então 𝐝𝐞𝐭(−𝑨𝑩) < 𝟎

e) 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝑰) = − 𝐝𝐞𝐭(𝑰 − 𝑩)
Comentários
Aplicando o determinante na propriedade do enunciado, temos:
det 𝐴 = det(𝑀−1 𝐵𝑀)
Usando o Teorema de Binet:
1
det 𝐴 = det(𝑀−1 ) det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵
det 𝑀
⇒ det 𝐴 = det 𝐵
Vamos analisar as alternativas:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
Como as matrizes são de ordem 2, temos:
det(−𝐴𝑡 ) = (−1)2 det(𝐴𝑡 ) = det 𝐴 = det 𝐵
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
b) Falsa.
c) Falsa. Pois det(2𝐴) = 22 det 𝐴 = 4 det 𝐴 = 4 det 𝐵
d) Falsa. Não se pode afirmar que det 𝐵 ≠ 0 implica det(−𝐴𝐵 ) < 0.
e) Falsa. Pois:
𝐴 = 𝑀−1 𝐵𝑀
Subtraindo 𝑀−1 𝑀 nos dois lados da equação:
⏟−1 𝑀 = 𝑀−1 𝐵𝑀 − 𝑀−1 𝑀
𝐴−𝑀
𝐼

𝐴 − 𝐼 = 𝑀−1 (𝐵 − 𝐼)𝑀
Aplicando o determinante:
det(𝐴 − 𝐼) = det[𝑀−1 (𝐵 − 𝐼)𝑀] = det(𝐵 − 𝐼)
A alternativa afirma que:
det(𝐴 − 𝐼) = − det[−(𝐵 − 𝐼)] = −(−1)2 det(𝐵 − 𝐼) = − det(𝐵 − 𝐼)
Gabarito: “a”.
117.(ITA/1997)
Considere as matrizes
𝟐 𝟎 𝟏 −𝟏 𝟎 𝟏
𝑨 = (𝟎 𝟐 𝟎) 𝐞 𝑩 = ( 𝟎 −𝟐 𝟎 )
𝟏 𝟎 𝟐 𝟏 𝟎 −𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 211


Prof. Victor So

Sejam 𝝀𝟎 , 𝝀𝟏 e 𝝀𝟐 as raízes da equação 𝐝𝐞𝐭(𝑨 − 𝝀𝑰𝟑 ) = 𝟎 com 𝝀𝟎 ≤ 𝝀𝟏 ≤ 𝝀𝟐 .

Considere as afirmações

(I) 𝑩 = 𝑨 − 𝝀𝟎 𝑰𝟑

(II) 𝑩 = (𝑨 − 𝝀𝟏 𝑰𝟑 )𝑨

(III) 𝑩 = 𝑨(𝑨 − 𝝀𝟐 𝑰𝟑 )

Então

a) todas as afirmações são falsas.

b) todas as afirmações são verdadeiras.

c) apenas (I) é falsa.

d) apenas (II) é falsa.

e) apenas (III) é verdadeira.


Comentários
Vamos encontrar as raízes da equação:
det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0
2−𝜆 0 1
| 0 2−𝜆 0 | = 0 ⇒ (2 − 𝜆 )3 − (2 − 𝜆 ) = 0
1 0 2−𝜆
(2 − 𝜆)[(2 − 𝜆)2 − 1] = 0
2−𝜆 =0⇒𝜆 =2
(2 − 𝜆)2 − 1 = 0 ⇒ (2 − 𝜆) = ±1 ⇒ 𝜆 = 1 𝑜𝑢 𝜆 = 3
Como 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 , temos 𝜆0 = 1, 𝜆1 = 2 e 𝜆2 = 3.
Vamos analisar as afirmações:
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
1 0 1
𝐴 − 1 ⋅ 𝐼3 = (0 1 0) ≠ 𝐵
1 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
0 0 1 2 0 1 1 0 2
(𝐴 − 2𝐼3 )𝐴 = (0 0 0) ( 0 2 0) = ( 0 0 0) ≠ 𝐵
1 0 0 1 0 2 2 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 212


Prof. Victor So

2 0 1 −1 0 1 −1 0 1
( )
𝐴 𝐴 − 𝜆2 𝐼3 = (0 2 0) ( 0 −1 0 ) = ( 0 −2 0 )=𝐵
1 0 2 1 0 −1 1 0 −1
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.
118.(ITA/1996)

Seja 𝒂 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 𝟐𝒙𝟐,


𝟑𝒂 −𝟏 𝟕𝒂−𝟏 𝟖𝒂−𝟑 ]
𝑨=[ ] 𝐞 𝑩 = [
−𝟏 𝟑𝒂 𝟕 𝟐−𝟑
O produto 𝑨𝑩 será inversível se e somente se:

a) 𝒂𝟐 − 𝟓𝒂 + 𝟔 ≠ 𝟎

b) 𝒂𝟐 − 𝟓𝒂 ≠ 𝟎

c) 𝒂𝟐 − 𝟑𝒂 ≠ 𝟎

d) 𝒂𝟐 − 𝟐𝒂 + 𝟏 ≠ 𝟎

e) 𝒂𝟐 − 𝟐𝒂 ≠ 𝟎
Comentários
O produto 𝐴𝐵 é inversível se, e somente se, det(𝐴𝐵) ≠ 0.
Vamos aplicar o Teorema de Binet:
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = | || |
−1 3𝑎 7 2−3
(32𝑎 − 1)(7𝑎−1 ⋅ 2−3 − 7 ⋅ 8𝑎−3 ) ≠ 0
Devemos ter:
32𝑎 − 1 ≠ 0 ⇒ 32𝑎 ≠ 30 ⇒ 2𝑎 ≠ 0 ⇒ 𝑎 ≠ 0
Ou

𝑎−1 −3 𝑎−3
7𝑎−1 𝑎−3
7𝑎−2 7 𝑎−2 7 0
7 ⋅2 −7⋅8 ≠0⇒ ≠7⋅8 ⇒ 𝑎−2 = 1 ⇒ ( ) ≠( )
8 8 8 8
⇒ (𝑎 − 2) ≠ 0
Portanto:
𝑎(𝑎 − 2) ≠ 0
Gabarito: “e”.
119.(ITA/1996)

Considere 𝑨 e 𝑩 matrizes reais 𝟐𝒙𝟐, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.

a) Se 𝑨 é não nula então 𝑨 possui inversa.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 213


Prof. Victor So

b) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 𝑩𝒕

c) 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝑩) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩𝑨)

d) 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝟐 = 𝟐 𝐝𝐞𝐭 𝑨

e) (𝑨 + 𝑩)(𝑨 − 𝑩) = 𝑨𝟐 − 𝑩𝟐
Comentários
a) Falsa.
Sabemos que nem toda matriz não nula resulta em det 𝐴 ≠ 0. Veja o contra-exemplo:
2 1 2 1
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = | | = 6 − 6 = 0 ⇒ det 𝐴 = 0
6 3 6 3
Portanto, 𝐴 não é inversível.
b) Falsa.
Vimos que (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐵𝑡 𝐴𝑡 e a ordem das matrizes altera o produto.
Contraexemplo:
1 1 0 1 1 2 0 5
𝐴=( ) e𝐵 =( ) ⇒ 𝐴𝑡 = ( ) e 𝐵𝑡 = ( )
2 3 5 3 1 3 1 3
5 4 5 15
𝐴𝐵 = ( ) ⇒ (𝐴𝐵)𝑡 = ( )
15 11 4 11
2 11 5 15
𝐴𝑡 𝐵𝑡 = ( )≠( ) = (𝐴𝐵)𝑡
3 14 4 11
c) Verdadeira.
Pelo Teorema de Binet, temos:
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵
det(𝐵𝐴) = det 𝐵 ⋅ det 𝐴 = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = det(𝐴𝐵)
d) Falsa.
Pelo Teorema de Binet:
det 𝐴2 = det(𝐴𝐴) = det 𝐴 ⋅ det 𝐴 = (det 𝐴)2
Nesse caso, nem sempre (det 𝐴)2 = 2 det 𝐴. Contra-exemplo:
2 2
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = 6
3 6
2 det 𝐴 = 12 ≠ 36 = (det 𝐴)2
e) Falsa.
Vimos na aula teórica que (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 − 𝐵2 . Veja o contraexemplo:
11 0 1
𝐴=( ) e𝐵 =( )
32 5 3
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = (1 2) ( 1 0) = ( −5 0
)
7 6 −3 0 −11 0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 214


Prof. Victor So

3 4 5 3 −2 1
𝐴2 − 𝐵2 = ( )−( )=( )
8 8 15 14 −7 −6
⇒ (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) ≠ 𝐴 − 𝐵2
2

Gabarito: “c”.
120.(ITA/1995)

Sejam 𝑨 e 𝑩 matrizes reais 𝟑𝒙𝟑. Se 𝒕𝒓(𝑨) denota a soma dos elementos da diagonal principal de 𝑨,
considere as afirmações:

[(I)] 𝒕𝒓(𝑨𝒕 ) = 𝒕𝒓(𝑨)

[(II)] Se 𝑨 é inversível, então 𝒕𝒓(𝑨) ≠ 𝟎.

[(III)] 𝒕𝒓(𝑨 + 𝝀𝑩) = 𝒕𝒓(𝑨) + 𝝀𝒕𝒓(𝑩), para todo 𝝀 ∈ ℝ.

Temos que:

a) todas as afirmações são verdadeiras.

b) todas as afirmações são falsas.

c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.

d) apenas a afirmação (II) é falsa.

e) apenas a afirmação (III) é falsa.


Comentários
(I) Verdadeira.
A diagonal principal da transposta de uma matriz não se altera. Então, temos:
3

𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = ∑ 𝑎𝑖𝑖 = 𝑡𝑟(𝐴)


𝑖=1

(II) Falsa.
Basta tomar um contraexemplo de uma matriz cujos elementos da diagonal principal são
zeros:
0 1 2
𝐴 = (1 0 3) ⇒ det 𝐴 = 5 ≠ 0 ⇒ 𝐴 é 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠í𝑣𝑒𝑙
1 1 0
𝑡𝑟𝐴 = 0
(III) Verdadeira.
Vamos usar a definição do traço de uma matriz, para 𝐴3𝑥3 e 𝐵3𝑥3 :
3 3 3 3 3

𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = ∑(𝑎𝑖𝑖 + 𝜆𝑏𝑖𝑖 ) = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + ∑ 𝜆𝑏𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + 𝜆 ∑ 𝑏𝑖𝑖 = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵)
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

Gabarito: “d”.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 215


Prof. Victor So

121.(ITA/1995)

Dizemos que duas matrizes 𝒏 𝒙 𝒏 𝑨 e 𝑩 são semelhantes se existe uma matriz 𝒏 𝒙 𝒏 inversível 𝑷 tal
que 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷. Se 𝑨 e 𝑩 são matrizes semelhantes quaisquer, então:

a) 𝑩 é sempre inversível.

b) se 𝑨 é simétrica, então 𝑩 também é simétrica.

c) 𝑩𝟐 é semelhante a 𝑨.

d) se 𝑪 é semelhante a 𝑨, então 𝑩𝑪 é semelhante a 𝑨𝟐 .

e) 𝐝𝐞𝐭(𝝀𝑰 − 𝑩) = 𝐝𝐞𝐭(𝝀𝑰 − 𝑨), onde 𝝀 é um real qualquer.


Comentários
Perceba que o ITA cobra questões de semelhança de matrizes desde 1995 e até em
questões recentes, vimos esse tema cair. Nesse tipo de questão, o importante é saber que quando
duas matrizes são semelhantes, temos a identidade conforme visto nas resoluções das questões
acima:
det(𝜆𝐼 − 𝐵 ) = det(𝜆𝐼 − 𝐴)
Essa identidade vem da seguinte manipulação:
𝑥(−1) +𝜆𝐼
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ −𝐵 = −𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ 𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝜆 ⏟
𝐼 − 𝑃−1 𝐴𝑃
𝑃−1 𝑃

𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝑃−1 𝜆𝑃 − 𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ 𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝑃−1 (𝜆𝐼 − 𝐴)𝑃


Aplicando o determinante e o Teorema de Binet:
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det[𝑃−1 (𝜆𝐼 − 𝐴)𝑃]
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝑃−1 ) ⋅ det(𝜆𝐼 − 𝐴) ⋅ det 𝑃
∴ det(𝜆𝐼 − 𝐵 ) = det(𝜆𝐼 − 𝐴)
As outras afirmações são muito genéricas e, por isso, podemos encontrar para cada uma
delas um contraexemplo.
Gabarito: “e”.
122.(IME/2021)

Calcule o(s) valor(es) de 𝒌 real(is) para que o determinante da matriz abaixo seja igual a 24.
1 3 1 2
1 𝑘 0 2
[ ]
2 1 0 3
4 1 −1 3
Comentários
Vamos simplificar a matriz do determinante. Fazendo 𝐿2 → 𝐿2 − 𝐿1 e 𝐿4 → 𝐿4 − 𝐿3 ,
temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 216


Prof. Victor So

1 3 1 2 1 3 1 2
1 𝑘 0 2 0 𝑘−3 −1 0
| |=| |
2 1 0 3 2 1 0 3
4 1 −1 3 2 0 −1 0
Aplicando a regra de Chió:
𝑘−3 −1 0 𝑘−3 −1 0
|1 − 6 0 − 2 3 − 4| = | −5 −2 −1|
0 − 6 −1 − 2 0 − 4 −6 −3 −4
Calculando o determinante e igualando a 24:
8(𝑘 − 3) − 6 − 3(𝑘 − 3) + 20 = 24
8𝑘 − 24 − 6 − 3𝑘 + 9 + 20 = 24
5𝑘 = 25
∴𝑘=5
Gabarito: 𝒌 = 𝟓
123.(IME/2020)

Uma matriz A é semelhante a uma matriz B se e somente se existe uma matriz invertível P tal que
𝑨 = 𝑷 𝑩 𝑷−𝟏 .

a) Se A e B forem semelhantes, mostre que 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝐝𝐞𝐭(𝑩).


𝟒 𝟐 𝟖 −𝟐
b) Dadas 𝑪 = [ ] 𝒆𝑫= [ ] , verifique se essas matrizes são semelhantes.
𝟑 𝟓 𝟑 𝟏

Comentários
a) Pelo Teorema de Binet, temos que:
det(𝐴) = det(𝑃) . det(𝐵) . det(𝑃−1 )
Como a matriz P é inversível, podemos usar que o determinante da matriz inversa é o
inverso do determinante.
1
det(𝐴) = det(𝑃) . det(𝐵) .
det(𝑃)
∴ det(𝐴) = det(𝐵)
b) Podemos utilizar o teorema de que A e B são semelhantes se, e somente se:
• det(𝐴) = det (𝐵)
• A e B possuem o mesmo polinômio característico;
• A e B possuem o mesmo traço;
Vamos à primeira condição:
4 2
det 𝐶 = [ ] = 4.5 − 3.2 = 20 − 6 = 14
3 5
8 −2
det 𝐷 = [ ] = 8.1 − 3. (−20) = 8 + 6 = 14
3 1
Logo, a primeira condição está atendida. Vamos checar os polinômios característicos;

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 217


Prof. Victor So

4−𝜆 2
det(𝐶 − 𝜆𝐼) = | | = (4 − λ)(5 − λ) − 3.2 = 20 − 4λ − 5λ + λ2 − 6
3 5−𝜆
det(𝐶 − 𝜆𝐼) = λ2 − 9λ + 14

8−𝜆 −2
det(𝐷 − 𝜆𝐼) = | | = (8 − λ)(1 − λ) − 3. (−2) = 8 − 8λ − λ + λ2 + 6
3 1−𝜆
det(𝐷 − 𝜆𝐼) = λ2 − 9λ + 14
Logo, a segunda condição está atendida.
Se os polinômios característicos são iguais, então os autovetores são iguais e possuem a
mesma multiplicidade.
Os traços de C e D são:
4 2
𝐶= [ ] ∴ tr (C) = 4 + 5 = 9
3 5
8 −2
𝐷= [ ] ∴ tr (D) = 8 + 1 = 9
3 1
Portanto, as matrizes C e D são semelhantes.
Outra forma de resolver é utilizar a definição do enunciado:
𝐶 = 𝑃𝐷𝑃−1
Multiplicando por P à direita:
∴ 𝐶𝑃 = 𝑃𝐵
Consideremos uma matriz P genérica:
4 2 a b a b 8 −2
[ ][ ]=[ ][ ]
3 5 c d c d 3 1
Fazendo as multiplicações:
4a + 2c 4b + 2d 8a + 3b −2a + b
[ ]=[ ]
3a + 5c 3b + 5d 8c + 3d −2c + d
Agora, devemos aplicar a identidade matricial:
4𝑎 + 2𝑐 = 8𝑎 + 3𝑏 ∴ 4𝑎 + 3𝑏 − 2𝑐 = 0 (𝐼)
4𝑏 + 2𝑑 = −2𝑎 + 𝑏 ∴ −2𝑎 − 3𝑏 − 2𝑑 = 0 (𝐼𝐼)
3𝑎 + 5𝑐 = 8𝑐 + 3𝑑 ∴ 𝑎 = 𝑐 + 𝑑 (𝐼𝐼𝐼)
3𝑏 + 5𝑑 = −2𝑐 + 𝑑 ∴ 3𝑏 + 2𝑐 + 4𝑑 = 0 (𝐼𝑉)
Precisamos encontrar uma solução para o sistema, de modo que a matriz P seja invertível.
Da equação IV:
−2𝑐 − 4𝑑
𝑏=
3
Logo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 218


Prof. Victor So

−2𝑐 − 4𝑑
𝑎 𝑏
𝑃=[ ] = [𝑐 + 𝑑 3 ]
𝑐 𝑑
𝑐 𝑑
Para 𝑐 = 𝑑 = 1:
2 −2
𝑃=[ ]
1 1
2 −2
det 𝑃 = | | = 2 − (−2) = 4 ≠ 0
1 1
Logo, encontramos uma matriz P tal que 𝐶 = 𝑃𝐷𝑃⁻¹, portanto, C e D são semelhantes.
Gabarito: a) Demonstração b) 𝑪 e 𝑫 são semelhantes
124.(IME/2019)

Calcule o valor do determinante:


𝟒 𝟐 𝟏
| 𝐥𝐨𝐠 𝟖𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟗𝟎𝟎 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎𝟎 |
(𝐥𝐨𝐠 𝟗)𝟐 𝟐 + 𝟒 𝐥𝐨𝐠 𝟑 + 𝟐(𝐥𝐨𝐠 𝟑)𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟑 + 𝟐)𝟐

a) 1

b) 2

c) 4

d) 8

e) 16
Comentários
Nessa questão, devemos notar que todos os logaritmandos são múltiplos de 3. Vamos
simplificar o determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
4
= | log 3 log(3 ⋅ 102 )
2
log(3 ⋅ 102 ) |
(log 32 )2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
= | 4 log 3 2 log 3 + 2 log 3 + 2 |
4(log 3)2 2(log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
1 1 1
= 4 ⋅ 2 ⋅ | log 3 log 3 + 1 log 3 + 2 |
(log 3)2 (log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
Agora, perceba que o determinante resultante é de uma matriz de Vandermonde. Então,
temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 219


Prof. Victor So

= 4 ⋅ 2 ⋅ (log 3 + 2 − (log 3 + 1))(log 3 + 2 − log 3)(log 3 + 1 − log 3)


= 8 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 1 = 16
Gabarito: “e”.
125.(IME/2018)

Sejam 𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 , 𝒙𝟑 𝐞 𝒙𝟒 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝒙𝟏 = 𝒙 e razão 𝒓, com 𝒙, 𝒓 ∈ ℝ.


O determinante de
𝒙𝟏 𝒙𝟏 𝒙𝟏 𝒙𝟏
𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟐 𝒙𝟐
|𝒙 𝒙 𝒙 𝒙 |
𝟏 𝟐 𝟑 𝟑
𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝟒
é

a) 𝟎

b) 𝒙𝟒 ⋅ 𝒓

c) 𝒙𝟒 ⋅ 𝒓𝟑

d) 𝒙 ⋅ 𝒓𝟒

e) 𝒙 ⋅ 𝒓𝟑
Comentários
Vamos reescrever o determinante. Sabendo que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) são os termos de uma PA
com 𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, temos:
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2 𝑥 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟
|𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 | = | |
1 2 3 3 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 2𝑟
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 3𝑟
Multiplicando a primeira linha por (−1) e somando às outras linhas:
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 1 1 1 1
0 𝑟 𝑟 𝑟 0 1 1 1
| |=𝑥⋅𝑟⋅𝑟⋅𝑟⋅| |
0 𝑟 2𝑟 2𝑟 0 1 2 2
0 𝑟 2𝑟 3𝑟 0 1 2 3
Podemos aplicar a regra de Chió:
1 1 1
3
= 𝑥 ⋅ 𝑟 ⋅ |1 2 2| = 𝑥 ⋅ 𝑟 3 ⋅ (6 + 2 + 2 − 2 − 4 − 3) = 𝑥 ⋅ 𝑟 3
1 2 3
Gabarito: “e”.
126. (IME/2017)

Seja 𝑴 uma matriz real 𝟐𝒙𝟐. Defina uma função 𝒇 na qual cada elemento da matriz se desloca para
𝒂 𝒃 𝒄 𝒂
a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑴 = ( ), implica que 𝒇(𝑴) = ( ).
𝒄 𝒅 𝒅 𝒃
Encontre todas as matrizes simétricas 𝟐𝒙𝟐 reais na qual 𝑴𝟐 = 𝒇(𝑴).

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 220


Prof. Victor So

Comentários
Vamos encontrar todas as matrizes simétricas 𝑀2𝑥2 tal que 𝑀 2 = 𝑓 (𝑀).
Se 𝑀 é simétrica, então, ele é da forma:
𝑎 𝑏
𝑀=( )
𝑏 𝑐
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑏 𝑎
𝑀 2 = 𝑓 (𝑀 ) ⇒ ( )( )=( )
𝑏 𝑐 𝑏 𝑐 𝑐 𝑏
𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑎 (𝐼𝐼)
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑐 (𝐼𝐼𝐼)
{ 𝑏2 + 𝑐 2 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
Das igualdades (𝐼𝐼 ) e (𝐼𝐼𝐼), temos:
𝑎=𝑐
Substituindo essa identidade no sistema, encontramos:
𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼) 𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
⇒{
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼𝐼) 2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼)
2 2
{𝑏 + 𝑎 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
De (𝐼𝐼), temos:
𝑎(2𝑏 − 1) = 0
1
𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑏 =
2
Se 𝑎 = 0, temos de (𝐼):
𝑏2 = 𝑏 ⇒ 𝑏(𝑏 − 1) = 0 ⇒ 𝑏 = 0 𝑜𝑢 𝑏 = 1
Se 𝑏 = 1/2, temos de (𝐼):
1 2 1 1 1
𝑎 + ( ) = ⇒ 𝑎2 = ⇒ 𝑎 = ±
2
2 2 4 2
Portanto, as matrizes que satisfazem ao problema são:
1 1 1 1

0 0 0 1
𝑀=( ),𝑀 = ( ) , 𝑀 = (2 2) ou 𝑀 = ( 2 2 )
0 0 1 0 1 1 1 1

2 2 2 2
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −
Gabarito: 𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏 ) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐 𝟐
𝟏)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

127.(IME/2017)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 221


Prof. Victor So

𝟏 𝒂 −𝟐
Seja 𝑨 = [𝒂 − 𝟐 𝟏 𝟏 ] com 𝒂 ∈ ℝ. Sabe-se que 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝟐 − 𝟐𝑨 + 𝑰) = 𝟏𝟔. A soma dos valores
𝟐 −𝟑 𝟏
de 𝒂 que satisfazem essa condição é:

Obs.: 𝐝𝐞𝐭(𝑿) denota o determinante da matriz 𝑿

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4
Comentários
Note que 𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼 = (𝐴 − 𝐼)2 . Então, temos:
det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = det(𝐴 − 𝐼)2 = det(𝐴 − 𝐼) ⋅ det(𝐴 − 𝐼) = [det(𝐴 − 𝐼)]2
Aplicando o Teorema de Binet:
⇒ [det(𝐴 − 𝐼)]2 = 16 ⇒ det(𝐴 − 𝐼) = ±4
0 𝑎 −2
det(𝐴 − 𝐼) = |𝑎 − 2 0 1 | = 2𝑎 + 6(𝑎 − 2) = 8𝑎 − 12
2 −3 0
Assim, temos as seguintes possibilidades:
8𝑎 − 12 = 4 ⇒ 𝑎 = 2
Ou
8𝑎 − 12 = −4 ⇒ 𝑎 = 1
Portanto, a soma dos valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é 𝑎1 + 𝑎2 = 3.
Gabarito: “d”.
128. (IME/2016)
𝒂 𝒃
Seja 𝑨 = [ ]. O maior valor de 𝒂, com 𝒂 ≠ 𝟏, que satisfaz 𝑨𝟐𝟒 = 𝑰 é:
−𝒃 𝒂
Observação: 𝑰 é a matriz identidade 𝟐𝒙𝟐.
𝟏
a) 𝟐
√𝟐
b) 𝟐
√𝟑
c) 𝟐
√𝟐
d) 𝟒
(√𝟑 − 𝟏)
√𝟐
e) (√𝟑 + 𝟏)
𝟒

Comentários

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 222


Prof. Victor So

Se 𝐴24 = 𝐼, aplicando o determinante, encontramos:


𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det 𝐴24 = det 𝐼 ⇒ [det 𝐴]24 = 1 ⇒ (𝑎2 + 𝑏2 )24 = 1 ⇒ 𝑎2 + 𝑏2 = 1
Para 𝜃 ∈ [0, 2𝜋], temos que 𝑎 = cos 𝜃 e 𝑏 = − sen 𝜃 satisfazem a equação. Logo, 𝐴 é a
matriz de rotação:
cos 𝜃 − sen 𝜃
𝐴=[ ]
sen 𝜃 cos 𝜃
Para a matriz de rotação, temos:
cos 𝑛𝜃 −sen 𝑛𝜃
𝐴𝑛 = [ ]
sen 𝑛𝜃 cos 𝑛𝜃
Desse modo:
cos(24𝜃) − sen(24𝜃) 𝟏 𝟎
𝑨𝟐𝟒 = [ ]=[ ]
sen(24𝜃) cos(24𝜃) 𝟎 𝟏
⇒ cos(24𝜃) = 1 e sen(24𝜃) = 0
24𝜃 = 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ
𝑘𝜋
⇒𝜃=
12
𝑘𝜋
⇒ 𝑎 = cos ( )
12
Queremos o maior valor de 𝑎, como 𝑎 ≠ 1, encontramos o maior valor quando 𝑘 = 1.
Então:
𝜋
𝑎 = cos ( )
12
Esse é o cosseno de 15°:
√2 √3 1 √2
cos(45° − 30°) = cos 45° cos 30° + sen 45° sen 30° = ( + )= (√3 + 1)
2 2 2 4
Gabarito: “e”.
129.(IME/2015)

Sejam 𝑺 = 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 e 𝑷 = 𝒂 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de 𝑺 e


𝑷.
𝒂𝟐 + (𝒃 + 𝒄)𝟐 𝟐𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐 + 𝒄𝟐
| 𝟐𝒂𝟐 (𝒂 + 𝒄)𝟐 + 𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐 + 𝒄𝟐 |
𝒂𝟐 𝒃𝟐 (𝒂 + 𝒃)𝟐
Comentários
Questão de manipulação algébrica.

Vamos aplicar o teorema de Jacobi no determinante da matriz:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 223


𝑥(−1)
Prof. Victor So

𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2
𝐷=| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 𝑐2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 (𝑎 + 𝑐 )2 − 𝑏 2 0 |
𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 0 2
(𝑎 + 𝑏 ) − 𝑐 2

(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = |(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) (a − b + c)(a + b + c) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )

(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 ⋅ | (𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) (a − b + c ) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )

𝑥(−1)
2bc b2 c2
𝐷 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 ⋅ | −2𝑐 (a − b + c ) 0 |
−2𝑏 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )
Calculando o determinante:
2
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) ⋅ [2𝑏𝑐 ⏟
𝐷=⏟ (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 ) + 2𝑏𝑐 2 ⏟
(𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) ⏟ (𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) + 2𝑏2 𝑐 ⏟
(𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )]
𝑆2 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐
2
𝐷 = 𝑆 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [(𝑆 − 2𝑏)(𝑆 − 2𝑐 ) + 𝑐 (𝑆 − 2𝑏) + 𝑏(𝑆 − 2𝑐 )]
𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [𝑆 2 − 2𝑏𝑆 − 2𝑐𝑆 + 4𝑏𝑐 + 𝑐𝑆 − 2𝑏𝑐 + 𝑏𝑆 − 2𝑏𝑐 ]

𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ 𝑆 ⋅ [𝑆 − (⏟𝑏 + 𝑐 )]
𝑆−𝑎

𝐷 = 2𝑆 3 𝑎𝑏𝑐 = 2𝑆 3 𝑃
Gabarito: 𝟐𝑺𝟑 𝑷
130.(IME/2015)

Dada a matriz 𝑨, a soma do módulo dos valores de 𝒙 que tornam o determinante da matriz 𝑨 nulo
é:
𝟏 𝟐𝒙 𝟎 𝟎
𝒙𝟐 𝟏 𝒙−𝟏 𝟐
𝑨=[ ]
𝟏 𝒙+𝟒 𝟎 𝟎
𝒙 −𝟏 𝟏 𝒙−𝟐

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 224


Prof. Victor So

a) 7

b) 8

c) 9

d) 10

e) 11
Comentários
Queremos det 𝐴 = 0, precisamos encontrar a equação do determinante. Vamos aplicar a
regra de Chió:
1 2𝑥 0 0
2 1 − 2𝑥 3 𝑥 − 1 2
𝑥 1 𝑥−1 2
det 𝐴 = | | = | −𝑥 + 4 0 0 |
1 𝑥+4 0 0 2
−1 − 2𝑥 1 𝑥−2
𝑥 −1 1 𝑥−2
det 𝐴 = 2(−𝑥 + 4) − (−𝑥 + 4)(𝑥 − 1)(𝑥 − 2) = (−𝑥 + 4)(2 − 𝑥 2 + 3𝑥 − 2)
= (−𝑥 + 4)(−𝑥 2 + 3𝑥) = 𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3)
Se det 𝐴 = 0, então:
𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3) = 0 ⇒ 𝑥1 = 0 𝑜𝑢 𝑥2 = 3 𝑜𝑢 𝑥3 = 4
A soma do módulo desses valores é:
|𝑥1 | + |𝑥2 | + |𝑥3 | = 0 + 3 + 4 = 7
Gabarito: “a”.
131.(IME/2014)
𝒂 𝒃 𝒄
Seja a matriz 𝑨 = [𝒃 𝒄 𝒂], em que 𝒂, 𝒃 𝐞 𝒄 são números reais positivos satisfazendo 𝒂𝒃𝒄 = 𝟏.
𝒄 𝒂 𝒃
Sabe-se que 𝑨 𝑨 = 𝑰, em que 𝑨𝑻 é a matriz transposta de 𝑨 e 𝑰 é a matriz identidade de 𝟑ª ordem.
𝑻

O produto dos possiveis valores de 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝒄𝟑 é

a) 2

b) 4

c) 6

d) 8

e) 10
Comentários
Essa questão foi anulada, veja o motivo:
Note que 𝐴𝑇 = 𝐴, então:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
2
𝐴 = 𝐼 ⇒ [𝑏 𝑐 𝑎 ] [𝑏 𝑐 𝑎] = [0 1 0]
𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 0 0 1

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 225


Prof. Victor So

Dessa identidade, encontramos as seguintes equações:


2 2 2
{𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 = 0
Podemos usar essas equações para encontrar o valor de 𝑎 + 𝑏 + 𝑐:
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 2 = ⏟
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 + 2(𝑎𝑏
⏟ + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 )
1 0
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 = 1 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = ±1
O problema afirma que 𝑎, 𝑏, 𝑐 são números reais positivos, então, devemos ter:
𝑎+𝑏+𝑐 =1
Sabendo que 𝑎𝑏𝑐 = 1, podemos usar a desigualdade das médias:
𝑎+𝑏+𝑐 3
≥ √𝑎𝑏𝑐
3
𝑎+𝑏+𝑐 ≥3
Nesse caso, encontramos um sistema sem solução, pois 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1 e pela
desigualdade, vemos que o menor valor que 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 assume é 3.
Por esse motivo, a questão foi anulada.
Se não houvesse a restrição de 𝑎, 𝑏, 𝑐 ser positiva, poderíamos resolver o problema
aplicando o determinante na identidade 𝐴2 = 𝐼:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det(𝐴2 ) = det 𝐼 ⇒ (det 𝐴)2 = 1 ⇒ det 𝐴 = ±1
⏟ − (𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 ) = ±1
det 𝐴 = 3 𝑎𝑏𝑐
1

𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 3 ∓ 1
𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 2 𝑜𝑢 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 4
Portanto, o produto dos possíveis valores dessa expressão é 2 ⋅ 4 = 8.
Gabarito: Questão anulada
132.(IME/2013)
𝟏 𝟐 𝟑
Seja 𝚫 o determinante da matriz [𝒙 𝒙𝟐 𝒙𝟑 ]. O número de possíveis valores de 𝒙 reais que anulam
𝒙 𝒙 𝟏
𝚫é

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3
e) 4
Comentários

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 226


Prof. Victor So

Vamos calcular o valor de 𝑥 que torna o determinante nulo:


1 2 3 1 2 3
Δ = |𝑥 𝑥 2 𝑥 3| = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |
1 𝑥 𝑥2| = 0
𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a terceira linha por (−1) e somar à segunda
linha:
1 2 3 1 2 3
𝑥 ⋅ |1 − 𝑥 𝑥 2 − 1| = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |−(𝑥 − 1) 0 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)| = 0
0
𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
1 2 3
𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ |−1 0 𝑥 + 1| = 0
𝑥 𝑥 1
Aplicando a regra de Chió:
2 𝑥+4
𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ | | = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ (2(1 − 3𝑥) + 𝑥 (𝑥 + 4)) = 0
−𝑥 1 − 3𝑥
𝑥 (𝑥 − 1)(2 − 6𝑥 + 𝑥 2 + 4𝑥) = 0
𝑥 (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 2𝑥 + 2) = 0
Note que o discriminante da equação quadrática acima é menor que zero, logo, as raízes
dessa equação não são reais:
𝑥 2 − 2𝑥 + 2 = 0 ⇒ 𝑥 ∉ ℝ
Portanto, as únicas raízes são:
𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 1
Temos 2 raízes reais.
Gabarito: “c”.
133.(IME/2012)

São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝑨, 𝑩 e 𝑪, de ordem 3. Sabe-se que o determinante de


𝟏
𝑪 vale (𝟒 − 𝒙), onde 𝒙 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝑩 vale − 𝟑 e que
(𝑪𝑨𝒕 )𝒕 = 𝑷−𝟏 𝑩𝑷, onde 𝑷 é uma matriz inversível.
𝟎 𝟎 𝟏
Sabendo que 𝑨 = (𝟑 𝒙 𝟎), determine os possíveis valores de 𝒙.
𝟏 𝟎 𝟎
Obs.: (𝑴)𝒕 é a matriz transposta de 𝑴.

a) −𝟏 e 3

b) 1 e −𝟑

c) 2 e 3
d) 1 e 3

e) −𝟐 e −𝟑

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 227


Prof. Victor So

Comentários
Pela igualdade fornecida no enunciado:
(𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃 ⇒ 𝐴𝐶 𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃
Aplicando o determinante na equação acima:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det(𝐴𝐶 𝑡 ) = det(𝑃−1 𝐵𝑃 ) ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃 ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝐵
Sabendo que det 𝐶 𝑡 = det 𝐶, do enunciado, temos:
det 𝐶 𝑡 = det 𝐶 = 4 − 𝑥
1 1
det 𝐵−1 = = − ⇒ det 𝐵 = −3
det 𝐵 3
det 𝐴 = −𝑥
Substituindo os valores na equação dos determinantes:
−𝑥 (4 − 𝑥) = −3
𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 0 ⇒ (𝑥 − 3)(𝑥 − 1) = 0 ⇒ 𝑥 = 3 𝑜𝑢 𝑥 = 1
Gabarito: “d”.
134.(IME/2012)

Calcule as raízes de 𝒇(𝒙) em função de 𝒂, 𝒃 e 𝒄, sendo 𝒂, 𝒃, 𝒄 e 𝒙 ∈ ℝ (real) e


𝒙 𝒂 𝒃 𝒄
𝒂 𝒙 𝒄 𝒃
𝒇(𝒙) = | |.
𝒃 𝒄 𝒙 𝒂
𝒄 𝒃 𝒂 𝒙
Comentários
Vamos usar o teorema de Jacobi e somar a segunda, terceira e quarta linha na primeira:
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |=| |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
1 1 1 1
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
Agora, podemos usar a regra de Chió:
𝑥−𝑎 𝑐−𝑎 𝑏−𝑎
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐 − 𝑏 𝑥 − 𝑏 𝑎 − 𝑏 |
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Pelo teorema de Jacobi, vamos somar a segunda linha na primeira:
𝑥−𝑎−𝑏+𝑐 𝑥−𝑎−𝑏+𝑐 0
𝑓 (𝑥 ) = ( 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐−𝑏 𝑥−𝑏 𝑎 − 𝑏|
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 228


Prof. Victor So

1 1 0
( ) ( )( )
𝑓 𝑥 = 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 |𝑐 − 𝑏 𝑥−𝑏 𝑎 − 𝑏|
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Aplicando Chió:
𝑥−𝑐 𝑎−𝑏
𝑓 (𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑎−𝑏 𝑥−𝑐
𝑓 (𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )((𝑥 − 𝑐 )2 − (𝑎 − 𝑏)2 )
𝑓(𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑥 + 𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )
Portanto, as raízes de 𝑓 são dadas por:
𝑓 (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 = −(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = −𝑎 + 𝑏 + 𝑐
Gabarito: 𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄
135.(IME/2010)
𝒚𝟐 + 𝒛 𝟐 𝒙𝒚 𝒙𝒛
Demonstre que a matriz ( 𝒙𝒚 𝟐 𝟐
𝒙 +𝒛 𝒚𝒛 ), onde 𝒙, 𝒚, 𝒛 ∈ ℕ, pode ser escrita como o
𝒙𝒛 𝒚𝒛 𝒙 + 𝒚𝟐
𝟐

quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem ao conjunto
dos números naturais.

Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.
Comentários
Seja 𝑀 uma matriz simétrica 3𝑥3 da forma:
𝑎 𝑑 𝑒
𝑀 = (𝑑 𝑏 𝑓)
𝑒 𝑓 𝑐
O enunciado afirma que o traço de 𝑀 deve ser igual a zero e todos os seus elementos
perntecem ao conjunto dos números naturais, então, temos:
𝑡𝑟𝑀 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0
Como 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℕ, devemos ter 𝑎 = 𝑏 = 𝑐 = 0:
0 𝑑 𝑒
𝑀 = (𝑑 0 𝑓)
𝑒 𝑓 0
Queremos uma matriz 𝑀 que satisfaça a seguinte relação:
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
𝑀2 = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

0 𝑑 𝑒 0 𝑑 𝑒 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
(𝑑 0 𝑓 ) (𝑑 0 𝑓 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑒 𝑓 0 𝑒 𝑓 0 𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 229


Prof. Victor So

𝑑2 + 𝑒 2 𝑒𝑓 𝑑𝑓 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
( 𝑒𝑓 𝑑2 + 𝑓 2 𝑑𝑒 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥2 + 𝑧2 𝑦𝑧 )
𝑑𝑓 𝑑𝑒 𝑒 + 𝑓2
2
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

Se tomarmos 𝑑 = 𝑧, 𝑒 = 𝑦 e 𝑓 = 𝑥, temos que a igualdade é satisfeita.


0 𝑧 𝑦
Assim, 𝑀 = ( 𝑧 0 𝑥 ) é a matriz simétrica de traço igual a zero e cujos elementos são
𝑦 𝑥 0
naturais que satisfaz a relação:
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
𝑀2 = ( 𝑥𝑦 𝑥2 + 𝑧2 𝑦𝑧 )
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

Gabarito: Demonstração
136.(IME/2010)

Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝒏, definido por:


𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 … 𝟏 𝟏
−𝟏 𝟑 𝟎 𝟎 … 𝟎 𝟎
| 𝟎 −𝟏 𝟑 𝟎 … 𝟎 𝟎|
𝚫𝒏 = 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟑 … 𝟎 𝟎
|… … … … … … …|
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 … 𝟑 𝟎
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 … −𝟏 𝟑
Sabendo que 𝚫𝟏 = 𝟏, o valor de 𝚫𝟏𝟎 é

a) 59049

b) 48725
c) 29524

d) 9841

e) 364
Comentários
Vamos aplicar o teorema de Laplace na primeira coluna, então, para 𝑛 ≥ 2:
Δ𝑛 = 1 ⋅ A11 + (−1) ⋅ 𝐴21
1 1 1 1 … 1 1
3 0 0 … 0 0
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| | 0 −1 3 … 0 0 |
𝐴11 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)1+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0 ⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑛−1

O determinante acima é de uma matriz triangular de ordem 𝑛 − 1, então, o seu valor é


igual ao produto da diagonal principal:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 230


Prof. Victor So

𝐴11 = 3𝑛−1
1 1 1 1 … 1 1
1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| |0 −1 3 … 0 0|
𝐴21 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)2+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0
⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 Δ𝑛−1

Nesse caso, o determinante possui a mesma forma de Δ𝑛 com a diferença de uma ordem
a menos:
𝐴21 = −Δ𝑛−1
Então, Δ𝑛 é dado por:
Δ𝑛 = 3𝑛−1 − (−Δ𝑛−1 )
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 = 3𝑛−1
Assim, encontramos uma fórmula de recorrência para o determinante. Para calcular Δ10 ,
podemos proceder da seguinte forma:
Δ2 − Δ1 = 31
Δ3 − Δ2 = 32
Δ4 − Δ3 = 33

Δ10 − Δ9 = 39

⏟1 = 31 + 32 + ⋯ + 39
Δ10 − Δ
1

1 + 3 + 32 + ⋯ + 39
⇒ Δ10 = ⏟
10 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Essa expressão é a soma de uma PG de razão 𝑞 = 3 cujo primeiro termo é 1, desse modo:
(310 − 1) 310 − 1
Δ10 =1⋅ = = 29524
3−1 2
Gabarito: “c”.
137.(IME/2009)

Seja 𝑨 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝑨𝟒 + 𝟑𝑨𝟑 ) é uma
matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝑨 é

a) −𝟖𝟏

b) −𝟐𝟕
c) −𝟑

d) 𝟐𝟕

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 231


Prof. Victor So

e) 𝟖𝟏
Comentários
Do enunciado:
𝐴4 + 3𝐴3 = 𝑂
𝐴4 = −3𝐴3
Aplicando 𝑑𝑒𝑡 dos dois lados:
det 𝐴4 = det (−3𝐴3 )
Mas, a matriz 𝐴 é 4𝑥4, logo:
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ det 𝐴3
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ (det 𝐴)3
(det 𝐴)4 − [34 ⋅ (det 𝐴)3 ] = 0
(det 𝐴)3 (det 𝐴 − 34 ) = 0
Então, det 𝐴 = 0 ou det 𝐴 = 34 = 81. Contudo, o enunciado diz que 𝐴 é inversível, então,
det 𝐴 ≠ 0. Portanto:
det 𝐴 = 81
Gabarito: “e”
138.(IME/2008)

Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:


𝐥𝐨𝐠 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝒙
|𝐥𝐨𝐠 𝟔𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝒙 𝐜𝐨𝐬 𝒙 | = 𝟎
𝟏 𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙

a) 𝟏, 𝟎

b) 𝝅

c) 𝟏𝟎, 𝟎

d) 𝟏𝟏, 𝟎

e) 𝟏𝟏, 𝟏
Comentários
log x log x log x
|log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Colocando log 𝑥 em evidência:
1 1 1
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 232


Prof. Victor So

Pelo teorema de Jacobi, subtraindo a primeira linha da terceira linha, temos:


0 0 1 − log 2 𝑥
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Aplicando teorema de Laplace na primeira linha:
log 6𝑥 log 3𝑥
log 𝑥 ⋅ [(−1)1+3 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ | |] = 0
1 1
log 𝑥 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ (log 6𝑥 − log 3𝑥) = 0
Portanto, devemos analisar três possibilidades:
1) se log 𝑥 = 0, então:
𝑥=1
2) se (1 − log 2 𝑥 ) = 0, então:
log 2 𝑥 = 1
log 𝑥 = ±1
𝑥 = 10 ou 𝑥 = 10−1
3) se (log 6𝑥 − log 3𝑥 ) = 0, então:
log 6𝑥 − log 3𝑥 = 0
log 6𝑥 = log 3𝑥
6𝑥 = 3𝑥
𝑥=0
Mas isso não é uma raiz, pois log 0 não está definido, ou seja, 𝑥 = 0 não pertence ao
domínio da função logarítmica.
Desse modo, as raízes são 𝑥 = 1, 𝑥 = 10 e 𝑥 = 10−1 = 0,1. Assim:
𝑆 = 1 + 10 + 0,1 = 11,1
Gabarito: “e”
139.(IME/2007)

Seja a matriz 𝑫 dada por:


𝟏 𝟏 𝟏
𝑫=[ 𝒑 𝒒 𝒓 ]
̂ ) 𝒔𝒆𝒏(𝑸
𝒔𝒆𝒏(𝑷 ̂) ̂)
𝒔𝒆𝒏(𝑹
̂, 𝑸
na qual 𝒑, 𝒒 𝐞 𝒓 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente, 𝑷 ̂ 𝐞𝑹
̂. O
valor do determinante de 𝑫 é

a) −𝟏
b) 𝟎

c) 𝟏

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 233


Prof. Victor So

d) 𝝅

e) 𝒑 + 𝒒 + 𝒓
Comentários
Aplicando a lei dos senos no triângulo citado, temos:
𝑝 𝑞 𝑟
= = (𝐼)
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Além disso, calculando o determinante 𝐷, temos:
𝐷 = 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) + 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) + 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) − 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂ )
Reorganizando:
𝐷 = (𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) − 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂)) + (𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) − 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂)) + (𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂))
De (𝐼), temos que:
𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂ ) = 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂)
𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) = 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂)
𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) = 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Logo,
𝐷 =0+0+0=0
Gabarito: “b”
140.(IME/2007)
𝟑 𝟏
𝟏 𝟎
Considere as matrizes 𝑨 = [𝟒𝟏 𝟒
𝟑] 𝐞 𝑩 = [𝟎 𝟏 ], e seja 𝑷 uma matriz inversível tal que 𝑩 = 𝑷−𝟏 𝑨𝑷.
𝟐
𝟒 𝟒
Sendo 𝒏 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝑨𝒏 .
Comentários
Temos que:
det 𝐵 = det(𝑃−1 𝐴𝑃)
det 𝐵 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐴 ⋅ det 𝑃
Mas 𝑃 é inversível, logo:
1
det 𝑃−1 = ⇒ det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃 = 1
det 𝑃
Portanto:
det 𝐵 = (det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃) ⋅ det 𝐴 ⇒ det 𝐵 = det 𝐴
Do enunciado, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 234


Prof. Victor So

1 0 1
det 𝐵 = | 1| =
0 2
2
Ou seja:
1
det 𝐴 =
2
Para calcular o valor do determinante de 𝐴, basta usar o teorema de Binet:
det 𝐴𝑛 = (det 𝐴)𝑛

𝑛
1 𝑛
∴ det 𝐴 = ( )
2
𝟏 𝒏
Gabarito: 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = ( )
𝟐

141.(IME/2006)

Seja 𝑫𝒏 = 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝒏 ), onde


𝟐 −𝟏 𝟎 𝟎 ⋯ 𝟎 𝟎
−𝟏 𝟐 −𝟏 𝟎 ⋯ 𝟎 𝟎
𝟎 −𝟏 𝟐 −𝟏 ⋯ 𝟎 𝟎
𝑨𝒏 =
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 ⋯ 𝟐 −𝟏
[𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 ⋯ −𝟏 𝟐 ]𝒏𝒙𝒏
Determine 𝑫𝒏 em função de 𝒏 (𝒏 ∈ ℕ, 𝒏 ≥ 𝟏).
Comentários
Aplicando o teorema de Laplace em 𝐷𝑛 na primeira linha:
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
𝐷𝑛 = 2 ⋅ (−1)1+1 ⋅ +
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
𝐷𝑛−1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)

−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
O segundo determinante pode ser calculado utilizando Laplace novamente:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 235


Prof. Victor So

−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
=
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+1 ⋅ +
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
𝐷𝑛−2 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)

0 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
+ (−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
0 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)

Note que a primeira coluna do segundo determinante da soma acima é nula, logo, esse
determinante é nulo.
Portanto, para o segundo determinante, temos:
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
= −𝐷𝑛−2
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Assim, o determinante 𝐷𝑛 é dado pela seguinte fórmula de recorrência:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷(𝑛−2)
Usando essa fórmula, podemos escrever:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷𝑛−2
𝐷𝑛−1 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 − 𝐷𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−3 − 𝐷𝑛−4

𝐷4 = 2 ⋅ 𝐷3 − 𝐷2
𝐷3 = 2 ⋅ 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1

Desse modo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 236


Prof. Victor So

𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1
𝐷𝑛−1 = 𝐷𝑛−2 + 𝐷2 − 𝐷1

𝐷2 = 𝐷1 + 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷1 + (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 )
∴ 𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 ) + 𝐷1 (𝐼)
Podemos calcular 𝐷2 e 𝐷1 :
𝐷1 = |2| = 2
2 −1
𝐷2 = | |=3
−1 2
Substituindo esses valores em (𝐼):
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1) ⋅ (3 − 2) + 2
𝐷𝑛 = 𝑛 − 1 + 2
∴ 𝐷𝑛 = 𝑛 + 1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏
142.(IME/2004)

Calcule o número natural 𝒏 que torna o determinante abaixo igual a 5.


𝟏 −𝟏 𝟎 𝟎
𝟎 𝟏 −𝟏 𝟎
| |
𝟎 𝟎 𝟏 −𝟏
𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 + 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒏 − 𝟏)
Comentários
Seja Δ o determinante apresentado no enunciado. Pelo teorema de Jacobi, somando a
primeira coluna com a segunda, temos:
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) + log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
1 −1 0
Δ = 1 ⋅ (−1)1+1 ⋅ | 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 −1 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 237


Prof. Victor So

Para o novo determinante Δ3𝑥3 , devemos somar a primeira coluna com a segunda coluna
novamente:
1 0 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando Laplace na primeira linha:
1 −1
Δ=| | = log 2 (𝑛 − 1) + log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 )
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) log 2 (𝑛 − 1)
Δ = log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 )
Como queremos Δ = 5, temos:
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 ) = 5
(𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 = 25 = 4 ⋅ 23
Portanto 𝑛 + 1 = 4 e 𝑛 − 1 = 2, ou seja, 𝑛 = 3 é solução.
Gabarito: 𝒏 = 𝟑
143.(IME/2002)

Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑹], abaixo, é uma matriz ortogonal, sabendo-
se que 𝒏 é um número inteiro e 𝜶 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
𝐜𝐨𝐬(𝒏𝜶) −𝐬𝐞𝐧(𝒏𝜶) 𝟎
[𝑹] = [𝐬𝐞𝐧(𝒏𝜶) 𝐜𝐨𝐬(𝒏𝜶) 𝟎]
𝟎 𝟎 𝟏
Comentários
Vamos calcular a inversa de [𝑅]:
1
[𝑅]−1 = ̅̅̅̅
⋅ [𝑅]
det[𝑅]
1) det[𝑅]:
det[𝑅] = cos2 (𝑛𝛼) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝑛𝛼) = 1
̅̅̅̅:
2) [𝑅]
̅̅̅̅ = ([𝑅]𝑐𝑜𝑓 )𝑇
[𝑅]

𝑇
cos(𝑛𝛼) 0 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
| | −| | 0
0 1 0 1
̅̅̅̅ = − |−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0|
[𝑅] |
cos (𝑛𝛼) 0
| 0
0 1 0 1
cos (𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼)
0 0 | |
[ 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos (𝑛𝛼) ]

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 238


Prof. Victor So

cos(𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0 𝑇
̅̅̅̅ = [𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼 ) cos(𝑛𝛼) 0]
[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
̅̅̅̅
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
3) [𝑅]−1 :

1 cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅 ]−1
= ̅̅̅̅
[𝑅] = 1 ⋅ [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
det[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼 ) cos(𝑛𝛼) 0] = [𝑅 ]𝑇
−1

0 0 1
Logo:
[𝑅]𝑇 = [𝑅]−1
Portanto, [𝑅] é ortogonal.
Gabarito: Prova
144.(IME/2000)

Calcule o determinante:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏 𝟑 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
|𝟏 𝟏 𝟓 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏|
𝑫= 𝟏 𝟏 𝟏 𝟕 𝟏 𝟏 𝟏
|𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟗 𝟏 𝟏|
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟏 𝟏
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟑
Comentários
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a primeira coluna por (−1) e somar às outras.
1 0 0 0 0 0 0
1 2 0 0 0 0 0
|1 0 4 0 0 0 0|
𝐷= 1 0 0 6 0 0 0
|1 0 0 0 8 0 0|
1 0 0 0 0 10 0
1 0 0 0 0 0 12
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
2 0 0 0 0 0
0 4 0 0 0 0
|0 0 6 0 0 0|
D=1⋅
|0 0 0 8 0 0|
0 0 0 0 10 0
0 0 0 0 0 12

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 239


Prof. Victor So

Aplicando teorema de Laplace na primeira linha, novamente:


4 0 0 0 0
0 6 0 0 0
|
D = 1 ⋅ 2 ⋅ |0 0 8 0 0 ||
0 0 0 10 0
0 0 0 0 12
Desse modo, podemos observar que realizando esse processo sucessivas vezes, obtemos:
𝐷 = 1 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ 10 ⋅ 12
𝐷 = 46080
Gabarito: 𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎
145.(IME/1999)
𝟔 𝟎
Determine uma matriz não singular 𝑷 que satisfaça a equação matricial 𝑷−𝟏 𝑨 = [ ], onde 𝑨 =
𝟎 −𝟏
𝟏 𝟐
[ ].
𝟓 𝟒
Comentários
Temos inicialmente que:
6 0
𝑃−1 𝐴 = [ ]
0 −1
Multiplicando por 𝑃 à esquerda nos dois lados:
6 0
𝑃𝑃−1 𝐴 = 𝑃 [ ]
0 −1
Então:
6 0
𝐴 = 𝑃[ ]
0 −1
𝑎 𝑏
Substituindo 𝐴 e fazendo 𝑃 = [ ]:
𝑐 𝑑
2 1 𝑎 𝑏 6 0
[ ]=[ ][ ]
4 5 𝑐 𝑑 0 −1
1 2 6𝑎 −𝑏
[ ]=[ ]
5 4 6𝑐 −𝑑
Igualando os termos das matrizes, encontramos:
1
6𝑎 = 1 → 𝑎 =
6
−𝑏 = 2 → 𝑏 = −2
5
6𝑐 = 5 → 𝑐 =
6
−𝑑 = 4 → 𝑑 = −4
Portanto:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 240


Prof. Victor So

1
−2
𝑃 = [6 ]
5
−4
6
𝟏
−𝟐
Gabarito: 𝑷 = [𝟔𝟓 ]
−𝟒
𝟔

146.(IME/1994)

Um aluno, ao inverter a matriz


𝟏 𝒂 𝒃
𝑨 = [𝟎 𝒄 𝒅] = [𝒂𝒊𝒋 ], 𝟏 ≤ 𝒋, 𝒋 ≤ 𝟑
𝟒 𝒆 𝒇
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝒂𝟏𝟑 igual a 3, de forma que acabou invertendo a
matriz
𝟏 𝒂 𝒃
𝑩 = [𝟎 𝒄 𝒅] = [𝒃𝒊𝒋 ]
𝟑 𝒆 𝒇
Com esse engano o aluno encontrou
𝟓/𝟐 𝟎 −𝟏/𝟐
−𝟏
𝑩 =[ 𝟑 𝟏 −𝟏 ]
−𝟓/𝟐 𝟎 𝟏/𝟐
Determinar 𝑨−𝟏 .

Obs.: O elemento (𝟑, 𝟏) de 𝑩−𝟏 deve ser −𝟑/𝟐.


Comentários
Inicialmente, temos:
1 0 0
−1
𝐵𝐵 = [0 1 0]
0 0 1
Aplicando a observação referente ao elemento (3,1):
5 1
1 𝑎 𝑏 2 0 − 1 0 0
2
[0 𝑐 𝑑] 3 1 −1 = [0 1 0]
3 𝑒 𝑓 3 1 0 0 1

[ 2 0 ]
2
5 3 1 1
+ 3𝑎 − 𝑏 𝑎 − −𝑎+ 𝑏
2 2 2 2
3 1 1 1 0 0
3𝑐 − 𝑑 𝑐 − −𝑐+ 𝑑 = [0 1 0]
2 2 2 0 0 1
15 3 3 1
[2 + 3𝑒 − 𝑓 𝑒 − − 𝑒 + 𝑓]
2 2 2

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 241


Prof. Victor So

Então, dos elementos que estão na segunda coluna:


𝑎=0
𝑐=1
𝑒=0
Substituindo, temos:
5 3 1 1
− 𝑏 0 − + 𝑏
2 2 2 2
3 3 1 1 0 0
3 − 𝑑 1 − + 𝑑 = [0 1 0]
2 2 2 0 0 1
15 3 3 1
[ 2 − 2 𝑓 0 − 2 + 2 𝑓]
Então, da segunda linha e primeira coluna:
3
3− 𝑑 =0
2
𝑑=2
Da primeira linha e primeira coluna:
5 3
− 𝑏=1
2 2
𝑏=1
Da terceira linha e primeira coluna:
15 3
− 𝑓=0
2 2
𝑓=5
Então a matriz 𝐴 é da forma:
1 𝑎 𝑏 1 0 1
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [0 1 2]
4 𝑒 𝑓 4 0 5
Agora, é necessário inverter 𝐴. Seja 𝐴−1 dado por:
𝑚 𝑛 𝑝
𝐴 = [ 𝑞 𝑟 𝑠]
−1

𝑥 𝑦 𝑧
𝑚 𝑛 𝑝 1 0 1 1 0 0
[ 𝑞 𝑟 𝑠 ] [0 1 2] = [0 1 0]
𝑥 𝑦 𝑧 4 0 5 0 0 1
𝑚 + 4𝑝 𝑛 𝑚 + 2𝑛 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 𝑟 𝑞 + 2𝑟 + 5𝑠 ] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 𝑦 𝑥 + 2𝑦 + 5𝑧 0 0 1
Podemos observar, na segunda coluna que:
𝑛=0 ; 𝑟=1 ; 𝑦=0

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 242


Prof. Victor So

Substituindo, temos:
𝑚 + 4𝑝 0 𝑚 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 1 𝑞 + 2 + 5𝑠] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 0 𝑥 + 5𝑧 0 0 1
Da primeira e terceira coluna da primeira linha:
𝑚 + 4𝑝 = 1
{
𝑚 + 5𝑝 = 0
Subtraindo as duas equações:
𝑝 = −1
Substituindo em 𝑚 + 5𝑝 = 0:
𝑚=5
Da primeira e terceira coluna da segunda linha:
𝑞 + 4𝑠 = 0
{
𝑞 + 2 + 5𝑠 = 0
Subtraindo as duas equações:
𝑠 = −2
Substituindo em 𝑞 + 4𝑠 = 0:
𝑞=8
Da primeira e terceira coluna da terceira linha:
𝑥 + 4𝑧 = 0
{
𝑥 + 5𝑧 = 1
Subtraindo as duas equações:
𝑧=1
Substituindo em 𝑥 + 4𝑧 = 0:
𝑥 = −4
Desse modo, temos:
𝑚 𝑛 𝑝
−1
𝐴 = [𝑞 𝑟 𝑠]
𝑥 𝑦 𝑧
5 0 −1
𝐴−1 = [ 8 1 −2]
−4 0 1
𝟓 𝟎 −𝟏
Gabarito: 𝑨−𝟏 = [ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
147.(IME/1993)

Determine os valores de 𝒙 para que:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 243


Prof. Victor So

𝒙 𝟐 𝟒 𝟔
𝒙 𝒙+𝟐 𝟎 𝟏𝟎
| 𝟐 |=𝟎
𝒙 𝟎 𝟒𝒙 𝟒
𝒙 𝟒 𝟏𝟎 𝒙 − 𝟐
Comentários
Seja:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
𝐼=| 2 |
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
Por Laplace na terceira linha:
2 4 6 𝑥 2 6 𝑥 2 4
2
𝐼 = 𝑥 ⋅ |𝑥 + 2 0 10 | + 4𝑥 ⋅ |𝑥 𝑥 + 2 10 | − 4 ⋅ |𝑥 𝑥 + 2 0 |
4 10 𝑥 − 2 𝑥 4 𝑥−2 𝑥 4 10
2 ( 2 3 2 2
𝐼 = 𝑥 ⋅ −4𝑥 + 60𝑥 + 96) + 4𝑥 ⋅ (𝑥 − 8𝑥 − 8𝑥) − 4 ⋅ (6𝑥 + 8𝑥)
𝐼 = 28𝑥 3 + 40𝑥 2 − 32𝑥
𝐼 = 4𝑥 ⋅ (7𝑥 2 + 10𝑥 − 8) = 0
Então, 𝑥1 = 0 é solução. Além disso, devemos achar as soluções de 7𝑥 2 + 10𝑥 − 8 = 0:
−10 ± √102 − 4 ⋅ 7 ⋅ (−8)
𝑥=
2⋅7
−10 ± 18
𝑥=
14
4
𝑥2 = 𝑒 𝑥3 = −2
7
Portanto, os valores de 𝑥 para 𝐼 = 0 são:
4
𝑥 = {−2, 0, }
7
𝟒
Gabarito: 𝒙 = {−𝟐, 𝟎, }
𝟕

148.(IME/1992)

Calcule o valor do determinante abaixo:


𝒎+𝒙 𝒎 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎
𝒎 𝒎+𝒙 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎
| 𝒎 𝒎 𝒎+𝒙 𝒎 ⋯ 𝒎 |
𝑫𝒏 =
| 𝒎 𝒎 𝒎 𝒎+𝒙 ⋯ 𝒎 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝒎 𝒎 𝒎 𝒎 ⋯ 𝒎+𝒙
Comentários
Podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 244


Prof. Victor So

𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Observe que 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥. Além disso:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | |0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 = +
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | |0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela da equação acima e 𝐵𝑛 a segunda parcela, então, podemos
escrever:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna por −1 e somar às outras:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 0 0 0 ⋯ 0
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 𝑥 0 0 ⋯ 0
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | | 𝑚 0 𝑥 0 ⋯ 0|
𝐴𝑛 = ⇒ 𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | | 𝑚 0 0 𝑥 ⋯ 0|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 𝑚 0 0 0 ⋯ 𝑥 𝑛𝑥𝑛
Assim, usando o teorema de Laplace na primeira linha:
𝑥 0 0 ⋯ 0
0 𝑥 0 ⋯ 0
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ ||0 0 𝑥 ⋯ 0||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ 𝑥 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Encontramos um determinante de matriz diagonal, portanto:
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑥 𝑛−1
Além disso, aplicando Laplace na primeira coluna da segunda parcela de 𝐷𝑛 :
𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐵𝑛 = = 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
|0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Desse modo:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 245


Prof. Victor So

𝐷𝑛 = 𝐴𝑛 + 𝐵𝑛
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
Note que
⋅𝑥
𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−2 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−2 ⇒ 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
⋅𝑥 2
𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 𝑥 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−3 ⇒ 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−2

Assim, podemos escrever o seguinte produto:
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−3

𝑛−2
{𝑥 ⋅ 𝐷2 = 𝑥 𝑚 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
𝑛−1
(+)
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
Substituindo 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥 na equação acima:
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 (𝑚 + 𝑥)
Portanto:
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑚𝑛𝑥 𝑛−1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏
149.(IME/1991)

Determine todas as matrizes 𝑿 reais, de dimensões 𝟐𝒙𝟐, tais que 𝑨𝑿 = 𝑿𝑨, para toda matriz 𝑨 real
𝟐𝒙𝟐.
Comentários
Podemos escrever 𝐴 e 𝑋 das seguintes formas:
𝑎11 𝑎12 𝑥11 𝑥12
𝐴 = [𝑎 𝑎 ] e 𝑋 = [𝑥 𝑥22 ]
21 22 21

Então, fazendo 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, temos:


𝑎 𝑥 +𝑎 𝑥 𝑎11 𝑥12 + 𝑎12 𝑥22
𝐴𝑋 = [𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 ]
21 11 22 21 𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22
𝑥 𝑎 +𝑥 𝑎 𝑥11 𝑎12 + 𝑥12 𝑎22
𝑋𝐴 = [𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21 ]
21 11 22 21 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22
Igualando os termos das matrizes:
𝑎 𝑥 + 𝑎12 𝑥21 𝑎11 𝑥12 + 𝑎12 𝑥22 𝑥 𝑎 + 𝑥12 𝑎21 𝑥11 𝑎12 + 𝑥12 𝑎22
[ 11 11 ] = [ 11 11 ]
𝑎21 𝑥11 + 𝑎22 𝑥21 𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22 𝑥21 𝑎11 + 𝑥22 𝑎21 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22
𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 = 𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21
𝑎 𝑥 +𝑎 𝑥 =𝑥 𝑎 +𝑥 𝑎
{ 𝑎21 𝑥11 + 𝑎22 𝑥21 = 𝑥21𝑎11 + 𝑥22𝑎 21
11 12 12 22 11 12 12 22
𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22 = 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 246


Prof. Victor So

Da primeira equação:
𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 = 𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21
𝑎12 𝑥21 = 𝑥12 𝑎21
Para que a equação acima seja satisfeita para todo 𝑎12 e 𝑎21 :
𝑥21 = 𝑥12 = 0
Substituindo no sistema:
𝑎11 𝑥11 = 𝑥11 𝑎11
𝑎21 𝑥11 = 𝑥22 𝑎21
{𝑎 𝑥 = 𝑥11 𝑎12
12 22
𝑎22 𝑥22 = 𝑥22 𝑎22
Retirando as equações redundantes:
𝑎21 𝑥11 = 𝑥22 𝑎21
{𝑎 𝑥 = 𝑥 𝑎
12 22 11 12

Logo, para que as equações acima sejam satisfeitas para todo 𝑎12 e 𝑎21 , devemos ter:
𝑥11 = 𝑥22
Portanto, sendo 𝑥11 = 𝑥22 = 𝑚 e 𝑥21 = 𝑥12 = 0, temos:
𝑚 0
𝑋=[ ]
0 𝑚
𝒎 𝟎
Gabarito: 𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
150.(IME/1990)

Calcule o determinante da matriz 𝒏𝒙𝒏 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 𝟏.
Comentários
O determinante citado é:
0 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1
|1 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 =
|1 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0
Observe que 𝐷1 = 0. Além disso, podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:
1 1 1 1 ⋯ 1 −1 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1 0 0 1 1 ⋯ 1
| 1 1 0 1 ⋯ 1| | 0 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 = +
| 1 1 1 0 ⋯ 1| | 0 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 0 1 1 1 ⋯ 0
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela de 𝐷𝑛 e 𝐵𝑛 a segunda parcela de 𝐷𝑛 .

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 247


Prof. Victor So

Usando o teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna de 𝐴𝑛 por (−1) e


somar às outras colunas:
1 1 1 1 ⋯ 1 1 0 0 0 ⋯ 0
1 0 1 1 ⋯ 1 1 −1 0 0 ⋯ 0
|1 1 0 1 ⋯ 1| |1 0 −1 0 ⋯ 0|
𝐴𝑛 = =
|1 1 1 0 ⋯ 1| |1 0 0 −1 ⋯ 0|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 1 0 0 0 ⋯ −1
Assim, podemos aplicar Laplace na primeira linha e obter:
−1 0 0 ⋯ 0
0 −1 0 ⋯ 0
|
𝐴𝑛 = | 0 0 −1 ⋯ 0 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ −1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
𝐴𝑛 é o determinante de uma matriz diagonal, logo:
𝐴𝑛 = (−1)𝑛−1
Além disso, de 𝐵𝑛 , temos:
−1 1 1 1 ⋯ 1
0 0 1 1 ⋯ 1
|0 1 0 1 ⋯ 1| 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 1
𝐵𝑛 = ⇒ 𝐵𝑛
|0 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 1 1 1 ⋯ 0 𝑛𝑥𝑛
0 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1
|1 1 0 1 ⋯ 1|
= (−1) ⋅
|1 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
⏟1 1 1 1 ⋯ 0
𝐷𝑛−1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)

Então, 𝐵𝑛 = (−1) ⋅ 𝐷𝑛−1 .


Desse modo, o determinante 𝐷𝑛 pode ser escrito como:
𝐷𝑛 = 𝐴𝑛 + 𝐵𝑛
𝐷𝑛 = (−1)𝑛−1 − 𝐷𝑛−1
Com essa fórmula de recorrência, podemos escrever a seguinte soma telescópica:
𝐷𝑛 = (−1)𝑛−1 − 𝐷𝑛−1
( )1 ( )𝑛−1 − (−1)1 𝐷𝑛−2
{ −1 𝐷𝑛−1 = −1

(−1) 𝐷2 = (−1)𝑛−1 − (−1)𝑛−2 𝐷1
𝑛−2
(+)
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(−1)𝑛−1 − (−1)𝑛−2 𝐷1
Lembrando que 𝐷1 = 0, temos:

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 248


Prof. Victor So

𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(−1)𝑛−1

Gabarito: 𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏
151.(IME/1989)

Calcule o determinante da matriz


𝒂𝟐 (𝒂 + 𝟏)𝟐 (𝒂 + 𝟐)𝟐 (𝒂 + 𝟑)𝟐
𝒃𝟐 (𝒃 + 𝟏)𝟐 (𝒃 + 𝟐)𝟐 (𝒃 + 𝟑)𝟐
𝒄𝟐 (𝒄 + 𝟏)𝟐 (𝒄 + 𝟐)𝟐 (𝒄 + 𝟑)𝟐
[𝒅𝟐 (𝒅 + 𝟏)𝟐 (𝒅 + 𝟐)𝟐 (𝒅 + 𝟑)𝟐 ]
Comentários
Chamemos a matriz dada do enunciado de 𝐷.
Vamos aplicar Jacobi e subtrair todas as colunas da primeira:
𝑎2 (𝑎 + 1)2 − 𝑎 2 (𝑎 + 2)2 − 𝑎 2 (𝑎 + 3)2 − 𝑎 2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 − 𝑏 2 (𝑏 + 2)2 − 𝑏 2 (𝑏 + 3)2 − 𝑏 2
𝐷=| 2 |
𝑐 (𝑐 + 1)2 − 𝑐 2 (𝑐 + 2)2 − 𝑐 2 (𝑐 + 3)2 − 𝑐 2
𝑑2 (𝑑 + 1)2 − 𝑑 2 (𝑑 + 2)2 − 𝑑 2 (𝑑 + 3)2 − 𝑑 2
𝑎2 2𝑎 + 1 4𝑎 + 4 6𝑎 + 9
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 4𝑏 + 4 6𝑏 + 9|
𝑐 2𝑐 + 1 4𝑐 + 4 6𝑐 + 9
2
𝑑 2𝑑 + 1 4𝑑 + 4 6𝑑 + 9
Além disso, fazendo a terceira coluna menos duas vezes a segunda:
𝑎2 2𝑎 + 1 2 6𝑎 + 9
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 2 6𝑏 + 9|
𝑐 2𝑐 + 1 2 6𝑐 + 9
2
𝑑 2𝑑 + 1 2 6𝑑 + 9
Fazendo a quarta coluna menos três vezes a segunda:
𝑎2 2𝑎 + 1 2 6
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 2 6|
𝑐 2𝑐 + 1 2 6
2
𝑑 2𝑑 + 1 2 6
Então, podemos observar que a terceira e a quarta coluna são múltiplas uma da outra. Pela
propriedade dos determinantes, se uma linha é múltipla da outra o determinante é nulo.
Portanto:
𝐷=0
Gabarito: 𝑫 = 𝟎
152.(IME/1988)
Sejam 𝑨, 𝑩 𝐞 𝑪 matrizes 𝟓𝒙𝟓, com elementos reais. Denotando-se por 𝑨′ a matriz transposta de 𝑨:

a) Mostre que se 𝑨 ⋅ 𝑨′ = 𝟎, então 𝑨 = 𝟎.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 249


Prof. Victor So

b) Mostre que se 𝑩 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨′ = 𝑪 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨′, então 𝑩 ⋅ 𝑨 = 𝑪 ⋅ 𝑨.


Comentários
a) Como 𝐴′ é a transposta de 𝐴 e considerando 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ], temos que a diagonal principal
de 𝐴 ⋅ 𝐴′ = [𝑥𝑖𝑗 ] é:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗
𝑗=1

Se 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0, temos 𝑥𝑖𝑖 = 0. Para isso, já que a matriz é composta somente por elementos
reais, devemos ter:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 =0
𝑗=1

𝑎𝑖𝑗 = 0
Portanto:
𝐴 = [0𝑖𝑗 ] = 0
b) Inicialmente, temos que:
𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0
Então, multiplicando por (𝐵 − 𝐶)′ dos dois lados, obtemos:
(𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶 )′ = 0 (𝐼)
Conhecendo a propriedade da transposta do produto matricial, podemos escrever:

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶)′
Substituindo essa relação na equação (𝐼):

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0
Pelo item anterior, temos que:
𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0 ⇒ 𝐴 = 0
Logo:

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0 ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 = 0 ⇒ 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴
Como queríamos demonstrar.
Gabarito: Prova
153.(IME/1987)

Sejam
𝒂 𝒃
𝒄 𝒅 𝒊 𝒋 𝒍 𝒎
𝑨=( ) 𝐞𝑩=( )
𝒆 𝒇 𝒏 𝒐 𝒑 𝒒
𝒈 𝒉

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 250


Prof. Victor So

duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝑨𝑩 é inversível.


Comentários
Multiplicando 𝐴𝐵 e calculando seu determinante, temos:
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = | |
𝑒𝑖 + 𝑓𝑛 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
𝑔𝑖 + ℎ𝑛 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Vamos trocar a primeira coluna pela primeira coluna multiplicado por 𝑗 e subtraindo a
segunda coluna multiplicada por 𝑖.
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 → (𝑎𝑖 + 𝑏𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑎𝑗 + 𝑏𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑏(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 → (𝑐𝑖 + 𝑑𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑐𝑗 + 𝑑𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑑(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑒𝑖 + 𝑓𝑛 → (𝑒𝑖 + 𝑓𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑒𝑗 + 𝑓𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑓(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑔𝑖 + ℎ𝑛 → (𝑔𝑖 + ℎ𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑔𝑗 + ℎ𝑜) ⋅ 𝑖 = ℎ(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
Fazendo a substituição acima na matriz do determinante, encontramos:
𝑏(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = | |
𝑓 (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
𝑏 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) | |
𝑓 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Vamos trocar agora a segunda coluna pela segunda coluna multiplicado por 𝑙 e subtraindo
a terceira coluna multiplicada por 𝑗.
𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 → (𝑎𝑗 + 𝑏𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑎𝑙 + 𝑏𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑏(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 → (𝑐𝑗 + 𝑑𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑐𝑙 + 𝑑𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑑(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 → (𝑒𝑗 + 𝑓𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑒𝑙 + 𝑓𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑓(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑔𝑗 + ℎ𝑜 → (𝑔𝑗 + ℎ𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑔𝑙 + ℎ𝑝) ⋅ 𝑗 = ℎ(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
Repetindo o processo:
𝑏 𝑏(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑑(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) | |
𝑓 𝑓(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ ℎ(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞

𝑏 𝑏 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑑 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) | |
𝑓 𝑓 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ ℎ 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 251


Prof. Victor So

Perceba que det 𝐴𝐵 possui duas colunas iguais, o que implica em det 𝐴𝐵 = 0. E como
det 𝐴𝐵 é 0, a matriz 𝐴𝐵 não pode ser inversível.
Gabarito: 𝑨𝑩 é não inversível

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


O segredo para conseguir resolver qualquer questão de matrizes é entender bem os
fundamentos e saber quando aplicar as propriedades matriciais.
Tente entender as definições dos diferentes tipos de matrizes e decorar as propriedades
dos determinantes. Elas serão muito úteis para resolver as questões dessas bancas.
Resolva a lista de exercícios com calma e sempre tire suas dúvidas!
Qualquer problema estamos à disposição.
Bons estudos e até a próxima aula.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Steinbruch, Alfredo. Winterle, Paulo. Álgebra linear. 2. ed. Pearson Makron Books, 1987. 583p.
[2] Iezzi, Gelson. Hazzan, Samuel. Fundamentos de Matemática Elementar, 4: sequências,
matrizes, determinantes e sistemas. 8. Ed. Atual, 2013. 282p.

AULA 12 – MATRIZES E DETERMINANTES 252

Você também pode gostar