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Usinagem 2

 Aula 4
 Corte por Plasma
Plasma
A matéria pode se apresentar nos estados sólido, líquido e gasoso. Entretanto, há
um estado chamado plasma, conhecido também como o quarto estado da matéria.
No caso da água, considerando seu estado gasoso se continuarmos adicionando
calor ao vapor algumas de suas propriedades são alteradas, como a temperatura e
características elétricas. Esse processo é chamado ionização, e quando isso
acontece os gases tornam-se plasma
Plasma
Em 1950, o processo TIG (gás inerte de tungstênio) de soldagem estava implantado
como um método de alta qualidade para soldar metais nobres. Durante o
desenvolvimento desse processo, os cientistas envolvidos no trabalho descobriram que
se reduzissem o diâmetro do bocal por onde saía a tocha de gás para soldagem, as
propriedades do arco elétrico do equipamento de soldagem ficavam bastante
alteradas. A redução do diâmetro de saída comprimia o arco elétrico, aumentando a
velocidade e a temperatura do gás. O gás, ionizado, ao sair pelo bocal, em vez de
soldar, cortava metais.
Plasma
“Um conjunto de partículas carregadas contendo quase a mesma quantidade de
elétrons e íons positivos, embora apresente quase todas as características dos seus
gases formadores, se difere deles por ser um bom condutor de eletricidade”. A
ionização do gás causa a criação de elétrons livres e íons positivos entre os átomos de
gás. Quando isso ocorre, o gás em questão torna-se eletricamente condutivo
Plasma
 O corte a Plasma é um processo que utiliza um bico com orifício otimizado para
constringir um gás ionizado em altíssima temperatura, tal que possa ser usado
para derreter seções de metais condutores.

 Um gás eletricamente condutivo (plasma) é usado para transferir energia


fornecida pela fonte plasma da tocha para o material a ser cortado . A tocha
serve de suporte para os consumíveis e fornece um fluído refrigerante para
estas peças.

 O distribuidor ou difusor de gás é construído de material isolante e tem como


principal finalidade de dar sentido rotacional ao gás. O eletrodo conduz a
corrente até um inserto de háfnio que emite os elétrons para geração do
plasma.
Plasma
 O bico constringe o plasma e o guia para o metal a ser cortado. A capa tem
como função manter os consumíveis alinhados e isolar a parte elétrica do
bocal frontal. O bocal frontal guia o fluxo de jato de ar coaxial. Por ser
refrigerado e isolado, o bocal pode ser apoiado à chapa.

 Um gás eletricamente condutor é usado para transferir energia fornecida por


uma fonte de energia elétrica, da tocha ao material a cortar.
Plasma
Muito utilizado na indústria devido sua capacidade de cortar qualquer metal condutor
de eletricidade principalmente os metais não ferrosos que não podem ser cortados
pelo processo oxicorte.

O processo consiste na utilização do calor liberado por uma coluna de plasma,


resultante do aquecimento por maio de um arco elétrico de um gás, em alta vazão
rotacional.

Este plasma é transferido ao metal a ser cortado. A parte do metal se funde pelo
calor do plasma e este metal é expulso com auxílio do gás em alta vazão.
Plasma
Corte mecanizado é todo aquele onde um sistema automático manipula a tocha de
plasma.

Os sistemas pode ser simples ou manipulados e comandados por CNC.

Os sistemas manuais podem ser adaptados para trabalhar no método mecanizado e


devem ser respeitados os limites de aplicação recomendados pelo fabricante do
sistema para este método.

Geralmente a capacidade de corte dos sistemas manuais é reduzida à metade para o


corte mecanizado. Esta redução não está relacionada diretamente com a capacidade
da fonte, e sim pelo aquecimento progressivo da tocha.
Plasma

 Como no plasma a velocidade reduz sensivelmente com o incremento da


espessura, em chapas mais espessas o tempo de corte é grande devido a baixa
velocidade.

 Esta é a principal razão de se limitar a espessura para se garantir uma


velocidade razoável e permitir o refrigeração adequada da tocha.

 Os sistemas mecanizados dedicados geralmente possuem tochas refrigeradas


por líquido refrigerante.
Plasma

1.Fonte de Energia 2.Console de Ignição – Alta


Freqüência 3.Console de controle de gás 4.Tocha plasma
5.Conjunto de Válvulas
Plasma
Plasma
 A qualidade do corte, bem como o desempenho da célula depende da
combinação, interação e características dos componentes.

 A seleção deve se dar primeiramente para atender aos requisitos de


qualidade e produtividade do material a se cortar.

 O Ar comprimido é sempre a melhor segunda opção técnica e a primeira em


conveniência e custo. Quando se deseja a melhor combinação para obter
melhor qualidade e produtividade.
Plasma
 O gás no processo plasma tem duas funções distintas: a) insumo para geração do
plasma e b) refrigeração dos consumíveis.
 Nos sistemas com partida por contato, serve como agente para afastar o eletrodo
móvel.
 A qualidade e eficiência do processo estão intrinsecamente relacionadas com a
qualidade do gás.
 Na grande maioria dos sistemas manuais, utiliza-se uma única fonte de suprimento
de gás para realizar as duas funções de formação de plasma e refrigeração dos itens
consumíveis.
 Neste caso a vazão do gás torna-se um fator de extrema importância para o
desempenho do processo.
 Se a vazão é excessiva implicará numa boa ação de refrigeração, porém com
conseqüências danosas ao plasma.
 Se insuficiente, além da perda de qualidade do plasma, a vida útil do consumível é
reduzida drasticamente.
Plasma
 A vazão nos sistemas de gás único e sempre mais elevado que nos sistemas
de múltiplos gases. Existem alguns sistemas manuais, de correntes mais
elevadas que podem utilizar a combinação de mais de um gás. Em
consequência tem-se uma tocha forte.

 Os sistemas mecanizados dedicados possibilitam o uso de dois gases distintos


para plasma e para proteção. Nestes casos, o eletrodo é refrigerado
internamente por um líquido refrigerante.

 A vantagem dos sistemas múltiplos gases está no fato de selecionar um gás


de plasma mais adequado ao tipo de material a se cortar independente de
sua capacidade de refrigeração.

 O Ar comprimido é sempre a melhor segunda opção técnica e a primeira em


conveniência e custo.
Plasma
Plasma
Plasma
Em relação ao oxicorte possuí melhor velocidade de corte, melhor acabamento
desde que trabalhando na faixa adequada de operação (até 3” ou 76mm de
espessura), além de ter opções para eliminação de ruído e fumos através da
utilização de cortes com escudo d’água ou corte subaquático.

É facilmente operado e não se utiliza da produção de chama com gases


combustíveis que requer maiores cuidados com a segurança do operador. Pode ser
aplicado para o corte de qualquer material condutor de eletricidade.

Outra vantagem seria que o Oxicorte é limitado a alguns metais, ou seja, em geral
não se consegue cortar aços inoxidáveis o que já não é problema para o corte à
Plasma.
Plasma
 Suas limitações em relação ao Oxicorte seria a dificuldade de se cortar
espessuras maiores. No processo de Oxicorte pode-se cortar espessuras maiores
sem que se perca a qualidade do corte e, principalmente, manter o esquadro da
peça.
 Uma das características do processo Plasma é o surgimento de chanfros na aresta
de corte, os quais tornam-se mais significativos a medida que se aumenta a
espessura da chapa.
 Para se controlar isso, torna-se necessária uma rigorosa avaliação dos parâmetros
de corte e uso de consumíveis sempre em ótimas condições. Com relação ao
corte Laser, levando-se em consideração que o custo de implantação do Corte
Plasma é bem menor que este.
Plasma
Fazendo o posicionamento da tocha tão próximo quanto possível à peça de
trabalho conseguimos reduzir este desbalanceamento de calor.
O aumento da constrição do arco tende a tornar o perfil do arco maior e mais
uniforme, causando um corte mais reto.
Mas infelizmente, a constrição de arco com um bico convencional é limitada
pela tendência de o aumento da constrição desenvolver dois arcos em série,
conforme figura abaixo, sendo um entre o eletrodo e o bico e outro entre o
bico e a peça.
Plasma
 Este fenômeno é conhecido como “duplo arco” e desgasta o eletrodo e o bico de
corte. O arco duplo limita severamente a extensão do corte plasma com
qualidade. Desde a introdução do processo de corte plasma nos anos 50, várias
pesquisas tem sido realizadas com o objetivo de aumentar a constrição do arco,
sem, porém a criação do duplo arco.

 Em 2003 foram investidas elevadas quantias em pesquisa e desenvolvimento para


resolver a inconsistência e aprimorar o processo de alta definição. O resultado
foi o desenvolvimento de novas tecnologias que revolucionaram o plasma de alta
definição.
Plasma

 A técnica dual flow foi desenvolvida em 1963. Esta técnica envolve uma
pequena modificação em relação ao plasma convencional.
 Este processo utiliza-se das mesmas características como no plasma
convencional, neste caso, porém é adicionado um segundo gás de proteção ao
redor do bico de corte.
 Usualmente, em operação dual flow o gás plasma é o Nitrogênio e o segundo
gás de proteção é selecionado de acordo com o metal a ser cortado.
 Gases típicos para uso são normalmente Ar Comprimido ou Oxigênio para aço
Carbono, dióxido de Carbono (CO2) para aços inoxidáveis e misturas de
Hidrogênio/Argônio para Alumínio.
Plasma
A velocidade de corte é melhor para aços ao
Carbono quando comparado ao plasma
convencional, contudo, a qualidade de corte é
inadequada para algumas aplicações. A
velocidade e qualidade de corte em aços
inoxidáveis e Alumínio, é essencialmente a
mesma que no plasma convencional.
A maior vantagem neste processo é que o gás
secundário forma uma proteção entre o bico de
corte e a peça de trabalho, protegendo o
mesmo de curtos-circuitos, e reduzindo a
tendência de "duplo arco". O gás de proteção
também protege a zona de corte aumentando a
qualidade e velocidade de corte, além de
refrigerar o bico de corte e bocal da tocha.
Plasma

 O maior problema com o corte por ar comprimido é a rápida erosão do eletrodo.


Eletrodos especiais feitos de Zircônio, Háfnio ou ligas de Háfnio são necessários,
uma vez que o eletrodo de Tungstênio desgasta-se em poucos segundos se o gás
de corte conter Oxigênio. Mesmo com a utilização destes eletrodos especiais, a
vida útil dos mesmos é consideravelmente menor que no processo plasma
convencional.
Plasma
 O corte plasma com proteção de água, onde o gás de proteção secundário é
substituído por água. O efeito de resfriamento provocado pela água aumenta a
vida útil do bico de corte além de melhorar significativamente a aparência do
corte, entretanto, o esquadrejamento e velocidade de corte permanecem
constantes uma vez que a água não provê uma constrição adicional do arco.
Plasma

 No início, estava estabelecido que uma ferramenta para aumentar a


qualidade de corte era através do aumento da constrição do arco evitando-se
o duplo arco. No processo plasma com injeção de água, a água é injetada
radialmente no arco de maneira uniforme.

 A injeção de água no arco contribui para um maior grau de constrição do arco


atuando como se fosse um segundo bico de corte.
Plasma
 O corte plasma com injeção de Oxigênio contornou o problema da vida útil do
eletrodo pelo uso de Nitrogênio como gás de plasma com a injeção de
Oxigênio abaixo da saída do bocal.

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