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TRUST

in me
A NOVELLA
Jennifer L. Armentrout
WRITING AS J. LYNN

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Jase Winstead é um filho da puta cruel.

Ir para “Asstronomy 101” 1 é a última coisa que eu queria estar fazendo, às nove
da manhã,

caramba! Especialmente porque tudo que a classe faz é me lembrar da primeira


vez que entrei na aula

do Professor Drage, e do porque eu tinha feito uma apressada saída não


planejada no meu ano de

calouro. E eu realmente não precisava de um texto com insultos de Jase sobre


como agendar aulas

antes do meio dia não era saudável.

Considerando que eu estava a passar, -oh, eu não sei, duas horas com sono- e eu
ainda podia

sentir o gosto da tequila e outras coisas que eu realmente não queria sequer
pensar sobre ontem à

noite, eu estava atualmente sendo o garoto-propaganda de como não ter um


primeiro dia saudável e

feliz de classes de Outono.

Eu assisti a porta para a astronomia balançar fechando-se e, em seguida, olho


para trás, para o

meu celular. O texto de Jase zombava de mim:

“Cabule. Eu tenho cerveja. Xbox. FIFA13.”


Bom, merda. Isso era extremamente tentador. Ollie tinha estragado nosso Xbox
uma semana

atrás durante uma partida brutal de Call of Duty.

Eu estava alguns minutos atrasado para aula.

Astronomia ou futebol no Xbox? Não é uma decisão muito difícil.

Decisão feita, dei meia volta e comecei a responder o texto de Jase quando as
portas foram

arremessadas abertas, como se um tornado tivesse passado pela escadaria. Minha


cabeça virou bem a

tempo de ver algo pequeno e algo vermelho vindo à minha direção.

Não tinha como evitar a colisão.

Um pequeno corpo colidiu direto comigo e tropeçou para trás, braços agitados
como se a

vítima estivesse se afogando. A bolsa, que parecia pesar mais que o dono,
derrubou-a.

Reagindo a pleno instinto, me movi para frente, deixando cair minha própria
mochila e

passando meu braço ao redor de sua cintura, mas a bolsa foi em uma direção e,
os livros, em outra. Ela

ainda estava ofegante, como um daqueles sacos para vômito2. Eu apertei meu
abraço, segurando-a

antes que ela fizesse algum dano sério a si mesma. Ela ficou de pé. Cabelos
castanhos profundos voaram

batendo no meu rosto. O aroma de frutas e algo almiscaro, e bom, me preencheu.


Oh merda, Moranguinho3 acabou de me atropelar.

Eu ri e coloquei meu celular no bolso, preste a solta-la, mas a garota estava


tensa. Cada

músculo seu parecia estar rígido. Tão pequena como ela era, mal chegando à
altura dos meus ombros,

ela parecia ficar cada vez menor. Será que estava machucada?

E será que ela confundiu Shepherd por uma escola primária próxima?

“Whoa”, eu disse. “Você está bem, querida4?”

Sem resposta pelo que parecia ser um minuto, comecei a ficar realmente
preocupado.

Tomando um grande fôlego, fazendo que seu peito inflasse contra o meu.
Consegui contra a sensação

de sentir suas curvas. Definitivamente não é uma colegial, a não ser que elas
começaram a se

desenvolver de maneiras diferentes de quando eu estava lá. E se for este o caso,


eu estava com inveja

desses meninos.

Okay, agora sinto que preciso de uma ducha, porque até isso me perturbou.

Será que eu ainda estava bêbado de ontem à noite? Eu diria que sim.

“Hey”, eu tentei novamente, com a voz mais baixa. “Você está bem?”. Quando
ainda assim não

tive resposta, coloquei dois dedos abaixo de seu queixo. Sua pele era macia e
extremamente gelada.

Divagando sobre a possibilidade de uma pessoa desmaiar e ainda continuar de


pé, eu gentilmente
levantei a sua cabeça, minha boca abrindo para perguntar algo a ela novamente,
mas as palavras

morreram em algum lugar entre meu cérebro e minha boca.

1 Trocadilho com “Ass” e “Astronomy”. 101 é referente a coisas básicas, para


iniciantes

2 Aqueles sacos marrons onde, as vezes, as pessoas usam para respirar dentro,
com movimento de inflar

e desinflar.

3 No original, Strawberry Shortcake, nome da personagem ‘Moranguinho’ em


inglês.

4 No original “Sweetheart”. Achei que “querida” ficava melhor que algo como
“docinho”

Eu pisquei porque, como um idiota total, eu pensei que isso iria mudar o que eu
estava vendo.

Não que eu quisesse que o que eu estava vendo mudasse, mas merda...

Qual homem não tem uma quedinha por uma ruiva?

Bonita é uma palavra muito fraca para descrevê-la. Seus olhos eram grandes da
cor de uísque.

Sardas pontilhavam a ponta do seu nariz pequeno e suas bochechas eram bem
definidas. Lábios eram

cor de cereja e grandes no seu rosto, cheios e volumosos. O tipo de lábios que
pertenciam a uma boca

que podia, e iria, levar um homem...

“Me. Solta.” 5
A aspereza na sua voz, amarrada com um péssimo controle de pânico, causou
que eu a soltasse

imediatamente e desse um passo, saudável, para traz.

Ela ficou na beira do seu equilíbrio e eu quase corri para segura-la novamente,
mas eu

valorizava minhas bolas. Um dia eu gostaria de ter uma criança ou algo e eu


tinha o pressentimento que

se eu a tocasse de novo, isto não estaria em meu futuro.

Afastando algumas mechas de cabelo de seu rosto, ela cautelosamente se afastou


de sua bolsa.

Grossos cílios salpicados de vermelho levantaram e, por um momento, nenhum


de nós dois se mexeu, e

então seu olhar foi para meu rosto e depois para baixo. A garota estava
descaradamente ‘me checando’.

Talvez minhas bolas não estivessem em perigo.

Um lindo tom de rosa se espalhou por suas bochechas. “Desculpe-me. Eu estava


com pressa

para chegar a minha aula. Eu estou atrasada e...”

Eu resmunguei enquanto me ajoelhava, juntando alguns dos itens espalhados.


Como uma única

garota poderia ter tantas canetas estava além de minha compreensão. Azul.
Roxo. Preto. Vermelho.

Laranja. Mas que porra? Quem escrevia com uma caneta laranja?

Ela se juntou a mim, pegando o resto de suas canetas enquanto sua cabeça se
mexia de um
jeito que seu cabelo cobre ficava na frente de seu rosto. “Você não precisa me
ajudar.”

“Não tem problema.” Eu pequei um papel que viria a ser seu cronograma. Uma
rápida olhada

em suas classes e pude confirmar que ela era uma novata6. “Astronomia 101? Eu
estou indo nessa

direção também.”

Jase e cerveja e FIFA’13 teriam que esperar.

“Você está atrasado.”. Ela ainda estava se escondendo atrás de seu cabelo.
“Realmente, me

desculpe.”

Pegando seu último caderno, eu enfiei em sua bolsa e esperei. Entreguei-a de


volta a ela,

esperando que ela olhasse para cima. Eu não sei por que, me chame de “filhinho
da mamãe”, mas eu

gostava das minhas garotas sorrindo, e não com aparência de quem está à beira
das lágrimas. “Está

tudo bem. Eu estou acostumado a ter garotas se jogando em mim.”. Ela levantou
seu queixo só um

pouco e meu sorriso de espalhou. “Agora tentar pular nas minhas costas é novo.
Eu meio que gosto

disso.”

Sua cabeça bruscamente levantou e todo seu cabelo deslizou para traz. “Eu não
estava

tentando pular nas suas costas ou me jogar em você.”


“Você não estava?”. Meu celular vibrou em meu bolso. Eu ignorei. “Bem, isso é
uma pena. Se

fosse o caso, eu teria feito este o melhor primeiro dia de classe na história.”

Ela me estudou enquanto segurava a bolsa contra seu peito e meu olhar foi direto
para o

pedaço de papel que eu segurava. “Avery Morgansten?”

“Como você sabe meu nome?”, ela retrucou.

Que coisa mais fofa. “Está no seu calendário.”

“Oh”. Ela colocou seu cabelo para traz e um pequeno tremor acontecia em suas
mãos enquanto

ela pegava seu calendário.

Quando eu era pequeno, minha mãe dizia que eu tinha um carinho especial pelos
renegados7.

Pombos machucados. Cachorros de três patas. Porcos magros. Minha irmã era
do mesmo jeito. Nós

tínhamos um sexto sentido quando se tratava de descobri-lo e, eu talvez sim


talvez não saiba nada

sobre esta garota, mas ela era obviamente nova nesta escola, obviamente não
estava confortável,

obviamente tendo um péssimo começo de dia e eu me senti mal por ela.

“Meu nome é Cameron Hamilton”, eu disse a ela, “Mas todos me chamam de


Cam.”

5 No original, “Let.Go.Of.Me.”

6 No original “Freshman”.
7 No original “Underdog”

Seus lábios se moveram como se ela estivesse repetindo meu nome, e eu meio
que gostei de

como isso parecia. “Obrigada de novo, Cam.”

Abaixando-me, pequei minha mochila e joguei sobre meus ombros. Tirando o


cabelo do meu

rosto, eu sorri o tipo de sorriso que, normalmente, me dava o que queria. “Então,
vamos fazer nossa

grande entrada.”

Eu fui até a porta da aula de astronomia quando percebi que ela não tinha se
movido. Olhando

sobre meu ombro, eu franzi quando ela começou a andar para traz. “Você está
indo na direção errada,

querida.”

“Não posso.” ela resmungou.

“Não pode o que?” eu a encarei.

Os olhos de Avery encontraram os meus por um segundo e então ela se virou e


correu. Sua

bolsa batendo em seu quadril, seu cabelo voando como uma capa. A garota fugiu
de verdade. Minha

boca caiu aberta.

Mas que inferno acabou de acontecer?

A porta atrás de mim se abriu e uma voz grossa com um pequeno sotaque
chamou. “Sr.
Hamilton, você estará se juntando a nós hoje?”

Merda. Eu fechei meus olhos.

“Ou você está planejando ficar em pé no corredor o resto do tempo?” Professor


Drage

perguntou.

Vagarosamente, eu me virei. “Me juntando a classe, óbvio.”

“Óbvio”, o professor repetiu, segurando uma pilha de papeis. “Glossário8.”

Eu dei um passo, e um segundo depois, outro. Só no caso de Avery Morgansten


aparecer de

novo.

Jase encostou contra a traseira do meu carro, uma mão passando sobre seu
cabelo castanho,

retirando-o de sua testa suada. Alguns fios presos entre seus dedos. “Está quente
como bolas.”

Para fim de Agosto, estava abafado. Nem as sombras providas pelos grandes
carvalhos que

rodeavam o estacionamento, do outro lado de White Hall, conseguiam aliviar. Eu


estava protelando em

abrir a porta para a sauna.

“A coisa mais verdadeira que você já falou” Ollie apareceu no meio das árvores.
“Está tão

quente que a única alternativa é ficar pelado.”

Meu olhar foi diretamente para ele. “Você já está tão pelado quanto poderia
mano”
Ollie olhou para si mesmo e sorriu. Sem camisa. Shorts pendurados baixo.
Chinelos. Nada mais.

“Você sabe muito bem que eu poderia ficar mais pelado.”

Infelizmente, isso era verdade. Nós compartilhávamos um apartamento de três


quartos em

University Heights9 pelos últimos três anos. Com apenas uma semana de
convivência, Ollie tinha dado

adeus à modéstia. Eu já tinha visto suas ‘partes’ mais vezes do que eu poderia
pensar. Ele estaria se

formando na primavera, como eu deveria também, e eu iria sentir falta do idiota.

“Multa.” Jase apontou para meu para-brisa.

Eu suspirei, olhando por cima. Um papel cor de creme estava estrategicamente


colocado em

baixo do meu limpador. O estacionamento era reservado para funcionários, mas


pela falta de vagas por

essas bandas, eu me dava o luxo de estacionar em qualquer vaga que


encontrasse. “Vou colocar na

minha coleção.”

“Que é enorme.” Ollie retirou um elástico de seu pulso e amarrou seu cabelo
loiro na altura de

seus ombros em um rabo-de-cavalo. “Então, festa hoje à noite em seu


apartamento?”

Minhas sobrancelhas levantaram. “Hum?”

Jase sorriu enquanto cruzava os braços sobre o peito.

“É uma festa de ‘volta às aulas’”. Ollie se esticou, estalando suas costas


enquanto bocejava. “Só

uma pequena reunião.”

“Oh Deus.”

8 No original “Syllabus”, que é uma espécie de resumo com os tópicos mais


importantes e seus

significados.

9 Achei melhor não traduzir o nome do local. Mas é um prédio de estudantes


universitários, onde cada

um tem seu próprio apartamento.

O sorriso do Jase aumentou e eu queria socar ele fora de seu rosto. Da ultima vez
que Ollie teve

uma ‘reuniãozinha’, tinha sido gente em pé em nosso apartamento. Policiais


podem ter sido envolvidos.

“Peça algumas pizzas. Eu preciso ir-“ Ollie parou no meio da frase e virou em
direção à morena

curvilínea que estava passando. Em um piscar de olhos, ele tinha nos deixado
colocando um braço ao

redor dos ombros da garota. “Hey, menina, hey.”

A morena deu um risinho, colocando um braço ao redor da cintura de Ollie.

Eu virei, levantando minha mão “O que?”

“Causa perdida” Jase revirou os olhos. “Esse fudido tem olhos atrás da sua
cabeça quando o

assunto são meninas.”

“Totalmente verdade.”
“Como ele consegue sexo com regularidade está além da minha compreensão.”

“É o grande mistério da vida.” Eu dei a volta pela frente do meu carro, pegando
a multa, e

então abrindo a porta do motorista. Bafo quente foi soprado em meu rosto.
“Merda.”

Jase se inclinou em minha direção. “O que aconteceu com você hoje? Você nem
respondeu

minha mensagem. Achei que FIFA despertava sua atenção.”

“Aw, você sentiu minha falta?” Eu retirei minha camiseta, enrolei e joguei ela no
carro.

“Talvez eu tenha.”

Rindo, peguei meu boné do assento e coloquei-o, protegendo meus olhos. “Eu
nem sabia que a

gente estava saindo.”

“Meus sentimentos estão feridos agora.”

“Eu te pago uma cerveja na próxima vez que sairmos.”

“Isso funciona. Sou fácil.”

Eu sorri. “Como se eu não soubesse.”

Jase riu enquanto virava, colocando o braço sobre o acento. Seu sorriso fácil
sumiu enquanto

ele colocava seus óculos de sol. EU conhecia essa expressão. Nada bom vinha
dela. Poucas pessoas

sabiam o quão volátil a vida era para Jase. Era fácil para todos assumirem o
contrário, já que Jase era o
cara a ser chamado para arrumar a merda dos outros, incluindo a minha.

Eu liguei o ar-condicionado e fechei a porta, me juntando a ele dentro do carro.


O metal ainda

estava quente enquanto apoiava meu braço nele e esticava minhas panturrilhas.
“O que aconteceu?”

Uma sobrancelha levantou de trás dos óculos. “Você está indo para a academia
ou algo do

tipo?”

“Era no que eu estava pensando.” Estiquei minhas pernas. “Quer ir comigo?”

“Nah,” ele disse “Eu tenho que ir para a fazenda. Cuidar de algumas coisas.”

“Como está o Jack?”

Um grande sorriso apareceu no rosto de Jase, fazendo que uma jovem professora
que passava

pelo carro no momento tropeçasse nos seus saltos. “Ele está ótimo,” ele disse
com aquela voz leve

como sempre ficava quando ele falava sobre seu irmão. “Ele me disse ontem
que, quando crescer, ele

quer ser o Chuck Norris.”

Eu ri. “Não tem como errar assim.”

“Nope.” Ele olhou para mim, por cima de seus óculos escuros. “Como você
está?”

“Bem.” Eu respondi batendo minhas mãos no volante. “Por que você pergunta?”

Jase levantou os ombros. “Apenas checando.”

Alguns dias aquele comentários me irritava. Outros, isso não fazia nenhum
efeito. Para a sorte

de Jase, hoje era um desses dias que isso passava direto por mim. “Eu não estou
prestes a acabar em

um canto, sussurrando ‘para sempre’ em nenhum futuro visível. Está tudo bem.”

“Bom ouvir isso.” Jase sorriu enquanto se afastava, sua cabeça virando para o
lugar que a

jovem professora havia desaparecido. “Festa no seu apartamento, certo?”

“Porque não?” Eu caminhei em direção ao lado do motorista. “Metade do


campus estará lá,

tenho certeza.”

“Verdade” Jase se virou. “Te vejo depois.”

Eu entrei no carro, já gelado, e fui embora do estacionamento. Meu rabo


preguiçoso precisava

chegar ao ginásio do West Campus10, mas meu rabo também queria ir para o
sofá tirar um cochilo.

Virando à esquerda no sinal de ‘Pare’, eu passei pelos sobrados, que ficam a


direita, enquanto

uma bola de futebol11 voava direto de uma das portas, acertando um cara atrás
da cabeça. Rindo, eu me

inclinei para...

10 Campus Oeste. Achei melhor não traduzir o nome.

Algo vermelho chamou minha atenção.

Meus olhos estavam afiados, procurando pela origem e, minha nossa. Forcei
meu olhar. Era
essa a Moranguinho?

Uma arvore ficou na frente do campo de visão mas ela logo reapareceu, o sol
refletindo o

grande bracelete em seu pulso.

Inferno, era ela.

Eu não pensei duas vezes sobre o que fiz a seguir. Sorrindo, virei meu boné para
trás e fiz uma

curva rápida e fechada a direita, bloqueando a rua.

Avery deu um pulo para trás, seus grandes olhos procurando. Quando pressionei
o botão da

janela do passageiro para abri-la, seu queixo caiu.

Eu ri, feliz em ver que Moranguinho tinha conseguido terminar o primeiro dia
viva. “Avery

Morgansten, nos encontramos de novo.”

Ela olhou ao seu redor, como se eu pudesse estar falando com outra pessoa.
“Cameron

Hamilton... oi.”

Eu me inclinei para frente, usando o volante como apoio. Ela parecia uma graça
parada ali,

mexendo inquietamente em seu bracelete. “Precisamos parar de nos encontrar


assim.”

Mordendo aquele seu grande lábio inferior, seu olhar caiu, focando em minha
tatuagem

enquanto ela trocava o peso do corpo de um pé para o outro.


Moranguinho, com certeza, era o que eu poderia categorizar como ‘estranha’.
Talvez, por eu

ter uma irmã mais nova, eu precisava fazer ela se sentir confortável, mas isso
parecia como lutar uma

batalha perdida.

“Você esbarrando em mim, eu quase atropelando você?” eu disse. “É quase


como se nós

fossemos uma catástrofe prestes a acontecer.”

Silêncio.

Tentei mais uma vez. “Para onde você está indo?”

“Meu carro.” Ela respondeu, provando que podia falar. “Eu estou prestes a ficar
sem tempo.”

Ela novamente trocou o peso do corpo. “Então...”

“Bem, suba querida. Eu posso te dar uma carona.”

Ela me encarou como se eu tivesse pedido para ela entrar numa van de
sequestro. “Não. Está

tudo bem. Eu estacionei logo acima da ladeira. Não precisa.”

“Não tem problema.” Nunca tinha conhecido uma garota tão resistente a uma
cortesia. “É o

mínimo que posso fazer por quase te atropelar.”

“Obrigada. Mas...”

“Yo! Cam!” Kevin surgiu do nada, passando correndo por Avery. “E ai, cara?”

Estranhamente irritado, eu mantive meu olhar na Moranguinho para resistir à


vontade de
passar com meu carro sobre o rapaz. “Nada Kevin. Só tentando ter uma
conversa.”

Avery levantou sua mão, acenou com seus dedos e se virou, passando por Kevin
e meu carro.

Meu olhar a seguiu enquanto Kevin continuou falando sobre algo que eu não
dava a mínima

importância.

“Merda.” Eu murmurei me ajeitando no banco.

Avery tinha fugido de novo.

E eu tinha essa ideia louca de ir atrás dela.

11 Nesse caso serial futebol americano. Aquela bola ovalada marrom.

- 2

As coisas ficavam verdadeiramente interessantes nas nossas festas no momento


que Ollie

retirava Raphael de seu habitat. Toda maldita vez. Em pé, no meio da sala, eu
observei ele, balançando

minha cabeça.

“Por quê?” Jase perguntou, apoiando sua garrafa de cerveja.

Eu ri. “Você não acha que se eu soubesse o porquê, não acharia um jeito de
impedir ele?”

“Eu acho que é fofo.” Disse uma voz suave, e feminina.

Jase e eu viramos em direção ao sofá. Ninguém sentava do mesmo jeito que


Stephanie Keith.

Uma longa, fina e bronzeada perna estava apoiada no joelho de outra perna
igualmente. Mas sua saia

jeans era tão modesta quando Ollie depois e um banho. Se eu movesse minha
cabeça só um pouquinho

para a direita e meu queixo um pouco para baixo, o que eu já tinha feito há uns
três minutos atrás, eu

poderia ver a curva de suas nádegas.

Steph era do tipo fio dental.

Ou nem calcinha mesmo, dependendo do seu humor, e parecia que ela estava
nesse humor.

Steph se inclinou para frente suavemente, cruzando seus braços torneados abaixo
de deus peitos,

dando a mim e a qualquer outro que estivesse olhando – uma checada rápida me
disse que Jase estava

olhando – uma boa visão de seus seios. E eles eram bons. Eu já os tinha visto de
perto e pessoalmente

algumas vezes. Aqueles seus olhos azul claros prometiam um final feliz, e eles
estavam olhando para

mim.

Surpreendentemente, não havia nenhuma pressão no meu shorts na área da


virilha, o que era

um péssimo desperdício de seios e bunda.

Metade da fraternidade de Jase daria sua bola esquerda para estar recebendo a
atenção de

Stephanie. Houve uma época que eu daria a minha bola direita, tempos que eu
não conseguia manter
controle sobre quem era quem, mas isso parecia como eras atrás. Época que
pensar em estar com uma

garota me dava vontade de mastigar meu braço direito. Agora?

Bem, merda. Eu não sabia o que eu queria mais. Não sabia já havia há algum
tempo, o que

provavelmente explicava o porquê eu não estava ‘checando’ a Steph, e então


levando-a para meu

quarto e tirando minhas calças.

Steph era uma boa garota, mas o tempo de dar minha bola direita havia passado.

Mudando meu olhar para onde o Ollie estava dançando em frente à TV,
apertando um Raphael

que estava se contorcendo, eu dei um gole em minha cerveja. “Ele está


molestando minha tartaruga.”

Ela riu enquanto se levantava. “Eu não acho que seja isso que ele está fazendo.”
Um braço se

envolveu ao meu e ela apoiou o queixo em meu ombro. Uma mecha de cabelo
preto escorregou sobre a

pele nua de meu peito. “Mas eu não me importaria em ser molestada.”

Acima da música, eu ouvi o aviso do timer do fogão disparar. Gentilmente


desatando a mim

dela, eu olhei para Jase. Uma feição não simpática passou por seu rosto.
Bastardo. “Já volto.”

Desviando de alguns meninos, eu corri em direção à cozinha antes que Steph


pudesse

responder. Aquela garota não ficaria tão desapontada sobre a minha falta de
interesse. Eu aposto 10

pratas que ela teria ido pra cima de Jase ou algum outro quando eu voltasse.

Eu deixei a garrafa de cerveja no canto e abri a porta do forno, inalando o aroma


de recém-

assados cookies de gotas de chocolate. E não eram aquelas porcarias semi


prontas. Esses eram feitos do

começo.

E eles seriam de arrasar.

Colocando a assadeira de lado, desliguei o forno e peguei um cookie. Estava tão


quente que a

massa comprimia os pedaços de chocolate junto com as nozes. Quebrei o cookie


na metade e coloquei

na boca.

Queimava como a porra do inferno, mas valia a pena. Ajudando a empurrar com
cerveja, eu sai

da cozinha bem a tempo de ver Ollie indo em direção à porta da frente. Com
Raphael.

“Oh, mas que inferno.” Eu abaixei a cerveja.

“Seja livre meu pequeno amigo verde.” Ele gritava, beijando o casco de
Raphael. “Seja livre.”

“Traga Raphael de volta!” Eu gritei, rindo enquanto Ollie, bêbado, dava golpes
de karatê na

porta, abrindo o restante que faltava. “Seu imbecil!”

Ollie colocou Raphael no chão e gentilmente acariciou seu casco. “Livre.”


Agarrando seu braço, eu o empurrei de volta para dentro do apartamento. Rindo,
Ollie segurou

a amiga de Steph e a colocou sobre seu ombro. Uma confusão de risadas


começou.

Eu peguei de volta a tartaruga. “Desculpa Raphael. Meus amigos são


fodidamente...” Um

formigamento estranho começou no meu pescoço. Olhei para a minha esquerda,


vendo Avery parada

no corredor, com seus olhos castanhos arregalados. “Cuzões. Mas que...?”

EU não tinha bebido o suficiente para estar alucinando, mas eu não podia
acreditar no fato que

Moranguinho estava no meu prédio. O apartamento da frente foi esvaziado em


algum momento no

verão, mas alguém, obviamente, poderia ter se mudado.

E baseado no que ela estava vestindo, era alguém com quem ela era bem
familiar. Os shorts

eram curtos, terminando na coxa e minha visão ficou presa em suas pernas. Elas
eram longas, não muito

magras e perfeitamente torneadas. Quem poderia imaginar que Moranguinho


poderia ter um par de

pernas assim? Sangue fluiu diretamente para minha virilha. A blusa de manga
cumprida que ela estava

usando cobria tudo, mas era fina.

Inferno, ela era fina.

Seus seios eram curvas suaves em baixo da camiseta, mais cheios do que
pareciam ser quando

foram pressionados contra meu peito mais cedo, e aquelas pontas...

Suas bochechas ficaram alguns tons mais rosa. “Hey...”

Eu pisquei e quando ela não desapareceu, e nem minha recente ereção, eu


assumi que ela era

real. “Avery Morgansten? Isso está virando um hábito.”

“Yeah” ela disse “Está.”

“Você mora aqui ou está visitando...?” Raphael começou a se contorcer.

Ela limpou a garganta, observando a tartaruga. “Eu... eu moro aqui.”

“Não brinca?” Puta merda, eu fiz meu caminho ao redor do corrimão da escada,
em direção a

sua porta. Eu não deixei passar quando seus olhos foram direto para meu
abdômen. Eu gostei, assim

como meu pênis. “Você realmente mora aqui?”

“Sim eu realmente moro aqui.”

“isto é... Eu nem sei o que.” Eu ri, meio atordoado. “De alguma forma, loucura.”

“Por quê?” confusão marcava seu lindo rosto, enrugando a pele entre as suas
delicadas

sobrancelhas.

“Eu moro aqui.”

Sua boca caiu aberta. “Você está brincando, certo?”

“Não. Eu tenho morado aqui por um tempo – um par de anos com meu colega de
quarto. Você
sabe, o idiota que colocou Raphael para fora.”

“Hey” Ollie gritou. “Eu tenho um nome. É Señor Idiota!”

Eu ri. “De qualquer jeito, você se mudou no final de semana?”

Ela concordou.

“Faz sentido. Eu estava em casa, visitando a família.” Eu pressionei Raphael


contra meu peito

antes que ele caminhasse em direção a ter um casco quebrado. “Bem, inferno...”

Avery levantou sua cabeça para me encarar. Por um momento, ela segurou meu
olhar no dela,

antes de voltar sua atenção para Raphael. Seus olhos... eles me lembravam de
algo. “Este... um, sua

tartaruga?”

“Yeah.” Eu levantei ele. “Raphael, conheça Avery.”

Ela mordeu seu lábio inferior e deu Raphael um oi enquanto eu sorria.


Moranguinho ganhou

uns pontos por isso. “Esse é um animal de estimação bem interessante.”

“E esses são shorts muito interessantes. O que são?” eu dei outra longa olhada
naquelas

pernas. Eu não pude evitar. “Pedaços de pizza?”

“São casquinhas de sorvete.”

“Huh. Gostei deles.” Eu levantei meu olhar, levando meu tempo. “Muito.”

Ela finalmente abrandou seu aperto mortal em sua porta e cruzou seus braços
sobre seu peito.
Seus olhos estreitaram enquanto eu ria. “Obrigada. Isso significa muito pra
mim.”

“E deveria. Eles tem meu selo de aprovação.” Eu assisti enquanto ela corava.
“Eu preciso levar

Raphael de volta para seu pequeno habitat antes que ele faça xixi nas minhas
mãos, o que ele está

prestes a, e isso seria uma merda.”

Seus lábios viraram em um pequeno sorriso. “Eu posso imaginar.”

Teria Moranguinho sorrido? Isto teria de ter sido a primeira vez. Eu imaginei
como ela deveria

parecer quando ela realmente sorrisse. “Então, você deveria vir. Os rapazes estão
prestes a ir embora,

mas aposto que eles ainda ficarão um pouco mais. Você pode conhecê-los.” Eu
me aproximei, abaixando

meu tom de voz. “Eles não são tão interessantes quando eu, mas não são ruins.”

O olhar de Avery foi diretamente sobre meu ombro. Indecisão estampada em seu
rosto. Vamos

Moranguinho. Saia para brincar. Ela moveu a cabeça. “Obrigada, mas eu estava
indo para cama.”

Desapontamento pinicou na minha pele. “Tão cedo?”

“Tem de ser mais de meia noite.”

Eu sorri. “Isso ainda é cedo.”

“Talvez para você.”

“Você tem certeza?” eu estava prestes a puxar as grandes armas. “Eu tenho
cookies.”
“Cookies?” suas sobrancelhas levantaram.

“Yeah, e eu que os fiz. Sou meio que um cozinheiro.”

“Você assou cookies?”

O jeito que ela perguntou era como se admitisse que assar cookies fosse como
uma bomba

caseira na minha cozinha. “Eu asso muitas coisas e, tenho certeza

que você está morrendo de

curiosidade sobre isso. Mas hoje à noite, foram cookies de gotas de chocolate
com nozes. Eles são um

estouro, se posso comentar.”

Seus lábios levantaram novamente. “Tão bom quanto isso parece, eu tenho que
recusar.”

“Talvez depois então?”

“Talvez.” Ela deu um passo para trás. “Bem, foi bom ver você de novo
Cameron.”

“Cam” eu corrigi. “E hey, nós nem nos atropelamos dessa vez. Olhe para gente
mudando o

padrão.”

“Isso é uma coisa boa” ela inspirou profundamente. “Você deve voltar antes que
Raphael faça

xixi na sua mão.”

“Teria valido a pena.”

Confusão passou por sua expressão. “Por quê?”


Eu, com certeza, não iria explicar isso. “Se você mudar de ideia, eu estarei
acordado por um

tempo.”

“Eu não irei. Boa noite Cam.”

Ouch. Merda. Moranguinho tinha acabado de me rejeitar. Por alguma razão, isso
me fez sorrir.

Talvez porque eu não conseguia me lembrar da ultima garota que tinha me


mandado embora.

Interessante. E eu aqui pensando que era incrivelmente charmoso.

Eu dei um passo para trás enquanto Raphael colocava sua cabeça para fora do
casco. “Te vejo

amanhã.”

“Amanhã?”

“Aula de Astronomia? Ou você está cabulando essa também?”

“Não,” ela suspirou, corando e eu não pude evitar imaginar o quanto aquele
corado poderia

viajar sul. A possibilidade deu descobrir parecia remota. “Eu estarei lá.”

“Ótimo.” Eu forcei a me afastar porque eu, com certeza, poderia ficar ali mais
uma hora só para

mexer com ela. “Boa noite Avery.”

Moranguinho se enfiou atrás da porta como se Raphael estivesse prestes a fazer


xixi em sua

cabeça. Eu tremi quando ouvi o barulho da fechadura. Não sei por quanto tempo
eu fiquei lá, enquanto
as pequenas pernas de Raphael se movimentavam em direção a porta fechada.

“O que você está fazendo Cam?”

Eu me virei ao ouvir o sim da voz de Steph. Ela estava apoiada no batente da


porta, cabeça

inclinada, sorrindo parecendo à vontade. Diferente de outra garota do outro lado


de portas que

estavam na minha frente.

“Eu não sei.” Eu disse, indo em direção ao meu apartamento. Eu realmente não
tinha a mínima

ideia.

- 3

Eu nunca fui uma pessoa matutina, mas hoje eu acordei com o nascer do sol,
tendo

dormido apenas algumas horas. Ollie ainda estava desmaiado no sofá, um braço
caindo em

direção ao chão. Cozinhei quatro ovos, os comi e peguei alguns cookies para
viagem.

Ollie ainda não tinha se mexido quando eu bati a porta fechada atrás de mim.

Cheguei ao campus, estranhamente cedo pela primeira vez na minha vida e fui
em

direção ao Robert Byrd Building12. Uma vez dentro da sala de astronomia, meu
olhar

imediatamente começou a vasculhar o lugar.

Se eu fosse a Moranguinho, onde eu sentaria? Provavelmente no fundo da sala.


Eu procurei pela familiar cabeça inclinada. Na classe mal iluminada, seu cabelo
não era

tão vermelho quanto era na luz do sol. O porquê eu reparei nisso estava além da
minha

compreensão. E porque eu fui direto em sua direção, passou direto por minha
cabeça.

No ensino fundamental, eu tinha uma queda por essa menina da minha classe.
Ela era

bem parecida com a Moranguinho – pequena, mal falava, tímida como um


cachorro pequeno

que tremiam o tempo todo. Mas quando ela sorria, o maldito sol parecia surgir.
Ela nunca me

deu nem um minuto do seu dia, mas, como um total idiota, eu aguardava
ansiosamente para

vê-la. No final das contas, no colegial, soube que ela gostava de meninas e não
de meninos, o

que provavelmente explicava sua falta de interesse em mim.

Passando minha mão pela alça de minha mochila, eu poderia admitir que seria

totalmente frustrante se esse fosse o caso da Moranguinho.

Eu sentei ao lado de Avery e ela nem percebeu que eu estava lá. Ombros
inclinados

para frente. Mão direita brincando com seu bracelete. Ela estava encarando
diretamente sua

frente, a sua expressão me dizia que apesar dela estar fisicamente presente, ela
não estava
naquela sala.

Alguma vez Moranguinho relaxava? Não era o que parecia.

Eu olhei para a frente da sala, onde algumas pessoas estavam se sentando. Lá era
onde

eu deveria ir. No lugar, eu foquei na fileira de bancos. Moranguinho ainda não


tinha percebido

que eu estava ali.

“Dia, querida.” Eu disse, relaxando sentado em meu lugar.

Moranguinho parecia um gatinho agitado, se mexendo em seu lugar. Sua boca


abriu

quando seus olhos fizeram contato com os meus. Ela não disse nada enquanto eu
me ajeitava

no lugar ao seu lado.

“Você parece meio desconfortável essa manhã.” Eu comentei.

Seus lábios se mexeram “Obrigada.”

“De nada. Feliz em ver que você conseguiu chegar a tempo dessa vez.” Eu me
inclinei

para baixo, apoiando meu pé no acento da frente. “Apesar de que eu senti falta
daquele

atropelar-um-ao-outro, Proporcionava uma grande emoção.”

“Eu não sinto falta daquilo.” Ela começou a vasculhar em sua bolsa, pegando um

caderno novinho. Eu não conseguia me lembrar da ultima vez que comprei um


caderno para

uma aula. Eu acreditava em recicla-los. “Isso foi realmente embaraçoso.”


“Não deveria ter sido.”

“Fácil você dizer. Você foi o amassado. Eu que estava dando os amassos13.”

Minha boca caiu aberta enquanto uma rizada se formou em minha garganta, mas
ai

meu cérebro processou a palavra ‘amasso’ diretamente para minha virilha e eu


tive que abrir

um pouco minhas pernas para ficar mais confortável. Teria tantas respostas que
eu poderia

dar a seu comentário. Todas elas voaram diretamente para a ponta da minha
língua. Algumas

poderiam até queimar orelhas de strippers, mas uma olhada na Moranguinho e


eu sabia que

isso não iria acabar bem.

12 Prédio Robert Byrd.

13 No original “plowing”. A tradução literal serial algo como plantar ou arar.


Mas esse verbo também

tem sua conotação sexual no fato de “plantar algo dentro”.

Seu rosto ficou tão vermelho como a capa do caderno que ela estava encarando.
A

menina... merda, ela era tão desajeitada – adoravelmente desajeitada. Eu me


perguntei se ela

passou o colegial tendo aulas em casa.

Enquanto o seu jeito desajeitado era fofo e divertido, eu procurei por alguma
coisa

fora do tópico da conversa para dizer. “Raphael está bem, por sinal.”
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. “Bom ouvir isso. Ele fez xixi na
sua

mão?”

“Não, mas foi por pouco. Por sinal, trouxe algo para você.”

“Xixi de tartaruga?”

Eu ri, impressionado pela sua audácia enquanto pegava o glossário, observando


os

cookies que trouxe comigo. “Desculpe desaponta-la, mas não. É o glossário. Eu


sei. Uma coisa

emocionante, mas eu imaginei que desde que você não veio para a aula na
Segunda, você iria

precisar de um. Pequei ele com o professor.”

“Obrigada. Isso foi realmente atencioso.”

“Bem, se prepare. Eu estou atencioso em vários níveis essa semana. E eu te


trouxe

outra coisa.”

Ela olhou, mastigando a ponta de sua caneta enquanto eu pegava um


guardanapo.

“Cookie para você. Cookie para mim.”

Abaixando a caneta de vagar, ela virou a cabeça “Você não precisava ter feito
isso.”

Eu não tinha trazido para ela nenhum anel de ouro. “É só um cookie, querida.”

Sua cabeça inclinou novamente enquanto ela me encarava. Você poderia pensar
que
eu estava entregando a ela uma pedra de crack ou algo do tipo. Rindo, eu
embrulhei um dos

cookies em um guardanapo e deixei cair em cima de seu caderno. “Eu sei que
todos falam que

você não deve aceitar doces de estranhos, mas um cookie não é tecnicamente um
doce e, eu,

não sou, tecnicamente, um estranho.”

Ela me encarou.

Observando-a por baixo de meus cílios, eu mordi o outro cookie e fechei meus
olhos.

Eu inclinei minha cabeça para trás enquanto as nozes cobertas de chocolate


dançavam em

minha boca. Eu gemi, sabendo exatamente o que estava fazendo. Meus cookies
eram muito

bons, então o próximo som que fiz não foi um exagero.

“Eles são realmente bons?”

“Oh, yeah, eles são fantásticos. Eu te disse ontem à noite. Seria melhor se eu
tivesse

um pouco de leite.” Eu dei outra mordida. “Mmmm, leite.”

Seguido por um silêncio, abri um olho e vi um sorriso. Ela estava me


observando,

lábios levemente abertos. “É a combinação de nozes e chocolate. Você mistura


os dois juntos e

é como uma explosão de sexo em sua boca, mas não tão sujo. A única coisa
melhor seriam
aqueles pequenininhos pedaços de Reese’s14. Quando a massa está morna, você
suga aquele

negócio... Em fim, você precisa provar. Pegue uma mordida.”

Seu olhar caiu para o cookie em seu colo e ela deixou sair um suspiro. Pegando
o

cookie, ela deu uma mordida.

Eu não podia deixar de observa-la. “Bom? Certo?”

Ela concordou.

“Bem, eu tenho um monte deles em casa. Só dizendo...” Meu olhar estava fixo
nela.

Quem diria que observar uma garota comer um cookie poderia ser tão
interessante? Quando

ela abaixou aqueles seus dedos magros, eu me movi sem pensar.

O calor do meu joelho pressionando os dela subiu pela minha perna enquanto eu

virava no banco, pegando o guardanapo dela. “Migalha.”

“O que?”

14 É um doce em formato de copinho recheado de pasta de amendoim que,


quando aquecido, a pasta

derrete sem abrir o copinho.

Com minha mão vazia, eu passei meu dedão sobre seu lábio inferior. Um raio de

alguma coisa passou direto pelo meu braço e foi direto para meu pênis. Ela se
acalmou, seu

peito subindo de forma acentuada e os olhos arregalados. Minha mão demorou


mais que
deveria, mas não tanto quanto eu queria. Seu lábio era macio contra meu dedo,
seu queixo

delicado contra minha palma. Eu forcei a me afastar.

Não tinha uma maldita migalha em seu lábio. Eu era um mentiroso. Mas eu
queria

toca-la.

“Peguei.” Eu sorri.

Ela acenou corada. Não brava, mas tensa. Eu tentei sentir algum tipo de culpa
por ter

tocado ela mas não conseguia. Eu não tinha certeza sobre o que isso dizia sobre
mim.

Mas então o Professor Drage finalmente entrou na sala. Drage era um cara
velho. O

seu terno verde de poliéster era sua marca. Quando tive essa aula da primeira
vez, ele

costumava misturar seu guarda roupa com um laranja. O Vans15 xadrez e a


gravata borboleta

não haviam mudado em anos.

Eu me mexi em meu lugar, olhando para Moranguinho. A expressão em seu


rosto não

tinha preço. Eu ri. “Professor Drage é uma pessoa... única.”

“Posso perceber.” Ela murmurou.

Professor Drage começou uma lição. Eu não tinha certeza exatamente sobre o
que era.

Honestamente, eu não estava prestando atenção. A maior parte dessas coisas eu


já sabia e

ouvir essa merda de novo me lembrava do meu ano de calouro e era algo que eu
não gostava.

Uma noite tinha fudido completamente o caminho da minha vida.

Tirando isso da minha cabeça, eu comecei a desenhar. Antes que eu percebesse,


eu

tinha desenhado Big Foot16 e a classe estava chegando ao fim bem no estilo de
Drage.

Ele começou a distribuir mapas estrelares. “Sei que hoje ainda é quarta feira,
mas aqui

está sua primeira lição para o fim de semana. O céu deve estar tão limpo quanto
bumbum de

neném no Sábado.”

“Limpo como bumbum de neném?” Avery murmurou.

Eu ri.

“Eu quero que vocês achem Corona Borealis17 no céu – o atual, real,
verdadeiramente

céu noturno.” Professor Drage explicou. “Vocês não vão precisar de um


telescópio. Usem seus

olhos ou óculos ou lentes de contato ou qualquer coisa. Vocês vão conseguir ver
tanto na

Sexta quanto no Sábado à noite, mas o tempo parece estar instável na Sexta
então escolham

sabiamente.”

“Espere,” alguém disse lá na frente. “Como se usa esse mapa?”


Eu entreguei para Moranguinho um mapa de a folha guia.

Professor Drage parou e encarou a pessoa com um olhar que perguntava se ela
era

estúpida. “Você olha pra ele.”

O estudante resmungou. “Eu entendi isso, mas tem que segurar contra o céu ou
algo

do tipo?”

“Claro, você pode fazer isso. Ou você simplesmente pode olhar para cada
constelação,

ver o que elas parecem e então usar seus próprios olhos e cérebro para acha-la no
céu.“ Drage

pausou. “Ou use Google. Eu quero que todos vocês fiquem acostumados com
observação

estrelar...” Eu me desconectei pela metade do que ele estava dizendo voltando


apenas no

final. “Então peguei seu parceiro e escolha uma hora. O mapa deve ser entregue
de volta na

Segunda. Isso é tudo por hoje. Boa sorte e que a força do universo esteja com
você hoje.”

“Parceiro?” Avery encarou toda a classe. “Quando nós escolhemos parceiros?”

15 Marca de tênis.

16 Personagem de um desenho animado.

ttp://en.wikipedia.org/wiki/Bigfoot_and_the_Muscle_Machines

17 Nome de uma constelação. http://en.wikipedia.org/wiki/Corona_Borealis


“Na segunda,” eu expliquei, guardando meu caderno na mochila. “Você não
estava

aqui.”

Moranguinho parecia que ia desmaiar enquanto se inclinava no seu lugar.


“Avery?”

Ela inalou várias vezes, como se ela estivesse quase tendo um ataque de pânico.

Eu levantei uma sobrancelha. “Avery?”

Seu olhar foi direto para a porta que Drage tinha desaparecido. Suas juntas
estavam

brancas de tão forque que ela estava segurando seu caderno.

“Avery. ”

“O que?” ela retrucou, se virando pra mim.

“Nós somos parceiros.”

Uma fenda funda se formando entre suas sobrancelhas. “Huh?”

“Nós. Somos. Parceiros.” Eu ri. “Aparentemente, Drage tinha pedido para a


classe

escolher parceiros logo no começo da aula de Segunda. Eu entrei depois e no


final ele me disse

para fazer par com qualquer pessoa que se juntasse a aula na Quarta ou eu ficaria
sem

parceiro. E como eu não gosto da ideia de ficar sem parceiro, nós somos
parceiros.”

Ela me encarou como se eu tivesse acabado de falar latim. “Nós temos a escolha
de
fazermos sozinho?”

“Yeah, mas quem quer sair e ficar olhando pro céu de noite sozinho?”
Levantando, eu

joguei a mochila sobre meu ombro e olhei para baixo das fileiras. “De qualquer
modo, eu sei o

lugar perfeito onde nós podemos fazer nosso trabalho. Tem que ser sábado
porque eu tenho

planos para Sexta.”

“Espere.” Ela correu na minha direção. “Eu faço.”

“Você tem planos no Sábado?” Espere. O que ela poderia estar fazendo sábado à

noite? Eu não poderia pular a Sexta, mas... “Bem, eu poderia...”

“Não. Eu não tenho planos no Sábado mas nós não precisamos ser parceiros. Eu
posso

fazer isso sozinha.”

Eu parei em frente às portas, sem certeza se a tinha escutado corretamente. “Por


que

você gostaria de fazer todas as tarefas – e se você olhar na grade desta aula tem
várias –

sozinha?”

Ela deu um passo para trás. “Bem, eu realmente não quero mas você não precisa
ser

meu parceiro. Quero dizer, você não me deve nada.”

“Não entendo o que você está falando.” Eu honestamente, 100%, não entendia o
que
ela estava falando.

“O que quero dizer é que...” Ela parou, sobrancelha formando o mesmo V


profundo.

“Por que você está sendo tão gentil comigo?”

Minha boca se moldou em torno das palavras “Mas que porra.” “Isso é uma
pergunta

séria?”

Moranguinho abaixou seu olhar. “Sim.”

Eu olhei para ela e esperei ela dizer que estava brincando, mas ela não o fez. Um
nó se

formou no meu peito, vindo do nada. De repente era dolorosamente óbvio para
mim, e eu

digo realmente doloroso. Moranguinho não era só desajeitada, ela também


estava no lado

sem amigos e, não sei por que isso estava me afetando. Não deveria. Eu mal
conhecia a garota

e guia-la em uma conversa era tão fácil quanto desarmar uma bomba com os
dentes, mas isso

não me incomodava.

Síndrome dos renegados ataca novamente.

Eu tomei fôlego. “Tudo bem. Eu acho que sou apenas um cara legal. E você é

obviamente nova – uma caloura. Você parecia estar meio fora de si na Segunda e
então você

fugiu, nem veio para a aula e eu...”


“Eu não quero sua piedade”. Ela falou com uma voz estridente.

Fiz uma careta com sua insinuação. “Você não tem minha piedade, Avery. Só
estava

dizendo que você parecia meio fora de si na Segunda e que poderíamos ser
simplesmente

parceiros.”

Dúvida passou pela sua expressão.

“Eu posso ver que você não acredita em mim. Talvez tenha sido o cookie? Bem,
você

não os quis na noite anterior e, na verdade, eu iria comer o outro também, mas,
você parecia

tão cansada e triste sentada aqui que imaginei que você precisava do cookie mais
do que eu.”

O que poderia muito bem ser mentira. Tinha uma boa chance que eu trouxe dois

cookies porque Moranguinho poderia aparecer. Mas, novamente, eu poderia


estar esperando

muito.

Ela estava me observando como se eu fosse um quebra-cabeça e, honestamente,


não

era tão complicado.

“E você é bonita” eu adicionei.

Ela piscou. “O que?”

Tendo e falhando em esconder minha surpresa, eu virei e abri a porta a guiando


para o
corredor. “Não me diga que você não sabe que é bonita. Se for isso, eu estou
prestes a perder

toda a fé na humanidade. E você não quer ser responsável por isso.”

“Eu sei que sou bonita – quero dizer, não foi isso que quis dizer.” Ela pausou,

resmungando. “Eu não acho que sou feia. Isso que...”

“Bom. Agora esclarecemos isso.” Eu peguei em sua bolsa a guiando para as


escadas.

“Cuidado com a porta, pode ser perigosa.”

“O que o comentário sobre eu ser bonita tem a ver com tudo?”

“Você perguntou o porquê sou tão bom com você. É mutuamente benéfico.”

Moranguinho parou bruscamente atrás de mim. “Você é bom pra mim porque
acha

que sou bonita?”

“E porque você tem olhos castanhos. Eu sou caidinho por grandes e velhos olhos

castanhos.” Eu ri. “Eu sou um rapaz egoísta, muito egoísta. Hey, ajuda que você
é bonita. Isso

libera a boa pessoa em mim. Faz com que eu queira compartilhar meus cookies
com você.”

“Então, se eu fosse feia você não seria bom pra mim?”

Me virando, eu a encarei. “Eu ainda seria legal se você fosse feia.”

“Okay.”

Eu ri enquanto abaixava meu queixo, trazendo nossas bocas próximas. “Eu só


não te
ofereceria meu cookie.”

Ela cruzou os braços. “Estou começando a pensar que ‘cookie’ é um código para
outra

coisa.”

“Talvez seja.” Eu segurei na sua bolsa novamente enquanto descíamos um


degrau. “E

pense nisso. Se ‘cookie’ fosse um código, o que quer que ele simbolize, acabou
de estar em sua

boca, querida.”

Por um momento ela me encarou e, então ela riu. O som era inexperiente e
rouco,

como se ela não risse muito, o que causou aquele nó estranho no meu peito a
apertar. “Você é

realmente...”

“Incrível? Impressionante?” Eu queria ouvir sua risada novamente.


“Surpreendente?”

“Eu estava pensando mais como estranho.”

“Bem, inferno, se eu tivesse sentimentos isso poderia ter magoado.”

Ela riu, o que significava que estávamos perto do sorriso novamente. “Acho que
é uma

boa coisa que você não tem sentimentos então, huh?”

“Acho que sim.” Eu pulei na calçada. “Melhor você correr ou vai estar atrasada
para

sua próxima aula.”


Seus olhos se arregalaram e, eu ri, saindo do caminho para que Moranguinho
não

passasse por cima de mim quando ela descia alguns degraus. “Merda, se pelo
menos você se

mexesse tão rápido assim pelos meus cookies, eu seria um rapaz feliz.”

“Cala boca!”

“Hey!” Eu passei para o topo do próximo lance de escadas. “Você não quer saber
o que

é o código do ‘cookie’?”

“Não! Bom Senhor, não!”

Eu tombei minha cabeça para trás e ri enquanto as ultimas mechas de cabelo


ruivo

saiam de minha visão. Eu não sabia o que era sobre Avery Morgansten, mas ela
era melhor do

que a garota no ensino fundamental que viria a gostar de garotas.

Muito melhor.

- 4

Tinha alguns momentos em minha vida que eu não tinha ideia de como tinha
chegado

onde estava. Como, o que exatamente tinha criado a situação que eu estava?

Steph, usando outra saia que mal cobria sua bunda, deslizou uma mão pelo meu
braço.

Ela disse algo, sussurrou em meu ouvido mas eu realmente não estava prestando
atenção.
Meu olhar vagou da TV para o elástico de cabelo que estava na mesinha.

Oh, foi assim que tudo isso começou.

Uma mensagem de Steph dizendo que ela tinha esquecido algo ‘super
importante’ no

meu apartamento na noite da festa. Um elástico de cabelo. E se pelo menos eu


soubesse que

era isso que ela estava procurando, eu teria movido minha bunda para Rite
Aid18 e comprado

pra ela um pacote cheio deles.

“Quer que eu pegue uma cerveja da geladeira?” ela perguntou.

Ela era realmente a mulher perfeita. “Não. Estou bem.”

Eu podia sentir seus olhos em mim enquanto levantava o copo e tomava outro
gole de

água. Cerveja. Eu. Steph. Ninguém mais no apartamento. Não era uma bora
combinação. Ou,

talvez, uma boa combinação dependendo de como você encarasse isso.

Se aconchegando ao meu lado, seus seios pressionaram contra meu braço.

Então eu precisava olhar para isso como uma boa coisa em vez de pensar em
como um

sofá que eu podia me esticar, de repente, ficou tão pequeno.

“Então, você está virando uma nova página ou algo do tipo?” ela perguntou, seu
olhar

fico na TV enquanto ela passava a ponta de suas unhas sobre meu braço. Eu
estava assistindo
a reprise de uma luta de Boxe e eu duvidava que ela estava interessada. “Você
não está

bebendo mais?”

Eu ri sobre meu suspiro. “Nah. Apenas não estou com vontade hoje.”

“Oh.” A mão de Steph moveu do meu braço para meu peito. “O que você está
com

vontade hoje?”

Pergunta capciosa, então eu não disse nada enquanto uma mão enluvada acertava
um

maxilar. Steph entendeu meu silencio do jeito que queria, deslizando sua mão
para baixo,

sobre a pele nua do meu abdômen. Sangue corria junto à ponta de seus dedos
quando eles

passaram pelo meu umbigo, chegando a barra do meu shorts.

Meu corpo estava gostando do que estava prestes a acontecer, enrijecendo e

transpirando, esforçando-se para conhecer seus dedos. E meu corpo conhecia


seus dedos

bem, lembrando exatamente o quão habilidosa eram suas mãos. Mas minha
cabeça não

estava no mesmo navio que meu pênis.

Inclinando minha cabeça para trás junto ao sofá, eu expirei devagar. Não tinha
nada de

errado com o que estava acontecendo. Seus dedos rápidos deslizaram sobre
minha mão mole,

acariciando meu quadril. Meus músculos pularam em resposta. O mesmo


aconteceu com

outra coisa.

Eu fechei meus olhos, inspirando profundamente. Meu coração não estava


saltitando.

Eu estava pensando sobre a reunião que eu deveria ir na Sexta a noite. E eu


estava pensando

sobre Sábado a noite e estrelas quando sua mão enrolou em meu pênis, me
segurando sob

meu shorts de nylon. Um calafrio atirou diretamente para minha espinha


enquanto ela movia

sua mão para cima.

Prazer rolou pelo meu interior, e eu sabia que se deixasse ela continuar, eu teria

apreciado. Já estava bom. Sempre era, mas eu não iria retribuir o ato. Semanas
atrás, eu teria,

por instinto. Dar. Receber. Mas agora eu não me importava o suficiente em fazer
isso e não era

certo.

“Hey,” eu disse, voz rígida enquanto eu pegava seu braço, tirando sua mão do

caminho.

18 Cadeia de farmácias. https://www.riteaid.com/

Seus lábios perfeitos formaram um perfeito O. “O que?”

“Eu não estou sentindo isso.” Eu levei sua mão a minha boca, beijando sua
palma

antes de colocar de volta na sua coxa. Meu pênis já estava macio. “Okay?”
Surpresa passou pelo seu rosto, e parte de mim estava realmente em choque.
Teria eu,

realmente, recusado sua mão? Eu tinha.

Rosa passou por suas bochechas bronzeadas enquanto ela voltava sua atenção
para a

TV e eu me senti como um idiota. Merda. Endireitando-me, eu apoiei minhas


mãos nos meus

joelhos. “Você quer algo pra comer?”

Silenciosamente, ela rejeitou com sua cabeça.

Merda dupla. “Veja, Steph, não é você e eu estou sendo sincero sobre isso. Eu só
estou

me sentindo estranho hoje a noite. Tudo bem?”

Steph se virou vagarosamente em minha direção e concordou. “Okay.”

Eu soltei meu fôlego com alívio. Como eu disse antes, Steph era uma boa garota
e nós

tínhamos uma história. As coisas só eram diferentes agora. Ela ficou mais um
pouco e então

ela estava pronta para ir. Eu me levantei para acompanha-la. Na porta, ela virou
e se

esticando, deu um beijo em minha bochecha.

Eu ri. “O que foi isso?”

Steph deu de ombros enquanto eu fechava a porta atrás de nós. “Você está indo
para

a festa da fraternidade?” ela perguntou.


“Tenho planos.” Eu respondi.

Ela fez um lindo beicinho. “Você não pode pular essa sexta?”

Indo para frente, eu tirei do caminho uma mecha de cabelo preto. “Você sabe que
não

posso, querida. Talvez na próxima vez.”

“Você é um merda.” Mas ela sorriu enquanto me acertava com seu quadril.

“Isso sou mesmo”.

Nós fomos em direção ao seu carro e quando ela prendeu seu salto no chão
gramado,

eu a segurei pelo braço, a equilibrando. “Você não esteve bebendo essa noite?”
eu perguntei,

estreitando meu olhar. “Certo?”

A luz da lua refletiu em seu rosto enquanto ela reclinava a cabeça para trás e ria.

“Não.” Ela bateu em meu peito. “E se eu tivesse? Você iria deixar eu passar a
noite?”

“Eu colocaria sua bunda pequena no meu carro e te levaria para seu dormitório.”

Seus olhos rolaram. “Isso parece realmente muito divertido.”

Nós paramos ao lado do seu sedam e eu a puxei para um pequeno abraço.


“Mande-me

uma mensagem quando você chegar ao dormitório.”

Ela rio novamente indo para trás. “Sério?”

Eu a encarei. “Você sabe que eu estou falando sério. Está tarde. Várias pessoas
no
mundo são péssimas então me mande uma mensagem.”

“E seu eu não mandar?”

Meu olhar se estreitou. “Você vai.”

“Okay. Eu vou.” Steph riu enquanto ela abria a porta do motorista. “Vejo você
depois,

Cam.”

Indo para trás, eu a observei ir embora do estacionamento antes deu voltar. No


meio

do caminho do estacionamento, eu olhei em direção ao apartamento da


Moranguinho. Não

tinha nenhuma luz acesa e eu apostava que ela já estava enfiada na cama. Será
que ela usava

manga cumprida de pijama? Ou ela dormia nua?

Uma imagem dela nua, seu cabelo cor de cobre espalhado em sua volta como um
halo,

invadiu minha cabeça.

Meu pênis voltou a vida novamente.

“Merda” eu gritei.

Essa seria uma noite realmente longa.

Quinta era uma manhã de IHOP19, ou, pelo menos, foi o que Ollie ordenou
quando ele

rolou de sua cama e invadiu meu quarto. Pegando meu boné do braço do sofá, eu
vi o elástico

da Steph ainda na mesinha e revirei os olhos.


Tão importante.

Ollie já estava do lado de fora e, enquanto eu me aproximava da porta, senti


cheiro de

chuva no ar. No momento que fechei a porta atrás de mim, percebi que ele não
estava

sozinho.

“Avery,” Ollie disse. “Cam me disse seu nome.”

Nota mental: chutar as bolas de Ollie mais tarde.

Teve uma pausa e então, “Oh, Então... um, você está indo...”

“Ei idiota, você deixou a porta aberta!” Eu enfiei o boné, dando a volta nas
escadas

antes deu pegar uma vista de como os jeans de Avery se agarravam em sua
bunda. Bom. “Hey,

o que você está fazendo com minha garota?”

Ollie sorriu para mim, mas minha atenção estava voltada para Moranguinho. A
menina

devia estar usando pouca, ou nenhuma maquiagem pois seu rosto era... fresco.
Natural. Eu

gostava disso. Seu olhar encontrou o meu e então ela mudou.

“Eu estava explicando a ela como eu respondia por dois nomes.” Ollie disse.

“Ah é?” Eu me aproximei deles, colocando meu braço sobre seus ombros. Seus
pés

escorregaram e eu apertei ela ainda mais contra a minha lateral. No fundo da


minha mente eu
pensei que ela se encaixava perfeitamente. “Whoa, querida, quase te perdi aqui.”

“Olhe para você.” Ollie pulou pelas escadas como um sapo. “Tem a garota
tropeçando

toda por você.”

Eu ri, mantendo meu braço nela enquanto virava o boné ao contrário. “Não
posso

fazer nada. É o meu charme natural.”

“Ou pode ser seu cheiro.” Ollie riu. “Não tenho certeza se ouvi o chuveiro essa

manhã.”

Eu engasguei. “Eu estou cheirando mal, Avery?”

“Você está cheirando ótimo,” ela disse e então um tom de vermelho subiu para
suas

bochechas. “Quero dizer, você não cheira mal.”

Instinto me disse que ela queria dizer algo totalmente diferente. “Indo para
aula?”

Moranguinho não disse nada enquanto andávamos escada abaixo, mas seu rosto

estava tranquilo, como se ela estivesse perdida em pensamentos.

“Avery?”

Ela se contorceu e meus olhos se estreitaram enquanto ela se apressava. “Yeah.


Eu

estou indo para aula de arte. E vocês?”

A alcançando no terceiro andar, eu estaria condenado se ela fugisse tão fácil.


“Nós
estamos indo tomar café da manhã. Você deveria pular a aula e se juntar a nós.”

Ela aumentou o aperto em sua bolsa. “Acho que já cabulei aula suficiente essa

semana.”

“Eu estou cabulando.” Ollie anunciou, “mas Cam não tem aula até essa tarde,
então

ele é o bom garoto.”

Minha pele se eriçou enquanto eu atirava a Ollie um olhar. “Yeah, como péssimo
em

escrever, matemática, Inglês, limpar suas coisas, falar com pessoas e eu poderia
continuar.”

“Mas eu sou bom em coisas que contam.” Ollie respondeu.

“E o que são essas coisas?” Eu perguntei enquanto andávamos sob as nuvens


cheias de

chuva. Esse seria um daqueles dias.

Ollie nos encarou, andando para trás. Um caminhão vermelho começou a sair,
mas ele

continuou, forçando o caminhão a parar, e ele a tropeçar. Eu abaixei minha


cabeça. Ele

19 Cadeia de restaurantes. Servem panquecas, waffles, ovos e mais.


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levantou uma mão bronzeada e começou a balançar seus dedos. “Beber,


socializar, snowboard

e futebol – lembra desse esporte, Cam? Futebol?”

Eu o encarei. “Yeah, eu lembro disso, cuzão.”


Ollie provavelmente não tinha ideia do que tinha acabado de fazer, se virando e
indo

para meu carro. Um músculo começou a enrijecer na minha mandíbula. Eu


limpei minhas

mãos em meu jeans enquanto olhei para Moranguinho. “Vejo você por aí,
Avery.”

A deixando para trás, eu me juntei a Ollie ao lado do meu carro. Em vez de


apertar o

botão e destrancar todas as portas, eu só fiz isso a minha e entrei, batendo a porta
fechada

atrás de mim.

“Oi,” veio uma voz abafada de Ollie.

Ignorando ele, eu liguei o carro. Uma grande gota de chuva caiu no vidro da
frente e

eu sorri, olhando para o céu.

“Hey!”

Vagarosamente, eu levantei minha mão dando a ele um dedo.

Ollie pulou quando o céu desabou e uma chuva torrencial, uivando como um
animal

ferido. Somente quando seu cabelo estava grudado em sua cabeça, eu


destranquei sua porta.

Ele entrou, tremendo. “Mas que porra?”

“Você mereceu.” Eu engatei a ré, andando. Um olhar para a testa enrugada de


Ollie

me disse que ele estava procurando em seu cérebro pelo que ele tinha feito.
“Você realmente

precisa aliviar um pouco o baseado.”

“Como se não bastasse uma vez, eu já ouvi isso um milhão de vezes, mas Mary
Jane

me ama e ela é a única que eu amo.”

Passando a mão pelo meu boné, eu inclinei minha cabeça. “Maldito hippie.”

Ollie balançou sua cabeça como um cachorro molhado, espirrando gotas de agua
pelo

interior todo. Ele deve ter soltado algo no seu cérebro porque ele relaxou contra
o acento.

“Merda, cara. Eu não estava pensando.”

Eu tossi uma risada enquanto saia do estacionamento, um carro atrás de

Moranguinho. “Essa é uma grande surpresa.”

Ollie encarou sua frente, o sorriso que ele normalmente tinha, indo embora. “Eu

esqueço as vezes, você sabe? Parece como eras atrás.”

Merda, eu desejei que eu pudesse esquecer, especialmente agora enquanto


assistia o

carro da Moranguinho virar a esquerda, indo em direção ao campus.

Ele me encarou. “Desculpa cara. De verdade. Eu sei o quanto o futebol


significava para

você.”

Eu assenti roboticamente, enquanto virava a direita, indo para o cruzamento que


nos
levaria a Charles Town. Futebol sempre tinha sido a minha vida desde o
momento que meu pai

me inscreveu na liga infantil local e durante os anos eu tinha honrado minha


posição como

atacante, uma posição de média pontuação. E eu era realmente bom, e não tinha
sido nenhum

segredo que, quando eu entrei em Shepherd, consegui uma vaga no time há três
anos atrás.

Eu não tinha planos de ficar aqui. Eu estava ganhando tempo antes de poder
participar da

seletiva para o D.C. United. Futebol era como eu tinha conhecido Jase e Ollie.
Futebol tinha

sido minha sanidade.

Mas a única coisa que eu estava fazendo com futebol agora era treinando um
time

durante o verão como serviço comunitário. Não haveria mais futebol. Pelo
menos num futuro

próximo e um ato de raiva tinha garantido isso.

A maioria das pessoas da minha idade passavam Sexta a noite bebendo e saindo
com

os amigos. Eu passava a noite das minhas Sexta-feira sentado em um círculo –


sim um maldito

círculo – escutando o problema das pessoas. Alguns caras no grupo não eram
maus. Como

Henry. Ele ficou bêbado uma noite e entrou numa briga de bar. Ele não era um
psicopata. Aron
também não, que aparentemente, tem problemas no controle da raiva. Mas
alguns dos caras,

e aquela menina pálida com um delineado preto, eu já não tinha tanta certeza.
Eles eram meio

amedrontadores.

Uma merda era que eu não era a pessoa mais nova aqui. Nem de longe.

Eu tinha... dez mais malditos meses disto.

Eu posso fazer isso. Com certeza. Eu posso facilmente fazer isso.

“Cameron?” Dr. Bale limpou a garganta, e eu queria me socar. “Tem alguma


coisa que

você gostaria de compartilhar hoje a noite?”

Essa era a parte que eu não aguentava. Ter de falar de mim mesmo para um
monte de

estranhos que ficavam me encarando. Olhei para cima e um olhar compreensivo


passou pelo

rosto de Henry antes dele desviar.

“Não,” eu disse “não realmente.”

A menina gótica, que aparentemente tinha uma queda por facas, se jogou de
volta em

sua cadeira e cruzou seus braços. “Ele nunca compartilha nada.”

Eu pressionei meus lábios juntos para me impedir de ser esfaqueado.

“Isso é verdade.” Dr. Bale ajustou seus óculos. “Você mal contribui para o grupo

Cameron.”
Dando de ombros, eu me acomodei na cadeira, puxando meu boné de Baseball
mais

para baixo. “Estou apenas absorvendo tudo.”

Henry interrompeu, ainda bem, desviando a atenção e eu voei abaixo do radar


até o

fim da sessão mas, quando estava prestes a sair, Dr. Bale me chamou.

Ótimo.

Enquanto todos deixavam a sala, eu me sentei novamente na cadeira dobrável de

metal e me inclinei para frente, apoiando meu cotovelo no meu joelho. “O que
foi?”

Dr. Bale se inclinou para frente, pegando uma pasta de plástico ao seu lado. “Eu
queria

ter certeza que você estava tendo algo bom desses encontros, Cameron.”

Uh. Não. Não. Eu não estava. “Estou sim.”

Ele me encarou enquanto cruzava as pernas. “Você mal falou sobre o incidente.”

“Não tem realmente o que dizer?”

“Tem muito a se dizer.” Ele sorriu, pausou, e a pele ao redor de seus olhos se
enrugou.

“Eu sei que falar na frente de várias pessoas é complicado no começo, mas você
tem coisas em

comum com eles.”

Eu enrijeci. “Não sei se tenho muito em comum com eles.”

“Tem certeza?”
Suspirando, eu me forcei a não olhar para o único relógio na sala, atrás de mim.

“Bom, eu odiaria que você não pegasse essa ótima oportunidade e usasse para
seu

benefício.”

Eu mantive meu rosto sem emoção.

“Você tem noção do quão sortudo é, Cameron?” Dr. Bale perguntou e eu não

respondi. “O que aconteceu com aquele rapaz poderia ter te colocado na cadeira
por um bom

tempo.”

“Eu sei.” Eu disse, realmente entendendo. Eu sabia bem o quão sortudo tinha
sido. E

por um tempo eu acreditava que minha bunda deveria estar apodrecendo na


cadeia. E teria

estado se não posse pelo meu pai nos tribunais criminais e meu registo
impecável. Eu sou

realmente uma pessoa calma Dr. Bale. “O que aconteceu...”

“A surra que você deu naquele menino infelizmente discorda.” Seu olhar caiu
para

meu arquivo. “Contusões na cabeça severas, mandíbula, nariz e globo ocular


quebrados, junto

com várias costelas.” Ele olhou para cima, encontrando meu olhar. “Isso não
parece algo que

um cara ‘calmo’ fosse fazer, não?”

Meu estômago doeu, mas eu não desviei o olhar. “Eu não estou orgulhoso do que
fiz.
Olhando para trás, eu sei que poderia ter feito várias outras coisas.”

“Mas?”

Mas eu não tinha nenhum tipo de problema com minha raiva. E por mais fodido
que

isso soe, eu ainda não tinha certeza que me arrependia do que tinha feito. O filho
da puta

tinha batido na minha irmã e, bem, eu tinha perdido o controle.

E falando a verdade, se eu tivesse na mesma situação novamente, eu não tinha


certeza

que faria diferente. Você machuca minha irmã, você está mexendo comigo. Era
simples assim.

- 5

Quando se tratava da minha pequena Moranguinho, ter paciência compensava.

No começo, a viagem para Antietam National Battlefield20 para fazer nosso


trabalho de

astronomia tinha começado tão dolorosa como as reuniões de controle de raiva.


Ela sentou no

meu carro como se eu a tivesse chantageado com a oferta de filhotes grátis,


puxando as

mangas de seu suéter e sentando reta como uma tábua. Seus nervos aumentaram
quando

entramos na Bloody Lane, pegando um lugar que nos daria uma vista clara do
céu... e do

milharal.
Eu aprendi que ela era fascinada por história, o que era ótimo já que seus
pequenos

olhos castanhos acenderam quando ela começou a falar do campo de batalha. E


eu também

aprendi que ela estava com uma puta pressa de acabar logo com isso.

Nunca na minha vida eu duvidei das minhas habilidades em atrair garotas como
eu

duvidava com Avery. Ela agia como se passar tempo comigo era equivalente há
passar dois

semestres seguidos na aula de apreciação musical. Por mais confiante que isso
soe, eu sabia

que poderia andar pelo campus e conseguir um encontro com a garota solteira
mais próxima.

Provavelmente até com uma que não estivesse disponível, mas com a Avery era
como dar em

cima de uma freira. E não uma freira safada.

“Quanto tempo você acha que isso vai levar?” ela perguntou.

“Por quê?” Pausei enquanto uma ideia vinha em minha cabeça. Talvez meu
charme

não estivesse me escapando. Puta merda, como eu não tinha pensando nisso
antes? “Você

tem algum encontro quente essa noite?”

Ela riu secamente. “Uh, não.”

Parte de mim estava feliz em ouvir isso. A outra parte pensava confusa. “Você
diz isso
como se fosse uma ideia insana. Como se ninguém saísse sábado a noite para um
encontro.”

Dando de ombros, ela soltou a mecha de cabelo que estava brincando. “Eu não
estou

saindo com ninguém.”

Eu continuei caminhando, tirando minhas mãos da minha calça enquanto


soprava uma

brisa pelo caminho entre o milharal, causando elas a enrijecerem como ossos.
“Então, qual a

pressa?” Quando não tive uma resposta, eu olhei para ela sorrindo. “Você está
preocupada

que eu te trouxe aqui para meus próprios planos nefastos?”

Moranguinho parou, seu rosto ficando pálido de um jeito que destacava suas
sardas.

“O que?”

Whoa. Eu virei em sua direção, sentindo o nó atrás de meu peito e algo mais.
Sua

reação foi muito rápida, muito real. Um gosto ruim surgiu em minha boca. “Hey,
Avery, estou

só brincando. Realmente.”

Ela virou em minha direção, desviando seu olhar, bochechas corando. “Eu sei.

estou...”

“Apressada21?”

“Yeah, isso.”
Eu esperava – merda – eu rezava que fosse só isso. Observando como ela sempre

brincava com o bracelete em seu pulso esquerdo, eu não podia deixar o


pensamento ir mais

longe. Raiva sobre a possibilidade de algo pior ter acontecido já me incomodava.


Eu tinha

certeza que estava exagerando. “Venha. Vai anoitecer logo.”

Eu comecei a andar, indo em direção a torre, acenando para dois estudantes da


nossa

classe. Pegando um lugar na colina, eu peguei a lanterna antes de me sentar. A


grama estava

seca e naquele pequeno silêncio, o barulho dos grilos estava quase tão alto
quanto a batida do

meu coração. Eu não tinha ideia do porque meu pulso estava acelerado, mas
parecia que eu

tinha corrido do carro até aqui.

20 http://en.wikipedia.org/wiki/Antietam_National_Battlefield

21 No original “jumpy”. Vem da expressão “jump into conclusions”, que seria


como tirar conclusões

precipitadamente.

Olhando para cima, eu vi Moranguinho pairando alguns metros atrás de mim. Eu

acariciei o lugar ao meu lado. “Junte-se a mim. Por favor? Estou me sentindo tão
sozinho

aqui.”

Ela sugou seu lábio inferior entre seus dentes e os músculos em meu estômago
enrijeceram. Finalmente, ela se moveu e sentou... a três metros de distância de
mim. Quantas

sardas ela tinha no seu nariz? Nove. Nove e meio. Uma delas estava desbotada.
Seus lábios

estavam afastados, como se ela estivesse esperando por um beijo.

A urgência em beijá-la me atingiu fortemente. Seria essa a primeira vez? Quando

limpei a migalha de seus lábios eu tinha tido vontade de beijá-la e provar de seus
lábios. E

qualquer outra garota teria dado uma indireta. Mas não Moranguinho.

E foi assim que algo estranho aconteceu.

Eu queria ir de vagar. Como eu poderia ir mais devagar nessa relação não


existente

estava além da minha compreensão. Mas meu coração ainda estava palpitando.

Avery abaixou seu queixo, estudando seu caderno enquanto limpava a garganta.

Deixando sair um suspiro que não sabia que estava segurando, eu perguntei
“Qual

constelação supostamente devemos mapear?”

“Um, a Corona Borealis, eu acho.” Ela disse passando por suas anotações
enquanto eu

segurava a lanterna.

“Ah, a Northen Crown22.”

Suas sobrancelhas levantaram. “Você sabia isso de cor?”

Eu ri de sua expressão duvidosa. “Eu posso não fazer anotações, mas eu presto
atenção.”

Ela enrugou o nariz. “Eu realmente não entendo como alguém consegue ver
formas

nas constelações.”

“Mesmo?” eu me movi para perto, vagarosamente, espiando sobre seus ombros.


“As

formas são bem obvias.”

“Não para mim. Quero dizer, são só um monte de estrelas no céu. Você pode,

provavelmente, ver qualquer coisa que quiser.”

“Olhe para a Borealis.” Eu aprontei no mapa. “É obviamente uma coroa,”

Ela riu – uma risada verdadeira, e o nó se apertou em meu peito. “Ela não parece
uma

coroa. Parece mais um meio círculo irregular.”

Sorrindo, eu balancei minha cabeça. “Veja. Você pode ver mais facilmente agora.
É

uma coroa. Vamos, veja as sete estrelas.”

“Eu vejo as sete estrelas, mas eu também vejo várias outras se infiltrando.” Ela
pegou

uma caneta. “Eu também vejo o Cookie Monster23.”

Eu ri. “Você é ridícula.”

Enquanto a observava, seus lábios se curvaram formando um sorrido enquanto


ela

descansava a caneta sobre a borda. Era óbvio que ela não sabia em qual latitude
começar
enquanto ela encarava a Borealis. Finalmente, ela conectou dois pontos.

“Você sabe da onde seu nome vem?” eu perguntei.

Moranguinho balançou a cabeça, negando, então eu me inclinei e peguei sua


caneta.

No processo, meus dedos encostaram nos dela. Um raio passou pelo meu braço e
ela se

afastou imediatamente. “Representa a coroa que Dionísio deu para Ariadne.” Eu


disse a ela.

“Quando ela casou com Bacchus, ele colocou a coroa dela nos céus em honra a
seu

casamento.”

Ela me encarou, franzindo suas sobrancelhas. “Professor Drage não ensinou isso
na

aula.”

“Eu sei.”

“Então como você sabe isso?”

22 Traduzindo, seria como a Coroa do Norte.

23 Personagem da família Sésamo. http://en.wikipedia.org/wiki/Cookie_monster

“Como você não sabe isso?”

Ela inclinou a cabeça para o lado, lábios tencionando.

“Okay. Talvez a maioria das pessoas não saibam isso de cor.” Eu girei sua
caneta. “Na

verdade eu tive essa aula no meu ano de calouro, mas eu tive que largar.”
Curiosidade passou por seus olhos. “Verdade?”

Eu assenti.

“Você está, o que, no primeiro ano?”

“Yep.” Eu pausei, sem certeza do quanto poderia falar. “Tive que tirar um ano de
folga,

o que me deixou atrasado.”

Ela ficou quieta por alguns momentos. “Por que você está refazendo astronomia?
Faz

parte da sua graduação?”

“Não. Eu só gosto da aula de do professor Drage.” Eu desliguei a lanterna. “Eu


estou

estudando educação física. Quero focar em reabilitação para esportistas.”

“Oh. Você...”

Quando ela não terminou a frase, eu a olhei e segui seu olhar. No banco, os dois
da

nossa aula de astronomia pareciam que estavam prestes a praticar como se faz
bebês.

“Agora essa é realmente uma forma interessante de observar estrelas.” Eu disse.

Ela os observou por alguns momentos, seus olhos arregalados como se ela
estivesse

tentando entender o que eles estavam fazendo. O que era óbvio. Tinha muita
língua envolvida.

Eu a cutuquei com a caneta.

“O que?”
“Nada. É só que...” eu não tinha ideia de como falar isso. “Você os está
observando

como... se nunca tivesse visto um casal fazer isso antes.”

“Eu estou?”

Eu assenti. “Então a menos que você tenha sido criada em um convento, eu


imagino

que você já tenha estado em um colo uma vez ou duas, certo?”

“Não, nunca!” Ela se encolheu, focando novamente na trilha. “Quero dizer, eu


nunca

estive no colo de um rapaz.”

Um sorriso apareceu em meus lábios. “E sobre o colo de uma garota?”

Sua boca caiu aberta. “O que? Não!”

Eu sorri largamente, imaginando ela no colo de uma menina. Uma imagem ainda

melhor foi imagina-la em meu colo. “Eu estava brincando, Avery.”

Seu queixo se fechou em teimosia. “Eu sei, é só que...”

“O que?” eu cutuquei seu braço com a caneta novamente. “Você o que?”

“Eu nunca tive um namorado.”

Nunca? Nunca como em nunca? Impossível.

Agarrando seu caderno, ela olhou para mim. “O que? Não é nada importante.”

Eu abri minha boca, mas não disse nada. Eu pisquei e então balancei a cabeça

enquanto a inclinava para trás para olhar o céu. “Você nunca teve um
namorado?”
“Não.”

“Nenhum?”

“É isso que quer dizer.”

Eu não tinha ideia do que falar. “Quantos anos você tem?”

Ela revirou os olhos. “Tenho dezenove.”

“E você nunca teve um namorado?”

“Não. Meus pais... eles eram rígidos.” Ela engoliu. “Quero dizer, realmente
rígidos.”

“Posso perceber.” Eu prendi a caneta no caderno, curioso, na verdade, além de


curioso

e como alguém tão bonita quanto Avery tinha chegado até aqui sem ter estado
em uma

relação. “Então você já esteve em um encontro ou algo do tipo?”

Um grande suspiro veio dela. “Eu pensei que tivéssemos que estar mapeando

estrelas?”

“Nós estamos.”

“Não, não estamos. Tudo que tenho é essa linhazinha e você tem nada.”

“Essa linhazinha está entre Delta e Gamma.” Eu me inclinei, ligando os pontos.


“Aqui

está a Theta e essa é a Alpha – a estrela guia. Viu, estamos na metade.”

Ela franziu a testa, lentamente balançando a cabeça enquanto virava seu olhar
para o

céu. Enquanto ela estava distraída, porque eu estava farto dessa merda de
astronomia, eu me

inclinei anda mais, meu ombro pressionado com o dela enquanto terminava o
mapa,

completando nossa lição de casa.

Eu virei minha cabeça. “Agora nós terminamos de mapear as estrelas...” Nossos


rostos

estavam a centímetros de distância. Ela não se moveu e seu sorriso subiu um


degrau. “Viu?

Não foi tão difícil.”

O olhar de Avery caiu e eu sabia que ela não estava prestando a mínima atenção
no

que estava saindo da minha boca mesmo que ela estivesse a encarando. Não que
eu estava

reclamando. Ela poderia encarar minha boca o quanto quisesse.

Aqueles cílios grossos subiram e nosso olhares se encontraram novamente. Uma

sensação subida, mas tangível, pareceu se espalhar entre nós. Ninguém se


moveu, mas eu

queria. Queria puxar ela para meus braços. Mas aonde todo o negócio de ‘ir
devagar’ foi, eu

não tinha ideia. Ela se moveu, visivelmente inconfortável, e a parte descente de


mim disse

para olhar para longe, falar uma piada e a fazer se sentir melhor, mas eu não
podia resistir ao

seus olhos. No escuro, eles eram como piscinas pretas.

Eu me forcei a dizer algo. “Você realmente acha que aprendeu algo sobre as
estrelas?”

Não tinha resposta, o que provavelmente era uma boa coisa, porque isso foi
idiota.

Então eu segui com o que realmente queria saber. “Você realmente nunca esteve
em um

encontro?”

“O que?”

Eu ri. “Você realmente não estava me escutando. Você estava muito ocupada me

encarando.”

“Eu não estava!”

“Sim, estava.” Eu empurrei deus ombros.

A expressão que ela fez foi como se ela tivesse provado algo ruim. “Você está
acima do

nível aceitável de arrogância.”

“Arrogância? Eu só estou dizendo a verdade.” Eu joguei meu caderno para o


lado e

apoiei meus braços atrás de mim, a observando. Eu não podia resistir em


provoca-la. Era como

se tivesse encontrado um novo hobby. “Não tem nada de errado em me encarar.


Eu gosto.”

Ela ficou de boca aberta. “Eu não estava te encarando. Não realmente. Eu meio
que...

viajei. Isso é o quão emocionante é falar com você.”

“Tudo sobre mim é emocionante.”


“Tão emocionante quanto observar sua tartaruga cruzar a estrada.”

“Uh-huh. Continue dizendo isso a si mesma, querida.”

“Continue me chamando de queria e você vai estar mancando.”

Ah, eu gostei disso. “Oh, olhe para você.”

“Que seja.”

“Nós deveríamos fazer isso.”

Seus lábios de afastaram. “Fazer o que? Ir para casa? Eu sou toda sobre ir pra
casa,

tipo, agora mesmo.”

Eu sorri. “Ir em um encontro.”

- 6

Moranguinho me encarou como se eu tivesse acabado de sugerir que nós


corrêssemos

nus pelo milharal. Ela fechou seu caderno e pegou sua bolsa. “Eu não tenho
certeza se estou

seguindo essa conversa.”

“Não é realmente nada complicado.” Eu ri sobre seu olhar cheio de ódio. “Nós

deveríamos ir a um encontro.”

Ela me encarou por um momento e então enfiou o caderno em sua bolsa com
uma

força letal. “Eu não entendi.”

Por que eu não estava surpreso que ela não tinha entendido? Deixando de costas,
eu
estiquei meus braços acima da cabeça, sentindo meus ossos estalarem. Eu senti
seu olhar

abaixar para mim, se focando no pedaço de pele exposto entre o cinto e a


camiseta.

Meu sorriso aumentou. “Normalmente ir a um encontro é quando duas pessoas


saem

a noite ou, algumas vezes, durante o dia. Realmente, pode ser a qualquer hora do
dia ou da

noite. Normalmente envolve um jantar. Algumas vezes, um filme ou uma


caminhada no

parque. Apesar de que eu não faço caminhadas no parque. Talvez em um banco,


mas desde

como não há nenhum...”

“Eu sei o que um encontro é.” Ela pulou em pé, olhos como pedaços de gelo na

escuridão.

“Você disse que não entendia. Então eu estou explicando o que um encontro quer

dizer.”

Seus lábios se curvaram enquanto cruzava seus braços. “Essa não é a parte que
não

entendi e você sabe disso.”

“Eu só queria ter certeza que estávamos no mesmo nível.”

“Não estamos.”

Rindo sem vergonha, eu abaixei meus braços mas não arrumei minha camiseta.
“Então
agora que nós dois sabemos o que um encontro é, nós deveríamos ir em um.”

“Uh...”

Eu ri enquanto me levantava. A confusão em seu rosto era adorável de um jeito

estranho. “Essa não é realmente uma resposta, Avery.”

“Eu...” balançando a cabeça, ela deu um passo para trás. “Você não tem uma

namorada?”

Da onde Moranguinho tinha tido essa ideia? “Namorada? Não.”

“Então quem era aquela morena desastrada que saiu do seu apartamento na
Quarta a

noite?” ela retrucou.

Enquanto eu absorvia suas palavras, um sorriso se formou de orelha a orelha.


“Você

esteve me vigiando, Avery?”

“Não. Não!” Seu rosto empalideceu. “O que? Eu não estava te vigiando. Eu


realmente

tenho uma vida.”

Eu levantei uma sobrancelha. “Então, como você sabe sobre a Stephanie?”

Moranguinho trocou seu peso de pé. “Esse é o nome dela?”

“Bem, sim, ela tem um nome e não, ela não é minha namorada. E ela não estava

tropeçando. Meio se jogando.”

Ela revirou os olhos.

“Então como você a viu se você não estava me vigiando?” Eu cruzei meus
tornozelos.

“E eu não me importo com a ideia de você me observando. Lembre-se. Eu gosto


disso.”

Seu peito se inflou com um grande suspiro e eu pude dizer que sua paciência
estava se

esgotando. “Eu não estava te vigiando. Eu não conseguia dormir e estava


olhando pela janela

da sala. Eu só acabei vendo você levando-a para o carro.”

Eu não acreditei nela. Claro que não. Quem somente estaria olhando pela janela

aquela hora da noite? Mas o quanto eu gostaria de provoca-la, parecia que ela
estava prestes

da dar um chute na minha cabeça mas, eu era um homem de apostas. “Bem, isso
faz sentido.

Mas nem tão divertido quanto você observando pela janela, esperando pegar um
vislumbre

meu.”

Ela me encarou.

Eu pisquei. “Steph não é minha namorada. Não somos assim.”

Sua mão foi para seu bracelete no pulso esquerdo. “Eu não sou assim.”

“Assim como?”

Virando para encarar as estrelas, ela levantou a mão. “Não sou como ela.”

“Você a conhece?”

“Eu só não fico com caras por diversão, okay? Eu não vejo nada de errado com
isso.
Não estou julgando ninguém aqui, só não sou eu. Então não estou interessada.
Desculpa.”

“Espere um minuto. Estou confuso. Você não está julgando ela mas fez a
suposição

que ela gosta de ficadas aleatórias? Que ela é minha parceira de foda? Isso não é
julgar alguém

baseado em suposições?”

Sua teste se enrugou. “Você está certo. Eu não sei se vocês são assim. Talvez
sejam

somente amigos de infância ou algo do tipo.”

“Nós não somos.” Eu ri. “Nós ficamos de vez em quando.”

A boca da Moranguinho caiu no chão. “Eu estava certa! Então por que você me
acusou

de ser crítica?”

“Eu só estava dizendo.” Eu não podia parar de provoca-la. O carrossel de


emoções que

passava em seu rosto era fascinante. “E para deixar gravado, nós não ficamos na
Quarta a

noite. Não pela falta de tentativas da sua parte mas eu só não estava no humor.”

“Tanto faz. Essa é uma conversa estúpida.”

Ela tentou alcançar sua bolsa mas fui mais rápido. Um grande e aborrecido
suspiro saiu

dela. “Me dê.”

Me esquivando, eu disse. “Eu estou tentando.” Eu coloquei a tira sobre seu


ombro,
passando com meus dedos pela lateral de seu pescoço. Não foi de propósito
dessa vez e

quando ela deu um salto, meu coração foi junto. Me afastando, eu peguei a
lanterna. “Viu? Eu

só estava sendo cavalheiro.”

“Eu não acho que você é um cavalheiro mas, obrigada.”

Suas palavras eram um mix estranho de sinceridade e confusão e ela não disse
mais

nada enquanto caminhávamos pela trilha estreita sob a luz da lanterna.

“Esse lugar é meio estranho a noite, não acha?”

Ela assentiu e encarou a sobra dos monumentos na escuridão. “Bom, eu acho


que se é

pra existir algum lugar assombrado no mundo, seria um lugar como esse.”

“Você acredita em fantasmas?”

Moranguinho deu de ombros. “Não sei. Nunca vi um.”

“Também não.”

Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Isso é uma coisa boa, eu acho.”

Eu parei do lado do passageiro do meu carro. “Milady.”

“Obrigada.”

Como havia menos frustação em sua voz, eu decidi testar a minha sorte. Eu me
inclinei

sobre a porta aberta, olhado como a luz do interior vagava sob seu rosto. “Então,
o que você
acha?”

“Acho sobre o que?”

Eu inclinei minha cabeça para o lado. “Ir a um encontro comigo.”

Ela enrijeceu. “Por quê?”

“Por que não?”

“Isso não é uma resposta.” Ela pegou o sinto de segurança, passando ao seu
redor.

“Que tipo de pergunta é essa? Como eu sou...hey, é só um cinto de segurança.


Não é

tão difícil.” Eu me inclinei, pegando o cinto de sua mão. Quando nossas mãos se
tocaram, ela

se espremeu contra o acento. Era uma reação tão estranha que os pequenos
cabelos atrás de

seu pescoço se levantaram enquanto eu levantava meu olhar. “Por que não
deveríamos ir em

um encontro.”

Suas mão se fecharam, em volta de seu quadril. Eu queria deixar a porra do cinto
de

segurança, pegar suas mãos nas minhas e ajudar a desfazer essas bolas. “Por
que... porque nós

não nos conhecemos.”

Eu sorri descaradamente enquanto movia meu olhar, me concentrando em sua


boca.

“É exatamente isso que um encontro faz. Conhecer um ao outro. Vá a um


encontro comigo.”
“Não tem nada para saber sobre mim.” Ela sussurrou.

“Eu tenho certeza que há muito que saber sobre você.”

“Não tem.”

Eu me inclinei mais perto, inalando seu cheiro doce. “Então podemos passar o
tempo

comigo falando.”

“Isso parece divertido.”

“Oh, vai ser mais emocionante do que ver Raphael cruzar a estrada.”

“Há.” Entretenimento passou por seus olhos escuros.

“Achei que você fosse gostar.”

Seu olhar foi para o lugar que sua bolsa descansava entre suas pernas e de volta
para o

meu. “Podemos ir?”

“Podemos ir a um encontro?”

Um som de frustração veio dela. “Bom senhor, você não desiste.”

“Nope.”

Moranguinho riu e eu não pude parar o sorriso que estava se formando em meus

lábios. Eu gostava do som da sua risada, quando ela realmente ria. “Tenho
certeza que há

varias garotas que gostariam de ir em um encontro com você.”

“Tem.”
“Wow. Modesto, não?”

“Por que deveria ser? E eu quero ir a um encontro com você. Não com elas.”

Ela balançou sua cabeça levemente. “E eu não entendo o porquê.”

E eu não entendia como ela não entendia isso. “Eu posso pensar em algumas
razoes.

Você não é como a maioria das garotas.” Verdade. “Isso me interessa.” E


realmente

interessava. “Você é desajeitada nesse sentido... realmente adorável. Você é


inteligente. Quer

que eu liste mais?”

“Não. Não precisa.” Ela respondeu. “Eu não quero ir a um encontro com você.”

Eu não podia acreditar. Pode chamar de intuição, experiência ou a boa e velha

confiança. Eu não acreditava mesmo nela. “Eu imaginei que você diria isso.”

“Então por que perguntou?”

Eu me encostei, pegando a lateral da porta. “Porque eu queria.”

“Oh. Bem. Okay. Bom que tirou isso de dentro de você.”

O que ela achava que isso era? Merda, nem eu sabia o que isso era. “Eu não tirei
isso

de dentro de mim.”

Seus ombros caíram. “Não?”

“Nope.” Eu sorri. “Tem sempre o amanhã.”

“O que tem amanhã?”


“Eu vou perguntar de novo.”

Ela balançou a cabeça. “A resposta vai ser a mesma.”

“Talvez sim. Talvez não.” Eu encostei na ponta de seu nariz, seus olhos se
estreitando.

“E talvez você diga sim. Eu sou um homem paciente, e como você mesma disse,
eu não desisto

tão fácil.”

“Ótimo.” Ela murmurou. Mas havia um brilho em seus olhos, o mesmo brilho
que tinha

estado quando ela estava me ‘checando’.

“Sabia que você veria isso desta forma.” Eu belisquei a ponta de seu nariz e
retirei

minha mão. “Não se preocupe. Eu sei a verdade.”

“A verdade sobre o que?”

Eu me movi para trás no caso dela se virar novamente. “Você quer dizer sim,
mas você

ainda não está pronta.”

Moranguinho me olhou como se ela realmente tivesse visto um fantasma.

“Está tudo bem. Eu sou muito para se lidar mas eu posso te garantir que você vai
se

divertir ‘me lidando’.” Ates que ela pudesse responder, eu encostei em seu nariz
e então

fechei a porta, rindo de mim mesmo enquanto dava a volta no carro.

Eu assisti Avery entrar em seu apartamento. Ela parou no meio do caminho,


colocando

uma mecha de seu cabelo cobre atrás de sua orelha enquanto olhava para mim.

Um pequeno, e tímido sorriso apareceu em seus lábios enquanto ela acenava


dando

tchau para mim, indo para dentro e fechando a porta silenciosamente atrás dela.

Ficando parado lá, como um estranho, eu finalmente virei em direção a minha


porta.

Quando eu alcancei a maçaneta, a porta voou aberta.

Jase apareceu, bloqueando a porta. Um olhar curioso em sua expressão. “O que


você

está fazendo parado no corredor do seu apartamento como um idiota?”

“O que você está fazendo em meu apartamento como uma aberração?”

Ele deu de ombros. “Eu estava fazendo companhia para Ollie mas ele correu até
o

Sheetz 24para pegar alguns nachos.”

“Ah, noite de nachos.” O que significava que Ollie estaria acordado a noite toda.
Mudei

meu pé de apoio. “Você vai me deixar entrar?”

“Bem, desde que este é seu apartamento,” ele virou sua cabeça para o lado,
deixando

metade de seu rosto coberto em sombras. “Eu acho que sim.”

Jase deu um passo para o lado, permitindo que eu me espremesse para passa-lo.
Eu fui

direto para a geladeira, pegando uma cerveja e me jogando no sofá. “Você não
está na

fazenda?”

Ele balançou a cabeça negativamente enquanto se juntava a mim no sofá,


pegando

uma garrafa da mesinha. “Não. Jack está com seus avós.”

“Ah...” Isso explicava. Jase estava normalmente com sua família na fazenda nos
finais

de semana.

Jase virou seu olhar para mim. “Entããããão, você saiu com a ruivinha?”

“Moranguinho?”

Suas sobrancelhas escuras levantaram, saindo do alcance de seus cabelos


ondulados.

“Huh?”

“Avery, a ruiva. E não. Nós estávamos fazendo nosso dever de astronomia.


Somos

parceiros.”

“oh.” Ele deu um gole em sua cerveja e fez uma carranca. “Entãããão,” ele disse
de

novo e eu rolei meus olhos. “Por que você estava encarando a porta de seu
apartamento?”

“Como você sabe?”

“Eu o observei pelo ‘olho-mágico’.”

“Ótimo.” Eu ri, tomando um gole. Alguns minutos se passaram e então eu disse.


“Eu a
convidei para sair.”

Jase não parecia tão interessado. “Okay.”

“Ela me rejeitou.”

Sua cabeça se moveu bruscamente, virando em minha direção, com seus olhos

cinzentos brilhando com interesse. “O que?”

“Yep.” Eu me aconcheguei no sofá, rindo. “Me rejeitou direto.”

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Se inclinando na direção do braço do sofá, Jase riu tanto que eu achei que ele
poderia

ter machucado seu estômago. “Gosto dessa menina.”

“Eu também.” Eu disse, rindo. “Eu também.”

- 7

Pão de banana com nozes esfriava no balcão, empesteando o apartamento com


seu

cheiro.

Eu olhei para o relógio no fogão. Cinco pras oito.

Passando minhas mãos pelo meu cabelo úmido, eu desisti da ideia de realmente

dormir. Na sala de estar, Ollie tinha desmaiado no chão, roncando, e da ultima


vez que tinha

checado meu quarto, Jase estava esparramado no pé da cama. E não tinha


nenhum jeito que

alguma parte da minha pele ou roupa fosse encostar em alguma parte da cama de
Ollie.
Não era nada de mais que Jase e Ollie tinham me mantido acordado. A qualquer

momento daquela noite infinita eu poderia ter me trancado em meu quarto, mas
minha

mente não tinha se desligado. Uma parte disso tinha a ver com a reunião de
Sexta e como Dr.

Bale tinha dito tudo. Eu não poderia parar de pensar em como Jase iria fazer
tudo funcionar,

porque depois que Ollie havia desmaiado e Jase estava mais bêbado que uma
fraternidade

inteira, ele tinha começado a falar e eu não sabia como ajuda-lo.

E eu não podia parar de pensar na garota a algumas portas de distância.

Moranguinho tinha me recusado.

Eu ri pensando em como poderia fazer aquele ‘não’ virar um ‘sim’.

Vagueando, andei em direção a geladeira e parei. Era isso? O desafio? Desde o

momento que eu conheci Avery, ela estava me correndo de mim, e meninas


corriam para

mim.

Mas o que eu disse para ela ontem a noite, sobre querer sair para um encontro
era

verdade. Avery realmente me interessava. Ela não era como todas as garotas que
eu

costumava sair – aquelas realmente atraentes, nada tímidas e paqueradoras. Nada


que tivesse

algo de errado com elas, mas Avery era diferente. Ela me fazia rir. Talvez não de
propósito,
mas eu amava assistir ela corar sobre coisas simples. E quando ela sorria?

Moranguinho brilhava mais que qualquer garota que eu conhecia.

Talvez fosse tudo isso junto, combinado com o desafio. Eu realmente não sabia e

naquele momento, enquanto eu abria aporta da geladeira, eu realmente não me


importava.

Eu gostava dela.

E eu não iria dormir tão cedo então, porque o objeto de minha insônia deveria
estar

dormindo numa manhã de Domingo?

No momento que a ideia passou em minha cabeça, eu não pensei duas vezes.

Moranguinho provavelmente não ficaria feliz com a ideia mas, ninguém, nem
mesmo ela,

poderia resistir ao meu pão de banana com nozes.

Juntando todos meus itens, eu corri em direção a porta. Nesse momento eu ouvi
Ollie

murmurar. “Sem tomate. Bacon extra.”

“Mas que...?” Eu olhei sobre meu ombro para ele. Ele ainda estava deitado sobre
seu

estômago, jogado sobre um travesseiro que minha mãe tinha me dado, morto
para o mundo.

“Anormal.” Eu murmurei, passando pela porta do apartamento.

Chegando na frente do apartamento da Avery, eu bati levemente na porta, não

querendo acordar os vizinhos. Mas quando um minuto inteiro se passou e não


ouvi passos, eu

bati mais forte e continuei batendo.

Depois do que pareceu uma eternidade deu batendo em sua porta como se fosse
a

polícia e olhando para trás para ver se ninguém iria querer atirar na minha
bunda, eu

finalmente ouvi passos e então a porta abriu.

“Está tudo bem?” ela perguntou no que poderia ser a voz mais sexy que eu já
tinha

ouvido.

Eu me virei para a porta, pegando uma visão toda de uma Avery recém acordada.

Cabelo cobre caiam em emaranhados, sob seus ombros e tocando na pele


dourada de

seus braços. Eu acho que nunca a vi em uma camiseta de manga curta antes.
Meu olhar, como

se tivesse vida própria, vagou pela sua lateral e parou, devorando o jeito que
aquela camiseta

fina se esticava sobre o inchaço de seus seios. Com uma vontade que não sabia
que tinha,

forcei meu olhar de volta para seu rosto corado.

De repente, sem certeza do que eu estava fazendo, eu ofereci um sorriso


convencido e

mandei todo o resto pro inferno. “Não, mas vai estar em, mais ou menos, quinze
minutos.”

“O-o-que?” ela se moveu para fora do caminho enquanto eu passava por ela.
Todos os

apartamentos eram os mesmos, então eu sabia onde a cozinha ficava, mas dei
uma pequena

observada em sua sala. Os móveis pareciam novos, o sofá e a mesinha. Uma


poltrona preta em

forma de lua descansava em frente a TV. Sem fotos penduradas nas paredes. A
poltrona era

provavelmente o item mais pessoal em toda a sala.

“Cam, o que você está fazendo? São oito da manhã.”

“Obrigada pela atualização do tempo. Essa é a única coisa que nunca consegui

dominar: dizer as horas.”

Ela me seguiu e eu conseguia sentir seu olhar nas minhas costas. “Por que você
está

aqui?”

“Fazendo café da manhã.”

“Você não pode fazer isso na sua própria cozinha?”

“Minha cozinha não é tão interessante quanto a sua.” Eu coloquei os ovos e o


pão no

balcão e olhei para ela. Esfregando seus olhos, ela parecia extremamente fofa e
eu gostaria

que eu estivesse usando algo mais decente que calças de moletom e uma
camiseta que nem

tinha certeza se estava limpa. “E Ollie está desmaiado no chão da sala.”

“No chão?”
“Sim. Com a cabeça para baixo, roncando e babando um pouco. Não é uma
atmosfera

muito apetitosa.”

Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso e então desapareceu. “Bem,


nem o

meu apartamento.”

Eu cruzei meus braços e quanto me encostava no balcão. “Oh, eu não sei sobre
isso...”

eu deixei meu olhar vagar sob ela toda. Seus mamilos estavam duros,
pressionando contra a

camiseta, implorando para serem tocados, lambidos, beijado e só Deus sabe o


que mais eu

poderia fazer com eles. Luxúria passou por mim e eu quase dei um passo em
direção a ela.

“Sua cozinha, neste segundo, é realmente apetitosa.”

Ela corou. “Eu não vou sair com você, Cam.”

“Eu não perguntei isso nesse momento, perguntei?” eu sorri. “Mas você vai,

eventualmente.”

“Você está delirando.”

“Estou determinado.”

“Mais como aborrecendo.” Ela retrucou, olhos marrons brilhando.

“A maioria diria espetacular.”

Ela revirou os olhos. “Só na sua cabeça.”


“Em várias cabeças é o que você quis dizer.” Eu virei em direção ao fogão. “E
também

eu trouxe pão de banana com nozes feito em meu próprio fogão.”

Houve uma pausa. “Sou alérgica a bananas.”

Eu me virei. “Você está brincando comigo?”

“Não. Não estou. Eu sou alérgica a bananas.”

“Meu, isso é realmente uma pena. Você não tem ideia no que está perdendo.
Bananas

fazem do mundo um lugar melhor.”

“Eu não saberia.”

Bem, merda. Aparentemente ela poderia resistir ao meu pão de banana. “Algo
mais

que você seja alérgica?”

“Além de penicilina e caras que invadem meu apartamento? Não.”

“Muito engraçado.” Eu me virei, abaixando para o armário mais próximo.


“Quantos

caras mais fracos você já matou com essa sua língua afiada?”

“Aparentemente, não o suficiente.” Seu suspiro era audível. “Eu já volto.”

Eu não tinha ideia do que ela estava fazendo, mas eu duvidava que ela fosse
deixar o

apartamento. Murmurando sob minha respiração, eu achei um pote para cozinhar


os ovos e o

enchi com água, colocando no fogão e o ligando. Eu podia ouvir seus passos
leves em seu
quarto, mais pesados do que achei que seriam. Um momento se passou e eu me
virei em

direção a porta. Era realmente possível que ela poderia se trancar em seu quarto.

Merda.

“Hey! Você está se escondendo aí?” eu gritei. “Por que eu vou ir aí atrás e te
arrastar

daí.”

“Não se atreva a vir aqui!” ela gritou.

Eu ri calmamente. Por mais tentador que seria ver em primeira mão o que ela
estava

fazendo, eu não queria terminar no hospital por tentar. “Então se apresse. Meus
ovos não

esperam por ninguém.”

Quando ela voltou, eu já tinha encontrado queijo ralado e tinha decidido que ela
iria

comer seus ovos fritos. Eu não disse nada mesmo sabendo que ela estava ali, me
encarando.

“Cam, por que você está aqui?” ela finalmente perguntou.

“Eu já te disse.” Eu coloquei os ovos em um prato e os coloquei sob a pequena


mesa

encostada na parede. “Você quer torrada? Espera. Você tem pão? Se não eu
posso...”

“Não. Não preciso de torrada.” Ela me observou, com os olhos arregalados.


“Você não

tem ninguém mais para perturbar?”


“Tem uma vastidão de pessoas que eu poderia presentear com a minha presença,
mas

eu escolhi você.”

Sua boca se moveu, mas não tinha som quando ela se moveu, sentando em uma

cadeira, colocando seus joelhos para cima contra seu peito, enquanto ela pegava
um garfo.

“Obrigada.” Ela murmurou.

Eu ergui uma sobrancelha. “Eu escolho acreditar que você realmente quis dizer
isso.”

“Eu quis.”

Eu me virei de volta para o fogão. “Eu duvido disso por alguma razão.”

Teve vários segundos de silêncio e então. “Eu gostei dos ovos. Eu só estou
surpresa por

ver você aqui... as oito da manhã.”

Enquanto esperava meus ovos terminarem de cozinhar, eu me vi a observando.


“Bem,

para ser honesto, eu estava esperando surpreender você com meu pão de banana,
mas essa

merda não está acontecendo agora. Então tudo que me sobra são meus ovos
deliciosos.”

“Estão realmente bons, mas você não está me impressionando.”

“Oh, eu estou.” Fui até sua geladeira e achei um pouco de suco de laranja.
Pegando

dois copos, eu coloquei um pouco neles e me sentei de frente para ela. “É tudo
sobre ser

discreto. Você só não percebe isso ainda.”

Ela virou seu olhar para o prato. “Você não vai comer?”

“Eu vou. Eu gosto de ovos cozidos.” Sentado de frente a ela, eu descansei meu
queixo

em minha mão. Seu cabelo caiu para frente, quase encostando no prato. Ela
continuava

tirando as mechas da frente. Ela era tão malditamente fofa. “Então, Avery
Morgansten, sou

todo seu.”

Seus cílios levantaram. “Eu não quero você.”

“Que pena. Me conte sobre você.”

Moranguinho pressionou seus lábios em um alinha. “Você faz isso


frequentemente?

Entrar em apartamento de garotas aleatórias e fazer ovos?”

“Bem, você não é aleatória, então não.” Me levantando, eu dei uma olhada em
meus

ovos. “E eu posso ser conhecido por surpreender algumas garotas sortudas de


vez em

quando.”

O que não era exatamente verdade, quero dizer, se eu me encontrasse no

apartamento de alguém e tivesse acordado, eu faria o café da manhã mas isso?


Isso foi a

primeira vez. Mas ela não precisava saber disso.


“Sério? Quero dizer, você costuma fazer isso?”

Eu a olhei sobre meu ombro. “Com amigos, sim e nós somos amigos não
Avery?”

Ela me estudou por alguns momentos e então abaixou seu garfo. “Yeah, somos

amigos.”

“Finalmente!” eu gritei. “Você finalmente admitiu que nós somos amigos. E só


levou

uma semana.”

“Nós só nos conhecemos a uma semana.”

“Ainda levou uma semana.”

Enquanto a encarei comendo meus ovos, ela tinha me questionado quanto tempo

levava para alguém ir para o status de melhores amigos. Eu encontrei sua


expressão curiosa.

“Normalmente me leve cerca de cinco minutos antes de irmos para o status de


melhores

amigos.”

Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. “Então acho que eu sou a


estranha.”

“Talvez.”

“Eu acho que é diferente para você.”

“Humm?” eu descasquei o ultimo pedaço da casca do ovo.

“Eu aposto que você tem dezena de garotas se empoleirando em você. Dezenas

provavelmente se matariam para estar no meu lugar e eu sou alérgica a seu pão.”
Eu olhei para cima. “Por que? Por causa da minha aparência de um Deus?”

Ela riu descaradamente e aquele maldito nó estava de volta em meu peito. “Eu
não iria

tão longe.”

Dando de ombros, eu ri. “Eu não sei. Eu realmente não penso sobre isso.”

“Você nunca pensa sobre isso?”

“Nope.” Eu coloquei o ovo em minha boca e limpei minhas mãos em um


guardanapo.

“Eu só penso sobre isso quando importa.”

Seu olhar desviou do meu enquanto ela brincava com seu copo. “Então você é
um

galinha reformado?”

“O que te fez pensar isso?”

“Eu ouvi que você era assim quando estava no colegial.”

“Mesmo? De quem você ouviu isso?”

“Não é da sua conta.”

Eu dei um longo suspiro. Sua língua sempre fiada. “Com essa sua boca, você
não tem

muitos amigos, não?”

Moranguinho se encolheu. “Eu não era multo popular no colegial.”

Aw merda, agora eu me sentia como um idiota. Coloquei meus ovos no prato.


“Merda.

Eu sinto muito. Isso foi uma coisa idiota para eu dizer.”


Ela balançou a cabeça.

Eu a observei enquanto pegava um ovo e o descascava, sem conseguir


compreende-la.

“Difícil acreditar que você não era. Você consegue ser realmente engraçada e
gentil quando

não está me insultando e você é uma garota bonita. Na verdade, você é realmente
‘quente’.”

“Ah... obrigada.” Ela se mexeu em seu lugar.

“Estou falando a verdade. Você disse que seus pais eram rígidos. Eles não
deixavam

você sair na época do colegial?” Eu comi mais um ovo. Precisava da minha


proteína. “Eu ainda

não consigo imaginar você não sendo popular no colegial. Você preenche os três
requisitos:

inteligente, engraçada e ‘quente’.”

“Eu não era, okay?” Colocando seu copo para baixo, ela começou a brincar com
a barra

de deu shorts. Eu já tinha a visto pelo campus com uma menina da minha turma
do colegial e

com Jacob Massey. Não era como se ela fosse incapaz de fazer amigos. “Sinto
muito Avery.

Isso... é uma merda. Colegial é uma grande coisa.”

“Yeah, é. Você tinha muitos amigos?”

Eu assenti. Eu tinha um ônibus cheio deles.

“Ainda fala com eles?”


“Alguns. Ollie e eu éramos da mesma turma, mas ele passou seus primeiros dois
anos

na WVU25 e foi transferido para cá e eu vejo alguns dos outros pelo campus e
em casa.”

Ela se encolheu, parecendo incrivelmente pequena. “Tem irmãos ou irmãs?”

“Uma irmã.” Eu peguei o último ovo. “Ela é mais nova que eu. Acabou de
completar

dezoito. Ela se forma este ano.”

“Vocês são próximos?”

“Yeah, somos.” Eu gostava que ela estava me fazendo perguntas, mas falar sobre

minha irmã me fazia pensar em outras coisas. “Ela significa muito para mim. E
você? Algum

irmão mais velho que eu tenho que me preocupar em ter minha bunda chutada
por estar

aqui?”

Um lado de seus lábios se curvaram para cima. “Não. Eu sou filha única. Tenho
um

primo que é mais velho que eu mas eu duvido que ele vá fazer isso.”

“Ah, bom.” Eu terminei meu último ovo, inclinei para trás e passei a mão sobre
meu

estômago. “Da onde você é?” Quando ela não respondeu, eu decidi que não
estava deixando

essa passar. Eu queria conhecer ela. Troca de informações era necessária. “Okay.
Você
obviamente sabe da onde sou e você ouviu sobre minhas atividades extra
curriculares no

colegial, mas eu vou apenas confirmar. Sou de Fort Hill. Nunca ouviu falar?
Bem, a maioria das

pessoas não conhecem. Fica perto de Morgantown. Porque não fui para WVU?
Todo mundo

quer saber isso. Eu só queria fugir, mas de alguma forma ficar perto da minha
família. E sim, eu

era... muito ocupado no colegial.”

“Não é mais?”

“Depende de quem você está perguntando.” Eu ri. “Yeah, eu não sei. Quando eu
era

um calouro, aqueles primeiros meses estando em volta de garotas mais velhas?


Eu

provavelmente coloquei mais atenção nelas no que em minhas próprias aulas.”

Ela sorriu. “Mas não agora?”

Eu concordei com a cabeça e voltei para aquilo que queria saber. “Então da onde
você

é?”

Moranguinho suspirou. “Eu sou do Texas.”

“Texas?” eu me apoiei na mesa. “Mesmo? Você não tem sotaque.”

“Eu não nasci no Texas. Minha família é originalmente de Ohio. Nós nos
mudamos para

o Texas quando eu tinha onze anos e eu realmente nunca peguei o sotaque.”


“Texas para West Virginia? Essa é uma diferença bem grande.”

Seus olhos encontraram os meus por uma fração de segundos e então ela se
levantou,

pegando os pratos. “Bem, eu vivia na parte populosa do Texas mas tirando isso,
é

praticamente a mesma coisa daqui.”

“Eu deveria limpar.” Eu comecei a me levantar. “Eu fiz uma bagunça.”

“Não.” Ela me olhou séria. “Você cozinhou, então eu limpo.”

A observando enquanto ela cuidava da louça, eu não podia deixar de pensar o


quão

íntimo isso era – eu cozinhando, ela limpando. Enquanto eu já tinha feito café da
manhã para

algumas garotas antes, nada tinha sido como isso.

E eu não tinha certeza de como processar isso.

Me virando para pegar o pão, eu tirei o papel. “O que a fez escolher aqui?”

Ela terminou de lavar a pequena frigideira que eu trouxe antes de responder a

pergunta. “Eu só queria fugir, como você.”

“Deve ser difícil então.”

“Não. Foi incrivelmente fácil tomar a decisão.”

Tinha sido? Eu não poderia me imaginar me mudando para tão longe da minha
família.

Eu tinha certeza que minha mãe me caçaria se eu tivesse feito. Eu cortei o pão ao
meio. “Você
é um enigma, Avery Morgansten.”

Ela se encostou na bancada. “Na verdade não. Mas como você fosse.”

25 West Virginia University

“Como isso?”

Ela apontou para mim e meu meio-comido pedaço de pão. “Você acabou de
comer

quatro ovos cozidos, está comendo metade de um pão e tem um abdômen que
parece que

pertence a um anúncio da Bowflex26.”

Meu sorriso era do tamanho de uma cratera. “Você andou me ‘checando’, né? No

meio dos seus infames insultos? Eu me sinto como um doce.”

Ela riu e o som era leve e doce. “Cala a boca.”

“Eu estou em fase de crescimento.”

Suas sobrancelhas levantaram e eu ri. No silêncio que se seguiu, eu me encontrei

contando a ela mais do que eu provavelmente já tinha dito a qualquer garota que
eu conheço

há anos. “Meu pai é um advogado, tem seu próprio escritório lá na cidade. Então
ele

provavelmente queria que eu fizesse direito.”

Ela continuou apoiada no balcão. “Por que você não fez?”

“Direito não é meu negócio. Minha mãe é médica, cardiologista, e antes que
você

pergunte, medicina também não era meu negócio.”


Sua mão direita foi novamente para seu bracelete, um habito de nervosismo que
eu

estava começando a perceber. “E educação física é sua ‘coisa’?”

“Futebol é minha ‘coisa’. Então, se eu posso ir para frente com um time, ajudar
seus

jogadores, então estou feliz.” Eu pausei, trocando o peso do corpo. “Ou eu


realmente gostaria

de ser técnico, talvez num time de colegial ou algo do tipo.”

Seu olhar foi para o chão enquanto ela andava para frente. O nó em meu peito

aumentou e aquela sensação ruim voltou, me contando algo que eu não queria
ouvir.

“Por que você não joga futebol?” ela perguntou.

E esse era um assunto que eu não gostaria de falar mas ela estava fazendo
perguntas e

não tinha como eu poder para-la. “É uma longa... e complicada história, mas não
é algo que eu

possa fazer agora.”

Ela estava perto da mesa, se apoiando na cadeira. “E mais tarde?”

“Mais tarde... mais tarde pode funcionar.” E isso era verdade. Se eu me


mantivesse em

forma, e continuasse treinando quem saberia? Só não era algo que eu me


permitia pensar

muito. “Então, voando de volta para p Texas para a pausa de outono ou


Thanksgiving?”

“Provavelmente não.”
“Tem outros planos?”

Avery deu de ombros e então começou a me perguntar sobre futebol. Horas se

passaram e eu tinha certeza que ela agora sabia mais sobre futebol do que
poderia. Era quase

meio dia quando me levantei. Eu não queria ir embora, mas eu tinha sugado toda
a sua

manhã.

Pegando a frigideira com uma mão e o pão com a outra, eu parei de frente para a

porta. “Então, Avery...”

Ela se apoiou no sofá. “Então, Cam...”

“O que você vai fazer na Terça a noite?”

“Eu não sei.” Uma preocupação apareceu em sua expressão. “Por que?”

“Que tal sair comigo?”

“Cam,” ela riu.

“Isso não é um não.”

“Não.”

“Bem, isso é um não.” Eu admiti.

“Sim, é.” Ela moveu do sofá, pegando a porta. “Obrigada pelos ovos.”

Eu me afastei, não comovido. “E que tão Quarta a noite?”

“Adeus Cam.”

26 Marca de aparelhos de ginástica domésticos.


Moranguinho fechou a porta, mas não antes deu ver seu sorriso e eu sabia que,
não

demoraria muito antes que ela dissesse sim.

- 8

Aparentemente eu julguei mais o tempo que iria levar.

Dias se tornaram semanas enquanto o verão finalmente passou e as folhas em


todos

os carvalhos viraram douradas e vermelhas. O céu tinha começado a ficar mais


escuro um

minuto mais cedo a cada dia e as nuvens passaram com o vento que vinha de
Potomac

anunciava que o inverno estava próximo.

Eu chamei Avery para sair pelo menos duas vezes por semana. Cada vez, ela
disse não.

Eu me tornei cada vez mais determinado. Em algum ponto no meio da aula de


astronomia,

enquanto ela tomava notas freneticamente, e eu desenhava o Chevy Impala dos

Winchesters27, eu reconheci que todo o aspecto da perseguição não estava mais


na equação.

Me virando para ela enquanto ela observava o Drage voar de um lado para o
outro na

plataforma, um sorriso apareceu em meu rosto.

Quanto mais tempo eu passava com a Avery, mas tempo eu queria passar com
ela e,

tudo que fazíamos era conversar. Passar tempo com uma garota só relaxando,
sem contato

físico era um território desconhecido para mim. Enquanto eu gostaria de ter


mais, muito mais,

eu estava contente com somente estar com ela. E isso era novidade para mim.

Todo Domingo eu aparecia em seu apartamento com ovos e algum tipo de coisa

assada nova, aprendendo rapidamente que qualquer coisa com chocolate era seu
favorito. Da

segunda vez que fui, ela estava tão feliz em me ver como da primeira vez mas
logo cortou a

encenação. E era realmente uma encenação porque o jeito como seus olhos
castanhos se

iluminavam a me ver me dizia o que ela não estava disposta a dizer verbalmente.

Ela estava sempre tensa, toda vez que estávamos juntos mas depois de algum
tempo
ela começou a relaxar e era quando a verdadeira Avery aparecia.

Professor Drage deu uma pausa em sua matéria e Moranguinho parou, torcendo
seu

pulso direito como se ela tivesse tentando tiara algo dele.

Colocando minha caneta no colo, eu nem pensei no que estava fazendo. Quando
se

tratava da Moranguinho, eu dificilmente pensava. Talvez esse fosse o problema.

Moranguinho suspirou quando eu peguei a caneta de seus dedos e coloquei sob


seu

caderno. Sua cabeça se virou bruscamente em minha direção, sobrancelha


erguida. “O que

você está fazendo?” ela perguntou com sua voz baixa.

“Nada.” Eu murmurei, virando em sua direção.

O peito de Avery levantou quando eu curvei minhas mãos em volta da sua mão
direita.

“Você está fazendo alguma coisa.”

“Shh.” Eu pressionei meus dedões na sua mão gentilmente, passando eles pela
lateral,

até seu dedo mindinho e entre ele.

Seus olhos se arregalaram enquanto vagavam de suas mão para meu rosto. “O
que... o

que você está fazendo?”

“O que parece?” eu sussurrei, movendo meus dedões sob o dedo anelar até seu
dedo
médio, seguindo o caminho dos seus ossos delicados. “Sua mão parecia que
estava com caibra.

Eu estou fazendo a minha boa ação do dia.”

“Mas...”

“Shiu.” Meus dedos corriam sob a pele entre seu dedo indicador e seu dedão e
Avery

suspirada. “Você vai nos colocar em problemas.”

Uma mancha rosa cobriu suas bochechas. “É você que está tocando em mim.”

“E é você que está fazendo barulho.”

Ela fechou sua boca bruscamente enquanto eu virava a sua mão, trabalhando na
sua

palma. Ela tomou um grande fôlego e então relaxou na cadeira, seus braços e
corpo não tão

rígidos. Eu a observei e quando ela sugou seu lábio inferior entre seus dentes fez
com que um

raio passasse direto por mim. Meu pênis pulou e eu, de repente, percebi que o
que estava

27 O carro usado pelos irmãos Winchesters em Supernatural.

fazendo não era uma boa ideia. Nada seria mais estranho do que ter uma ereção
no meio da

aula.

Mas sua pele esquentou sob a minha, suave como cetim, e David Beckham
poderia

chutar uma bola em minha cabeça e eu não seria capaz de parar.


Minhas mãos vagaram sob seu pulso, escorregando para dentro da manga de seu

suéter. Sua pele era ainda mais macia ali, uma fina veia azul formando uma linha
delicada, e eu

queria traçar essa linha com meus lábios e minha língua.

Deus, eu queria provar sua pele. Meu jeans parecia que tinha encolhido três
tamanhos

na virilha. Não tinha dúvidas que eu estava atraído por ela, mas, as vezes, como
agora, era

quase doloroso. Eu me perguntava se poderia beija-la, se alguém perceberia que


eu havia

trazido sua mão para meus lábios? Nós estávamos longe o suficiente que Drage
não tinha ideia

do que estávamos fazendo, mesmo que eu a beijasse... ou escorregasse minha


mão entre suas

lindas coxas.

Mas algo... aquela maldita sensação estranha ao longo do meu pescoço me


segurou.

Não tendo ideia de onde tinha surgido tanto autocontrole, eu me fiz colocar sua
mão para

baixo e me afastar antes que eu fizesse algo estúpido. E nesse momento, eu seria
capaz de

fazer várias coisas estúpidas. Alguns segundos se passaram antes que minha
respiração

diminuísse e eu pudesse olhar para ela.

Moranguinho estava me encarando, seus olhos uma poça de segredos. Nosso


olhar

travou e algo infinito se passou, um raio que eu podia jurar que poderia ver com
meus olhos.

Deus, eu soava como uma vagina.

“Obrigada,” ela disse, um pouco sem fôlego enquanto pegava sua caneta.

Escorregando um pouco para baixo em minha cadeira, eu abri minhas pernas,

esperando eu aliviasse a dor, mas eu imaginei que iria andar até Butcher Center
com a maior

ereção. “Avery?” eu sussurrei.

“Cam?” ela respondeu, igualmente baixo.

“Saia comigo.”

Sua garganta trabalhou, engolindo, e seus lábios se contorceram em um sorriso.

“Não.”

Encostando minha cabeça na parte de traz da cadeira, eu resmunguei.

Na Quarta, eu deveria estar na aula de ‘Princípios de Nutrição para Esportistas’,


junto

com Ollie e Jase mas eu não estava com vontade de andar até Butcher Center. Se
eu dirigisse,

eu perderia meu lugar no estacionamento e isso seria como uma puta.

E eu estava do lado de fora do Den, o que era coincidentemente no mesmo


horário

que Avery almoçava com seus amigos. Não que minha presença ali tinha algo a
ver com a
Moranguinho.

Oh, quem eu estava enganando? Eu sabia exatamente o porque minha pequena


bunda

branca estava fazendo em frente ao Den. Eu encarei a escadaria quando a porta


da loja de

livros se abriu.

“Cam!”

Eu olhei em direção ao grito estridente somente para ver Susan e Sally. Ou elas
eram

Molly e Mary? EU não tinha ideia. Elas eram iguais para mim. Uma tinha cabelo
loiro platinado

e da outra era castanho claro. Com mechas platinadas. Ambas eram bronzeadas.
Ambas

tinham corpos definidos e eu acho que pude ter saído com uma delas em alguma
época.

Ou as duas.

“Hey,” eu disse sorrindo. “O que estão fazendo?”

“Nada.” Respondeu a loirona. Ela balançou pelas escadas a cima, seguindo sua
amiga.

Foi quando eu percebi que ela era Susan, o que significava que a outra deveria
ser Sally. “Faz

tempo que não te via.”

“Há anos.” Sally continuou. “Você não esteve em nenhuma das ultimas festas.”

Isso era verdade. Faziam semanas, se não meses, que eu tinha ido a alguma das
festas
da fraternidade. Eu comecei a subir as escadas. “Tenho estado ocupado.”

Susan fez biquinho enquanto jogava seu cabelo sob seus ombros. “Isso não tem
graça.

Todos sentem sua falta.”

Eu me perguntava quem seria esse ‘todo mundo’ enquanto passava pelo balcão e
abria

uma porta dupla azul e dourada, entrando no Den. “Tenho perdido muita
diversão?”

“Muita.” Susan de alguma forma terminou na minha frete e paramos em frente


aos

sofás lotados junto a TV. Ela colocou uma mão em meu peito enquanto meu
olhar se movia

além dela, passando pelas fileiras de mesas. “Tenho certeza que podemos te
atualizar, Sally e

eu.”

“Verdade?” O topo de uma cabeça sobre apareceu em minha visão e eu


reconheci o

rapaz moreno e magro sentado em frente a ela. As meninas disseram alguma


coisa mais, mas

eu não estava prestando atenção. Me afastando, eu sorri para as garotas. “Olhe,


eu preciso

correr. Vejo vocês depois.”

Eu nem esperei por uma resposta, saindo de perto delas e cortando um grupo de

pessoas que estavam indo em direção ao sol de outono. Um grande sorriso


apareceu no rosto
de Jacob quando ele me viu. Ele disse algo para Moranguinho, e seus ombros
ficaram tensos.

Isso não era surpresa. Eu esperava isso. Toda vez que estávamos juntos,
tínhamos que

começar tudo de novo. Até eu mesmo estava admirado com minha paciência
quando se

tratava dela.

“Hey, Cameron!” Jacob disse, estranhamento animado. “Como vai?”

“Hey, Jacob, Brittany” eu me sentei ao lado de Moranguinho e cutuquei seu


braço.

“Avery.”

Ela murmurou um oi e perguntou “O que você está aprontando?”

“Oh, você sabe, o mal e o caos28.”

“Isso me lembra tanto de Harry Potter29,” Brit disse, sorrindo descaradamente.

“Preciso de uma releitura.”

Todos olharam em sua direção.

Vermelho cobriu suas bochechas enquanto ela percorria seu cabelo com sua mão.
Eu

não conhecia Brittany muito bem, mas eu sabia que tínhamos estudado na
mesma escola e

que ela era bem legal. “O que?” ela disse. “Eu não tenho vergonha de admitir
que coisas

aleatórias me lembram de Harry Potter.”


“Aquele cara ali me lembra do Snape.” Eu apontei com meu queixo para a mesa
atrás

de nós. “Então eu te entendo.”

Um sorriso agradecido surgiu no rosto de Brittany.

“De qualquer modo, o que vocês estão fazendo?” eu me virei de modo que
minha

perna pressionasse na da Moranguinho. “Brincando com M&Ms e Skittles?”

“Sim, isso e estamos estudando para a prova de história na próxima semana. Nós

temos que mapear a Europa.” Jacob explicou.

“Ouch.” Eu bati minha perna na dela.

Ela retornou o favor.

“Mas Avery, incrível Avery...” O sorriso de Jacob se espalhou enquanto o


espanto de

Moranguinho aumentava. “Ela tem nos ajudado.”

“Isso ela tem.” Brittany trocou um olhar com Jacob e meu interesse aumentou.

Jacob se inclinou para frente, apoiando sua cabeça em suas mãos. “Antes que

começássemos a estudar, eu estava falando para Avery que ela deveria usar mais
a cor verde.

Deixa ela mais sexy por causa de seu cabelo.”

28 No original “mischief and mayhem”.

29 Ela se refere ao Mapa do Maroto. Em inglês se fala a frase: “I solemnly swear


that I am up to no good”

para abri-lo. Para fechá-lo se diz: “Mischief managed”.


“Você gosta dele de verde, Cam?” Brit perguntou.

Eu não tinha percebido o que ela estava vestindo mas, eu me virei para ela,
movendo

meu olhar para o suéter verde. “A cor fica ótima nela, mas ela está bonita todo
dia.”

Moranguinho corou enquanto exalava.

“Bonita?” Brit sorriu.

“Bonita,” eu repeti, passando o joelho contra o dela de novo. “Então vocês

aprenderam algo enquanto estudavam?”

Moranguinho respondeu. “Acho que entendemos tudo.”

“Graças a você” Jacob compartilhou outro olhar com Brittany. “Avery bolou
uma

música para nos ajudar a lembrar onde os países ficam.”

“Cante para ele sua música.” Brittany a cutucou com o ombro, fazendo que ela
batesse

em mim.

“Que música?” eu perguntei.

Ela balançou a cabeça. “Não vou cantar essa música de novo.”

Jacob sorriu. “É a música da Croácia.”

O olhar de Avery poderia matar.

Eu ri. “A música da Croácia? O Que?”

“Não” ela disse “Não vou cantar novamente. Não tenho talento para isso.”
“Que tipo de talentos você tem?” eu perguntei e ela me encarou, olhos

impossivelmente grandes. “Avery?”

“Conte.” Jacob persuadiu.

Brit interrompeu. “Talentos são divertidos.”

“Eles podem ser.” Eu estava pensando sobre talentos que eu tinha que estava
mais

que disposto a compartilhar com ela enquanto inclinava minha cabeça. Tinha
apenas um ou

dois centímetros de distância entre nossas bocas, e seu olhar infiltrou em meu
sangue. “Conte-

me seus talentos, querida.”

“Querida.” Jacob murmurou, suspirando.

“Dança.” Ela disse. “Eu dançava. Eu costumava dançar.”

Curiosidade me percorreu. Quais as chances? “Que tipo de dança?”

“Eu não sei.” Ela pegou um pacote de Skittles, colocando alguns em sua palma.
“Ballet,

Jaz, Sapateado, Contemporâneo... essas coisas.”

“Não brinca?” As sobrancelhas de Jacob atiraram para cima. “Eu fiz sapateado
quando

tinha uns seis anos por um mês, então decidi que queria ser um bombeiro ou algo
do tipo.

Aquela coisa era difícil.”

Brit se intrometeu. “Eu tentei dançar e descobri que não tinha coordenação ou
graça
além de balançar a bunda. Você era boa nisso?”

Moranguinho deu de ombros, seu olhar caindo para um pedaço de doce. “Eu tive
aulas

por uns dez anos, participei de algumas competições e fiz vários recitais.”

“Então você é boa!” Brit exclamou. “Aposto que você fazia todos aqueles
movimentos

e rodopios malucos.”

Eu não podia acreditar enquanto eu a encarava. Ela era uma dançarina. Eu nunca

poderia pensar nisso porque todos os que eu conhecia giravam em confiança,


mas isso

explicava os músculos de suas pernas, aquele tipo que nunca ia embora.

“Minha irmã dança desde que ela tinha em torno de cinco.” Eu disse a ela, de
alguma

forma impressionado. “Ainda faz. Eu acho que ela mataria alguém se a fizessem
parar.”

Ela terminou os Skittles, concordando. “Dança pode ser viciante se você


realmente

gosta.”

“Ou é boa nisso.” Brit interrompeu.

Eu bati em seu ombro como meu, chamando sua atenção, Para alguém que
dançou

por tanto tempo eu estava surpreso que ela falasse disso no passado. “Por que
parou?”

Um olhar vago apareceu em seu rosto e eu sabia que, onde quer que ela
estivesse, ela
não estava aqui neste momento. Eu já tinha visto esse olhar estranho nela várias
vezes e eu

sempre perguntei aonde ela ia nesses momentos.

Finalmente, ela deu de ombros de novo e foi para os M&Ms. “Eu acho que me
cansei

disso. Sua irmã compete?”

Eu não acreditava nela. Nem um pouco. Dança estava no sangue, mas eu não a

pressionei. Não agora. “ela já viajou por todos os lugares e passou o verão na
Joffrey Ballet

School, com uma bolsa.”

“Puta merda!” sua boca caiu. “Ela deve ser realmente boa.”

Cheio de orgulho, eu sorri. “Ela é.”

Avery sorriu para mim, mas quando os minutos se passara, seu sorriso se desfez

enquanto seu olhar viajava para o pacote vazio de doces. Ela realmente não disse
muito depois

disso, não importando o que eu e seus amigos fizéssemos para coloca-la de volta
na conversa.

Algo estava acontecendo com ela e eu sabia que tinha algo a ver com aonde ela
ia quando

ficava quieta.

Quando ela se levantou para sair, eu disse tchau e a segui em direção a brisa
fresca e o

sol brilhante. Eu estava quieto enquanto íamos em direção a colina, sem ter
certeza de como
aborda-la. Eu já tinha descoberto muito sobre Avery, mas ainda tinha muito que
eu não sabia.

Ela guardava seu passado e seus pensamentos para ela.

Alguém gritou meu nome perto de Byrd Center, mas eu estava ausente enquanto

cruzávamos a rua.

Paramos perto dos bancos vazios em frente a Knutti e eu dei um longo suspiro.
“Você

está bem?”

Levantando seu queixo, ela respondeu. “Yeah, estou ótima. E você?”

Não sentindo um sorriso em meu rosto, eu concordei. “Ainda estamos


combinados

para amanhã a noite?”

“Amanhã a noite? Oh, a tarefa de astronomia. Yeah, funciona para mim.”

“Ótimo.” Eu me afastei, sabendo que eu precisava levar minha bunda para a


aula.

“Vejo você então.”

Moranguinho se virou para mim e disse. “Cam?”

O nó pulsou em meu peito. “Yeah?”

Ela brincou com seu bracelete enquanto seu olhar se afastava antes de voltar ao
meu.

“O que você estava fazendo no Den? Você normalmente não tem aula, tipo,
agora?”

Eu sorri enquanto segurei seu olhar. “Yeah, normalmente eu tenho classe agora
mas
queria ver você.”

Uma expressão assustada passou por seu rosto, e então eu vi um sorriso acender
em

seu olhar antes mesmo de tocar seus lábios. Sentindo aquele nó fazer coisas
engraçadas, eu

me movi antes que virasse e a beijasse.

Porque eu estava realmente próximo a fazer isso.

Eu cheguei do outro lado da rua antes que o assovio baixo chamasse minha
atenção.

Olhando para a esquerda, eu vi Jase encostado em uma árvore, celular na mão.


Ele deve ter

pegado sua bunda e corrido para cá do West Campus.

“Matando aula sem mim?” ele perguntou enquanto eu fazia meu caminho em sua

direção, seus olhos escondidos atrás de óculos tipo aviador. Poucas pessoas
podiam usar esses

óculos escuros sem parecer idiota. Eu não era uma dessas.

Eu dei de ombros enquanto minha atenção ia além do ombro do Jase, do outro


lado da

rua, pegando um último lampejo da Moranguinho antes que ela desaparecesse


entre as portas

de Knutti Hall.

Jase suspirou. “Você está obcecado.”

“Hum?”

Ele balançou a cabeça em direção a Knutti. “Eu não acho que você alguma vez
matou

aula para ficar com uma menina antes.”

Eu franzi. “Como você sabe que eu matei aula para ficar com a Avery?”

Suas sobrancelhas se ergueram além dos óculos. “Não sou idiota.”

“Isso está aberto para discussão.”

Jase me cortou. “Bem, vamos ver. A classe foi liberada mais cedo então eu
chego aqui

bem a tempo de ver você andando ao lado dela como um bom menininho. Eu
chamei seu

nome. Você acenou para mim e continuou andando – ou a encarando.”

Minhas sobrancelhas se ergueram enquanto eu me virava, indo em direção as


portas.

“Era você gritando meu nome?”

“Exatamente.” Ele disse dando de ombros. Ele olhou para mim, e tudo o que vi
era

meu rosto no reflexo de seus óculos. “Ela já aceitou em sair com você?”

“Nope.”

Jase balançou a cabeça. “Mano, você está tão fudido quando se trata dessa
garota.”

- 9

"Torta de maçã para você." Eu entreguei o pequeno deleite para Avery e, em


seguida,

peguei o outro para fora do saco de Mcdonalds. "E a torta de maçã para mim."
Moranguinho abiu a caixinha. "Você acha que eles usam maçãs reais?"

"Deus, eu realmente não quero saber." Eu mordi a crosta, gemendo com a


doçura.

"Ah, essa merda é tão boa."

Seus olhos pousaram em mim. "Eu juro. Cada vez que você comer alguma coisa,
você

soa como se estivesse prestes a ter um orgasmo." Ela corou quando ela disse
isso. "Ou o que

seja."

"Bem, agora você sabe como eu vou soar quando gozar."

Ela torceu o nariz quando ela pegou uma parte da crosta. "Isso é algo que eu
venho

morrendo de vontade de saber."

"Sabia."

Moranguinho riu e, em seguida, bateu a crosta em sua boca. "Você é terrível."

"Eu sou perfeito." Fixei meu olhar pelo para-brisa. Estávamos sentados no

estacionamento atrás do prédio de ciência. O azul escuro do céu foi rapidamente


voltando-se

para a noite, mas as nuvens espessas que rolavam pareciam ameaçadoras. "Nós
deveríamos

ter, provavelmente, escolhido uma noite diferente de fazer isso."

Ela pegou a embalagem, raspado todas as maçãs cortadas para ela, deixando a
crosta

inferior vazia.
"Isso é um desperdício."

Seus olhos eram quentes enquanto ela me lançou um olhar. "Você quer
desenterrá-los

para fora da embalagem e comê-los? Parece que você ainda tem mais alguns
gemidos

guardados".

"Querida, você não ouviu nada..." Fiz uma pausa, piscando para ela. "Ainda."

Ela revirou os olhos. "Mais como nunca."

“Será que a senhora protesta muito, eu penso?”

“Seu idiota.” Moranguinho riu e o som era leve. “É ‘a senhora, por acaso,
protesta

muito, eu penso30’.”

Eu a alcancei, afastando uma mecha grossa de cabelo de seu ombro. Ela não se

contorceu para longe, o que era um grande avanço. “O fato que você pode
corrigir é mais uma

prova.”

Mais uma risada surgiu de seus lábios enquanto ela limpava seus dedos. “Tanto
faz.

Pronto?”

“Nasci pronto, mas você teve que parar para comprar torta de maçã.”

“O que?” ela se virou no banco ao meu lado. “Essa foi sua ideia.”

Eu pisquei inocentemente. “Esse não é como eu me lembro dos últimos vinte

minutos.”
Ela me perfurou com um olhar seco.

“Você estava toda como ‘Eu preciso de uma tortinha de maçã’ e o que eu poderia

fazer? Eu vivo para te servir.”

Enrolando o saco, ela jogou em minha direção, mas eu a peguei. “Na verdade,
era você

dizendo algo como ‘preciso de comida na minha barriga’.”

Eu ri. “Não é assim que eu lembro dessa pequena aventura.”

Ela bateu em meu braço mas, quando a afastava, eu peguei sua mão. Seus lábios
se

afastaram enquanto eu levantava sua mão pressionando um rápido, 100% casto


beijo no

centro de sua palma. “Pronta?”

30 No original, Cam fala: “Does the lady protest too much, methinks?” e a
Avery corrige para “he lady

doth protest too much, methinks.”

Olhos arregalados, ela puxou sua mão de volta para seu peito e assentiu.
Enquanto

saíamos do carro para ir em direção ao prédio, ela estava corada. Esse lindo tom
de rosa me

fazia querer persegui-la com meus lábios, mas então ela surgiu na minha frente.

Não que eu estava reclamando.

Eu observei o lindo balançar da bunda de Avery enquanto ela subia as escanas na

minha frente e quando chegamos na cobertura, ficando de frente para o


telescópio Philips, eu
estava com as pernas bambas.

Isso estava ficando ridículo.

Tinham se passados meses desde que eu tinha me aliviado com outra coisa que
não

fossem minhas mãos e eu sabia que Jase diria para eu ir foder qualquer uma só
pelo alívio mas

eu não podia pensar em ninguém mais que não fosse a Avery.

Jase tinha estado certo ontem.

Eu estava fudido quando se tratava dela, e não do jeito que eu gostaria.

“Você tem certeza que sabe como usar esta coisa?” ela perguntou, virando a
cabeça

para o lado.

Me movendo para sua frente, eu a encarei. “O que? Você não sabe?”

“Nope.”

“Você não estava prestando atenção na aula quando Drage falou sobre isso e
sobre as

câmeras?”

Ela inclinou seu quadril enquanto cruzava seus braços. “Você estava desenhando
o

elenco de Duck Dynasty 31quando ele estava falando sobre isso.”

Eu ri, contente porque ela sabia exatamente o que eu estava fazendo quando
Drage

estava falando sobre como operar um telescópio. O que significava que


Moranguinho estava
prestando muita atenção em mim. Eu ajustei os controles. “Eu estava ouvindo.”

“Uh-hum.” Ela se aproximou bem quando o vento aumentou, passando pela

cobertura, pegando mechas de seu cabelo e jogando em seu rosto. Cristo, ela
parecia linda

parada ali. Eu balancei minha cabeça, focando no telescópio novamente, mas era
duro – eu

estava duro.

“Você é, na verdade, um artista incrível.” Ela disse.

“Eu sei.”

Ela fez um som que não era exatamente amigável.

Eu mudei o assunto. “Eu já usei um telescópio uma ou duas vezes na vida.”

“Isso é aleatório.”

“Okay. Eu o usei quando tive essa aula antes.” Eu joguei para ela uma pequena

carranca, checando o posicionamento da lente. “Meu, não sei se vamos


conseguir ver alguma

coisa antes daquelas nuvens chegarem aqui.”

“Bem, melhor você se apressar.”

“Mandona.”

Moranguinho sorriu.

“Venha aqui e vou lhe mostrar como usar isso.” Dando a ela apenas espaço
suficiente

para entrar, eu mordi o interior de minha bochecha quando seu quadril encostou
no meu,
passando fodidamente perto de onde realmente doía. “Você vai prestar atenção?”

“Não realmente.” Ela ainda estava sorrindo.

“Pelo menos você é honesta.” Eu estava realmente a fim de autotortura. Essa era
a

punica razão deu ter me inclinado para frente, enjaulando ela com meus braços.
Seu cheiro, a

mistura etérea de cerejas e amadeirado, causou que várias partes do meu corpo
se

contorceram. Eu mal percebi que ela não estava tensa. Isso era bom.

“Esse é um ToUcam Pro II da Philips.” Eu limpei minha garganta. “Isso prende


ao

telescópio. Com essa configuração você deve poder ver uma imagem limpa de
Saturno.

Pressione este botão que ele vai capturar uma imagem.”

31 Reality show. http://en.wikipedia.org/wiki/Duck_Dynasty

“Okay.” Ela colocou a lateral de seu cabelo atrás de sua orelha. “Eu não acho
que

devemos pegar uma imagem de Saturno.”

“Huh”. Mas que porra era Saturno? Tudo que conseguia pensar era o quão perto

estávamos, como eu podia sentir seu calor saindo de seu corpo. Eu nem sabia
mais o por que

estávamos na cobertura. “Hey.”

Ela virou sua cabeça, causando que fios de seu cabelo passassem por minha
bochecha.
Meu pulso se acelerou enquanto eu imaginava esse cabelo deslizando sobre
outras partes de

meu corpo. “Hey, o que?”

“Saia comigo.”

“Cale a boca.” Um sorriso apareceu enquanto ela inclinava para frente, espiando
pelo

telescópio. Seu copo esfregou novamente no meu e eu mordi um gemido. “Eu


não consigo ver

nada.”

Minha risada soou estranha. “isso é porque eu ainda não tirei a proteção da
lente.”

Ela me acertou no estômago com seu cotovelo, o que me fez rir novamente.
“Cuzão.”

Eu estava passando dos limites hoje. Eu nem sabia o porque mas eu não pude me

segurar enquanto alcançava as lentes, pressionando contra suas costas. Ela se


acalmou e sua

respiração suave entrou em mim. Eu esperei por ela se mover para longe, porque
ela poderia

se quisesse, mas ela não foi.

Eu a olhei e percebi que seus cílios encostavam em suas bochechas. “O que?”

“Teria sido mais fácil se você tivesse se movido para o lado para fazer isso.” Ela
disse,

com sua voz soando diferente, mais pesada.

“Verdade.” Eu me inclinei o suficiente para que minha boca estivesse ao lado de


sua
orelha. “Mas que graça isso teria?”

Avery tremeu e meu corpo inteiro ficou tenso. “Vá ter alguma diversão por si
mesmo.”

Ela não tinha ideia do quão frequente este era o caso. “Bem, isso não tem muita

graça.” Eu pausei, sem me mexer. “Tente novamente.”

Hesitando por um momento, ela se inclinou para frente, pressionando seus olhos
no

telescópio. Alguns segundo se passaram. “Wow.”

“Você consegue ver?”

Ela se endireitou. “Yeah, isso é realmente legal. Eu nunca tinha visto um planeta
na

minha vida. Quero dizer, tendo tempo de realmente fazer isso. É bem legal.”

“Eu também acho.” Eu peguei algumas mechas de seu cabelo, antes deles quase

atingirem meus olhos. “O que nós deveríamos estar observando?”

“Sagittarius e então Teapot Asterism e suas ligações, algo assim...” Uma gota
gelada de

chuva caiu em sua testa e ela tremeu em minha direção. “Oh, merda.”

Moranguinho guinchou enquanto outra gota descia e ela se encolheu, seus olhos

encontrando os meus. Nós estávamos prestes a ficar encharcados. Amaldiçoando


sob meu

respirar, eu peguei sua mão, puxando ela através da cobertura. Nós estávamos
quase em terra

firme quando o céu desabou, chuva gelada nos acertando.


“Meu Deus.” Ela tremeu. “Está malditamente gelada.”

Rindo, eu parei e me virei, puxando ela contra meu peito. Teve um pequeno
segundo

onde seus olhos encontraram os meus enquanto a chuva caía. Meu sorriso foi
meu único

aviso.

Eu passei um braço atrás de sua cintura fina enquanto a levantava, a jogando sob
meu

ombro. Seu grito de surpresa me fez rir, e essa pressão tipo um balão – era o
único jeito que

eu sabia explicar – expandiu no meu peito e isso me fez sentir bem, como se eu
tivesse

marcado um gol.

“Você estava correndo muito devagar.”

Seus dedos cravaram na parte de trás de meu suéter. “Ponha-me no chão, seu
filho

da...”

“Se segura!” eu passei meu braço sobre seu quadril e corri.

Escorregando nas poças fundas, nós quase comemos cimento enquanto eu corria

através da cobertura. As palavras que estavam saindo de sua boca diretamente


para mim

teriam queimado orelhas de soldados.

Eu parei bruscamente, abrindo a porta, me curvando enquanto escapávamos da


chuva.
Me virando para que ela não estivesse encarando a parede, eu a coloquei no
chão.

Um raio passou diretamente por mim enquanto ela deslizava sob minha frente.

Minhas mãos apertaram em seu quadril e ela inclinou sua cabeça para trás. Seus
olhos

escureceram para um marrom chocolate e meu cérebro disparou quando eu, de


algum jeito, a

trouxe mais pra perto. Eu sabia que ela podia sentir minha excitação e,
considerando que nós

nem tínhamos nos beijado, algo que parecia errado, mas eu não podia deixa-la ir.

Suas mão pressionaram contra meu peito e eu pensei que ela iria me afastar e eu
jurei

a Deus naquele momento que, não importava o quão difícil fosse, eu iria deixa-la
ir se esse

fosse o caso.

Mas não foi.

As mãos da Avery estavam achatadas contra meu peito, em cima do meu


coração, e

ela deve ter sentido isso.

Minhas mãos se moveram por sua conta, curvando contra sua cintura e então sob
seu

braço, até sua garganta e então em sua bochecha. Ela suspirou quando meus
dedos

acariciaram seu rosto, pegando o cabelo que estava preso em sua teste. Eu
coloquei essa
mecha atrás de sua orelha, minhas mãos tremendo.

“Você está ensopada.”

“Tanto quanto você.”

Eu alisei meu dedão sob a lateral de sua bochecha. “Acho que teremos que tentar

novamente outra noite.”

“Yeah,” ela sussurrou enquanto seus olhos se fechavam, e então, abriam


novamente.

“Acho que nós deveríamos ter olhado a previsão do tempo antes de sair.”
Quando ela

sorriu, eu movi meu quadril em resposta. Seu corpo estremeceu de um jeito


inimaginável e

seus cílios abaixaram. Seus lábios se abriram ainda mais e eu não queria deixar
ela ir. Ela era

tão boa tão perto.

Seu peito se mexeu em pequenos e curtos suspiros enquanto eu abaixava a


cabeça,

querendo e precisando beija-la. Só uma vez. Era tudo o que queria. Meus olhos
começaram a

se fechar.

Avery se afastou bruscamente, pressionando uma mão no seu peito. “Eu acho
que...

devemos acabar essa noite.”

Por um momento eu não puder me mover e então me inclinei para trás, apoiando

minha cabeça na parede. Precisou de alguns momentos antes que eu pudesse


falar. “Yeah,

devemos.”

A viagem para fora do prédio e de volta ao apartamento não foi fácil. Eu ainda
estava

tensionado como um arco. Nada parecia conseguir aliviar. Eu tentei recitar o


alfabeto ao

contrário, tentei pensar a senhora que vivia em um prédio próximo que, algumas
vezes, saia

para passear com seu cachorro em um vestido de noite branco. A visão não era
bonita, mas

ainda assim não funcionou.

Ainda estava chovendo quando estacionei sobre o toldo. Eu balancei minha


cabeça,

jogando agua em todos os lugares. Avery parou na base da escadaria que levava
para nossos

apartamentos e eu pensei que ainda fosse por causa da agua que eu tinha
espirrado nela.

Estava prestes a me desculpar quando ela se virou, seu rosto pálido enquanto me
encarava.

Um tipo bem diferente de dor se formou em meu peito, apertando aquele nó,
quando

vi confusão e medo em seu olhar. Medo. EU não entendia isso. Eu tinha feito
isso a ela? Não.

Eu não podia acreditar nisso. Não do jeito que ela reagia a mim. Eu tinha visto
isso em seus
olhos. Ela tinha querido que eu a beijasse, provavelmente tanto quanto eu queria
beija-la, mas

ainda assim ela tinha se afastado... o porque eu não sabia.

Passei minha mão pelo cabelo, o tirando da testa. “Saia comigo.”

“Não.” Ela sussurrou.

Eu sorri levemente e seu peito abaixou, seus ombros relaxaram, como se ela
precisasse

ouvir isso. “Sempre tem o amanhã.”

Ela me seguiu pelas escadas. “Amanhã nada vai ser diferente.”

“Vamos ver.”

“Não tem nada para se ver. Você está perdendo seu tempo.”

“Quando se trata de você, nunca é perda de tempo.”

E essa era a porcaria da verdade.

- 10

Quarta, antes da pausa de outono, eu pulei a aula de nutrição novamente e


procurei

por Avery, a encontrando onde ela sempre ficava nesse horário: no Den, junto de
Brittany e

Jacob. E foi uma boa coisa que eu tinha ido. Eu tinha descoberto três coisas
importantes.

Moranguinho havia falado de mim para seus amigos, porque eles sabiam que eu
vinha

pedindo para ela sair comigo. Ponto.


E ela também havia me comparado a um serial killer.

Não que eu estava ofendido, mas não era todo mundo que um dia se descobria

mencionado na mesma frase que Ted Bundy32.

Mas seus amigos eram a favor de um encontro. Eu totalmente gostava deles.

“De qualquer maneira,” Brittany estava dizendo, seus olhos brilhando com uma

diversão enquanto ela encarava uma Avery totalmente vermelha. “Isso não é
sobre mim e

meu vasto conhecimento em serial killers. Eu posso impressionar você depois


com isso. Isso é

sobre você, Avery. Esse bom e jovem cavalheiro, que não é um serial killer, está
chamando

você para sair. Você é solteira. Você é jovem. Deveria dizer sim.”

“Oh meu Deus.” Ela gemeu, colocando suas mãos contra seu rosto. “Não está na
hora

de vocês todos irem embora, não?”

Eu ri profundamente. “Saia comigo, Avery.”

Ela se virou para mim, com um olhar assustado. “Não.”

“Viu?” eu perguntei para Brittany e Jacob. “Continua me rejeitando.”

Jacob parecia estar de boca aberta. “Você é uma idiota, Avery.”

“Que seja.” Ela se levantou, pegando sua bolsa. “Estou indo para aula.”

“Nós te amamos!” Jacob gritou.

Ela murmurou, “Uh-hum.” Mas parou para dizer tchau. A pausa de outono
começava
amanhã e eles iriam para casa. EU ainda estava surpreso que Avery ficaria aqui.
Viajar para o

Texas serial corrido para uma viagem de quatro dias, mas ela poderia ter ido para
casa de

algum deles. Para falar a verdade, eu não gostava da ideia dela ficando sozinha
aqui.

EU esperei enquanto ela se despedia deles e então a segui pelo Den. Ela levantou
uma

sobrancelha pra mim. “Me seguindo?”

“Como um verdadeiro serial killer.” Eu respondi.

“Você sabe que não estávamos falando sério, certo? E me desculpa por dizer a
eles

sobre isso. Eles simplesmente começaram a me perguntar sobre você e a


próxima coisa que

sabia...”

“Tudo bem.” Eu passei meu braço sobre seus ombros, a guiando para o
aglomerado de

árvores do lado de fora do prédio. Estava gelado e ela estremeceu, se


pressionando mais

perto, tendo ela percebido ou não. “Eu não ligo.”

“Você não liga?”

Eu balancei a cabeça. Talvez isso tivesse que me incomodar, que tinha uma
audiência

na minha rejeição repetida, mas só não incomodava. Eu olhei para ela e sorri.
Sua atenção
estava focada em uma das vans azuis que sempre estavam pelo campus.

“Uh-oh.” Eu murmurei.

“O que?” ela olhou para mim

Eu abaixei meu braço, pegando uma mecha de cabelo que tinha voado, cruzando
seu

rosto e colocando atrás de sua orelha. Desde aquela noite na cobertura do Byrd,
eu

aproveitava cada oportunidade para toca-la e ela deixava. “Você está pensando.”

“Estou.”

“Sobre?”

32 Um dos maiores serial killers norte americanos.


http://en.wikipedia.org/wiki/Ted_Bundy

“Nada importante.” Ela sorriu vagamente. Não era um grande sorriso, mas ela
estava

sorrindo mais. “Está indo pra casa esse final de semana?”

“Estou.” Me movi mais perto dela, pegando seu cabelo e separando em duas
partes.

Eu sorri pensando que ela ficava linda desse jeito. “Estou indo amanhã de manhã
bem cedo.

Não estarei voltando até domingo a coite. Então, sem ovos para você essa
semana.”

“Boo.” Seu rosto caiu um pouco.

“Não chore muito sobre isso.” Eu penteei a ponta de seu cabelo contra sua
bochecha e
tentei de novo ver se ela iria fazer algo esse final de semana em vez de ficar
sozinha. “Você vai

aceitar a oferta da Brit e ir com ela para casa?”

Ela balançou negativamente a cabeça. “Só vou ficar por aqui e me atualizar em
minha

leitura.”

“Nerd.”

“Idiota.”

Eu sorri enquanto espalhava seu cabelo sobre seus ombros. “Sabe o que?”

“O que?”

Tomando um grande fôlego, eu dei um passo para trás enfiando minhas mãos no

bolso. “Você deveria sair comigo essa noite já que estarei fora o final de semana
todo.”

Ela riu. “Eu não vou sair com você.”

“Então passe um tempo comigo.”

Sua sobrancelha levantou. “Como isso é diferente de sair com você?”

“Como eu perguntar sobre você passar um tempo comigo essa noite é diferente
sobre

passarmos tempo juntos no domingo?”

O nó entre suas sobrancelhas começou a desaparecer. “O que você quer fazer?”

Eu dei de ombros casualmente, mas meu coração estava batendo como uma
bateria.

“Pedir alguma comida e assistir um filme.”


Ela trocou o peso do corpo de apoio. “Isso soa como um encontro.”

“Isso não é um encontro comigo, querida.” Eu ri. “Eu iria leva-la para sair, em
público.

Isso é apenas dois amigos passando um tempo juntos, vendo um filme e


comendo comida.”

Seus lábios formaram uma linha reta enquanto ela olhava para longe. Alguns

momentos se passaram e eu me preparei para mais uma rejeição. Por alguma


razão, se ela

dissesse não para isso, iria machucar mais que as outras vezes. EU não sabia o
porque, mas se

eu não pudesse convencê-la a isso, eu iria realmente pensar no que eu estava


fazendo.

Moranguinho sorriu. “Yeah, claro. Venha.”

Puta merda. Ela disse sim? Eu tive que me forçar a ficar calmo porque eu estava

prestes a socar o céu ou algo do tipo. “Wow. Se acalme antes que fique muito
excitada.”

“Eu estou excitada.” Ela alegremente empurrou meu ombro. “Quando você
estará

vindo?”

“Que tal as sete?”

Ela sorriu enquanto brincava com seu bracelete. “Tudo bem por mim. Vejo você

então.”

EU a deixei chegar na calçada antes que pudesse para-la. “Avery?”

“Yeah?” ela respondeu, se virando.


Meus lábios se curvaram para cima, um raio de nervosismo passando por mim.
“Vejo

você hoje a noite.”

“Você está passando muito tempo com essa garota.”

“Whoa!” Eu sai do chuveiro, totalmente pelado, para encontrar Ollie parado na


porta

do banheiro. “Mas que porra cara?”

“O que?” ele deu de ombros. “Nada que eu já não tenha visto antes.”

Balançando minha cabeça, eu peguei uma toalha e enrolei no meu quadril. “Mas
que

porra você está reclamando? E isso pode esperar? Eu tenho coisas para fazer.”
Mais

precisamente pegar o jantar e filmes.

Ollie me seguiu para meu quarto. “Eu estava pensando na Avery. Você tem
passado

muito tempo com ela.”

Eu não respondi enquanto pegava uma calça jeans, abotoando e então deixando
cair a

toalha.

“Vai deixar ele livre hoje a noite?” Ollie riu enquanto esmagava sua mão no
batente da

porta. “Planejando em transar?”

Eu atirei a ele um olhar sombrio enquanto me virava e pegava uma camiseta.


“Você
não tem nada melhor pra fazer?”

Ele se inclinou para frente, esticando seus braços. Seu cabelo caiu para frente,

protegendo a maior parte de seu rosto. “Nope. Nada nesse momento.”

“Ótimo.” Eu coloquei a camiseta.

“Steve irá dar uma festa hoje a noite. Você vai?”

“Não.”

“Claro que não.”

Eu levantei uma sobrancelha enquanto o tirei do caminho, indo para a sala para
pegar

meu tênis. “Se você não está surpreso, por que perguntou?”

Ollie deu de ombros. “Você costumava ir a todas as festas.”

Sorrindo, eu coloquei meu tênis e o amarrei. Essa parte era verdade. Tanto
quanto o

fato que minha cara tinha ficado fora disso desde Agosto. “Eu vou na festa de
Halloween. Não

vou perder essa.”

“Uh-huh.” Ollie se jogou no sofá.

Eu o olhei por um momento e então balancei minha cabeça enquanto pegava


alguns

filmes do rack. Algumas vezes me perguntava se Ollie sabia sobre o que ele
estava falando.

“Cam?”

“Yeah?”
Ele deixou sua cabeça cair para trás e sorriu. “Eu acho que é bem legal que você
está

passando seu tempo com a Avery. Ela é bem legal. Gosto dela.”

“Obrigado.” No momento que essas palavras saíram da minha boca, eu não tinha
ideia

do porque as tinha dito. Minhas bochechas se esquentaram enquanto Ollie ria.


“Vá se foder.”

A risada de Ollie me seguiu enquanto saia no corredor em direção ao meu carro.

Obrigado? Isso nem fazia sentido. O que eu estava agradecendo ele? Mas
enquanto eu ia em

direção ao restaurante chinês mais próximo pedir o favorito de Avery – Camarão


Empanado –

eu percebi que eu me sentia grato. A coisa mais estranha, porque tudo que
Moranguinho tinha

feito era dizer sim para passar um tempo comigo, e eu sabia que ela não deixava
as pessoas se

aproximarem dela. Isso... isso era um grande passo para ela.

Avery era um mistério para mim, um paradoxo entre inocência e encantamento –


um

mistério que eu estava determinado a resolver.

- 11

“Vamos com Resident Evil”, Avery disse enquanto ela estava em pé perto do
balcão,

pegando alguns camarões empanados. Seu cabelo caia solto em ondas até o meio
de suas
costas. Ela estava vestida bem simples, uma calça de ginástica e uma camiseta
larga, que

escorregava sob um ombro, revelando um pedaço de uma pele dourada macia, e


uma fina tira.

A menina não tinha ideia do quão bem ela ficava assim e eu tive a urgência de
me

mover para perto dela. Quando eu tinha andado perto dela na cozinha antes, ela
tinha reagido

estranho, ficando tensa e empalidecendo.

“A garota dos meus sonhos.” Eu respondi pegando dois DVDs e os levando para
a sala.

“Zumbis comandam33.”

Um brilho repentino me alertou de sua presença. “O que você quer beber?” ela

perguntou.

Eu olhei por cima de meu ombro. “Você tem leite?”

Seu nariz enrugou. “Você quer isso com comida chinesa?”

“Preciso de meu cálcio.”

Ela fez uma carena e desapareceu na cozinha, retornando com um copo de leite e
uma

lata de refrigerante. “Isso é meio nojento, você sabe?” ela sentou, enfiando suas
pernas em

baixo de si mesma. “Combinação estranha.”

“Você já experimentou?” eu sentei, encarando o controle remoto.

“Não.”
“Então como você sabe que é nojento?”

“Eu vou com a suposição que é.” Ela pegou seu prato, enviando-me um grade
sorriso.

“Antes do final do ano eu terei que fazer você provar leite com comida chinesa.”

A expressão em seu rosto dizia algo como ‘nem por cima do meu cadáver’, e eu
ri.

Quando Resident Evil começou, nos atacamos nosso jantar e passamos mais
tempo discutindo

como uma mulher em um apocalipse zumbi conseguia ser tão atraente. Quando
Alice

enfrentou os Dobermanns zumbis, eu peguei nossos pratos e os levei para a


cozinha. Enquanto

estava lá, peguei outro copo de leite e uma lata de refrigerante para ela.

“Obrigada” ela disse, sorrindo enquanto colocava a lata na mesinha.

Eu me sentei mais perto dela. “Vivo para te servir.”

Moranguinho riu e nós continuamos a comentar o filme e sua sequência. Em um

ponto, seu celular tocou. Meu olhar se moveu para a tela em seu iPhone onde
dizia ‘Chamada

Não Identificada’.

“Não vai atender?” eu perguntei.

Ela rapidamente se inclinou para frente, pegando o telefone e desligando o som.

Parecia meio estranho como ela ficou tensa quando ela viu isso. “Acho que é
indelicado

atender o telefone quando você tem companhia.”


Tudo que estávamos fazendo era criticar de mais o filme. “Eu não me importo.”

Moranguinho se sentou novamente, roendo sua unha do dedão enquanto voltava


sua

atenção para a TV. Pensando nisso, eu não me lembrava de ter visto ela no
celular, não antes

das aulas ou ao redor do campus. Maioria das garotas tinha seu celular colado a
suas mãos e

ao lado de seus rostos. Ela disse que não era popular na escola e era obvio que
ela não era

próxima a sua família, mas...

Bem, tinha algo estranho nisso mas eu não sabia o que.

Minutos se passaram e ela ainda estava roendo suas unhas, algo que eu nunca
tinha

visto ela fazer a não ser agora. Eu me inclinei, pegando seu pulso com minha
mão.

Seu queixo levantou e seu olhar foi para a minha mão. “O que?”

33 No original “for the win”, também conhecido como “FTW”.

“Você tem mordido suas unhas pelos últimos dez minutos.” Eu abaixei seu braço
para

sua coxa, mas deixando minha mão em volta de seu pulso. Meus dedos
conseguiam se

encontrar. Isso era o quão pequeno seu pulso era. “O que foi?”

“Nada,” ela inalou bruscamente. “Estou assistindo o filme.”

“Eu não acho que você está realmente vendo o filme.” Nosso olhar se encontrou.
“O
que está acontecendo?”

Ela puxou sua mão livre, e eu deixei. Relutantemente. “Nada está acontecendo.
Volte

para o filme.”

“Uh-huh.” Eu deixei o assunto, sabendo que forçar a Moranguinho não me


levava a

nada.

Ela ficou quieta, e eu olhei as horas no relógio digital abaixo do DVD. Era bem
depois

das 10 e eu esperava que ela me expulsasse a qualquer minuto agora, mas


quando me virei no

sofá, atirando meu braço direito atrás, o lado esquerdo todo dela acabou do meu
lado.

Eu congelei e eu acreditava que meu correção literalmente tinha parado


enquanto eu

esperei ela se contorcer de volta ao seu lugar, mantendo a distância obrigatória


de seu espaço

pessoal.

Mas ela não o fez.

Puta merda, ela não o fez.

Quando não houve resposta, eu determinei que ela, de fato, havia dormido em
cima

de mim. Tinha um grande inchaço em meu peito, maior e mais apertado que
qualquer nó que
aparecia do nada quando eu estava perto dela. E a merda mais estranha
aconteceu quando

olhei para baixo, para ela. Partes de meu corpo enrijeceram por nossa
proximidade, mas meu

interior derreteu como manteiga no sol.

Você está tão fudido quando se trata dessa garota.

Essas palavras continuavam vindo para mim, de tempos em tempos. Talvez eu


era

fudido, mas eu não trocaria esse momento por nada. Cuidadosamente, para que
eu não a

acordasse, eu tirei meu braço da parte de trás do sofá e gentilmente a guiei para
baixo para

que sua cabeça descansasse na minha coxa.

E algo não muito para norte aumentou. Talvez isso não fosse a melhor das ideias,

porque era muito tentador ter ela tão perto, mas isso... bem, parecia certo em um
sentido que

nunca pareceu com nenhuma outra garota.

Meu peito deu uma guinada enquanto Moranguinho se aconchegava, dobrando


suas

mãos em baixo do seu queixo. Eu a observei por um momento, absorvendo a


linha suave de

sua mandíbula, a curva de sua bochecha e aqueles lábios rosados.

Merda, eu estava fodido em todos os sentidos certos.

Eu tentei prestar atenção no resto do filme, mas eu nem tinha percebido quando
ele
terminou e o canal regular voltou. Meus olhos estavam na Avery mais uma vez.
Eu nem tinha

certeza que minha atenção tinha saído dela.

Eu pensei que o cômodo estava gelado, então eu puxei a manta marrom e verde
de

patchwork da parte de trás do sofá e coloquei sob seu corpo. A grande proporção
de pele

exposta no seu ombro chamou minha atenção. Sua camiseta tinha escorregado
para baixo do

seu braço direito e não tinha nada a não ser aquela tira fina.

O brilho suave de sua pele me hipnotizou e eu estava totalmente perdido em


resistir.

Abaixando minha mão, minha respiração presa enquanto eu tocava a elegante


curva de seu

ombro.

Avery murmurou em seu sono e se mexeu um pouco, mas ela não acordou.

Provavelmente não era legal continuar tocando nela, mas eu arrastei a ponta dos
meus dedos

para baixo em seu braço, sentindo a sensação de sua pele. Parando na borda de
sua camiseta,

fiz meu caminho para cima, até a macia pele de sua bochecha.

Eu estava aliviado que ela continuava dormindo porque o pensamento dela


sabendo o

quanto minhas mão tremiam provavelmente seria embaraçoso pra caramba.


Outras coisas
estavam tremendo também, como se eu nuca tivesse tocado em uma garota
antes.

Avery... merda, ela me desfez completamente.

Deixando minha cabeça cair para trás contra o sofá, eu fechei meus olhos e
engoli mais

forte quando encostei minha mão na curva de seu quadril. Eu poderia contar com
dois dedos

quantas vezes eu tinha passado noites assim com garotas bonitas dormindo
enroladas em

mim, quando eu estava feliz por estar somente ali com ela. Parte de meu cérebro
estava me

dizendo que tinha uma palavra para isso, mas isso soava tão louco que eu ignorei
essa parte.

“Não.” Ela murmurou e meus olhos voaram abertos. Sua sobrancelha enrugou,
mas ela

parecia ainda estar dormindo. “Não é por isso que estou aqui...”

Eu inclinei minha cabeça para o lado, tenteando ouvir melhor o que ela dizia,
mas

somente entendi ‘desculpa’ antes que ela se enrijecesse.

Meu coração estava disparado enquanto eu absorvia essas palavras. Elas não
faziam

sentido e provavelmente não queriam dizer nada mas uma bola dentro de mim.

Tempo passou e eu ainda não tinha dormido, não realmente. Eu estava perdido
entre

meio acordado e meio ausente. Mas eu sabia o momento que ela acordou. Seu
corpo

enrijeceu e ela deu um grande suspiro. Alguns momentos se passaram e ela não
se moveu ou

falou. Eu cortaria meu dedão fora para saber o que ela estava pensando.

Moranguinho vagarosamente virou em suas costas, me surpreendendo e não


deixando

tempo para reação. Minha mão escorregou de seu quadril indo parar abaixo de
sua barriga,

dedos tocando na beirada de sua calça. Deus sabia que eu deveria ter tirado
minha mão, mas

eu não o fiz.

Minha mão tinha uma mente própria e fez algo totalmente por sua conta. Meu
dedão

se moveu vagarosamente, em movimentos circulares, logo abaixo de seu cós. Eu


a observei

sob meus cílios, quase gemendo quando ela sugou seu lábio inferior. Então meu
olhar foi pra

cima e eu poderia ver seus mamilos endurecidos, empurrando pelo material fino.
Eu estava

duro de novo. Nenhuma surpresa ai.

Eu virei minha cabeça para o lado, um meio sorriso se formando enquanto ela
inalava

fortemente. Eu pressionei minha mandíbula quando ela pressionou sua cabeça


para trás na

minha coxa, chegando perto de minha ereção.


“Cam.”

Eu abri meus olhos. “Avery?”

“Você não está dormindo.” Ela disse, em uma voz meio grogue mas totalmente
sexy.

“Você estava.” Eu virei minha cabeça para o lado. “e eu estava dormindo.”


Mentira

total, mas eu duvidava que ela ficaria feliz sabendo que eu fiquei sentado lá o
tempo todo a

observando.

Ela umedeceu seus lábios, e porra, como eu queria me abaixar e pegar a ponta
daquela

língua. “Me sinto mal por ter dormido em você.”

“Eu não.”

Suas bochechas coraram. “Que horas são?”

“Depois da meia noite” eu disse encarando seus lábios.

“Você nem olhou para o relógio.”

“Eu só sei essas coisas.”

“Sério?” ela sussurrou.

“Sim.”

“Esse é um talento incrível.” Sua mão se curvou em uma bola suave em suas
pernas.

“Que horas você vai sair de manhã?”

“Você vai sentir minha falta?”


Ela fez uma carena, mas seus olhos brilharam em minha direção. “Não foi isso
que

perguntei. Só estava curiosa.”

“Eu disse a meus pais que estaria em casa para o almoço.” Usando minha outra
mão,

eu tirei alguns fios de seu cabelo que estavam em seu rosto e deixei minha mão
no topo de sua

cabeça.

“Então eu, provavelmente, tenho que sair entre oito ou nove.”

“Isso é cedo.”

“É.” Quando seus olhos se fecharam, eu queria beija-la. “Mas o caminho é


tranquilo.”

“E você não vai voltar até domingo de noite?”

“Certo.” Eu tomei um grande fôlego. “Você tem certeza que não vai sentir a
minha

falta?”

Ela sorriu, mas com ansiedade. “Isso vai ser como férias para mim.”

Eu ri. “Isso é totalmente rude.”

“Não foi?”

“Mas eu sei que você está mentindo.”

“Você sabe?”

“Yep.” Eu movi minha mão, gentilmente tocando sua bochecha. Seus olhos se
abrindo
bruscamente e eu sorri para baixo, para ela. “Você vai sentir minha falta, mas
você não vai

admitir.”

Moranguinho estava quieta enquanto eu passava meus dedos sob sua mandíbula
até

seu queixo, chegando perto de seu lábio inferior. “Eu vou sentir sua falta.”

“Mesmo?”

“Yeah.”

Seus olhos se fecharam enquanto ela relaxava contra mim mais uma vez. Eu
continuei

a traçar o caminho entre sua bochecha e seu lábio, assombrado pelo que ela tinha
dito em seu

sonho. “Você fala dormindo.”

Seus olhos se abriram e eu jurei que ela empalideceu. “Eu falo?”

Eu concordei.

“Você está brincando comigo? Porque eu juro a Deus que se estiver, eu vou te

machucar.”

Aquela sensação estava de volta e eu não sabia o porque. “Eu não estou
brincando

com você, querida.”

Ela se levantou, se virando no sofá para me encarar. “O que eu disse?”

“Nada, na verdade.”

“Sério?” sua expressão era tão tensa e séria que eu gostaria de não ter dito nada.
Eu inclinei para frente, passando a mão em meu rosto. “Você só estava
murmurando

alguma coisa. Eu não pude entender o que estava dizendo.” Eu olhei para ela.
“Isso foi meio

fofo.”

Ela segurou meu olhar, parecendo acreditar no que disse antes de olhar para o
relógio.

“Puta merda, você é muito ruim na sua habilidade de saber as horas.”

Eu dei de ombros. EU sabia que já se passavam das três da manhã. “Eu acho que
devo

ir para casa.”

Ela abriu sua boca, fechou e então abriu de novo. “Cuidado quando for dirigir.”

Levantando, eu estiquei minhas costas. “Terei.” E, antes que ela pudesse


endoidar, eu

me inclinei e a beijei na testa. “Boa noite. Avery.”

Seus olhos estavam fechados, mãos juntas em seu peito. Quando ela falou,
parecia

que ela estava rezando, sussurrando. “Boa noite, Cam.”

Eu fui em direção a porta antes que ela tivesse se encolhido, mais apertando a
parte

de trás do sofá. “Cam?”

Meu coração batia ferozmente quando parei. “Sim?”

Ela deu um grande suspiro e aquela expressão sincera estava de volta. “Eu tive
uma
boa noite hoje.”

Eu sorri e estava impressionado em ver seus lábios fazerem o mesmo. “Eu sei.”
Eu abri

a porta, parando no meio do caminho enquanto me virava para ela. Ela ainda
estava ali,

ajoelhada no sofá, me esperando. “Te vejo na Segunda.”

“Okay.”

Eu não queria ir. “Cedo e claro.”

Seu sorriso chegou a seus olhos, os iluminando. “Combinado.”

E pela primeira vez no que pareceu uma eternidade, eu não queria ir para casa.
Eu

queria ficar ali. Tive que me forçar pela porta a fora.

- 12

Jase me chocou com uma mensagem antes deu sair da cidade perguntando se ele

poderia ir junto. Ele indo para casa comigo não era nenhuma surpresa, mas eu
achava que

nesse feriado de quatro dias, ele estaria na fazenda.

Ele estava esperando por mim na casa onde ficava quando ele não estava na
fazenda –

uma casa de fraternidade não muito longe do campus. Eu já passei várias noites
lá, nenhuma

recente, desmaiado em algum dos quartos distribuídos pelos três andares.

Entrando no carro, Jase bateu suas mãos juntas, as esfregando. “Deus, está
ficando
realmente frio.”

“Verdade.” Eu tirei meu carro da garagem e virei, fazendo uma curva brusca em
U.

“Você não está passando tempo...?”

Ele passou uma mão por seu cabelo, deixando ele desajeitado. “Tem um boné
extra?”

“Só o que está na minha cabeça. Você quer?”

“Não.” Deslizando no acento, ele deu de ombros em quando balançava o cabelo.


“Eles

decidiram ir para Pensilvânia para visitar alguns primos ou algo.”

Eu dei uma olhada nele enquanto entrava na estrada principal, indo para a

interestadual. “E você não quis ir?”

“Nah.”

Definitivamente tinha algo por traz disso, porque não tinha como Jase dispensar
passar

esse tempo todo com Jack mas, se eu sabia algo sobre Jase, ele só falava dessas
merdas

quando ele estivesse pronto.

No meio do caminho, Jase desmaiou e só acordou quando eu fiz uma curva


fechava a

direita na entrada que levava a casa de meus pais. Raios de sol cortavam pelas
árvores,

lançando rotas de luz no meio do caminho. Quando éramos crianças, minha irmã
e eu
brincávamos de esconde-esconde nessa mata.

Eu segui pela entrada de carros para a parte de trás da casa, estacionando perto
da

garagem que eu ajudei meu pai a construir durante minha, uh, longa estadia.

A casa estava silenciosa e aquecida quando entramos pelo pátio de traz. Tinha
um leve

cheiro de abóboras no ar e eu sorri. Minha mãe deve ter cozinhado. Era logo o
começo da

tarde e nem meus pais nem minha irmã estariam em casa por um tempo.

Jase e eu comemos a recém assada torta de abóbora junto com uma cerveja. Ele
tinha

um olhar apreensivo em seu rosto e quando ele desapareceu no andar de cima,


indo para o

quarto de hospedes que ele normalmente ficava, eu o deixei quieto e fui para
meu antigo

quarto.

Minha mãe tinha deixado exatamente igual a quando eu ainda morava aqui,
somente

mais organizado. A mesma cama estava colocada contra a parede, no meio do


quarto. Troféus

alinhados nas prateleiras que meu pai tinha instalado na parede. A TV na


cômoda e a mesa

que eu raramente usava não tinham nem um pouco de poeira.

Eu sorri enquanto seguia para a cama, tirando meu tênis. Havia tido um tempo,
logo
após o incidente com o ex namorado de Teresa, que eu havia odiado essas quatro
paredes. Eu

havia odiado essa casa, essa cidade, esse estado e eu mesmo.

Me jogando na cama, eu me estiquei e fechei os olhos. As coisas estavam...


diferentes

agora, melhores. O único problema em voltar para casa é que era impossível não
pensar o que

aconteceu aqui há quase três anos atrás, naquela manhã de Thanksgiving,


quando Teresa

finalmente nos disse a verdade. O tipo de raiva que se espalhou por mim era algo
que eu

nunca havia experimentado antes, somente lido sobre.

Raiva assassina. Realmente existia e era como provar sangue na sua boca. E
aquela

raiva não tinha diminuído nas horas seguintes em que eu descobri a verdade,
nem quando eu

descobre onde aquele idiota morava e retornado o favor com meus punhos.
Depois, aquela

raiva tinha se embrulhado em algo inimaginável e tinha me consumido como um


câncer.

Desde aquele dia eu tinha desejado ter feito algo diferente naquela noite, mas
ainda

havia aquele pedaço de arrependimento em minhas veias. O juiz, o advogado, o


serviço

comunitário e as reuniões semanais não tinham feito nada para mudar isso mas,
quando eu
pensava na Avery, eu desejava que me sentisse assim. Eu duvidava que ela ainda
iria querer

ficar ao meu lado se soubesse de tudo.

Minha mãe dava os melhores abraços.

Tinha um brilho em seu olhar e ela deu um passo para trás, segurando meus
ombros.

Ainda vestida em seu jaleco de laboratório, ela tinha vindo para casa direto da
cirurgia. “Eu vi

que você achou a torta que eu deixei para você.”

“Eu tive ajuda.”

Seu sorriso aumentou. “Jase está aqui?”

Eu assenti enquanto me apoiava no balcão. “Ele está lá em cima, dormindo.”

Ela arrumou alguns fios de cabelo que haviam se soltado de seu coque. “bem,
tenho

certeza que alguém vai estar animada em saber que você trouxe ele com você.”

Minhas sobrancelhas levantaram enquanto eu gemi. “Por favor não me diga que
ela

ainda está apaixonada pelo Jase.”

Mãe riu enquanto, gentilmente, dava de ombros, retirando seu casacão,


colocando ele

no encosto da cadeira. “Eu acho que ‘apaixonada’ é a palavra errada nesse caso.”

Revirando meus olhos, eu gemi. Quando tinha ficado confinado em casa, Jase
tinha

passado a maior parte do seu tempo livre aqui, tirando minha cabeça de minha
bunda. E

Teresa tinha passado cada segundo possível nos espionando e perseguindo Jase.

Mãe foi em direção a cafeteira, pegando uma jarra vazia. “Jase é realmente um
bom

menino. Eu acho...”

“Nem pense em ir nessa direção.” Eu avisei, dobrando meus braços. Jase era um
bom

rapaz – um ótimo rapaz, mas com uma merda de bagagem e vários corações
partidos, que não

chegaria a 10 metros da minha irmã mais nova. “Onde está o Pai?” eu perguntei
mudando de

assunto.

“Ele ainda está no escritório, mas ele vai estar em casa daqui a pouco.” Ela
encheu a

jarra com água. “Eu estava pensando que poderíamos todos ir jantar no Joe’s. Eu
acho que

tanto você quanto Jase gostam daquele lugar e, enquanto servirem carne
vermelha...”

“Pai ficará feliz.” Eu sorri, me desapoiando do balcão. “Está ótimo por mim.”

“Quer uma xícara?”

“Claro.” Eu cheguei por trás dela, passando meus braços pelos seus ombros, a

apertando. “Eu já te disse que você é a melhor mãe do mundo?”

Ela riu enquanto acariciava meus braços. “Eu sou a única que você tem,
menino.”
“Ainda,” eu respondi. “Melhor mãe.”

Eu a deixei ir enquanto ela balançava a cabeça e estava no caminho para subir as

escadas e acordar o preguiçoso do Jase quando Teresa entrou pela porta da


frente.

“Cam!” Ela deixou sair um alto e estridente grito quando ela me viu, deixando
cair sua

mochila. O terror em miniatura dei um passo a frente e se lançou para mim.

Rindo, eu a peguei antes que ela nos derrubasse. “Bem, oi pra você também.”

“Quando você chegou aqui?” ela perguntou depois que a coloquei no chão.

“Essa manhã.”

Ela bateu em meu braço. “Você deveria ter me mandando uma mensagem! Eu
teria

pulado minhas aulas da tarde e chegado mais cedo em casa.”

“Eu ouvi isso!” Mãe gritou da cozinha.

Teresa revirou os olhos e eu ri. Em algum lugar nos últimos dois anos ela tinha
crescido

de uma criança barulhenta para ela incrível jovem mulher. E toda vez que eu a
via, eu queria

puxar um saco de papel sob sua cabeça. Todo lugar que ela ia, os rapazes
olhavam, e eles

realmente olhavam.

Ela tinha herdado o cabelo escuro e os olhos azuis do Pai, mas tinha as feições

delicadas da Mãe. Sua beleza e seu corpo pequeno eram encantadores, porque
ela também
tinha desenvolvido a mesma sagacidade da Mãe. Quando elas se juntavam,
ninguém estava a

salvo.

“Eu vou pular o ensaio hoje a noite,” ela disse, prendendo seu cabelo. Parecia
que

tinha crescido durante a noite, passando da linha de seus ombros.

“Você não tem que fazer isso.” Eu disse. “Vou ficar todo o final de semana.”

“Yeah, mas eu quase nunca o vejo!” Ela fez beicinho, me dando aquele olhar que
a

garantia várias coisas. “Você é ocupado demais, e popular demais para sair com
sua irmã.”

“Exatamente” eu disse rindo.

Ela bateu em meu braço forte. “Idiota.”

Virando para as escadas, eu vi Jase descer antes de Teresa. Ele era quieto como
um

maldito ninja e ele parou quando chegou ao final, seu cabelo úmido e as roupas

desamassadas. Ele não tinha feito nenhum som, mas Teresa ficou tensa na minha
frente. Seus

olhos, como os meus, se arregalaram um pouco.

Meu olhar voltou para ela.

Teresa deu a volta em mim com a elegância de uma dançarina e eu gemi quando
ela

gritou “Jase!”.

O olhar pensativo que estava no rosto de Jase, desde o momento que eu o


peguei,

desapareceu como um pesadelo. Ele terminou de descer as escadas no momento


que minha

irmã se atirou nele, o cumprimentando do mesmo jeito que havia feito comigo.
Seu olhar

estava concentrado nela e, enquanto eu confiava plenamente em Jase, nem ele


estava imune

a ela.

Eu também não gostei quando ele passou seus braços em volta dela, impedindo
que os

dois caíssem para trás.

Jase sorriu para o topo da cabeça de Teresa – cabeça que estava agora apoiada
em seu

peito. “Yeah, eu ficarei aqui até Cam voltar.”

Eu sabia que nesse momento Teresa não iria só faltar no treino de dança hoje a
noite,

mas também em todas as outras noites do final de semana. Eu suspirei.

Teresa disse algo que só Jase pode ouvir e seu sorriso aumentou de um jeito que
me

fez suspirar ainda mais. Então, ele olhou para cima, seu olhar encontrando com o
meu. Ele me

mandou um olhar desesperado e eu revirei meus olhos, andando para frente.

“Okay.” Eu peguei em seu braço, fisicamente a tirando de Jase. “Eu acho que
você

pode deixar ele ir agora. Ele provavelmente quer respirar alguma hora.”
Jase riu enquanto Teresa me atirava um olhar que prometia morte e

desmembramento e eu soltei seu braço. Dei um passo para trás, só no caso dela
tentar me

bater novamente. Minha irmã tinha músculos.

“Acho que a Mãe quer te ver na cozinha.” Eu disse, a empurrando naquela


direção.

Um franzido empurrou a ponta de seus lábios para baixo. “Para que?”

“Provavelmente tenha algo a ver com todas as aulas que você está pensando em

pular.” Eu provoquei.

“Você vai matar aula?” Jase perguntou, cruzando seus braços. “Você não deveria
estar

fazendo isso, Tess. É seu ultimo ano.”

Tess? Duas surpresas acabaram de acontecer. Quando esse apelido surgiu? Eu


sabia

que eles tinham ficado próximos mas porra. E aquele conselho estava vindo de
Jase? Entre

todas as pessoas?

Uma mancha rosada manchou suas bochechas. “Eu não costumo fazer isso.”

Minhas sobrancelhas se arregalaram.

Jase piscou para mim.

Finalmente, Teresa nos deixou e eu arrastei Jase para o porão. Meu Pai tinha
criado

uma baita de uma caverna para homens aqui em baixo. Mesa de sinuca, um bar,
air hockey e

uma TV do tamanho da parede.

Pegando um taco de sinuca, Jase levantou uma sobrancelha para mim. “Quem te

aborreceu?”

“Teresa tem uma queda por você.” Eu disse, sabendo que eu soava como se
tivesse

provado algo ruim.

Jase riu enquanto olhava para mim. “Verdade?”

Eu atirei um olhar a ele e peguei um taco.

“O que?” ele riu novamente. “Você está surpreso? É meu charme irresistível e
minha

ótima aparência. É difícil resistir.”

“Bem, melhor ela resistir.”

Jase me observou enquanto eu estourava as bolas. “Cara, por mais quente que
sua

irmã seja – desculpa.” Ele levantou suas mãos enquanto eu o encarava. “Por
mãos bonita que

sua irmã seja, ela é sua irmã. Eu nem sonharia com o que você está preocupado.”

Eu sorri tensamente. “Bom ouvir isso.”

“Você realmente acha que eu iria? Ela é só uma criança.”

“Ela acabou de fazer dezoito, Jase. Ela não é uma criança mais.” Fiz uma careta

enquanto acertava uma bola. Meu estômago revirou. “Merda, ela realmente não
é mais uma
criança.”

“Mas ela ainda é sua irmã.” Jase disse apontando para mim com o taco. “E isso
nunca

vai mudar.”

Saia comigo

Sorrindo, eu coloquei o telefone na mesa e esperei pela resposta de Avery. Na


minha

frente, meu pai estudava suas cartas. Tinha mais fios cinza em seu cabelo, mas
seu rosto não

tinha uma ruga.

“A qualquer hora, meu velho.” Eu me encostei na cadeira. “Não vou ficar mais
novo.”

“Não é verdade?” meu Pai olhou para mim, seus olhos se estreitando. “Você não
pode

apressar a perfeição.”

Jase riu sob sua respiração. Ao seu lado, Teresa que estava com a cabeça
pendendo

para o lado. Ela não tinha sido capaz de escapar do treino de sábado e isso tinha
sido um

evento durante todo o dia. Ela já teria ido dormir, como tinha feito Mãe na sala,
mas eu sabia

o porque ela ainda estava acordada.

Eu olhei para Jase, ele levantou uma sobrancelha para mim enquanto dava um
gole em

sua cerveja.
Meu celular vibrou. Me perguntar por mensagem não é diferente de perguntar

pessoalmente.

Meu sorriso aumentou enquanto eu respondia. Pensei em tentar. O que você está

fazendo agora? Estou ganhando de meu Pai no pôquer.

Enquanto meu Pai atirava duas cartas para frente, ela respondeu com um Me

preparando para ir dormir.

Queria estar ai eu mandei e então Espere. Você está nua?

Não!!! Veio uma resposta imediata.

Eu poderia até imagina-la, seu rosto ficando vermelho e seus olhos arregalando.
E eu

sorri. Mesmo a milhas de distância, eu não podia resistir em provoca-la. Inferno,


eu não

conseguia parar de pensar nela. Parecia estranho não ter a visto na Sexta e
encarar um

Domingo sem ovos somente não parecia certo. Nós trocamos mais algumas
mensagens e

então eu joguei meu celular para o lado antes que meu Pai tivesse um ataque e o
jogasse pela

janela.

Na próxima rodada Jase desistiu e Teresa desapareceu rapidamente e então o


jogo de

pôquer foi junto.

“Como está a escola?” Pai perguntou enquanto estávamos sozinhos.


Tomando conta da minha cerveja, me inclinei para trás na cadeira. “Está indo
bem.

Esse semestre está bem simples.”

Ele assentiu enquanto retirava o rótulo de sua garrafa. “E as reuniões? Você está

indo?”

Eu coloquei minha cerveja para baixo. “Pai, você seria o primeiro a saber se eu
não

estivesse indo. E eu conversei com o Dr. Bale sobre este final de semana. Ele
concordou com

isso.”

“Só queria ter certeza.” Ele se encostou, cruzando suas pernas. Quem visse meu
Pai

agora em sua camisa de flanela e jeans rasgados, não poderiam dizer que ele era
um advogado

de sucesso. “E sobre futebol? Pensou nisso para o ano que vem?”

“Pai... Eu não poderei me juntar ao time de Shepherd no meu último ano.” Eu


passei

minha mão no meu cabelo e então abaixei o braço. “e eu terei vinte e dois até
lá.”

“E depois?” ele perguntou, sem deixar isso passar.

Meu olhar foi para seu ombro, fixando na geladeira. Fotos minhas marcando
gols e de

Teresa dançando cobriam quase a porta toda. “Eu não dei Pai.”

“Não dá para falhar enquanto você não tentar.” Ele disse, tomando mais um gole.
Minhas sobrancelhas se enrugaram. “Não seria tipo você não tem sucesso se não

tentar?”

“E isso importa?” ele me atirou um sorriso. “Cam, você era um ótimo jogador.
Futebol

é, ou no mínimo foi, a sua paixão. Nós temos vídeos para mandar para
treinadores. E você

sabe que o técnico de Shepherd ajudaria você a filmar novos.”

“Eu sei.” Eu suspirei, balançando minha cabeça devagar. “E eu tenho mantido


meus

treinos e musculação cos os rapazes quando eu posso mas... eu não sei. Talvez
ano que vem,

quando eu tiver prestes a me graduar...”

“Uh-huh.” Seu olhar estava aguçado. “Cameron ... Cameron...”

Balbuciar sobre futebol era difícil para mim. Não era como se eu não tivesse
pensando

em jogar no futuro. Era por isso que eu mantinha os treinos, mas não havia nada
que eu

pudesse fazer agora.

“Tem alguma jovem na sua vida agora?” ele perguntou.

Talvez eu deveria ter deixando ele perguntar sobre futebol. “Pai...”

“O que?” Ele sorriu de novo e terminou sua cerveja. “Eu gostos de ter um quatro

contra um na vida de meu filho.”

Minha cabeça caiu para trás. “Quatro contra um? Você está bêbado?”
“Estou tonto.”

Eu ri realmente alto. “Bom.”

“Você não respondeu minha pergunta.”

Alcançando minha garrafa, eu olhei para meu pai e então ri para mim mesmo
porque

eu sabia que palavras estava se formando na minha língua antes mesmo de falar.
“Tem... tem

alguém.”

“Me conte.” Interesse passando por seus olhos.

Eu sorri enquanto tomava um gole da garrafa. “Nós somos amigos.”

“Amigos em como...”

“Ah, por favor Pai.” Eu resmunguei, balançando minha cabeça.

“O que?” Ele inclinou sua cabeça para o lado. “Como se eu não soubesse o que
minhas

crianças estão fazendo. Como se eu não tivesse feito a mesma coisa quando tinha
a sua

idade.”

Eu poderia vomitar. “Nós não somos assim. Avery não é assim.”

“Ela tem um nome? Avery?”

Merda. Eu não podia acreditar que eu até tinha dito seu nome. Eu estava tonto

também? “Nós somos amigos, Pai. E ela é... ela...”

Sua sobrancelha levantou. “Ela é...?”


Perfeita. Bonita. Inteligente. Engraçada. Orgulhosa. Raivosa. A lista poderia
continuar.

“Eu a convidei para sair algumas vezes.” E ‘algumas vezes’ era literalmente o
eufemismo do

ano. “Ela me rejeitou todas.”

“E você continuou pedindo?”

Eu concordei.

“E você acha que ela eventualmente vai concordar?”

Sorrindo um pouco, eu concordei.

Meu Pai se inclinou para frente, cruzando seus braços sob a mesa redonda de

carvalho. “Eu já te falei quantas vezes sua mãe me rejeitou antes que ela
concordasse em sair

comigo? Não? Muitas.”

“Sério?” eu não sabia disso.

Pai concordou. “Eu era meio que... um idiota na faculdade. Tinha uma
reputação.” Um

lado de sua boca foi para cima, revelando uma covinha em sua bochecha. “Sua
mãe não

facilitou.”

“Então o que mudou isso?”

Ele deu de ombros. “Ah, ela estava secretamente apaixonada por mim desde o

começo, mas você sabe o que? Eu tive que persegui-la, para ser honesto. Se você
não tem que
perseguir uma mulher, ela provavelmente não vale o esforço. Você entende o que
estou

falando?”

Na verdade não. Tinha uma boa chance que meu pai estivesse vagueando do
álcool

desde o começo mas eu concordei e então ele disse algo que meio que ligou algo
em minha

cabeça.

“Surpreenda.” Ele disse, piscando. “Surpreenda a garota. Faça algo que ela não
está

esperando. Sempre faça algo que ela não está esperando.”

Surpreender ela? Teriam varias coisas que eu poderia fazer para surpreender

Moranguinho, mas eu duvidava que ele tivesse falando dessas coisas. Mas
quando eu disse

boa noite e fui em direção as escadas, eu sabia o que tinha que fazer.

E eu queria fazer isso.

Eu sorri enquanto subia os degraus, dois de cada vez. Quando cheguei no


segundo

andar, espiei Teresa entrando em seu quarto. Eu abri minha boca para chama-la
mas a porta

se fechou quietamente antes que eu pudesse dizer uma palavra.

Okay.

Balançando minha cabeça, eu continuei em direção ao quarto de hospedes que


Jase
estava – o quarto verde. Ou, pelo menos, era assim que Mãe o chamava, porque
as paredes

eram pintadas de um verde oliva profundo.

A porta estava entreaberta e eu a empurrei. Jase estava sentado no pé da cama,


meio

inclinado para frente, seus braços descansando em suas coxas, mãos no seu
rosto.

“Hey, cara.” Eu entrei no quarto, preocupado. Tinha acontecido algo na casa


dele?

“Você está bem?”

“Yeah. Yeah.” Ele disse, levantando e passando as duas mãos no seu cabelo. Ele
andou

para onde sua mala estava e puxou um shorts de nylon. “Eu só não estou me
sentindo... bem.

Parece que a cerveja não caiu bem. O que foi?”

Não tinha ele bebido somente duas cervejas? Eu o assisti jogar o shorts na cama,
suas

costas tensas. “Eu estava pensando em mudar os planos.”

“É mesmo?” Ele foi até a cômoda, pegou seu celular e jogou ele ali. “O que você
estava

pensando?”

“Eu estava pensando em ir embora realmente cedo de manhã.” Eu disse.

“Provavelmente perto das cinco ou algo do tipo. Tudo bem por você?”

Seus ombros relaxaram. “Yeah, cara, isso funciona perfeitamente. Só me


acorde.”
“Beleza.” Eu fui para trás e parei perto da porta. “Você tem certeza que está
bem?”

“Perfeito.” Ele respondeu, sentando novamente na cama. “Te vejo de manhã.”

Enquanto eu fechava a porta atrás de mim, eu percebi que Jase não tinha me
olhado

nos olhos o tempo todo que eu estava lá.

Era um pouco antes das nove da manhã do dia seguinte quando eu parei na
frente do

apartamento de Avery e bati. Esperando que o conselho de meu pai de


surpreendê-la não se

tornasse em “assusta-la”.

Dúvida passou por mim, como fogo em uma casa de madeira, e eu me virei,
prestes a

lançar uma bomba em meu apartamento. Mas a porta abriu como se ela tivesse
tentando

entender as coisas.

“Cam?”

Tomando um grande fôlego, eu a encarei e sorri descaradamente. Eu estava


segurando

uma sacola de compras. “Então eu acordei hoje por volta das quatro da manha e
pensei que

eu poderia realmente comer alguns ovos. E ovos com você são realmente
melhores que ovos

com minha irmã ou meus pais. Além disso, minha mãe fez pão de abóbora. Eu
sei que você
gosta de pão de abóbora.”

Olhos arregalados e lábios separados, ela vagarosamente foi para o lado, me


deixando

entrar. Ela não estava assustada. Pelo menos isso era bom. Mas ela também não
estava

dizendo nada. Eu carreguei a sacola para a cozinha e coloquei ela no balcão.


Fechando meus

olhos, eu xinguei sob minha respiração. Talvez isso não fosse a melhor ideia.
Aquela dor estava

de volta em meu peito, mas dessa vez um sentimento perfurante diferente.

Eu me virei, prestes a me desculpar quando eu não havia me desculpado por


nenhuma

das outras vezes que eu havia entrado em seu apartamento, mas ela estava na
cozinha,

praticamente teleportada. Vindo para mim do mesmo jeito que Teresa tinha
quando me

cumprimentou. Do mesmo jeito que minha irmã havia se lançado para Jase.

Eu a peguei, passando meus braços em volta de sua cintura enquanto


cambaleava para

trás, batendo no balcão. Susto irradiava de mim, seguido por um calor que
acendeu minhas

veias.

Meus braços se apertaram em sua volta enquanto ela pressionava sua bochecha
no

meu peito e me segurava tão forte quanto eu a segurava de volta. Eu deixei meu
rosto cair

para o topo de sua cabeça, inalando seu cheiro e absorvendo sua resposta,
segurando ela

perto do meu coração.

Avery deu um grade suspiro e disse. “Senti sua falta.”

- 13

Uma onda de frio atingiu nosso pequeno lugar no mundo um pouco antes do

Halloween. Ar gelado serpenteava entre o campus, criando uma camada gelada


entre os

prédios.

Jase estava encarando o Ollie com uma cara de interrogação. Mesmo frio, Ollie
estava

vestindo shorts e sandálias. Pelo menos ele tinha um casaco, mas eu duvidava
que ele

estivesse usando algo além disso. Ou até mesmo sentisse o vento.

Mas Moranguinho era uma história diferente.

Nós quatro estávamos entre Whitehall e Knutti, esperando pela próxima classe.
Ela

estava encolhida em seu suéter que abraçava sua fina cintura e seu quadril.

“Eu estou fazendo isso.” Ollie disse. “ninguém pode me impedir.”

Eu si.

Moranguinho arrumou uma mecha de seu cabelo que havia se soltado de seu
coque
para seu pescoço. “Isso vai parecer estranho.”

Jase acenou. “Tenho que concordar.”

“Eu não ligo.” Ollie anunciou. “Eu acho que é perfeito.”

Vento chicoteava a nossa volta, batendo na Moranguinho. Ela pressionou seus


lábios

juntos em uma linha apertada enquanto calafrios percorriam ela. “Eu não acho
que já tenha

visto alguém colocar uma coleira em uma tartaruga.”

“Não significa que não possa ser feito.” Ollie respondeu, se apoiando nos
calcanhares.

“E eu meio que gosto da ideia de ser o primeiro.”

Jase revirou os olhos enquanto eu ia em direção a Moranguinho, esperando


conseguir

bloquear um pouco do vento brutal. “Como você pretende passar uma coleira em
volta de

Raphael?” Jase perguntou, soando realmente curioso.

Outra rajada de vento gelou nossos ossos e os lábios de Moranguinho


começaram a

tremer. Eu já tinha tido o suficiente de ficar apenas observando. Por trás dela, eu
passei meus

braços em volta de seus ombros e a puxei contra minha frente. Ela enrijeceu e
sua respiração

saiu grossa. Jase e Ollie não perceberam porque estavam ocupados discutindo se
era ou não

considerado crueldade contra animais amarrar uma bola de lã em volta do casco


de Raphael.

“Não brigue comigo.” Eu disse com a voz baixa em sua orelha. “Você está
congelando.

Eu também. Se você não gosta disso então vá para dentro.”

Suas costas estavam rígidas contra mim. “Por que você não vai para dentro?”

“Eu vou se você for.”

Ela murmurou algo bem desagradável sob sua respiração, mas ela não me
afastou e

meu sorriso aumentou, a cada segundo que se passava seus músculos relaxavam.
“Essa é

provavelmente a conserva mais estupida que eu ouvi.” Ela disse, observando


Jase e Ollie.

“Eu tenho que concordar.” Meu corpo reagiu quando ela se apoiou em mim. Não
tinha

como evitar isso. “A coisa é, eu aposto cem pratas que quando eu for para casa
hoje a noite,

vai haver uma corda em volta de Raphael.”

Ela riu. “Eu quero uma foto disso.”

“Tenho certeza que serei capaz de fazer isso por você.” Eu fechei meus olhos,
sabendo

que se Ollie e Jase olhassem para nós, eu não sobreviveria a isso. Mas ter ela em
meus braços

era bom de mais que valia o risco.

“Eu espero que ele não o leve para passear.” Ela disse gentilmente “Está muito
frio
para aquele rapazinho.”

Surpreso, eu abri meus olhos e inclinei a cabeça para o lado. “Como você sabe
disso?”

Ela deu de ombros enquanto virava sua cabeça para mim, colocando seus lábios
a um

beijo de distância dos meus. “Raphael é uma tartaruga Rússia, certo?” quando eu
concordei,

ela mordeu seu lábio inferior e quase gemeu. “Eu estava entediada uma noite e
pesquisei

sobre ele. Ele tem que ser mantido em um ambiente quente, certo?”

“Certo.” Por alguma razão estranha, aquilo me agradou infinitamente, saber que
ela

tinha pesquisado sobre isso. “Eu não vou deixar Ollie leva-lo para fora.”

Moranguinho deixou sair um suspiro. “Preciso ir para aula.”

“Eu também.”

“Não quero ir.”

Eu sorri. “Nós devíamos pular.”

“Você é uma má influência.”

“Eu sou o tipo de influência que você precisa.” Quando ela riu sobre isso, eu me
senti

mais leve de alguma maneira. “Então você vai mesmo a festa de Halloween?”

“Entre você e Brittany, eu não sei como não ir.” Ela começou a querer afrouxar,
mas eu
apertei meu abraço. “Eu te disse que iria. Eu vou.”

Não tinha certeza se eu acreditava nela. Eu tinha a sensação que chegaria


amanhã a

noite e ela iria inventar algum tipo de desculpa para não poder ir, então eu não
estava ansioso.

Avery não tinha ido a nenhuma das festas desde que as aulas começaram, mesmo
que eu

soubesse que Brittany e Jacob tinham ido.

Suspirando, eu deixei ela ir e dei um passo para trás. Minha aula era em Byrd.
“Tem

certeza que não quer que eu te de uma carona amanhã a noite?”

A cabeça de Ollie se moveu em nossa direção tão rápido que você poderia pensar
que

eu disse nachos. “Seria uma carona 34inesquecível, Avery.”

Eu o dei um olhar sombrio. “Não foi isso que quis dizer.”

Suas bochechas coraram, tanto pelo que Ollie tinha dito quanto pelo frio. “Eu
sei. E

está tudo bem. Eu não preciso de carona, mas eu estarei lá.”

Eu realmente não acreditava nela.

Tinham vários anjos e gatos em saltos altos, tantos que eu tive um péssimo
tempo não

querendo separar as meninas em dois grupos: as caídas e as maliciosas35.

Brittany, amiga da Avery, estava no grupo das caídas, seu vestido branco
totalmente
sem proteção contra o vento gelado. Ela estava com Jacob, que parecia muito
com Bruno

Mars, mas eu ainda não tinha visto Avery.

Imaginei.

Eu tinha passado uma boa parte da tarde pensando se ela iria realmente aparecer
e, se

aparecesse, o que ela estaria vestindo. Iria ela ser um anjo? Um gato? Realmente
idiota,

considerando que eu tinha melhores coisas para pensar.

Irritado, eu vaguei de cômodo em cômodo. A casa estava cheia, dando para ficar

apenas de pé, com pessoas espalhadas até pela entrada e garagem. Se policiais
não

aparecessem a qualquer momento para acabar com a festa, eu ficaria surpreso.

Tinha muita coisa acontecendo dentro da casa para mim. Música tocava alta, mas
não

o suficiente para abafar os gritos e risos. Casais estavam em todos os cantos,


alguns

aparentavam ter se esquecido de quem eram seus namorados/namoradas. Eu


costumava

amar essa cena, mas agora fazia minha pele coçar.

Eu tinha ido para a garagem com Jase, no meio de um jogo de cerveja-pong.

“Você parece animado por estar aqui.” Jase disse, estreitando os olhos enquanto

segurava a bolinha branca, a alinhando com os copos de plástico.

“Não estou sentindo a noite.”


34 No original, Cam fala “give you a ride.” E quando Ollie responde “a ride
you’ll never forget” ele se

refece a posição sexual que a mulher fica por cima.

35 No original “catty” referêntia a “kitten” que seria o filhote de gato.

“Uh-huh.” Jase quicou a bolinha direto dentro de um dos copos na primeira fila.
Os

caras do outro lado da mesa reclamaram. “Isso é porque você ainda não viu
Moranguinho por

aqui?”

Por que eu tinha cometido o erro de chama-la assim na frente de Jase estava
além da

minha compreensão. Eu não respondi enquanto a bola vinha do outro lado e


quicava para fora

da mesa.

Jase sorriu. “Amadores.” Ele se virou para mim. “Mas sabe o que eu vejo?
Steph. E ela

tem perguntado de você.”

“E?”

“Só pensei que eu poderia compartilhar esse conhecimento com você.” Ele me
jogou a

bola. “Vamos chutar algumas bundas.”

Com nada melhor para fazer e querendo ficar foda da minha cabeça, eu entrei no
jogo.

Jase tinha estado certo. O grupo do outro lado de nós eram realmente amadores.
Quinze
minutos jogando e nossos oponentes estavam cambaleando como folhas no
vento.

“Isso é na verdade vergonhoso.” Eu murmurei, focando em um deles, que tinha


socado

a ponta da mesa para se segurar, derrubando os copos.

Jase sorriu maleficamente. “Eles deveriam saber melhor do que me desafiar.”

Eu ri, dobrando meu braço e passando minha mão sob meus bíceps. Jase fez
mais uma

jogada perfeita e o outro lado gritou maldições. Se endireitando, Jase levantou


suas mãos para

os lados e então parou, olhos arregalados.

Ele me deu uma cotovelada, abaixando a voz. “Bem, veja que, está vagando por
aqui.”

Minhas sobrancelhas levantaram enquanto eu seguia seu olhar, olhando além de


um

grupo que estava dançando. Ar fugiu de meus pulmões. Eu não podia acreditar.
Desdobrando

meus braços, eu encarei por um segundo, absolutamente chocado.

Avery estava aqui.

Parada ao lado de Brittany e Jacob, ela se destacava, não porque não estava de

fantasia. Sua blusa justa de gola alta revelava um pedaço de seu estômago liso.
Era a primeira

vez que eu via seu estômago. Loucura. Minha boca secou.

Um grande, velho e idiota sorriso surgiu em meu rosto enquanto eu colocava


meu

copo para baixo. Eu nem disse nada para Jase quando cruzei a garagem lotada.
Jacob disse

algo para ela que causou suas bochechas corarem e, um segundo depois, eu a
tinha em meus

braços.

Levantando ela, eu a girei enquanto ela segurava meus ombros. “Puta merda, eu
não

posso acreditar que você realmente está aqui.”

Seus olhos castanhos acolhedores encontraram os meus. “Eu disse que viria.”

Eu a coloquei de volta no chão, mas a mantive perto. Deus, ela estava


maravilhosa com

seu cabelo cobre caindo em ondas sobre seus ombros, enrolando sobre a volta de
seus seios.

“Quando você chegou aqui?”

“Não sei. Não faz muito tempo.”

“Por que não veio dizer oi?”

“Você estava ocupado e eu não queria interromper.”

Ela estava encarando meus lábios, o que era totalmente perturbador até que
aquelas

ultimas palavras saíra de sua boca. Eu inclinei minha cabeça, meus lábios
passando levemente

por sua orelha enquanto eu falava. Eu não perdi o jeito que ela estremeceu.
“Você nunca é um
incomodo para mim.”

Quando levantei minha cabeça, nossos olhares se encontraram e se firmaram. A


íris de

seus olhos aumentaram, quase se mesclando com sua pupila. Tinha uma conexão
entre a

gente. Dava para sentir a eletricidade brilhando no espaço entre seus lábios. E
quando eles se

afastaram mais, eu estava tentado em beija-la.

“Yo, Cam!” Jase gritou, obliterando o momento. “É sua vez.”

Eu sorri forçadamente. “Não vá muito longe.”

“Okay.” Ela disse, suas mãos se afastando.

Voltando para a mesa, eu dei um olhar sujo para Jase. “Timing perfeito.”

“O que?” ele assistiu eu pegar a bola de ping-pong. “Eu interrompi Avery te


rejeitando

de novo?”

“Engraçado.” Eu joguei a bola, errando meu alvo. Xingando, eu peguei o copo.


“Fodam-

se vocês.”

Jase deixou sair uma grande risada e disse algo, mas minha atenção estava na
Avery.

Eu mal podia vê-la. Seus amigos a rodeavam e um copo vermelho terminou em


suas mãos. Ela

realmente não estava bebendo e, por alguma razão, eu estava feliz em ver isso.
Seu grupo
aumentou e de vez em quando ela sumia da minha vista, voltando alguns
minutos depois. Uma

vez que esse jogo estúpido havia terminado, era só eu e ela, sem interrupções. E
Merda, hoje a

noite ela iria dizer sim pra mim quando a chamasse para sair.

“Chegando.” Jase avisou.

Eu não percebo sobre o que ele estava falando no começo, mas braços me
pegaram

por traz. Eu sabia imediatamente que não era Avery. Eu não seria tão sortudo.

“Do que você está fantasiado?” Steph perguntou.

“Eu mesmo.” Eu respondi, virando. Ela estava vestida como se a Chapeuzinho

Vermelho tivesse acabado em um set de filme pornô.

Ela sorriu, enrolando a ponta de uma de suas chuquinha. “Ela não é realmente
uma

fantasia.”

“Nós somos legais de mais para usar fantasias.” Jase disse, olhando para a amiga
de

Steph.

Eu gentilmente soltei os braços de Steph. “Vocês estão quentes.”

“Eu sei.” Steph riu. “Podemos jogar?” ela perguntou apontando para o jogo.

Jase deu um passo para o lado, e eu sabia que pelo jeito que ele prestava atenção
na

amiga de Steph, ele não estaria passando a noite sozinho.


Minha atenção foi em direção a Moranguinho e, pela segunda vez na noite,
fiquei

surpreso com o que ela estava fazendo.

Ela estava dançando.

Isso não deveria ser muita coisa, mas eu tinha a suspeita de que, o que quer que
tenha

feito ela parar de dançar profissionalmente, havia parado tudo.

Deus, ela era... eu não tinha palavras.

A música era rápida, com muitas batidas, e seu quadril acertava todas.
Segurando a

mão de Brittany, as duas dançavam juntas. Um sorriso quando Jacob se juntou a


elas. Sua

cabeça estava jogada para trás, braços levantados e ela estava rindo.

Naquele momento eu percebi que estava vendo um lado totalmente diferente de

Avery. Um que eu nunca havia visto antes, onde ela era viva e livre, e
fodidamente perfeita.

“Eu vou casar com aquela garota um dia.” Eu me ouvi dizendo.

Jase engasgou com a sua cerveja e inclinou para frente, tomando grandes
fôlegos.

“Puta merda.”

Eu ri.

Mas isso imediatamente começou a ir embora quando um cara aleatório


apareceu

atrás dela, passando suas mãos em seus quadris. Avery pulou um bom meio
metro do chão

enquanto olhava sobre seu ombro.

Tony. Esse era seu nome. Um calouro que tinha acabado se ser iniciado na

fraternidade de Jase. Ele tinha feito parte do primeiro grupo que ganhamos no
cerveja-pong –

aquele que quase acabou caindo de cara na mesa. Eu não o conhecia, mas não
gostava dele. E

eu com certeza não gostava do que ele estava fazendo com seus quadris.

Avery se virou para o lado e Tony ainda estava preso a ela como um maldito
polvo. Ele

estava, obviamente, chapado e era, também obvio, que Avery não queria dançar
com ele.

Toda vez que ela tentava se afastar, ele voltava.

Raiva explodiu em meu peito como um tiro. Eu andei para frente, ignorando Jase

quando ele me chamou. Eu estava no meio do caminho pela garagem quando


Tony escorregou

sua mão pelo estômago dela.

“Me solta!” ela gritou.

Cabelo na base de meu pescoço se arrepiou com o medo real me sua voz. Eu
tropecei

– porra de tropeço – e então corri para frente, empurrando qualquer um que


estivesse no

caminho. Eu nem estava os vendo.

Raiva tinha gosto de sangue na minha boca quando peguei o braço de Avery,
puxando

ela para longe. Seu suspiro assustado era como um trovão em meus ouvidos
enquanto eu

empurrava Tony para trás. O filho da puta tropeçou ao recuar, batendo na parede.

Eu estava em cima dele num piscar de olhos.

- 14

Eu iria quebrar a cara desse filho da puta. Era simples assim. Ele estava tocando
nela e

era óbvio para todos, mesmo os com um cérebro do tamanho de uma ervilha, que
ela não

queria ser tocada.

Empurrando minha mão em seu peito, eu o esmaguei de volta a parede enquanto

minha outra mão se curvava em punho. “Mas que porra, cara? Você tem algum
maldito

problema de audição?”

“Me desculpa.” Tony levantou sua mão, tremendo “Nós estávamos apenas
dançando.

Não tinha a merda de intenção nenhuma com isso.”

“Cam” Avery chamou.

Eu empurrei Tony de volta quando ele começou a falar novamente e, de repente,


Jase

estava nas minhas costas, me segurando. Ele me afastou, e Tony cambaleou


contra a parede.

“Você precisa se acalmar.” Jase disse.


Eu tentei me livrar do aperto de Jase. “Me deixe ir, porra.”

“Porra nenhuma.” Ele estava em meu rosto, mãos em meu peito. “Você não
precisa

disso, se lembra? Entrar em uma briga é a ultima coisa que você fodidamente
precisa agora.

Então se acalme.”

Meu sangue fervia com a necessidade de colocar meu punho no meio da cara do

garoto, mas Jase... merda, Jase estava certo. Eu não podia entrar em uma briga.
Minha

condicional seria retirada e eu não podia fazer minha família passar por isso.
Nem Avery.

Avery.

Eu me virei. Uma multidão tinha se juntado entre a gente enquanto ela estava
com a

Brittany, rosto pálido e olhos brilhando com lágrimas não derramadas. Eu andei
em sua

direção mas Jase me bloqueou.

“Você precisa se acalmar antes de fazer qualquer coisa.”

Ollie apareceu ao meu lado, colocando uma cerveja em minha mão. “Jase está
certo,

cara. Avery vai estar bem, mas você...” Por uma vez na vida ele estava sério.
“Você precisa se

acalmar um pouco.”

Eu o deixei me puxar em direção a porta e quando eu olhei de volta, não pude


encontrar Avery na multidão. Ela tinha ido embora.

Sentado na beirada da cama que Jase dormia quando ele ficava nessa casa, Eu
peguei

meu celular, mandando Avery uma mensagem rápida. Jase bateu a porta mas eu
ignorei,

esperando uma resposta. Eu não deveria ter deixando ele me arrastar para cá.
Agora, Ollie

estava do lado de fora, bancando o guarda. Eu deveria estar junto da Avery,


tendo certeza que

ela estava bem.

“Mas que merda você se meteu cara?”

Eu encarei Jase. “Ela costumava dançar.”

Suas sobrancelhas arregalaram. “Mas que porra?” ele exigiu de novo. “Mas que
porra

isso tem a ver com tudo?”

Deixando minha cabeça cair em minhas mãos, eu dei de ombros. Eu não tinha
ideia do

que isso tinha ver com tudo, mas eu tinha esse sentimento que dança para Avery
– para ela

fazer isso – tinha sido uma coisa importante.

Jase amaldiçoou enquanto se virada e então, voltava na minha direção. “O que


está

acontecendo com você, Cam? Você não fica irritado assim. Você não sai do
prumo por...”

“Não se atreva a dizer ‘por’ ninguém.” Meu queixo levantou, olhos estreitos em
Jase,

raiva serpenteando ao meu redor como um trem fora de controle. Eu me levantei.


“Ele estava

tocando nela, Jase. Ele estava segurando em sua mão e...” Eu me interrompi
antes que falasse

o que não queria, o que estava se formando em minha língua.

“Então?”

“Você está falando sério?” Eu andei para frente, mas Jase não se intimidou. Ele
ficou

ombro a ombro comigo. “Então? Você ficaria feliz com um cara...”

“Porra, não, eu não sou, mas Jesus H. Cristo em uma manjedoura, Cam, ele era
um

calouro idiota bêbado e você e eu já vimos coisas piores acontecerem aqui.”


Seus olhos

brilharam um prata intenso, um indicador claro que ele estava prestes a perder
sua paciência.

Bom. Eu também estava. De novo. “E antes que você diga que você interveio
nessas situações

também, eu sei. Nós dois fizemos isso, mas você nunca tentou arrancar a cabeça
de um cara

antes.”

Ele tinha um bom ponto. Mais que merda. “Isso é diferente.”

“Por que é ela?”

O jeito que ele disse ‘ela’ me fez querer socar a parede. “Melhor você ser
cuidadoso,
cara, quando você falar suas próximas palavras.”

Suas pupilas dilataram enquanto ele levantava suas mãos. “Olhe, Avery parece
ser uma

ótima garota. Ela parece, mas da última vez que eu vi, vocês não estavam
juntos.”

“E?” Eu joguei de volta a palavra a ele.

Jase parecia que queria passar seus punhos por mim. “Ela te rejeitou quantas
vezes? E

você está agindo como um namorado chateado e possessivo e, a ultima coisa que
você precisa

é entrar em uma briga. Ou eu tenho que te lembrar que, se você fizer isso, você
viola sua

condicional e vai para prisão? Não na cadeia, mas...”

“Você não precisa me lembrar.” Eu me virei, passando minhas mãos pelo meu
cabelo.

“Você não entende.”

Ele não respondeu imediatamente. “Você está certo. Eu não entendo como essa

garota está fazendo você pensar com seu pau. Você já pensou que ela pode estar
brincando

com você por razão nenhuma?”

Eu me virei para ele, mãos fechadas em punhos. Se ele não fosse meu amigo
mais

próximo, aquele que tirava minha cabeça de minha bunda quando eu estava
confinado em
casa, eu teria quebrado sua mandíbula. Eu dei vários suspiros profundos antes de
responder.

“Ela não é assim Jase. Eu sei que é difícil de acreditar. Eu entendo isso. Você
está errado de um

jeito que nem consigo começar a explicar, mas ela não é assim.”

Balançando sua cabeça, Jase se virou e foi em direção a porta. “Isso é o que todo
cara

diz antes de estar fodidamente dócil.”

“Avery é diferente.” Eu disse a ele, pegando meu celular de novo. Sem resposta.
Uma

bola de um mal-estar se formou em meu estômago. “Você não a conhece como


eu. Você

realmente não conhece ela."

Ele me encarou enquanto passava sua mão pelo sei queixo. “Eu não te conheço

agora.”

Eu não sabia como responder isso.

“O que tem sobre ela?” ele perguntou, soando como se ele realmente quisesse

entender a minha atração que eu mal poderia entender também. “Ela não é como
nenhuma

das outras garotas que você saiu. Ela é fodidamente estranha e quieta. Ela é
bonita, mas...”

“Ela é realmente bonita.” Eu o interrompi, duvidando que ele discordasse.

Ele não o fez. “Ela vale a pena?”

“Sim,” eu disse, olhando para meu celular novamente. Ainda nada. “Sim, ela
vale e eu

preciso ter certeza que ela está bem.”

“Cam...”

“Eu estou saindo dessa merda de quarto agora e você não vai me impedir.”
Quando

Jase não se moveu, eu amaldiçoei sob minha respiração e fiz uma nota mental
que ele só

estava fazendo isso porque ele era meu amigo. “Eu não vou espancar ninguém.
Eu vou

encontrar Avery. É tudo que me importa agora.”

Jase desviou o olhar, um musculo tenso em sua mandíbula e então ele balançou a

cabeça. “Eu tenho certeza que ela está bem, Cam.”

“Você não...” eu pausei, esfregando um ponto em meu peito enquanto as paredes


do

quarto pareciam ficar embaçadas. Meu peito se apertou. “Você não entende Jase.
Eu acho...

eu acho que algo aconteceu com ela antes.”

Compreensão passou por seu rosto e ele saiu do caminho. “Aw, merda.”

“Yeah” eu murmurei, sentindo essa sensação horrível em meu pescoço. “Merda.”

Meu coração estava acelerado enquanto eu encarava Brittany. “Você não a viu?”

“Não.” Ela balançou a cabeça, fazendo com que suas asas de anjo caíssem.
“Depois

que você foi para dentro com Jase e Ollie, ela disse que iria para fora para pegar
um ar, mas ela
nunca voltou.”

“Merda.” Eu olhei de novo para meu celular enquanto pressionava seu nome

novamente. Andando para fora da garagem, eu xinguei quando ninguém


atendeu. Eu não

tinha visto Tony lá dentro ou em lugar algum, mas eu duvidava que ele tinha
indo atrás dela.

Jase estava certo. O cara era só mais um idiota bêbado, mas isso não me dizia
onde Avery

estava.

E eu tinha procurado em todos os lugares.

Brittany me seguia. “Ela não atendeu nenhuma das minhas chamadas nem de
Jacob.

Eu nem acho que ela ainda está aqui.” Ela pausou, tirando o cabelo de seu rosto.
“Eu vou ir

para ela...”

“Não.” Eu disse, apertando meu celular. “Eu vou.”

“Mas...”

“Vou deixar você saber se eu a encontrar.” Eu já tinha começado a andar e então


eu

estava correndo para onde meu carro estava estacionado.

Batendo a porta fechada, eu liguei o motor e acelerei pela rua residencial. O mal
estar

formou uma bola gelada na boca do estômago. O medo em sua voz... ela havia
estado
apavorada quando Tony a segurou. Aquele sentimento estranho estava de volta.
Tanto quanto

eu gostaria de negar isso, tirar isso dos meus pensamentos, eu não podia mais.
Algo tinha

acontecido a ela. O que, para ser exato, eu não tinha certeza.

Eu tentei ligar para ela no meu caminho para casa mas, como esperado, ela não

atendeu. Minhas mãos estavam agarradas ao volante, minhas juntas


esbranquiçadas. Eu

estacionei no primeiro lugar que achei no University Heights e corri pelo


estacionamento. Não

havia tempo de procurar pelo seu carro. No escuro, seria como procurar uma
agulha em uma

pilha de agulhas.

Meu estômago estava revirado quando eu cheguei no nosso andar e estuprei


meus

dedos na sua porta. Se ela não respondesse, eu iria arromba-la. E, se ela não
estivesse ali, eu

iria viajar por esse maldito pais para encontra-la.

Então a porta abriu e Avery estava ali, olhos vermelhos inchados, marcas de
rímel e

lágrimas formavam trilhos em suas bochechas.

Mas ela estava bem.

Ela estava bem.

Com meu coração chegando a minha garganta, eu entrei e passei meus braços ao
seu
redor, pressionando ela contra meu peito. Estendendo a mão, eu a embalei,
deixando meu

queixo no topo de sua cabeça.

Eu não confiava em mim mesmo para falar no começo, e quando consegui, meus

dedos se enrolaram na ponta de seu cabelo. “Jesus Cristo, por que você não
atendeu o

celular?”

Ela não levantou sua cabeça quando falou. “Eu deixei meu celular no carro, eu
acho.”

“Merda, Avery.” Eu a afastei um pouco, colocando minhas mãos em suas


bochechas.

“Eu venho enchido seu telefone – tanto como Jacob e Brittany.”

“Desculpe-me. Eu não...”

“Você esteve chorando.” Raiva subiu novamente. “Você esteve malditamente

chorando.”

“Não, não estive.”

“Você se olhou no espelho?” Quando ela balançou a cabeça, eu fechei a porta


atrás de

mim e peguei em sua pequena mão. “Vamos.”

Ela engoliu forte, mas me deixou leva-la. Eu a levei para o banheiro e liguei a
luz. Ela

prendeu um afiado suspiro quando se viu no espelho. “Oh Deus...” nosso olhar
se encontrou
no espelho e então ela deixou cair seu rosto em suas mãos. “Perfeito... somente
perfeito.”

“Não está tão ruim assim, querida.” O nó em meu peito doeu enquanto eu,

gentilmente, puxava suas mãos para longe. “Sente-se.”

Avery se sentou no acento fechado da privada e encarou seus dedos. “O que você
está

fazendo aqui?”

Pegando uma talha, eu a umedeci e então me sentei na sua frente. Descrença me

impediu de falar no começo. “O que eu estou fazendo aqui? Isso é uma pergunta
séria?”

“Acho que não.” Ela ainda não tinha levantado seu olhar.

“Olhe para mim. Merda, Avery, olhe para mim.”

Seu queixo levantou, olhos tão estreitos até que só uma linha de marrom escuro

aparecesse. “Feliz?”

Meus molares rangeram quanto eu fechei minha boca. “Por que eu viria aqui?
Você

saiu da festa sem dizer uma palavra para ninguém.”

“Eu disse...”

“Você disse a Brittany que iria pegar um pouco de ar. Isso foi a três horas atrás,
Avery.

Eles pensaram que você estava comigo mas quando me viram depois
descobriram que não

estava. Depois do que aconteceu com aquele idiota, você os assustou.”


Seu rosto caiu. “Não foi minha intenção. Eu só deixei meu celular no carro.”

Silenciosamente, eu passei a toalha sob suas bochechas, limpando a maquiagem

manchada. “Você não precisava ir embora.”

“Eu reagi mal. O cara... ele realmente não fez nada de errado. Ele só me
surpreendeu e

eu reagi mal. Eu estraguei a festa.”

“Você não estragou a festa. E aquele filho da puta não deveria estar te agarrando.

Merda. Eu ouvi você dizer ‘me solta’ e eu sei muito bem que ele também. Talvez
que não

devesse ter reagido tão... bruscamente como fiz, mas foda-se. Ele estava te
agarrando e eu

não gostei disso.”

Seus ombros inclinaram para frente. “Você não precisava vir aqui. Você deveria
ter

ficando na festa, ter aproveitado.”

Eu honestamente não conseguia acreditar que ela pensou que eu deveria ter
ficado na

festa enquanto ela estava aqui chorando. Ela me observou, sua expressão
confusa. “Nós

somos amigos, certo?”

“Sim.”

“É isso o que amigos fazem. Eles cuidam um dos outros. Brittany e Jacob
também

estariam aqui, mas eu os fiz ficarem lá.”


“Eu preciso pegar meu celular e ligar...”

“Eu vou mandar uma mensagem para Brittany. Eu tenho seu número.” Eu me
encostei,

a observando. “O fato que você não esperava que ninguém viesse te ver é... eu
nem sei o que

é.”

Sua boca abriu e então ela balançou a cabeça e desviou o olhar. Eu coloquei
minha

palma em sua bochecha, parando-a. Usando meu dedão, eu empurrei a ultima


lágrima que

ainda havia lá. Seus cílios se levantaram e eu faria de tudo para apagar todas as
lágrimas que

ela havia derramado.

“Por que você estava chorando?” eu perguntei. “Espere. Aquele idiota te


machucou?

Porque eu juro que...”

“Não! Nem um pouco!”

“Então por que?” eu segurei minha respiração enquanto ela apoiava sua
bochecha na

minha palma “Fala comigo?”

“Eu não sei. Eu acho que só estava sendo uma menina.”

Minhas sobrancelhas se levantaram “Você tem certeza que isso é tudo?”

“Sim” ela sussurrou.

Tinha mais, tinha que ter, mas como alguém pergunta algo assim? Eu não sabia.
“Você

está bem?”

Moranguinho concordou.

Eu abaixei minha mão, passando meu dedão por seus lábios por acidente, mas
quando

o fiz, ela inalou gentilmente. Nosso olhar se encontrou. Aquele mesmo


sentimento que eu tive

quando estávamos na festa me acertou no peito. Eu queria beija-la. EU queria


faze-la esquecer

de Tony e da festa e de todas essas lágrimas. Mas a primeira vez que eu a


beijasse eu não

queria que ela sentisse o gosto de suas próprias lágrimas.

Diminuindo o espaço entre nós, eu pressionei minha testa contra a dela e deixei
sair

um suspiro cansado. “Você me deixa louco as vezes.”

“Desculpa.”

EU a afastei, procurando por seu rosto. “Não fuja mais desse jeito, okay? Eu
estava

totalmente preocupado quando não consegui te encontrar e ninguém sabia onde


você

estava.”

Moranguinho me encarou e então se inclinou para frente, pressionando um beijo


em

minha bochecha, surpreendendo cada merda de célula em meu corpo. Meus


olhos se
arregalaram enquanto eu me inclinava para trás, sem poder desviar meu olhar
dela. Eu

comecei a pensar em ignorar a parte de não beijar agora, mas me impedi.


“Avery?”

“Cam?”

Com toda a seriedade, eu segurei seu olhar “Saia em um encontro comigo.”

Houve um pequeno segundo de hesitação em seus lábios e então dois pontos


rosados

suaves apareceram em suas bochechas, mas quando ela falou primeiro, eu não
pensei que a

tivesse ouvido direito. Mas ouvi.

“Sim.” Ela disse.

- 15

Quando Brittany me encurralou do lado de fora de Gestão Esportiva na Quarta

seguinte, eu realmente não tinha ideia do que ela poderia querer.

“Podemos conversar?” ela perguntou, encolhendo em seu moletom pink neon.

Mechas de cabelo loiro emolduravam seu rosto.

“Claro.” Eu a guiei em direção aos bancos vazios. “Avery está bem?”

Seus lábios ficaram tensos enquanto ela se inclinava para frente. O fino traço de

cigarro impregnava suas roupas. Na sua mão, ela brincava com um isqueiro.
“Ela está tão bem

quanto ela sempre está.”


Eu virei minha cabeça em sua direção, franzindo levemente. “O que isso quer
dizer?”

Seus olhos correram os meus. “Vamos lá, Cam. Tanto quanto você passa tempo
com

ela...” ela cortou, balançando a cabeça e juntando seus lábios. “De qualquer
maneira, ela disse

que finalmente disse sim para você? Que ela iria sair com você?”

Meu franzido se desfez, mas eu realmente não tinha ideia da onde essa conversa

estava indo. “Sim, ela disse. Nós vamos sair sábado a noite.” Ou então era nisso
que eu

acreditava. “A não ser que ela tenha mudado de ideia e está planejando em me
dar um cano.”

Brittany balançou a cabeça. “Não. Eu não acho que ela vá te dar um cano.”

“Acha?”

Ela riu. “Bem, você nunca pode ter certeza com ela.”

“Isso é verdade.” Eu pausei, me virando em sua direção. “Então, eu duvido que


você

queria confirmar que ela disse sim.”

“Não.” Ela tomou um grande fôlego enquanto encostava para traz, brincando
com o

isqueiro azul entre os dedos. “Eu vou ser direta com você, okay?”

“Okay.”

Ela olhou para cima, seus brilhantes olhos pousando em mim e eu combati uma
risada
da expressão séria que estava em seu rosto. “Avery realmente gosta de você. Eu
sei que ela

provavelmente não mostra isso, mas ela gosta.”

Eu relaxei. “Eu sei que ela gosta.”

Ela levantou uma sobrancelha, “Mas você realmente gosta dela?” Outra classe
tinha

sido dispensada e uma correria de pessoas encheram o caminho, bloqueando o


vento. “Porque

eu sei como você era no colegial e você poderia realmente ter qualquer menina
aqui, mas você

quis aquela que ficou te rejeitando.”

“Então?” eu cruzei meus braços. “O que isso tem a ver com tudo?”

“Isso é por que ela é um desafio para você?” ela perguntou, não desviando o
olhar.

“Porque se você está saindo com ela porque ela não é fácil, eu vou cortar você
fora.”

Eu cai na gargalhada. “Me cortar?”

Seus olhos estreitaram. “Não estou brincando.”

Forçando parar de rir, eu concordei na esperança que conseguir colocar um olhar


sério

em meu rosto. “Eu acredito em você.”

“Bom.” Ela concordou. “Mas você não respondeu minha pergunta.”

Eu mordi a parte interna da minha bochecha. “Eu gosto dela, Brittany. E isso não
tem
nada a ver com nenhum desafio ou merda parecida. E o jeito que eu era no
colegial não é,

obviamente, o que eu sou hoje.” Eu tomei um grande fôlego, deixando ele sair
lentamente. “E

eu sei que ela é... diferente.”

Brittany assentiu novamente e ela não disse nada sobre isso. Parte de mim estava

aliviado que alguém tinha percebido alguns hábitos da Avery também, ou tinha
sido sua

confidente, mas outra parte estava inquieta. Eu olhei para ela. “Ela te disse
alguma coisa?”

“Sobre você?”

“Não.” Eu ri. “Ela te disse algo...” Merda, eu não tinha ideia de como perguntar
isso.

Por sorte, Brittany entendeu o que eu não estava com vontade de falar.

“Foi pelo jeito que ela reagiu na festa, então eu perguntei a ela outro dia.”
Brittany

levantou, guardando o isqueiro no bolso de seu jeans. Meu estomago se apertou


enquanto eu

esperava. Ela segurou a tira de sua bolsa. “Ela me disse que nada aconteceu a
ela.”

Ar parou em algum lugar na minha garganta. “Você acredita nela?”

Ela deu um passo para trás e então outro para frente, abaixando sua voz. “Ela
olhou

diretamente em meus olhos e disse que nada aconteceu. EU não sei no que
acreditar. E você?”
“Eu não sei, mas você é sua amiga, ela deveria ter te contado.” Eu esperava que
esse

fosse caso. “Certo?”

“Eu acho,“ ela respondeu, sorrindo tensamente. “Eu preciso correr antes que me

atrase para aula de História. Yay.”

“Hey.” Eu levantei.

Brittany se virou. “O que?”

“Você é uma boa amiga.”

Ela sorriu enquanto pegava um cigarro de sua bolsa. “Eu sei.”

Um certo nervosismo tinha me amarrado apertado enquanto eu passava um


suéter

preto por minha cabeça e então sai a procura de meus sapatos. Eu não conseguia
me lembrar

da ultima vez que eu estava assim tão nervoso, mas fazia sentido. Quantas
semanas – inferno,

meses – tinham se passado antes que Moranguinho dissesse sim? Eu tinha


motivo para estar

nervoso.

Eu escorreguei para fora do apartamento antes que Ollie pudesse aparecer. Meu

coração estava batendo rápido demais e minha cabeça cheia de ter de aturar seus

comentários.

Quando eu bati na porta da Moranguinho, ela abriu quase imediatamente, e o

nervosismo virou algo totalmente diferente quando eu a vi.


Uma blusa verde profunda misturada com a suavidade de seus cabelos e curvas.
Parte

de mim nem poderia acreditar que eu notei isso e estava prestes a recitar poemas
em minha

cabeça. O sempre presente bracelete estava no lugar. Meu olhar viajou pelo seu
jeans skinny

colocados para dentro de um par de botas pretas e então para cima, encarando
onde as

suaves curvas avermelhadas contornavam seus seios.

Eu limpei minha garganta. “Você está... realmente, muito bem.”

Ela abaixou seu queijo enquanto eu entrava no apartamento. “Obrigada. Você

também.”

Sorrindo, eu me inclinei contra as costas de seu sofá. “Você está pronta? Pegou
um

casaco?”

Moranguinho se virou, praticamente batendo suas costas na parede. Ela voltou


com

um casado preto e encarou o chão. Eu peguei a sua bolsa e passei para ela.

“Obrigada” suas bochechas inflamaram e então ela adicionou, sem fôlego.


“Pronta.”

“Ainda não.” Eu a acalmei, tirando mechas de seu cabelo de seus ombros e então

abotoei sua jaqueta. “Está congelando lá fora.”

Moranguinho me encarou enquanto eu terminava de abotoar seu casado. Minhas

juntas acariciaram onde a jaqueta inchou docemente e ela estremeceu de uma


maneira que

me fez querer puxá-la para perto.

“Perfeito.” Eu murmurei, forçando minhas mãos a abaixarem. “Agora estamos

prontos.”

Eu segurei sua porta aberta e, no momento que saímos para o corredor, Ollie
apareceu

de dentro do apartamento, celular em uma mão e sacudindo Raphael com a


outra.

Mas que...?

“Sorriam!” Ollie tirou uma foto. “É como se minhas duas crianças estivessem
indo para

o baile.”

Meu. Deus.

“Vou colocar isso no meu álbum. Se divirtam!” Rindo, Ollie balançou de volta
para o

apartamento, fechando a porta atrás de si.

Moranguinho olhou para mim. “Um...”

Eu ri alto. “Meu Deus, isso foi diferente.”

“Ele normalmente não faz isso?”

“Não.” Eu coloquei uma mão na parte inferior de suas costas. “Vamos sair logo
daqui

antes que ele tente ir com a gente.”

Ela sorriu. “Com o Raphael?”


“Raphael seria bem vindo. Ollie, por outro lado, não.” Eu ri enquanto
chegávamos a

escada. “A ultima coisa que eu quero é que você se distraia do nosso encontro.”

“Por que eu?” Avery deixou escapar e então, fechou seus olhos. “Okay. Não
responda

isso.”

A pequena vela na mesa vestida com uma toalha de linho tremeu entre nós. Nós

tínhamos feito nosso pedido com o garçom e Avery tinha pulado de assunto em
assunto,

nervosamente, enquanto beliscava seu pão.

O que tinha provocado essa pergunta havia sido a verdade. Eu tinha dito ela que
ela

não precisava se preocupar em me impressionar. E ela tinha me encarado como


se eu fosse

um idiota, e agora havia feito essa pergunta.

Eu não podia acreditar que ela realmente havia perguntado isso. Algumas vezes
as

mulheres realmente me deixavam embasbacado.

O garçom chegou com nossa comida, me distraindo por dois minutos. “Eu vou

responder essa pergunta.”

Ela gemeu. “Você não precisa.”


Eu peguei meu copo, a olhando sobre a borda. “Não, eu acho que preciso.”

“Eu sei que é uma pergunta estupida a se fazer, mas você é incrível Cam.” Seus
dedos

apertaram os talheres. “Você é legal e é engraçado. Você é inteligente. Eu venho


te recusando

por dois meses. Você poderia sair com qualquer pessoa, mas está aqui comigo.”

Um sorriso surgiu em meus lábios. “Sim, eu estou.”

“Com a garota que nunca foi a um encontro antes.” Ela olhou para cima,
encontrando

meu olhar. “Isso só não parece realidade.”

“Okay. Eu estou aqui com você porque eu quero estar – porque eu gosto de você.
Ah,

me deixa terminar.” Um olhar de dúvida que passou em seu rosto era obvio. “Eu
já te disse

isso. Você é diferente – em um bom sentido, então tire esse olhar do seu rosto.”

Ela estreitou seu olhar na minha direção.

“E eu tenho que admitir que algumas vezes que eu pedi para você sair comigo,
eu

sabia que você não iria dizer sim. E, talvez, enquanto eu não estava sempre
sendo sério

quando eu perguntava, eu sempre estava sendo sério sobre querer te levar para
sair. Você

entende isso? E eu gosto de passar meu tempo com você.” Eu coloquei um


pedaço de bife na
minha boca. “E hey, eu acho que sou uma ótima conquista para seu primeiro
encontro.”

“Meu deus.” Ela riu, enrugando a pele em torno de seus olhos. “Eu não posso
acreditar

que você acabou de dizer que era uma ótima conquista.”

Eu dei de ombros. “Eu sou. Agora coma seu frango antes que eu o faça.”

E ela fez.

Mais importante, ela finalmente relaxou o suficiente para estar bem com si
mesma. E

não era esse todo o sentido de um encontro? Eu gostava de pensar que sim.

“Então, o que você vai fazer no Thanksgiving?” eu perguntei. “Vai voltar para o
Texas?”

Ela fez uma careta. “Não.”

“Você não vai pra casa?”

Moranguinho terminou o ultimo pedaço de seu frango. “Eu vou ficar aqui. Você
vai pra

casa?”

“Eu vou, só não tenho certeza ainda de quando.” Eu não gostava da ideia dela
ficando

sozinha. “Você realmente não vai mesmo pra casa? É mais de uma semana –
nove dias. Você

tem tempo.”

“Meus pais... vão estar viajando, então vou ficar por aqui.” Seu olhar desvirou.
“Seus
pais fazem o grande jantar de Thanksgiving?”

“Yeah,” eu disse distraído.

Quando a conta chegou e nós fomos em direção a noite fria, eu deixei cair um
braço

sob seus ombros, aconchegando ela mais perto enquanto andávamos no


estacionamento. Ela

não resistiu, no lugar, ela ficou pressionada contra minha lateral.

“Você teve um bom jantar?” eu perguntei uma vez, dentro do carro, batendo
minhas

mãos juntas e as esfregando.

“Sim. E obrigada pela comida. Eu quero dizer, jantar. Obrigada” Ela fechou seus
olhos

e, mesmo estando muito escuro para eu ver, eu sabia que ela havia corado.
“Obrigada.”

“De nada.” Eu ri. “Obrigado por você finalmente ter concordado em me deixar
te levar

para sair.”

Ela me mandou uma tentativa de sorriso, e um silencio confortável caiu entre


nós, o

que era bom. Meus pensamentos ficavam indo e voltando no fato que ela não
estava fazendo

nada no Thanksgiving. Parecia errado e solitário e mais um milhão de coisas em


passar um

feriado sozinho. Uma ideia se formou em minha cabeça, uma que eu duvidava
que Avery iria
aceitar, mas eu tinha que tentar.

Quando voltamos para University Heights, paramos em frente a sua porta e o

momento mais estranho de qualquer encontro estava prestes a acontecer. Parte de


mim mal

podia esperar para ver como ela iria lidar com isso.

Moranguinho se virou para mim, olhar fixado em meu peito enquanto brincava
com a

tira de sua bolsa.

“Então...” eu comecei a dizer alto, silenciosamente orando para que ela não
dissesse

adeus.

“Você quer entrar?” ela perguntou, e eu, internamente, dei um soco no ar. “Para

beber algo? Eu tenho café ou chocolate quente. Eu não tenho cerveja ou algo
mais...”

“Chocolate quente seria bom.” Até agua seria bom demais. “Mas só se você tiver

aquele tipo que vem com os pequenos marshmellows.”

O grande sorriso de Moranguinho fez algo estranho com meu peito. “Eu tenho.”

“Então guie o caminho, querida.”

Enquanto ela entrava na cozinha, eu fui para sala. Ela se juntou a mim no sofá
com

duas canecas de chocolate quente. Ela tirou suas botas e colocou seus pés
embaixo dela. Eu

decidi que não havia ninguém mais fofa que ela. Nunca.
“Obrigado.” Eu peguei uma, observando o vapor saindo do topo. “Tenho uma
pergunta

para você.”

“Okay.”

Pequenos marshmellows rasparam em meus lábios quando tomei um gole.


“Então,

baseada na sua primeira experiência de encontro, você iria em outro?”

Ela sorriu levemente. “Como um segundo em geral?”

“Em geral.”

“Bem, esse foi um bom primeiro encontro. Se o segundo for igual a esse, então
eu

acho que sim.”

“Humm.” Eu a observei. “Com qualquer um ou...?”

Seus cílios se abaixaram. “Não com qualquer um.”

“Então teria de ser alguém em especial?” eu perguntei.

“Eu acho que teria de ser.”

“interessante.” Quando ela levantou seu olhar para o meu, seus olhos eram
suaves e

infinitos. “Teria esse alguém, em particular, esperar outros dois meses se ele te
chamasse?”

Um sorriso se formou em volta da beirada da caneca. “Depende.”

“Do que?”

“Meu humor.”
Eu ri. “Se prepare.”

“Okay.”

“Eu vou te chamar para sair novamente – não jantar, porque eu gosto de variar. É
para

o cinema.”

Ela colocou seus dedos em sua bochecha. “Cinema?”

“Mas é um cinema tipo drive-in, um dos últimos na região.”

“Do lado de fora?” Excitação brilhava em seu olhar.

“Yep. Não se preocupe. Vou te manter aquecida.”

Ela balançou sua cabeça rindo. “Okay.”

“Okay para o cinema?”

Sugando seu lábio inferior entre seus dentes, ela concordou.

Espere. O que? Seria assim tão fácil? “Sério que isso não vai levar outros dois
meses?”

Ela balançou a cabeça, dizendo não.

Eu ri sob minha respiração, sabendo que a pior parte esperava. “Okay. Que tal

Quarta?”

“Próxima Quarta?” ela perguntou.

“Nope.”

Ela se ajeitou contra o sofá. “Na outra Quarta?”

“Yep.”
Seus olhos castanhos se tornaram um franzido. “Espere. Essa não é a Quarta
antes do

Thanksgiving?”

“É.”

“Cam, você não está indo pra casa?”

“Estou.”

“Quando?” ela perguntou. “Depois do cinema, no meio da noite ou na manhã de

Thanksgiving?”

“Veja, o cinema drive-in é logo fora da minha cidade natal. Por volta de dez
milhas.”

Avery me encarou, seus olhos arregalados. “Não estou entendendo.”

Bebendo o resto do chocolate quente, eu coloquei ele para o lado e me virei até
que

pouco espaço nos separasse. “Se você está indo nesse encontro comigo, então
você vai ter que

ir para casa comigo.”

“O que?” ela quase estourou minha audição enquanto se levantava. “Ir para casa
com

você?”

Para me impedir de rir, eu pressionei meus lábios juntos e assenti.

“Você está falando sério?”

“Tão sério quanto minha audição furada.” Eu disse. “Venha para casa comigo.
Nós
vamos nos divertir.”

“Ir para casa com você – para a casa de seus pais? Basicamente para o
Thanksgiving?”

Eu assenti e ela bateu em meu braço. “Não seja idiota, Cam.”

“Eu não estou sendo idiota. Estou falando sério. Meus pais não vão se importar.”
Eu

pensei no que eu havia dito a meu pai. “Na verdade, eles provavelmente ficarão
felizes em ver

alguém além de mim. E minha mãe gosta de cozinhar muita comida. Quanto
mais bocas para

comer, melhor.”

Ela continuou me encarando, boca aberta.

Não estava indo bem. “Nós podemos ir quando você quiser, mas claro antes de
Quarta

a tarde. Você pretende terminar o resto do seu chocolate?” Eu peguei a caneca


quando ela

balançou a cabeça. “E podemos voltar quando quiser também.”

Avery me observou terminar. “Eu não posso ir com você.”

“Por que não?”

“Por centenas de razões óbvias, Cam. O que seus pais irão pensar...”

“Eles não vão pensar nada.” Essa era provavelmente uma mentira, mas ela não

precisava saber. Eu suspirei. “Okay. Veja por esse lado. É melhor do que ficar
sentada em casa,

sozinha, por uma semana. O que você vai fazer? Ficar por ai e ler? E sentir
minha falta, porque

você vai sentir. E então eu terei que passar a maior parte do meu tempo
mandando mensagem

e me sentindo mal que você está em casa, sozinha, e nem pode ir ao McDonalds
porque eles

fecham no Thanksgiving.”

“Eu não quero que você sinta pena de mim. Não tem nada demais. Eu não tenho

problema nenhum em ficar aqui.”

“Eu não quero você sentada aqui sozinha e você está transformando isso numa
coisa

grande. Eu sou um amigo perguntando um amigo para vir passar um tempo


comigo no feriado

de Thanksgiving.”

“Você é um amigo que acabou de levar o amigo em um encontro!” ela protestou.

Eu coloquei a caneca próxima a minha. “Ah, esse é um bom ponto.”

Pegando uma almofada, ela segurou próximo a seu peito como um escudo. “Eu
não

posso fazer isso. Visitar a família no feriado? Isso é muito...”

“Rápido?”

“Sim.” Ela assentiu furiosamente. “Muito rápido.”

“Bem, então eu acho que é uma boa coisa que nós não estamos saindo, porque
sim,

seria muito rápido se esse fosse o caso.”


Sua cabeça inclinou para o lado. “Mas o que?”

Eu peguei a almofada dela e coloquei atrás de mim. “Você e eu somos dois


amigos que

saíram em um encontro. Talvez dois se você vier comigo. Nós não estamos
namorando. Somos

apenas amigos que saíram em um encontro. Então estaremos indo a minha casa
como

amigos.”

“Você não faz sentido.”

“Faz total sentido. Nós nem nos beijamos, Avery. Somos apenas amigos.”

Seu queixo caiu no chão.

“Venha para casa comigo, Avery. Eu prometo que não vai ser desconfortável.
Meus

pais vão estar tão felizes em ter você. Você vai ter um bom tempo e vai ser
melhor do que

você vai acabar fazendo aqui. E nada, absolutamente nada, vai ser esperado de
você. Okay?”

A palavra ‘não’ estava facilmente se formando nos seus lábios, mas ela desviou
seu

olhar enquanto se virava, encarando as canecas vazias na mesinha. Alguns


momentos se

parraram e então ela se virou para mim, seus cílios levantando. Ela engoliu. Isso
era bom.

“Seus pais realmente ficaram contentes com isso?”

Ela não estava dizendo não para mim agora. Isso era bom. “Eu já trouxe amigos
antes.”

“Meninas?” Quando eu balancei a cabeça, ela bateu suas mãos juntas. “E seus
pais

realmente vão pensar que somos somente amigos?"

“Por que razão eu diria a eles que estamos namorando se não estamos? Se eu
digo

amigos, é isso que vão pensar.” Eu encontrei seu olhar e segurei minha
respiração.

“Okay. Eu vou para casa com você.” Ela disse de pressa. “Essa é uma ideia
insana.”

Por um momento eu não conseguia processar nada além do fato que ela tinha
dito

sim. “É a ideia perfeita.” Desde que ela estava de tão bom humor... “Vamos nos
abraçar para

confirmar.”

Uma sobrancelha levantou. “O que?”

“Nos abraçar. Uma vez que nos abracemos, não há volta.”36

Avery rolou os olhos. “Oh meu deus. Você está falando sério?”

“Muito sério.”

36 No original: “Once you hug on it, you can’t back on it.”

Avery resmungou enquanto se levantava sob seus joelhos e esticava seus braços.

“Muito bem, vamos nos abraçar para selar nosso acordo antes que eu...”

Meus braços foram direto para sua cintura e eu a puxei para perto. Sua perna
enrolou
na minha enquanto eu a abraçava. Em segundos, seu cheiro me rodeou. “Acordo
está selado,

querida. Thanksgiving nos Hamiltons.”

Ela murmurou algo incoerente enquanto levantava sua cabeça. Nossas bocas se

alinharam e um sentimento de entendimento passou por seu rosto. “Você...”

Eu ri e seus lábios se afastaram. “Movimento suave, huh? Trouxe você até aqui.
Eu não

teria acreditado em sua palavra.”

“Você está tão errado.” Seus olhos brilharam, e antecipação passou numa
corrida.

“Eu sou errado em todos os sentidos certos. Eu tenho que admitir algo.”
Abaixando

minha cabeça, eu passei meus lábios sobre sua bochecha suave,


momentaneamente fechando

meus olhos a sensação doce que passou por meus lábios. “Eu menti antes.”

“Sobre o que?”

Cuidadosamente, para que eu não fizesse ela sair gritando pelas montanhas, eu

vagarosamente deslizei minhas mãos para a parte inferior de suas costas.


“Quando eu disse

que você estava bem? Eu não estava sendo completamente honesto.”

“Você não acha que eu pareço bonita?”

“Não.” Eu caminhei com minha mão subindo sua espinha, parando logo abaixo
do seu

cabelo enquanto pressionava minha testa contra a sua. “Você está linda hoje à
noite.”

Seu respirar suave me alertou. “Obrigada.”

Beija-la provavelmente era abusar da sorte, mas ela estava tão perto e não estava
me

afastando. Eu tenho esperado eras para provar de seus lábios. Meu coração
acelerou,

aumentando a corrente de sangue em minhas veias.

Avery ficou tensa quando meus lábios passaram sob sua bochecha e então suas
mãos

pararam nos meus bíceps. Enquanto chegava mais perto de seus lábios, eu podia
praticamente

sentir o gosto de chocolate que eu sabia que ainda estaria lá. “Avery?”

“O que?”

Meu pulso disparou, pulsando em várias partes de meu corpo. “Você nunca foi
beijada

antes, certo?”

“Não.” Ela sussurrou.

“Só para ficarmos claros, isto não é um beijo.”

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, eu passei meus lábios sobre os dela.
Mal era

um beijo, mais como um cumprimento, mas o raio viajou em mim, tirando o ar


de meus

pulmões.

“Você me beijou.” Os dedos de Avery se apertaram em meu braço;


“Isso não foi um beijo.” Ela tremeu quando meus lábios passaram sobre os dela.

“Lembra? Se nós tivéssemos nos beijado, então você ir para casa comigo poderia
significar algo

mais sério.”

“Oh,” ela sorriu. “Okay.”

“Isso também não é um beijo.”

Eu a beijei para valer dessa vez, traçando o desenho de seus lábios, aprendendo a

sensação deles. Eles eram tão suaves quanto eu imaginei, absolutamente


perfeitos contra os

meus. Quando ela se inclinou para mim, fazendo um pequeno som ao respirar,
luxúria

aumentada por algo muito mais profundo me atingiu.

Isso era o seu primeiro – Eu era seu primeiro beijo. Ninguém poderia tirar isto de
nós.

E não importava o que acontecesse daqui a uma semana ou um mês, nós sempre
teríamos

isso. Um primário orgulho masculino me envolveu.

Perto – eu precisava dela perto, sentir seu corpo sob o meu. Eu a virei para suas
costas,

mantendo apenas minha boca na dela, e seus lábios se moveram contra os meus.
Ela estava

me beijando de volta, pequenos beijos que eram desajeitados, mas totalmente


sexy em seu

jeito único.
Um som veio de dentro de mim e meu corpo demandou que eu me afundasse
nela,

mas eu me mantive sobre ela, guiando seus lábios abertos. Ela gemeu abaixo de
mim, e eu me

surpreendi com uma necessidade que nunca senti antes. Sua boca se abriu e eu
entrei,

passando minha língua na dela, aprofundando o beijo. Suas costas se curvaram e


quando seus

seios passaram sobre meu peito, eu tive que puxar o freio.

Levantar minha cabeça foi à coisa mais difícil que eu já tive que fazer. Parecia ir
contra

a natureza e ficou ainda mais difícil quando um gemido escapou dela quando eu
mordisquei

seu lábio inferior.

Ela estava respirando pesadamente, como eu, olhos sem foco. “Ainda não foi um

beijo?”

Sentando, eu a puxei de volta. Meu olhar passava sobre ela, procurando por
algum

sinal que ela não tivesse gostado do beijo. O que encontrei foi exatamente o
oposto. Suas

bochechas estavam coradas, seus olhos ferviam e seu peito subia e descia
rapidamente.

Eu diminui a distância entre nós, passando meu dedão sobre seu lábio inferior

enquanto me inclinava. “Não. Isso não foi um beijo.” Eu passei meus lábios
sobre os dela,
inalando sei cheiro doce. “Isso foi um ‘boa noite’.”

- 16

“Uma menina?”

Eu encarei o teto do meu quarto. “Sim, mãe, uma menina.”

Houve uma Paula do outro lado da linha. “Uma senhorita?”

“Sim.”

“Uma menina de verdade, viva?” ela perguntou.

“O oposto a uma menina falsa, morta?”

Mãe fez eu me calar. “Você está realmente trazendo uma menina para casa?”

Eu comecei a franzir a testa. “Por que você soa tão chocada?”

“Você nunca trouxe uma garota para casa, Cameron. Você – espere querido!”
Um

farfalhar interrompeu e então, “Querido, Cameron está trazendo uma garota real,
e viva, para

casa no Thanksgiving! Você pode acreditar? Não. Eu não posso – o que...?”

“Ai meu Deus,” eu gemi, apertando meus olhos fechados. Talvez isso não tenha
sido

uma boa ideia.

Sua vós soava perto do bocal. “Seu pai quer saber se o nome dela é Avery?”

Eu bati minha mão sobre meus olhos. “Sim, é, mas ela é só uma amiga. Eu falo
sério,

mãe. Ela é só uma amiga então não aja como uma louca quando você a conhecer
e comece a
planejar nosso casamento.”

“Isso foi meio que um insulto.” Ela bufou. “Eu só começaria a planejar seu
casamento

se você a trouxesse no Natal.”

Eu ri. “Vou manter isso em mente.”

Depois de um tempo absurdo convencendo Mãe e Pai que Avery era apenas uma

amiga, e não forçando eu a cometer parricídio, eu desliguei o telefone e joguei-o


no

travesseiro ao meu lado.

Um pequeno sorriso surgiu nos meus lábios enquanto imaginava Moranguinho


em

casa com meus pais.

Uma risada estridente veio da sala de estar, misturada com a risada profunda de
Ollie.

Eu nem precisava adivinhar o que estava acontecendo lá fora.

Resmungando, eu arranquei o travesseiro de baixo de minha cabeça e esmaguei


sobre

meu rosto, tentando diminuir o som. Já era mal o suficiente que eu estava em
constantemente

duro. Eu não precisava de um pornô amador acontecendo na sala.

Eu fui seu primeiro beijo.

Orgulho inflou em meu peito e outras partes do meu corpo estavam sofrendo
com a

mesma reação, o que não estava ajudando em nada. Depois do nosso encontro,
eu passei a

maior parte da noite com a mão em volta do meu pênis. E, praticamente, todas as
noites após

isso. Ficar perto dela não deixava as coisas mais fáceis, mas eu não poderia ficar
longe. Não

beija-la novamente estava me deixando louco.

Quando as coisas na sala se acalmaram um pouco, eu tirei minha cabeça de


baixo do

travesseiro. Eu realmente esperava que o que fosse o que Ollie estivesse fazendo
lá, não

estivesse sendo feito no sofá.

Eu teria que sentar naquilo.

Me virando de lado, eu peguei meu celular. Eu disse a mim mesmo para não
fazer isso,

que eu a veria amanhã, mas eu era um perdedor, então não consegui me impedir
de lhe

mandar uma mensagem.

Hey.

A resposta chegou quase imediatamente. Hey você.

Meus lábios se curvaram para cima. O que está fazendo?

Lendo sua mensagem. Houve uma pausa e outro texto chegou. Também lendo as

matérias seguintes de História.

Eu ri. Nerd.
Idiota.

Virando-me novamente, eu mandei outra mensagem. Admita.

Admitir o que?

Você está ansiosa para amanhã.

Um minuto se passou e eu me sentei, franzindo a sobrancelha. Finalmente uma

resposta chegou. Estou.

Demorou tudo isso? Eu respondi. Que vergonha.

LOL. Desculpa. Achei que poderia te fazer suar.

Balançando a cabeça, eu tirei minhas pernas da cama e fui em direção à porta,

espiando o lado de fora. A sala estava escura, mas não vazia. Dois vultos
estavam entrelaçados

em uma cama feita de travesseiros e lençóis. Fazendo careta, eu desviei deles.

Eu enviei um ultimo texto. Knock. Knock.

Arrepios passaram pelo meu peito enquanto eu ia para o corredor. Meu telefone

tocou e eu olhei. Suspiro. Quem é?

Rindo que nem um idiota, eu corri para sua porta, batendo.

Mais ou menos dez segundos depois, a porta se abriu. Avery estava ali, seu
iPhone

apertado em sua mão direita. Sua boca abriu, então se fechou, seus lábios tensos.

Eu me inclinei no batente, um sorriso sem vergonha enquanto seu olhar vagava


sobre

meu abdômen, meu peito, parando na tatuagem em forma de sol. “Hey, menina,
hey...”

Ela caiu na gargalhada enquanto dava um passo para trás. “Você é... ó meu
Deus.”

“Eu sou um Deus do sexo, eu sei. De qualquer maneira, tem outra coisa que eu
queria

que você admitisse.”

Puxando seu cardigã em sua volta, ela me encarou enquanto pressionava seus
pés um

sobre o outro. “Você não está com frio?”

“Eu sou muito quente para sentir frio.”

Ela revirou os olhos. “O que você quer que eu admita?”

Eu a lancei um pequeno sorriso e então andei para frente, me movendo rápido.


Seu

peito levantou rapidamente e seus lábios se abriram, como se ela estivesse


esperando um

beijo. Enquanto me aproximava, eu vi seus cílios se fecharem e uma fome


passou por mim.

Mas eu não beijei seus lábios. Merda, eu queria isso mais que qualquer coisa,
mas eu

sabia que eu tinha que ir devagar com a Moranguinho.

Então eu beijei a ponta de seu nariz.

Avery cambaleou para trás, seus olhos arregalados, com um sorriso surgindo em
seu

rosto. Uma risada suave surgiu dela e eu sabia que faria várias coisas terríveis só
para ouvir
isso novamente.

“Admita.” Eu disse, minha voz rouca. “Você gostou disso.”

Olhos dançantes e bochechas coradas, ela inclinou a cabeça para o lado. “Eu
gostei.”

Foi só depois, quando eu já estava de volta em minha própria cama, que eu


percebi

que o bracelete que ela sempre usava em torno do seu pulso esquerdo estava
ausente.

A garota sorridente de ontem a noite não podia ser encontrada hoje. Pelas
últimas

quatro horas de viagem, ela tinha roído suas unhas que eu imaginava se havia
sobrado algo.

“Você tem certeza que seus pais estão bem com isso?” ela perguntou pela
milésima

vez, e eu concordei pela milésima vez. “E você realmente ligou para eles e
avisou, certo?”

Olhando de relance para ela, eu não pude me controlar em não provoca-la.


“Não.”

“Cam!” ela gritou.

Eu ri. “Estou brincando. Fique calma, Avery. Eu disse a eles no dia depois que
você

disse que iria. Eles sabem que você está vindo e eles estão animados por
conhecê-la.”

Ela me encarou enquanto voltava a roer sua unha. “Isso não foi engraçado.”

“Sim, foi.”
“Idiota” ela murmurou.

“Nerd.”

Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Cadela.”

“Oh.” Eu assobiei. “Brigando com palavras. Continue assim e eu dou meia volta
neste

carro.”

“Parece como uma boa ideia.”

“Você estaria triste e em lágrimas.” Eu a alcancei, tirando sua mão da boca.


“Pare de

fazer isso.”

“Desculpa. É um mau hábito.”

“Realmente é.” Eu entrelacei meus dedos com os dela e trouxe nossas mãos
juntas

para minha coxa, segurando elas ali.

Para distrair ela, eu comecei a falar sobre o recital que minha irmã estaria
fazendo hoje

à noite. Teresa não estaria em casa até amanhã de manhã cedo. A mudança de
assunto

pareceu funcionar. Verdade seja dita, quando chegamos às ruas estreitas da


minha cidade

natal, eu estava nervoso.

EU não havia trazido uma garota para casa desde o colegial e, honestamente,
aquelas
vezes não contavam. Não desse jeito.

Eu olhei para Avery enquanto parávamos num sinal vermelho. Ela estava
observando a

bandeira da WVU balançar com o vento, sua mão ainda entrelaçada com a
minha.

“Você está bem ai?” eu perguntei, apertando sua mão.

“Yep.” Ela apertou de volta.

Minha garganta estava seca enquanto eu chegava à rua que levava a minha casa.
Com

o canto dos olhos, eu observei sua reação.

Seus olhos se arregalaram enquanto ela libertava sua mão e inclinava para frente.
Mãe

já tinha começado a decoração de natal. Grandes grinaldas verdes estavam


penduradas na

porta da frente e nas janelas no segundo e terceiro andar.

Eu parei perto da garagem e me virei para Moranguinho. “Você está pronta?”

Um leve flash de pânico passou em seu rosto me fazendo ter medo que ela
corresse

para a floresta mas então ela concordou e saiu do carro. Quando ela se virou para
pegar sua

bolsa, eu peguei antes.

“Eu posso carregar.” Ela disse.

Eu olhei para baixo, para a bolsa e joguei-a sobre o ombro. “Eu vou carregar. Por
sinal,
acho que a estampa de flores rosa e azul fica maravilhoso em mim.”

Ela riu, nervosa. “É realmente a sua cara.”

“Foi o que pensei.” Eu esperei Moranguinho fazer seu caminho em minha


direção e

então andei para a entrada. Nós passamos pelo pátio coberto, passando pela
mobília de vime

que Pai ainda não havia guardado. Uma olhada em Avery, e eu pisquei. “Você
parece estar

prestes a ter um ataque cardíaco.”

“Tão ruim assim?”

“Perto.” Me movendo para perto dela, eu arrumei uma mecha de seu cabelo
enquanto

me inclinada, pegando seu olhar. “Você não tem razão para ficar nervosa, okay?
Eu prometo.”

Seu olhar passou de meus olhos para minha boca. “Okay.”

A urgência para capturar sua boca e sentir o seu gosto doce e único era difícil de

resistir, mas eu tinha. Me virando, eu abri a porta e fui recebido por um cheiro de
maçã. Meu

estomago resmungou. Melhor que esse cheiro seja de uma torta.

Eu guiei uma Avery assustada entre as mesas de sinuca e de air-hockey, em


direção à

escadaria. Seu olhar vagou por tudo, não perdendo um item sequer. Eu me
encontrei

esperando que ela gostasse do que via, o que era estranho, porque nada disso era
meu.
“Essa é a caverna dos homens.” Eu disse a ela, a guiando pela escada. “Meu pai
passa

muito tempo aqui em baixo. Ali está a mesa de pôquer que tive minha bunda
chutada.”

Um pequeno sorriso passou em seus lábios. “Eu gosto daqui.”

“Eu também.” Eu hesitei no primeiro degrau. “Minha mãe e meu pai estão

provavelmente lá em cima...”

Ela assentiu enquanto se afastava, me seguindo pela escada a cima e dentre a


sala.

Revistas estavam espalhadas na mesinha. Significando que Teresa trouxe alguns


amigos em

algum momento.

“Sala de estar.” Eu disse , passando por um arco. “E essa é uma segunda sala de
estar,

ou alguma outra sala que ninguém se senta. Talvez uma sala de sentar? Quem
sabe? E essa é a

sala de jantar formal que nunca usamos mas tem...”

“Nós usamos a sala de jantar!” Mãe gritou. “Talvez uma ou duas vezes ao ano
quanto

temos companhia.”

“E usamos a ‘louça boa’.” Eu disse, olhando para Avery.

Ela parou completamente no final da mesinha, seu rosto pálido. Eu me virei,


querendo

fazer isso ficar mais fácil para ela, mas sem saber como. Então Mãe veio na sala,
ajeirando uma

mecha de cabelo de volta em seu rabo de cavalo.

Mãe fez um caminho mais curto me minha direção, me pegando em um abraço


antes

que pudesse me mover. “Eu nem sei onde a ‘louça boa’ está, Cameron.”

Eu ri. “Onde quer que elas estejam, provavelmente estão se escondendo dos
pratos de

papel.”

Mãe riu enquanto se afastava, segurando em meus ombros. “Bom ter você em
casa.

Seu pai está começando a me irritar com toda essa conversa em ‘ir caçar’.” Seu
olhar se moveu

para Avery e seu sorriso se espalhou. “E essa deve ser Avery?”

“Oh, Deus não.” Eu disse. “Essa é Candy, mãe.”

Cor subiu por suas bochechas enquanto ela se afastava, deixando cair seus
braços.

“Uh, Eu...”

“Eu sou Avery.” Moranguinho disse, me atirando um olhar que me fez querer
beija-la.

“Você acertou.”

Mãe girou, me batendo no braço. Minha pele estalou. “Cameron! Meu Deus, eu

pensei...” Ela me bateu novamente, e eu ri. “Você é terrível.” Balançando a


cabeça, ela se virou

para Avery novamente. “Você deve ser uma menina muito paciente por ter
sobrevivido a uma

viagem até aqui com esse idiota.”

Moranguinho piscou e, então, disparou uma risada. Claro que ela iria rir disso.
“Não foi

tão ruim.”

“Oh.” Mãe olhou sobre seus ombros para mim. “E ela é bem educada. Está tudo
bem.

Sei que meu filho é um... prato cheio. Por sinal, você pode me chamar de Dani.
Todos fazem.”

Mãe abraçou Moranguinho antes que a pobre garota pudesse ver chegando e,
não sei

o porquê, mas velas juntas assim fez acionou algo estranho em meu peito. Meu
coração

começou a palpitar quando Avery pareceu relaxar, passando seus braços em


torno de minha

mãe.

“Obrigada por me deixar vir.” Moranguinho disse.

“Não tem problema. Nós amamos ter companhia. Venha, vamos conhecer o
homem

que acha que é minha melhor metade. E por Deus, eu peço desculpas
antecipadas se ele

começar a conversar com você sobre quanto ele está planejando caçar esse final
de semana.”

Eu observei Mãe assumir o controle, guiando Moranguinho pela casa, meu


coração
ainda não tinha parado de palpitar como um martelo em um prego teimoso.

Moranguinho olhou sobre seu ombro, seu olhar encontrando o meu, e ela sorriu

quando eles se encontraram. Eu pisquei e...

Seu sorriso aumentou.

- 17

Observar Avery com minha irmã foi doloroso no começo. Moranguinho quase

totalmente tímida e, minha irmã, por Deus, teve que leva-la por quase todas as
conversas,

gentilmente a introduzindo. Mas, eventualmente, ela relaxou, falando com


Teresa sobre dança

e ela até se voluntariou em ajudar minha irmã a preparar os acompanhamentos


para o jantar.

O momento em que eu e meu Pai estávamos sozinhos, ele se virou para mim em
sua

poltrona, sorrindo levemente. “Ela é uma boa menina, Cameron.”

“Eu sei.”

“Quero dizer, ela realmente é uma boa menina.”

Eu olhei para ele, sobrancelhas levantadas. “Eu sei.”

Pai me observou de perto, aquele sorriso estranho ainda brincando em seus


lábios.

“Ela acabou indo a um encontro com você?”

Meus lábios se curvaram. “O que você acha?”

“Eu acho que sei a resposta.” Pai colocou sua cabeça para trás. “Vocês estão
juntos?”

“Não. Eu disse a você e mãe a verdade. Ela não é minha namorada.” Eu pausei,

pensando sobre a conversa que eu tinha ouvido esta manha entre minha Mãe e
Avery. Eu

estaria trazendo ela para o Natal e ela seria minha namorada até lá. “Ainda.”

Pai olhou para mim como se ele estivesse prestes a rir mas não o fez. Abrindo
seus

olhos, ele virou sua cabeça e disparou um olhar matador. “Você contou a ela
sobre o que

aconteceu?”

Músculos tencionaram em meu estômago. Eu sabia sobre o que ele estava

conversando, mas não respondi.

Pai suspirou. “Menino, você sabe como eu me sinto sobre o que aconteceu. Era a
coisa

mais certa a se fazer? Não. Mas se você não tivesse feito isto, eu teria. Mas você
precisa contar

a ela se vocês pretendem ficar sérios. Segredos são... bem, algumas vezes são
necessários e

outras, matam coisas antes que tenham chances de crescer. Você entende o que
estou

dizendo?”

Eu me encontrei concordando, mas meu olhar desviou para o lugar que Avery e
minha

irmã haviam desaparecido. Eu senti os nós de inquietação se contorcer em meu


estomago. Eu
sabia que não era o único com segredos.

Eu estava a dez segundo de pegar o celular da minha irmã e jogar ele do outro
lado do

cômodo durante o jantar de Thanksgiving. Joguei outro monte de inhame em


meu prato.

“Quem você continua mandando mensagem?”

Teresa sorriu. “Isso não é da sua conta.”

Eu levantei uma sobrancelha. “Eu sou seu irmão, isso é da minha conta. Mãe...”
eu

pausei, olhando do outro lado da mesa. “Você deveria contar a sua filha que é
falta de

educação ficar mandando mensagem durante o jantar.”

Mãe me lançou um olhar seco. “Não está machucando ninguém.”

Bem, esse não foi de nenhuma ajuda. Eu cutuquei Moranguinho com meu
joelho, e

não pela primeira vez. “Está machucando meus sentimentos”, eu murmurei para
ela.

Avery revirou os olhos enquanto ela me chutava de volta.

“Isso é triste.”, Teresa colocou o celular em seu colo. “Então, Avery, como você

terminou aqui em West Virginia?”

Ela passou sua colher no purê de batatas. “Eu queria ir a um lugar diferente.
Minha

família é originalmente de Ohio, então West Virginia parecia um bom lugar para
ir.”
“Eu tenho que ser honesta, eu teria escolhido New York ou Florida ou Virginia
ou

Maryland ou...” ela olhou para baixo quando seu celular vibrou, pegando-o.

Meu olhar se estreitou enquanto eu cutucava o joelho de Avery. Curioso para


com

quem minha irmã estava conversando, eu agi como se estivesse indo pegar mais
peru, mas fui

para seu celular no lugar.

“Hey!” Teresa gritou. “Devolva!”

Desviando de suas mãos, eu me inclinei para Avery enquanto meu olhar ia para a
tela.

Murphy? Mas que merda? “Quem é Murphy?”

“Ele não é da sua conta! Deus.” Teresa tentou pegar sei celular. “Devolva meu
celular.”

“Eu vou devolver quando você me contar quem Murphy é. Namorado?”

Suas bochechas vermelhas foram resposta suficiente. De verdade, eu não


esperava

que minha irmã ficasse solteira para sempre, mas ela não tinha tido ninguém
sério desde

aquele idiota.

Ela bateu com suas costas na cadeira, cruzando os braços. “Mãe.”

“Cam, devolva o celular para ela.” Ela ordenou, e quando eu não me movi, seu
sorriso

ficou tenso de um jeito que era raro para ela. “Nós conhecemos Murphy. Ele é
um bom rapaz.”
Eu tenho certeza que isso era o que todos diriam sobre o idiota.

“Ele é bem legal e eu realmente gosto dele.“ Teresa disse baixo.

Eu bufei. “Isso não é...”

“Ele não é como Jeremy.” Pai interrompeu. “Devolva seu celular.”

Avery tinha ficado encarando seu prato e quando sua mão pousou em minha
coxa, eu

parei de pensar em Jeremy, o idiota, ou o celular de Teresa.

Sua mão estava na minha coxa, tão perto de onde eu gostaria que estivesse e,
naquele

momento, me chame do que quiser, eu não dava a mínima que estávamos tendo
um jantar de

Thanksgiving. Se ela somente escorregasse sua mão um pouco para cima...

Avery pegou o celular de minhas mãos.

Filho da puta. “Hey, isso não é nem um pouco justo.”

Ela riu para mim enquanto se esticava em minha volta, entregando o celular de
volta

para Teresa. “Desculpa.”

“Obrigada,” ela disse, sorrindo para Moranguinho como se ela fosse um messias
dos

celulares.

Eu atirei nela um olhar promissor antes que me virasse para Teresa. “Eu quero

conhecer esse Murphy.”


Minha irmã suspirou mas cedeu. “Okay. Me deixe saber quando.”

Eu não tinha ideia do que Moranguinho pensou sobre isso só foi quando a
conversa

acabou que eu percebi que toda essa situação deveria ser estranha para ela. Eu
pensei no que

Pai disso sobre segredos antes e haviam tido vários momentos hoje para trazer
isso à tona,

mas nenhum deles pareceu certo.

Como se explica para a menina que levou meses para que eu conseguisse levar
em um

encontro que você espancou um adolescente até o coma? Não era algo que se
falasse em um

jantar.

Mas Pai estava certo. Eu preciso contar para ela.

Eu tinha que.

Quando eu deixei meu quarto naquela noite para ir para o de Avery, eu tinha toda
a

intenção de conversar com ela. Eu me senti como na época em que eu costumava


jogar

futebol, antes de um jogo começar e meu estômago estava agora em algum lugar
entre meu

joelho e minha bunda.

Fechando a porta do meu quarto atrás de mim o mais silenciosamente possível


como

um rato em véspera de Natal, eu pulei um bom meio metro quando ouvi meu
nome.

“Cam.” Teresa sussurrou, colocando sua cabeça para fora da porta a alguns
metros de

distância no corredor. “Você tem um segundo?”

“Claro.” Eu olhei para a porta de Moranguinho e então me forcei a me afastar.


“O que

foi?”

“Eu só queria dizer para você que Murphy não é realmente meu namorado.”
Teresa

cruzou seus braços na altura do seu estômago. “Ele é só um bom amigo e nós
saímos em

alguns encontros, mas não é assim.”

Alívio correu por mim. Eu queria que Teresa esperasse até os trinta anos e
soubesse

manejar uma arma antes que ela começasse a namorar novamente. “Estou
aliviado em ouvir

isso.”

Ela concordou, deixando sair um pequeno suspiro. “Mas se você ainda quiser
conhece-

lo, eu posso arrumar tudo.”

“Eu gostaria disso.” Não havia nenhuma razão para não colocar o medo nesse
seu

‘bom amigo’.

Ela andou em seus saltos cobertos por uma meia enquanto me olhava. “Eu gostei
da
Avery, por sinal. Ela é tão doce e bonita. E inteligente, o que me faz duvidar do
por que ela está

aqui com você.” Ela disparou um pequeno sorriso. “Eu realmente gosto dela.”

A mudança de assunto me aqueceu. “Ela é. Fico feliz que você gostou dela.”

“Bem, ela tem meu selo de aprovação.” Teresa deu mais uns passos para trás,
para

dentro de seu quarto, pausando. Ela me olhou como se quisesse dizer mais
alguma coisa, mas

então balançou a cabeça. “Boa noite.”

Eu esperei até ter 100% de certeza que minha irmãzinha não iria me pegar
entrando

escondido no quarto da Moranguinho antes de bater. Bati o mais silenciosamente


possível e

então entre abri a porta.

Todos os pensamentos em ter uma noite de confissões voaram pela janela.

Apoiada em seus cotovelos, Avery Morgansten estava uma maldita visão para se

admirar. Seu cabelo caia pelos seus ombros e seu rosto estava inclinado para o
lado. Havia

uma qualidade meio brincalhona no olhar que ela me lançou parte sedutora,
parte inocente.

EU sabia que ela não tinha ideia de quão bem ela estava só por estar ali, o que a
fazia ainda

mais quente.

“Hey.” Eu disse.
“Oi.” Sua voz era mal um sussurro.

“Eu queria dizer boa noite.” Essa não era a verdade, mas eu não podia me
lembrar do

porque eu estava procurando por ela fora querer vê-la.

Ela apertou a colcha. “Você já me disse boa noite.”

“Eu disse.” Eu entrei no quarto, fechando a porta atrás de mim. Eu estava atraído
por

ela como um lápis estava pelo papel. “Mas eu não fiz. Não do jeito que eu quero
dizer boa

noite.”

Seu suspiro suave foi minha perdição, mas enquanto fazia meu caminho para
sentar na

cama ao seu lado, eu sabia que eu estaria sempre perdido ao seu redor. E ela não
fazia a

mínima ideia.

Meu olhar foi para seu rosto erguido, absorvendo o pequeno rosado em suas

bochechas e seus lábios afastados até o pequeno inchaço sob a fina camiseta que
ela usava.

“Estou feliz que você decidiu vir aqui.”

Seus olhos estavam incrivelmente grandes quando encontraram os meus. “Eu

também.”

“Verdade?” Eu me inclinei para ela, colocando minha mão ao lado de seu


quadril.

“Você acabou de admitir isso?”


O canto de seus lábios se curvaram para cima. “Yeah, eu meio que fiz.”

O meu corpo seguiu aquele seu quase sorriso, me puxando para ela até que a
parte

superior de mim estava sobre a dela. “Eu gostaria que estivesse com meu celular
para gravar

esse momento.”

Seu peito levantou contra o meu enquanto ela encontrava meu olhar. “Eu tive...
um

ótimo tempo aqui.”

“Eu também.” Eu pequei um grande fôlego que não precisava. “Então o que
você está

pensando em fazer durante a pausa de inverno?”

Ela umedeceu seu lábio inferior e um raio selvagem passou por mim. “Eu não
sei.

Pensei em ir até D.C. um dos dias. Quero ver o Smithsonian37 e o National


Mall38. Eu nunca

estive lá.”

“Humm, isso pode ser divertido.” Minha mente estava imaginado várias outras
coisas

que poderiam ser divertidas também. “Eu poderia ser seu guia.”

Seu sorriso disparou o meu nó. “Isso... isso seria divertido.”

“Seria.” Sem perceber, eu me movi para perto o suficiente para que minha
respiração

passasse em suas bochechas coradas. “Escolha uma data.”


“Agora?”

“Agora.”

“Dois de Janeiro.” Ela disse imediatamente, e por alguma razão, seu corado se

aprofundou. “Você estará disponível?”

Meus lábios se curvaram. “Eu estarei disponível quando você quiser que eu
esteja.”

Meu coração estava palpitando em meu peito quando seu sorriso aumentou,
ficando

estonteante. Eu sabia que não tinha vindo aqui por isso, mas eu iria beija-la. Não
havia como

me impedir. “Adivinhe o que, Avery?”

“O que?”

“Se lembra de como você disse que estávamos tendo um bom tempo?” Eu
inclinei

minha cabeça para que minha boca ficasse sobre a dela. “Está prestes a ficar
melhor.”

“É mesmo?” ela sussurrou.

Meu nariz encostou com o dela. “Oh, yeah.”

“Você não vai me beijar de novo?”

“Isso é exatamente o que vou fazer.”

Longos cílios salpicados de vermelho se abaixaram enquanto meus lábios


passavam

sobre os dela. Era um beijo tão gentil, mas era como um choque em minhas
veias. Colocando o
peso de meu corpo apoiado no outro braço, eu passei meus dedos por sua
bochecha enquanto

pressionava um beijo no canto de seus lábios e então do outro lado.

Deslizando minha mão pelo contorno de seu pescoço, eu provei da pele de seu

maxilar, abaixo de sua orelha. Uma risada profunda saiu de mim quando ela
tremia. Quando

pressionei meus lábios abaixo de sua orelha novamente, passando minha língua,
ela fez um

som que espantou qualquer pensamento de minha cabeça.

“Boa noite, Avery.”

Eu a beijei, pressionando meus lábios dos dela, trabalhando na costura de sua


boca até

que ela a abrisse, permitindo que eu entrasse. O gosto da sua pele disparou um
fogo dentro de

mim, mas a sensação de sua boca começou um incêndio. Eu não poderia ter o
suficiente de

seus lábios, de seus beijos ou dos sons suaves ao respirar que ela estava fazendo.

Eu gemi enquanto deslizava minha mão para fora, guiando-a para ficar em suas
costas.

Seu corpo imediatamente ficou tenso e eu sabia que precisava diminuir o ritmo.
A ultima coisa

que queria era assustar ela.

Deus, isso era a última coisa.

Envolvendo sua bochecha, eu a beijei gentilmente até que seu corpo relaxasse
sob o
meu e então, assustando o inferno de mim, sua pequena mão terminou sob minha
camiseta,

pressionando a pele nua de meu abdômen.

Era como se eu tivesse sido marcado.

Calor correu por minhas veias enquanto meu corpo sacudiu em reflexo. Ar foi
retirado

de meus pulmões. Ela queria me tocar? Puta merda, ela podia me tocar. Eu fui
para traz e tirei

minha camiseta.

37 Museu localizado em Washington D.C.


http://en.wikipedia.org/wiki/Smithsonian_Institution

38 Parque nacional. http://en.wikipedia.org/wiki/National_Mall

A boca de Avery se abriu enquanto seu olhar se movia sobre meu peito, a
tatuagem, e

então para baixo. Era como ser tocado, mas melhor. Meu corpo queimava para
sentir o dela.

Eu puxei o edredom para traz e coloquei uma mão de cada lado de sua cabeça,

entrelaçando elas em seu cabelo. Havia uma parte mais primal que tomou conta
quando suas

mãos achataram na parte de baixo do meu estomago. Meu corpo inteiro


enrijeceu.

Eu encostei minha testa na dela. “Você não tem ideia do que faz comigo.”

Ela deu um grande suspiro enquanto eu abaixava meu corpo sobre o dela. A
sensação
da sua suavidade sob mim fazia meu pulso disparar como se eu tivesse corrido
uma milha na

areia. Eu apertei minha mandíbula fechada enquanto ela se movia de baixo de


mim, abrindo

suas coxas, permitindo que nossos corpos se encontrassem.

“Merda.” Eu gemi enquanto um tremor corria por mim.

Reivindicando seus lábios em um beijo que ardeu em minha pele, eu


vagarosamente

rolei meu quadril contra o dela. Merda grande, prazer correu por minha espinha.
Eu queria me

afogar nela, me perder completamente nela. Suas mãos agarraram minha lateral
enquanto eu

investia contra ela, traçando o caminho abaixo de seu pescoço, para o inchaço de
seus seios e

mais para baixo com minha mão. Eu coloquei sua perna em volta de meu
quadril, me

encaixando mais fundo nela. Nossos corpos se mexiam e seu doce, suave gemido
ecoava em

meu pensamento.

“Eu gosto desse som.” Eu investi meu quadril para frente e ela gemeu
novamente.

“Correção. Eu amo esse maldito som.”

Eu não sei o que havia sobre ela, talvez fosse tudo, mas nunca tinha sentido
assim tão

bom antes, tão forte e intenso com ninguém mais. Nem como na minha primeira
vez onde eu

senti como se tivesse pulado de um prédio de cem andares.

Meus dedos se entrelaçaram com os dela enquanto sua língua se entrelaçava na

minha, me levando a um ponto quase doloroso onde eu pensei que haveria uma
boa chance

deu me embaraçar. Mesmo sabendo disso, eu não podia parar. Eu deslizei minha
mão sobre a

dela, sob a manga de sua camiseta, sobre a delicada pele e...

Minha mão parou quando encontrou um caminho de uma pele elevada e áspera.

Metade de meu cérebro estava existindo no nível de meu pênis mas a outra parte
tomou

controle. Eu segui esse caminho, silenciosamente percebendo que formava uma


linha fina,

reta para baixo do centro de seu pulso – o pulso que ela sempre cobria com o
bracelete.

Não. De jeito nenhum.

Meu coração literalmente parou enquanto eu levantava minha cabeça, encarando


seu

olhar sem foco.

“Cam?” ela disse gentilmente, se contorcendo sob mim.

Eu virei seu braço e olhei. Não havia nenhum erro sobre a cicatriz profunda que
corria

alguns centímetros para cima de sua veia. Meu dedão seguiu seu caminho
enquanto eu
percebia que esse corte – oh Deus, o corte – havia de ser severo.

Uma dor se formou em meu peito, penetrando em minhas veias. Músculos

enrijeceram e nós se formaram. Eu queria apagar essa cicatriz, apagar o que quer
que

houvesse causado isso, porque eu sabia que ela havia feito isso a si mesma.

“Avery...?” meu olhar se moveu para o dela, se ficando. Eu mal conseguia


respirar. “Oh

Avery, o que é isso?”

Um momento ou dois se passaram e quando ela me olhou de volta, o sangue


deixando

seu rosto, e então ela soltou seu braço. Ela cambaleou de baixo de mim, puxando
sua manga

para baixo com tanta força que eu achei que ela iria arranca-la.

“Avery...” eu me virei em sua direção, tentando alcança-la.

“Por favor,” ela sussurrou, subindo na ponta da cama. “Por favor, saia.”

Estomago afundado, eu puxei minha mão. “Avery, fale comigo.”

Seu corpo inteiro tremia enquanto ela balançava a cabeça.

“Avery...”

“Saia!” Ela se atirou da cama, andando para traz como um animal ferido em uma

gaiola. “Só saia.”

Cada instinto meu demandava que eu não fosse, mas seu olhar selvagem e
assustado

era mais que eu poderia aguentar. Eu fui em direção da porta e então parei,
tentando

novamente. “Avery, nós podemos conversar...”

“Saia.” Sua voz se quebrou. “Por favor.”

Os músculos nas minhas costas ficaram tensos ao som de sua voz quebrada. Eu
fiz o

que ela me pediu. Não porque eu queria, mas porque era sua vontade.

Eu sai.

- 18

O momento que eu percebi que Avery nunca mais iria para aula de Astronomia,
eu

literalmente não podia acreditar. Mas teria de ser verdade. Desde a volta da casa
de meus

pais, na sexta após o Thanksgiving, eu não tinha ouvido nada sobre ela.
Nenhuma resposta as

minhas ligações ou mensagens. Às vezes em que eu bati em sua porta, não havia
resposta,

mesmo que seu carro estivesse no estacionamento.

Ela nem mesmo atendeu a porta para meus ovos.

Quando o final de semana chegou novamente e então a Segunda passou sem


Avery

vindo para aula de Astronomia, eu sabia que ela havia recebido uma
‘incompleta’39.

Uma maldita ‘incompleta’.

Era insano para ela ir tão longe só para me evitar, e pelo que? Por que eu havia
visto a

cicatriz? Eu não entendia mas não era tão estúpido. Ela estava obviamente
embaraçada e

havia ido bem longe para esconder sua cicatriz mas ela não era nova. Era algo
que ela havia

feito a anos atrás, então por que esconder de mim agora?

Eu conversei com Brittany e até com Jacob, desde que Avery não havia
aparecido no

Den para o almoço. Nenhuns dos dois sabiam o que estava acontecendo com ela.
Eu não havia

mencionado a cicatriz. Eu nunca iria, mas eu havia esperado que eles tivessem
uma ideia. Eles

não tinham nada.

Isso estava me deixando louco – o silencio e a confusão. E quanto mais tempo se

passava, mais ácido parecia se formar na boca de meu estômago, pior ficavam os
nós e a dor

em meu peito.

Fora acampar do lado de fora de sua porta, havia pouco o que eu pudesse fazer
mas,

eu estava determinado a falar com ela. E isso aconteceu no ultimo dia das provas
finais, no

começo da pausa de inverno. Como um total perseguidor, eu vinha encarando o


lado de fora

da janela, esperando Ollie retornar com a pizza quando a vi cruzar o


estacionamento com suas
mãos cheias de compras.

Quando ouvi os passos do lado de fora, no corredor, eu abri a porta com tudo.
Avery

estava em frente a sua porta, seu cabelo puxado para traz em um rabo de cavalo
bagunçado, e

o peso das compras puxavam seus ombros para baixo. Não havia dúvidas que ela
estava

tentando desaparecer pela porta como um fantasma antes que eu a visse.

Machucou.

E isso me deixou muito irritado.

“Avery.”

Suas costas ficaram tensas como se ela tivesse sido baleada. Ela não se virou ou
me

olhou, e, enquanto meu olhar a percorria, eu podia ver a ponta rosada de deus
dedos,

estrangulados pelas sacolas que ela carregava. Uma parte da minha raiva foi
embora.

Eu suspirei. “Deixe-me te ajudar.”

“Pode deixar.”

“Não é o que me parece.” Eu dei um passo para perto. “Seus dedos estão ficando

roxos.”

“Está tudo bem.”

Ela andou para dentro de seu apartamento e eu corri para frente. Inferno não. Ela
não
ia desaparecer de mim.

Eu peguei uma sacola dela e ela pulou como se tivesse levado um choque. Ela
deixou

cair a sacola. Itens caindo. “Merda.” Ela disse, parando.

Eu ajoelhei, pegando itens que nem mesmo estava vendo. Sua cabeça estava
abaixada

enquanto ela pegava um frasco de condicionador e então sei queixo levantou.


Nosso olhar se

encontrou. Sombras escuras tinham se formado em baixo de seus olhos, borrões


que não

39 No sentido de não terminar uma matéria. Algo como a nossa ‘DP’.

estavam aí antes. Ela estava dormindo? O que ela estava fazendo nesse tempo?
Ela tinha

sentido a minha falta do mesmo jeito que eu sentia dela?

Avery olhou para longe quando pegou uma caixa de absorventes de mim. “Se
você rir,

eu vou te dar um soco no estômago.”

“Eu não ousaria pensar em rir.”

Também não havia jeito deu deixar ir qualquer outra coisa porque eu estava indo

entrar naquele apartamento e ela iria falar comigo.

Parecendo perceber que ela não iria se livrar de mim, ela suspirou pesadamente,
como

se o mundo inteiro estivesse prestes a entrar em colapso, e foi em direção a


cozinha.
Ela apoiou as sacolas no balcão, tirando itens de dentro. “Você não precisava
ajudar,

mas obrigada. Eu realmente preciso...”

“Você realmente acha que vai se livrar de mim tão facilmente agora que estou
aqui

dentro?”

“Eu poderia esperar.” Ela bateu a porta da geladeira.

“Há. Engraçado.” Eu a observei voltar para o balcão. “Nós precisamos


conversar.”

Ela empilhou os jantares congelados e voltou para a geladeira, antes que falasse.
“Nós

não precisamos conversar.”

“Sim, nós precisamos.”

“Não, não precisamos.” Ela não olhou para mim nenhuma vez. “E eu estou
ocupada.

Como você pode ver. Eu tenho compras para guardar e eu...”

“Okay. Eu posso ajudar.” Eu andei para frente, indo para o balcão. “E nós
podemos

conversar enquanto te ajudo.”

“Eu não preciso da sua ajuda.”

“Yeah, eu acho que você meio que precisa.”

Deixando a porta da geladeira aberta, ela se virou para mim. Seu olhar
estreitando e

frio como o ar que saia perto dela. “O que isso deveria significar?”
Da onde essa merda havia vindo? “Isso não é o que você está pensando, Avery.
Jesus.

Tudo que eu quero é falar com você. É tudo que eu venho tentando fazer.”

“Obviamente eu não quero falar com você.” Ela retrucou, pegando um pacote de

hambúrguer e jogando no congelador. “E você ainda está aqui.”

Whoa. Raiva começou a transbordar sobre minha pele e eu lutei para manter
meu

temperamento sobre controle. “olhe, eu entendo que você não está feliz comigo,
mas você

precisa me atualizar no que eu fiz para aborrecer você tão mal que você nem
quer falar comigo

ou mesmo...”

“Você não fez nada Cam! Eu só não quero falar com você.” Ela se virou, indo
em

direção a porta da frente. “Okay?”

“Não, não está bem.” Eu a segui para a sala. “Não é assim que as pessoas agem
Avery.

Elas simplesmente não ignoram uma pessoa ou se escondem dela. Se tem...”

“Você quer saber como as pessoas não agem?” ela recuou, e por um momento,
ela

não falou. “Pessoas também não perseguem ou ligam constantemente para


pessoas que não

querem que eles a vejam! O que acha disso?”

“Perseguir você? É isso que venho fazendo?” eu ri honestamente, incapaz de


entender
onde essa conversa havia ido. “Você está brincando comigo? Eu estar
preocupado com você é

perseguição?”

Ela deu um passo para trás, seus olhos se arregalando. “Eu não deveria ter dito
isso.

Você não está me perseguindo, eu só...” ela parou, passando sua mão em sua
cabeça. “Eu não

sei.”

Minha pulsação se acelerou enquanto eu a encarava. “Isso é sobre o que eu vi,


não é?”

eu fiz um gesto para seu braço. “Avery, você pode...”

“Não.” Sua mão direita imediatamente foi pra o bracelete, como se de alguma
maneira

ela pudesse esconder o que eu já sabia. “Não é sobre isso. Não é sobre nada. Eu
só não quero

fazer isso.”

“Isso o que?”

“Isso!” ela apertou seus olhos fechados e os reabriu, cobertos com uma fina
película.

“Eu não quero fazer isso!”

Ar escapou de meus pulmões como se eu tivesse levado um soco. “Bom Deus,


mulher.

Tudo que eu estou tentando é falar com você!”

Ela balançou sua cabeça de vagar. “Não tem nada para se falar, Cam.”
“Avery, vamos lá...” eu comecei a dar um passo em sua direção mas parei
quando ela

se moveu para trás, para longe de mim. A expressão que passou em seu rosto,
parte medo

parte confusão, mas foi a parte do medo que me fez parar.

Eu não podia acreditar no que estava vendo. Não tinha como ela estar com medo
de

mim, mas a expressão em seu rosto foi como ser atingindo no coração com uma
UZI.

Aquela reação era mortífera. Eu a tinha machucado? A pergunta se foi


rapidamente

enquanto pensamentos corriam e eu sabia a resposta. Eu não tinha machucado


ela.

Avery virou seu rosto e olhou para longe.

Minha paciência se esgotou. “Okay, você sabe o que? Eu não vou andar sobre
carvão

quente aqui. Que se foda.”

No momento que essas palavras saíram de minha boca, parte de mim queria
pega-las

de volta. A outra parte queria gritar elas de novo bem alto. Eu fui em direção a
porta e então

parei, xingando sob minha respiração. O que saiu de minha boca me fez
perguntar se eu tinha

tendência a gostar de dor.

“Olhe, eu estou indo para casa para a pausa de inverno. Eu vou estar indo e
voltando,

então se você precisar de algo...” ela continuou me encarando, e eu ri


novamente, percebendo

que tudo que eu estava fazendo era me humilhar. “Yeah, você não precisa de
nada.”

Eu pisei no corredor e então meu corpo pareceu precisar me fazer um idiota


ainda

maior. Eu a encarei. Avery não havia se movido.

“Você vai ficar aqui durante toda a pausa sozinha, não?” Eu perguntei. “Mesmo
no

natal?”

Seus braços se cruzaram e ela não disse nada.

Eu fechei minha boca, me mantendo longe de descarregar um monte de merda


que

não ajudaria em nada nessa situação. Mas era isso. Eu percebi então. Não havia
nada que eu

pudesse fazer nessa situação. E não era como se eu não tivesse tentado. Avery
estava ali, na

minha vida, e então ela havia ido, como se ela nunca estivesse estado ali. E era
isso.

Uma dor percorreu meu peito, e com uma claridade assustadora, pareceu real.
Muito

real. “Que seja,” eu disse, minha voz diminuindo. “Tenha um bom Natal, Avery.”

Eu nunca tive tanta vontade de sair de casa e voltar para meu apartamento tanto

quando eu senti durante o Natal. Normalmente eu ficava direto até o começo do


próximo

semestre, mas eu não poderia fazer isso com todas essas perguntas.

Onde estava Avery?

Como ela estava indo?

Ela tinha ido para casa?

Elas ficavam indo e vindo, e eu me perguntei essas mesmas perguntas um milhão


de

vezes durante as férias. Eu não tinha resposta e, toda vez que eu pegava meu
celular para

mandar uma mensagem para ela, eu me impedia. Ela tinha feito tudo o mais
claro possível que

ela não queria ter nada comigo.

O que quer que nós tivéssemos, havia terminado.

Meu humor estava em algum lugar entre merda e realmente merda no dia depois
do

Ano Novo. Eu empacotei minhas coisas cedo naquela manhã e estava colocando
no meu carro

quando Teresa me seguiu para fora.

Parando ao meu lado de frente para o carro, ela puxou seu suéter perto de seu
corpo

enquanto o vendo corria entre a casa e a garagem. Sono nublava seus olhos
azuis. “Você está

saindo sem dizer tchau?”

Eu dei de ombros enquanto fechava a porta do passageiro. “Não queria acordar


ninguém.”

Ela deu um passo para traz enquanto eu dava a volta no para-choque. “Isso
nunca te

impediu antes.”

Eu não disse nada.

“O que está acontecendo com você Cam?” ela perguntou.

“Eu não sei o que você está falando.” Eu olhei em sua direção. “Você não
deveria estar

usando um sapato? Está congelando aqui fora.”

“Chinelos são sapatos.” Ela cambaleou para frente e para trás, apertando seus
braços

contra seu corpo. “E você não respondeu minha pergunta.”

Tirando meu boné, eu passei minha mão em meu cabelo e então o coloquei de
volta.

Eu abri minha boca mas eu não tinha ideia do que falar. O buraco em meu
estomago, o vazio e

a sensação de dormência haviam crescido e agora estavam pulsando de um jeito


que não

havia como ignorar.

Minha irmã olhou para cima, ficando vesga por causa do sol. “É a Avery, não é?
Você

não tem falado nada sobre ela. E Mãe realmente achava que ela estaria vindo pra
casa com

você desde que...”


“Eu não quero falar sobre isso.” Eu a cortei, e seus olhos arregalaram. A ultima
coisa

que eu queria pensar era no fato que Avery tinha passado o Natal – o Natal pelo
amor de Deus

– sozinha. Eu não queria me sentir mal por ela. Eu não queria sentir nada. “Olhe,
me desculpe.

Eu não queria fazer isso com você. Eu só preciso voltar para a escola.”

“Para que?” ela perguntou, franzindo a sobrancelha. “Você ainda tem dias antes
das

aulas voltarem.”

“Eu sei.” Eu dei um passo para frente, abraçando minha irmã. Por um momento,
ela

não se moveu e então ela me abraçou de volta. Enquanto eu andava para trás e
abria a porta,

eu olhei sobre meu ombro para ela. “Avise Mãe e Pai que eu vou mandar uma
mensagem ou

ligar mais tarde.”

Ela não respondeu imediatamente mas concordou. “Você vai ficar bem? Certo?”

Eu entrei no carro enquanto latia uma risada curta. Claro que eu estava bem. Não
era

como se Avery e eu tivéssemos uma longa história e não era como se eu tivesse
sentimentos

fortes por ela. Minha atração tinha que ter sido um exagero, porque ela era algo
novo. Ela era

algo diferente. Isso era tudo.


“Yeah.” Eu disse, sorrindo de um jeito que fez eu me sentir esquisito. “Eu estou
okay.”

Teresa me observou com um olhar que dizia que ela não acreditava em mim, e
nem eu

mesmo acreditava em mim.

Eu tinha acabado de sair do banho e colocado uma calça de moletom quando eu


ouvi

uma batida forte na porta. Sabendo que não poderia ser Ollie, porque ele ainda
estava na casa

dele, eu esperava ver Jase ou alguma outra pessoa quando abri a porta.

Brittany estava ali, seu cabelo loiro puxado para trás em um rabo de cavalo,
mãos

presas juntas em baixo de seu queixo. Parecia que eu tinha interrompido ela no
meio de uma

oração.

“Hey.” Eu disse, se conseguir esconder minha surpresa. Eu me perguntei como


ela

poderia saber qual apartamento era o meu mas então lembrei que ela já havia
estado aqui

com o Ollie, como metade da população feminina. “O que está acontecendo?”

Ela mordeu sei lábio inferior enquanto ela olhava em direção ao apartamento de

Avery. Nós se formaram em meu estômago. Eu sabia que Avery estava em casa.
Seu carro

estava do lado de fora e não tinha saído de lá desde que eu retornei.

“Eu odeio te atrapalhar e você parece... ocupado.” Seu olhar foi em direção ao
meu

peito nu, e eu levantei uma sobrancelha. “Mas eu preciso de sua ajuda. Bem,
Avery precisa de

sua ajuda.”

Uma sensação de várias agulhas enfiadas em minha espinha começou enquanto


eu

dava um passo para fora. “O que você quer dizer com ‘Avery precisa da minha
ajuda’?”

“Ela está realmente doente. Eu acho que ela tem gripe” ela explicou correndo.
“Ela não

tinha retornado nenhuma das minhas ligações então eu vim visita-la e a encontrei
desmaiada

na cozinha e ...”

“O que?” eu passei correndo por ela, indo em direção a porta de Avery. “Você
chamou

uma ambulância?”

“Não.” Brittany correu atrás de mim. “É só uma gripe e eu preciso ir buscar


alguns

remédios para ela, mas eu não consigo levar ela para sua cama. Ela é muito
pesada. Então eu

estava pensando que você poderia carrega-la e talvez...”

Eu realmente não estava ouvindo mais. Eu estava focado em Avery enquanto


entrava

no apartamento. O cheiro de doença estava forte – muito forte – e eu podia ver


sua calça
jeans e seus pés descalças.

Indo para a cozinha, eu inalei profundamente. Avery estava enrolada de lado,

comprimida em uma posição fetal com uma bochecha grudada no chão. Cabelo
escuro

encharcado de suor caia grudado em um lado de seu rosto. A cada poucos


segundos, seu

corpo tremia e um pequeno suspiro saia dela. Preocupação aumentou


bruscamente.

Brittany suspirou. “Eu fiz com que ela se sentasse antes de sair.”

“Você tem certeza que não precisamos chamar uma ambulância?” eu perguntei,
me

ajoelhando. Cuidadosamente, eu afastei mechas de cabelo encharcado de seu


rosto. Seus

cílios se mexeram, mas seus olhos não abriram.

“Eu liguei para minha mãe – ela é enfermeira. Ela me disse que Avery vai ficar
bem

assim que a febre abaixar e ela beber algo, mas eu preciso ir buscar alguns
medicamentos para

ela.”

“Eu fico com ela enquanto você vai.”

Brittany disse mais alguma coisa, mas eu não ouvi. Eu estava apenas vagamente

consciente de Brittany pegando sua bolsa de trás do sofá enquanto eu passava


um braço em

baixo de Avery.
“Não” ela resmungou, se contorcendo no chão. “Frio... faz bem...”

“Eu sei mas você não pode dormir no chão.” Eu a levantei, estremecendo
quando sua

bochecha quente encostou-se a meu peito. Deus, ela estava queimando. Eu me


virei, com ela

em meus braços, percebendo que Brittany já tinha saído.

Avery murmurou algo quando virou seu rosto mas eu não tinha ideia do que
dizer.

“Você vai se sentir melhor logo.”

Ela não respondeu enquanto eu a carreguei para sua cama. Quando a apoiei, eu
me

sentei perto e dei uma boa olhada na blusa que ela usava. Partes de tecido suado
se

agarravam em sua pele. Haviam algumas partes suspeitas o que me fez pensar
em trilhas de

doença.

“Merda.” Eu disse.

Eu dei uma olhada no quarto, achando uma calça de pijama e uma camiseta de
dormir

dobrada em sua cômoda. Dando uma ultima olhada nela, eu me decidi.

Várias vezes desde que eu conheci Avery eu tinha imaginado tirar a sua roupa. A

simples fantasia em fazer isso tinha me mantido acordado várias noites. Eu


odiava admitir que

ainda fazia, mesmo sabendo que isso nunca aconteceria do jeito que queria.
Tirar sua roupa arruinada aconteceu mais rápido que um ataque cardíaco e foi
tão

divertido quanto um. Especialmente considerando que ela estava praticamente


inconsciente e

não era mais nada que peso morto.

Eu não espiei. Okay. Eu posso ter espiado seu sutiã de renda rosa, mas foi rápido
e

totalmente inocente.

Uma vez que ela estava em roupas limpas, eu coloquei suas pernas de baixo do

cobertor. Foi só então que eu percebi que ela não dormia com seu bracelete.
Querendo que

ela ficasse confortável, eu o tirei de seu pulso e coloquei no criado do mudo.

Eu peguei duas toalhas do banheiro e passei elas na agua gelada. Quando voltei,
ela

não tinha se movido, mas ela dei um grande suspiro quando coloquei um pedaço
delas em sua

testa.

Eu não sei quanto tempo se passou, mas a primeira toalha ficou quente e eu
troquei

pela segunda. Avery se virou de lado, passando seu braço em volta do meu. Era
como se ela

tivesse me segurando ali, mas a garota estava febril e provavelmente delirando.


Ela não sabia

o que estava fazendo. Varias vezes ela murmurou coisas que eu não entendi.
Uma vez ela
sorriu, e meu peito apertou.

“Eu sinto falta disso” eu disse com a voz rouca.

Ela se aproximou, e eu passei a toalha molhada em sua bochecha. Enquanto o


sorriso

fugia de seu rosto, os nós em meu peito diminuíam.

Brittany voltou e entre nós dois, conseguimos empurrar antigripais e água pela

garganta de Avery. Não foi bonito. Uma Avery doente conseguiu ser uma Avery
bem

desagradável.

“Eu vou abrir as janelas para arejar esse lugar. Limpar a cozinha e coisas assim.”

Brittany acenou da porta. “Você não precisa ficar, você sabe, se não quiser.”

Eu não deveria ficar. Eu já tinha feito minha boa ação do dia, e se Avery
acordasse e

me visse ali, ela provavelmente me acusaria de ser um tarado. Mordendo o


interior de minha

bochecha enquanto mais um suave murmúrio atingia minha orelha, eu me virei


para ela. Em

baixo da toalha quase morna, sua sobrancelha estava enrugada em desconforto.


Seu corpo

ainda estava enrolado em minha direção e aquele braço ainda estava entrelaçado
ao meu.

Arrumando a toalha, eu sabia que não podia ir a nenhum lugar. “Eu vou ficar.”

- 19

Eu só sabia que Avery estava melhor porque ela tinha passado em meu
apartamento.

Eu não tinha certeza do porque e não estava com vontade de descobrir. Eu disse
a Ollie para

dizer a ela que eu não estava lá. Em um momento de rara seriedade, ele me
perguntou se eu

tinha certeza.

Eu tinha.

A tarde que eu havia passado com ela enquanto ela estava doente não tinha feito
nada

de bom para mim. Tudo o que tinha feito era revirar merda que eu não queria ter
de lidar.

Uma vez que o semestre começou, eu a vi no campus. Eu queria falar com ela,
saber

como ela estava indo, mas não havia um ponto nisso. Pelo menos nenhum que eu
conseguia

ver mas, foi em uma sexta que isso aconteceu – quando eu não pude evita-la.

Eu estava travessando a rua, indo em direção a Knutti, quando eu ouvi meu


nome

sendo gritado por uma voz rouca, quase irreconhecível. Foi por isso que parei e
me virei.

Avery correu pela ladeira, tossindo tanto que seu corpo todo tremia com a força.

Preocupado, eu enfiei minhas mãos em meu casaco me mantendo longe de agir


como um

príncipe em um cavalo branco e pegando ela em meus braços.

Sem fôlego, ela parou na minha frente. Seu rosto ainda estava pálido, mas suas
bochechas estavam coradas. Ainda havia sobras abaixo de seus olhos e o suéter
que ela usava,

a envolvia.

“Desculpa” sua voz tinha um som horrível. “Preciso de um segundo.”

“Você parece péssima.”

“Yeah, é a Peste Negra e isso não vai embora.” Ela limpou a garganta e então
engoliu

antes que levantasse seu queixo.

Nosso olhar se encontrou e eu pensei... eu pensei ter visto algo em seus olhos.
Um

espelho do que eu sentia, mas havia uma boa chance que a caixa de cerveja que
eu tinha

bebido na noite anterior ainda estava agindo em minhas veias.

Eu desviei o olhar, cerrando minha mandíbula. “Eu tenho que ir para aula
então...?”

O olhar de medo passou por seu rosto mas ela continuou na minha frente. “Eu só

queria agradecer por ajudar Brit quando eu estava doente.”

Mudando meu olhar para a lanchonete no final da ladeira, do outro lado da rua,
eu

inalei. “Não foi nada.”

“Foi para mim, então, obrigada.”

Eu concordei e ousei olhar para ela. Foi um erro. O vendo tinha soprado uma
mecha
brilhante de cabelo através de sua bochecha e foi muito difícil não pega-la e
coloca-la atrás de

sua orelha. “Sem problema.”

“Bem... “ suas sobrancelhas se contorceram para ficarem juntas.

“Eu preciso ir.” Eu disse novamente, me virando para a entrada. “Te vejo por ai.”

“Me desculpa.”

Vagarosamente, eu me virei. Aquelas duas palavras foram como ter levando um


chute

nas bolas, porque o que ela se sentia culpada? Eu balancei minha cabeça. “Eu
também.”

Eu estava provavelmente mais arrependido do que ela.

“Eu estou começando a pensar que Ollie está no estacionamento bebendo nossa

cerveja.” Jase disse, inclinando contra a parede.

Ao meu lado, Steph concordou. “Bem, quem acho que era uma boa ideia mandar
ele

até Sheetz é quem deve ser culpado.”

Ela tinha um bom ponto mas eu nós não poderíamos termos nos preparado
melhor

para a noite de luta. Nosso apartamento estava lotado como sempre ficava nesses
eventos.

Steph se sentou ao meu lado, pressionando seus seios contra meu braço e eu
suspeitei

que ela não estivesse usando sutiã. Ela não deveria ter vindo aqui com Jase?
Virando meu
boné ao contrário, eu me inclinei para frente e olhei para ele.

Ele deu de ombros e então se virou para Henry quando uma das lutas começou.
A

porta da frente se abriu, deixando entrar uma rajada gelada bem quando
Canadian deu um

contra ataque brutal. O lugar virou uma mistura de aplausos e vaias.

“Olha quem eu encontrei.” Ollie gritou.

Eu o ignorei enquanto os dois lutadores se estudavam na arena, mas então Steph

sussurrou. “Você tem visita.”

Distraído, eu olhei para minha esquerda e quase precisei fazer isso de novo.
Minhas

sobrancelhas atiraram para cima quando meus olhos encontraram aqueles olhos
marrons

quentes.

Ela nunca tinha estado em meu apartamento antes. Nunca. E eu não podia
acreditar

que ela estava aqui agora e eu não tinha ideia do por que mas... vê-la... bem, foi
como ver o sol

em um dia de chuva.

Eu sorri um pouco. “Hey.”

“Hey.” O tom em suas bochechas se aprofundou.

Por alguns momentos eu era incapaz de desviar meu olhar dela e eu não era o
único.

Vários outros caras, incluindo Henry, estavam encarando ela de um jeito que
todos os caras

faziam quando havia carne nova no pedaço.

Eu voltei minha atenção para a TV, mas eu estava ciente que Ollie estava
guiando ela

para a poltrona vazia. Meus olhos estavam na tela, mas o resto de meu corpo e
meus

pensamentos estavam a minha direita. Um milhão de perguntas passaram por


minha cabeça.

Ver ela em meu apartamento era a última coisa que eu tinha esperado. Eu havia
sido pego

totalmente com a guarda baixa.

“Você quer uma cerveja, babe?” Steph perguntou, envolvendo uma mão pelo
meu

braço.

Eu virei minha cabeça me focando em Henry. O idiota tinha vagarosamente se


movido

para onde Avery estava sentada. Não havia nada de errado com o cara. Eu
continuei dizendo

isso a mim mas quando ele disse algo sobre as meias dela, eu comecei a
imagina-lo como o

próximo serial killer.

Avery estava bebendo, para minha surpresa, e eu digo realmente bebendo. Shots
de

tequila e pelo menos duas cervejas para alguém que não bebia era um jeito bem
estranho de
se começar.

Sua risada suave me atingiu direto no peito. Meus olhos se estreitaram enquanto

Henry ria e Avery sorria.

“Parece que sua amiga gosta do Henry.” Steph disse rapidamente.


“Desenvolvimento

interessante.”

Meu coração disparou novamente contra minhas costelas em protesto. Ela estava

flertando com ele? Minhas mãos agarraram meus joelhos enquanto Avery ria
novamente. Mas

que porra? Ciúmes – quente, feio, ciúmes – atingiu minhas veias com a
consistência de

afundara minha cabeça em ácido.

Eu olhei para a tela e então Jase me cutucou, seu olhar indo em direção a Avery.
Eu

apoiei minha cerveja na mesinha quando Henry disse. “Velha o suficiente para
saber melhor.”

Com certeza ele era velho o suficiente para nem querer estar pensando o que eu
sabia

que ele estava.

“Hey, Henry.” Eu chamei enquanto minha pele se esticava. “Vem aqui um


segundo.”

“Jesus,” Steph murmurou, cruzando seus braços enquanto ela se inclinava para
trás no

sofá.
Henry se abaixou enquanto eu o trazia mais para perto. “E ai, cara?”

“Deixe aquela garota em paz.” Eu disse a ele com a voz baixa enquanto eu
encontrava

seu olhar. “Eu estou fodidamente sério. Ela não é para você nem para ninguém
nessa sala.”

A sobrancelha de Henry levantou como o canto de seus lábios. “Mensagem


recebida

cara.”

Eu o observei fazer seu caminho até Jase, e me senti um pouco melhor. Não
muito,

porque eu não podia acreditar que depois de tudo com Avery, ela iria aparecer
em meu

apartamento, começaria a beber e a flertar com Henry, o cão excitado. EU estava


em estado

de absoluto choque.

“Você foi totalmente um bloqueador de pau.” Steph disse, colocando sua mão
em meu

braço novamente.

“O que?” eu me virei para ela. “O que você quer dizer?”

Ela revirou os olhos. “Eles estavam se conhecendo melhor e você totalmente o

bloqueou.”

Se conhecendo melhor? Merda nenhuma, isso não estava acontecendo na minha

frente. “Você acha que eu dou a mínima no que eu parei?”

Steph puxou sua mão de volta, mas honestamente, eu não dava a mínima para
ela

nesse momento também. Avery estava sorrindo para Henry. Seus sorrisos eram
tão raros e ela

estava sorrindo para ele. Eu nem poderia lembrar a ultima vez que senti ciúmes
mas eu

reconheci o gosto amargo na minha boca. Ele se misturava bem com a raiva.

Avery olhou para mim e seu sorriso começou a desaparecer.

“Isso não está acontecendo.” Eu disse.

Steph se levantou e eu não tinha ideia do porque ela estava tão puta, mas eu

realmente não me importava. Me levantando, eu andei em direção a Avery. Um


sorriso

grande, longo e idiotamente bêbado surgiu em seu rosto.

“Venha comigo por um segundo?” Eu disse, surpreso por como minha voz saiu.

Avery pulou da cadeira como se alguém tivesse colocado fogo em sua bunda.
Ela

cambaleou para o lado. “Whoa.”

Eu peguei seu braço, segurando ela firme. Eu não podia acreditar que ela estava
assim

tão bêbada. “Você está bem para andar?”

“Sim, claro.” Ela esbarrou em mim, rindo. “Eu estou bem.”

Imaginando exatamente quantos shots ela tinha bebido, eu mandei um olhar de


morte

a um Ollie rindo e a guiei para cozinha. “O que você está fazendo Avery?”
Ela levantou uma garrafa. “Bebendo. O que você está fazendo?”

“Não era isso o que estava dando a entender e você sabe disso. O que você está

fazendo?”

Ela fez uma careta que era uma mistura entre fofa e esquisita e deu de ombros.
“Eu

não estou fazendo nada, Cam.”

“Não está?” eu levantei uma sobrancelha. “Você está bêbada.”

“Não estou!”

“As famosas ultimas palavras do bêbado antes dele cair de cara no chão.”

“Isso não aconteceu... ainda.”

Eu balancei minha cabeça enquanto segurava seu braço. Nós precisávamos


conversar e

o fato que ela estava aqui provavelmente queria dizer que ela queria estar aqui
mesmo. Ou ela

queria dormir com qualquer cara aleatório. Eu não sabia, porque quem sabia o
que se passava

na cabeça dessa garota, mas nada iria acontecer. Ela iria levar essa sua bunda
bêbada para seu

apartamento. Qualquer um dos caras na sala iria adorar terminar entre suas
pernas e eu não

sabia exatamente o qual longe ela já havia ido. Eu não era sua babá. Merda, eu
não era nada

para ela.

“Um... “ ela disse, franzindo quando eu a guiei para a escadaria e fechei a porta
atrás

de nós. Ela olhou para mim, confusa.

Eu apontei para sua porta. “Você precisa ir para casa, Avery.”

Sua boca caiu aberta enquanto me encarava. “Você está falando sério?”

“Sim, fodidamente sério. Você está bêbada e aquela merda não vai acontecer na

minha frente.”

“Que merda?” Ela deu um passo para trás. “Me desculpe. Ollie me convidou
e...”

“Yeah, e eu vou chutar a sua bunda depois.” Eu tirei meu boné e passei minha
mão em

meu cabelo. “Só vá para casa Avery. Eu converso com você depois.”

Avery engoliu pesadamente. !”Você está bravo comigo...”

“Eu não estou bravo com você Avery.” Eu estava bravo com a merda do resto do

mundo nesse momento.

Ela olhou para mim e então rapidamente desviou o olhar, mas não rápido o
suficiente.

Eu vi o rápido brilho em seu olhar. Merda. Merda. Merda.

“Eu não quero ir para casa. Não tem ninguém lá e eu...”

Aquele lugar em meu peito inflou. “Eu vou passar lá mais tarde e vamos
conversar,

okay? Mas vá pra casa. Por favor, só vá pra casa.”

Sua boca abriu e então se fechou rapidamente. “Okay.”


Aquela dor aumentou. “Avery...”

“Está tudo bem.” Ela sorriu, mas não era um sorriso real. Ele estava cheio de dor
– dor

que eu sabia que tinha colocado ali. Ela se virou e cambaleou para sua porta e,
com uma

maldição baixa, eu voltei para o apartamento.

“Está tudo bem?” Jase perguntou enquanto eu andava até a cozinha para outra

cerveja. Ou três.

“Não.” Eu tirei a tampa e a joguei no lixo.

Sua sobrancelha escura levantou. “Você não está bem por que ela estava aqui ou
por

que ela foi embora?”

“Eu a fiz ir.”

Jase olhou para Ollie enquanto ele entrava na cozinha. Eu lancei um olhar ao
idiota.

“Eu deveria dar um chute nas suas bolas.”

Ollie não riu disso. Ele me olhou com profundidade. “Você acabou de fazer a
pobre

garota ir embora?”

“Pobre garota?” eu retruquei.

“Yeah, você sabe, a garota que você esteve obcecado desde Agosto? Ela
finalmente

vem aqui e você a chuta para fora.”


Eu o encarei enquanto tirava meu boné, jogando no balcão. “Você está drogado?
Você

não tem ideia do que se passou entre a gente.”

“Ollie.” Jase alertou.

“Você está certo. EU não sei o que está acontecendo, mas...”

“Cale a boca Ollie.” Eu passei rápido por ele indo em direção a sala.

A luta principal estava para começar. EU parei perto da porta, percebendo que
tinha

deixado minha cerveja na cozinha. Eu comecei a voltar mas não me movi. Eu


havia falado a

verdade para Avery quando disse que passaria depois para conversar com ela,
mas eu

planejava esperar até amanhã, quando ela estivesse sóbria e eu não estivesse tão
chateado

com tudo. Mas eu fiquei ali, e tudo que eu podia ver eram lágrimas que estavam
se formando

em seus olhos. Amanhã não era muito distante, mas...

“Vá.” Eu ouvi Jase dizer atrás de mim.

Eu já estava do lado de fora da porta.

- 20

Parte de mim não estava surpreso quando eu abri a porta de seu apartamento,
depois

de ter batido, e descobri que ela não estava ali. Esperar que Avery escutasse o
que eu dizia
pelo menos uma vez era esperar muito.

Não tendo ideia de onde ela poderia ter ido, eu andei pela sala até a janela e a
abri.

“Mas que porra?”

Havia uma sombra dentada na calçada, curvada por causa do frio. Mas que porra

Moranguinho estava fazendo? Eu corri para fora, tremendo quando o vendo


levantou meu

cabelo de minha testa.

“Avery!” eu gritei. Ela olhou, deixando de lado sua garrafa de cerveja. Eu passei
pelo

carro mais próximo enquanto ela se virava para mim. Aquele olhar embaçado,
que eu não

podia culpar totalmente na cerveja, me rasgou por dentro. “Mas que porra você
está fazendo

aqui?”

Ela piscou, e seus cílios se levantaram. “Eu... eu estava olhando as estrelas.”

“O que?” eu ajoelhei ao seu lado. “Avery, está praticamente zero graus aqui fora.
Você

vai ficar doente novamente.”

Um ombro levantou enquanto ela olhava para longe. “O que você está fazendo
aqui?”

“Eu estava te procurando, sua pequena idiota.”

Ela me olhou abusadamente. “Desculpa? Você também está aqui, então você
também
é idiota, seu idiota.”

Eu lutei contra uma risada. “Eu te disse que iria voltar para falar com você. Eu
fui a seu

apartamento antes. Eu bati e não teve resposta. Sua porta estava destrancada
então eu

entrei.”

“Você entrou em meu apartamento? Isso é meio rude.”

“Yeah, eu te vi sentada aqui por sua janela.”

Houve uma pausa e então ela perguntou. “A luta já acabou?”

Como não parecia que ela iria se levantar, eu me sentei ao seu lado. O frio do
cimento

congelou minha bunda em um nano segundo. “Não. A luta principal acabou de


começar.”

“Você está perdendo.”

Passando minha mão em meu cabelo, eu deixei sair um grande suspiro. “Deus,

Avery...” eu lutei com o que dizer. A reação em vê-la ainda estava crua, muito
confusa. “Ver

você hoje a noite? Eu fiquei realmente surpreso.”

“Por causa da Steph?”

“O que?” eu olhei para ela. “Não. Jase a convidou.”

“Me pareceu que ela estava lá por você.”

“Talvez ela estivesse, mas eu não ligo.” Me virando em sua direção, eu apoiei
minhas
mãos em meus joelhos. “Avery, eu não sai com Steph desde que eu te conheci.
Eu não saio

com ninguém desde que te conheci.”

Ela inalou profundamente. “Okay.”

“Okay?” eu quase ri e então a merda saiu. “Veja, você não entende. Você nunca

entende. Você tem me evitado desde o Thanksgiving. Largou a maldita aula e eu


se que foi por

minha causa e, toda vez que eu tentei falar com você, você simplesmente correu
de mim.”

“Você não quis conversar comigo no dia que fui te agradecer por me ajudar.”

Eu a encarei. “Gee, E eu não sei o por quê? Talvez seja porque você
dolorosamente

deixou claro que não queria ter nada comigo. E então você simplesmente
aparece hoje a

noite? Do nada e fica bêbada? Você não entende.”

Ela umedeceu seus lábios. “Desculpe-me. Eu estou bêbada, um pouco, e me


desculpa,

porque você está certo e... eu estou divagando.”

Eu deixei sair uma curta, risada estranha. No que eu estava pensando? “Tudo
bem, não

é a melhor hora para essa conversa, obviamente. Olhe, eu não queria ser um total
idiota lá

dentro, fazendo você sair mas...”

“Está tudo bem. Eu estou acostumada a pessoas não me querer nas festas.” Ela
se
levantou, meio instável. “Nada de novo.”

Minha pele arrepiou como um aviso enquanto eu levantava. “Não é que eu não
queria

você ali, Avery.”

“Um... mesmo?” Ela riu, mas não havia humor ali. “Você me pediu para sair.”

“Eu...”

“Correção.” Ela levantou uma das mãos. “Você me mandou sair.”

“Eu fiz. E foi um movimento idiota, mas foi a primeira vez que você foi a meu

apartamento, e você começou a beber e então...” eu tomei um grande fôlego.


“Henry estava

todo em cima de você e você estava sorrindo...”

“Eu não estou a fim dele!”

“Não parecia desse jeito Avery. Você estava bêbada e eu não queria você fazendo
algo

que pudesse se arrepender. Eu não sei o que se passa na sua cabeça metade do
tempo e eu

não tenho ideia do que você estava fazendo lá hoje a noite, mas eu nunca a vi
beber e eu não

sabia o que você iria fazer. Eu não queria que alguém se aproveitasse de você.”

“Já estive lá, já fiz isso.”40 No momento que essas palavras saíram de sua boca,
ela

cerrou seus lábios.

Um olhar de horror passou por seu rosto e tudo – meu Deus – tudo sobre ela
começou

a fazer sentido. “O que?” eu sussurrei, e ela começou a ir embora. Eu a peguei


pelos ombros.

“Oh, inferno, não. O que você disse?”

“EU não sei o que disse okay? Eu estou bêbada, Cam. Duh. Quem sabe o que sai
da

minha boca? Eu não sei. E eu realmente não sei o que estou fazendo aqui fora.”

“Merda. Avery...” meus dedos se apertaram em seus ombros. “O que você não
está

me contando? O que você não me contou?”

“Nada! Eu juro. Eu te prometo. Eu não estou falando nada com nada, okay?” Ela
piscou

furiosamente. “Então pare de olhar para mim como se houvesse algo de errado
comigo.”

“Eu não estou te olhando desse jeito, querida.” Eu procurei em seu rosto pela
verdade,

pela seriedade do que aconteceu a ela, mas a punica coisa que vi em sua
expressão era medo e

desespero. Ela não queria que eu investigasse mais a fundo e eu entendi isso. De
todas as

pessoas, eu entendia a necessidade de manter algumas coisas em segredo, mas eu


iria

descobrir eventualmente.

Seus olhos se arregalaram, e eu pensei que ela havia murmurado a palavra ‘por
favor’.
Havia muita merda entre nós. Coisas que precisávamos esclarecer, mas tudo isso
podia

esperar.

Eu a aproximei de mim, passando meu braço em volta dela firmemente. Ela


ficou tensa

por um segundo e então colocou suas mãos na minha lateral enquanto


pressionava seu rosto

em meu peito. A sua sensação correu diretamente por mim.

“EU senti sua falta.” Ela sussurrou.

Naquele momento, tudo que aconteceu entre nós depois que eu havia visto sua

cicatriz pareceu não importar. Eu enterrei minha mão em seu cabelo,


pressionando-a mais

perto. “Eu senti sua falta, querida.” Eu me segurei nela, a levantando no ar e


então de volta

para baixo, emocionado em poder estar somente a segurando novamente. Eu


envolvi suas

bochechas com minhas mãos, rindo ao sentir ela. “Você parece um pequeno cubo
de gelo.”

“Eu me sinto quente.” Nosso olhar se encontrou e ela sorriu. “Seus olhos são

realmente bonitos, você sabia?”

“Eu acho que são os shots de tequila falando agora. Vamos lá, vamos te levar
para

dentro antes que congele.”

Abaixando minha mão, eu alcancei seus dedos, entrelaçando eles com os meus.
A
ultima coisa que eu queria era que ela caísse e quebrasse o pescoço. Uma vez em
seu

apartamento quente, seus dedos espasmaram em volta dos meus.

40 No original “Been there, done that”. Não achei melhor forma de traduzir.

“Você está perdendo a luta, ela disse.”

“Eu estou.” Eu a guiei para o sofá e a sentei. “Como você está se sentindo?”

“Okay.” Ela passou suas mãos em suas coxas. “Seus amigos provavelmente
estão se

perguntando onde você está.”

Eu me ajeitei, ficando confortável. “Eu não ligo.”

“Não?”

“Nope.”

Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto ela sentava para frente e

então me olhando. Eu não estava planejando ir a nenhum lugar. A luta e os


amigos não eram

tão importantes quanto aquela que estava sentada ao meu lado. Além disso, eu
estava um

pouco preocupado com o nível de álcool que ela bebeu, especialmente quando
ela pulou e

quase comeu a mesinha.

“Talvez você deva se sentar, Avery.”

“Eu estou bem.” Ela tropeçou em volta da mesinha. “Então... o que você quer
fazer? Eu
posso, um, ligar a TV ou colocar um filme, mas eu não tenho nenhum filme. Eu
acho que posso

pedir um...”

“Avery, apenas se sente um pouco.”

Ela pegou uma almofada e colocou no sofá. Será que ela estava pensando em
começar

a arrumar a casa? Mas então, ela foi em direção a poltrona em formato de lua.
“Você não acha

que está quente aqui?”

“O quanto você bebeu?”

“Um...” seu rosto virou para cima. “Não muito – talvez dois ou três shots de
tequila e

duas cervejas? Eu acho.”

“Oh, wow.” Eu ri enquanto me inclinava para frente. “Quando foi a última vez
que

você realmente bebeu?”

“Noite de Halloween.”

Eu inclinei minha cabeça para o lado. “Eu não vi você bebendo no Halloween.”

“Não no Halloween passado.” De volta em pé, ela começou a puxar as mangas


de seu

suéter. “Foi a... cinco anos atrás.”

“Whoa. Faz bastante tempo.” Oh, isso não ia terminar bem. Eu levantei. “Você
tem

agua aqui? De garrafa?”


“Na cozinha.”

Eu fui em direção a sua geladeira, peguei uma garrafa e então voltei. “Você
devia

beber isso.” Quando ela pegou a garrafa, eu me sentei na beira do sofá. “Então
você tinha o

que? Quatorze? Quinze?”

“Quatorze.” Ela sussurrou, abaixando o queixo.

“Isso é realmente muito nova para estar bebendo.”

Colocando a garrafa para baixo, ela arrumou seu rabo de cavalo. “Yeah, você
não bebia

quando tinha quatorze?”

“Eu roubava uma cerveja ou duas aos quatorze, mas eu pensava que seus pais
eram

rígidos?”

Ela riu enquanto se largava na poltrona. “Eu não quero falar sobre eles ou bebida
ou

Halloween.”

Não precisava de nenhum cientista para saber que aquelas coisas estavam

relacionadas. E também não precisava de uma imaginação fértil para imaginar


uma pequena

Avery ficando bêbada em uma festa e fazendo algo que ela veio a se arrepender
depois. Pelo

menos, eu esperava que fosse isso. “Okay.”

Moranguinho me observou por um segundo e então tentou tirar seu suéter. Uma
risada se formou em minha garganta mas ficou presa quando ela deixou cair o
agasalho. Ela

usava uma regata por baixo, mas o material era fino e expunha muita pele
corada. Seu

nervosismo pareceu aumentar ou pela cerveja ou porque eu estava ali depois de


toda a merda

que aconteceu entre nós.

Ela levantou novamente e começou a caminhar. Quando ela parou, entre a


cozinha e o

hall, ela enrolou seus dedos de baixo de sua regata.

“O que você está fazendo?” eu perguntei.

Ela não respondeu enquanto seu olhar sem foco encontrou o meu. Eu não tinha
ideia

do que ela estava pensando, eu nunca realmente tinha, mas ela sugou seu lábio
inferior entre

os dentes. Um aviso se formou em meus ossos. Ela definitivamente estava...

Avery tirou sua regata.

Puta. Merda.

Eu inalei fortemente. “Avery.”

Merda. Puta. Merda. Merda. Era tudo no que eu conseguia pensar enquanto
encarava

ela em seu sutiã preto. Eu já a tinha visto quando ela estava doente, mas não
tinha realmente

visto. Não como agora. Seus cheios estavam inchados, apertados contra a renda
enquanto ela
dava um respiro profundo depois do outro.

Quando ela se inclinou contra a parede e deixou seus braços caírem ao seu lado,
eu

cerrei minha mandíbula fechada enquanto respirava profundamente. Meu olhar


caiu de seu

rosto, para seus seios e então para a linha rígida de seu estômago. Seu jeans
estava baixo e sua

barriga torneada acima do cós. A suave linha de sua barriga implorava para ser
tocada.

Ela estava obviamente bêbada e se eu fosse um bom homem, eu não estaria


olhando

para ela como se quisesse come-la, mas eu não podia desviar o olhar. Eu não me
lembro de ter

me levantado, mas eu tinha e de algum modo me movido em volta do sofá. Calor


aumentava

entre minhas pernas, endurecendo.

“Cam?” ela disse sem fôlego.

Meu corpo implorava para eu ir em sua direção e eu quase fui, mas parei,
fechando

minhas mãos. “Não.”

“Não o que?”

Eu fechei meus olhos, mas a visão dela estava estampada em minha mente.
“Isso...

não faça isso, querida.”


“Não é isso que você quer?” ela perguntou com uma voz cheia de incerteza.

Meus olhos voaram abertos. O que? “Eu não espero isso, Avery.”

Ela engoliu um suspiro. “Você não me quer.”

Não querer ela? Eu mal podia me lembrar da época que eu não a queria, pelo
amor de

Deus. Meu pênis estava empurrando contra o zíper de meu jeans, inchado ao
ponto de quase

explodir. Isso era o quanto eu a queria.

Mas o olhar de autodepreciarão tinha estampado seu rosto.

Eu andei para frente, batendo minhas mãos na parede em cada lado de sua
cabeça. Eu

me inclinei para baixo pare que estivéssemos com o olhar no mesmo nível.
“Merda, Avery.

Você acha que eu não a quero? Não há nenhuma parte de você que eu não quero,
você

entende? Eu quero estar dentro de você. Eu quero você contra a parede, no sofá,
na sua cama,

na minha cama e em todo o maldito lugar que eu consigo pensar e, acredite em


mim, eu tenho

uma imaginação vasta quando se trata dessas coisas. Nunca tenha dúvida que eu
não quero

você. Não é disso que se trata.”

Confusão cravou em seus grandes olhos.

Eu pressionei minha testa contra a dela. “Mas não assim – nunca assim. Você
está
bêbada, Avery e, quando nós ficarmos juntos – porque nós vamos ficar juntos,
você estará

totalmente consciente de tudo que eu fizer com você.”

Ela segurou meu olhar e então fechou seus olhos, virando seu rosto para o lado,

causando nossa pele a ficar junta. “Você e um bom rapaz, Cam.”

“Não. Não sou.” Eu inalei seu cheiro, fazendo uma promessa silenciosa que eu
iria

estar onde quer que ela precise de mim. “Eu só sou bom com você.”

- 21

Foi quase uma hora depois que eu tinha convencido Avery a se cobrir com um

cobertor que tudo que ela tinha bebido resolveu fazer uma nova aparição.

Jogando para o lado a colcha que eu tinha embrulhado ela como se tivesse
coberta

com cobras, ela correu pela sala direto para o banheiro. Eu a segui rapidamente,
esperando

por isso, considerando que ela normalmente não bebia.

Isso foi terrível.

Sem poder fazer mais do que segurar seu cabelo e massagear suas costas
enquanto ela

vomitava horrores, eu nunca me senti mais sem poder. Quando finalmente


acabou, eu a

encostei contra a banheira e peguei uma toalha. Foi bem parecido quando ela
esteve doente,
com a exceção que dessa vez ela estava consciente.

“Se sentindo melhor?” eu perguntei.

“Mais ou menos.” Ela apertou seus olhos fechados. “Oh Deus, isso é tão
embaraçoso.”

Eu ri sob minha respiração. “Não é nada, querida.”

“É por isso que você ficou certo?” ela murmurou dolorosamente. “Você sabia
que eu

ficaria ruim e aqui estava eu tirando minhas roupas.”

“Shh.” Eu arrumei a mecha solta de cabelo atrás de sua orelha. “Por mais
charmoso

que foi ver você vomitar suas tripas, não foi por isso que eu fiquei e você sabe
disso.”

Seus olhos se fecharam novamente. “Por que você me quer mas não quando eu
estiver

bêbada e nem vomitando por todo o lugar?”

Eu deixei sair uma risada alta. Avery doente era uma Avery engraçada. “Yeah,
você

sabe, é exatamente isso.”

“Só tendo certeza que estamos na mesma página.”

“Não estamos.”

Um olho abriu. “Há.”

“Pensei que gostaria disso.” Eu passei a toalha pelo seu queixo.

Ela sorriu levemente. “Você é realmente... muito bom nisso.”


“Tive muita prática.” Jogando a toalha para o lado, eu peguei uma nova e
comecei

tudo de novo. “Já estive no seu lugar algumas vezes.” Eu trouxe a toalha para
baixo, pelo seu

pescoço e sobre seus braços, forçando meu olhar a continuar em seu rosto e não
ir direto para

seus seios, tão lindamente expostos. “Quer ir para cama?”

Ela me encarou com os olhos arregalados.

Eu ri.

“Tire sua mente do lixo.”

“Oh,” ela murmurou, com um olhar contrariado.

“Yeah, oh.” Eu me virei e peguei sua escova de dente. Colocando pasta, eu a


encarei.

“Pensei que você gostaria de tirar o gosto de sua boca.”

“Você é maravilhoso.” Ela disse, pegando a escova.

“Eu sei.” Quando ela terminou, eu ajoelhei novamente e abri meu casaco.
Tirando-o,

eu peguei a barra da minha camiseta passando por minha cabeça. “Eu venho
tentando fazer

você falar que sou maravilhoso desde a primeira vez que você esbarrou em mim.
Se eu

soubesse se tudo que precisava era te entregar uma escova de dente, eu teria feito
isso a

muito tempo atrás. Minha perda.”


“Não. Isso foi...” ela conseguiu se sentar. “Minha perda – o que você está
fazendo?”

“Eu não seu onde suas roupas estão.” O que era uma mentira. Eu tinha
encontrado

suas roupas antes.

“Uh-huh.”

Eu sorri enquanto via seu olhar se mover pelo meu peito, se fixando na minha

tatuagem. “E eu imaginei que você gostaria de tirar suas próprias roupas.”

“Yeah,” ela murmurou.

“Então a coisa mais fácil a se fazer é te emprestar minha camiseta.”

Ela deu uma inspirada profunda. “Okay.”

“Então você vai ficar mais confortável.”

Eu tinha a suspeita que ela não estava ouvindo uma palavra do que eu estava
falando.

Multo menos quando seus olhos viajaram para o sul, causando meu corpo a
reagir.

“Claro.” Ela murmurou.

“Você não ouviu nada do que eu disse.”

“Nuh-uh.”

Eu ri enquanto segurava seu quadril, levantando ela para a beira da banheira.

“Não levante seus braços ainda, okay?” eu disse a ela. Ela ficou parada enquanto
eu

colocava minha camiseta sobre ela. “Mantenha seus braços para baixo.” Eu
soltei a camiseta e

tateei suas costas, habilmente soltando seu sutiã.

“O que você está fazendo?” ela disse com a voz estridente.

Eu ri enquanto deslizava as tiras de seu sutiã para baixo de seus braços, mas
morreu

quando ela tremeu. Eu acho que eu realmente gostava de me desafiar, porque eu


queria soltar

seu sutiã e puxa-la em meus braços. “Como eu disse antes, tire sua mente do
lixo. Sua virtude

está a salva comigo.”

“Minha virtude?”

Eu olhei para ela sobre meus cílios. “Por agora.”

“Por agora?” ela sussurrou.

Eu assenti. “Passe seus braços pelas mangas.”

Ela obedeceu, e eu enrolei as mangas. Encostando-me, uma sensação de


possessão

quase me derrubou. Eu gostava dela em minhas roupas. Realmente gostava.


Passando minha

mão pelo seu braço, eu parei acima do bracelete.

“Não...” Pânico encheu sua voz enquanto eu desabotoava o pequeno fecho.

Eu reforcei meu aperto, me recusando a deixa-la puxar o braço. “Eu já vi isso,


Avery.”

“Por favor, não.” Seu olhar se abaixou. “É embaraçoso e eu não posso voltar no
tempo
e retirar o que você viu. Eu gostaria de poder, mas não posso.”

Minha suspeita anterior finalmente se confirmou. Eu passei minha mão em volta


do

bracelete e seu pulso. “é por causa disso, não é? Que você enlouqueceu comigo?
Não queria

falar comigo? Abandonou a aula?”

Quando ela não falou, eu fechei meus olhos momentaneamente. “Oh, querida.
Nós

todos fizemos coisas que não sentimos orgulho. Se você soubesse...” Agora não
era a hora

daquilo. “O ponto é, eu não seu o porque você fez isso. Eu só espero que
qualquer que tenha

sido o motivo seja algo que você já tenha superado. Eu não penso menos de você
por isso.

Nunca pensei.”

“Mas você parecia tão...” ela não conseguiu terminar.

Eu tirei o bracelete com minha outra mão e coloquei na pia. “Eu só estava
surpreso e

eu estava preocupado. Eu não sabia quando você tinha feito isso e não vou
perguntar. Não

agora, okay? Só saiba que você não precisa esconder quando estiver comigo.
Tudo bem?”

Ela concordou, mas dúvida e desconfiança passaram em seus olhos marrons.

Querendo provar que o que eu havia dito era verdade, eu inclinei minha cabeça
enquanto
virava seu braço e pressionei meus lábios sobre a cicatriz. Um tremor abalou
Avery.

“Eu tinha acabado de fazer dezesseis.” Sua voz ela baixa e terrivelmente jovem.
“Foi

quando eu fiz isso. Eu não sei se realmente queria isso ou se eu só queria que
alguém...” ela

balançou a cabeça. “É algo que me arrependo todo dia.”

“Dezesseis?”

“É algo que eu nunca faria novamente. Eu juro. Eu não sou mais a mesma
pessoa que

eu era.”

“Eu sei.” Eu coloquei meu braço em sua perna, querendo afastar o olhar escuro e

doloroso que havia em seus olhos. “Agora é hora de tirar essas calças.”

Ela piscou e então riu. “Ótimo.”

Eu a ajudei a ficar de pé. Minha camiseta alcançava seu joelho e eu acho que
ficava

melhor nela do que em mim. Quando eu alcancei o botão de sua calça, ela bateu
em minhas

mãos. “Eu acho que consigo fazer isso.” Ela disse.

“Você tem certeza?” eu provoquei. “Porque eu estou aqui a seu serviço e tirar
seu

jeans é algo que eu posso ser excepcional.”

Seus lábios se contorceram. “Tenho certeza que você seria. Coloque seu casaco
de
volta.”

Eu me apoiei na pia, esticando minhas costas. “Eu gosto quando você olha.”

“Eu lembro.” Ela se virou e balançou sua bunda de um jeito extremamente


excitante,

tirando seu jeans.

Olhando para o lado, eu peguei meu casaco do chão. “Você acha que vai ficar
bem fora

do banheiro?”

“Espero que sim.”

Uma vez que eu a tinha de volta na sala, eu encontrei aspirina e peguei outra
garrafa

de agua. Depois que ela bebeu, eu sentei no sofá e cutuquei gentilmente seu
braço. “Senta

aqui comigo.”. Quando ela começou a subir sobre minhas pernas, eu a parei.
“Não. Senta

comigo.”

Confusa, ela balançou sua cabeça. Eu a inclinei, a guiando para baixo. Ela estava
dura

como uma nota de um dólar por um segundo e então seu corpo se ajustou a meu
colo. Eu

peguei a manta, jogando sobre suas pernas nuas.

“Você deveria tentar dormir.” Eu passei meus braços em volta de sua cintura
enquanto

a TV jogava sombras pelo cômodo. “Vai ajudar de manhã.”


Moranguinho deixou sair um pequeno suspiro enquanto ela se ajeitava em meu
peito.

“Você não vai embora?”

“Nope.”

“Não mesmo?”

Abaixando meu queixo, eu passei meus lábios sobre sua testa. “Eu não vou a
lugar

nenhum. Estarei bem aqui quando você acordar, querida. Eu prometo.”

Eu acordei na manhã seguinte do mesmo jeito que tinha ido dormir. Avery ainda

estava enrolada em meu colo, mas ela estava acordada agora e continuava se
contorcendo. Eu

gemi, apertando meu abraço enquanto seu quadril continuava pressionado em


minha ereção.

“Desculpa.” Eu disse. “É de manhã e você está sentada em mim. Essa é uma

combinação fatal para qualquer homem.”

Eu abri meus olhos a tempo de ver as bochechas de Moranguinho corarem. Eu


movi

uma mão para seu quadril, observando sua expressão sonolenta pelos olhos
pesados.

“Você quer que eu saia de cima de você?” ela perguntou.

“De forma nenhuma.” Eu passei minha mão por sua espinha, entrelaçando meus
dedos

por seu cabelo. “Absolutamente de maneira nenhuma.”

Ela sorriu. “Okay.”


“Finalmente, eu acho que finalmente concordamos em algo.”

Jogando sua cabeça para o lado, ela me estudou por um longo momento. “A
noite de

ontem realmente aconteceu?”

Eu ri. “Depende do que você acha que aconteceu.”

“Eu tirei minha blusa para você?”

Na menção disso, meu olhar caiu. A ponta endurecida de seus seios estavam bem

visíveis. “Sim. Momento adorável.”

“E você me rejeitou?”

Minha mão foi para a lateral de sua coxa. “Só porque nossa primeira vez juntos
não iria

ser quando você estivesse bêbada.”

“Nossa primeira vez?”

Eu sorri preguiçosamente. “uh-hum.”

Ela ficou um rosa lindo. “Você está realmente confiante sobre existir uma
primeira vez

entre nós.”

“Eu estou.” Eu inclinei para trás, para o travesseiro, observando ela enquanto
passava

minha mão para cima e para baixo, do quadril para a coxa.

“Nós conversamos, certo?” ela olhou para seu pulso nu. “Eu te contei quando fiz
isso?”

“Sim.”
Seus cílios caíram. “E você não me acha uma puta idiota?”

“Bem...”

Ela me perfurou com um olhar de areia seca.

Eu sorri enquanto movia minha outra mão para a base de seu pescoço. “Você
quer

saber o que eu acho?”

“Depende.”

Eu guiei sua cabeça para baixo para que nossos lábios quase se tocassem. “Eu
acho

que precisamos conversar.”

“Nós precisamos.” Ela sussurrou.

Mas, quanto mais tempo ela passasse sentada em minhas pernas, menos provável

seria que conversássemos. Eu segurei seu quadril e a levantei, a apoitando na


almofada do

meu lado.

“Eu pensei que precisávamos conversar.” Ela perguntou enquanto eu me


levantava.

“Precisamos. Eu já volto.”

Confusão passou por seu rosto.

“Só fique aí, okay?” eu andei em direção a porta. “Não se mecha desse lugar.
Não

pense sobre nada. Só fique sentada ai que eu já volto.”

Ela apoiou seu queixo no encosto do sofá. “Okay.”


“Eu quis dizer exatamente isso, não pense sobre nada.” Eu abri a porta. “Não
sobre os

últimos minutos nem sobre a noite anterior. Nem o último mês. Ou o que virá
depois. Só fique

sentada aí.”

“Tudo bem” ela sussurrou. “Eu prometo.”

Eu segurei seu olhar por um momento e uma vez que eu tinha certeza que ela
não iria

se trancar no seu quarto, eu corri para meu apartamento. Estava quieto lá dentro,
mas havia

um par de saltos perto do sofá. Sorrindo, eu rapidamente escovei meus dentes e


então peguei

os itens necessários da cozinha. Me levou cinco minutos inteiros e quando eu


voltei ao seu

apartamento, ela estava exatamente onde a deixei.

Seu olhar caiu para o que eu segurava em minhas mãos e então ela sorriu.
“Ovos...

você trouxe ovos.”

“E minha frigideira.” Usando meu quadril, eu fechei a porta. “E eu escovei os


dentes.”

“Você não colocou uma camiseta.”

Eu joguei nela um longo olhar. “Eu sei que quebraria seu coração não me ver
sem

camisa.”

Enquanto colocava os ovos no balcão, eu ouvi um grito abafado e me virei em


direção

a porta. “Avery, o que você acha que está fazendo?”

“Nada” foi a resposta.

Eu sorri para mim mesmo enquanto voltava para o balcão. “Traga sua bunda
aqui.”

Quando ouvi seus pés atingirem o chão, eu franzi a sobrancelha. “E não ouse se
trocar.” Eu

pausei. “Porque eu realmente gosto de te ver em minhas roupas.”

“Bem, quando você fala desse jeito...” ela apareceu na porta.

“O que?” eu olhei sobre meu ombro. “Você sentiu tanta falta assim de meus
ovos?”

Ela piscou vagarosamente. “Eu não achei que teria você na minha cozinha
fazendo

ovos novamente.”

Aquelas palavras me afetaram mais do que ela sabia. Eu ajustei o controle do


fogão.

“Você sentiu tanta falta assim de mim?”

“Sim.”

Eu me virei em sua direção, passando uma mão em meu cabelo. “Eu senti sua
falta.”

Moranguinho respirou profundamente. “Eu quero dizer desculpa por como eu


reagi

quando... bem, quando você viu minha cicatriz. Eu nunca deixei ninguém vê-la.”
Ela se inclinou
para frente, mordendo seu lábio inferior. “Eu sei que não é uma desculpa, porque
eu fui uma

puta terrível mas...”

“Eu vou aceitar suas desculpas com uma condição.” Eu cruzei meus braços.

“Qualquer coisa.” Ela disse passionalmente.

“Que você confie em mim.”

“Eu confio em você, Cam.”

“Não, você não confia.” Eu andei para a mesa e puxei uma cadeira. “Sente-se.”

Uma vez que ela se sentou e ajustou a camiseta emprestada, eu voltei para o
fogão e

quebrei um ovo. “Se você confiasse em mim, você não teria reagido do jeito que
você fez. E

isso não sou eu te julgando ou qualquer coisa desse tipo. Você tem que confiar
em mim que eu

não serei um idiota e que nem vou surtar por causa desse tipo de coisa, Você tem
que confiar

que eu me importo o suficiente com você.”

Ao som de sua respiração suave, eu me virei. “Tem muito que eu não sei sobre
você e

eu espero que nós possamos concertar isso. Eu não vou te forçar, mas você não
pode me

desligar assim. Okay. Você tem que confiar em mim.”

Seu olhar encontrou o meu. “Eu confio em você. Eu vou confiar em você.”

“Eu aceito suas desculpas.”


Eu terminei os ovos e voltei para a mesa com suco de laranja antes que eu
trouxesse o

problema a tona. “Então o que fazemos agora? Me diga o que você quer.”

Ela parou com um garfo cheio de ovos macios. “O que eu quero?”

“De mim.” Eu coloquei um ovo em minha boca. “O que você quer de mim?”

Moranguinho se encostou, colocando se garfo no prato. Ela abriu sua boca e


então

encolheu os ombros. “Você.”

Meu peito espasmou por um momento e eu não consegui falar. “Eu?”

“Eu quero você.” Ela disse, corando. “Obviamente, eu nunca estive em um

relacionamento e eu nem sei se é isso que você quer. Talvez não seja...”

“É.”

“É?” ela perguntou.

Eu ri, me sentindo mais leve do que me sentia em semanas enquanto pegava


outro

ovo. “Você soa surpresa, como se você não pudesse acreditar. É realmente
adorável. Por favor,

continue.”

“Continue...?” ela balançou a cabeça. “Eu quero estar com você.”

Eu mastiguei meu ovo devagar. “Essa é a segunda coisa que concordamos essa

manhã.”

“Você quer estar comigo?”


Meus lábios se curvaram para cima. “Eu venho querendo estar com você desde a

primeira vez que você me rejeitou. Eu só vinha esperando você mudar de ideia.
Então, se nós

vamos fazer isso, existem algumas regras básicas.”

“Regras?”

Acenando, eu descasquei o terceiro ovo. “Não há muitas. Não me desligar. É só


eu e

você e ninguém mais. E finalmente, continue parecendo extremamente sexy em


minhas

camisetas.”

Uma risada saiu dela, profunda e real. “Eu acho que todas elas são razoáveis.”

“Bom.” Eu me perguntei se ela tinha percebido o quanto minhas mãos tremiam

enquanto eu descascava o ultimo ovo.

“Eu nunca fiz nada disso antes, Cam. E eu não sou uma pessoa fácil de conviver
todo o

tempo. Eu sei isso. Eu não posso prometer que vai ser fácil para você.”

“Nada que é legal na vida é fácil.” Enquanto eu terminava o copo de leite, eu


havia

terminado de falar por agora. Eu precisava contar a ela sobre o que tinha
acontecido três anos

atrás e o que eu fazia toda sexta a noite, mas isso tinha que esperar. Eu precisava
fazer o que

estava com vontade desde a noite de Thanksgiving.

Eu levantei e fui para seu lado. Pegando suas mãos, eu a levantei e coloquei
meus

braços em volta de sua cintura. Eu abaixei minha cabeça, passando meus lábios
contra sua

bochecha. “Eu estou falando sério com você Avery. Se você me quiser mesmo,
você me tem.”

Moranguinho pressionou sua palma contra meu peito. “Eu quero você de
verdade.”

“Bom saber.” Eu esmaguei meus lábios contra os dela. “Porque, se não, isso está

prestes a ficar muito estranho.”

Ela riu mas o som foi perdido quando eu pressionei minha boca na dela. O
contato

pareceu certo, tão necessário como respirar. O beijo era leve e calmo, mas
enquanto ela

deslizava suas mãos em meu cabelo, eu aprofundei o beijo, dando a ela o que ela

silenciosamente pediu. Meus lábios passaram contra os dela, indo e voltando,


empurrando e

puxando, e então os guiando abertos com a minha língua.

Seu gemido colocou fogo em meu sangue, e ela tinha gosto de suco de laranja e
algo

doce. Minhas mãos caíram em seu quadril e eu a pressionei contra mim, a


levantando.

Surpresa passou por mim quando suas pernas se enrolaram em torno da minha
cintura. Eu

pressionei suas costas contra a parede, encaixando nossos corpos juntos.

Beijar ela era tudo que eu havia planejado, mas a sensação de seus seios
achatados

contra meu peito e seu cento quente contra mim foi minha perdição. Eu estava
perdido nela.

Moranguinho era tímida e ela era inocente em várias coisas, mas ela também era
muito

passional e sua reação era natural e muito sensual.

Eu gemi quando ela moveu seu quadril, pressionando contra mim daquele seu
jeito

sem querer. Seus dedos se firmaram em meu cabelo enquanto ela segurava
minha boca com a

dela. Eu estava tão duro e tão inchado, e a pequena peça de roupa que a cobria
entre suas

coxas não era uma barreira suficiente. Eu queria nada mais que ter ela bem aqui,
contra a

parede, e eu duvidava que ela iria protestar, mas não era o certo.

Com um grande esforço, eu levantei minha boca. “EU preciso ir.”

Sua mão escorregou para minha bochecha. “Você está indo agora?”

“Eu não sou um santo, querida.” Minha voz estava presada, cravada com desejo.

“Então se eu não for agora, eu não foi estar indo por um bom tempo.”

Ela tremeu e meu corpo inteiro ficou tenso. “E se eu não quiser que você vá?”

“Merda.” Eu segurei suas coxas, momentaneamente fechando meus olhos. “Você


está

dificultando eu conseguir ser o bom homem que você disse que eu era ontem a
noite.”
Seus lábios acariciaram minha bochecha. “EU não estou bêbada.”

Rindo calmamente, eu pressionei minha testa na sua. “Yeah, eu posso perceber


isso e

por mais que a ideia deu possuir você aqui, agora, contra a parede, seja
suficiente para me

fazer perder o controle, eu quero que você saiba que eu estou sério. Você não é
uma trepada.

Você não é uma amiga com benefícios. Você é mais que isso para mim.”

Seus olhos se fecharam enquanto seu peito se levantava contra o meu. “Bem isso
foi...

meio que realmente perfeito.”

“Eu sou meio que realmente perfeito.” Eu provoquei, desenrolando suas perdas e
a

deixando em pé. “Todos sabem disso. Você só é meio lerda em perceber as


coisas.”

Ela riu, aquecendo seus olhos. “O que você vai fazer?”

“Tomar um banho gelado.”

“Sério?”

“Yep.”

Outra risada voou dela. “Você vai voltar?”

“Sempre.” Eu a beijei gentilmente, colocando tudo que eu sentia naquele beijo


rápido.

“Okay.” Seu sorriso se espalhou pelo seu rosto e foi a coisa mais divina que eu já
vi.
“Eu vou esperar por você.”

- 22

“Você não vai vir hoje a noite, não?” Jase perguntou, sua voz mal audível sobre a

música alta.

Escorregando meus pés em meu sapato, eu segurei meu celular entre meu ombro
e

minha bochecha. “Nah. Eu vou levar Avery para jantar fora. Eu acho que se
chegarmos...”

“Não precisa de explicação. Eu não culpo você.” Ele soava entediado, não
comigo, mas

com toda a situação. Houve uma pausa. “Sua garota não parece ser do tipo que
curte festas.”

Eu fiquei preso na parte da “sua garota” e um orgulho passou por mim pelo que

pareceu um segundo muito longo. “Yeah, eu acho que não.”

Jase riu calmamente. “Ela te transformou em outro homem, não?”

Eu sorri enquanto pegava minhas chaves. Jase poderia ter razão. Desde que eu
conheci

Avery em Agosto, vários hábitos meus haviam mudado, mais ainda durante as
semanas depois

da noite de luta. “Algo assim.”

“Bem, se divirta. Não a deixei grávida.”

Uma rizada saiu. “Jase, cara, vamos lá...”

Ele riu de novo. “Estou brincando.”


Revirando meus olhos, eu disse tchau e fui em direção ao apartamento da Avery.

Nós tivemos um jantar rápido no Martinsburg e então voltamos para seu


apartamento.

Eu fiz um pit-stop e peguei Raphael, o deixando andar pela cozinha de Avery um


pouco. O

pequeno cara precisava de seu exercício no final. E Moranguinho parecia gostar


de ficar
pegando-o e o virando para outra direção, para que ele ficasse indo e voltando
entre nós. Isso

nunca fui algo que me imaginei fazendo em um sábado a noite, mas eu não
estava entediado

ou animado para estar em outro lugar. Que a verdade seja dita, eu estava me
divertindo mais

fazendo isso do que já tinha me divertido em qualquer festa da fraternidade.

“É um terrário.” Eu a corrigi quando ela chamou seu habitat de aquário. “E ele


tem um

terrário de pedras. Comprei um novo para ele no seu aniversário.”

“Você sabe quando é seu aniversário?” ela sorriu.

“Yep. Vinte e seis de Julho.” Falando no assunto... “Quando é seu aniversário?”

“Uh, você ainda tem tempo antes de ter que se preocupar com isso.” Ela cruzou
seus

tornozelos. “Quando é o seu?”

“Quinze de Junho.” Eu não me daria por vencido. “Quando é o seu, Avery?”

Ela suspirou. “É dois de Janeiro.”

“Eu perdi seu aniversário?” Minhas sobrancelhas se arregalaram enquanto me

inclinava para frente.

“Não é nada de mais.” Ela deu de ombros. “Eu fui até o Smithsonian e fiquei
doente,

então provavelmente foi uma boa coisa que você não estava por perto.”

Ir ao Smithsonian...? Isso me atingiu e eu me senti como um idiota. “Aw, cara,


era por

isso que você disse que queria ir lá no dia dois. Você foi sozinha? Merda. Eu me
sinto...”

“Não.” Ela disse levantando sua mão. “Você não precisa se sentir mal. Você não
fez

nada de errado.”

Eu sabia que n tinha feito nada de errado. Eu teria a levado se ela tivesse deixado
mas

isso ainda não me desceu bem. “Bem, tem sempre o ano que vem.”

Seus lábios se abriram em um grande sorriso que causou meu coração a


gaguejar.

Precisando de um momento para mim antes que eu fizesse algo incrivelmente


estúpido, como

ficar todo emocionado, eu peguei Raphael e o levei de volta para casa,


prometendo a voltar

logo. Eu havia planejado conversar com ela quando voltasse, sobre o que eu
tinha feito, mas

quando voltei, eu encontrei Moranguinho parada no hall que ia até seu quarto
com um olhar

em seu rosto que fez coisas estranhas com meu peito.

Sua expressão era parte antecipação, parte incerteza e maior parte era uma
inocente

curiosidade que literalmente espantou qualquer pensamento da minha cabeça. Eu


não tinha

mais ideia do porque era importante conversar com ela sobre coisas sérias agora.
Desde o

Domingo em que acertamos as coisas, eu estava levando as coisas devagar, tão


devagar que eu

imaginava se havia como ir mais devagar ainda. Toda noite, eu terminava indo
um a um

comigo mesmo até o ponto que minha mão estava começando a ficar dormente
enquanto eu

fazia anotações nas aulas.

Mas valia a pena. A ultima coisa que eu queria era apressar ela, mas agora...

Avery umedeceu seus lábios enquanto eu tirava meu suéter, colocando nas costas
do

sofá. Seu olhar foi na direção da faixa de pele exposta entre minha camiseta e
meu jeans e

suas bochechas ficaram coradas.

Yeah, Moranguinho parecia que queria ser apressada.

Eu sentei no sofá enquanto ela continuava no hall, mexendo com a ponta de seu

vestido no brilho suave da TV. Quando ela tinha tirado suas meias depois de
voltar do jantar,

eu havia passado muito tempo olhando para suas pernas nuas como um
adolescente que

nunca havia visto tanta pele antes.

“Você vai vir pra cá ou vai ficar me encarando pelo resto da noite?” Eu
perguntei, rindo

enquanto ela tomava um grande fôlego e andava calmamente para o sofá. Eu


levantei uma
mão e a puxei para meu lado, mas pequena Moranguinho tinha algo diferente
planejado.

Meu sorriso saiu quando ela colocou um joelho de cada lado de minhas coxas e
sentou

no meu colo. A resposta de meu corpo foi imediata. Eu endureci enquanto


colocava meus

dedos em seu quadril. “Hey, querida.”

“Hey.” Ela sussurrou.

“Você sentiu tanta falta de mim assim? Eu só fiquei fora uns minutos.”

Ela colocou as mãos em meu ombro enquanto se sentava, trazendo nossos


corpos

juntos em todos os lugares certos. “Talvez.”

Movendo minhas mãos para sua lateral, eu envolvi sua bochecha. Ela tinha de
estar

me sentindo entre suas coxas. Não havia como esconder isso. “O que você está
fazendo?”

Sua língua passou sobre seus lábios e eu mordi um gemido. “O que parece?”

“Eu posso pensar em algumas coisas.” Eu alisei meu dedão em suas bochechas,

querendo ver o que ela estava planejando. Na verdade, onde quer que ela
estivesse levando

isso, eu gostaria de pular de cabeça. “Todas elas me fizeram extremamente


interessado.”

“Interessado? Isso é bom.”

Seus olhos encontraram os meus por um momento e então seus cílios se


abaixaram,

protegendo seus olhos enquanto ela diminuía a distância entre nós. Ela passou
seus lábios nos

meus, vagarosa e docemente. Então ela aumentou a pressão. Eu a deixei guiar,


levando seu

tempo enquanto o beijo se aprofundava. Minhas mãos estavam grudadas em suas


bochechas

enquanto sua boca abria. Eu passei minha língua na sua e ela devolveu o gesto
ternamente.

Algo sobre isso me deixou louco. Talvez era o fato que ela estava aprendendo
tudo isso

comigo.

Eu passei minhas mãos para baixo, pelas suas costas e ela se curvou em resposta.

Minhas mãos se firmaram em sua cintura enquanto ela trabalhava com seus
lábios. Bom Deus,

do jeito que ela estava se movendo em meu colo iria me matar. Eu tremi
enquanto fazia meu

caminho com minha mão direita por baixo de seu vestido, deslizando em sua
coxa. Eu

precisava toca-la.

Passando minha outra mão pela sua frente, eu segui o caminho de suas costelas e

peguei um de seus seios em minha mão. Aprendendo as curvas de seu corpo, eu


acariciei a

ponta. Avery quebrou o beijo, gemendo enquanto eu circulava meu dedão sobre
seu mamilo.
“Você gostou disso?”

“Sim” ela disse sem fôlego.

Ah, era isso que eu queria ouvir. Eu a provoquei enquanto trilhava seu pescoço
abaixo

dando pequenos beijos. Ela pressionou seu seio em minha mão enquanto seu
quadril se movia

novamente. Prazer intenso subiu pela minha espinha. Com um som baixo saindo
de minha

garganta, eu a afastei um pouco, observando enquanto ela ficava toda corada.

Merda, ela era linda.

“Me diga o que você quer, querida.” Eu trabalhei em seu outro seio, sentindo seu

mamilo pelas suas roupas. Não queria que ele se sentisse sozinho. “Qualquer
coisa. E eu vou

fazer.”

Seu peito levantou bruscamente. “Me toque.”

Meu corpo ficou tenso e então em choque. Quando eu falei, mal consegui
reconhecer

minha voz. “Posso?”

Eu deslizei ambas as mãos abaixo da linha de seu pescoço, sob seu vestido
quando ela

concordou, trazendo o material para baixo de seus ombros, a deixando exposta.


Eu o puxei

para baixo, liberando seus braços, deixando o vestido acumulado em sua cintura.

“Linda.” Eu tracei a beirada de seu sutiã de renda. “Olhe esse corado.


Malditamente

linda.”

Abaixando minha cabeça, eu fechei minha boca sobre a ponta de seu seio, a
beijando

pelo suave cetim. Um choro estrangulado escapou dela enquanto eu segurava seu
quadril,

suando mais profundamente. Meu coração pulsava contra minhas costelas


enquanto seus

dedos seguravam mais forte em meu cabelo, me mantendo perto enquanto eu me


movia para

o outro seio. Eu suguei gentilmente e fui contemplado com mais um choro


suave.

Seu corpo já estava tremendo contra o meu, mas eu não estava nem perto de ter

terminado com ela. Eu deslizei minhas mãos pela barra de sua saia, movendo-as
para cima

enquanto eu trilhava seus lábios macios e inchados com beijos.

“Me diga uma coisa, querida.” Eu fiz pequenos círculos na parte de dentro de
sua coxa,

me aproximando de seu centro. “Você já gozou antes?”

Ela ficou tensa de vergonha e quando ela não respondeu, eu fiz aqueles pequenos

círculos para baixo de sua coxa. “Sim.” Ela disse. “Já.”

“Sozinha?” eu movi minha mão de volta para cima em sua coxa.

Ela se contorceu para perto, pressionando minha ereção enquanto ela descansava
sua
testa na minha. “Sim.”

Eu estava aliviado por ouvir isso, mesmo sabendo que não deveria estar
surpreso. Eu

passei um dedo pelo meio de sua calcinha úmida. Seu corpo respondeu de um
jeito tentador.

Eu continuei movendo meu dedo, indo e voltando gentilmente.

Eu poderia toca-la para sempre.

Talvez eu fosse. Eu poderia ficar aqui, uma mão entre suas coxas e a outra
acariciando

seus seios. Eu podia lidar com isso.

Mas então Avery se moveu.

Ela passou sua mão para baixo em meu peito, sobre meu abdômen, parando na
barra

de meus jeans. Meu pênis inchou pela proximidade. Parte de mim queria pegar
sua mão e

terminar isso, mas a outra parte estava preocupado que eu perderia o controle no
momento

que ela me tocasse. Ela sugou sues lábios enquanto eu fazia mais um movimento
entre suas

coxas, circulando um monte de nervos.

Eu estava totalmente a favor de arriscar perder o controle.

Mordendo seu lábio inferior, eu pulsei em baixo dela. “O que você quer, Avery?”

“Eu quero... eu quero tocar em você.” Um olhar de surpresa passou em seu rosto.

“Mas eu não sei o que você gosta.”


Oh Deus, eu gemi para suas palavras e prazer borbulhou pela minha ponta. Eu

coloquei minha mão sobre a dela. “Querida, qualquer coisa que você fizer eu
vou gostar.”

“Mesmo?”

“Com certeza.” Eu me pressionei de volta contra o sofá, criando espaço entre


nós. “O

que você quiser fazer comigo, eu vou amar. Você não tem que se preocupar com
isso.”

Felicidade e calor cruzou seu olhar e então seus cílios abaixaram enquanto ela
abria o

botão de meus jeans e puxava o zíper para baixo. Eu gemi enquanto ela
engasgou.

“Fácil acesso.” Eu me ajustei entre nós, me liberando.

Os olhos de Avery se mantiveram fixos, e não havia nada mais quente que isso.
Meu

corpo inteiro estava tenso como uma corda de um arco. EU não podia fazer nada.
Eu movi

minha mão para minha ponta e então para baixo na minha base enquanto meus
batimentos

aceleravam.

“Eu penso em você.” Ela sussurrou.

Cada musculo em meu corpo congelou. “Como?”

Ela hesitou. “Quando eu... me toco. Eu penso em você.”

“Puta merda.” Eu rosnei e meu queijo caiu. Eu quase gozei ali mesmo. Ela
pensava em
mi enquanto se tocava? Bom Deus todo poderoso e o diabo em baixo da terra...
“Essa é a coisa

mais honesta que eu já ouvi,”

Seus lábios se curvaram para cima, e eu a beijei, mais duro e mais áspero que eu

provavelmente deveria, mas ela não fugiu. Eu trouxe sua mão para mim, a
guiando com meus

dedos em volta da minha ereção. Ao primeiro contato, meu corpo inteiro se


contorceu. Então

ela moveu sua mão para cima e para baixo.

O que lhe faltava em habilidade, ela com certeza compensava em esforço. A


inocência

que ela me ‘batia’ era quase demais.

“Você é perfeita.” Eu murmurei contra seus lábios enquanto deslizava minhas


mãos de

volta para sua coxa.

Nossa respiração se misturou, rápida e forte enquanto eu a tocava pela sua


calcinha,

pressionando minha palma contra seu clitóris enquanto passava meu dedos pela
suma

humidade, separados apenas por uma barreira ínfima. Eu mantive minha boca na
sua, levando

sua língua na minha enquanto ela guiava minha mão e eu investia nela.

Eu senti seu corpo ficar tenso e então ela gritou em uma liberação rápida.
“Cam!”
Seu corpo espasmou contra minha mão, onde após onda enquanto eu a acalmava.

Tremor percorreu meu corpo quando minha liberação fluía de mim. Eu gozei
mais forte do que

jamais tinha e estava admirado com isso. Ela se segurou, sua cabeça caída contra
meu ombro

enquanto eu envolvia um braço em sua cintura.

Só quando eu fiquei realmente sensível, eu gentilmente removi sua mão. Ela


estava

mole em meu abraço enquanto eu a aconchegava em meu peito. Eu sabia que eu


precisava

deixar ela ir. Eu tinha feito uma bagunça entre nós, mas eu não conseguia me
afastar de ser

corpo ainda.

Estendendo a mão, eu levantei sua cabeça e beijei a pálpebra de seus olhos e


então

seus lábios. O silencio se prolongou entre nós, confortável até que eu a senti
tensa em meus

braços. Preocupação passou por mim. Eu sabia que não havia machucado ela
mas talvez tenha

sido muito.

“Hey.” Eu disse, passando meu dedão em sua bochecha. Um olhar confuso


passou em

seu rosto. “Você está bem? Eu não...”

“Foi perfeito.” Ela beijou minha mandíbula, fechando os olhos. “Isso é perfeito.”

Avery estava certa. Meu Deus, isso foi o momento mais perfeito mas, uma bola
de

mal-estar se formou em meu peito. Uma nuvem passou sobre ela. Tinha ido
embora agora

mas, ela já havia estado ali e eu tinha medo que ela fosse voltar.

- 23

Ollie estava na beira do banco na nossa frente, sobras de comida chinesa de


Avery em

um pacote. O fato que ele tinha trazido aquilo para o campos era estranho. E
aquela comida

estava na geladeira a alguns dias.

“Tudo que estou dizendo é que o Dia do Presidente é mais interessante que o Dia
dos

Namorados.” Ele disse, brincando com seu hashi no macarrão. “Além do que,
Hallmark 41criou

V-Day, Não é um dia real.”

Sentada ao lado dele, Brittany balançou a cabeça. “Dia do Presidente é chato. O


que

acontece nesse dia?”

Avery estava sentada no meu colo, enrolada em meu peito. Estava brutalmente
frio

em Fevereiro e eu tinha aberto meu casaco, colocando as pontas em volta dela.


“Aqueles dois

transaram em algum ponto?” ela perguntou com a voz baixa.

Eu ri baixo sob minha respiração. “Eu honestamente não sei com certeza.”
“Há liquidação de carros e móveis no Dia do Presidente.” Ollie disse, sorrindo
como se

ele tivesse orgulhoso do que havia dito. “E os bancos estão fechados.”

“Wow.” Brittany trocou um olhar com Moranguinho e então voltou sua atenção
para o

Ollie. “Você não transa no Dia do Presidente. Você faz no Dia dos Namorados.”

Ollie pausou, macarrão voando no vento, e olhou para ela. “Está oferecendo?”

“Wow.” Eu murmurei. “Suave.”

Moranguinho riu.

Soltando seu braço, Brittany acertou Ollie para fora do banco. “Não. Eu não
estou

oferecendo.”

Ollie aterrissou cambaleando em seus pés. “Isso é uma pena.” Ele se inclinou tão
perto

de Brittany que seu cabelo se misturou com o dela. “Eu mudaria sua vida, baby.”

Sem conseguir se controlar, Avery riu alto e eu deixei cair minha cabeça em seu

ombro, escondendo meu rosto quando vergonha passava por mim.

Brittany parecia não estar impressionada. “Você provavelmente está certo.


Imagino

que depois de uma noite com você, eu estarei indo ao hospital pelo resto de
minha vida.”

“Ouch.” Ele bateu sua mão livre contra seu peito. “Você me feriu.”

Ela riu. “Eu duvido disso.”


Ollie se jogou a seu lado e levantou seu hashi. “Macarrão?”

Sorrindo um pouco, ela balançou a cabeça. “Não, obrigada.”

Avery se sentou, ar gelado passou entre nós. Eu me inclinei, puxando ela de


volta

contra meu peito. “Não vá.” Eu disse, embrulhando meus braços nela. “Você é
como se fosse

meu cobertor.”

Ela se virou em minha direção, pressionando um beijo no canto de meus lábios.


“Eu

preciso ir para aula.”

“Pule.” Eu murmurei, procurando por seus lábios. “Venha para casa comigo.” Eu
trilhei

sua boca, passando minha língua pelos seus lábios gelados. “Eu vou te aquecer.”

Seu corpo tremeu, e eu duvidava que tinha algo a ver com o frio. “Isso é tão
elegante

quanto a proposta de Ollie em mudar a vida de Brittany.”

“Hey!” Ollie gritou. “Não me inclua em seu pequeno ninho de amor.”

As bochechas de moranguinho coraram e eu me perguntei se ela tinha esquecido


que

não estávamos sozinhos. Ela se contorceu livre, como ela já tinha feito uma noite
em meu

quarto, na minha cama, e eu engoli um gemido.

Eu realmente não precisava estar pensando nisso agora.

“Eu te vejo jaja?” ela disse para Brittany, dando-a um rápido abraço.
Brittany assentiu. “Claro.”

41 Empresa de cartões, embalagens para presentes e artigos de festas.


http://www.hallmark.com/

Dizendo tchau, eu coloquei meu braço sobre seus ombros, com a intenção de

acompanhar ela até Whitehall. Ela sorriu para mim, cruzando os olhos. “Você
não deveria estar

do outro lado do campus?”

“Talvez.” Eu puxei meu boné e coloquei em sua cabeça, a protegendo do sol. “O


que

você e Brittany vão fazer mais tarde?”

“Vamos ao shopping.” Ela puxou a borda do boné um pouco mais enquanto ela
dava

um passo para o lado. “Nós temos algumas compras especiais para fazer.”

“Humm.” Eu entrelacei meus dedos com os dela. “Que tipo de compras


especiais?”

“É segredo.”

Eu sorri e então inalei profundamente. Havia certa umidade no ar. “Isso tem a
ver com

o dia que não é o Dia do Presidente?”

Ela riu, e meu sorriso aumentou. Moranguinho vinha rindo bastante


ultimamente. “Eu

não vou te contar.”

“Estou vendo como isso funciona.” Nós paramos perto da entrada coberta do
prédio
de Ciências Sociais e eu a puxei para mim. Ela veio bamboleando, se esticando
na ponta dos

pés. Virando o boné em sua cabeça para trás, eu apoiei minha testa contra a dela.
“Você pode

sentir o cheiro disso?”

Ela riu enquanto colocava uma mão em meu peito. “Meu hálito?”

Revirando os olhos, eu abracei sua cintura. “Não sua pequena boba. Tem cheiro
de

neve.”

“Oh.” Ela sorriu.

Eu a beijei suavemente. “Bem, tenha cuidado em sua especial e secreta viagem


ao

shopping.”

“Terei.” Ela se esticou, tirando o boné e colocando de volta em mim. “Você vai
vir hoje

a noite?”

“Essa é uma pergunta idiota.” Eu não queria deixa-la ir.

Ela fez uma careta para mim. “Achei que não havia perguntas idiotas.”

“Isso é mentira.” Abaixando a cabeça, eu a beijei mais uma vez e então a deixei
ir.

Quando ela se virou, eu dei um tapa em sua bunda fazendo com que ela pulasse
e me atirasse

um olhar seco. Eu ri. “Você gostou disso.”

O corado em suas bochechas me dizia que eu estava certo.


Neve caia do lado de fora, bem rápido. Eu estava feliz que tinha conseguido
convencer

Moranguinho a faltar amanhã. As aulas ainda estariam acontecendo, mas o


campus seria um

balde de gelo.

Eu olhei para baixo, para ela, e sorri. Depois de comer pizza e ficar um pouco
com Ollie,

ela estava esgotada. Dormindo profundamente, ela estava curvada de lado, sua
cabeça

descansando em minha perna. Eu peguei uma mecha de seu cabelo que


descansava em sua

bochecha e a arrumei.

“Ela é uma graça, sabia?” Ollie se inclinou para frente, pegou o ultimo pedaço
de pizza

e levantou. “Só ela poderia desmaiar na sua enorme presença.”

Eu ri gentilmente. “Foi muito para ela. Ela estava sobrecarregada.”

Ele sorriu enquanto passava por minhas pernas. “Vou me deixar ir embora.”

No silencio que se seguiu, eu tracei a elegante curva de seu rosto com meu olhar,

gravando os seus ângulos em minha memória. Mais cedo naquele dia, enquanto
eu andava

para West Campus com Ollie, ele havia feito um tipo de comentário sobre eu
estar amarrado.

Por mais engraçado que foi, não me atingiu. Eu ri. Talvez eu estava um pouco
amarrado. Talvez

eu estava um pouco obcecado. Talvez eu...


Na mesinha, o celular de Avery bipou e a tela acendeu e eu olhei antes de
perceber o

que estava fazendo.

Você é uma puta mentirosa. Como você consegue conviver consigo mesma?

Eu me inclinei para frente, lendo a mensagem três vezes antes que a tela
apagasse e a

mensagem sumisse.

O choque me deixou estúpido. Eu devia ter lido errado. Três vezes? Pouco
provável.

Músculos nas minhas costas e pescoço ficaram tensos. Eu não sei quanto tempo
fiquei ali

paralisado em silêncio, mas além do choque, raiva desceu por minhas veias
como uma lenta

queimada. Quem iria mandar uma merda dessas para ela? Puta mentirosa? Eu
queria achara a

pessoa responsável e arrancar sua espinha.

Mas por que alguém mandaria algo assim para ela? Se Avery fosse uma puta,
então

uma freira seria também, mas por que? Um musculo começou a pulsar em minha
mandíbula e

não parou quando Avery se agitou.

Bocejando, ela se sentou e tirou o cabelo de seu rosto. Um sorriso sonolento se

formou em seus lábios. “Desculpa. Eu não pretendia adormecer em você.”

Eu a olhei, sem certeza se eu deveria dizer algo.


Ela estreitou seus olhos e me encarou. “Está tudo bem?”

Merda. Eu não tinha como eu deixar isso passar. Eu olhei para a mesa. “Você
recebeu

uma mensagem enquanto dormia.”

Suas sobrancelhas se arregalaram enquanto ela seguia meu olhar e, então, ela se

atirou para frente, pegando seu celular. Ela inalou bruscamente quando
pressionava a tela.

Eu observei sangue fugir de seu rosto e senti os nós em meu peito aumentarem.

“Ascendeu a tela quando chegou.”

Vagarosamente, ela apoiou o celular com suas mãos tremendo. Ela não me olhos,
mas

continuou encarando-o. “Você leu a mensagem?”

“Não foi como se eu tivesse feito de propósito.” Tenso, eu me inclinei para


frente.

“Estava ali, bem na tela.”

“Mas você não precisava ter visto!” ela levantou, mãos fechadas ao seu lado.

Whoa. Calma aí. “Avery, eu não estava bisbilhotando suas coisas. A porra da

mensagem apareceu. Eu olhei antes que pudesse me impedir. Talvez isso tenha
sido errado.”

“Isso foi errado!”

Eu tomei um grande fôlego. “Okay. Isso foi errado. Me desculpe, mas não muda
o fato

que eu li a mensagem.”
Ela parou no meio da sala e não havia erro que era pânico o que estava cravado
em

seu olhar.

“Avery.” Eu disse com cuidado. Seu olhar virou em minha direção. “Por que
você

receberia um texto como esse?”

Ela cruzou seus braços. “Eu não sei.”

Eu não acreditei nela.

“Eu não sei.” Ela disse de novo e então continuou. “De vez em quando eu recebo
uma

mensagem como ela, mas não sei porque. Eu acho que é algum tipo de número
errado.”

Eu ainda não acreditava nela. “Você não sabe de quem são?”

“No. Diz ‘número privado’. Você viu isso.” Ela continuou antes que eu pudesse
falar.

“Me desculpa por ter surtado com você. Eu só fiquei surpresa. Eu estava
dormindo e quando

acordei eu podia dizer que havia algo errado. Então eu pensei... eu não sei o que
pensei, mas

me desculpa.”

“Pare de pedir desculpa Avery.” Eu odiava quando ela dizia isso. “Eu não
preciso ouvir

que você está arrependida. Eu quero que você seja honesta comigo. Isso é tudo
que eu quero.

Se você está recebendo esse tipo de mensagens, eu preciso saber sobre o que
são.”

Ela deu um passo para trás. “Por que?”

Algumas vezes eu me perguntava se falamos a mesma língua. “Porque eu sou


seu

namorado e eu me importo se tem alguém te chamando de puta!”

Avery recuou.

Tomando outro grande fôlego, eu olhei para longe. “Honestamente? Isso me


chateia,

mesmo que acidentalmente. Ninguém deveria estar mandando uma merda


dessas.” Eu pausei,

encontrando o seu olhar e o segurando. “Você sabe que pode me contar qualquer
coisa,

certo? Eu não vou te julgar ou ficar bravo.”

No momento que essas palavras saíram de minha boca eu percebi o quão falso
eu era.

Aqui estava eu falando para Avery que ela podia me contar qualquer coisa,
ficando bravo

porque eu sabia que ela não estava, e eu estava mantendo meus próprios
segredos.

“Eu sei.” Ela sussurrou e então mais algo. “Eu sei.”

Meu coração acelerou em meu peito enquanto eu olhava em seus olhos. “E você

confia em mim, certo?”

“Sim, Claro que sim.”

“Merda.” Eu gemi, e meus músculos ficaram ainda mais tensos. Uma bola de
gelo se

formou em meu peito. Contar isso a ela era um risco. Ela poderia pensar que eu
era uma

pessoa violenta e ir embora, mas eu precisava ser honesto, especialmente se eu


esperava isso

dela também.

Eu estava totalmente assustado.

Fechando meus olhos, eu disse. “Eu não fui totalmente honesto com você.”

“O que?”

Eu passei minha mão por minha mandíbula. Ou tudo ou nada42, certo? “Eu digo
a você

que você deve confiar em mim e que você pode me contar qualquer coisa mas eu
não estou

fazendo o mesmo. E, eventualmente, você iria descobrir.”

Avery correu em volta da mesinha e se sentou na beira do sofá.

“Do que você está falando, Cam?”

Eu podia perdê-la, eu percebi, mas eu precisava contar a verdade. “Você sabe


quando

disse que tinha merda no passado e que não se orgulhava disso?”

Ela assentiu. “Sim.”

“Eu posso dizer isso por experiência própria. Poucas pessoas sabem sobre isso.”
Eu

pausei. “E é a ultima coisa que eu gostaria de te dizer.”


“Você pode me contar.” Ela disse, chegando mais perto. “Sério, você pode falar

comigo. Por favor.”

Eu não sabia como começar. Levou-me alguns momentos. “Eu deveria estar me

formando esse ano, junto com Ollie, mas não estou.”

“Eu lembro que você me disse que precisou tirar um tempo.”

“Foi no meu segundo ano. Eu não tinha ido para casa durante o verão porque eu

estava como técnico em um acampamento de futebol em Maryland, mas quando


eu voltei pra

casa, minha irmã... ela estava agindo diferente. Eu não conseguia dizer por que,
mas ela estava

toda animada e quando ela ficava em casa, passava a maior parte do seu tempo
no seu quarto.

E, aparentemente, ela mal ficava em casa, de acordo com meus pais. Minha
irmã, ela sempre

foi essa alma viva, você sabe. Pegando animais abandonados, especialmente os
rapazes

abandonados. Mesmo quando ela era pequena, ela sempre fazia amizade com as
crianças não

populares da sala.” Eu sorri pela memória. “Ela conheceu esse rapaz. Ele era um
ano ou dois

mais velho que ela e eu pensei que sua relação era séria – tão séria quanto pode
ser quando

você tem dezesseis. Conheci o rapaz uma vez. Não gostei dele. E não tinha nada
a ver com o

fato que ele estava saindo com minha irmã. Só havia algo sobre ele que não me
desceu bem.”

Eu deixei cair minhas mãos em meus joelhos, enquanto sentia uma raiva familiar

crescer dentro de mim. “Eu estava em casa para a pausa do Thanksgiving, na


cozinha. Teresa

estava ali e nós estávamos brincando. Ela me empurrou e eu a empurrei de volta,


pelo seu

braço. Nem foi forte mas ela chorou como se eu tivesse realmente a machucado.
No começo

eu pensei que ela estivesse só sendo chata, mas haviam lágrimas em seus olhos.
Ela brincou

42 No original “in for a penny, in for a pound.”

com isso e eu esqueci do fato por aquela noite, mas na manhã de Thanksgiving,
Mãe

encontrou com ela, quando ela estava só de toalha, e ela viu aquilo.”

Avery deu um grande suspiro e eu balancei minha cabeça. “Minha irmã... ela
estava

coberta em hematomas. De cima a baixo em seu braço, em suas pernas.” Eu


fechei minhas

mãos em punhos. “Ela disse que era pelo jeito que ela vinha dançando, mas
todos nós

sabíamos que você não ficava machucada assim por dançar. Nos levou quase a
manhã toda

para tirar a verdade dela.”

“Foi seu namorado?” ela perguntou com a voz baixa.

Eu engoli forte. “O pequeno idiota vinha batendo nela. Ele era esperto sobre
isso,

fazendo em lugares que não eram percebidos facilmente. Ela ficou com ele. Eu
não sabia o

porque no começo. Vim descobrir depois que ela estava muito assustada para
terminar.” Sem

poder me sentar direito, eu levantei e caminhei em direção a janela. “ Quem sabe


por quanto

tempo isso teria continuado se Mãe não tivesse esbarrado nela quando o fez.
Teresa teria

contado a alguém? Ou aquele bastardo teria continuado batendo nela até uma
noite a

matar?”

Minha cabeça caiu para frente. Tudo isso parecia ter acontecido ontem – a raiva
e o

desamparo. "Deu“, eu estava tão irritado, Avery. Eu queria matar o idiota. Ele
vinha batendo

na minha irmã e meu pai queria chamar a polícia, mas o que eles iriam realmente
fazer? Os

dois eram menores. Ele levaria uma palmada e teria aconselhamento, ou algo do
tipo. E isso é

uma merda. Eu não estava bem com isso. Eu sai na noite de Thanksgiving e o
encontrei. Não

precisou de muito, cidade pequena e tudo. Eu bati em sua porta e ele atendeu. Eu
o disse que

ele não podia chegar mais perto da minha irmã e você sabe o que aquele
pequeno punk
disse?”

“O que?” ela sussurrou.

“Ele veio todo cheio de si para mim, inchando seu peito pra mim. Me disse que
ele iria

fazer qualquer merda que quisesse.” Eu ri, mas não havia humor ali. “Eu perdi.
Raiva nem é a

melhor palavra para se usar. Eu estava enfurecido. Eu bati nele e não parei.”
Pulso palpitando,

eu a encarei. “Eu não parei de bater nele. Nem quando seus pais apareceram ou
quando sua

mãe começou a gritar. Precisou de dois policiais para me tirar dele.”

Avery não disse nada enquanto me olhava.

Eu esfreguei minhas mãos em minha bochecha. “Eu terminei na cadeia e ele em

coma.”

Sua boca abriu em choque, e ali estava. Abaixando minha cabeça, eu olhei para
longe

enquanto me sentava na poltrona. “Eu já havia estado em brigas antes – merdas


normais. Mas

nada como aquilo. Minhas juntas estavam estouradas e eu nem senti. Meu pai...”
eu balancei

minha cabeça. “Ele fez sua mágica. Eu deveria ter ficado lá por um bom tempo
por aquilo, mas

não fiquei. Acho que ajudou que o rapaz acordou uns dias depois.”

“Eu sai fácil – nem um dia na cadeia.” Eu sorri estranhamente. “Mas eu não
podia sair
de casa por vários meses enquanto isso se resolvia. Eu terminei com um ano de
serviço

comunitário no clube local e então outro ano de controle de raiva. É isso o que
eu faço toda

sexta. Minha ultima sessão é nesse outono. Minha família teve que pagar
indenização e você

nem quer saber quanto isso custou. Eu tive que parar de jogar futebol por causa
do serviço

comunitário, mas... como eu disse, eu saí dessa fácil.”

Avery olhou para longe, sobrancelhas pressionadas juntas. Seu rosto estava
pálido e

quanto mais ela ficava em silêncio, mas eu me sentia doente. O que eu...

“Eu entendo.” Ela disse rapidamente. Eu olhei para ela, sem saber se tinha
ouvido

direito.

“O que?” eu disse com a voz rouca.

“Eu entendo o que você fez.”

Ela tinha ouvido o que eu tinha feito? Eu levantei. “Avery...”

“Eu não sei o que isso diz de mim, mas você estava defendendo sua irmã e bater
assim

em alguém não é a resposta, mas ela é sua irmã...” ela pausou, procurando pelas
palavras

certas. “Algumas pessoas merecem um chute na bunda.”

Eu a encarei.
Ela desdobrou suas pernas. “E tem algumas pessoas que nem mesmo merecem

respirar. É uma coisa doentia de se dizer, mas é verdade. Eu cara poderia ter
matado sua irmã.

Inferno, ele poderia ter batido em outra garota até a morte.”

“Eu mereço estar preso, Avery. Eu quase o matei.”

“Mas você não o fez.”

Eu abri minha boca, mas não haviam palavras. Como ela conseguia ser tão

compreensiva?

“Me deixe fazer uma pergunta. Você faria de novo?”

A pergunta de um milhão de dólares. “Eu ainda teria dirigido até sua casa e eu
ainda

teria batido nele. Talvez não tanto, mas honestamente? Eu não sei se isso
mudaria alguma

coisa. O cretino bateu na minha irmã.”

Ela inalou profundamente. “Eu não culpo você.”

Eu continuei a encarar ela, me sentindo como se fosse cair de joelhos. “Você é...”

Um ombro magro levantou. “Perturbada?”

“Não.” Eu sorri, absolutamente pasmo. “Você é extraordinária.”

“Eu não iria tão longe.” Ela disse, sorrindo levemente.

“Sério.” Eu sentei ao seu lado no sofá. “Eu pensei que você ficaria aborrecida ou
brava

se você soubesse.”
Avery balançou sua cabeça, jogando mechas de cabelo cobre para todos os
lugares.

Meu deus, ela era... não haviam palavras. Deixando minha testa cair na dela, eu

envolvi suas bochechas. Parecia que um gorila havia saído de meus ombros.
“Sinto bem em

tirar isso do meu peito. EU não quero que existam segredos entre nós.”

Seus lábios se curvaram para cima e eu beijei os cantos. Superando com alívio,
eu me

encostei, trazendo ela para meu peito. Essa garota era... ela era perfeita em todos
os sentidos

que importavam.

Eu beijei o topo da sua cabeça e seu peito levantou bruscamente. O alívio que eu

sentira era de mais e eu, honestamente não estava preparado para Moranguinho
ser tão

compreensiva. Suspirando, eu fechei meus olhos e a segurei o mais próximo que


eu podia.

Avery tinha aceitado meu segredo. Agora, seu eu a fizesse entender que eu faria
o

mesmo por ela...

- 24

“Você não acha que já foram rosas demais por hoje?” Ollie perguntou, acenando
para

única rosa que eu segurava em minha mão. E então ele olhou para a nova adição
na sala.

“Mais aquilo? Você está fazendo o resto dos caras, como eu, parecer ruim.”
Jase riu do seu lugar no sofá, uma garrafa de cerveja em sua mão. “Eu realmente
não

acho que você consegue parecer ‘ruinzaço’43, Ollie.”

Ele bufou enquanto apoiava suas pernas na mesinha. “Pelo menos eu sei que

‘ruinzaço’ não é uma palavra.”

Jase piscou. “Isso é tudo que você sabe.”

Eu deslizei o presente de moranguinho para o corredor e então voltei para eles,

sobrancelhas arregaladas. “Vocês vão ficar aqui a noite toda bebendo?”

“Yep.” Eles responderam juntos.

“Bem, se divirtam com isso.” Os saudando, eu fui para fora e coloquei sue
presente

perto da porta, contra a parede. Eu bati, lutando contra um sorriso idiota


enquanto ouvia os

sons abafados vindos de seu presente.

Avery abriu a porta, seu olhar caindo para a rosa. “Para mim?”

“Claro.” Eu disse, entregando para ela enquanto entrava. “Realmente me


desculpa por

não poder levar você para sair hoje, mas...”

“Não tem problema. Eu sei que você tem as reuniões.” Ela carregou a rosa para
o vaso

no balcão da cozinha, onde o resto das rosas que eu tinha dado a ela estavam.
Olhando sobre

um ombro para mim, ela inclinou a cabeça para o lado. “O que você está
fazendo?”

Eu sorri. “Fique ai onde você está e feche os olhos.”

“Eu tenho que fechar os olhos?”

“Sim.”

Excitação passou por seu rosto, mas ela estava desesperada para bancar a difícil.

“Então é uma surpresa?”

“Claro que é. Então feche os olhos.”

Seus lábios se curvaram. “Suas surpresas são tão assustadoras quando suas
ideias.”

Eu zombei. “Minhas ideias e minhas surpresas são brilhantes.”

“Se lembra de quando você pensou que seria uma boa ideia...”

“Feche os olhos, Avery.”

Sua risada aumentou em um grande sorriso enquanto ela obedecia. Me virando,


eu

corri para o corredor e rolei seu presente para dentro. Eu fechei a porta. “Não
espie.”

Suas sobrancelhas se levantaram. “Cam...”

“Mais alguns segundos.” Eu envolvi minhas mãos em seus ombros, a guiando


pela

cozinha para a sala. “Mantenha seus olhos fechados, okay?”

“Eles estão.”

Eu apertei sua mão e a deixei ir. Dando um passo para trás dela, eu deslizei um
braço
em volta de sua cintura, pressionando um beijo em sua testa. Seus dedos se
enrolaram em

volta de meu braço enquanto ela suspirava.

“Você pode abrir seus olhos agora.” Eu beijei sua bochecha. “ou você pode ficar
de

olhos fechados. Eu gosto disso também.”

Ela riu e eu sabia o momento que ela tinha aberto os olhos. “Oh meu Deus,
Cam...”

Eu tinha decorado um terrário de cinquenta litros, completo com areia e pedras

beirando as folhagens. Espiando de um buraco para se esconder, estava uma


pequena

tartaruga, esticando o pescoço, olhando sua nova casa.

Ela fez um pequeno ruído.

Eu ri. “Você gostou?”

43 Desculpe, mas eu tive que inventar alguma coisa aqui. No original eles falam
“badder” que seria um

aumentativo de mal.

“Gostar?” Moranguinho se soltou e colocou suas mãos no vidro. “eu... eu amei.”

“Bom.” Eu me movi para seu lado. “Eu pensei que Raphael pudesse ter
companhia.”

Ela riu enquanto apertava seus olhos fechados e os abria. “Você não devia ter
feito isso

tudo, Cam. Isso... isso é muito.”

“Não é muito e todo mundo precisa de uma tartaruga de estimação.” Eu me


abaixei,

beijando sua bochecha novamente. “Feliz Dia dos Namorados.”

Avery se virou e jogou seus braços em volta de mim. Ela me beijou, roubando
meu

fôlego. “Obrigada.”

Eu passei meus lábios sobre os dela. “Não tem problema.”

Ela colocou seus braços em volta da minha cintura e se apoiou. “É um menino


ou uma

menina?”

“Você sabe, eu realmente não sei. Supostamente você consegue dizer pela forma
do

casco, mas inferno que eu sei isso.”

“Bem, menino ou menina, eu vou chama-lo de Michelangelo.”

Eu inclinei minha cabeça para trás e ri. “Perfeito.”

“Nós só precisamos de mais dois.”

Essa garota era fodidamente perfeita. “Verdade.”

Ela se soltou, sorrindo. “Já volto.”

Antes que eu pudesse dizer uma palavra, ela deu meia volta e entrou no corredor.

Enquanto ela se foi, eu empurrei o terrário contra a parede e liguei a lâmpada de

aquecimento. Ouvindo ela voltar, eu me virei.

“Feliz Dia dos Namorados. Não é tão legal quanto seu presente, mas eu espero
que
você goste.”

Um cartão foi empurrado em meu peito. Sorrindo eu o peguei e olhei para ela.
“Tenho

certeza que vou.”. Cuidadosamente, eu abri o cartão. Havia uma mensagem


escrita dentro.

Você significa tudo para mim.

Eu encarei a mensagem pelo que foi, provavelmente, muito tempo. Meu coração

estava palpitando e um calor fluiu em minhas veias. EU sorri – eu sorri como se


tivesse

acabado de ganhar um milhão de dólares. E isso foi antes deu ver os ingressos.

Eu os seguirei entre os dedos. “Esse é um presente surpreendente, querida.”

“Verdade?” Ela colocou suas mãos juntas abaixo de seu peito. “Eu espero que
você

goste. Quero dizer, eu sei que não jogar futebol é uma merda e eu espero que
isso não te

deixe triste, ir no jogo, e você não tem que me levar...”

Eu peguei o resto das palavras com meus lábios e minha língua. Eu gostei dos

ingressos. O presente era ótimo, mas eu nunca poderia contar que aquelas cinco
palavras

foram o que amei. “Claro que eu vou te levar. O presente é perfeito.” Eu suguei
seu lábio

inferior e ela gemeu. “Você é perfeita.”

Aquelas palavras se repetiram várias vezes em minhas mãos enquanto eu


segurava seu
quadril e o puxava contra mim. Eu estava totalmente excitado, o que parecia um
estado

constante estando em volta dela.

Meu estômago caiu enquanto ela envolveu seus braços em volta do meu
pescoço. Eu

não precisei dizer nada enquanto a levantava.. Moranguinho passou suas pernas
em volta da

minha cintura e eu a beijei profundamente, bebendo-a e recusando a deixa-la ir.


Ela gemeu, e

uma luxúria intensa bateu em mim.

Eu estava no piloto automático enquanto a levei de volta a seu quarto e meu

estômago ainda estava baixo enquanto eu a apoiei em suas costas. Eu olhei para
baixo,

olhando para ela por uns segundos e então me inclinei, tirando meu suéter pela
minha cabeça.

Meu peito estava subindo e descendo em uma respiração desigual. Eu precisava


dela tanto

quanto eu precisava da emoção de correr com uma bola pelo campo e marcar.
Talvez ainda

mais que isso.

Ela traçou um dedo delicado pelas chamas em volta do sol em meu peito. “Eu
amo sua

tatuagem. Porque você a fez?”

“Você realmente quer saber?”

Seus grossos cílios levantaram. “Sim.”


“É bem idiota.”

Ela continuou seguindo o desenho, enviando um raio de eletricidade pelo meu


corpo.

“Eu irei julgar isso.”

“Eu fiz depois da briga com o ex de Teresa.” Eu deslizei minha mão sob sua
blusa,

sorrindo a sensação de sua pele suave e quando ela levantou para que eu pudesse
tira-la. “Eu

fiquei meio confuso por um tempo. Não podia voltar a escola, estava preso em
casa, e eu tinha

feito isso a mim mesmo. Eu estava preocupado que havia algo de errado comigo
para ter

perdido o controle como eu tinha feito.”

Ela abaixou suas mãos para seu lado enquanto eu colocava a minha em seu
estômago

nu, a meros centímetros antes do tecido fino do seu sutiã. Meu cabelo caiu no
meu rosto

enquanto eu me inclinava para frente, colocando minha outra mão ao lado de sua
cabeça. “Eu

estava deprimido. Eu estava bravo comigo mesmo e com o mundo e toda essa
porcaria.” Eu

passei minha mão por sua barriga, sorrindo quando seus lábios se afastaram só
um pouco. “Eu

acho que eu bebi praticamente tudo que eu Pai tinha em seu bar no período das
semanas
seguintes. Eu sabia que meus pais estavam preocupados, mas...”

O vão entre seus seios pareciam terrivelmente solitários e me distraíram.


Abaixando

minha cabeça, eu beijei entre eles, fiz isso novamente quando ela inalou
suavemente. “Jase

vinha me visitar frequentemente. Assim como Ollie. Eu provavelmente teria


perdido a cabeça

se não fosse por eles.” Colocando meus dedos na borda, eu levantei meus olhos
encontrando

os dela. “Posso?”

Ela assentiu.

“Obrigada.” Eu abaixei meu olhar enquanto abria o fecho, deixando o resto no


lugar.

Eu nunca a tinha visto sem nada ali antes. Eu queria levar o tempo que quisesse.
“Foi algo que

Jase disse para mim quando eu estava extremamente bêbado, Eu não sei porque,
mas aquilo

ficou comigo.”

Seu peito se elevou enquanto eu passava um dedo no meio de seus seios. “O


que... o

que ele disse.?”

“Ele disse algo sobre como as coisas não podiam ser assim tão ruins se o sol está

brilhando. Como eu disse, isso ficou na minha cabeça. Talvez porque é verdade.
Enquanto o sol

brilhar, nenhuma merda pode ser tão ruim. Então foi por isso que eu fiz uma
tatuagem de um

sol. Meio como um lembrete.”

“Isso não é idiota.” Ela sorriu.

“Humm...” era bem idiota, mas tinha funcionado. Eu coloquei meus dedos sob a
borda

de seu sutiã e puxei ele para o lado, fazendo o mesmo com a outra taça.

Eu a devorei com meu olhar. A ponta rosada de seus seios cheios imediatamente

incharam, me implorando. Olhando para baixo, para elas, eu me senti como se


nunca tivesse

visto seios antes. Eu queria toca-los, lambe-los e suga-los. Tudo de uma vez.

“Deus, você é linda, Avery.”

“Obrigada.” Ela murmurou.

Eu, gentilmente, passei minha mão sobre seu seio, maravilhado com a sensação
deles.

Suas costas arquearam e meu olhar foi para seu rosto. “Perfeita.” Eu disse, as
palavras

apressadas, um gemido baixo enquanto eu pegava o seu mamilo endurecido


entre meu dedão

e meu dedo.

Eu queria ver mais dela.

Encontrando meu olhar, eu abaixei minha mão para o botão de seu jeans.
Quando ela

assentiu novamente, eu estava praticamente ganhando a Copa do Mundo. Eu


abaixei seu
jeans, parando nas suas meias com desenho de caveiras. “Lindas meias. Bem
góticas.”

Quando seu jeans e suas meias haviam saído, eu deslizei seu sutiã pelo seu
braço. Em

um segundo ela estava somente de calcinha. Me afastando, eu admirei meu


trabalho. A

extensão de sua perna e a curva de sua cintura estava separada por apenas um
pedaço de

renda. Eu quase fui direto remove-la, mas instinto me disse que não.

Não importava o que tinha acontecido em seu passado. De qualquer modo, eu


sabia

sem sombra de dúvidas que ela não tinha experiência nenhuma nisso. Todas
essas coisas – o

beijar, o tocar pelas roupas, o estar nua – tudo isso era uma primeira vez para ela.
E eu queria

experimentar todas essas coisas direito junto dela.

Eu a beijei gentilmente enquanto passava uma mão por seu peito, seguindo o
inchaço

com meus dedos. Ela gemeu suavemente quando eu abandonei seu lábios,
fazendo uma trilha

de beijos pelo seu pescoço e abaixo. Eu hesitei por um segundo e, então, fechei
minha boca na

ponta de seu seio.

Luxuria pulsava como chuva de verão quando suas costas se arquearam e seu
quadril
se moveu. Seu gosto foi direto para meu pênis, cravou um buraco em meu peito
e então

varreu todos meus pensamentos. Eu girava minha língua contra a ponta enquanto
deslizava

minha mão para a única renda que a cobria.

Suas pernas ficaram tensas ao meu lado enquanto meus dedos acariciavam seu
clitóris

e sua cabeça caiu para trás enquanto eu me movia para seu outro seio, e então
fazia meio

caminho para baixo, por seu estômago. Eu levantei minha cabeça, meu olhar
encontrando o

dela enquanto, vagarosamente, deslizava um dedo em sua umidade. Deus, ela era
tão

apertada, tão úmida.

“Isso está bem?” eu perguntei.

Ela assentiu. “Sim.”

Um sorriso se plantou em meus lábios enquanto eu a empurrei com meu dedo.


Seu

corpo todo reagiu, tremendo e corando. Eu estava tremendo. Enquanto eu


segurava seu olhar,

eu comecei leve pressão, investindo meu dedo dentro e fora.

“Você é tão apertada.” eu disse.

Abaixando minha boca na dela, eu a beijei enquanto seu quadril se movia em


minha

mão. A sensação de seu peito contra o meu era algo que eu lembraria por muito
tempo. Não

demorou muito tempo para ela chorar contra minha boca e eu a senti se
contraindo contra

meu dedo. Eu quase me perdi ali mesmo.

Eu apoiei mina cabeça na sua garganta enquanto ela tremia. “Eu amo como você
fala

meu nome.”

Relutante, eu me forcei a aliviar meu dedo para fora dela e afastar, mas antes que
eu

pudesse chegar muito longe, ela me surpreendeu. Se sentando, ela colocou suas
mãos em meu

peito, me virando de costas. Um segundo depois, ela me tinha esparramado.

Ooooi.

Inalando profundamente, eu quase me perdi ali com a sua visão, quase nua
enquanto

ela se levantava. Totalmente sem saber como sua aparência me afetava, a


deixava ainda mais

sedutora. Eu tentei alcança-la mas moranguinho era rápida quando queria ser.
Ela deslizou

para baixo, seus dedos tremendo enquanto ela abria o botão de meu jeans. Eu
tentei ajuda-la,

mas ela já tinha desabotoado e estava deslizando ele por minhas pernas.

Eu mordi o interior de minha bochecha quando sua mão me envolveu e seu


hálito

suave provocou a cabeça de meu pênis. Meu coração pulou. “Oh merda.”
Seu sorriso era puramente feminino. Então sua cabeça se abaixou e seu cabelo
caiu

para frente. Eu sai da cama, costas curvadas e quadril estremecendo enquanto


sua boca

molhada se fechava em mim. Fogo correu em meu sangue e eu engoli enquanto


ela me sugava

e passava sua língua na ponta sensível.

Eu entrelacei minha mão na sua e coloquei a outra nas suas costas, segurando
seu

cabelo para trás. Mas quando ela me levou mais profundo em sua boca, eu não
consegui me

impedir de a pressionar mais para baixo.

Meus gemidos ecoaram pelo quarto e falta muito pouco para que minha
liberação

fluísse de mim. Eu a puxei para longe antes que eu gozasse, aconchegando-a


contra meu peito

e a beijando enquanto eu pressionava contra doa barriga.

Fraco e totalmente acabado, eu cai em minhas costas e Avery fez o mesmo. Nós
dois

com a respiração pesada e irregular. “Esse foi o melhor Dia dos Namorados da
minha vida.”

Ela riu. “Tenho que concordar.”

Eu tateei entre nós até que a encontrei sua mão e a espremi. Alguns momentos se

passaram e enquanto eu me perguntava o que falar, a coisa mais estúpida saiu de


minha boca.
“Com fome?”

“Não.” Ela bocejou. “E você?”

Eu era um idiota. “Ainda não.”

Outro minuto de silencio se passou e então ela perguntou. “Fica comigo? Pela
noite?”

Me rolando de lado, eu acariciei seu ombro. “Você não precisa perguntar duas
vezes.”

- 25

O inverno não queria dar uma trégua em West “por Deus” Virginia. O sol
apareceu a

maior parte de Fevereiro e Marco, mas a temperatura era brutal. Mesmo na


pausa de

primavera. Enquanto quase todo mundo foi para o sul, Avery e eu fomos para
oeste. Nós

passamos a maior parte da pausa na casa de meus pais. Nem preciso comentar
que Mãe

estava feliz por eu ter trazido uma garota real e viva para casa novamente.

Quando o recesso de primavera, ou qualquer que seja o nome que eles estavam

chamando o feriado de quatro dias em Abril, chegava próximo, parecia como


ontem quando a

Avery se sentou do lado de fora, com uma cerveja na mão e nós fizemos nosso
caminho para

dentro. E não conseguia acreditar como tinha passado tanto tempo.

Não conseguia acreditar que Moranguinho estava pulando o resto do dia comigo
e

tinha me permitido compensar ela por seu aniversário. Na véspera de nossa


pequena pausa,

nós passamos o dia em D.C. e voltamos tarde.

“Adivinhe?” eu escorreguei minhas mãos para seu lado até estarem abaixo de
suas

costelas. “Tenho outra ideia.”

“Ela envolve ovos?”

Eu ri enquanto pressionava seu quadril contra o meu. “Não envolve ovos.”

Seus olhos ficaram embaçados, sem foco, qualidade que eu havia ficado familiar
nos

últimos meses. “Não?”

“Mas envolve algo igualmente gostoso.” Eu pressionei minha boca na sua testa,

traçando sua bochecha com meus lábios. “E envolve você, eu, uma cama e muito
pouca, ou

nenhuma, roupa.”

“Agora?”

“Sim.” Eu movi minhas mãos para baixo nas suas costas, meus dedos passando
pelos

bolsos de seu jeans. Eu beijei sua sobrancelha. “O que você acha?”

Ela inclinou sua cabeça para trás, me convidando. O beijo começou de vagar,
mas

então, como sempre, virou algo diferente. Algo faminto. Algo que sempre pedia
mais.
Minhas mãos encontraram seu caminho sob sua blusa e eu a afastei o suficiente
para

retirar sua blusa. Nossas bocas voltaram a se encontrar – lábios, línguas, dentes.
Nós

esbarramos no sofá e eu quase perdi o equilíbrio. Eu cai para traz, metade no


sofá, metade

fora.

A risada de Avery me atingiu profundamente e eu capturei suas bochechas com

minhas mãos. Encarando seus olhos dançantes, as palavras se formaram em


meus

pensamentos.

Eu a amava.

Esse sentimento já estava ali por um tempo, provavelmente mais tempo do que
eu

ousava reconhecer. Talvez desde quando ela me rejeitou pela primeira vez, eu
tinha começado

a me apaixonar por ela.

Eu estava apaixonado por ela nesse segundo.

A realização disso me chocou. Eu encarei aqueles olhos cor de whisky e eu


queria ver

meu futuro ali – nosso futuro. Nunca, na minha vida, eu quis ver isso enquanto
encarava os

olhos de uma garota, mas com Avery Morgansten, eu não queria nada além.

Meu cérebro se desligou e tudo que eu fiz a partir desse momento foi guiado por
aquelas palavras. Eu a amava. Minhas mãos tremiam e eu me surpreendi por
quão rápido eu

retirei seu jeans.

Eu acariciei seus seios, passando meu dedão pelo seu mamilo. Seu gemido
abafado

vibrou por mim. Eu queria – não, eu precisava que ela gritasse meu nome.
Merda, eu precisava

ouvir ela dizer aquelas três palavras ou, pelo menos, senti-las.

Colocando minha mãos sob sua calcinha, eu passei minha mão, esfregando meu
dedão

pelo ponto que sempre a fazia chorar e ela o fez. Ela desfez o botão de meus
jeans e colocou

sua mão para dentro, me segurando com seus dedos.

O desejo era quase demais. Eu me contorci contra sua mão. “Avery.”

Ela se desfez ao sol de seu nome, jogando sua cabeça para trás, e isso foi
realmente

lindo.

Eu não me lembro de ter levantado, mas ela envolveu suas pernas em volta de
mim

enquanto eu a carregava para cama. Depois de coloca-la no meio, ela me assistiu


tirar a roupa.

Seus lábios se afastaram e eu gemi.

Engatinhando na cama, sangue pulsando por mim, eu enganchei meus dedos em


sua

calcinha e esperei para ela me desse um sinal que estava tudo bem.
Ela levantou seu quadril.

Eu agradeci a Deus e ao bebe Jesus.

Finalmente, depois de tanto tempo, não havia nada entre nós. Não é verdade,
dizia

uma voz dentro da minha cabeça, mas isso ficou de lado enquanto eu a olhava.
Eu disse que

ela era bonita um milhão de vezes e eu diria um milhão de vezes mais. Desde a
ponta rosada

de seus seios até a doce curva de seu quadril e a área escondida entre suas coxas,
ela era

fodidamente bonita.

Eu fiz meu caminho para baixo em seu corpo e novamente para cima, a muito
tempo

perdido para realmente prova-la. Eu me abaixei nela, deixando ela me sentir


entre suas coxas.

Avery gemeu e eu apertei meus olhos fechados enquanto ela colocava suas mãos
em meu

peito.

Meu corpo precisava estar dentro dela. “Você quer isso?”

“Sim.” Ela disse, e era como se anjos estivessem tocando em minha cabeça.

Nosso olhar se encontrou enquanto eu abaixava minha cabeça, a beijando


enquanto

ajeitava meu corpo nela. Pegar uma camisinha era um pensamento distante mas
eu não podia
parar. A ponta da minha ereção escorregou na sua humidade, causando meus
músculos a

ficarem tensos. A sensação era incrível. Meu beijo se aprofundou e eu mexi meu
quadril...

Avery virou sua cabeça para o lado. “Não. Pare.” Ela empurrou meu peito com
uma

força que me surpreendeu. “Por favor, pare.”

Aquelas palavras me cortaram por dentro e eu congelei. “Avery? O que...?”

“Saia.” Sua voz era estridente cheia de pânico. “Saia. Por favor. Saia de cima de
mim.”

Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, mas em um instante, eu estava


longe

dela e ela estava se movendo. Cruzando a cama, ela puxou o edredom e segurou
contra seu

peito enquanto se levantava. Ela andou para trás até bater na cômoda,
derrubando algumas

das garrafas. A pele em volta de seus lábios estava pálida e seus olhos
arregalados e escuros.

“Oh Deus.” Ela sussurrou com a voz rouca.

Preocupação e horror se contorciam dentro de mim enquanto eu a encarava. “Eu


te

machuquei? Eu não...”

“Não. Não!” ela apertou seus olhos fechados. “Você não me machucou. Você
nem... eu

não sei. Me desculpa...”


Eu apoiei minhas mãos na cama. “Fale comigo, Avery. O que acabou de
acontecer?”

“Nada.” Ela disse, rouca. “Nada aconteceu; Eu só pensei...”

“Você pensou o que?”

Ela balançou a cabeça. “Eu não sei. Não é nada de mais...”

“Nada de mais?” minhas sobrancelhas arregalaram. Ela estava falando sério?


“Avery,

você acabou de me assustar pra cacete. Você me olhou horrorizada como se eu


estivesse te

machucando ou...” as próximas palavras tinham gosto de cinza e vômito


enquanto eu as

pronunciava. “Ou como se eu a estivesse forçando a isso.”

“Você não estava me forçando, Cam. Eu gostei do que estava fazendo.”

Eu não entendia o que tinha acabado de acontecer. “Você sabe que eu nunca iria
te

machucar, não?”

“Sim.” Lágrimas encheram seus olhos.

“E eu nunca a forçaria a nada que você não quisesse fazer.” Eu segurei seu olhar.

“Você entende, certo? Se você não está pronta, eu estou bem com isso, mas você
precisa

conversar comigo. Você precisa me deixar saber antes de chegar nesse ponto.”

Ela assentiu, mas isso não me fez me sentir melhor. Tudo que eu conseguia ouvir
era o

tom assustado em sua voz quando ela me implorou para parar. Ar escapou de
meu pulmão e

tudo que eu sabia sobre Avery passou como um flash em minha mente, tudo se
juntando em

algo que eu já presumia, o que eu rezava para que não tivesse acontecido com
ela.

“O que você não está me contando?”

“Nada!” ela gritou. “Não tem nada para se conversar, merda. Só deixe isso.”

“Você está mentindo.” Eu tomei um grande fôlego. Tinha chego a hora. Nada de

segredos. “Você está mentindo pra mim. Algo aconteceu, sabe.” Eu apontei para
cama atrás de

mim. “Isso não foi sobre não estar pronta. Isso foi sobre alguma coisa diferente,
porque você

sabe – você sabe – que eu esperaria por você, Avery. Eu juro, mas você tem que
me contar o

que está se passando em sua cabeça.”

Ela ainda não disse nada, e meu peito começou a doer com a terrível realização
do que

tinha acontecido. Ela não confiava em mim? Ela não percebia como eu me
sentia? Mas será

que isso importava se ela não confiasse em mim? A resposta desceu como pedra
de gelo pela

minha espinha.

“Eu estou te implorando, Avery.” Eu me inclinei para frente, agarrando o lençol.


“Você

tem que ser direta e honesta comigo. Você disse que confiava em mim. Você
precisa provar,

porque eu sei que há mais nisso. Eu não sou estúpido e nem cego. Eu me lembro
de como você

agiu quando nós nos conhecemos e eu me lembro muito bem o que você disse
naquela noite

que estava bêbada. E aquela mensagem que você recebeu? Você está me dizendo
que não

tem nada a ver com isso? Se você confiasse em mim, você finalmente me diria o
que está

acontecendo.”

“Eu confio em você.” Ela sussurrou.

Eu esperei ela dizer mais, dizer qualquer coisa que provasse suas palavras, mas
ela não

disse nada e havia aquele rasgo enorme no meu peito. Eu atirei os lençóis para o
lado e

levantei. Pegando meu jeans, eu o coloquei enquanto meu coração palpitava de


um jeito que

me fez me sentir doente.

A encarando, eu passei minha mão em meu cabelo. “Eu não sei o que mais há
com

você Avery. Eu te contei merda que eu não estou orgulhoso. Merda que quase
ninguém mais

nesse mundo sabe e você ainda esconde as suas merdas de mim. Você esconde
tudo de mim.

Você não confia em mim.”


“Não – Eu confio.” Ela começou a andar na minha direção mas parou. “Eu
confio a

minha vida a você.”

Raiva cresceu dentro de mim, me envolvendo como uma corrente. “Mas não
com a

verdade? Isso é besteira, Avery.” Eu andei para fora do quarto. “Você não confia
em mim.”

Ela me seguiu, edredom arrastrando atrás dela. “Cam...”

“Pare.” Eu peguei meu suéter do chão e me virei em sua direção. “Eu não sei
mais o

que fazer e eu sei que posso não saber tudo sobre o mundo, mas eu sei que uma
relação não

funciona desse jeito.”

“O que você está falando?” sua voz tremeu, e eu me segurei.

“O que você acha que eu estou falando, Avery? Há alguns problemas óbvios
com você

e não, não me olhe como se eu tivesse chutado seu cãozinho. Você acha que eu
terminaria

com você pelo que quer que seja que aconteceu? Do mesmo jeito que você
pensou que eu

olharia diferente para você quando eu visse a cicatriz em seu pulso? Eu sei o que
você pensa e

isso é besteira.” Eu suspirei enquanto dor pura me atingia no peito. As próximas


palavras

realmente machucaram. “Como pode haver algum futuro para nós se você não
consegue ser

honesta comigo? Se você não pode confiar realmente que o que sinto é forte o
suficiente, nós

não temos nada. Essa é a merda que estraga relacionamentos. Não o passado,
Avery, mas o

presente.”

“Cam, por favor...”

“Não, Avery. Eu te disse antes. Tudo o que pedi de você era que confiasse em
mim e

não me desligasse novamente.” Eu me forcei a andar até a porta. “E você não


confia em mim e

você me bloqueou novamente.”

Eu fechei a porta atrás de mim, ignorando a queimação que aconteceu em minha

garganta. A única coisa que pedi dela era a única coisa que ela não poderia me
dar. Nada, nem

mesmo amor, podia funcionar sem confiança.

Estava acabado.

- 26

“Ah, é bom ver que você finalmente tomou um banho e saiu do quarto.”

Eu parei no meio do caminho entre a sala e o banheiro. Vendo Jase no sofá, eu


ignorei

seu comentário enquanto colocava uma camiseta. “Eu ganhei um novo colega de
quarto ou é

só o seu hábito em entrar na minha casa?”


Seus lábios se curvaram em um sorriso. “Na verdade, enquanto você estava

esfregando dois dias de sujeira de sua bunda, Ollie me deixou entrar.”

Eu me larguei na outra ponta do sofá, peguei meu boné e o coloquei bem para
baixo.

“E onde está meu estimado colega de quarto?”

“Ele está na fraternidade.” Jase apoiou suas pernas na mesinha, cruzando seu

tornozelo. “Está tendo um jogo de Call of Duty hoje.”

“O por que você não está lá?”

Ele me perfurou com um olhar tão seco quanto a minha garganta. “Realmente?
Ollie

não te viu em dois dias. Você finalmente saiu do quarto. Ele está preocupado.”

Eu revirei meus olhos. “Eu duvido disso.”

Jase me observou, e eu conhecia aquele olhar. Eu gemi e ele riu, sem vergonha
na

cara. “Mas que inferno está acontecendo, Cam?”

Como eu podia responder aquela pergunta? E por onde eu podia começar? Eu


apoiei

minha cabeça contra o encosto do sofá e suspirei. Aquela familiar sensação de


queimação

estava começando em meu peito. Pensar sobre ela, saber que ela estava tão perto
e

totalmente fora do meu alcance me matava.

“Cam?”
Eu balancei minha cabeça, rindo secamente. “Ela não confia em mim.”

Houve uma pausa. “Pode explicar um pouco mais?”

“Não na verdade.” Eu levantei minhas mãos, passando a palma e minhas


bochechas.

“Ela não está me contando a verdade... bem, sobre algo que eu sei que é muito
importante.”

“Isso tem a ver com o que você pensou naquela noite na festa?” ele perguntou.

Eu assenti sem dizer nada.

“Eu vejo.” Jase suspirou. “Isso tem que ser uma merda pesada para se falar,
cara.”

“Eu sei. Merda. Eu sei, mas você não entende...” eu parei, engolindo
pesadamente. “Eu

não iria contar essa merda, Jase. Eu não faria isso com ela.”

“Eu entendo isso. Eu entendo.” Jase deixou cair seus pés no chão e se curvou
para

frente. Ele deixou sair outro suspiro pesado. “Mas o que aconteceu? Eu presumo
que vocês

brigaram.”

“Brigaram?” eu ri novamente, mas isso soou errado. “Eu a deixei.”

“Whoa.” Jase fechou a boca. “Merda.”

Eu levantei minhas mãos sem esperança. “Eu perguntei – eu implorei para ela
me

contar a verdade e ela não o fez.”

“E você a deixou.”
“Eu sei como isso soa.” Eu atirei a ele um olhar. “Eu já me sinto como um
grande idiota

sem você precisar pensar isso.”

Sua sobrancelha levantou. “Eu não disse nada.”

“Você estava pensando isso.” Meu olhar se estreitou. “Mas você não entende.
Não há

nada se não pudermos confiar um no outro – não tem nada se ela não puder
confiar em mim.”

Jase assentiu. “Concordo. É obvio que você se importa com ela...”

“Eu me importo, mas...”

Mas eu queria o que meus pais tinham. EU queria algo que pudesse durar com
Avery e,

como eu poderia construir uma relação quando ela não confiava a mim a verdade
sobre seu

passado? Quando eu tinha confiado nela? Nós não podíamos. E eu não podia
passar pelo que

aconteceu com ela na Quarta novamente. EU nunca mais queria ver aquele olhar
de horror em

seu rosto. Eu nunca queria pensar que eu tinha sido a causa disso. Pensar nisso
ainda me fazia

me sentir mal. Não porque o que possivelmente havia acontecido com ela, mas
porque o que

eu tinha feito tinha, de um jeito ou de outro, assustado ela.

E isso nunca iria mudar enquanto ela não fosse honesta comigo.

Jase foi embora um pouco depois disso, mas não antes de tentar fazer com que
eu

fosse com ele. Eu não estava no humor para estar em volta de outras pessoas,
especialmente

um bando de pessoas bêbadas. Quando uma batida veio da porta uma hora mais
tarde, eu

imaginei que era ele novamente, mas quando eu abri a porta, fui pego de guarda
baixa.

Avery estava li, braços enrolados em sua cintura. Seus olhos vermelhos e
inchados.

Lágrimas frescas traçavam suas bochechas. Eu abri minha boca, mas a fechei.

“Podemos conversar?” sua voz estava rachada de um jeito que fez meu peito
doer.

“Por favor, Cam. Eu não vou pegar muito do seu tempo. Eu só...”

“Você está bem, Avery?” preocupação cobriu qualquer outra coisa.

“Sim. Não. Eu não sei.” Ela deu uma pequena balançada na cabeça. “Eu só
preciso

conversar com você.”

Pegando um grande fôlego, eu dei um passo para o lado. “Ollie não está aqui.”

Um pouco da tensão escapou de seu ombro. Eu a guiei para a sala e sentei no


sofá. Eu

não tinha ideia do que estava acontecendo, mas eu duvidava que ela estava
prestes a

confessar. “O que está acontecendo, Avery?”

Ela se sentou na ponta da poltrona que havia pertencido ao pai de Ollie. “Tudo.”
Tenso, eu virei meu boné para traz. “Avery, o que está acontecendo?”

“Eu não tenho sido honesta com você e eu sinto muito.” Seus lábios começaram
a

tremer e a urgência em pega-la em meus braços era difícil de resistir. “Me


desculpa, você

provavelmente não tem tempo para...”

“Eu tenho tempo para você, Avery, Você quer falar comigo? Eu estou aqui. Eu
sempre

estive aqui. E eu estou ouvindo.”

Eu segurei seu olhar até que ela deixou sair um grande suspiro e então começou
a falar

– a realmente falar. “Quando eu tinha quatorze, eu fui a essa festa de Halloween.


Eu estava lá

com alguns amigos. Estávamos todos fantasiados e havia esse cara. Era sua casa
e... e ele era

três anos mais velho que eu e amigo do meu primo.”

O olhar de Avery foi para suas mãos. Elas se abriam e fechavam a cada poucos

segundos. “Ele era realmente popular. Eu também.” Ela riu secamente. “Isso
pode parecer sem

importância, mas tinha. Eu nunca pensei que alguém como ele pudesse...
pudesse ser como

ele era. E talvez isso tenha sido estúpido da minha parte, como uma falha fatal
ou algo. Eu não

sei.” Seus cílios levantaram, me perfurando com olhos lacrimejantes. “Eu estava
falando com
ele e eu estava bebendo, mas eu não estava bêbada. Eu te juro. Eu não estava
bêbada.”

“Eu acredito em você, Avery.” Deus, eu sabia onde isso estava indo e eu já me
sentia

mal por ela. “O que aconteceu?”

“Nós estávamos flertando e era divertido. Você sabe, eu não achava nada de mais

disso. Ele era um bom rapaz e era bonito. Em um ponto, ele me puxou em seu
colo e alguém

tirou uma foto nossa. Nós estávamos nos divertindo.” A segunda risada foi mais
áspera.

“Quando ele levantou e me levou a um dos quartos de hospedes vazios, que


ficavam no

térreo, eu não pensei nada de mais daquilo. Nós nos sentamos no sofá e
conversamos um

pouco. Então ele colocou seus braços em volta de mim.”

Avery pausou, esfregando suas mãos juntas, e eu me preparei. Eu realmente


tentei.

“No começo, eu não me importei, mas ele começou a fazer coisas que eu não
queria. Eu disse

a ele para parar e ele riu disso. Eu comecei a chorar e tentei me livrar dele, mas
ele era mais

forte, e uma vez que me virou de barriga para baixo, eu não podia fazer mais
nada para o fazer

parar.”

Eu parei de respirar. “Ele parou?”


Por favor, me diga que ele parou. Por favor. Por favor. Por favor.

“Não.” Ela disse com a voz baixa. “Ele não parou , não importando o que eu
fizesse.”

Era como ter levado um tiro na espinha. Eu comecei a me levantar, porque eu


tinha

que me mover, mas eu não conseguia fazer minhas pernas funcionarem. “Ele te
estuprou?”

Ela fechou seus olhos e então... então ela assentiu e abriu seus olhos, e eu não
queria

nada além de mudar aquele sim para um não. Mas eu não podia. “Eu ainda sou
virgem. Ele não

me tocou ali. Não foi assim que ele... me estuprou.”

No começo eu não tinha entendido. Talvez tenha sido uma sobrecarga no meu

cérebro, porque eu não conseguia entender como ela tinha sido estuprada e ainda
ser virgem,

mas então isso me acetou. Horror passou por mim. Ele... aquele filho da puta
doentio tinha

sodomizado ela. Minhas mãos se fecharam em punhos. “Filho da puta, você


tinha quatorze e

ele fez aquilo com você?”

“Yeah.”

Eu passei minhas mãos pelo meu cabelo, querendo arrancar ele fora. “Merda.
Avery.

Eu suspeitava de algo. Eu pensei que algo assim pudesse ter acontecido com
você.”
“Você pensou?”

Eu assenti. “Era pelo jeito que você se portava algumas vezes. Como você ficava
tão

nervosa, mas eu só esperava que não tivesse chegado tão longe. E quando você
me contou

que ainda era virgem, eu pensei que fosse esse o caso. Avery, me desculpa. Você
nunca

deveria ter passado por algo assim, ainda mais nessa idade...” Raiva se
aglomerava na minha

garganta. “Por favor me diga que esse filho da puta está na cadeia por isso.”

“Ele está agora.” Ela virou seu olhar para a TV. “É uma longa história.”

“Eu tenho tempo.” Eu a dei um momento, não querendo que ela me desligasse,
não

depois que tinha vindo tão longe, não quando eu queria cometer um assassinato.
“O que mais

Avery? Por favor, fale comigo, porque eu estou segundos de marcar um voo pro
Texas e matar

aquele bastardo.”

Ela se inclinou para trás, trazendo seus joelhos para seu peito. “Depois que ele
parou,

eu realmente não acho que ele sabia que tinha feito algo errado. Ele só me
deixou ali no seu

sofá e quando consegui me levantar, eu sabia que precisava contar para alguém.
Eu sabia. EU

precisava ir ao hospital. Eu estava sentindo tanta...” Dor. Ela não precisava


terminar a frase,

mas eu podia ver isso em seus olhos. “Eu não consegui encontrar meus amigos,
mas eu achei

minha bolsa e terminei caminhando para fora da casa e continuei caminhando até
lembrar que

eu tinha meu celular comigo. Então chamei a polícia.”

Ela se levantou bruscamente. “Eu terminei no hospital e eles me examinaram. A


polícia

apareceu e eu disse a eles o que aconteceu e era a verdade.”

“Claro que era a verdade.” Eu a observei, seus passos rápidos e agitados.

“Quando a polícia deixou o hospital, a festa já tinha acabado, mas Blaine estava
em sua

casa.” Ela continuou como se não tivesse me ouvido. “Eles o prenderam e o


levaram. Eu fui pra

casa e fiquei fora da escola pelos próximos dois dias, mas todo mundo descobriu
que ele tinha

sido preso e o que tinha feito. E então seus pais apareceram.”

“O que você quer dizer?”

“Seus pais e os meus eram – são - amigos do Country Club. Tudo que eles se
importam

é com a imagem. Minha mãe e meu pai tem mais dinheiro do que eles podem
querer, mas...”

sua voz ficou baixa, pesada e rouca. “Os Fitzgeralds ofereceram a meus pais um
acordo. Se eu

tirasse a queixa e ficasse quieta sobre o que aconteceu, eles iriam me pagar uma
enorme

quantia de dinheiro.”

Eu a olhei, boquiaberto. “E seus pais mandou eles irem se fuder, certo?”

Ela riu, mas o som parecia quebrado. “Eles apareceram na casa de meus pais
com a

foto que tinham tirado de Blaine e eu na festa e disseram que se isso fosse para a
corte,

ninguém iria acreditar na menina com uma fantasia de puta sentada em seu colo.
E meus pais

não queriam lidar com o escândalo. Eles preferiam que isso tudo sumisse, então
eles

concordaram.”

“Puta merda.” Eu sussurrei, rouco.

“Tudo aconteceu tão rápido. Eu não podia acreditar no que meus pais estavam
falando

para eu fazer. Eles nem falaram comigo antes, mas eles... eles tinham estado tão
preocupados

com o que todo mundo iria pensar se toda essa coisa fosse a público – a foto e o
fato que eu

tinha bebido. Eu estava tão assustada e confusa e você sabe, eu nem sei se eles
acreditaram

em mim.” Ela jogou seu cabelo para traz, fechando seus olhos. “Então eu
assineis os papeis.”

Não só eu queria matar o fudido que tinha feito isso, eu queria adicionar seus
pais a
lista.

“Eu concordei em pegar o dinheiro, metade foi para minha conta para que
quando eu

fizesse dezoito, eu tivesse acesso a isso, e eu concordei a retirar as queixas e não


falar sobre

isso novamente.” Ela abaixou suas mãos e me olhou. “Isso faz de mim uma
péssima pessoa,

não?”

“O que? Oh, não... você não é uma pessoa terrível, Avery. Jesus Cristo, você
tinha

quatorze e seus pais deviam ter dito para eles irem se fuder. Se alguém tem de
ser culpado,

além daquele fudido que fez isso com você, são eles. Você não tem culpa
nenhuma nisso.”

Alívio passou por seus olhos, mas enquanto ela se sentava na poltrona eu sabia
que

havia mais. Merda. Havia mais. “Em alguns dias, todos na escola se viraram
contra mim.

Aparentemente, não havia nada no acordo sobre Blaine manter sua boca fechada.
Ele disse

para as pessoas que eu havia mentido. Que eu tinha feito todas aquelas coisas
com esse por

consenso e então falsamente o acusei. Todos acreditaram nele. Por que não
acreditariam? Eu

tirei a queixa. Eu não falava sobre isso. A escola foi... terrível depois disso. Eu
perdi todos meus
amigos.”

As coisas começaram a fazer sentido. “Foi por isso que você parou de dançar?”

“Sim. Eu não conseguia ficar na frente das pessoas enquanto elas me olhavam e

sussurravam sobre o que elas tinham ouvido ou falar sobre isso abertamente na
minha frente.

E eu fiz isso...” Ela levantou seu braço esquerdo. “Minha mãe ficou tão puta.”

Eu não conseguia acreditar no que ela tinha acabado de dizer. “Ela estava brava

porque você...” eu balancei minha cabeça. “Não me admiro que você não vá pra
casa para os

visitar.”

“É por isso que eu escolhi aqui, você sabe. Longe o suficiente para ficar longe
disso

tudo. Eu pensava que era tudo que eu precisava fazer – me distanciar.”

“A mensagem que eu vi? Era de alguém que sabe o que aconteceu?”

“Quem disse que você não consegue escapar do seu passado sabia muito bem o
que

estava dizendo.”

Eu podia sentir o musculo da minha mandíbula pulsando loucamente. “O que


mais

está acontecendo, Avery? Você disse que esse Blaine estava preso? Mas quem
está te

mandando mensagem?”

Ela inclinou para frente, pressionando sua cabeça em suas mãos. Seu rosto
estava
protegido por um véu de cabelo. “Eu tenho recebido essas mensagens desde
Agosto. Eu só

pensei que era algum idiota e as ignorei. E meu primo estava tentando falar
comigo, mas eu o

ignorei também, porque... bem, por razoes obvias. EU finalmente falei com meu
primo

durante a pausa de inverno, na noite anterior deu vir em seu apartamento.”

“A noite da luta?”

“Yeah... ele estava tentando falar comigo para dizer que Blaine havia sido preso
por

fazer a mesma coisa com outra menina no começo do verão. Ele realmente se
desculpou. Isso

significou muito para mim, mas... eu não sabia que essa menina era quem estava
tentando

entrar em contato comigo esse tempo todo.” Tomando um grande fôlego, ela
levantou a

cabeça. “Blaine fez isso com outra menina. E ela, aparentemente, tentou entrar
em contato

comigo porque ela não sabia sobre o dinheiro. Ela chamou a polícia e manteve
sua história. Ela

colocou ele na cadeira e eu... tudo que ela pensou quando eu não respondi era
que ou eu

menti sobre Blaine ou algo do tipo. E quanto mais eu não respondia, mais brava
ela ficava. Se

eu não tivesse assinado aqueles papeis, ele nunca teria sido capaz de machucar
ela.”
Eu balancei minha cabeça. “O que aconteceu com ela é fodidamente terrível e eu

estou aliviado que aquele bastardo está preso. Melhor ainda, ele deveria ser
castrado, mas o

que aconteceu com ela não é sua culpa, querida. Você não o fez fazer isso com
ela.”

Seus olhos se encheram. “Mas eu não falando para ninguém permitiu que ele
fizesse

isso de novo.”

“Não.” Eu levantei. “Não diga essa merda para si mesma. Ninguém sabe o que
poderia

ter acontecido se você não tivesse abandonado a queixa. Você tinha quatorze,
Avery. Você fez

o melhor que podia na situação. Você sobreviveu.”

“Mas é exatamente isso, você sabe? Tudo que eu venho fazendo é sobreviver. Eu
não

tenho vivido. Veja o que eu fiz com nós. E sim, eu fiz isso! Eu te afastei, de
novo.”

“Mas você está me contando agora.”

“Eu deixei o que aconteceu comigo a cinco anos atrás ainda me afetar! Quando
nós

quase fizemos sexo? Eu não estava com medo de você ou que eu poderia sentir
dor. Não era

isso. Eu tinha medo que uma vez que começasse, que o que Blaine havia feito
iria arruinar isso

para mim ou que eu iria arruinar isso por mim mesma. Eu sou uma covarde – Eu
era uma

covarde.” Ela disparou em pé, rosto coberto de lágrimas. “Mas é muito tarde,
não é? Eu

deveria ter sido honesta com você meses atrás para que você soubesse no que
estava se

metendo e eu sinto mundo que eu não fui.”

Eu fui em sua direção. “Avery...”

“Me desculpa, Cam. Eu sei que contar isso a você agora não muda nada, mas eu

precisava contar que você não tinha feito nada de errado. Eu foi perfeito –
perfeito para mim –

e eu te amo. E eu sei que você não consegue me olhar do mesmo jeito agora. Eu
entendo.”

O que? Meus braços caíram ao meu lado enquanto eu a encarava. E então eu


estava

na sua frente, segurando suas bochechas. “O que você disse?”

“Que você não consegue olhar pra mim do mesmo jeito?”

“Não isso. Antes disso.”

“Eu te amo?” ela sussurrou.

“Você me ama?”

“Sim, mas...”

“Pare.” Eu disse a ela. “Você acha que eu olharia para você diferente? Eu te disse
que

sempre suspeitei que algo tivesse acontecido...”


“Mas você tinha esperanças que não fosse isso!” ela tentou me afastar, mas eu
não

estava deixando ela fugir novamente. Não mais. “Você me olhou antes com
esperança e agora

você não a tem mais.”

“É isso o que você realmente acha? É isso que fez você segurar e não me contar
nesse

tempo todo?”

Ela abaixou seu olhar. “Todo mundo me olha diferente depois que sabem.”

“Eu não sou todo mundo, Avery! Não para você, não com você. Você acha que
eu

ainda não tenho esperança? Que você eventualmente supere isso? Que isso não
vá te

assombrar por mais cinco anos?”

Avery parecia assustada de mais para falar enquanto eu guiei suas mãos para
meu

peito, sobre o coração. “Eu tenho esperança.” Eu seguirei seu olhar. “Eu tenho
esperança

porque eu te amo – eu estou apaixonado por você Avery. Provavelmente, desde


antes que eu

conseguisse perceber isso.”

Seus olhos se abriram mais. “Você me amou?”

Eu pressionei minha testa contra a dela. “Eu te amo.”

“Você me ama?”
Eu sorri bobamente. “Sim, querida.”

Avery segurou meu olhar por um momento e eu vi quando eles se quebraram.


Quando

as paredes que ela havia construído em volta de si mesma só para conseguir


sobreviver dia

após dia finalmente sucumbiram. Lágrimas escorriam de seus olhos, muitas que
eu

honestamente achei que seria possível alguém se afogar nelas. Com tudo jogado
aberto, ela

finalmente estava exposta, pela primeira vez em anos.

Emoção subiu em minha garganta enquanto eu passava meus braços em volta de


sua

cintura. Ela veio sorrindo, segurando minha camiseta. E ela continuou


soluçando, e eu sabia

que não podia fazê-la parar. Ela precisava se livrar disso,

Eu a peguei em meus braços e a carreguei de volta a meu quarto. Eu a deitei na


cama.

Eu subi nela ao seu lado, aconchegando ela contra meu peito, e ela se segurou
em mim

enquanto continuava a chorar como se tivesse com medo que eu fosse deixa-la.

E deixa-la era algo que nunca iria acontecer novamente.

- 27

Ela depois da meia noite quando meu celular vibrou na minha cômoda. Meio

dormindo, eu rolei para o lado e tateei até que minha mão encontrou meu celular.
O brilho
leve na rela revelou uma mensagem de Moranguinho.

Chegando.

As coisas estavam diferentes nas semanas que seguiram o dia que ela se abriu
para

mim.

EU ri enquanto eu jogava os lençóis para o lado e corria para a sala e abria a


porta da

frente. Avery estava ali, descalça e usando um pequeno par de shorts de dormir
com uma

camiseta fina. Ainda na fria noite do começo de Maio, a camiseta deixava pouco
para a

imaginação.

Ela sorriu enquanto eu pegava sua mão e a puxava para dentro, fechando a porta

calmamente atrás de nós.

“Mas que...?” Ela sussurrou, olhando para o chão entre a mesinha e o sofá.

Ollie estava com o rosto para baixo, bochecha contra um travesseiro que eu tinha

colocado em baixo de seu rosto antes que eu fosse dormir. Seus roncos suaves
logo virariam

uma motosserra.

“Não pergunte.” Eu sussurrei de volta.

Rindo quietamente, ela apertou minha mão. Nós rapidamente fizemos nosso
caminho

de volta a meu quarto e uma vez do lado de dentro, eu a peguei em meus braços.
“O que você

está fazendo?” eu perguntei. “Você tem uma prova amanhã às nove.”

“Eu sei.” Ela andou para trás, me guiando para a cama. Quando ela se sentou, eu

continuei em pé. “Mas é minha ultima prova e eu já estudei tanto que acho que
meu cérebro

quebrou.”

Eu ri. Durante as ultimas semanas, o tempo que passamos juntos foi para estudar
para

nossas provas. “Mas você não deveria estar dormindo?”

“Eu estava sozinha.” Seus lábios se curvaram enquanto ela segurava minhas
mãos. “E

eu senti sua falta. Senti falta...”

Ela não precisava terminar sua frase. Eu sabia no que ela estava pensando, o que
ela

queria. Saber a verdade sobre o que tinha acontecido era uma benção mas eu não
estava certo

como... bem, como começar as coisas. A última coisa que eu queria ela forçar ela
quando ela

ainda não estava pronta. Então eu não havia sugerido nada.

“Sentiu minha falta?” eu rapidamente mudei de assunto. “EU sei. Passar mesmo
que

sejam só algumas horas sem a minha presença pode causar palpitações, suor
anormal, e

ocasionalmente...”
“Eu acho que sua arrogância é realmente uma doença.”

Eu dei a ela um sorriso convencido. “Eu gosto de pensar que é um fortificador de

caráter.”

“Continue dizendo isso a si mesmo.” Soltando suas mãos, ela ficou de joelhos na
minha

frente. Minha boca se secou enquanto eu olhava para baixo, para seu rosto. “Na
verdade,

continue dizendo isso a si mesmo quietamente. Agora, tente não falar.”

Minhas sobrancelhas levantaram. “Bem...”

Ela sorriu, mas eu podia ser a cor se aprofundando nas suas bochechas enquanto
ela

se inclinava para frente, colocando suas mãos em meu peito nu, e então
deslizando seus dedos

para minha bochecha. Ela guiou minha cabeça contra a dela.

“Eu senti sua falta, Cam.” A ponta de seu nariz passou contra o meu. “Você não
sentiu

a minha?”

Eu fechei meus olhos enquanto passava meus dedos pela sua cintura. “Eu senti.”

“Bom.” Ela murmurou.

Seus lábios encontraram os meus e ela me beijou suavemente. Não havia nada
como

seus beijos, especialmente quando as posições estavam invertidas. Ela puxou,


trabalhando em

meus lábios até que eu os abrisse. Seu gosto nublou meus pensamentos. Eu não
percebi que

ela tinha soltado meu rosto até que eu senti seus dedos escorregando pela beira
do meu

shorts.

Meu aperto se intensificou em volta de seu quadril enquanto eu levantava minha

cabeça. “Avery, talvez nós...”

“Talvez você deva me deixar fazer isso.” Seu peito levantou rapidamente
enquanto ela

abaixava seu olhar. Não havia como eu esconder que queria que ela fizesse isso.
O canto de

seus lábios se curvaram em um sorrido enorme. “EU acho que você realmente
quer que eu

faça isso.”

“Eu quero. Deus, eu quero, mas...”

Ela me silenciou com um beijo que me disse que eu precisava deixa-la fazer o
que quer

que ela quisesse fazer. Removendo um dedo por vez, eu deixei cair minhas mãos
ao meu lado.

Isso seria só ela.

Avery quebrou o contato e então me beijou no peito, sobre meu coração. Eu


fiquei

tenso enquanto ela abaixava meus shorts. Solto, o shorts caiu no chão em um
segundo. Eu

enrijeci, doendo, enquanto ela colocava suas mãos em meu quadril e beijava seu
caminho para
baixo, em meu abdômen. Quando a ponta de seus cabelos passaram por mim,
minhas mãos

curvaram em punhos. E ela continuou indo, deslizando uma mão pela minha
frente, causando

meu corpo a reagir enquanto ela passava seus dedos em volta de mim. EU pulsei
– meu corpo

inteiro pulsou. E então seu hálito dançou sobre minha ereção.

Eu segurei suas bochechas, a parando. “Avery, você não precisa fazer isso.”

Ela levantou sua cabeça. “Mas eu quero.”

Minha boca se abriu, mas as palavras – o que quer que elas fossem – morreram
na

minha língua enquanto ela me levava em sua boca. Várias sensações explodiram
em vários

pontos. Eu deixei cair minha cabeça para traz, gemendo enquanto sua mão se
movia, firme e

forte em seu ritmo com sua boca.

Eu não queria segurar. Minhas costas se arquearam enquanto ela me trabalhava.

Merda. Eu não ia aguentar. Não tinha como. Liberação correu por mim quando
meu quadril se

mexeu. Eu tentei afasta-la mas ela estava presa a mim. Ela não iria a lugar
nenhum. Eu gozei,

gritando seu nome.

Depois do que pareceu um infinito, ela saiu. Enquanto meu peito subia e descia

rapidamente, enquanto eu colocava um beijo sem fôlego em sua testa. “Avery...”


“Você gostou?”

Eu tossi uma risada. “Eu amei.”

“Eu aprendo rápido.”

Com certeza ela aprendia. Colocando minhas mãos em seus ombros, eu a guiei
para

ficar de costas. “Avery?”

Ela deixou suas mãos caírem perto de sua cabeça. “Yeah?”

“Se prepare.”

Um olhar confuso passou por seu rosto. “Me preparar para o que?”

Eu peguei sua boca, deixando meus lábios e minha língua falarem exatamente
para o

que ela deveria se preparar e foi um tempo infinito antes que eu usasse essas
duas coisas para

outra coisa que não fosse ama-la.

“Cookies. Eu trouxe cookies.”

“Oh! De que tipo?” A voz de Moranguinho voou do quarto.

Ela havia deixando a porta destravada para mim, algo que eu havia de falar com
ela

sobre isso mais tarde, mas agora eu tinha um prato de uma entrega especial. Eu
fui até o

quarto, encontrando ela deitada em sua cama, mãos cruzadas sobre seu
estomago.

“Cookies de manteiga de amendoim.” Eu disse a ela. “Mas especiais.”


Ela sorriu enquanto esticava seus pés descalços. “Como eles são especiais?”

“Bem, além do fato que eu acabei de assa-los em honra de você terminar sua
ultima

prova, eles não são com qualquer tipo de manteiga de amendoim.” Eu coloquei o
prato no

criado-mudo. “Mas são cookies com manteiga de amendoim Reese’s.”

Sua sobrancelha se levantou. “E isso os faz diferente?”

“Claro que sim.” Eu pulei na cama, rindo quando Moranguinho balançava. “O


que você

está fazendo aqui?”

“Sendo preguiçosa.”

Eu a estudei de perto. “Você está bem?”

“Sim.” Quando ela sorriu até a altura de seus olhos, eu relaxei. “Cookie?”

“Cookie...” eu alcancei o prato, procurando por aquele que parecesse mais


cremoso.

Uma vez que tinha me decidido em um, eu entreguei a ela.

Segurando uma mão sobre seu queijo, ela deu uma mordida e gemeu
imediatamente.

“Oh meu deus, esses são...” ela deu outra mordida. “Tão, tão bom.”

“Eu sei, certo?” eu peguei um, colocando ele inteiro na boca.

Moranguinho se esticou para pegar outro mas eu peguei o prato, segurando


longe

dela. Ela me socou no estomago. Eu entreguei um cookie.


Depois de comer nosso peso em pasta de amendoim dos deuses, eu me estiquei
ao

seu lado e peguei uma mecha de seu cabelo, enrolando entre meus dedos. Eu
passei a ponta

sobre seu nariz e seus olhos se fecharam. “Então como você se sente sendo
finalmente um

segundo-anista na faculdade?”

“Ela tirou seu cabelo de mim. “Eu não ou uma segundo-anista oficialmente. Não
até

que as aulas comecem novamente no outono.”

“Eu a declaro uma segundo-anista agora.” Implacavelmente, eu peguei outra


mecha de

seu cabelo e passei em sua bochecha. “O que eu digo vale.”

“Então como você se sente em finalmente ser um formando? Próximo ano é seu

ultimo.”

“Surpreendente.” Eu tracei seu lábio inferior. “Me sinto incrível.”

Moranguinho virou de lado, passando deus dedos pela gola da minha camiseta.
“Me

sinto muito bem em ser uma segundo-anista.”

“Seria melhor se você não se inscrevesse para aulas de verão.”

“Verdade.” Ela concordou.

Mas isso iria funcionar. Eu estaria indo para o acampamento de verão de futebol
com

as crianças, então eu estaria aqui de qualquer modo.


Ela de balançou para perto, descansando uma cabeça em meu ombro enquanto
ela

passava uma perna sobre mim.

“Perto o suficiente?” eu perguntei.

“Não.”

Eu ri enquanto passava meus dedos de cima para baixo em sua espinha em um

movimento lento e torto enquanto virava minha cabeça, beijando sua testa. Esses
momentos

em silêncio eram os melhores. Eu quase cai quando ela rolou de repente, subindo
em meu

quadril.

“Hey.” Ela disse.

Eu gostava da onde isso estava indo. Eu passei minhas mãos sobre sua cintura.
“Hey

você.”

“Então, eu estive pensando em umas coisas.”

“Oh Deus.”

“Cale a boca.” Ela se inclinou para frente, me beijando suavemente. “Na


verdade, eu

venho pensando muito nisso. Tem uma coisa que eu quero fazer.”

“O que?” eu deslizei minhas mãos sobre seu shorts, descansando elas em sua
coxa.

Ela sugou seu lábio inferior entre seus dentes. “EU quero ir pra casa.”
Eu não estava esperando aquilo, nem gostei da ideia. “Para casa, como no
Texas?”

“Sim.”

“Por quanto tempo?”

Ela colocou suas mãos no meu estômago e foi para traz, pressionando contra
mim. Eu

fiquei tenso, olhos estreitos nela. Algo me dizia que isso foi totalmente de
propósito.

“Você não vai se livrar de mim assim tão fácil.” Ela disse. “Seria por um dia ou
dois.”

“Merda. Lá se vai minha ideia de passar meu verão como um solteirão louco por
sexo.”

Moranguinho revirou os olhos.

“O que você quer fazer quando chegar lá?”

“Eu quero ver meus pais. EU preciso falar com eles.”

Eu afaguei suas coxas. “Sobre o que aconteceu?”

“Eu nunca falei com eles sobre o que aconteceu, não depois daquela noite.” Ela

marcou seus movimentos com seus dedos pelo meu peito. “Eu preciso falar com
eles. EU sei

que isso parece uma coisa de puta, mas eu preciso contar a eles que o que
fizeram foi errado.”

“Não parece como uma coisa de puta, mas você acha que vale a pena?” eu
coloquei

minha mão sobre a dela. “Quero dizer, você acha que vai te ajudar e não...”
“Me machucar?” ela sorriu. “Não tem mais nada que meus pais possam fazer
para me

machucar, mas eu sinto como se tivesse que confronta-los. Isso faz de mim uma
má pessoa?”

“Não.” Eu não gostava de como isso soava. Eles ainda poderiam machuca-la.

“Eu preciso fazer isso. Também preciso falar com Molly.”

Okay. Eu realmente não gostava do som disso. “O que?”

“Eu preciso falar com ela e tentar explicar porque eu fiz o que fiz. EU sei que é

arriscado e se isso voltar para me morder na bunda, que assim seja, mas se eu
conseguir faze-

la entender só um pouco, então eu posso ajuda-la e ela vai parar de me ligar.”

“Eu não sei nada sobre isso. Essa menina não parece ser a pessoa mais estável.”

“Ela não é louca.” Ela disse. “Ela só está brava e ela tem razão para estar.”

“E você não é o motivo do que aconteceu com ela.” Eu trouxe suas mãos para
meus

lábios, beijando as juntas. “Você sabe disso, certo? Você não foi responsável.”

Ela ficou quieta por um momento. “Eu preciso disso para mim mesma e por
Molly. Eu

não quero mais fugir, Cam. E eu sei que nunca vou conseguir superar isso
totalmente. O que

aconteceu... bem, sempre vai ser uma parte de mim, mas não vai ser eu. Não
mais.”

Não era isso que eu queria que ela fizesse e eu não achava que ela realmente

precisava. O que ela não percebia era que ela já tinha começado a fazer as pazes
com tudo,

mas eu não iria impedi-la. “Você sabe o que eu acho?”

“Que eu sou incrível?” seu sorriso era convencido.

“Além disso.”

“O que?”

“Eu acho que você já chegou tão longe, Avery. Eu acho que você já aceitou que
isso vai

ser uma parte de você, mas não é você. Você só não percebeu isso ainda, mas se
você quer

fazer isso, então você vai e eu vou estar lá do seu lado.”

“Você quer ir com...”

Ela guinchou quando eu me virei, rolando ela em suas costas. Eu fiquei sobre
ela.

“Você não vai fazer isso sozinha. Inferno que não. Eu vou com você. E você não
vai me

convencer do contrário. Quando você quer fazer isso?”

Me encarando por um momento, ela sorriu. “Tem algum plano para esse final de

semana?”

“Jesus.”

Moranguinho colocou a ponta de seus dedos contra meu peito. “EU preciso fazer
isso.”

Eu dei um beijo na ponta de seu nariz. “EU não acho que você precisa, querida,
mas se
você acha que sim, então é isso que importa.”

“Você realmente quer vir comigo?” ela sussurrou.

“Essa é uma pergunta estúpida, Avery. E sim, existe algo como perguntas
estúpidas.

Essa foi uma delas. Claro que eu vou estar lá com você.”

Seu lábios se curvaram em um grande e lindo sorriso. “Eu te amo.”

“Eu sei.”

“Convencido.”

“Confiante.” Eu beijei ela gentilmente. “Eu te amo, querida.”

Ela começou a envolver seus braços em torno de mim, mas eu me movi pra
longe, indo

para a lateral de sua cama. “Hey!” ela franziu a sobrancelha. “Volte aqui.”

“Nope. Nós temos coisas a fazer.” Eu peguei suas mãos, tirando-a da cama. “E
se você

começar a me deixar excitado, nś não vamos fazer nada.”

A expressão em seu rosto era de surpresa. “O que vamos fazer?”

Eu inclinei, jogando-a sobre meu ombro, e então indo em direção a porta. “Nós
temos

um voo para marcar.”

- 28

Texas estava terrivelmente quente. Como os círculos do inferno. Mesmo dentro


do

carro alugado com o ar condicionado ligado, o calor entrava por casa minúscula
parte.

Eu não podia acreditar que eu estava realmente no Texas.

Meu olhar vagava da fonte de mármore para a casa monstruosa. Avery não
estava

brincando quando disse que seus pais eram ricos. Eles eram o famoso 1%.
Inferno, talvez até

metade disso.

Me inclinando para traz no assento do motorista, eu soltei um longo suspiro.


“Merda.”

Moranguinho estava dentro daquele lugar, com uma mãe que fazia com que a
mãe de

Anthony Bates44 parecesse estável e amável. E eu estava do lado de fora,


esperando no carro,

tentado a dirigir sobre as fontes.

Ela estava lá dentro por, pelo menos, dez minutos e ela não tinha me deixado
entrar

com ela. Provavelmente porque ela sabia que eu perdia minha paciência com
facilidade.

Quando ela havia contato tudo para mim naquele dia, ela não havia dito muito
sobre seus pais

com a exceção de como eles responderam com o que aconteceu a ela, mas
durante as ultimas

semanas ela me contou sobre eles.

E o que eu sabia, eu não gostava.

Depois de quinze minutos contados, eu não conseguia mais ficar sentado. Eu sai
do

carro e pisei no calor de derreter. Deslizando meu boné, eu puxei a aba para me
proteger do

sol.

Eu andei em volta do sedan alugado, olhando a entrada da casa. As colunas de

mármore eram um toque legal. Enquanto me virava, a paisagem extremamente


cuidada ia

além da onde eu conseguia enxergar, não havia uma pessoa se movendo sobre
isso.

O lugar estava vazio, e além da ostentação, era gelado. Eu não conseguia


imaginar

Moranguinho crescendo aqui nesse tipo de atmosfera ou imaginar como ela se


tornou tão

meiga e amável como ela era.

Minha camiseta estava começando a grudar nos meus ombros quando eu voltei
em

direção a fonte. Fechando meus olhos, eu forcei minhas pernas a não dar meia
volta e entrar

na casa. Eu sabia que Moranguinho precisava fazer isso sozinha, mas eu odiava
que ela estava

confrontando seus pais sem eu estar ao seu lado.

Eu estiquei minha mão deixando a agua morna correr pela minha palma. O que
seus

pais pensariam se eu desse um mergulho? Eu estava meio tentado. Eu também


estava a cinco
segundos de invadir a casa quando eu ouvi a porta se fechar atrás de mim. Me
virando, eu vi

Avery descendo a grande escadaria de pedra.

Ela estava com um sorriso enorme.

Eu não esperava isso.

Tensão foi varrida de meus ombros enquanto eu corria em volta do carro,


pegando-a

na metade da entrada de carros. “Como foi?”

“Ah...” ela ficou na ponta de suas sandálias, levantou sua cabeça e me beijou.
“Foi

como esperado.”

Eu a segurei pelo quadril, meus dedos apertando enquanto a sensação de luxuria,

amor e outros sentimentos complicados passavam por mim. “Quer me contar


sobre isso?”

“Durante o jantar?” ela começou a se soltar, mas eu capturei sua mão, a


mantendo no

lugar. “Eu vou leva-lo ao Chuy’s...”

“Avery?”

Aço perfurou minha espinha ao som de seu nome e intensifiquei o aperto em sua
mão.

Ela estreitou seu olhar para o homem alto que estava descendo as escadas.

Esse era seu pai.

Eu sabia imediatamente.
44 Referência ao filme Psicose. Anthony Bates é o protagonista, dono do Motel.

Seu cabelo escuro estava cinzento perto da testa e ele não parecia ter mais do
que

cinquenta. Ele estava vestido como se ele estivesse indo para o clube de golfe ou
algo, calças

passadas e uma polo arrumava para dentro.

“Se ele disser algo ignorante, eu não posso prometer que não vou derruba-lo bem

aqui, agora.” Eu avisei a ela.

Ela apertou minha mão. “Espero que isso não seja um problema.”

“Só dizendo.”

Seu pai parou na nossa frente, seus olhos – iguais o da Moranguinho – olhou
para sua

filha e depois para onde nossas mãos estavam juntas. Eu desafiava ele a dizer
algo.

“Esse é Cameron Hamilton.” Ela disse, limpando sua garganta. “Cam, esse é
meu pai.”

Como seria dar a ele meu dedo médio ou um soco na cara, eu estendi minha mão
livre.

“Oi.”

Ele apertou minha mão. “Prazer em conhecê-lo.”

“O que foi Pai?” ela perguntou quando eu não respondi ao seu cumprimento.

Sr. Morgansten arrastou seus olhos de mim, seu olhar pousando em sua filha por
meio

segundo antes dele olhar para longe. Eu podia ver a idade nele agora, cravadas
nas rugas em

volta de seus olhos e sua boca.

Seu peito levantou com um grande suspiro e então disse. “Você sabe o que eu
mais

sinto falta? Eu sinto falta de vê-la dançar.”

Moranguinho estava lidando com isso tudo melhor que eu pensei que ela iria, o
que

significava que eu não havida dado créditos suficientes para ela. A garota era
mais forte do

que eu imaginei.

Durante o jantar, ela me disse como tudo tinha ido para baixo, e eu estava bravo
e

desapontado por ela quando se tratava de como ela tinha sido recebida pela sua
mãe, mas

Avery tinha feito o que ela tinha vindo fazer.

E parecia que seu pai tinha demonstrado um pouco de remorso e aflição. O

comentário da dança... eu entendi o que ele queria dizer. Havia tantas coisas que
Avery perdeu

no caminho, e devido a ignorância, seus pais perderam também.

Ela ainda queria ver Molly amanhã, e não importava o que eu tentasse durante o

jantar para mudar sua mente, ela estava determinada e eu iria estar ali com ela da
melhor

maneira que eu pudesse. Mas sendo honesto, eu não queria nada além de leva-la
de volta
para casa, longe disso tudo.

Quando nós voltamos para o hotel aquela noite, Moranguinho imediatamente

disparou para o banheiro para tomar um banho rápido. Eu observei sua forma
recuando, com

uma sobrancelha levantada. Ela vinha agindo de forma estranha desde o final do
jantar,

apressava para voltar para aqui. Eu não tinha ideia do que ela estava aprontando,
mas me

forcei a deitar em vez de me juntar a ela no banho, o que era algo que eu queria,
realmente,

fazer.

Eu achei o controle remoto e ainda estava tentando descobrir qual canal assistir

quando vapor saiu pela porta aberta do banheiro, uns vinte minutos depois. Eu
olhei para cima

e ar fugiu dos meus pulmões.

Ela estava na porta, seu cabelo vermelho escuro caindo pelos seus ombros. Ela
não

usava nada além da toalha.

Puta merda.

Eu sentei, sem palavras enquanto a observava, começando da ponta de seus


dedos e

terminando na sua bochecha corada. Minha pele ficou tensa enquanto ela andava
em direção

da onde eu estava sentado, seus dedos enrolados no nó da toalha entre seus seios,
Eu fechei meus olhos. “Avery.”

Ela colocou uma mão em meu ombro e subiu em mim, como ela tinha feito
naquela

noite no sofá, me montando. “Cam?”

Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios. Era tudo que eu conseguia enquanto

segurava em seus quadris.

“O que você está tramando?”

“Nada.” Ela pausou. “Tudo.”

Meu olhar caiu para o nó. “Essas são duas coisas opostas.”

“Eu sei.” Ela pressionou minha ereção, mandando um raio de puro prazer por
mim.

“Me beija?”

Ela não me deu uma boa chance para responder, o que estava tudo bem por mim.

Seus lábios passaram pelos meus, um gosto doce vindo deles. Meu aperto em
seu quadril ficou

mais forte quando ela separou meus lábios com sua língua. O beijo acabou
quando eu estava

dolorido por ela.

Inferno, eu estava sempre dolorido por ela.

“Me toque,” ela sussurrou. “Por favor.”

Quem era eu para recusa-la? EU passei minhas mãos sob a barra da toalha,
deslizando

por suas coxas, sorrindo quando ela gemia. “O que você quer?”
Ela fez um som se frustação. “Eu quero que você me toque.”

Trazendo meus dedos para perto da onde ela me queria, eu respondi. “Eu estou te

tocando, querida.”

Seus olhos brilharam. “Você sabe o que eu quis dizer.”

“Eu não.”

“Por favor.” Ela pressionou sua testa na minha. “Por favor, me toque Cam.”

Eu me inclinei, colocando nossos lábios juntos. “Bem, quando você diz assim,
eu acho

que entendo o que você quer dizer.”

“Finalmente.” Ela gemeu.

Eu ri novamente enquanto beliscava seu queixo. Seu corpo reagiu quando eu


coloquei

minha mão entre suas coxas. “Assim?”

“Sim.”

Enquanto eu beijava o centro de sua garganta, eu deslizei um dedo em sua


humidade.

“E assim?” minha voz era rouca, baixa.

Suas costas se curvaram. “Uh-huh.”

Envolvendo um braço em volta dela para que ela não caísse para traz, eu
pressionei

seu clitóris. Seu corpo ficou tenso no jeito mais fascinante possível. “E sobre
isso?”

Ela moveu seu quadril para frente. “Oh, yeah. Definitivamente isso.”
“Definitivamente isso?” Eu movimentei meu dedo dentro e fora dela
vagarosamente.

Avery gemia, e eu podia ouvir um coral disso o dia todo, mas então ela colocou
sua

mão entre nós e desfez o nó. A toalha caiu esvoaçante pelo chão.

Minha mão parou.

Meu coração pulou.

Meu pênis endureceu e pulsou.

Seios rosados apareceram, bochechas coradas, e pernas abertas sobre as


minhas...

Merda, ela era... ela era incrível.

Eu passei minha outra mão pelo seu seio, fixado quando a ponta enrijeceu.
“Merda,

Avery...”

Ela colocou uma mão sobre a minha. “Não pare.”

“Eu não estava planejando isso.”

“Não o que eu quis dizer.” Com sua outra mão, ela encontrou o zíper do meu
jeans.

“Eu quero você, Cam.”

“Você me tem.” Eu movi para seu outro seio. “Você fodidamente me tem.”

Avery sorriu enquanto ela passava sua mão em volta do meu pulso, puxando
minha

mão longe de seus seios. “Eu realmente quero você.” Ela abriu minha calça, seus
dedos
passando por mim e eu gemi. “Você não me quer?”

“Mais do que você imagina.” Eu gemi enquanto ela me segurava. “Avery...”

Sua mão desapareceu, e eu não sabia se eu deveria ser grato ou se eu deveria


começar

a amaldiçoar alguém. Mas então ela levantou minha camiseta sobre minha
cabeça. “Eu quero

isso, Cam.”

Quando suas palavras penetraram a nuvem vermelha que envolvia meus

pensamentos, eu inalei profundamente. “Você tem certeza, Avery? Porque se


não, nós não

temos...”

Ela me beijou, deslizando suas mãos pelo meu peito. “Tenho certeza.”

Eu congelei, mãos no seu quadril, e então a virei de costas. Sobre ela, eu peguei
seus

lábios, beijando-a com tudo que eu tinha em mim. Talvez outro cara teria
perguntando a ela

novamente ou feito algo diferente, mas aquelas duas palavras. Tenho Certeza.
Elas quebraram

a pequena trava que me segurava.

Quebrando o beijo, eu levantei e tirei meu jeans. Quando seu olhar caiu, seus
olhos

aumentaram. Eu não podia fazer nada além de sorrir.

Avery parecia praticamente intocável enquanto ela estava deitada ali, me


encarando
com aqueles lindos olhos marrons. “Eu podia te observar por uma vida. Eu
nunca ficaria

velho.”

“Mesmo quando eu for velha?”

“Mesmo.”

Sem conseguir esperar mais, eu fui em direção a ela. Eu queria que esse
momento

fosse perfeito para ela. Eu queria que tudo fosse bonito e queria que ela sentisse
o quanto eu

a amava.

Então eu comecei por aqueles pequenos pés, fazendo meu caminho para cima de
suas

pernas e sobre seu estomago com beijos. Eu levei meu tempo, sugando e
mordiscando o pico

de seus seios até que ficassem rígidos e ela estivesse ofegante. Cada parte de
mim se sentiu

pesada, dura e inchada, mas eu queria que ela estivesse pronta, mesmo que
desejo cru me

guiasse para entrar fundo nela.

Seu corpo se curvou contra o meu quando eu alcancei seus lábios mais uma vez.

Mudando o peso do meu corpo para um braço, eu usei o ritmo da minha língua
para marchar

primeiro um dedo, depois outro nela, esticando-a suavemente.

Ela agarrou meus braços, minha lateral enquanto ela se movia e então, quando
eu
coloquei minha boca nela, ela se desfez de um jeito que quase me levou junto
bem ali.

Eu estava tremendo como um graveto no meio de uma tempestade quando eu me

levantei, me posicionando entre suas coxas. Passando uma mão em volta, eu


posicionei nossos

corpos. O primeiro contato com sua umidade mandou rajadas de prazer por mim.

Havia um ponto onde não se podia parar e eu estava ali, meu corpo tremendo
com

necessidade, mas eu esperei por ela. Eu a dei tempo.

“Eu te amo.” Eu disse a ela, descansando minha mão na sua bochecha. “Eu te
amo

muito.”

Seus braços se enrolaram em volta de mim, me segurando apertado, me puxando


para

frente. “Eu te amo.”

Colocando uma mão em seu quadril, eu aprofundei o beijo enquanto levava meu

quadril em direção ao dela. Ela ficou tensa sob mim, e seu gemido de surpresa
foi direto para

minha alma.

Eu travei. “Você está bem?”

Ela assentiu. “Sim.”

Eu não queria machuca-la e eu sabia que isso devia doer. Eu permaneci parado,

profundamente dentro dela. Meu coração batia fora de controle enquanto eu


beijava o canto

de seus lábios e então o outro. Sua boca abriu e eu escorreguei para dentro ela,

vagarosamente a provando, dando tempo para seu corpo se ajustar.

Eu gemi quando ela moveu seu quadril, criando uma pequena fricção entre nós.
“Av...”

Ela fez novamente e eu fui para trás. Um choro de prazer saiu dela enquanto ela
me

segurava dentro dela, passando suas pernas em volta da minha cintura. Entre isso
e o jeito que

ela movia seu quadril, eu me perdi dentro dela do jeito mais glorioso possível.

Deus... nada se comparava a ela e nada se comparava ao sentir ela, como ela
invadia

cada célula do meu ser. Não havia eu. Não havia ela. Enquanto nos movíamos
juntos, nossas

bocas agarradas uma na outra, nossas mãos explorando e nosso quadril selado
junto, só havia

nós.

Avery quebrou em baixo de mim, jogando sua cabeça para trás e gritando meu
nome

quando eu deslizei uma mão entre nós, tocando-a enquanto eu investia contra
ela. Sentindo

os pequenos espasmos, o jeito que ela se segurava em mim era demais.

“Avery.” Eu grunhi, enterrando minha cabeça em seu ombro enquanto minha

liberação fluía de mim, me chocando na sua intensidade.


A liberação parecia que continuava vindo em pequenas ondas. Eu descansei
sobre ela,

meu corpo tremendo a cada poucos segundos. O infinito passou antes que eu
confiasse a mim

mesmo para me mover. Um som profundo saiu de meu peito enquanto eu saia
dela.

Eu a beijei e merda, eu não senti aquela queimação no fundo da minha garganta.


Eu

balancei minha cabeça, assustado pela força que isso teve. ”Isso foi... não tenho
palavras. Você

está bem?”

Ela colocou suas mãos em minhas bochechas e elas estavam tremendo


levemente. Em

seu olhar nublado, eu vi um espelho do que ela estava sentindo. “Perfeito. Você é
perfeito.”

Na verdade, se eu fosse perfeito, eu era por causa dela. Eu sempre seria só por
ela.

- 29

Era onde eu precisava estar.

Essas eram as palavras que Avery tinha falado para a outra garota. Molly. Eu
tinha

lutado em não ficar bravo quando eu tinha visto a marca vermelha na sua
bochecha. A única

coisa que ajudou foi ouvir essas palavras.

Moranguinho finalmente entendeu.


A cura que ela precisava morava na verdade, em confrontar seus pais e falar com

Molly, mas ela tinha começado a se curar desde Fevereiro, e então em Abril. Ir
para o Texas

era algo que ela sentiu que precisava fazer e ela tinha feito.

Então eu a trouxe para casa, e lá estávamos, de volta ao estado incrivelmente


mais frio

de West Virginia, uma noite antes que Avery começasse suas aulas de verão e eu
começasse a

trabalhar com as crianças durante o acampamento.

Moranguinho estava sentada no chão da cozinha do outro lado de onde eu


estava,

pernas nuas enfiadas em baixo dela. Ela usava uma de minhas camisetas e era só
isso. Eu

estava tendo um tempo difícil para pensar em outra coisa além disso.

Entre nós, Michelangelo e Raphael estavam atualmente dando cabeçadas um no

outro,

“É quase a versão com tartarugas de uma simples conversa.” Ela disse,


sobrancelhas

arregaladas. “Eu não tenho certeza se eles gostam um do outro.”

Eu ri enquanto me apoiava contra a geladeira, passando uma mão contra a pele


nua de

meu abdômen. “Eles ainda precisam de tempo. E Mikey-Mike é territorial.”

“Oh, culpe minha tartaruga.” Ela revirou os olhos. “A sua começou com a merda
de
bater a cabeça antes.”

O timer soou, e eu me levantei, indo em direção ao forno. “Ele estava apenas

mostrando a sua quem manda.”

“Michelangelo é o chefe.” Moranguinho pegou seu carinha, colocando ele a


vários pés

de distância.

Observando os cookies de chocolate para saber se estavam prontos, eu


rapidamente

lavei minhas mãos, e então peguei uma luva térmica que eu tinha certeza que
Moranguinho

nunca tinha usado. A etiqueta ainda estava fixada. Sorrindo, eu removi a etiqueta
e peguei a

assadeira do forno. Os cookies estavam grandes, dourados e realmente


apetitosos.

“Eles estão prontos?” ela olhou maca cima, olhos brilhando.

“Você vai queimar sua língua.” Eu tirei a luva. “Novamente.”

Ela riu. “Mas vale a pena.”

“Uh-huh.” Eu fui em sua direção, aproveitando o jeito que suas bochechas ainda

coravam enquanto ela abaixava seu olhar para minha virilha. Me abaixando, eu
beijei seus

lábios. “De a eles...”

Meu celular tocou da sala. “Já volto.”

Ela concordou enquanto eu cuidadosamente evitava em pisar em uma pobre


tartaruga, traumatizando a mim mesmo e a Moranguinho. Eu peguei meu celular
da mesinha.

Um suspiro de alívio passou por mim quando eu vi que era uma mensagem da
minha irmã.

Sai da cirurgia. Estou bem. Te ligo mais tarde.

Fechando meus olhos, eu disse uma pequena oração. Não tinha sido uma cirurgia

grande, mas ainda era uma cirurgia e merdas aconteciam em hospitais. Ela
estava em casa.

Isso era bom, mas...

“Era a Teresa?”

Colocando meu celular para baixo, eu me virei. Avery estava na porta, segurando
suas

tartarugas inquietas. Combinando isso com a camiseta onde se lia QUERO SER
SEU SANDUICHE

HUMANO era uma visão bem atraente.

“Sim.”

Ela andou até o habitat das tartarugas e gentilmente as colocou dentro. Enquanto
ela

fechava a tampa, os dois carinhas imediatamente se observaram cada um em seu


canto. “Ela

está bem? Como foi a cirurgia?”

“Ela disse que está bem. Era apenas uma mensagem.” Eu pausei. “Ela disse que
me

ligava mais tarde.”


Me olhando, sua expressão era pura preocupação. Se alguém sabia melhor o que

Teresa estava passando agora, seria Moranguinho, com todos os seus anos de
dança. “Ela não

disse nada sobre dançar?”

Eu balancei minha cabeça enquanto pressionava meus lábios juntos. Teresa havia

torcido seu ACL uma semana atrás durante o recital. Para atletas e dançarinos,
poderia ser um

machucado fatal para suas carreiras. Só o tempo iria dizer se isso serial possível.

Mas pelo que Mãe havia dito, não estava tudo bem.

Moranguinho desapareceu na cozinha, lavou suas mãos e voltou. Vindo à minha

direção, ela envolveu seus braços em volta da minha cintura e pressionou suas
bochechas

contra meu peito. Sua pele estava quente.

“Me desculpa.” Ela disse.

“Por que você está se desculpando?” eu cruzei meus braços em volta dela,
segurando

ela perto.

“Porque eu sei que você está preocupado,” ela disse, esfregando sua bochecha
contra

minha pele. “E eu sei que esse ferimento é sério. Eu só espero que não seja tão
sério quanto

pode ser.”

Eu dei um beijo no topo de sua cabeça, enquanto deslizava minha mão para
cima, pela
sua espinha. “Eu também.”

Ela ficou quieta por uns momentos. “Obrigada.”

Rindo gentilmente, eu me inclinei para traz para que pudesse ver seu rosto.
“Agora,

pelo que você está me agradecendo, querida?”

“Obrigada por ir ao Texas comigo.”

Eu coloquei uma mão em sua bochecha. “Você já me agradeceu por isso.”

“E você me disse que eu não precisava agradecer.” Ela colocou sua mão sobre a
minha.

“Mas eu preciso agradecer novamente, porque eu não teria conseguido sem


você.”

“Sim, você teria.”

Ela balançou a cabeça. “Talvez eu teria, mas eu realmente não sei. Eu precisava
de

você lá e você estava, sem perguntar nada. Eu não consigo agradecer o


suficiente, por tudo.”

“Oh, Moranguinho, você não precisa me agradecer.”

“Mas eu...” ela parou, franzindo a sobrancelha. “Moranguinho? ”

Eu abri minha boca e então percebi meu escorregão. Deixando cair minhas
mãos, eu

deu um passo para trás e ri. “Eu disse isso em voz alta?”

“Yeah, você meio que o fez.” Ela segurou a barra da camiseta emprestada.

Curiosidade enchia seu rosto. “O que tem isso?”


Fodam-me, mas eu senti minhas bochechas começarem a queimar.

Seus olhos se arregalaram enquanto ela sorria. “Você está corando! Oh meu
Deus,

você está realmente corando!” Ela beliscou minha bochecha. “Eu preciso saber
agora porque

você está tão corado.”

“O que eu ganho se eu te contar?”

Ela me encarou com um olhar duvidoso que dizia o que eu não iria ganhar se eu
não

contasse. Aquele olhar irritado me deixou excitado. Mas novamente, quando ela
espirava, ela

me deixava excitado.

“É realmente meio idiota.” Pegando sua mão, eu a puxei de volta para mim.
Uma vez

que ela estava perto o suficiente, eu abaixei minha mão e deslizei sobre sua
perna.

“Hey!” ela bateu em minhas costas. “Pare de tentar me distrair.” Ela gritou
quando

seus pés saíram do chão. “Cam!”

Pegando-a, eu a segurei perto do meu peito enquanto virava em direção ao


corredor.

“Eu não estou te distraindo. Eu estou te ajudando a voltar para o quarto.”

Ela estreitou seu olhar. “Além do fato deu não precisar de ajuda para voltar para
o

quarto, por que você está me carregando de volta para lá?”


“Você não anda rápido o suficiente.” Eu disse a ela enquanto andava em direção
a sua

cama. “Hey.”

Seu olhar era exasperado. “O que?”

Eu pisquei um segundo antes de jogava no meio da sua cama. Seu grito terminou
mais

grosso quando ela quicou. Ela boca abriu e eu sabia que ela estava prestes a me
xingar

diretamente. Eu estava nela antes que ela pudesse começar a dizer, deslizando
minhas mãos

sob a barra da camiseta. Em um segundo eu a tinha tirado e ela estava


magnificamente nua.

Eu tirei minhas calças.

Sua respiração ficou instável enquanto eu subia na cama, admirando meu


trabalho.

“Então.” Ela disse, sua voz suave. “O que é esse negócio de Moranguinho?”

“Bem, é um apelido.” Eu beijei o espaço entre seus seios. “Para você.”

“Esse tanto eu imaginei.”

Eu dei outro beijo na lateral de um de seus seios e então assoprei a região de


suas

costelas. “EU inventei isso na primeira vez que te conheci.”

“Na primeira – oh!” ela se contorceu quando eu passei a língua pela seu umbigo,

agarrando o lençol da cama. Quando ela falou novamente, sua voz estava rouca
enquanto eu
me movia para baixo. “Na primeira vez que nos conhecemos?”

“Yep.” Eu beijei o interior de sua perna esquerda, então a direita. “Foi no dia que
você

esbarrou em mim do lado de fora da aula de astronomia – a aula que você


precisa fazer de

novo.”

Moranguinho gemeu. “Não me lembre.”

Eu não sabia se ela estava falando sobre refazer a aula ou esbarrar em mim.
“Quando

eu vi seu cabelo pela primeira vez...” eu pausei, beijando-a entre suas pernas.
Seu suspiro

suave trouxe um sorriso para meu rosto. “Tudo que conseguia pensar era na
personagem

Moranguinho...” eu pausei novamente, passando minha língua pelo seu meio.


“Que a

Moranguinho tinha corrido contra mim.”

Ela riu enquanto eu levantava minha cabeça, nivelando nosso olhar. “Wow. Eu
não

entendo como seu cérebro funciona.”

“Você o ama.”

“Eu amo.” Ela deslizou um pé pela minha panturrilha. “Então você vem me
chamando

de Moranguinho na sua cabeça esse tempo todo?”

Eu assenti enquanto me ajeitava entre suas pernas. “Eu posso ter feito isso...
algumas
vezes.”

“E você nunca escorregou até agora. Wow. Isso é meio impressionante.” Seus
olhos

dançaram com humor. “E é meio fofo.”

“Definitivamente é fofo. É...” eu gemi quando ela mexeu seu quadril, nos
trazendo

juntos. “Bem, então...”

Ela rebolou e então nenhum de nós estava rindo ou falando. Eu deixei sair um
gemido

rouco pelo encaixar apertado. Eu perdi a noção de tudo exceto seu corpo e como
eu queria ir

mais perto. Nós nos movemos juntos, nossos corpos tremendo e tencionando.
Era loucura,

mas eu não podia ter o suficiente dela. Parecia ser o mesmo para ela. Minha boca
fechou em

volta de seu seio enquanto eu investia contra ela. Ela igualou meus movimentos
até que ela

arqueou suas costas, gritando.

Sua liberação me acertou. Segurando ela amis perto, eu me sentei mantendo-a


em

meu colo. A nova posição fez com que luxuria corresse por mim. Eu não iria
durar. Não quando

seu pequeno dente raspou contra meu pescoço.

Minutos se passaram quando tudo que eu podia ouvir era o som de nossa
respiração.
Eu ainda estava dentro dela. Havia uma paz nesse complemento. E eu segurava
tudo com

meus braços.

Mais tarde, bem mais tarde, nós nos sentamos na cama com o prato de cookies
de

chocolate entre nós. Uma pequena mancha de chocolate terminou em seus lábios
e eu me

inclinei sobre o prato, beijando a mancha para longe.

E bem, eu a beijei de verdade.

Eu a beijei, e era como se beijasse ela pela primeira vez. O primeiro toque, o
choque de

nossos lábios juntos não tinha desaparecido. Inutilmente, eu percebi que o amor
que fazia isso

desse jeito, fazendo com que um simples beijo nunca enjoasse, nunca perdesse
sua luxuria.

Meu peito se inchou enquanto eu me afastava e encarava seus olhos quentes e


meu

coração fez aquele pular louco. Algo que eu sabia que nunca iria realmente
desaparecer.

Moranguinho colocou sua pequena mão na minha bochecha. “O que?”

No começo, eu não sabia o que dizer. Eu... eu tinha esperado pela Avery – eu
tinha

esperado ela por meses. Inferno, eu teria esperado por ela por anos, mas ela...

Virando minha bochecha, eu pressionei um beijo no meio de sua pal. “Obrigado


por
confiar em mim.”

TRADUÇÃO: MAHA

Tradução livre, sem revisão.

CÓPIAS NÃO AUTORIZADAS

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