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desconstrução,
serenidade urbana
deambulando,
cartas e destinatários,
a exaustão disponível.
simplicidade,
sem medida prévia, a vida acontece-me
numa sedução de tempo e acaso.
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no poema só
passar do silêncio
antiquíssimo
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uma nuvem que passa, destroçada.
sem estranheza
a manhã é a minha irmã mais querida
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supúnhamos,
os lábios em silêncio
aberto
que ainda prendem a chuva
ao cair do vento
o abraço
aperta as folhas infinitas
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uma casa constrói-se com poucos corpos
pouca cor, que seja ela branca
porta, janela à solta da alma
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ascensão
círculo mágico das coincidências
à hora prometida
aqui te deixo tudo
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serei definitivo
vivo (vagarosamente vivo)
a instalar-me como só o tempo
– aclamem-me, por deus!
já não me distingo da luz. Então,
no decote
do teu súbito
vestido
um perfume
cheio de viagem,
era eu pelas
contracurvas
da paisagem.
moldura da origem
coisas de fotógrafo
relógio de sol
se não te sorrir,
é impossível viver amanhã
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em oferenda
ainda não aprendi a dançar o silêncio
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habilidades
constelações de alta
tensão. [é só uma luz].
a lâmpada ficou acesa
desde a noite anterior.
uma cidade estrangeira
conclui a minha espera.
conversa de prostitutas, sobre ilhas desertas
era perto,
muito perto do lugar
onde as minhas águas serenas
se reencontram com o mar.
o mar não me cansa,
mas já não me restam
ilhas desertas.
quando vier
chegarei pela súplica das tuas mãos
e nada haverá entre o nada
uma escuridão descia das árvores
inclinando-se sobre a janela, como faz o musgo e o jacarandá,
era como chegar a um sítio secreto