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Apesar das eventualidades causadas por tal generalidade, a Lei Orgânica de Saúde n.º
8080/1990 define as atribuições comuns e a competência específicas de cada um dos entes na
gestão do SUS. As atribuições comuns aos três entes são previstas no art. 15 desta lei, sendo
que as principais compreendem: a) o controle, a avaliação e a fiscalização das ações e serviços
de saúde; b) a administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados,
anualmente, à saúde; c) o acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da
população e das condições ambientais; d) a organização e coordenação do sistema de
informação de saúde; e) a elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de
qualidade para promoção da saúde do trabalhador; f) a participação na formulação da política
de execução das ações de saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do
meio ambiente; g) elaboração e atualização periódica do plano de saúde dentre outras
atribuições em comum.
Já a competência dos Estados é trazida pelo art. 17 da mesma lei, e estão entre elas: a)
promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde; b)
acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS; c) prestar apoio técnico e
financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde; c) coordenar
e, em caráter complementar, executar ações e serviços de vigilância epidemiológica, de
vigilância sanitária, de alimentação e nutrição, e de saúde do trabalhador; d) participar do
controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana; e)
participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; f)
participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho; g)
identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência estadual e regional; i) coordenar a rede estadual de laboratórios
de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização
administrativa; j) estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das
ações e serviços de saúde; k) colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de
portos, aeroportos e fronteiras; l) acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de morbidade
e mortalidade no âmbito da unidade federada.
No texto desta mesma lei, a competência dos Municípios está arrolada no art. 18. Entre as
principais atribuições estão: a) o planejamento, a organização, o controle e a avaliação das
ações e dos serviços de saúde, bem como do gerenciamento e execução dos serviços públicos
de saúde; b) a participação no planejamento, programação e organização da rede
regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com sua direção estadual; c) a
participação na execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho; d) a execução dos serviços de vigilância epidemiológica, de vigilância
sanitária, de alimentação e nutrição, de saneamento básico e de saúde do trabalhador; e) a
execução, no âmbito municipal, da política de insumos e equipamentos para a saúde; f) a
colaboração na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a
saúde humana e a atuação, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes,
para controla-las; g) a formação de consórcios administrativos intermunicipais; h) o
gerenciamento de laboratórios públicos de saúde e hemocentros; i) a colaboração com a
União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; j) o
controle e fiscalização dos procedimentos dos serviços privados de saúde; k) a normatização
complementar das ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação
CONCLUSÃO: Desta forma, logo conclui-se que apesar das confusões eventuais na repartição
de competências, a Lei Orgânica 8.080/1990 deixa claro quais as competências e atribuições
do município, não restando qualquer dúvidas de suas funções