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SUS.............................................................................................................7
GESTÃO...................................................................................................7
Competências........................................................................................7
Comissões intergestores.....................................................................11
FINANCIAMENTO..................................................................................14
CONSULTÓRIO DE RUA......................................................................16
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES.................................................................16
REGIONALIZAÇÃO...............................................................................20
PTS.........................................................................................................23
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL..................................................................25
PNAB – TRABALHO INTERDISCIPLINAR............................................26
RAS...........................................................................................................42
PNH...........................................................................................................50
Clinica Ampliada..................................................................................57
Apoio matricial.....................................................................................58
CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE.........................59
ESTATUTO DO IDOSO...........................................................................62
EPIDEMIOLOGIA.....................................................................................63
TAXA DE MORTALIDADE.....................................................................63
DOENÇAS CRÔNICAS..........................................................................65
INCIDÊNCIA/ PREVALÊNCIA...............................................................65
LISTA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA...........................................66
IMUNIZAÇÃO...........................................................................................68
VIP/ VOP................................................................................................68
HPV/ CANCER DE COLO DE ÚTERO..................................................68
MORTALIDADE MASCULINA.................................................................69
FASES DE UMA POLÍTICA PÚBLICA....................................................70
SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL........................................................72
CONSTITUIÇÃO DE 1988.......................................................................72
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE............................75
ÉTICA.......................................................................................................76
BIOÉTICA...............................................................................................77
CONCEITO SAÚDE-DOENÇA................................................................78
REVOLTA DA VACINA............................................................................78
SEGURANÇA DO PACIENTE.................................................................79
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SUS
GESTÃO
Competências
Considere as seguintes afirmações relacionadas ao SUS: Segundo o Art. 17, da Lei n. 8080, de
19 de setembro de 1990, à direção ESTADUAL do Sistema Único de Saúde (SUS) compete
Seção II
Da Competência
b) de saneamento básico; e
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
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XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os
serviços privados contratados de assistência à saúde;
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e
serviços de saúde;
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
d) de saúde do trabalhador;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que
tenham repercussão na saúde humana;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de
trabalho;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
e) de saúde do trabalhador;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.
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Comissões intergestores
Espaços estaduais de articulação e pactuação política que objetivam orientar, regulamentar e
avaliar os aspectos operacionais do processo de descentralização das ações de saúde. São
constituídas, paritariamente, por representantes do governo estadual – indicados pelo Secretário
de Estado da Saúde – e dos secretários municipais de Saúde – indicados pelo órgão de
representação do conjunto dos municípios do Estado, em geral, denominado Conselho de
Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Esse texto refere‐se à definição de
OBS.:
O SUS – Sistema Único de Saúde, como seu nome expressa, é um sistema. O sistema envolve,
além das diversas instâncias do aparelho de Estado brasileiro, responsáveis pelas distintas
políticas sociais (educação, habitação, trabalho, emprego, renda, previdência, transporte, lazer
etc...), as esferas do Poder Executivo dos entes federativos da República Federativa do país:
União, Estado, Município, Distrito Federal. Para fazer jus ao termo sistema, respeitando a
autonomia de cada ente federativo, ao SUS é exigido que sua dinâmica de funcionamento se dê
mediante pactuações entre os entes: é o chamado Pacto Interfederativo da Gestão Executiva.
Para isso existem diversas esferas de pactuação – Conselhos e Comissões, das quais são as
principais: o CONASEMS, o CONASS, a CIB, a CIT e a CIR
Instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS,
integrada por gestores do SUS das três esferas de governo - União, estados, DF e municípios.
Tem composição paritária formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da
Saúde (MS), cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco
pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). A representação de
estados e municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das
cinco regiões no País. Nesse espaço, as decisões são tomadas por consenso e não por votação.
A CIT está vinculada à direção nacional do SUS.
Criado a partir da Constituição Federal de 1988, que concedeu o direito à saúde aos cidadãos
brasileiros, o SUS tem como princípio o acesso integral, universal e igualitário ao sistema público
de saúde.
Os cidadãos devem ter a possibilidade de utilizar todos os serviços oferecidos pelo SUS, que vão
desde exames básicos (atenção básica) até cirurgias complexas (alta complexidade).
Além disso, há ainda a atuação pelo Sistema Único de Saúde na prevenção, através de ações
como:
Vigilância sanitária;
Campanhas de vacinação;
Fiscalização de alimentos;
Registro de remédios.
Porém, visando maior eficiência no funcionamento do sistema de saúde, a gestão conjunta entre
os três níveis do Governo é a melhor saída
A CIT constitui-se como foro permanente de negociação, articulação e decisão entre os gestores
nos aspectos operacionais e na construção de pactos nacionais, estaduais e regionais no
Sistema Único de Saúde.
No âmbito nacional, a CIT teve seu início marcado na década de 1990, após a promulgação da
Constituição Federal, atendendo a Resolução nº 02 do Conselho Nacional de Saúde, que
entendia a necessidade de articulação e coordenação entre os gestores governamentais do SUS.
A representação dos Estados e Municípios é regional, sendo um representante para cada uma
das cinco regiões no País.
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Bem, a gestão das políticas públicas estaduais está atribuída aos governos estaduais, através de
uma secretaria.
As ações devem ser realizadas utilizando seus próprios recursos, sendo o mínimo de 12%
da receita.
Os recursos financeiros ficam nos cofres da União para cobrir seus gastos e, também,
serem repassados aos Estados.
Diante do recebimento destes recursos, o Estado realiza o repasse aos municípios,
responsáveis por colocar em prática as políticas públicas do setor da saúde.
No âmbito nacional, quem faz a gestão do setor é o Ministério da Saúde.
Ele é responsável por realizar estudos e planejar a implantação de políticas nacionais de
saúde.
Criação de normas;
Avaliação;
Fiscalização;
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Hospitais públicos;
FINANCIAMENTO
Sobre o financiamento do sistema de saúde brasileiro, é correto afirmar:
(B) Do total de gastos do sistema de saúde brasileiro, a soma de gastos púbicos, considerando as
três esferas do Sistema Único de Saúde ‐ SUS (municípios, Estados e União), é menor que a
soma de gastos privados (gastos com planos de saúde, compra de medicamentos e desembolso
direto).
OBS.:
Por lei, para a Saúde, os municípios devem disponibilizar, obrigatoriamente, 15% de suas
receitas (arrecadação de impostos), os Estados devem aplicar, no mínimo, 12% de
suas receitas, e a União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o
montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior,
apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual
correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano
anterior ao da lei orçamentária anual.
De acordo com a Constituição, a participação da União no SUS seria feita com recursos do
Orçamento da Seguridade Social (OSS), dos quais viriam os recursos para a Saúde,
Previdência e Assistência Social. Até que a regra de financiamento para a União fosse
explicitada por lei complementar, a Saúde deveria ficar com 30% desse orçamento. Porém,
na prática, este repasse nunca ocorreu. Este fato deu ensejo a vários projetos de emenda
à Constituição, elaborados por deputados e senadores durante a década de 1990, com
vistas a definir a regra de aplicação de recursos da União em Saúde. Com a promessa de
resolver a situação de financiamento do setor, em 1997 o governo instituiu a Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A arrecadação deveria ser adicionada
aos recursos da Saúde. Mas, até sua extinção em 2007, a CPMF não resultou em aumento
de recursos, porque, na proporção que o dinheiro da nova contribuição entrava, havia
redução de participação de outras contribuições sociais no financiamento federal, de forma
que o volume de recursos destinados à Saúde ficava sempre no mínimo estabelecido pela
Emenda Constitucional nº 29/2000.
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Durante a década de 90 não havia nenhum parâmetro legal que obrigasse os Estados,
Distrito Federal e municípios a destinarem recursos próprios para a área de saúde
(CAMPELLI e CALVO, 2007). A economia, bem como as políticas públicas de
financiamento do SUS no âmbito da União eram instáveis, utilizando-se de medidas
emergenciais e provisórias para fazer frente à falta de recursos para o setor.
A Emenda Constitucional 29 (EC-29) foi criada com o objetivo de superar os problemas de
financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentados nos anos 90. A EC-29
determinou a vinculação e estabeleceu a base de cálculo e os percentuais mínimos de
recursos orçamentários que a União, os Estados, Distrito Federal e municípios seriam
obrigados a aplicar em ações e serviços públicos de saúde.
"A aprovação da Emenda Constitucional nº 29, em 2000, representou uma importante
conquista da sociedade para a construção do SUS, pois estabeleceu a vinculação de
recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do
SUS."
O Fundo Nacional de Saúde demonstra a forma de repasse das transferências de recursos
federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o custeio e investimento de
ações e serviços públicos de saúde, organizando-as e identificando-as por Grupos
relacionados ao nível de atenção ou à área de atuação, tais como:
A necessidade de aumento de recursos para o SUS tem mobilizado vários segmentos sociais.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o SUS deve ser financiado com recursos:
(D) do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.
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CONSULTÓRIO DE RUA
A proposta de equipes de Consultório na Rua constitui uma estratégia
b) Atenção Básica para ampliar o acesso à Rede de Atenção à Saúde e ofertar atenção
integral à população em situação de rua
OBS.:
A estratégia Consultório na Rua foi instituída pela Política Nacional de Atenção Básica, em
2011, e visa ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde,
ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo
populacional, o qual se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos
familiares interrompidos ou fragilizados.
Chamamos de Consultório na Rua equipes multiprofissionais que desenvolvem ações
integrais de saúde frente às necessidades dessa população. Elas devem realizar suas
atividades de forma itinerante e, quando necessário, desenvolver ações em parceria com
as equipes das Unidades Básicas de Saúde do território.
Ressalta-se que a responsabilidade pela atenção à saúde da população em situação de
rua como de qualquer outro cidadão é de todo e qualquer profissional do Sistema Único de
Saúde, mesmo que ele não seja componente de uma equipe de Consultório na Rua (eCR).
Desta forma, em municípios ou áreas em que não haja eCR, a atenção deverá ser
prestada pelas demais modalidades de equipes da Atenção Básica. É importante destacar,
ainda, que o cuidado em saúde da população em situação de rua deverá incluir os
profissionais de Saúde Bucal e os Nasf do território onde essas pessoas estão
concentradas.
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
(A) o acesso.
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De acordo com a Lei Orgânica da Saúde 8080/90, NÃO são considerados princípios do SUS
(Sistema Único de Saúde):
OBS.:
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O trecho “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais
e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” está
relacionado ao princípio do/da:
OBS.:
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Antônio tem um plano de saúde privado, benefício fornecido pela empresa na qual trabalha. A
caminho do trabalho, Antônio é atropelado, sofrendo um grave acidente. Ele é resgatado pelo
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e atendido no pronto‐socorro de um hospital
público mais próximo. Este atendimento é respaldado por qual princípio constitucional do Sistema
Único de Saúde (SUS)?
(D) Universalidade.
Leia o trecho da reportagem e assinale a alternativa que explicita princípios do Sistema Único de
Saúde (SUS) argumentados no texto: “Processar o Estado para garantir o direto à Saúde gratuita,
quando este não é cumprido, é uma ação comum. Em 2015, segundo dados do governo federal,
os gastos do SUS por decisões judiciais foram de R$ 1,013 bilhão. Em 2010, os gastos foram de
R$ 139,6 milhões. Cerca de 99% dos gastos com ações na Justiça em 2015 foram de processos
que diziam respeito à compra de medicamentos. Na maioria dos casos, os juízes determinam que
o Estado arque com as despesas referentes aos tratamentos e medicamentos que não são
oferecidos pelo SUS”.
OBS.:
A Constituição Federal de 1988 determina que as três esferas de governo – federal, estadual e
municipal – financiem o Sistema Único de Saúde (SUS), gerando receita necessária para custear
as despesas com ações e serviços públicos de saúde. Planejar este financiamento,
promovendo arrecadação e repasse necessários de forma a garantir a universalidade e
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Os percentuais de investimento financeiro dos municípios, estados e União no SUS são definidos
atualmente pela Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, resultante da sanção
presidencial da Emenda Constitucional 29. Por esta lei, municípios e Distrito Federal devem
aplicar anualmente, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos em ações e serviços
públicos de saúde cabendo aos estados 12%. No caso da União, o montante aplicado deve
corresponder ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, acrescido do
percentual relativo à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano antecedente ao da lei
orçamentária anual.
Diversas instituições organizadas reivindicam, no entanto, que a União destine pelo menos 10%
das receitas correntes brutas para a saúde pública brasileira, o que não se consolidou com a
sanção da Lei Complementar nº 141. Diante disso, organizou-se o Movimento Nacional em
Defesa da Saúde Pública, Saúde + 10, com o objetivo de coletar assinaturas para um projeto de
lei de iniciativa popular que assegure o repasse deste percentual, alterando a legislação vigente.
Outro debate que se levanta a partir do subfinanciamento da saúde é a relação entre o público e
o privado, já que recursos públicos acabam sendo repassados ao setor privado.
REGIONALIZAÇÃO
(E) As assertivas I, II e III são corretas.
I. Processo que visa a organização das ações e serviços de saúde, em uma região, promovendo
a integralidade da atenção.
II. Racionalização dos gastos e otimização dos recursos são levados em consideração na
regionalização de saúde.
OBS.:
Os objetivos da regionalização:
OBS.:
OBS.:
Por lei, os municípios têm de fazer o cadastro dos interessados em participar do Minha
Casa, Minha Vida, quando a renda seja de até R$ 1.800. Essa é uma política pública
constitutiva também. O mesmo pode se dizer das regras do sistema eleitoral.
Políticas Públicas Regulatórias = têm a ver com a criação e a fiscalização de leis e
normas que garantam o bem comum. Elas instituem modelos de comportamentos,
princípios de conduta para a comercialização de produtos, entre outras regulamentações,
com a finalidade de assegurar o bem-estar da coletividade.
Por exemplo: diante de um índice muito alto de mortes em acidentes com motociclistas em
uma cidade, aumenta-se o número de multas para inibir a circulação em motos sem
capacete. Outro exemplo: para evitar o câncer de pulmão, proíbe-se o consumo de
cigarros em ambientes fechados.
Cidadania regulada = foi o nome proposto pelo sociólogo brasileiro Wanderley Guilherme dos
Santos para designar uma "cidadania restrita e sempre vigiada pelo Estado".
PTS
Sabendo‐se que o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é definido como uma estratégia de cuidado
que articula um conjunto de ações resultantes do diálogo e da construção coletiva de uma equipe
multidisciplinar, verifique quais afirmações são verdadeiras:
II – Com o PTS, não é possível programar intervenções preventivas, pois seu objetivo é intervir
em pessoas com agravos à saúde.
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) pode ser definido como o processo de construção de um
plano de ação baseado na avaliação das condições biopsicossociais dos usuários dos serviços
de saúde. Nas estratégias necessárias para a elaboração do PTS
OBS.:
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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
A Rede de Atenção Psicossocial tem como finalidade a criação, a ampliação e a articulação de
pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS. Dentre
suas diretrizes, estão:
OBS.:
OBS.:
APS - Centro de Comunicação
A Atenção Primária à Saúde é o centro de comunicação da RAS e tem um papel chave na
sua estruturação como ordenadora da RAS e coordenadora do cuidado.
Para cumprir este papel, a APS deve ser o nível fundamental de um sistema de atenção à
saúde, pois constitui o primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades com o
sistema, trazendo os serviços de saúde o mais próximo possível aos lugares de vida e
trabalho das pessoas e significa o primeiro elemento de um processo contínuo de atenção.
Deve exercer um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange
a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação e a manutenção da saúde.
A coordenação do cuidado é desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas
populações.
Cabe a APS integrar verticalmente os serviços que, normalmente são ofertados de forma
fragmentada, pelo sistema de saúde convencional.
Uma atenção primária de qualidade, como parte integrante da Rede de atenção à saúde
estrutura-se segundo sete atributos e três funções:
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A Atenção Básica em Saúde deve ser desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, ou seja, deve estar próxima da vida das pessoas, ampliando assim o acesso da
população à Rede de Atenção à Saúde. Compõem as ações da Atenção Básica:
b) os Núcleos de Apoio à Saúde da Família e o Consultório na Rua
V. Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento da atenção integral
OBS.:
Equipe de referência
Grupo multiprofissional que deve ser composto de acordo com os objetivos de cada serviço de
saúde, tendo uma clientela sob sua responsabilidade. Todo usuário do SUS deve ter e saber
identificar sua equipe de referência. Em hospitais, por exemplo, a clientela internada deve ter sua
equipe de referência. Especialistas e outros profissionais constituem uma rede de serviços de
apoio às equipes de referência. Assim, ao invés de constituírem grupos profissionais
hierarquizados, de forma horizontal, as equipes devem ser partes da estrutura permanente e
nuclear dos serviços de saúde. Para complementar o trabalho das equipes de referência, a nova
proposta de reorganização dos serviços no SUS altera a lógica do encaminhamento, de modo
que um profissional, atuando em determinado setor, oferece apoio para outros profissionais,
equipes e setores. Inverte-se, assim, o esquema tradicional de organização, permitindo que os
profissionais se sintam pertencentes a uma equipe e setor, mas funcionando ao mesmo tempo
como apoio para outras equipes de referência, sempre que necessário. Esse modelo operacional,
que ganhou o nome de “apoio matricial”, torna possível o vínculo terapêutico.
(C) A estratégia de saúde da família prevê o cuidado primário centrado em uma equipe
multiprofissional, trabalhando de forma interdisciplinar e por meio de um conjunto ampliado de
encontros clínicos, que envolvem consultas individuais e atividades em grupo
OBS.:
A Política Nacional da Atenção Básica tem como principais diretrizes e princípios utilização de
tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas
e necessidade de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando
critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda,
necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.
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I – princípios: II – diretrizes:
a) universalidade a) regionalização e
; hierarquização:
b) equidade; b) territorialização;
e) resolutividade;
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) atualizou conceitos e introduziu elementos ligados
ao papel desejado da Atenção Básica na ordenação das Redes de Atenção à Saúde. Nesse
sentido, a PNAB
OBS.:
Atualizada em 2017, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS), estabelece parâmetros mínimos de alcance, infraestrutura e funcionamento dos
serviços. Acerca da PNAB, é correto afirmar:
(B) Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda‐
se a cobertura de 100% da população, com número máximo de 750 pessoas por agente
comunitário de saúde.
OBS.:
Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas,
sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa
definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade,
menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe.
O Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores
das três esferas de governo. Sobre a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB-2012), estão
corretas as assertivas:
(B) I, III, IV e V
III. Ao enfermeiro compete planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos Agentes
Comunitários de Saúde em conjunto com os outros membros da equipe.
V. As equipes dos Consultórios na Rua tem o objetivo de ampliar o acesso desses usuários à
rede de atenção e ofertar de maneira mais oportuna atenção integral à saúde.
OBS.:
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado em 2008 pela Portaria GM/ MS nº
154 de 24 de junho de 2008 (revogada pela Portaria GM/ MS nº 2.488 de 21 de outubro de
2011), com o objetivo de aumentar a resolutividade e capacidade de resposta das Equipes
de Saúde da Família aos problemas da população.
Esse núcleo é composto por profissionais de diferentes áreas do conhecimento (médico
acupunturista, pediatra, ginecologista/obstetra, homeopata, psiquiatra, geriatra, internista
(clínica médica) ou médico do trabalho; assistente social; profissional/professor de
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II. A definição das categorias profissionais cabe ao gestor federal, considerando o financiamento
e o número de profissionais disponíveis em cada território.
III. Compete à Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF ‐ AB)
participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica a que está
vinculada.
IV. Compete à Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF ‐ AB)
realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção
conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente e intervenções no território.
OBS.:
A definição das categorias profissionais é de autonomia do gestor local, devendo ser escolhida
de acordo com as necessidades do territórios.
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(C) O trabalho do NASF é orientado pelas diretrizes da Atenção Básica. Sua principal função é
produzir ou apoiar as equipes na produção de um cuidado continuado e longitudinal, próximo da
população e na perspectiva da integralidade. Outros conceitos que embasam seu trabalho são a
territorialização e responsabilidade sanitária, o trabalho em equipe, a integralidade e a autonomia
dos indivíduos e coletivos, considerando a realidade epidemiológica, cultural, socioeconômica da
população e, especialmente, o planejamento conjunto com as equipes que apoiam. (Anulada)
OBS.:
De acordo com o Caderno de Atenção Básica (2014) existem três modalidades de NASF
financiados e reconhecidos formalmente pelo Ministério da Saúde. Essas modalidades
estão divididas conforme o número de equipes de estratégia de saúde da família
oferecendo carga horária individual de cada profissional de no mínimo 20h e máximo 80h
semanais.
O trabalho do Nasf é orientado pelas diretrizes da Atenção Básica. Ou seja, deve produzir
ou apoiar as equipes na produção de um cuidado continuado e longitudinal, próximo da
população e na perspectiva da integralidade.
A partir da organização das Redes de Atenção à Saúde, a Atenção Básica é ratificada como
ordenadora da rede e coordenadora do cuidado. A Atenção Básica deve
OBS.:
RAS
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Com relação às redes de atenção à saúde no SUS, conforme definidas pelo Decreto 7508 de
2011, é correto afirmar que elas
(A) estarão compreendidas no âmbito de uma região de Saúde, ou de várias delas, em
consonância com diretrizes pactuadas nas comissões intergestores.
OBS.:
Art. 2º As Regiões de Saúde serão instituídas pelos Estados em articulação com os Municípios,
nos termos do disposto no Decreto Nº 7.508, de 2011, e conforme o disposto nesta Resolução.
§ 1º Considera-se Região de Saúde o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamento
de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de
redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de
integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
OBS.:
FUNDAMENTOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
Para assegurar resolutividade na rede de atenção, alguns fundamentos precisam ser
considerados:
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A organização da Rede de Atenção à Saúde exige definição de Regiões de Saúde. Cada Região
de Saúde é definida por meio
d) da pactuação entre Estado e Município
OBS.:
Os pontos de atenção à saúde são entendidos como espaços onde se ofertam
determinados serviços de saúde, por meio de uma produção singular. São exemplos de
pontos de atenção à saúde: os domicílios, as unidades básicas de saúde, as unidades
ambulatoriais especializadas, os serviços de hemoterapia e hematologia, os centros de
apoio psicossocial, as residências terapêuticas, entre outros. Os hospitais podem abrigar
distintos pontos de atenção à saúde: o ambulatório de pronto atendimento, a unidade de
cirurgia ambulatorial, o centro cirúrgico, a maternidade, a unidade de terapia intensiva, a
unidade de hospital/dia, entre outros.
A Rede de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de ações e serviços de
saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de
apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado
O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de ações e serviços de saúde com
provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e humanizada, bem
como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade, eficácia
clínica e sanitária; e eficiência econômica.
Caracteriza-se pela formação de relações horizontais entre os pontos de atenção com o
centro de comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS), pela centralidade nas
necessidades em saúde de uma população, pela responsabilização na atenção contínua e
integral, pelo cuidado multiprofissional, pelo compartilhamento de objetivos e
compromissos com os resultados sanitários e econômicos.
Fundamenta-se na compreensão da APS como primeiro nível de atenção, enfatizando a
função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde e a
partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção
Na construção da RAS devem ser observados os conceitos de integração vertical e
horizontal, que vêm da teoria econômica e estão associados à concepções relativas às
cadeias produtivas.
Integração Vertical: consiste na articulação de diversas organizações ou unidades de
produção de saúde responsáveis por ações e serviços de natureza diferenciada, sendo
complementar (agregando resolutividade e qualidade neste processo). Por exemplo, a
indústria da saúde, diversos hospitais e clínicas ampliaram seu portfólio de produtos por meio da
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venda de seus próprios planos de saúde. Mesmo que pareça comum, a atitude visa atender às
necessidades dos clientes, aumentar a visibilidade da marca, garantir maior receita e, ainda,
eliminar os equivalentes oferecidos por empresas terceirizadas.
Em suma, essa forma de integração permite que uma mesma organização controle
diferentes processos de produção por meio da criação de seus próprios serviços ou da
fusão com fornecedores.
Integração Horizontal: consiste na articulação ou fusão de unidades e serviços de saúde
de mesma natureza ou especialidade. É utilizada para otimizar a escala de atividades,
ampliar a cobertura e a eficiência econômica na provisão de ações e serviços de saúde
através de ganhos de escala (redução dos custos médios totais em relação ao volume
produzido) e escopo (aumento do rol de ações da unidade). Por exemplo, Com o propósito
de ampliar o seu valor de mercado, a Walt Disney comprou, em 2006, a Pixar Animation Studios
por cerca de 7,4 bilhões de dólares. Dessa forma, a companhia conseguiu reforçar ainda mais suas
produções, principalmente no segmento da animação.
A situação acima descreve um modelo de crescimento por Integração Horizontal. Essa
estratégia é baseada na aquisição de empresas do mesmo nível da cadeia produtiva
(concorrentes diretos), com o propósito de expandir suas operações e ampliar a
capacidade produtiva.
Ao apostar no crescimento horizontal, a empresa tem autonomia para trabalhar com maior
diversidade de produtos, podendo vendê-los a um mercado amplo ou, até mesmo,
monopolizá-lo.
OBS.:
Os sistemas fragmentados de atenção à saúde, fortemente hegemônicos, são aqueles que se
organizam através de um conjunto de pontos de atenção à saúde isolados uns dos outros,
incomunicados entre eles e que, por consequência, são incapazes de prestar uma atenção
contínua à população.
As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde,
vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e
interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população,
coordenada pela atenção primária à saúde – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo
certo, com a qualidade certa e de forma humanizada –, e com responsabilidades sanitárias e
econômicas por esta população.
(C) a população sob sua responsabilidade vive em territórios singulares, organiza-se socialmente
em família, é cadastrada e registrada em subpopulações por riscos sociossanitários.
OBS.:
44
A organização do acesso universal ao cuidado integral deve ocorrer por meio das Redes de
Atenção à Saúde. A rede de atenção de uma Região de Saúde tem por composição mínima
OBS.:
45
b) I e IV
I. Implantação de modelo de atenção multiprofissional e compartilhado em equipe, instituído por
meio de práticas clínicas cuidadoras na gestão de linhas de cuidado.
De acordo com Cadernos de Atenção Básica, n. 39 de 2014, são princípios do Sistema Único de
Saúde e da Rede de Atenção à Saúde (RAS):
(A) As linhas de cuidado podem ser produzidas tanto intrasserviços quanto entre serviços de
saúde, sendo que podem partir de uma organização baseada em conceitos previamente
definidos, como as “linhas de cuidado programáticas”, ou ser construídas a partir de situações
concretas e singulares levando em consideração os itinerários terapêuticos.
OBS.:
demanda por ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde e por participação da
sociedade civil organizada. As redes temáticas acordadas de forma tripartite
As RAS são sistematizadas para responder a condições específicas de saúde, por meio de
um ciclo completo de atendimentos, que implica a continuidade e a integralidade da
atenção à saúde nos diferentes níveis Atenção Primária, Secundária e Terciária;
Devem ter foco na população, de forma integral, por meio de serviço contínuo de cuidados
que visem prioritariamente à promoção da saúde.
► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil: Rede Cegonha: Rede Materno-Infantil Visa
garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal,
parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e
enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao programa federal denominado
Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a outros financiamentos
estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR), Ambulatório de Egressos de UTI
neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e casa da gestante, entre outros.
► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: Rede de Atenção às
Pessoas com Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias,
estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais
em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.
► Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD)
no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a APS até a
reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção,
quando necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em
relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva, intelectual e visual). A criação da Política
Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/SAS no 1.060/2002) oportunizou a
implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência, em especial às
ações de reabilitação, através de legislações específicas para habilitação de Serviços de
Modalidade Única, ou seja, habilitados para atender apenas uma área de deficiência: auditiva,
física, intelectual ou visual.
PNH
O Ambulatório do Índio e o Hospital São Paulo da EPM vêm se constituindo ao longo desses
anos em espaço permanente de reflexão sobre o atendimento aos povos indígenas de diferentes
etnias que vivem múltiplas realidades culturais, linguísticas e de contato com a sociedade
brasileira, lançando mão das experiências anteriores da EPM/Projeto Xingu no atendimento a
essa população nos campos da assistência, ensino, pesquisa e extensão. As experiências
apreendidas no atendimento ao paciente indígena mostraram quão complexa e delicada é a
permanência deste paciente em um ambiente diverso e distante de sua realidade. Este trabalho
contribuiu para a reflexão sobre a necessidade de os serviços de saúde de média e alta
complexidade olhar para os sujeitos indígenas a partir de suas diferenças e vulnerabilidades,
permitindo que o outro se aproxime e que essa aproximação coadune com a formação de vínculo
e acolhimento.
Com base no texto anterior e relacionando à Política específica seleciona a alternativa mais
adequada.
(C) Estratégias e programas nas redes de atenção à saúde devem adaptar-se às necessidades
locais e às possibilidades específicas de cada região, levando em conta os diversos sistemas
sociais, culturais e econômicos.
A PNH existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de
atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias
entre gestores, trabalhadores e usuários Promover a comunicação entre estes três
grupos pode provocar uma série de debates em direção a mudanças que proporcionem
melhor forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho
A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo
de produção de saúde Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a
ampliação da sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da
responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação
coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde.
PNH busca:
Clínica ampliada.
Acolhimento.
OBS.:
Diretrizes DO HumanizaSUS
Acolhimento
Gestão Participativa e cogestão
Ambiência (= criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a
privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro
entre as pessoas)
Clínica ampliada e compartilhada
Valorização do Trabalhador
Defesa dos Direitos dos Usuários
Princípios do HumanizaSUS
49
(D) Tem como diretriz a realização de rodas, colegiados gestores e mesas de negociação que
coloquem as diferenças em contato, de modo a produzir movimentos que favoreçam mudanças
nas práticas de gestão e de atenção. Tal ação pode ser denominada Gestão Participativa e
Cogestão.
OBS.:
Princípios da PNH
A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS.
Transversalidade
Acolhimento
COMO FAZER?
Gestão Participativa e cogestão
Cogestão significa a inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão (análise de contexto e
problemas; processo de tomada de decisão). Sendo exercida não por poucos ou alguns, mas por
51
COMO FAZER?
Ambiência
COMO FAZER?
Modo de fazer: o método da tríplice inclusão da PNH. Na produção do espaço de saúde devem
interceder os saberes que potencializam mudanças. A intercessão de diferentes campos do saber
e das profissões, tais como dos arquitetos, dos engenheiros, dos médicos, dos nutricionistas, dos
enfermeiros, dos usuários, entre outros, embora muitas vezes provoque tensionamentos, valoriza
o processo de construção coletiva a partir de diferentes olhares. Trata-se, assim, de um modo de
fazer que afirme as especificidades do saber de cada um em uma relação de interferência para a
produção de um objetivo comum.
indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos,
mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado, de modo a possibilitar
decisões compartilhadas e compromissadas.
COMO FAZER?
Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do
enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a
qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto
destes com o usuário), de modo a compreender a doença e se responsabilizar na produção de
sua saúde, possibilitando decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a
saúde dos usuários do SUS. Para implantar essa diretriz da PNH é importante também que sejam
discutidas outras orientações, como o Projeto Terapêutico Singular, Equipe de referência e apoio
matricial, co-gestão e o acolhimento.
Valorização do Trabalhador
COMO FAZER?
Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem
incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as
fases do cuidado, desde a recepção até a alta.
COMO FAZER?
Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e
também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social.
(B) A PNH busca por em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde,
produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar.
53
OBS.:
Método da PNH
Humanizar se traduz, então, como inclusão das diferenças nos processos de gestão e de
cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma
coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos modos de cuidar e novas
formas de organizar o trabalho.
Clinica Ampliada
De acordo com a Política de Humanização, a Clínica Ampliada constitui uma diretriz para o
trabalho em equipe no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). A Clínica Ampliada busca
54
OBS.:
A clínica ampliada é uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização propõe para
qualificar o modo de se fazer saúde. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do
serviço de saúde, da família e da comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de
diferentes áreas na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação
de vínculo com o usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o
diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a
história de quem está sendo cuidado.
Através da escuta, o trabalhador da saúde vai buscar junto ao usuário, os motivos pelos quais ele
adoeceu e como se sente com os sintomas, para compreender a doença e se responsabilizar na
produção de sua saúde. É importante estar atento para os afetos entre os trabalhadores e
usuários buscando a autonomia da pessoa diante do seu tratamento, ao mesmo tempo em que
seu caso é tratado de forma única e singular. Um hipertenso, por exemplo, pode e será cuidado
de forma diferente de outro hipertenso, já que cada caso é um caso. Se o usuário estiver
deprimido, isolado, desempregado, tudo isso interferirá no desenvolvimento da sua doença e
precisa ser ouvido pelo profissional de saúde.
A Clínica Ampliada propõe então que o profissional de saúde desenvolva a capacidade de ajudar
as pessoas, não só a combater as doenças, mas a transformar-se, de forma que a doença,
mesmo sendo um limite, não a impeça de viver outras coisas na sua vida. Para implantar essa
diretriz da PNH é importante também que sejam discutidas outras orientações ético-políticas,
55
Apoio matricial
Em relação à proposta de equipes interdisciplinares de referência, são características de seu
processo de trabalho
OBS.:
Apoio matricial e equipe de referência (ex. referência em saúde da família, em saúde mental)
são arranjos organizacionais, bem como uma metodologia para a gestão do trabalho em
saúde.
Em saúde o apoio matricial se configura como uma retaguarda especializada que oferece
suporte técnico- pedagógico às equipes de referências, as quais são as equipes responsáveis
pela condução de um caso individual, familiar ou comunitário. Dessa forma, esses arranjos
organizacionais deslocam "o poder das profissões e corporações de especialistas, reforçando
o poder de gestão da equipe interdisciplinar".
Uma das estratégias propostas pela Política Nacional de Humanização é o Apoio Matricial,
que pode ser definido como
OBS.:
56
c) O usuário deve ter acesso aos mecanismos de escuta para apresentar sugestões ou
denúncias aos gestores e às ouvidorias, sendo respeitados a privacidade, o sigilo e a
confidencialidade
Carta dos Direito dos Usuários da Saúde A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde aprovada
pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 17 de junho de 2009, tem como base seis princípios
básicos de cidadania. Caracteriza-se como uma importante ferramenta para que o cidadão
conheça seus direitos e deveres no momento de procurar atendimento de saúde, tanto em
serviço público como privado. São eles: (1) todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e
organizado aos sistemas de saúde; (2) todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo
para seu problema; (3) todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de
qualquer discriminação; (4) todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa,
seus valores e seus direitos; (5) todo cidadão também tem responsabilidades para que seu
tratamento aconteça da forma adequada; (6) todo cidadão tem direito ao comprometimento dos
gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos. (Ministério da Saúde,2011)
O usuário de saúde tem como direito o tratamento adequado e efetivo para seu problema, para
isso é fundamenta:
(C) Que as informações sobre o estado de saúde sejam registradas no prontuário do usuário
com caligrafia legível, sendo recomendada a sua atualização constante.
Não é incomum após o atendimento de saúde o usuário ter dúvidas sobre o seu diagnóstico e
tratamento, para evitar esse problema tem sido preconizado:
57
OBS.:
ESTATUTO DO IDOSO
O Estatuto do Idoso representa um grande avanço da legislação brasileira iniciado com a
promulgação da Constituição de 1988. Elaborado com intensa participação das entidades de
defesa dos interesses das pessoas idosas, ampliou em muito a resposta do Estado e da
sociedade às suas necessidades. Trata dos mais variados aspectos, abrangendo desde direitos
fundamentais até o estabelecimento de penas para os crimes mais comuns cometidos contra
essas pessoas”.
De acordo com o Estatuto do Idoso, Lei Federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, assinale a
alternativa correta:
(E) O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou
desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública
ou privada. Art. 37
OBS.:
Art. 7. Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta anos terão preferência
especial sobre os demais idosos, exceto em caso de emergência.
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores. A
prestação alimentar para a pessoa idosa, por sua vez, é de responsabilidade da família do
idoso e segundo o Estatuto do Idoso, o idoso pode escolher de que parente ele quer
receber os alimentos, sendo a obrigação caracterizada como solidária
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o
seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social.
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.]
Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais de atendimento ao idoso
serão fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância
Sanitária e outros previstos em lei.
.
(B) É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante
efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em
condições de dignidade. Art. 9º
OBS.:
EPIDEMIOLOGIA
TAXA DE MORTALIDADE
No Brasil, as mudanças nas taxas de mortalidade e morbidade estão relacionadas, entre outros
fatores, a transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais. Quais são, atualmente, as
principais causas de morte no Brasil, considerando taxas nacionais de mortalidade?
Gráfico 2 – Distribuição proporcional das principais causas de morte segundo capítulos da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10), no Brasil, 2006 Fonte: Brasil, 2009a.
62
No Brasil, de acordo com levantamento feito pelo Datasus, departamento de informática do SUS
(Sistema Único de Saúde), as doenças do aparelho circulatório aparecem em 1º lugar, com
356.178 mortes. Destas, as mais comuns são as arteriais, cerebrovasculares e hipertensivas,
além do infarto agudo do miocárdio.
Em 2º lugar, o que mais mata são os tumores (227.150) –onde entram diversos tipos de câncer.
Na 4ª posição, está o que foi denominado pelo SUS como “causas externas de morbidade e
mortalidade” (150.165), que incluem mortes motivadas por circunstâncias distintas, como lesões
causadas por tragédias ambientais, afogamentos e envenenamentos, por exemplo.
DOENÇAS CRÔNICAS
No Brasil, as doenças crônicas representam 66,3% da carga global de doenças no país medidas
em anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (AVAIs); as causas externas representam
10,2%; as condições maternas e perinatais, 8,8%; e as doenças infecciosas, parasitárias e
desnutrição, 14,7%.
(B) A política de saúde brasileira deve dar especial atenção à alimentação adequada e a fatores
de risco, como tabagismo, sobrepeso, sedentarismo, uso excessivo de álcool e outras drogas.
INCIDÊNCIA/ PREVALÊNCIA
Em um município, observa-se o aumento da prevalência de uma determinada doença, mas sua
incidência tem uma tendência à queda. Assinale a alternativa que apresenta a hipótese adequada
para essa situação.
OBS.:
Cronificação = torna crônico Que dura muito, que permanece por um longo período na vida do
paciente: doença crônica.
63
OBS.:
Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Imediata (até 24 horas) para*
Semanal
MS SES SMS
a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico X
1
b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes X
2 Acidente por animal peçonhento X
3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva X
4 Botulismo X X X
5 Cólera X X X
6 Coqueluche X X
7 a. Dengue - Casos X
b. Dengue - Óbitos X X X
8 Difteria X X
9 a. Doença de Chagas Aguda X X
b. Doença de Chagas Crônica X
10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X
11 a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" X X
b. Doença Meningocócica e outras meningites X X
12 Doenças com suspeita de disseminação intencional:a. Antraz pneumônicob. Tularemiac. Varíola X X X
Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:a. Arenavírusb. Ebolac. Marburgd. Lassae.
13 X X X
Febre purpúrica brasileira
a. Doença aguda pelo vírus Zika X
14 b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante X X
c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika X X X
15 Esquistossomose X
Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública (ver definição no art. 2º
16 X X X
desta portaria)
17 Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação X X X
18 Febre Amarela X X X
a. Febre de Chikungunya X
19 b. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão X X X
c. Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya X X X
20 Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública X X X
64
Hantavirose Varíola
Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) Tularemia
Peste
II. Caso confirmado de Tétano Neonatal
III. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por:
Agravos inusitados Doença Meningocócica
Difteria Influenza Humana
Doença de Chagas Aguda
IV. Epizootias e/ou morte de animais que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos:
Epizootias em primatas não humanos Outras epizootias de importância epidemiológica
Exs:
Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS;
Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do
CONAMA;
Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas,
por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com
produtos radioativos da classe 7 da ONU.
Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou
desabrigados;
Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da
capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em
consequência evento.
Exposição a contaminantes químicos;
IMUNIZAÇÃO
VIP/ VOP
A vacina inativada poliomielite (VIP) faz parte do calendário de vacinação no Brasil, com previsão
de duas doses, seguidas de duas doses de vacina oral poliomielite (VOP). As doses da VIP
visam:
(B) tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com
o vírus.
66
MORTALIDADE MASCULINA
A maior mortalidade da população masculina em relação à feminina pode ser observada desde o
instante do nascimento. A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar
o primeiro ano de vida é de 16,3 para cada mil nascidos vivos. Para o sexo feminino, este valor é
de 13,7 por mil, uma diferença de 2,6 óbitos. Assim, a mortalidade infantil para os meninos é 1,2
vez maior do que para as meninas. Entre 1 e 2 anos de idade, este valor passa para 1,3 vez,
mantendo-se neste nível até os 9 anos. A partir desta idade, cresce até atingir o valor máximo
entre os 22 e 23 anos: um homem de 22 anos tem 4,6 vezes mais chances de não atingir os 23
anos de idade do que uma mulher, e, a seguir, decresce conforme a idade aumenta.
Tais dados têm amparado a forte correlação estabelecida entre a mortalidade de pessoas do
sexo masculino e do feminino que se deve a
OBS.:
(C) (1) Reconhecimento de um problema; (2) Formulação da política; (3) Tomada de decisão; (4)
Implementação; e (5) Avaliação da política.
OBS.:
Avaliação do custo-benefício
Estudo do cenário local e suas necessidades
Recursos disponíveis
A urgência que o problema pode tomar por uma provável mobilização social
Necessidade política
Com as todas as alternativas avaliadas, na terceira fase se define qual será o curso de
ação adotado. São definidos os recursos e o prazo temporal da ação da política.
5ª fase: avaliação
A avaliação deve ser realizada em todos os ciclos, contribuindo para o sucesso da ação.
Também é uma fonte de aprendizado para a produção de melhores resultados. Nela se
controla e supervisiona a realização da política, o que possibilita a correção de possíveis
falhas para maior efetivação. Inclui-se também a análise do desempenho e dos resultados
do projeto. Dependendo do nível de sucesso da política, o poder público delibera se é
necessário reiniciar o ciclo das políticas públicas com as alterações cabíveis, ou se
simplesmente o projeto é mantido e continua a ser executado.
Com o aparecimento do Welfare State e a conquista dos direitos sociais pelo cidadão, o Estado
passa a ser a instituição que além de representar a sociedade, assegura o acesso a esses
direitos. Entretanto, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 95 publicada em 2016,
institui-se um novo regime fiscal que congela os gastos públicos, nesse cenário a saúde,
considerado um direito humano básico e fundamental, sofre duramente um ataque, trazendo
graves consequências a todos os cidadãos. Como pode-se perceber a relação entre Estado,
Governo e Políticas Públicas tem sido complexa. Alguns pesquisadores defendem que a melhor
gestão pública pode ser realizada ao se colocar em prática o ciclo das políticas públicas aliado ao
controle social. Atualmente, o modelo de análise de ciclo das políticas públicas mais utilizado
apresenta como princípio uma lógica de resolução de problemas. Assinale a alternativa que
correlaciona corretamente o estágio do ciclo político à sua etapa processual.
(C) A tomada de decisão é a etapa do ciclo de políticas públicas em que o governo adota, ou não,
uma solução.
69
D) Seguridade social
CONSTITUIÇÃO DE 1988
OBS.:
70
(E) Social, assim como os direitos a educação, a alimentação, o trabalho, dentre outros.
OBS.:
71
(E) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade. (Anulada)
OBS.:
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados.
Art. 14º. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
a) os analfabetos;
São formas de organizações que contribuem para o controle social no setor da Saúde:
OBS.:
A Política Nacional de Promoção da Saúde do Brasil, prevê temas transversais para a formulação
de agendas de promoção da saúde e para a adoção de estratégias em consonância com os
princípios e valores do Sistema Único de Saúde. Dentre esses temas destaca-se a Promoção da
cultura da paz e dos direitos humanos, que busca:
(A) Promover, articular e mobilizar ações que estimulem a convivência, a solidariedade, o respeito
à vida e o fortalecimento de vínculos. Desenvolver tecnologias sociais que favoreçam a mediação
de conflitos, o respeito às diversidades e diferenças de gênero, de orientação sexual e identidade
de gênero entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais, de classe social e em relação às
pessoas com deficiências e necessidades especiais, garantindo os direitos humanos e as
liberdades fundamentais.
ÉTICA
Usuários que permanecem em filas de espera para atendimento em clínicas de Instituições de
Ensino podem se sentir pouco à vontade para expressar sua opinião sobre o cuidado ofertado,
pois eles tendem a pensar que perderão a vaga se “reclamarem” de alguma coisa. Do ponto de
vista da ética, é correto afirmar que, nesse tipo de situação, ocorre:
b) limitação de autonomia
OBS.:
Princípios Éticos:
Autonomia: liberdade individual a cada um de determinar suas próprias ações, de acordo
com sua escolha;
Beneficência: este princípio impõe ao profissional da área da saúde o dever de promover o
bem ao paciente por meio do desempenho de suas funções.
Justiça: este conceito fundamenta-se na premissa de que as pessoas tem direito a terem
suas necessidades de saúde atendidas livres de preconceitos ou segregações sociais.
Não maleficência: esse princípio determina a obrigação de não infligir dano
intencionalmente. Ou seja, o desempenho das atribuições dos profissionais de saúde não
devem ocasionar nenhum dano ao paciente assistido.
Fidelidade: criação de confiança entre o profissional e o cliente; compromisso de ser fiel no
relacionamento com o outro.
Veracidade: dizer sempre a verdade, não mentir e nem enganar; base de confiança entre
indivíduos.
Confidencialidade: manter sob sigilo a informação de caráter pessoal obtida durante o
exercício de sua função como enfermeiro e manter o cunho de segredo profissional dessa
informação.
74
BIOÉTICA
(C) Confidencialidade.
OBS.:
CONCEITO SAÚDE-DOENÇA
A descoberta dos microorganismos durante o século XIX provocou a evolução no campo das
ciências da saúde (Junqueira, 2010). Em relação a esse acontecimento, é correto afirmar que
houve:
d) mudança de foco do “doente” para as “doenças” nas práticas de saúde
OBS.:
De acordo com os princípios do modelo biomédico, profissionais da área da saúde, tais como
médicos e enfermeiros, encaram o processo saúde-doença a partir de um ponto de vista
puramente biológico. Isto é, a saúde seria apenas a ausência de doença e a doença seria vista
como um produto gerado por algum agente patogênico, como as bactérias e os vírus.
REVOLTA DA VACINA
No início do século XX, a Saúde Pública no Brasil foi marcada pelo combate a doenças e
epidemias, com campanhas coercitivas que geravam descontentamento da população. Isso levou
à Revolta da Vacina, em 1904, episódio de resistência a uma campanha de vacinação obrigatória
liderada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, então Diretor Geral de Saúde Pública. Essa campanha
contestada era destinada a combater qual doença da época?
(C) Varíola.
OBS.:
76
Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião.
Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas
doentes. Afinal, era esquisita a idéia de ser inoculado com esse líquido. E ainda corria o boato de que quem
se vacinava ficava com feições bovinas.
No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837 e para adultos em
1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da vacina em escala industrial no Rio só
começou em 1884. Então, em junho de 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo a enviar ao Congresso um
projeto para reinstaurar a obrigatoriedade da vacinação em todo o território nacional. Apenas os indivíduos
que comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de
casamento, autorização para viagens etc.
Após intenso bate-boca no Congresso, a nova lei foi aprovada em 31 de outubro e regulamentada em 9 de
novembro. Isso serviu de catalisador para um episódio conhecido como Revolta da Vacina. O povo, já tão
oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade: ele foi às ruas da
capital da República protestar. Mas a revolta não se resumiu a esse movimento popular.
Toda a confusão em torno da vacina também serviu de pretexto para a ação de forças políticas que queriam
depor Rodrigues Alves – típico representante da oligarquia cafeeira. “Uniram-se na oposição monarquistas
que se reorganizavam, militares, republicanos mais radicais e operários. Era uma coalizão estranha e
explosiva”, diz o historiador Jaime Benchimol.
Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. Cinco dias depois, estudantes aos
gritos foram reprimidos pela polícia. No dia 11, já era possível escutar troca de tiros. No dia 12, havia muito
mais gente nas ruas e, no dia 13, o caos estava instalado no Rio. “Houve de tudo ontem. Tiros, gritos, vaias,
interrupção de trânsito, estabelecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes
queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e particulares
deteriorados”, dizia a edição de 14 de novembro de 1904 da Gazeta de Notícias.
Tanto tumulto incluía uma rebelião militar. Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha enfrentaram tropas
governamentais na rua da Passagem. O conflito terminou com a fuga dos combatentes de ambas as partes.
Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram aos batalhões federais ficavam no bairro da Saúde. Eram
mais de 2 mil pessoas, mas foram vencidas pela dura repressão do Exército.
Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos de duas semanas de
conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos saíram perdendo. Os
revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois
da tentativa de torná-la obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um
movimento ascendente de adesão à vacina”, explica Benchimol. Mais tarde, em 1908, quando o Rio foi
atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, o povo correu para ser vacinado, em um
episódio avesso à Revolta da Vacina
SEGURANÇA DO PACIENTE
Dentre os conceitos‐chave da Classificação Internacional de Segurança do Paciente, o único
NÃO adequado é:
OBS.:
77
Circunstância notificável
Exemplo: a escala de enfermagem de uma UTI está defasada em um determinado plantão.
Near miss
Exemplo: uma enfermeira iria colocar uma bolsa de sangue em um paciente homônimo àquele que deveria
receber esta bolsa, mas percebe antes de instalar.
Incidente sem dano
Exemplo: a enfermeira coloca uma bolsa de sangue em um paciente homônimo àquele que deveria
receber esta bolsa, mas o sangue é compatível e o paciente não tem reação.
Evento adverso
Exemplo: a enfermeira coloca uma bolsa de sangue em um paciente homônimo àquele que deveria
receber esta bolsa, e o paciente desenvolve uma reação febril.
No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), por
meio da Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013, com objetivo geral de contribuir para a
qualificação do cuidado em saúde, em todos os estabelecimentos de Saúde do território nacional, quer
privados, quer públicos
PNSP
Entre as ações desenvolvidas destacam-se:
OBS.:
No Brasil a vigilância de Eventos Adversos relacionados ao uso dos produtos que estão sob a
vigilância sanitária, que inclui o monitoramento do uso desses produtos, tem como objetivo
fundamental a detecção precoce de problemas relacionados a esse uso para desencadear as
medidas pertinentes para que o risco seja interrompido ou minimizado.
A notificação de eventos adversos pelo NSP é obrigatória, de acordo com a RDC nº 36/2013, e a
identificação do serviço de Saúde também é confidencial, obedecidos aos dispositivos legais. Os
dados, analisados pela Anvisa, serão divulgados de forma agregada, gerando produção de
conhecimento e informação, não sendo possível identificar a fonte geradora da informação.
As notificações da Unidade de Saúde podem ser realizadas por todos os trabalhadores de Saúde
ao Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). É função do NSP encaminhar as notificações de
todos os eventos adversos que ocorrerem na instituição onde ele se insere ao SNVS.
Notivisa
O Notivisa é um sistema informatizado que pode ser acessado no sítio da ANVISA com o propósito de
receber as notificações de eventos adversos e queixas técnicas relacionados com os produtos sob
vigilância sanitária.
Incidentes que devem ser notificados:
Úlceras de pressão
Quedas
Erros de medicação
Erros nos procedimentos cirúrgicos
Falhas em equipamentos
Reações adversas a medicamentos
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