Você está na página 1de 97

UNIVERSIDADE TIRADENTES

PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE

EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO


EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A
DEGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS EM
RATOS.

SHEILLA DA SILVA BARROSO

ARACAJU
JULHO – 2012
UNIVERSIDADE TIRADENTES

PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE

EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO


EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A
DEGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS
EM RATOS.

Dissertação de Mestrado submetida à banca


examinadora como parte dos requisitos para
obtenção do título de Mestre em Saúde e
Ambiente na área de concentração Saúde e
Ambiente.

SHEILLA DA SILVA BARROSO

Orientadores

Profra. Dra. Margarete Zanardo Gomes


Prof. Dr. Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior

ARACAJU
JULHO – 2012
O AUTOR PERMITE A REPRODUÇÃO DE CÓPIAS OU PARTES DESTA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SOMENTE PARA PROPÓSITOS ACADÊMICOS E
CIENTÍFICOS DESDE QUE A FONTE SEJA CITADA.

iii
EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO EXTRATO DE
PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS
DOPAMINÉRGICOS EM RATOS

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E


AMBIENTE DA UNIVERSIDADE TIRADENTES COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM SAÚDE E
AMBIENTE

Aprovada por:

________________________________________________
Margarete Zanardo Gomes, D.Sc.
Orientadora

________________________________________________
Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior, D.Sc.
Orientador

_________________________________________________
Juliana Cordeiro Cardoso, D.Sc.
Examinadora

________________________________________________
Waldecy de Lucca Junior, D.Sc.
Examinador

________________________________________________
Katia Peres Gramacho D.Sc.
1º Suplente

________________________________________________
Barbara Lima Simioni Leite D.Sc.
2º Suplente

iv
“A melhor recompensa que a vida oferece é a
oportunidade de trabalhar duro em algo que valha a pena”

Theodore Roosevelt

v
AGRADECIMENTOS

A Deus por me amparar nos momentos difíceis, me dar sabedoria, força e


perseverança para superar as dificuldades, por me mostrar o caminho nas horas
incertas e me suprir em todas as minhas necessidades.

A minha mãe pelo apoio, força, incentivo e amizade. Por estar ao meu lado me
encorajando nas horas difíceis e me aplaudindo nos momentos de glória. Dedico a
você este titulo, pois sem você nada disso seria possível. Amo muito você!

Aos meus orientadores Profª Dra. Margarete Zanardo Gomes e Prof. Dr. Ricardo
Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior por acreditarem em mim e no futuro deste
projeto, por me mostrarem com sabedoria, discernimento, bom senso, dedicação o
caminho da ciência contribuindo para o meu crescimento profissional, sendo peças
fundamentais para a concretização desse momento especial. Neste agradecimento
tento expressar um pouco do carinho e respeito que tenho por vocês. Serei grata pelas
oportunidades aqui proporcionadas. Obrigada por transmitirem seus conhecimentos e
experiências profissionais, pelo acesso que me facilitou a uma pesquisa mais alargada
e pela sua crítica sempre tão enriquecedora.

A professora Dra. Juliana Cordeiro Cardoso e ao professor Dr. Waldecy de Lucca


Junior por contribuírem para realização desse trabalho e acrescentar de forma ímpar
a melhoria na escrita, correções necessárias para finalização do mesmo e por
auxiliarem e contribuírem para o meu crescimento cientifico.

A Camila, Tâssia, Tâmara, Rafaela, Nely, Fani, Jamile por estarem sempre ao meu
lado durante a realização do experimento, por me sempre socorrem com palavras
amigas, acalentadoras, pelo carinho, amizade que sempre me foi destinado e por
ajudar a tornar este sonho possível.

E por fim, muito obrigada a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a
realização deste trabalho.

vi
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 15

CAPITULO I ..................................................................................................... 17

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 17

1.1 Doença de Parkinson ................................................................................. 18

1.2 Fisiopatologia da DP .................................................................................. 18

1.3 Etiologia...................................................................................................... 21

1.4 Tratamento ................................................................................................. 23

1.5 Exercício Físico .......................................................................................... 25

1.6 Utilização de produtos naturais aplicada à saúde ...................................... 27

1.7 Própolis ...................................................................................................... 29

1.8 Própolis Vermelha ...................................................................................... 31

1.9 Referências ................................................................................................ 33

CAPITULO II .................................................................................................... 54

EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO EXTRATO DE


PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS
DOPAMINÉRGICOS EM RATOS. ................................................................... 54

RESUMO.......................................................................................................... 56

ABSTRACT ...................................................................................................... 57

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 58

MÉTODOS ....................................................................................................... 59

RESULTADOS ................................................................................................. 62

DISCUSSÃO .................................................................................................... 64

CONCLUSÕES ................................................................................................ 66

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 66
vii
CAPITULO III ................................................................................................... 71

NITRIC OXIDE SYNTHASE INHIBITION AFFECTS THE TIME COURSE OF


THE MEDIAL FOREBRAIN BUNDLE 6-OHDA LESION. ................................. 71

ABSTRACT ...................................................................................................... 73

INTRODUCTION .............................................................................................. 74

MATERIALS AND METHODS .......................................................................... 75

RESULTS ......................................................................................................... 79

DISCUSSION ................................................................................................... 82

CONCLUSION ................................................................................................. 85

BIBLIOGRAPHY ............................................................................................... 86

ANEXOS .......................................................................................................... 94

viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

6-OHDA : 6-hidroxidopamina
C: córtex
CAPE: Ácido fenil éster cafeico
COMT: Catecol-o-metiltransferase
DA: Neurônios dopaminérgicos
DAT: Transportador de dopamina
DMBA: 9,10-Dimetil-1,2-Benzantraceno
DP : Doença de Parkinson
EHPV: Extrato hidroetanólico de própolis vermelha
ERN’s: Espécies reativas de Nitrogênio
ERO’s: Espécies reativas de Oxigênio
GABA: Ácido Gama-aminobutirico
GDNF:Fator de Crescimento derivado da Glia
Glu: Neurônios Glutamatérgicos
GPe: Globo Pálido externo
GPi: Globo Pálido interno
L-DOPA: 3,4dihidroxifenilalanina
L-NOARG: NG-nitro-l-arginina
MAO-A: Monoamina Oxidase
MPTP: 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina
NAT: Transportador de noradrenalina
NB: Núcleos Basais
NO: óxido nítrico
NOS: Síntese de óxido nítrico
PPN: Núcleo Pendúculo Pontino
PQ: Paraquat
SN: Substância Negra
SNC: Sistema Nervoso Central
SNc: Substância Negra parte compacta
SNr: Substância Negra parte reticular
STN: Núcleo subtalâmico
STR: Estriado
Th: Tálamo
TH: Tirosina hidroxilase
VL: Núcleo Ventro-lateral

ix
LISTA DE TABELAS

CAPITULO II Pg.

Tabela 1: Resultados do teste de campo aberto em animais não 62


lesionados

CAPITULO III
Table 1: Percentage of TH immunoreactive (TH+) cells in the
substantia nigra (SN) from sham brains, 24 and 96 hours after 6-
OHDA injection into medial forebrain bundle. 6-OHDA induced an 80
ipsilateral decrease in the TH+ cells in a time-dependent and lateral
to medial manner. The 6-OHDA/L-NOARG treatment (100mg/kg
i.p.) retards the initial phases of the DA loss. * indicates difference
from control and # indicates difference from all other groups.

x
LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO I Pg.

Figura 1. Modelo simplificado das vias direta e indireta dos núcleos da


base. Em a) o funcionamento em indivíduos normais, em b)
funcionamento em indivíduos com DP. A espessura das setas indica a
intensidade de sinal transmitido pela sinapse, mostrando o
desequilíbrio provocado pela falta de dopamina no paciente 21
parkinsoniano. Substância negra compacta (SNc) e reticular (SNr);
Globo pálido externo (GPe) e interno (GPi), núcleo subtalâmico (STN),
Núcleo pendúculo pontino (PPN) e Núcleo ventro-lateral (VL).

CAPÍTULO II

Figura 1: Modificações comportamentais induzidas por 6-OHDA e


alterações no quadro da lesão em função dos tratamentos. As colunas
representam as médias de explorações horizontais nos grupos e as 63
barras representam o erro padrão da média. “a” indica diferença em
relação ao grupo controle (salina/veículo) e “b” indica diferença em
relação ao grupo lesão (6-OHDA/veículo). P10: EHPV a 10mg/kg; Exc.:
exercício. ANOVA de uma via seguida do pós teste de Tukey.
Figura 2: Resultados do teste de campo aberto. As colunas
representam as médias de explorações verticais nos grupos e as
barras representam o erro padrão da média. “a” indica diferença em 63
relação ao grupo controle (salina/veículo) e “b” indica diferença em
relação ao grupo lesão (6-OHDA/veículo). P10: EHPV a 10mg/kg; Exc.:
exercício. ANOVA de uma via seguida do pós teste de Tukey.

CAPÍTULO III

Figure 1: Mean density of nNOS+ cells in the striatum of rats sacrificed


24 hours and 35 days after injection of 6-OHDA or saline into medial
forebrain bundle. White columns represent the mean density of nNOS+
cells in the sham rats, black columns represent 6-OHDA group and
dashed columns represents 6-OHDA/L-NOARG group. Upper panel 80
shows the ipsilateral counts to neurotoxin injection, while lower panel
illustrates contralateral results. Rats received one single application of
L-NOARG 100mg/kg or saline i.p. after surgery. * indicates significant
difference (P < 0.05, MANOVA followed by One way ANOVA, Duncan’s
post test).

xi
EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO EXTRATO
DE PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE
NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS EM RATOS.

SHEILLA DA SILVA BARROSO

A origem e progressão da doença de Parkinson podem estar relacionadas ao


estresse oxidativo e à inflamação mediada por células da glia. A própolis é um
produto natural que apresenta atividade antioxidante, anti-inflamatória e
antimicrobiana. Adicionalmente, estudos experimentais mostraram que o
exercício físico favorece a recuperação estrutural e funcional de neurônios em
degeneração, entretanto se faz necessário uma melhor compreensão das
estratégias propostas como, o tipo e duração do exercício. O presente estudo
teve como objetivo avaliar o efeito da administração do extrato hidroetanólico
da própolis vermelha (EHPV) associada ou não ao exercício físico, sobre a
degeneração de neurônios dopaminérgicos (DA) em ratos. Ratos machos
adultos da linhagem Wistar (n=55) com peso corporal de 250-400g foram
submetidos à aplicação intraestriatal de 6-hidroxidopamina (6-OHDA) ou salina.
Após o procedimento cirúrgico para indução da lesão foi administrado via
gavagem o EHPV (10 mg/Kg) durante duas semanas. Os animais do grupo
exercício foram submetidos à natação diariamente durante três semanas.
Todos os animais foram submetidos ao teste de campo aberto aos vinte e um
dias após a lesão, com o intuito de avaliar a atividade motora e do estado
emocional dos animais. Os dados foram analisados através do teste ANOVA
de uma via seguido do pós-teste de Tukey, (P<0,05) sendo considerado
variável o fator tratamento. A lesão causada pela 6-OHDA induziu uma
diminuição na atividade exploratória horizontal e vertical, sendo que o exercício
associado ou não ao tratamento com EHPV foi capaz de reduzir
significativamente os déficits comportamentais. Por outro lado, o tratamento
isolado com EHPV, não modificou o quadro motor após lesão. Os resultados
sugerem que o exercício teve ação neuroprotetora sobre a morte neuronal
dopaminérgica.

Palavras-chave: parkinson experimental; 6- hidroxidopamina; natação.

xii
BEHAVIORAL EFFECTS OF EXERCISE AND PROPOLIS
EXTRACT ON THE DEGENERATION OF DOPAMINERGIC
NEURONS IN RATS.

SHEILLA DA SILVA BARROSO

The origin and progression of Parkinson's disease may be related to oxidative


stress and inflammation mediated by glial cells. Propolis is a natural product
that exhibits antioxidant activity, anti-inflammatory and antimicrobial. Addition,
experimental studies have shown that physical exercise promotes structural and
functional recovery of degenerating neurons, however it is necessary to better
understand how the proposed strategies, the type and duration of exercise. The
present study aimed to evaluate the effect of administration of hydroethanolic
extract of propolis (EHPV) associated or not to exercise, on the degeneration of
dopaminergic neurons (DA) in rats. Adult male rats of Wistar strain (n = 55)
weighing 250-400g were submitted to intrastriatal 6-hydroxydopamine (6-
OHDA) or saline. After the surgery to induce injury was administered by gavage
to EHPV (10 mg / kg) for two weeks. The animals in the exercise group
underwent swimming daily for three weeks. All animals were tested for open
field at twenty-one days after the injury, in order to evaluate the motor activity
and emotional state of animals. Data were analyzed using one-way ANOVA test
followed by Tukey post-test (P <0.05) was considered variable factor treatment.
The injury caused by 6-OHDA induced a decrease in the horizontal and vertical
exploratory activity, and exercise with or without treatment with EHPV was able
to significantly reduce behavioral deficits. Moreover, treatment with isolated
EHPV, did not modify the engine frame after injury. The results suggest that
exercise has neuroprotective action on dopaminergic neuronal death.

Key-words: parkinson’s disease; 6- hydroxydopamine; swimming

xiii
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa,


caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos (DA) localizados na
parte compacta da substância negra (SNc) (SHOBER, 2004; ERIKSEN et al.,
2005). Embora a etiologia da DP não seja completamente esclarecida,
evidências sugerem que o estresse oxidativo (PRZEDBORSKI, 2005; MOSLEY
et al., 2006; ONYAGO et al., 2008) e a inflamação mediada pela ativação da
micróglia possam contribuir para o processo patogênico da morte neuronal e
progressão da doença (HIRSCH et al., 2005; LEE et al., 2009; HIRSCH et al.,
2012).

Os sintomas da DP incluem acinesia (dificuldade em iniciar o


movimento), bradicinesia (lentidão nos movimentos), afagia, tremor de repouso,
instabilidade postural, além de alterações posturais e cognitivo-afetivas, que
comprometem sobremaneira a qualidade de vida dos indivíduos (AGUIAR Jr et
al., 2009). Essa desordem acomete aproximadamente 1% da população
mundial acima de 65 anos de idade (SAVITT et al., 2006; BARTELS e
LEENDERS, 2009), onde a principal estratégia para o tratamento dessa
desordem é a administração do precursor dopaminérgico 3,4-
dihidroxifenilalanina (L-dopa) (HOWELL et al., 2005) que leva ao aparecimento
de alterações motoras debilitantes denominadas discinesias (movimentos
involuntários anormais) (OBESO et al., 2000).

Estudos pré-clínicos têm sido úteis para reproduzir alterações celulares


e bioquímicas relacionadas à degeneração e depleção de DA por meio da
administração de toxinas específicas (DAUER e PRZEDBORSKI, 2003; BOVÉ,
2005; MEREDITH et al., 2008), que podem ser mensuradas por meio da
avaliação de aspectos comportamentais em roedores (SCHWARTING e
HUSTON, 1996; ALLAIN, 2008).

Além disso, o exercício físico tem sido proposto para amenizar os efeitos
comportamentais e neuroquímicos induzidos pela toxina monoaminérgica 6-

15
hidroxidopamina (6-OHDA) (TILLERSON et al., 2003; MABANDLA et al., 2004;
YOON et al., 2007; MABANDLA et al., 2009; TAJIRI et al., 2010; DUTRA et al.,
2012). Foi demonstrado que o exercício físico aumenta a expressão de fatores
neurotróficos de células gliais (GDNF) (COHEN et al., 2003), apresenta efeito
neuroprotetor (SMITH e ZIGMOND, 2003), contribui para ativação do sistema
dopaminérgico, aumenta a disponibilidade de dopamina no estriado e pode
reverter os déficits comportamentais relacionados ao movimento, ao equilíbrio
e ao desempenho da marcha (HATTORI e NAOI, 1994).

A despeito dos resultados favoráveis, fazem-se necessários estudos que


determinem, por exemplo, o tipo de exercício, se aeróbio ou anaeróbio, o
período para início da prática e a eficácia da associação com outras estratégias
terapêuticas.

Dentro dessa perspectiva, os produtos naturais oriundos de plantas e


animais são comumente utilizados pela população como alternativa de
tratamento das patologias, a própolis brasileira nesse sentido apresenta ação
antioxidante (CABRAL et al., 2009) e antiinflamatória (LÉDON et al., 1997;
TOIT et al., 2009), as quais poderiam reduzir ou retardar a morte neuronal
dopaminérgica. Em consonância com esta hipótese, estudos têm reportado
efeito neuroprotetor de extratos da própolis vermelha, como o flavonóide
pinocembrina e o isoflovanóide (formononetina), inclusive em cultura de
neurônios dopaminérgicos (ZHAO et al., 2002; GUANG e DU, 2006; LIU et al.,
2008). No entanto, não há relatos dos efeitos in vivo da própolis vermelha na
morte neuronal DA.

Pelo acima exposto, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do


exercício de natação e do extrato hidroetanólico da própolis vermelha (EHPV),
isolados ou associados, sobre os parâmetros comportamentais em modelo
experimental da doença de Parkinson pela aplicação de 6-OHDA em ratos.

A dissertação foi organizada em capítulos, de tal forma que


primeiramente é apresentada uma revisão da literatura (capítulo 1), seguida de
dois artigos científicos, o primeiro originado da dissertação (capítulo 2) e o
segundo relacionado (capítulo 3) à mesma.
16
CAPITULO I

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 Doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é a segunda desordem neurodegenerativa


mais frequente entre as pessoas idosas (DE LAU e BRETELER, 2006;
SHAPIRA et al., 2009). Os sintomas clínicos da DP foram descritos pela
primeira vez em 1817 pelo médico James Parkinson no clássico “Ensaio sobre
a paralisia agitante” (SAMII et al., 2004). Seu diagnóstico se baseia na
presença de um conjunto de sinais cardinais motores como rigidez muscular,
bradicinesia (lentidão nos movimentos), acinesia (dificuldade em iniciar o
movimento), tremor em repouso e instabilidade postural (AGUIAR Jr et al.,
2009), além dos sintomas cognitivos característicos, que incluem déficit de
atenção, perda de memória, problemas de depressão e demência (DUBOIS e
PILLON, 1997; LEWIS et al., 2003).

A evolução da DP é progressiva, irreversível e incapacitante (MILLER et


al., 2009). Sua incidência é estimada em 0,3% da população geral (SAMII et
al., 2004; RAO et al., 2006), sendo que 1% da população com idade acima de
65 anos apresentam a doença e este índice aumenta em 5% para indivíduos
com 85 anos idade (ONYANGO, 2008). Raramente a DP pode se manifestar
em pessoas com idade inferior a 21 anos, sendo denominado, nesse caso,
parkinsonismo juvenil (SCHRAG e SCHOTT, 2006). Para Hald e Lotharius
(2005) 90 % dos casos da DP estão relacionados a uma forma idiopática da
doença e de 5 a 10 % dos casos possui um componente genético relacionado
à mesma.

1.2 Fisiopatologia da DP

A descrição neuroquímica da DP foi feita por Hornykiewicz na década de


60 ao demonstrar que há uma progressiva destruição dos neurônios
dopaminérgicos (DA) na parte compacta da substância negra (SNc). Como
estes neurônios contêm neuromelanina, ocorre despigmentação da SNc no
mesencéfalo (GERLACH e RIEDERER, 1996; FAHN, 2003; DAUER e
18
PRZEDBORSKI, 2003). Outra característica neuropatológica nos neurônios DA
é a presença dos corpos de Lewy (CL), caracterizados pela presença de
agregados protéicos que apresentam em sua organização estrutural inclusões
eosinófilicas intracelulares compostas por proteínas como: parkina, ubiquitina,
neurofilamentos e α-sinucleina (MEREDITH et al., 2008).

Estes neurônios DA na SNc compõem uma importante via reguladora


para os núcleos da base (NB), massas nucleares da substância cinzenta, que
compreendem vários núcleos interligados com projeções maiores para o córtex
cerebral, tálamo motor e núcleos do tronco cerebral (WICHMANN e DELONG
2003). As primeiras observações clínicas indicaram que os NB estão
envolvidos no controle e na produção dos movimentos, mas sabe-se
atualmente que estão organizados em diferentes circuitos neurais, que podem
exercer também um papel na formação da memória e do aprendizado (BEDIN
e FERRAZ, 2003; OBESO et al., 2008).

Os NB consistem em quatro núcleos: (1) estriado, (2) globo pálido, (3)


substância negra e (4) núcleo subtalâmico. No telencéfalo, o estriado é
formado pelos núcleos caudado e putâmen, que apesar de separados pela
cápsula interna, formam um único núcleo funcional, além do estriado ventral
(que inclui os núcleos accumbens). O globo pálido localiza-se medialmente ao
putâmen, lateral a cápsula interna e divide-se em segmentos externo (lateral) e
interno (medial). A substância negra (SN) localiza-se na parte superior do
mesencéfalo, dividida em parte compacta (SNc) e reticulada (SNr) e o núcleo
subtalâmico (STN) localiza-se no diencéfalo (OBESO et al., 2002; FUGYAMA,
2009).

O principal aferente excitatório na circuitaria dos NB é o córtex motor


primário, que se conecta com áreas do córtex pré-frontal e pré-motor. Áreas
específicas do córtex enviam informações através de neurônios
glutamatérgicos (Glu) para determinadas partes do corpo estriado (OBESO et
al., 2008). No modelo descrito por Alexander e Crutcher (1990); Wichmann e
Delong (2003) o estriado é o principal núcleo do circuito, através do qual circula
um grande fluxo de informações provenientes do córtex cerebral e que partem
do estriado para outros núcleos. As áreas motoras corticais se projetam para o
19
estriado, estabelecendo conexões sinápticas excitatórias glutamatérgicas com
neurônios Gabaérgicos espinhosos médios. Esses neurônios dão origem a
duas vias de saída para o tálamo, à via direta e indireta.

As vias direta e indireta dos NB atuam como um mecanismo de fino


ajuste no controle do movimento. As duas vias seguem em direção ao globo
pálido de forma distinta. Na via direta, os neurônios que saem do estriado,
liberam o neurotransmissor inibitório ácido gama-aminobutírico (GABA) e o
neuropeptídeo substância P/dinorfina que vão inibir os neurônios Gabaérgicos
localizados no globo pálido interno (GPi) e na parte reticular da substância
negra (SNr), que se projetam ao tálamo, ou seja atua como uma via
facilitadora. Na via indireta, os neurônios Gabaérgicos, contém encefalina/
neurotensina, que ao se projetarem para o segmento do globo pálido externo
(Gpe) e ao serem inibidos, permitem que o núcleo subtalâmico libere o
aminoácido excitatório Glu no Gpi/SNr excitando assim os neurônios
Gabaérgicos que vão inibir os neurônios do tálamo (ALEXANDER e
CRUTCHER 1990; BEDIN e FERRAZ, 2003) (Figura 1), neste caso, a via é
inibidora.

A excitação da via direta por meio do receptor dopaminérgico D 1 pode


inibir atividade de GPi/SNr, desinibindo efeito inibitório sobre o tálamo e o
córtex, o que facilita o início do movimento, enquanto que na via indireta a ação
da dopamina no receptor D2 tem efeito oposto (GALVAN e WICHMANN, 2008),
reduzindo a transmissão na via inibitória. O resultado final é comum, a
facilitação dos movimentos. Em condições normais, durante a execução do
movimento, os neurônios localizados no GPi/SNr, apresentam tanto um
aumento quanto uma diminuição na frequência de seus disparos espontâneos
(ASHKAN, 2004).

20
Figura 1. Modelo simplificado das vias direta e indireta dos núcleos da base. Em a) o
funcionamento em indivíduos normais, em b) o funcionamento em indivíduos com DP. Setas
pretas indicam conexões inibitórias (Gabaérgicas); setas brancas indicam conexões
excitatórias (Glutamatergicas). A mudança na espessura das setas indica a intensidade de
sinal transmitido pela sinapse, mostrando o desequilíbrio provocado pela falta de dopamina.
Abreviações: Substância negra compacta (SNc) e reticulada (SNr); Globo pálido externo (GPe)
e interno (GPi), núcleo subtalâmico (STN), via direta (D1), Via indireta (D2). Fonte: Adaptado de
GALVAN e WICHMANN 2008.

A degeneração de células dopaminérgicas mesencefálicas provoca uma


depleção significativa de dopamina no corpo estriado, levando a disfunção
motora debilitante quando essa redução de neurônios DA é maior que 80%
(DEUMENS et al., 2002; FISKUM et al., 2003). O déficit de DA no estriado leva
principalmente à desinibição da via indireta do circuito gânglios da base. Como
consequência, o STN torna-se hiperativado na DP (PAUL et al., 2004;
CENTONZE et al., 2005; RIZELIO et al., 2010).

1.3 Etiologia

Apesar da etiologia da DP não ser completamente conhecida, a


patogênese da DP começou a ser compreendida com auxílio de modelos
experimentais, estudos post-mortem, através das análises dos cérebros de
pacientes afetados e dos trabalhos em cultura de células (MILLER et al., 2009).

Evidências indicam que a causa da DP seja o resultado de uma cascata


multifatorial de efeitos deletérios (PRZEDBORSKI, 2005; MOSLEY et al.,
2006), no qual o estresse oxidativo através da produção de espécies reativas
de oxigênio, fatores genéticos, toxinas ambientais (exposição a pesticidas,
21
herbicidas e metais pesados), inflamação mediada por células da glia,
excitotoxicidade glutamatérgica, disfunção mitocondrial e apoptose são
discutidos como importantes processos na morte neuronal (DE LAU e
BRETELER, 2006; ONYAGO et al., 2008).

Com relação ao estresse oxidativo, várias reações celulares utilizam o


oxigênio molecular para catálise e produção de energia. Essas reações
produzem espécies reativas de oxigénio, tais como superóxido, peróxido de
hidrogênio, radicais de hidroxila e na presença de óxido nítrico produzem
espécies reativas de nitrogênio (ERN’s) como o peroxinitrito e os radicais nitro-
tirosina (MILLER et al., 2009). Embora as espécies reativas de oxigênio sejam
importantes para execução das funções fisiológicas, a produção excessiva é
prejudicial para as membranas celulares e pode causar a morte celular. Até o
presente momento não existe nenhum mecanismo que esclareça como o
estresse oxidativo possa contribuir para apoptose e ou necrose (LOH et al.,
2006; MILLER et al., 2009).

Evidências têm demonstrado que o estresse oxidativo contribui para


uma cascata de efeitos deletérios nas células levando à degeneração
dopaminérgica na DP (MOSLEY et al., 2006; MILLER, 2009). A teoria inicial
supõe que a combinação de toxinas ambientais age através da inibição da
cadeia respiratória mitocondrial para produzir a perda seletiva de células
dopaminérgicas e corpos de inclusão (GANDHI e WOOD, 2005).

Regiões do cérebro que são ricas em catecolaminas, tais como


adrenalina, noradrelanina e dopamina, são excepcionalmente vulneráveis a
geração de radicais livres (HALD e LOTHARIUS, 2005). Na DP os danos
causados pelo estresse oxidativo interferem na função celular, tornando difícil
determinar se o estresse oxidativo conduz, ou é uma consequência do
processo degenerativo (JENNER, 2003).

A influência do óxido nítrico (NO) bem como da enzima síntese do óxido


nítrico (NOS) na DP tem sido amplamente investigada. O NO é uma molécula
produzida a partir do aminoácido L-arginina e funciona como um
neurotransmissor quando sintetizado pela NOS (GOMES et al., 2008; SALUM
22
et al., 2008). O NO desempenha um papel importante em uma variedade de
processos fisiológicos no corpo humano desde que foi identificado como uma
molécula sinalizadora (ZHANG et al., 2006).

Segundo ZHANG et al., (2006) os mecanismos moleculares da NO não


são completamente compreendidos. O NO tem sito associado à liberação e
absorção de neurotransmissores, em particular a dopamina (WEST et al.,
2002), o que sugere que o NO possa ter um papel no controle do
comportamento motor. Há evidências que o NO esteja associado à lesão
neuronal, danos cerebrais por mediação da excitotoxicidade (DUNCAN e
HEALES, 2005), danos ao DNA e modificações de proteínas, os quais podem
promover mecanismos patogênicos envolvidos em processos
neurodegenerativos (ZHANG et al., 2006), além de desempenhar tanto um
papel neurotóxico como neuroprotetor (GUIX et al., 2005; BERNSTEIN et al.,
2005).

Gomes e De Bel, (2003) demonstraram que ocorre um aumento da


síntese de NO após lesão induzida por 6-OHDA e que a inibição da enzima
NOS pode proteger os neurônios DA (GOMES et al., 2008). Dados
semelhantes foram encontrados por outros autores: inibidores da NOS
mostraram proteção contra a ação da 6-OHDA e do MPTP (HANTRAYE et al.,
1996, BARTHWAL et al., 2001; SINGH et al., 2005; DI MATTEO et al., 2006;
WATANABE et al., 2008; HAIK et al., 2008; DI MATTEO et al., 2009,).

1.4 Tratamento

Os tratamentos disponíveis para a DP são sintomáticos e não existe


nenhuma terapia disponível que possa reverter à progressão da doença,
regenerar ou restaurar a morte neuronal. Contudo, os sintomas podem ser
controlados com a administração de drogas que têm por objetivo aumentar os
níveis de DA no encéfalo ou imitar os efeitos desse neurotransmissor (SINGH
et al., 2007). As estratégias utilizadas para o tratamento da DP baseiam-se em
terapias de reposição dopaminérgica (incluindo aquelas que visam gerir ou
prevenir o aparecimento de complicações motoras), na identificação de drogas
23
não dopaminérgicas e na descorta de compostos para modificar o curso da
doença (SHAPIRA et al., 2006).

O tratamento medicamentoso para DP foi introduzido no final da década


de 1960, por George Cotzias, com o uso do precursor da dopamina 3,4-
dihidroxifenilalanina (Levodopa ou L – dopa), substância precursora da
dopamina (HOWELL et al., 2005), e permanece até os dias atuais como a
droga mais utilizada no tratamento sintomático da DP (SAMADI et al., 2006).
Embora a L - dopa seja considerada a droga mais efetiva para o controle dos
sintomas motores, o uso prolongado leva ao aparecimento de complicações
que envolvem discinesias (movimentos involuntários anormais) e flutuações
motoras “on-off” (oscilações no desempenho de movimentos), as quais
contribuem às alterações motoras dos pacientes nos estágios avançados da
DP (OBESO et al., 2000).

No início do tratamento os pacientes com DP recebem dose baixas para


minimizar os efeitos colaterais do medicamento (MERCURI e BERNARDI,
2005), mas é necessário aumentar L – dopa após o prazo inicial de 5 anos
(DAUER e PRZEDBORSKI, 2003). Além desses problemas pode ocorrer
disfunção autonômica, congelamento da marcha, desequilíbrio e complicações
neuropsiquiátricas em cerca de 40% dos pacientes (JENNER, 2008).

Segundo Rao et al., (2006) o L –dopa é eficaz no controle bradicinesia e


na rigidez. No entanto, no que diz respeito à fala, ao reflexo postural e às
alterações na marcha, a medicação é menos propensa a responder. A L-dopa
é administrada junto com a carbidopa para evitar a conversão periférica de L-
dopa em dopamina pela dopa-descarboxilase, aumentando assim o conteúdo
de DA cerebral.

Após a administração do L - dopa por via oral apenas uma pequena


porção da dose entra no SNC inalterada. Assim, é necessária uma dose
elevada para obter o efeito desejado, consequentemente, ocorrem alguns
efeitos colaterais como náuseas, vômitos, arritmias cardíacas, agitação,
insônia, ansiedade e depressão estão associadas ao uso do L-dopa
(FORZESE, 1997).

24
Conforme Shapira et al., (2009) o L-dopa pode ter um efeito tóxico em
modelos in vitro de cultura de células. Em contraste com os dados in vitro, há
pouca ou nenhuma evidência de toxicidade para os neurônios de DA
provocada pela L-dopa em modelos in vivo (MYTILINEOU et al., 2003). Por
exemplo, a administração de grandes quantidades de L-dopa em animais não
resultou em dano oxidativo ou degeneração das células da substância negra
(FERRARIO et al., 2004) e alguns têm mostrado efeito no fator de crescimento
(MENA et al., 1997).

Além da L–dopa, outras drogas são incluídas no tratamento da DP como


agonistas de receptores de DA, selegilina, amantadina, inibidores da catecol-O-
metiltransferase (COMT) e anticolinérgicos (SINGH, 2007). Entretanto,
nenhuma delas, pode reverter ou impedir a morte neuronal. Outras
possibilidades envolvem tratamento cirúrgico e a estimulação cerebral profunda
que geralmente são utilizados em casos graves, quando o tratamento
medicamentoso não tem mais o efeito esperado (WEINER, 2004; RAJPUT e
RAJPUT, 2006). O neurotransplante é alvo de pesquisas avançadas, entretanto
requer mais estudos, pois há dúvidas se o tecido embrionário pode constituir
uma boa fonte de dopamina (TEIXEIRA, 2004).

As neurocirurgias são técnicas muito caras e invasivas acarretando


riscos e só são indicadas para um número pequeno de pacientes que já
realizaram vários tipos de tratamento (SIDEROWF e STERN, 2003). Portanto,
se faz necessário a busca não somente por uma melhor compreensão da
doença, mas também por novas e eficazes estratégias de tratamento.

1.5 Exercício Físico

Embora não exista um tratamento comum que reduza a incidência da


DP, o exercício físico pode retardar sua progressão, principalmente no que diz
respeito à rigidez muscular e lentidão dos movimentos (SCANDALIS et al.,
2001; KWAKKEL et al., 2007). Estudos têm sugerido que o exercício físico
melhora o desempenho motor (SUNVISSON et al., 1997), a capacidade
cognitiva (HURWITZ, 1989) e atividade diária (MIYAI et al., 2000), além de
25
reduzir a incidência e a mortalidade na DP (KURODA, 1992; CHEN et al.,
2005).

A prática regular de exercício físico traz para os portadores da DP uma


melhora nos aspectos motores, psicológicos e sociais. Comelia et al (1994)
sugerem que a inaptidão em pacientes com DP podem melhorar com a prática
regular de um programa de reabilitação física, sendo realizada periodicamente.
Segundo Hauser e Zesiewicz (2001), para que as atividades possam alcançar
resultados, é importante introduzir atividades em que haja adesão e
continuidade nos programas de exercícios físicos.

Estudos experimentais sugerem que o exercício físico contribui também


para ativação do sistema dopaminérgico e aumenta a disponibilidade de
dopamina no estriado (HATTORI e NAOI, 1994). Segundo Dobrossy e Dunnett
(2003) o exercíco físico melhora a recuperação funcional após dano estriatal e
estimula síntese de dopamina no estriado de ratos epilépticos (SUTOO e
AKIYAMA, 2003). Estudos recentes indicam que a melhora induzida pelo
exercício físico está relacionada a modificações na estrutura e função dos
neurônios. ZIGMOUND et al., (2009) relataram aumento na expressão do fator
de crescimento derivado da glia (GDNF) que pode ter importante papel
neurotrófico (crescimento neuronal: regeneração dos axônios). Avila et al.,
(2010) encontraram modificações no padrão de atividade elétrica dos neurônios
de ratos com lesão da via nigroestriatal submetidos ao exercício físico.

O exercício físico ameniza déficits comportamentais e neuroquímicos


induzidos por 6-OHDA (TILLERSON et al., 2003; MABANDLA et al., 2004;
YOON et al., 2007; MABANDLA et al., 2009; TAJIRI et al., 2010; DUTRA et al.,
2012). O exercício físico aumenta a expressão de GDNF (COHEN et al., 2003;
SMITH e ZIGMOND, 2003), fatores que estimula o crescimento de axônios e
proliferação de neurônios (ZIGMOND et al., 2009). Faherty et al., (2005)
demonstraram que o exercício exerce um efeito protetor contra morte neuronal
celular na substância negra induzida pela aplicação do 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-
Tetrahidropiridina (MPTP) em camundongos.

26
Mesmo considerando os resultados favoráveis, clínicos e pré-clínicos,
pela utilização do exercício físico na DP, fazem-se necessários estudos que
determinem, por exemplo, o tipo de exercício físico, se aeróbio ou de
anaeróbio, o período para início da prática e a eficácia da associação com
outras estratégias terapêuticas.

1.6 Utilização de produtos naturais aplicada à saúde

Os primeiros relatos de utilização de produtos naturais como remédios


para o tratamento de diversas patologias pela humanidade datam de
aproximadamente 3.000 a.C. (KO, 1999; MACIEL et al., 2002). De acordo com
a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 80% da população mundial
depende essencialmente das plantas medicinais para os cuidados primários
com a saúde (CALIXTO, 2000). Por milhares de anos, foi através da
observação e experimentação que determinadas propriedades terapêuticas de
plantas foram descobertas e passadas de geração a geração, transformando-
se em cultura popular (TUROLLA e NASCIMENTO, 2006).

As pesquisas envolvendo produtos os naturais cresceu


exponencialmente em todo o mundo graças aos avanços tecnológicos que
tornaram possível conhecer suas atividades farmacológicas e toxicológicas e
isolar seus princípios ativos. Um exemplo clássico, que marca o início deste
processo, foi à obtenção da morfina, isolado da Papaver somniferum em 1803
pelo farmacêutico Friedrich Wilhelm Adam Serturner. A partir de então, outras
substâncias foram isoladas, como a quinina, quinidina, a atropina e a digoxina
(BIN et al., 2007). Estudos demonstraram que alguns produtos naturais como
ginkgo biloba, Panax ginseng, Hypericum perforatum (usado como
antidepressivo) e a própolis (produzida por abelhas Apis mellifera) – possuem
propriedades biológicas que podem auxiliar no tratamento de doenças
cardiovasculares, câncer, hipertensão arterial, diabetes mellitus dentre outros
(CALIXTO, 2000; CASTRO et al., 2007).

Embora ainda sem atuação destacada no mercado mundial de produtos


naturais (YUNES et al., 2001), o Brasil é um país que detém grande
27
biodiversidade, a qual vem despertando o interesse da comunidade científica
internacional com vistas ao estudo, conservação, utilização racional desses
recursos e desenvolvimento da indústria farmacêutica (SOUZA e FELFILLI,
2006; BIN et al., 2007).

A regulamentação e legislação com relação às mudanças de oferta e


disponibilidade dos medicamentos naturais dependem de cada país, levando-
se em consideração os aspectos etnofarmacológicos e os aspectos de eficácia
e segurança, quando comprovada. Na Argentina, por exemplo, a
comercialização de produtos naturais é controlada e todas as plantas
medicinais são registradas, enquanto no Canadá a regulamentação é baseada
no uso tradicional e validada pelos estudos científicos realizados (CALIXTO,
2000).

No Brasil, cabe ao Estado formular e executar as políticas econômicas e


sociais, que visem estabelecer o acesso universal da população aos
medicamentos considerados essenciais, com segurança, eficácia e qualidade
(DIAS e LIEBER, 2006). Em 04 de maio de 1994, o Ministério da Saúde
instituiu a Portaria 971, anunciando que a fitoterapia poderia ser adicionada ao
Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa portaria o governo visava garantir o
acesso a terapias alternativas aos seus usuários. Desde 1995, com a Portaria
de n. 6, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) vem elaborando
normas para a regulamentação dos medicamentos fitoterápicos (BRASIL,
2006).

Com relação à DP, os produtos naturais e seus princípios ativos têm se


mostrado eficazes na prevenção da doença em humanos (GAO et al., 2012) e
na neuroproteção ante a degeneração DA em animais e cultura de células
(JADIYA et al., 2011; LI et al., 2011; KIM et al., 2011; LI e PU, 2011; HU et al.,
2011: KIM et al., 2011; CHOI et al., 2011; SENGUPTA et al., 2011; SONG et
al., 2012), conforme revisado por CAMPOS et al., (2011) o efeito neuroprotetor
após lesão induzida por 6-OHDA em ratos foi demonstrada, após
administração de extrato aquoso de rizoma de Cyperus rotundus L. (LEE et al.,
2010) das folhas de Pueraria lobata (ZHU et al., 2010) e do extrato etanólico de
Gynostemma pentaphyllum (CHOI et al., 2010).
28
1.7 Própolis

A própolis é um produto natural que tem sido empregado na medicina


popular há séculos. Sua utilização já era descrita pelos assírios, gregos,
romanos, incas e egípcios (PEREIRA et al.,2002). No Egito era utilizada para
embalsamar os mortos (“cera negra”), na África do Sul no período da guerra
era vista como cicatrizante (MARCUCCI, 1996). A própolis é uma mistura
complexa, formada por material resinoso e balsâmico de consistência viscosa,
produzida biogeneticamente pelas abelhas do gênero Apis mellifera a partir de
diversas partes das plantas como brotos, ramos, botões florais e exsudatos
resinosos (SILVA, 2006).

O termo própolis é de origem grega pro (em defesa de), polis (cidade), o
que significa: “em defesa da cidade ou da colméia” (BANKOVA, 2000). Na
colônia as abelhas utilizam a própolis para esterilização, impermeabilização,
isolamento térmico, vedação e tratamento anti-séptico evitando assim, a
contaminação por animais invasores (MARCUCI, 1996; MARCUCCI, 2001;
LONGHINI, 2007).

As amostras tropicais de própolis, em particular as espécies encontradas


no Brasil, apresentam diferenças em sua composição química e atividade
farmacológica, que pode variar de acordo com a sazonalidade regional, o que
pode influenciar sua atividade biológica (BANKOVA et al., 2000; SFORCIN et
al., 2000; CASTRO et al., 2009). Sua coloração pode variar do marrom escuro
passando a uma tonalidade esverdeada até o marrom avermelhado (LOTFLY,
2006; INOUE et al., 2007).

A própolis sob a forma de extratos hidroetanólicos tem sido usada por


demonstrar atividade antimicrobiana (PARK et al., 1998), antiinflamatória
(LÉDON, 1997), cicatrizante, anestésica e antioxidante (GECKIL et al., 2005).
Cavalcanti et al., (2011) demonstraram que componentes hidrossolúveis da
própolis verde, os flavonóides, apresentaram atividade antitumoral contra a
carcinogênese quimicamente induzida por 9,10-Dimetil-1,2-Benzantraceno
(DMBA) em língua, diminuindo as alterações das displasias observadas na
29
mucosa oral de ratos. Conforme Park et al., (1998) a própolis pode ser
encontrada comercialmente em produtos farmacêuticos, cosméticos e
alimentícios como comprimidos, pomadas, goma de mascar, pós, loções anti-
sépticas, creme dental e tintura.

Entre os 300 compostos químicos identificados e/ ou caracterizados da


própolis responsáveis pelas atividades citadas anteriormente destacam-se os
ácidos aromáticos, ácidos graxos, fenóis (MARCUCCI et al., 2001), óleos
essenciais, triterpenóides, esteróides, aminoácidos, cetonas, aldeídos,
terpenóides (GECKIL et al., 2005), fenilpropanóides (como os ácidos caféico e
clorogênico) (LUSTOSA et al., 2008) e os flavonóides como a quercetina,
pinocembrina e kaempferol, compostos fenólicos provenientes de plantas
(BEECHER, 2003; BARBOSA, 2009). Também foram identificados elementos
inorgânicos como o cobre, manganês, cálcio, alumínio, silício, zinco, cromo
(MARCUCCI, 1996), além de proteínas, vitaminas (A, B1, B2, B6, C, E)
(MENEZES, 2005).

Dentre esses grupos de compostos, o dos flavonóides tem sido foco de


estudo dos pesquisadores (LUSTOSA et al., 2008). Os flavonóides apresentam
atividade antimicrobiana, antioxidante e moduladora do sistema imune
(WILLIAMS et al., 2004). Silva et al., (2006) sugerem que os flavonóides
desempenham importante papel na atividade antioxidante de extratos de
própolis brasileira, mas outros fatores poderiam estar envolvidos. Embora
estudos com extratos etanólicos de própolis sejam mais comuns, é relatado
que o extrato aquoso possui uma boa atividade antioxidante, associada ao alto
teor de compostos fenólicos (MANI et al., 2006). O ácido fenil-éster cafeico
(CAPE), um dos componentes bioativos da própolis, apresenta atividade
anticancerígena (MARCUCI et al., 2001; MENEZES, 2005). Adicionalmente,
trabalhos recentes mostraram ações da própolis e seus princípios ativos no
sistema nervoso central, em estudos pré-clínicos.

NEWARIRY et al., (2009) encontraram diminuição da peroxidação


lipídica induzida por alumínio. O CAPE, foi capaz de prevenir a neurotoxicidade
causada por glutamato (KWON et al., 2004; WEI et al., 2008). Ratos tratados
com este mesmo composto antioxidante apresentaram melhora frente ao
30
infarto cerebral produzido por isquemia focal (TSAI et al., 2006) e frente ao
estresse oxidativo induzido por encefalomielite alérgica (ILHAN et al., 2004).
Derivados do CAPE também mostraram proteção mediada por efeito
antioxidante no prosencéfalo de ratos submetidos a dano de retina induzido
pelo estresse oxidativo (NAKAJIMA et al., 2007). A pinocembrina, um dos
flavonóides encontrados em alta concentração na própolis, pode proteger da
oxidação e apoptose decorrentes da isquemia (GUANG e DU, 2006; LIU et al.,
2008). O CAPE apresentou ainda habilidade em prevenir o estresse
inflamatório em culturas de células hipocampais (MONTPIED et al., 2003). Um
estudo realizado por Noelker et al., (2005) com cultura de neurônios
cerebelares evidenciou que o CAPE apresentou efeito protetor diante ação da
toxina 6-OHDA. Kasai et al., (2011) realizaram hemissecção da medula
espinhal de ratos e observaram aumento significativo no desempenho e a
aceleração da recuperação funcional, em função do tempo, nos animais que
receberam extrato etanólico da própolis chinesa.

1.8 Própolis Vermelha

Na última década, a própolis tem sido objeto de numerosos estudos


farmacológicos (SILVA et al., 2007). No Brasil, são descritas propriedades
biológicas e composição química distinta para diferentes amostras coletadas
em diferentes partes do país. Essa variação é facilmente explicada pela grande
biodiversidade brasileira (NUNES et al., 2009). A própolis vermelha é
encontrada em colméias localizadas em regiões litorâneas do nordeste
brasileiro (SOUSA, 2007; DAUGSCH et al., 2008).

A própolis vermelha é reportada como sendo típica de Cuba e


Venezuela, onde as origens botânicas foram identificadas como Clusia
nemorosa (Clusiaceae) e Clusia scrobiculata, respectivamente (TRUSHEVA et
al., 2006; PICCINELLI et al., 2011). A própolis Mexicana em parte por ser
derivada da Dalbergia sp., parece ter a mesma origem botânica da própolis
brasileira a Dalbergia ecastophyllum que é popularmente conhecida como
rabo-de-bugio, encontrada nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia,
31
Pernambuco e Paraíba (SILVA et al., 2008; DAUGSCH et al. 2007; LOTTI et
al., 2010; SFORCIN et al., 2011). Esta própolis, denominada de “própolis
vermelha” foi classificada como o 13° tipo de própolis Brasileira, por possuir
uma coloração vermelha intensa e sua composição química diferir dos 12 tipos
de própolis brasileira apresentada por Park et al., (2002). De acordo com Silva
et al., (2008) apenas dois flavonóides (quercetina e crisina) e um ácido fenólico
(ácido ferulico) foram identificados como padrão nas amostras de própolis de
vermelha.

Segundo Alencar et al., (2007), a própolis vermelha brasileira possui


novos compostos bioativos nunca antes encontrados nos produtos já
estudados. De acordo com a origem botânica, apenas 3 tipos de própolis foram
identificadas (DAUGSCH et al., 2008). A própolis tipo 3 (Sul), 6 (nordeste) e 12
(sudeste) que demonstraram ser provenientes de resinas de Populus sp.,
Hyptis divaricata e Baccharis dracunculifolia respectivamente (TRUSHEVA et
al., 2006). Righi et al., (2011) publicaram novas substâncias exclusivamente
encontradas na própolis proveniente de Alagoas, o 3,4,2',3'-tetraidroxicalcona e
C-glicosideo flavona, que possui atividade antioxidante e antimicrobiana.

Franchi et al. (2012) realizaram uma comparação entre a citotoxicidade


das variedades verde e vermelha de própolis brasileira em linhagens de células
leucêmicas no qual os resultados mostraram que a própolis vermelha foi mais
citotóxica. Os autores sugeriram a possibilidade da utilização de componentes
da própolis vermelha no tratamento do câncer. Siqueira et al., (2009) também
compararam a ação de extratos etanólicos de própolis verde e vermelha quanto
à sua atividade antifúngica e observaram que o extrato de própolis vermelha foi
mais efetivo.

A própolis vermelha demonstrou possuir atividade antioxidante e


antimicrobiana em estudos in vitro (ALENCAR et al., 2007). Lio et al., (2010)
reportaram que o extrato etanólico da própolis vermelha modifica a
diferenciação de adipócitos e poderia ser utilizado no tratamento da obesidade.
Recentemente, Lio et al. (2012) demonstraram que extrato etanólico interfere
com a homesostase do colesterol podendo ser benéfico na terapia e prevenção
da arteriosclerose. Daleprane et al., (2011 e 2012) realizaram estudos in vivo e
32
in vitro, os quais mostraram que polifenóis da própolis vermelha reduzem
lesões arterioscleróticas, por meio de ação anti-angiogênica e antiinflamatória.
Albuquerque-Junior et al., (2009) demonstraram que a incorporação da própolis
vermelha em filme a base de colágeno bovino tipo I foi capaz de melhorar a
cicatrização de feridas realizadas no dorso de ratos, provavelmente por
modulação dinâmica do processo de evolução inflamatória e deposição de
colágeno.

Cabral et al., (2009), demonstraram que a própolis vermelha possui alta


atividade antioxidante e antibacteriana e as sub-frações obtidas são mais ativas
biologicamente que o extrato bruto. Pelo acima exposto, observa-se que a
despeito de suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias e das ações
neuroprotetoras descritas para os flavonóides presentes na própolis vermelha,
não há estudos mostrando os efeitos da administração de tratamentos com
própolis vermelha no Parkinson experimental.

1.9 Referências

AGUIAR Jr, AS.; ARAÚJO, AL.; Da-CUNHA, TR.; SPEACK, AE.; IGNÁCIO,
ZM.; MELO, N.; PREDIGER, RDS. Physical exercise improves motor and short-
term social memory déficits in reserpinized rats. Brain research Bulletiin, 79(6),
p.452-457, 2009.

ALBUQUERQUE-JÚNIOR, RLC.; BARRETO, ALS.; PIRES, JA.; REIS, FP.;


LIMA, SO.; RIBEIRO, MAG.; CARDOSO, JC. Effect of Bovine Type-I Collagen-
Based Films Containing Red Propolis on Dermal Wound Healing in Rodent
Model. International Journal of Morphology, 27 (4), p. 1105-1110, 2009.

ALENCAR, SM.; OLDONI, TL.; CASTRO, ML.; CABRAL, IS.; COSTA-NETO,


CM.; CURY, JA.; ROSALEN, PL.; IKEGAKI, M. Chemical composition and
biological activity of a new type of Brazilian propolis: red propolis. Journal of
Ethnopharmacology, 113 (2), p.278-283, 2007.

33
ALEXANDER, GE.; CRUTCHER, MD. Functional architecture of basal ganglia
circuits: neural substrates of parallel processing. Trends in Neurosciences, 13
(7), p.266-271, 1990.

ALLAIN, H.; BENTUÉ-FERRER, D.; AKWA, Y. Disease-modifying drugs and


Parkinson’s disease. Progress in Neurobiology, 84 (1), p. 25-39, 2008.

ASHKAN, K.; WALLACE, B.; BELL, BA.; BENABID, AL. Deep brain stimulation
of the subthalamic nucleus in Parkinson's disease 1993-2003: where are we 10
years on? British Journal of Neurosurgery, 18 (1), p.19-34, 2004.

AVILA, I.; PARR-BROWNLIE, LC.; BRAZHNIK, E.; CASTAÑEDA, E.;


BERGSTROM, DA.; WALTERS, JR. Beta frequency synchronization in basal
ganglia output during rest and walk in a hemiparkinsonian rat. Experimental
Neurology, 221 (2), p.307-319, 2010.

BANKOVA, VB.; DE CASTRO, SL.; MARCUCCI, MC. Propolis: recent


advances in chemistry and plant origin. Apidologie, 31 (1), p. 3–15, 2000.

BARBOSA, MH.; ZUFFI, FB.; MARUXO, HB.; JORGE, LLR. Ação terapêutica
da própolis em lesões cutâneas. Acta Paulista de Enfermagem, 22 (3), p. 318-
322, 2009.

BARTELS, AL.; LEENDERS, KL. Parkinson’s disease: The syndrome, the


pathogenesis and pathophysiology. Cortex, 45 (8), p. 915-921, 2009.

BARTHWAL, MK.; SRIVASTAVA, N.; DIKSHIT, M. Role of nitric oxide in a


progressive neurodegeneration model of Parkinson's disease in the rat. Redox
Report, 6 (5), p. 297–302, 2001.

BEDIN, S.; FERRAZ, AC. Organização Funcional dos Circuitos dos Núcleos da
Base Afetados na Doença de Parkinson e na Discinesia Induzida pela
Levodopa. Saúde em Revista, 5 (9), p.77-88, 2003.

BEECHER, GR. Overview of dietary flavonoids: nomenclature, occurrence and


intake. Journal of Nutrition, 133 (10), p. 3248-3254, 2003.

34
BERNSTEIN, HG.; BOGERTS, B.; KEILHOFF, G. The many faces of nitric
oxide in schizophrenia. A review. Schizophrenia Research, 78 (1), p. 69-86,
2005.

BIN, MC.; SILVA, M.; YUZURI, A.; FRANCO, M.; BASSO, S. Conhecimento
sobre utilização de plantas medicinais por pacientes do sistema único de saúde
de Fátima do Sul – MS. Interbio, 1, p.4-12, 2007.

BOVÉ, J.; PROU, D.; PERIER, C.; PRZEDBORSKI, S. Toxin-Induced Models of


Parkinson's Disease. NeuroRx, 2(3), p.484–494, 2005.

BRASIL. Diário Oficial da União. Portaria 971, de 4 de maio de 2006.


Disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/legislacao/portaria971_03_05_06.pdf. -acesso
em 08/04/2010.

CABRAL, ISR.; OLDONI, TLC.; PRADO, A.; BEZERRA, RMN.; ALENCAR,


SM.; IKEGAKI, M.; ROSALEN, PL. Composição fenólica, atividade
antibacteriana e antioxidante da própolis vermelha brasileira. Quimica Nova, 32
(6), 1523-1527, 2009.

CALIXTO, JB. Efficacy, safety, quality control, marketing and regulatory


guidelines for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Brazilian Journal of
Medical and biological Research, 33 (2), p.179-189, 2000.

CAMPOS, HC.; DA ROCHA, MD.; VIEGAS, FP.; NICASTRO, PC.;


FOSSALUZZA, PC.; FRAGA, CA.; BARREIRO, EJ.; VIEGAS, C Jr. The role of
natural products in the discovery of new drug candidates for the treatment of
neurodegenerative disorders I: Parkinson's disease. CNS & Neurological
Disorders Drugs Targets, 10 (2), p.239-250, 2011.

CASTRO, ML.; CURY, JA.; ROSALEN, PL.; ALENCAR, SM.; IKEGAKI, M.;
DUARTE, S.; KOO, H. Própolis do sudeste e nordeste do Brasil: influência da
sazonalidade na atividade antibacteriana e composição fenólica. Quimica Nova,
30 (7), p. 1512-1516, 2007.

35
CASTRO, ML.; NASCIMENTO, AM.; IKEGAKI, M.; COSTA-NETO, CM.;
ALENCAR, SM.; ROSALEN, PL. Identification of a bioactive compound isolated
from Brazilian propolis type 6. Bioorganic & Medicinal Chemistry, 17 (14),
p.5332-5335, 2009.

CAVALCANTE, DRR.; OLIVEIRA, OS.; GÓIS, SM.; SOARES, AF.; CARDOSO,


JC.; PADILHA, FF.; ALBUQUERQUE JÚNIOR, RLC. Effect of green propolis on
oral epithelial dysplasia in rats. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 77 (3),
p. 278-284, 2011.

CENTONZE, D.; GUBELLINI, P.; ROSSI, S.; PICCONI, B.; PISANI, A.;
BERNARDI, G.; CALABRESI, P.; BAUNEZ, C. Subthalamic nucleus lesion
reverses motor abnormalities and striatal glutamatergic overactivity in
experimental parkinsonism. Neuroscience, 133 (3), p. 831-840, 2005.

CHEN, H.; ZHANG, SM.; SCHWARZSCHILD, MA.; HERNÁN, MA.;


ASCHERIO, A. Physical activity and the risk of Parkinson disease. Neurology,
64 (4), p.664-649, 2005.

CHOI, HS.; PARK, MS.; KIM, SH.; HWANG, BY.; LEE, CK.; LEE, MK.
Neuroprotective effects of herbal ethanol extracts from Gynostemma
pentaphyllum in the 6-hydroxydopamine-lesioned rat model of Parkinson's
disease. Molecules, 15 (4), p.2814-2824, 2010.

CHOI, JG.; KIM, HG.; KIM, MC.; YANG, WM.; HUH, Y.; KIM, SY.; OH, MS.
Polygalae radix inhibits toxin-induced neuronal death in the Parkinson's disease
models. Journal of Ethnopharmacology, 134 (2), p.414-421, 2011.

COHEN, AD.; TILLERSON, JL.; SMITH, AD.; SCHALLERT, T.; ZIGMOND, MJ.
Neuroprotective effects of prior limb use in 6-hydroxydopamine-treated rats:
possible role of GDNF. Journal of Neurochemistry, 85 (2), p.299-305, 2003.

COMELLA, CL.; STEBBINS, GT.; BROWN-TOMS N.; GOETZ CG. Physical


therapy and Parkinson’s disease: a controlled clinical trial. Neurology, 44 (3),
p.376-378, 1994.

36
DALEPRANE, JB.; DA SILVA FREITAS, V.; PACHECO, A.; RUDNICKI, M.;
FAINE, LA.; DÖRR, FA.; IKEGAKI, M.; SALAZAR, LA.; ONG, TP.; ABDALLA,
DS. Anti-atherogenic and anti-angiogenic activities of polyphenols from propolis.
Journal of Nutritional Biochemistry, 23 (6), p. 557-566, 2011.

DALEPRANE, JB.; SCHMID, T.; DEHNE, N.; RUDNICKI, M.; MENRAD, H.;
GEIS, T.; IKEGAKI, M.; ONG, TP.; BRÜNE, B.; ABDALLA, DS. Suppression of
hypoxia-inducible factor-1α contributes to the antiangiogenic activity of red
propolis polyphenols in human endothelial cells. Journal of Nutrition, 142 (3), p.
441-447, 2012.

DAUER, W.; PRZEDBORSKI, S. Parkinson’s Disease: Mechanisms and


Models. Neuron, 39(6), p. 889-909, 2003.

DAUGSCH, A.; MORAES, CS.; FORT, P.; PARK, YK. Brazilian Red Propolis -
Chemical Composition and Botanical Origin. Evidence-based Complementary
and Alternative Medicine, 5 (4), p. 435-441, 2007.

DE LAU, LM.; BRETELER, MM. Epidemiology of Parkinson's disease. Lancet


Neurology, 5 (6), p.525-535, 2006.

DEUMENS, R.; BLOKLAND, A.; PRICKAERTS, J. Modeling Parkinson´S


disease in rats: an evaluation of 6-OHDA lesions of the nigrostriatal pathway,
Experimental Neurology, 175 (2), p.303-317, 2002.

DI MATTEO, V.; BENIGNO, A.; PIERUCCI, M.; GIULIANO, DA.;


CRESCIMANNO, G.; ESPOSITO, E.; DI GIOVANNI, G. 7-nitroindazole protects
striatal dopaminergic neurons against MPP+-induced degeneration: an in vivo
microdialysis study. Annals of the New York Academy of Sciences, 1089,
p.462–471, 2006.

DI MATTEO, V.; PIERUCCI, M.; BENIGNO, A.; CRESCIMANNO, G.;


ESPOSITO, E.; DI GIOVANNI, G. Involvement of nitric oxide in nigrostriatal
dopaminergic system degeneration: a neurochemical study. Annals of the New
York Academy of Sciences, 1155, p.309-315, 2009.

37
DIAS, CRC.; ROMANO-LIEBER, NS. Processo da implantação da política de
medicamentos genéricos no Brasil. Caderno de Saúde Pública, 22 (8), p.1661-
1669, 2006.

DOBROSSY, MD.; DUNNETT, SB. Motor training effects on recovery of


function after striatal lesions and striatal grafts. Experimental Neurology, 184
(1), p.274-284, 2003.

DUBOIS, B; PILLON, B. Cognitive deficits in Parkinson’s disease, Journal of


Neurology, 244 (1), p.2–8, 1997.

DUNCAN, AJ.; HEALES, SJ. Nitric oxide and neurological disorders. Molecular
Aspects of Medicine, 26 (1-2), p.67-96, 2005.

DUTRA, MF.; JAEGER, M.; IIHA, J.; KALIL-GASPAR, PI.; MARCUZZO, S.;
ACHAVAL, M. Exercise improves motor deficits and alters striatal GFAP
expression in a 6-OHDA-induced rat model of Parkinson’s disease.
Neurological Sciences, x (x), x-x, 2012.

ERIKSON, JL.; WSZOLEK, Z.; PETRUCELLI, L. Molecular Pathogenesis of


Parkinson Disease. Archives of Neurology, 62 (3), p. 353-357, 2005.

FAHERTY, CJ.; RAVIIE SHEPHERD, K.; HERASIMTSCHUK, A.; SMEYNE,


RJ. Environmental enrichment in adulthood eliminates neuronal death in
experimental Parkinsonism. Brain Research Molecular Brain Research, 134 (1),
p.170-179, 2005.

FAHN, S. Description of Parkinson's disease as a clinical syndrome. Annals of


the New York Academy of Sciences, 991, p. 1-14, 2003.

FERRARIO, JE.; TARAVINI, IR.; MOURLEVAT, S.; STEFANO, A.; DELFINO,


MA.; RAISMAN-VOZARI, R.; MURER, MG.; RUBERG, M.; GERSHANIK, O.
Differential gene expression induced by chronic levodopa treatment in the
striatum of rats with lesions of the nigrostriatal system. Journal of
Neurochemistry, 90 (6),p.1348-1358, 2004.

FISKUM, G.; STARKOV, A.; POLSTER, BM.; Chinopoulos, C. Mitochondrial


mechanisms of neural cell death and neuroprotective interventions in
38
Parkinson's disease. Annals of the New York Academy of Sciences, 991, p.111-
119, 2003.

FORZESE, D. Managing common adverse effects of levodopa. Consult


Pharmacy, 12, p.400–412, 1997.

FRANCHI-JUNIOR, GC.; MORAES, CS.; TORETI, VC.; DAUGSCH, A.;


NOWILL, AE.; PARK, YK. Comparison of effects of the ethanolic extracts of
brazilian propolis on human leukemic cells as assessed with the MTT assay.
Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, 2012, p. 918-956,
2012. .

FUJIYAMA, F. Anatomical connections of the basal ganglia. Brain and Nerve,


61 (4), p.341-349, 2009.

GALVAN, A.; WICHMANN, T. Pathophysiology of Parkinsonism. Clinical


Neurophysiology, 119 (7), p. 1459-1474, 2008.

GANDHI, S.; WOOD, NW. Molecular pathogenesis of Parkinson’s disease.


Human Molecular Genetics, 14 (18), p. 2749–2755, 2005.

GAO, X.; CASSIDY, A.; SCHWARZSCHILD, MA.; RIMM, EB.; ASCHERIO, A.


Habitual intake of dietary flavonoids and risk of Parkinson disease. Neurology,
79 (9), p.1138-1145, 2012.

GECKIL, H.; ATES, B.; DURMAZ, G.; ERDOGAN, S.; YILMAZ, I. Antioxidant,
Free Radical Scavenging and Metal Chelating Characteristics of Propolis.
American Journal of Biochemistry and biotechnology, 1(1), P. 27-31, 2005.

GERLACH, M.; RIEDERER, P. Animal models of Parkinson's disease: an


empirical comparison with the phenomenology of the disease in man. Journal of
Neural Transmission, 103 (8-9), p.987-1041, 1996.

GOMES, MZ.; DEL BEL, EA. Effects of electrolytic and 6-hydroxydopamine


lesions of rat nigrostriatal pathway on nitric oxide synthase and nicotinamide
adenine dinucleotide phosphate diaphorase. Brain Research Bulletin, 62 (2),
p.107-115, 2003.

39
GOMES, MZ.; RAISMAN-VOZAR, R.; DEL BEL, EA. A nitric oxide synthase
inhibitor decreases 6-hydroxydopamine effects on tyrosine hydroxylase and
neuronal nitric oxide synthase in the rat nigrostriatal pathway. Brain
Research,1203, p.160-169, 2008.

GUANG, HM.; DU, GH. Protections of pinocembrin on brain mitochondria


contribute to cognitive improvement in chronic cerebral hypoperfused rats.
European Journal of Pharmacology, 542 (1-3), p.77-83, 2006.

GUIX, FX.; URIBESALGO, I.; COMA, M.; MUÑOZ, FJ. The physiology and
pathophysiology of nitric oxide in the brain. Progress in Neurobiological, 76 (2),
p.126-152, 2005.

HAIK, KL.; SHEAR, DA.; HARGROVE, C.; PATTON, J.; MAZEI-ROBISON, M.;
SANDSTROM, MI.; DUNBAR, GL. 7-nitroindazole attenuates 6-
hydroxydopamine-induced spatial learning deficits and dopamine neuron loss in
a presymptomatic animal model of Parkinson's disease. Experimental and
Clinical Psychopharmacology, 16 (2), p.178-189, 2008.

HALD, A.; LOTHARIUS, J. Oxidative stress and inflammation in Parkinson's


disease: is there a causal link? Experimental Neurology, 193(2), p.279-290,
2005.

HANTRAYE, P.; BROUILLET, E.; FERRANTE, R.; PALFI, S.; DOLAN, R.;
MATTHEWS, RT.; BEAL, MF. Inhibition of neuronal nitric oxide synthase
prevents MPTP-induced parkinsonism in baboons. Nature Medicine, 2 (9), p.
1017–1021, 1996.

HATTORI, S.; NAOI, M.; NISHINO, H. Striatal dopamine turnover during


treadmill running in the rat: relation to the speed of running. Brain Research
Bulletion, 35 (1), p. 41-49, 1994.

HAUSER, R.; ZESIEWICZ, T. A doença de Parkinson: perguntas e


respostas. 3ª ed. São Paulo: Novartis, 2001.

HIRSCH, EC.; HUNOT, S.; HARTMANN, A. Neuroinflammatory processes in


Parkinson's disease. Parkinsonism & Related Disorders, 11 (1), p.9-15, 2005.

40
HIRSCH, EC.; VYAS, S.; HUNOT, S. Neuroinflammation in Parkinson's
disease. Parkinsonism & Related Disorders, 18(1), p.210-212, 2012.

HOWELLS, FM.; RUSSELL, VA.; MABANDLA, MV.; KELLAWAY, LA. Stress


reduces the neuroprotective effect of exercise in a rat model for Parkinson's
disease. Behavioural Brain Research, 165 (2), p.210-220, 2005.

HU, S.; HAN, R.; MAK, S.; HAN, Y. Protection against 1-methyl-4-
phenylpyridinium ion (MPP+)-induced apoptosis by water extract of ginseng
(Panax ginseng C.A. Meyer) in SH-SY5Y cells. Journal of Ethnopharmacology,
135 (1), p.34-42, 2011.

HURWITZ, A. The benefit of a home exercise regimen for ambulatory


Parkinson's disease patients. Journal of Neuroscience Nursing, 21(3), p.180-
184, 1989.

ILHAN, A.; AKYOL, O.; GUREL, A.; ARMUTCU, F.; IRAZ, M.; OZTAS, E.
Protective effects of caffeic acid phenethyl ester against experimental allergic
encephalomyelitis-induced oxidative stress in rats. Free Radical Biology &
Medicine, 37 (3), p.386-394, 2004.

INOUE, HT.; DE SOUSA, EA.; ORSI, RO.; FUNARI, SRC.; BARRETO, LMC.;
DIB, APS. Produção de própolis por diferentes métodos de coleta. Asociación
Latinoamericana de Producción Animal, 15 (2), p. 65-69, 2007.

JADIYA, P.; KHAN, A.; SAMMI, SR.; KAUR, S.; MIR, SS.; NAZIR, A. Anti-
Parkinsonian effects of Bacopa monnieri: insights from transgenic and
pharmacological Caenorhabditis elegans models of Parkinson's disease.
Biochemical and Biophysical Research Communications, 413 (4), p.605-610,
2011.

JENNER, P. Molecular mechanisms of L-DOPA-induced dyskinesia. Nature


Reviews Neuroscience, 9 (9), p. 665-677, 2008.

JENNER, P. Oxidative stress in Parkinson's disease. Annals of Neurology, 53


(3), p.26-36, 2003.

41
KASAI, M.; FUKUMITSU, H.; SOUMIYA, H.; FURUKAWA, S. Ethanol extract of
Chinese propolis facilitates functional recovery of locomotor activity after spinal
cord injury. Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, 2011,
p.x-x, 2011

KIM, IS.; KO, HM.; KOPPULA, S.; KIM, BW.; CHOI, DK. Protective effect of
Chrysanthemum indicum Linne against 1-methyl-4-phenylpridinium ion and
lipopolysaccharide-induced cytotoxicity in cellular model of Parkinson's disease.
Food and Chemical Toxicology, 49 (4), p.963-973, 2011.

KIM, S.; PARK, SE.; SAPKOTA, K.; KIM, MK.; KIM, SJ. Leaf extract of Rhus
verniciflua Stokes protects dopaminergic neuronal cells in a rotenone model of
Parkinson's disease. Journal of Pharmacy and Pharmacology, 63 (10), p.1358-
1367, 2011.

KO, RJ. Causes, epidemiology, and clinical evaluation of suspected herbal


poisoning. Journal of Toxicology Clinical Toxicology, 37 (6), p. 697-708, 1999.

KURODA, K.; TATARA, K.; TAKATORIGE, T.; SHINSHO, F. Effect of physical


exercise on mortality in patients with Parkinson's disease. Acta Neurologica
Scandinavica, 86 (1), p.55-59, 1992.

KWAKKEL, G.; DE GOEDE, CJ.; VAN WEGEN, EE. Impact of physical therapy
for Parkinson's disease: a critical review of the literature. Parkinsonism &
Related Disorders, 13 (3), p.478-487, 2007.

KWON, YS.; PARK, DH.; SHIN, EJ.; KWON, MS.; KO, KH.; KIM, WK.; JHOO,
JH.; JHOO, WK.; WIE, MB.; JUNG, BD.; KIM, HC. Antioxidant propolis
attenuates kainate-induced neurotoxicity via adenosine A1 receptor modulation
in the rat. Neuroscience Letters, 355 (3), p. 231-235, 2004.

LEDÓN, N.; CASACO,A.; GONZALEZ,R.; MERINO,N.; GONZALEZ, A.;


TOLON, Z. Antipsoriatic,anti·inflammatory,and analgesic effects of an extract
of red propolis. Acta Pharmacologia Sinica, 18 (3), p.274-276, 1997.

42
LEE, CH.; HWANG, DS.; KIM, HG.; OH, H.; PARK, H.; CHO, JH.; LEE, JM.;
JANG, JB.; LEE, KS.; OH, MS. Protective effect of Cyperirhizoma against 6-
hydroxydopamine-induced neuronal damage. Journal of Medicinal Food, 13 (3),
p. 564-571, 2010.

LEWIS, SJ.; DOVE, A.; ROBBINS, TW.; BARKER, RA.; OWEN, AM. Cognitive
impairments in early Parkinson's disease are accompanied by reductions in
activity in frontostriatal neural circuitry. Journal of Neuroscience, 23 (15),
p.6351-6356, 2003.

LI, BY.; YUAN, YH.; HU, JF.; ZHAO, Q.; ZHANG, DM.; CHEN, NH. Protective
effect of bu-7, a flavonoid extracted from clausena lansium, against rotenone
injury in pc12 cells. Acta Pharmacologica Sinica, 32 (11), P.1321-1326, 2011.

LI, S.; PU, XP. Neuroprotective effect of kaempferol against a 1-methyl-4-


phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine-induced mouse model of Parkinson's disease.
Biological & Pharmaceutical Bulletin, 34 (8), p.1291-1296, 2011.

LIO, A.; OHGUCHI, K.; INOUE, H.; MARUYAMA, H.; ARAKI, Y.; NOZAWA, Y.;
ITO, M. Ethanolic extracts of Brazilian red propolis promote adipocyte
differentiation through PPARγ activation. Phytomedicine, 17 (12), p.974-979,
2010.

LIO, A.; OHGUCHI, K.; MARUYAMA, H.; TAZAWA, S.; ARAKI, Y.; ICHIHARA,
K.; NOZAWA, Y.; ITO, M. Ethanolic extracts of Brazilian red propolis increase
ABCA1 expression and promote cholesterol efflux from THP-1 macrophages.
Phytomedicine, 19(5), p.383-388, 2012.

LIU, R.; GAO, M.; YANG, ZH.; DU, GH. Pinocembrin protects rat brain against
oxidation and apoptosis induced by ischemia-reperfusion both in vivo and in
vitro. Brain Research, 1216, p.104-115, 2008.

LOH, KP.; HUANG, SH.; DE SILVA, R.; TAN, BK.; ZHU, YZ. Oxidative stress:
apoptosis in neuronal injury. Current Alzheimer Research, 3 (4), p.327-337,
2006.

43
LONGHINI, R.; RAKSA, SM.; OLIVEIRA, ACP.; SVIDZINSKI, TIE.; FRANCO,
SL. Obtenção de extratos de própolis sob diferentes condições e avaliação de
sua atividade antifúngica. Revista Brasileira de Farmacognosia, 17 (3), p. 388-
395, 2007.

LOTFY, M. Biological Activity of Bee Propolis in Health and Disease. Asian


Pacific Journal of Cancer Prevention, 7, p.22-31, 2006.

LOTTI, C.; FERNANDEZ, MC.; PICCINELLI, AL.; CUESTA-RUBIO, O.;


HERNANDEZ, IM.; RASTRELLI, L. Chemical Constituents of Red Mexican
Propolis. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 58 (4), p. 2209–2213,
2010.

LUSTOSA, SR.; GALINDO, AB.; NUNES, LCC.; RANDAU, KP.; ROLIM NETO,
PJ. Própolis: atualizações sobre a química e a farmacologia. Revista Brasileira
de Farmacognosia, 18 (3), p.447-454, 2008.

MABANDLA, M.; KELLAWAY, L.; ST CLAIR GIBSON, A.; RUSSELL, VA.


Voluntary running provides neuroprotection in rats after 6-hydroxydopamine
injection into the medial forebrain bundle. Metabolic Brain Disease, 19 (1-2),
p.43-50, 2004.

MABANDLA, MV.; KELLAWAY, LA.; DANIELS, WM.; RUSSELL, VA. Effect of


exercise on dopamine neuron survival in prenatally stressed rats. Metabolic
Brain Disease, 24 (4), p.525-539, 2009.

MACIEL, MAM.; PINTO, AC.; VEIGA-JR, VF.; GRYNBERG, NF.;


ECHEVARRIA, A. Plantas medicinais: a necessidade de estudos
multidisciplinares. Quimica Nova, 25 (3), p. 429-438, 2002.

MANI, F.; DAMASCENO, HC.; NOVELLI, EL.; MARTINS, EA.; SFORCIN, JM.
Propolis: Effect of different concentrations, extracts and intake period on seric
biochemical variables. Journal of Ethnopharmacology, 105 (1-2), p.95-98, 2006.

MARCUCCI, MC.; FERRERES, F.; GARCÍA-VIGUERA, C.; BANKOVA, VS.;


DE CASTRO, SL.; DANTAS, AP.; VALENTE, PH.; PAULINO, N. Phenolic

44
compounds from Brazilian propolis with pharmacological activities. Journal of
Ethnopharmacology, 74 (2), p.105-112, 2001.

MARCUCCI, MC. Propriedades biológicas e terapêutica dos constituíntes


químicos da própolis. Química Nova, 19 (5), p.529-536, 1996.

MENA, MA.; DAVILA, V.; SULZER, D. Neurotrophic effects of L-DOPA in


postnatal midbrain dopamine neuron/cortical astrocyte cocultures. Journal of
Neurochemistry, 69 (4), p.1398-1408, 1997.

MENEZES, H. Própolis: uma revisão dos recentes estudos de suas


propriedades farmacológicas. Arquivo do Instituto Biológico, 72 (3), p. 405-411,
2005.

MERCURI, NB.; BERNARDI, G. The 'magic' of L-dopa: why is it the gold


standard Parkinson's disease therapy? Trends in Pharmacological Sciences, 26
(7), p.341-344, 2005.

MEREDITH, GE.; SONSALLA, P.; CHESSELET, M-F. Animal Models of


Parkinson's Disease Progression. Acta Neuropathologica, 115(4), p.385–398,
2008.

MILLER, RL.; JAMES-KRACKE, M.; SUN, G.Y.; SUN, Y. Oxidative and


inflammatory pathways in Parkinson's disease. Neurochemical Research, 34(1),
p.55-65, 2009.

MIYAI, I.; FUJIMOTO, Y.; UEDA, Y.; YAMAMOTO, H.; NOZAKI, S.; SAITO, T.;
KANG, J. Treadmill training with body weight support: its effect on Parkinson's
disease. Archives of Physical Medicine Rehabilition, 81 (7), p.849-852, 2008.

MONTPIED, P.; DE BOCK, F.; RONDOUIN, G.; NIEL, G.; BRIANT, L.;
COURSEAU, AS.; LERNER-NATOLI, M.; BOCKAERT, J. Caffeic acid
phenethyl ester (CAPE) prevents inflammatory stress in organotypic
hippocampal slice cultures. Brain Research. Molecular Brain Research, 115
(12), p.111-120, 2003.

MOSLEY, RL.; BENNER, EJ.; KADIU, I.; THOMAS, M.; BOSKA, MD.; HASAN,
K.; LAURIE, C.; GENDELMAN, HE. Neuroinflammation, Oxidative Stress and
45
the Pathogenesis of Parkinson's Disease. Clinical Neuroscience Research,
6(5), p.261–281, 2006.

MYTILINEOU, C.; WALKER, RH.; JNOBAPTISTE, R.; OLANOW, CW.


Levodopa is toxic to dopamine neurons in an in vitro but not an in vivo model of
oxidative stress. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 304
(2), p. 792-800, 2003.

NAKAJIMA, Y.; SHIMAZAWA, M.; MISHIMA, S.; HARA, H. Water extract of


propolis and its main constituents, caffeoylquinic acid derivatives, exert
neuroprotective effects via antioxidant actions. Life Sciences, 80 (4), p.370-377,
2007.

NEWARIRY, AS.; SALAMA, AF.; HUSSIEN, HM.; YOUSEF, MI. Propolis


alleviates aluminium-induced lipid peroxidation and biochemical parameters in
male rats. Food and Chemical Toxicology, 47 (6), p.1093-1098, 2009.

NOELKER, C.; BACHER, M.; GOCKE, P.; WEI, X.; KLOCKGETHER, T.; DU,
Y.; DODEL, R. The flavanoide caffeic acid phenethyl ester blocks 6-
hydroxydopamine- nduced neurotoxicity. Neuroscience Letters, 383 (1-2), p.39-
43, 2005.

NUNES, LCC.; GALINDO, AB.; DEUS, ASO.; RUFINO, DA.; RANDAU, KP.;
XAVIER, HS.; CITÓ, AMGL.; ROLIM NETO, PJ. Variabilidade sazonal dos
constituintes da própolis vermelha e bioatividade em Artermia salina. Revista
Brasileira de Farmacognosia, 19 (2B), p.524-529, 2009.

OBESO, JA.; OLANOW, CW.; NUTT, JG. Levodopa motor complications in


Parkinson’s disease. Trends in Neurosciences, 23 (10), p.2-7, 2000.

OBESO, JA.; RODRÍGUEZ-OROZ, MC.; BENITEZ-TEMINO, B.; BLESA, FJ.;


GURIDI, J.; MARIN, C.; RODRIGUEZ, M. Functional organization of the basal
ganglia: therapeutic implications for Parkinson's disease. Movement Disorders,
23(3), p.548-559, 2008.

OBESO, JA.; RODRÍGUEZ-OROZ, MC.; RODRÍGUEZ, M.; ARBIZU, J.;


GIMÉNEZ-AMAYA, JM. The basal ganglia and disorders of movement:

46
pathophysiological mechanisms. News in Physiological Sciences,17 (2), p.51-
55, 2002.

ONYANGO, IG. Mitochondrial dysfunction and oxidative stress in Parkinson's


disease. Neurochemical Research, 33 (3), p.589-597, 2008.

PARK, YK.; ALENCAR, SM.; AGUIAR, CL. Botanical Origin and Chemical
Composition of Brazilian Propolis. Journal of Agricultural and Food Chemistry,
50 (9), p. 2502-2506, 2002.

PARK, YK.; IKEGAKI, M.; ABREU, JAS.; ALCICI, NMF. Estudo da preparação
dos extratos de própolis e suas aplicações. Ciência e Tecnologia de Alimentos,
18 (3), p. 313-318, 1998.

PAUL, G.; MEISSNER, W.; REIN, S.; HARNACK, D.; WINTER, C.; HOSMANN,
K.; MORGENSTERN, R.; KUPSCH, A. Ablation of the subthalamic nucleus
protects dopaminergic phenotype but not cell survival in a rat model of
Parkinson's disease. Experimental Neurology, 185 (2), p.272-280, 2004.

PEREIRA, AS.; SEIXAS, FRMS.; AQUINO-NETO, FR. Própolis: 100 anos de


pesquisa e suas perspectivas futuras. Química Nova, 25 (2), p.321-326, 2002.

PICCINELLI, AL.; LOTTI, C.; CAMPONE, L.; CUESTA-RUBIO, O.;


FERNANDEZ, MC.; RASTRELLI, L. Cuban and Brazilian Red Propolis:
Botanical Origin and Comparative Analysis by High-Performance Liquid
Chromatography-Photodiode Array Detection/Electrospray Ionization Tandem
Mass Spectrometry. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 59 (12), p.
6484-6891, 2011.

PRZEDBORSKI, S. Pathogenesis of nigral cell death in Parkinson's disease.


Parkinsonism & Related Disorders, 11 (1), p. 3-7, 2005.

RAJPUT, A.; RAJPUT, AH. Parkinson's disease management strategies.


Expert Review of Neurotherapeutics, 6 (1), p.91-99,2006.

RAO, SS.; HOFMANN, LA.; SHAKIL, A. Parkinson’s Disease: Diagnosis and


Treatment. American Family Physician, 74 (12): 2046-2053, 2006.

47
RIGHI, AA.; ALVES, TR.; NEGRI, G.; MARQUES, LM.; BREYER, H.;
SALATINO, A. Brazilian red propolis: unreported substances, antioxidant and
antimicrobial activities. Journal of the Science of Food and Agriculture, 91(13),
p.2363-2370, 2011.

RIZELIO, V.; SZAWKA, RE.; XAVIER, LL.; ACHAVAL, M.; RIGON, P.; SAUR,
L.; MATHEUSSI, F.; DELATTRE, AM.; ANSELMO-FRANCI, JA.; MENESES,
M.; FERRAZ, AC. Lesion of the subthalamic nucleus reverses motor deficits but
not death of nigrostriatal dopaminergic neurons in a rat 6-hydroxydopamine-
lesion model of Parkinson's disease. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research, 43 (1), p.85-95, 2010.

SALUM, C.; RAISMAN-VOZARI, R.; MICHEL, PP.; GOMES, MZ.; MITKOVSKI,


M.; FERRARIO, JE.; GINESTET, L.; DEL BEL, EA. Modulation of dopamine
uptake by nitric oxide in cultured mesencephalic neurons. Brain Research,
1198, p.27-33, 2008.

SAMADI, P.; GRÉGOIRE, L.; ROUILLARD, C.; BÉDARD, PJ.; DI PAOLO, T.;
LÉVESQUE, D. Docosahexaenoic acid reduces levodopa-induced dyskinesias
in 1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine monkeys. Annals of Neurology,
59 (2), p.282-288, 2006.

SAMII, A; NUTT, JG; RANSOM, BR. Parkinson’s disease. Lancet, 363 (29),
p.1783-1793, 2004.

SAVITT, JM.; DAWSON, VL.; DAWSON, TM. Diagnosis and treatment of


Parkinson disease: molecules to medicine. Journal Clinical Investigation, 116
(7), p. 1744-1754, 2006.

SCANDALIS, TA.; BOSAK, A.; BERLINER, JC.; HELMAN, LL.; WELLS, MR.
Resistance training and gait function in patients with Parkinson's disease.
American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation, 80(1), p.38-43, 2001.

SCHAPIRA, AH.; BEZARD, E.;,BROTCHIE, J.; CALON, F.; COLLINGRIDGE,


GL.; FERGER, B.; HENGERER, B.; HIRSCH, E.; JENNER, P.; LE NOVÈRE,
N.; OBESO, JA.; SCHWARZSCHILD, MA.; SPAMPINATO, U.; DAVIDAI, G.

48
Novel pharmacological targets for the treatment of Parkinson's disease. Nature
Reviews. Drug Discovery, 5 (10), p.845-854, 2006.

SCHAPIRA, AHV.; EMREB, M.; JENNER, P.; POEWE, W. Levodopa in the


treatment of Parkinson’s disease. European Journal of Neurology, 16 (9), p.
982–989, 2009.

SCHOBER, A. Classic toxin-induced animal models of Parkinson’sdisease: 6-


OHDA and MPTP. Cell and Tissue Research, 318(1), p.215–224, 2004.

SCHRAG, A.; SCHOTT, JM. Epidemiological, clinical, and genetic


characteristics of early-onset parkinsonism. Lancet Neurology, 5 (4), p. 355-
363, 2006.

SCHWARTING, RK.; HUSTON, JP. Unilateral 6-hydroxydopamine lesions of


meso-striatal dopamine neurons and their physiological sequelae, Progress in
Neurobiology, 49 (3), p. 215-266, 1996.

SENGUPTA, T.; VINAYAGAM, J.; NAGASHAYANA, N.; GOWDA, B.;


JAISANKAR, P.; MOHANAKUMAR, KP. Antiparkinsonian effects of aqueous
methanolic extract of Hyoscyamus niger seeds result from its monoamine
oxidase inhibitory and hydroxyl radical scavenging potency. Neurochemical
Research, 36 (1), p.177-186, 2011.

SFORCIN, JM.; FERNANDES JR, A.; LOPES, CA.; BANKOVA, V.; FUNARI,
SR. Seasonal effect on Brazilian propolis antibacterial activity. Journal of
Ethnopharmacology, 73 (1-2), p.243-249, 2000.

SFORCIN, JM.; BANKOVA, V. Propolis: Is there a potential for the


development of new drugs?. Journal of Ethnopharmacology, 133 (2), p. 253-
260, 2011

SIDEROWF, A.; STERN, M. Update on Parkinson Disease. Annals of Internal


Medicine. 138 (8), p.651-658, 2003.

SILVA, BB.; ROSALEN, PL.; CURY, JA.;,IKEGAKI, M.; SOUZA, C.; ESTEVES,
A.; ALENCAR, SM. Chemical composition and botanical origin of red propolis, a

49
new type of Brazilian Própolis. Evidence-Based Complementary and Alternative
Medicine, 5 (3), p.313-316, 2007.

SILVA, BB. Caracterização da própolis vermelha: sua origem botânica e o


efeito sazonal sobre sua composição química e atividade biológica.
Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Piracicaba/São
Paulo, SP, Brasil, 2008.

SILVA, JFM.; SOUZA, MC.; MATTA, SR.; ANDRADE, MR.; VIDAL, FVN.
Correlation analysis between phenolic levels of Brazilian propolis extracts and
their antimicrobial and antioxidant activities. Food Chemistry, 99 (3), p.431–435,
2006.

SINGH, N.; PILLAY, V.; YAHYA, E. Choonara Advances in the treatment of


Parkinson's disease. Progress in Neurobiology, 81 (1), p.29–44, 2007.

SINGH, S.; DAS, T.; RAVINDRAN, A.; CHATURVEDI, RK.; SHUKLA, Y.;
AGARWAL, AK.; DIKSHIT, M. Involvement of nitric oxide in neurodegeneration:
a study on the experimental models of Parkinson's disease. Redox Report, 10
(2), p.103–109, 2005.

SIQUEIRA, ABS.; GOMES, BS.; CAMBUIM, I.; MAIA, R.; ABREU, S.; SOUZA-
MOTTA, CM.; QUEIROZ, LA.; PORTO, ALF. Trichophyton species
susceptibility to green and red propolis from Brazil. Applied Microbiology, 48
(1),p. 90–96,2009.

SMITH, AD.; ZIGMOND, MJ. Can the brain be protected through exercise?
Lessons from an animal model of parkinsonism. Experimental Neurology, 184
(1), p.31-39, 2003.

SONG, JX.; SZE, SC.; NG, TB.; LEE, CK.; LEUNG, GP.; SHAW, PC.; TONG,
Y.; ZHANG, YB. Anti-Parkinsonian drug discovery from herbal medicines: what
have we got from neurotoxic models? Journal of Ethnopharmacology, 139 (3),
p.698-711, 2012.

SOUSA, JPB.; FURTADO, NAJC.; JORGE, R.; SOARES, AEE.; BASTOS, JK.
Perfis físico-químico e cromatográfico de amostras de própolis produzidas nas
50
microrregiões de Franca (SP) e Passos (MG), Brasil. Revista Brasileira de
Farmacognosia, 17 (1), p.85-93, 2007.

SOUZA, CD.; FELFILI, JM. Uso de plantas medicinais na região de Alto


Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20 (1), p.135-142, 2006.

SUNVISSON, H.; LÖKK, J.; ERICSON, K.; WINBLAD, B.; EKMAN, SL.
Changes in motor performance in persons with Parkinson's disease after
exercise in a mountain area. Journal of Neuroscience Nursing, 29 (4), p.255-
260, 1997.

SUTOO, D.; AKIYAMA, K. Regulation of brain function by exercise.


Neurobiology of Disease, 13 (1),p.1-14, 2003.

TAJIRI, N.; YASUHARA, T.; SHINGO, T.;, KONDO, A.; YUAN, W.; KADOTA,
T.; WANG, F.; BABA, T.; TAYRA, JT.; MORIMOTO, T.; JING, M.; KIKUCHI, Y.;
KURAMOTO, S.; AGARI, T.; MIYOSHI, Y.; FUJINO, H.; OBATA, F.; TAKEDA,
I.; FURUTA, T.; DATE, I. Exercise exerts neuroprotective effects on Parkinson's
disease model of rats. Brain Research, 1310 (15), p.200-207, 2010.

TEIXEIRA-JR, AL.; CARDOSO, F. Tratamento inicial da doença de Parkinson.


Revista de Neurociências, 12 (3), p.141-146, 2004.

TILLERSON, JL.; CAUDLE, WM.; REVERÓN, ME.; MILLER, GW. Exercise


induces behavioral recovery and attenuates neurochemical deficits in rodent
models of Parkinson's disease. Neuroscience, 119 (3), p.899-911, 2003.

TOIT, KD.; NUTHELEZI, S.; BODENSTEIN, J. Anti-inflammatory and


antibacterial profiles of selected compounds found in South African propolis.
South African Journal of Science, 105 (11-12): 470-472, 2009.

TRUSHEVA, B.; POPOVA, M.; BANKOVA, V.; SIMOVA, S.; MARCUCCI, MC.;
MIORIN, PL.; PASIN, FR.; TSVETKOVA, I. Bioactive constituents of brazilian
red propolis. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 3 (2),
p.249-254, 2006.

TSAI, SK.; LIN, MJ.; LIAO, PH.; YANG, CY.; LIN, SM.; LIU, SM.; LIN, RH.;
CHIH, CL.; HUANG, SS. Caffeic acid phenethyl ester ameliorates cerebral
51
infarction in rats subjected to focal cerebral ischemia. Life Sciences, 78 (23),
p.2758-2762, 2006.

TUROLLA, MSR.; NASCIMENTO, ES. Informações toxicológicas de alguns


fitoterápicos utilizados no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas,
42 (2), p. 289-306, 2006.

WATANABE, Y.; HIROYUKI, K.; ARAKI, T. Protective action of neuronal nitric


oxide synthase inhibitor in the MPTP mouse model of Parkinson's disease.
Metabolic Brain Disease, 23 (1), p. 51-69, 2008.

WEI, X.; MA, Z.; FONTANILLA, CV.; ZHAO, L.; XU, ZC.; TAGGLIABRACI, V.;
JOHNSTONE, BH.; DODEL, RC.; FARLOW, MR.; DU, Y. Caffeic acid
phenethyl ester prevents cerebellar granule neurons (CGNs) against glutamate-
induced neurotoxicity. Neuroscience, 155 (4), p.1098-1105, 2008.

WEINER, WJ. Initial treatment of Parkinson disease: levodopa or dopamine


agonists. Archives of Neurology, 61 (12), p.1966-1969, 2004.

WEST, AR.; GALLOWAY, MP.; GRACE, AA. Regulation of striatal dopamine


neurotransmission by nitric oxide: effector pathways and signaling mechanisms.
Synapse, 44 (4), p.227-245, 2002.

WICHMANN, T.; DELONG, MR. Functional neuroanatomy of the basal ganglia


in Parkinson's disease. Advances in Neurology, 91, p.9-18, 2003.

WILLIAMS, RJ.; SPENCER, JP.; RICE-EVANS, C. Flavonoids: antioxidants or


signalling molecules? Free Radical Biology and Medicine, 36 (7), p.838-849,
2004.

YOON, MC.; SHIN, MS.; KIM, TS.; KIM, BK.; KO, IG.; SUNG, YH.; KIM, SE.;
LEE, HH.; KIM, YP.; KIM, CJ. Treadmill exercise suppresses nigrostriatal
dopaminergic neuronal loss in 6-hydroxydopamine-induced Parkinson's rats.
Neuroscience Letters, 423, p.12-17, 2007.

52
YUNES, RA.; PEDROSA, RC.; CECHINEL-FILHO, V. Fármacos e fitoterápicos:
a necessidade do desenvolvimento da indústria de fitoterápicos e fitofármacos
no Brasil. Química Nova, 24 (1),p. 147-152, 2001.

ZHAO, L.; CHEN, Q.; DIAZ BRINTON, R. Neuroprotective and neurotrophic


efficacy of phytoestrogens in cultured hippocampal neurons. Experimental
Biology and Medicine, 227(7), p.509-519, 2002.

ZHANG, L.; DAWSON, VL.; DAWSON, TM. Role of nitric oxide in Parkinson's
disease. Pharmacology & Therapeutics, 109 (1-2), p. 33-41, 2006.

ZHU, G.; WANG, X.; CHEN, Y.; YANG, S.; CHENG, H.; WANG, N.; LI, Q.
Puerarin protects dopaminergic neurons against 6-hydroxydopamine
neurotoxicity via inhibiting apoptosis and upregulating glial cell line-derived
neurotrophic factor in a rat model of Parkinson's disease. Planta Medica, 76
(16), p.1820-1826, 2010.

ZIGMOND, MJ.; CAMERON, JL.; LEAK, RK.; MIRNICS, K.; RUSSELL, VA.;
SMEYNE, RJ.; SMITH, AD. Triggering endogenous neuroprotective processes
through exercise in models of dopamine deficiency. Parkinsonism & Related
Disorders, 15 (3), p.42-45, 2009.

53
CAPITULO II

EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO EXTRATO


DE PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE
NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS EM RATOS.
EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO EXERCÍCIO E DO EXTRATO DE

PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS

DOPAMINÉRGICOS EM RATOS.

Margarete Zanardo Gomes, Sheilla da Silva Barroso, Ricardo Luiz Cavalcanti

de Albuquerque-junior, Juliana Cordeiro Cardoso, Rafaela Oliveira da Silva.

Universidade Tiradentes (UNIT) - departamento de Pós-Graduação- Aracaju –

Sergipe.

Endereço para Correspondência

Avenida Murilo Dantas, nº 300, Farolândia- Aracaju – Sergipe .


CEP: 49032-490.
Tel. 79- 3218-2100.
Email: guetezanardo@yahoo.com.br
RESUMO

A origem e progressão da doença de Parkinson possivelmente podem estar


relacionadas ao estresse oxidativo e à inflamação mediada por células da glia.
A própolis é um produto natural que apresenta atividade antioxidante e anti-
inflamatória Adicionalmente, estudos experimentais mostraram que o exercício
favorece a recuperação estrutural e funcional de neurônios em degeneração.
No entanto, é necessária uma melhor compreensão das estratégias propostas
como o tipo e duração do exercício. O presente estudo teve como objetivo
avaliar o efeito da administração do extrato hidroetanólico da própolis vermelha
(EHPV) associada ou não ao exercício físico, sobre a degeneração de
neurônios dopaminérgicos (DA) em ratos. Ratos machos adultos da linhagem
Wistar (n=55) com peso corporal de 250-400g foram submetidos à aplicação
intraestriatal de 6-hidroxidopamina (6-OHDA) ou salina. Após o procedimento
cirúrgico para indução da lesão foi administrado via gavagem o EHPV (10
mg/Kg) durante duas semanas. Os animais do grupo exercício foram
submetidos à natação diariamente durante três semanas. Todos os animais
foram submetidos ao teste de campo aberto aos vinte e um dias após a lesão,
com o intuito de avaliar a atividade motora e do estado emocional dos animais.
Os dados foram analisados através do teste ANOVA de uma via seguido do
pós-teste de Tukey, (P<0,05) sendo considerado variável o fator tratamento. A
lesão causada pela 6-OHDA induziu uma diminuição na atividade exploratória
horizontal e vertical, sendo que o exercício associado ou não ao tratamento
com EHPV foi capaz de reduzir significativamente os déficits comportamentais.
Por outro lado, o tratamento isolado com EHPV, não modificou o quadro motor
após lesão. Os resultados sugerem que o exercício teve ação neuroprotetora
sobre a morte neuronal dopaminérgica.

Palavras-chave: parkinson experimental, 6-ohda, natação.


ABSTRACT

The origin and progression of Parkinson's disease may be related to oxidative


stress and inflammation mediated by glial cells. Propolis is a bee product which
presents both antioxidant and anti-inflammatory properties, although biological
activities of Brazilian red propolis are still poor understood. On the other hand,
exercise has been shown to enhance growth factors expression and axonal
recovery after lesion. The aim of this work was to access the effect of
associated or alone treatments with red propolis hydroethanolic extract (RPHE)
and exercise on intrastriatal 6-OHDA lesioned rats. The RPHE (10mg/kg) was
administrated daily for two weeks. Exercise consisted of swimming training for
three weeks. The open field test was performed twenty-one days after surgery
in order to evaluate motor and emotional rat conditions. Statistical comparisons
between treatments were performed by one way ANOVA followed by Tukey
pos-test. 6-OHDA induced a decrease in the rearing and ambulation. Exercise
alone or in combination with RPHE was able to restore motor activity. The
treatment with RPHE alone did not modify any parameters after 6-OHDA lesion.
In conclusion, these results suggests unreported neuroprotective effects of
swimming exercise on dopaminergic cell death.

Key-words: Parkinson’s disease, 6-OHDA, Própolis, exercise.


INTRODUÇÃO

A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa do


sistema nervoso central (CNS), caracterizada pela perda de neurônios
dopaminérgicos (DA), localizados na parte compacta da substância negra
(SNc)1. Embora a etiologia da DP seja desconhecida 2, evidências sugerem que
o estresse oxidativo, a disfunção mitocondrial e a neuroinflamação pela
ativação da micróglia possam contribuir para o processo patogênico da morte
neuronal3.
Como consequência da morte e depleção dopaminérgica, observa-se
sintomas clássicos como acinesia, bradicinesia e tremor de repouso, além de
alterações na postura e marcha e alterações cognitivas, que podem ser
reproduzidas em estudos pré-clínicos e mensuradas por meio da avaliação de
aspectos comportamentais4.
Dentre as estratégias apresentadas para o tratamento da DP, as
terapias sintomáticas visam aumentar os níveis de DA no encéfalo. Nessa
perspectiva, o exercício tem sido proposto para amenizar os deficites
comportamentais e neuroquímicos induzidos por 6-hidroxidopamina (6-
OHDA)5,6, aumentando a expressão de fatores neurotróficos de células gliais
(GDNF)7, tendo efeito neuroprotetor1,8, além de contribuir para ativação do
sistema dopaminérgico e aumentar a disponibilidade de dopamina no estriado 9.
Pothakos et al.,10 demonstraram que apesar da drástica perda de
neurônios DA e depleção crônica de dopamina após aplicação de 10 injeções
com 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridineo (MPTP, 25 mg/Kg) e probenecida
(250 mg/Kg), o exercício físico demonstrou inverter efetivamente os déficits
comportamentais relacionados ao movimento, ao equilíbrio e ao desempenho
da marcha. A despeito dos resultados favoráveis, fazem-se necessários
estudos que determinem, por exemplo, o tipo de exercício apropriado, se
aeróbio ou de força, o período para início da prática e a associação com outras
estratégias terapêuticas11.
Neste sentido, a própolis vermelha brasileira apresenta ação
12
antioxidante e antiinflamatória que poderiam reduzir ou retardar a morte
neuronal dopaminérgica. Em consonância com estes dados, estudos in vitro
58
têm reportado efeito neuroprotetor de flavonóides presentes na própolis
vermelha como a pinocembrina 13 e do isoflavonoide formononetina14,15,
inclusive em cultura de neurônios dopaminérgicos 15.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do exercício de
natação e do extrato hidroetanólico da própolis vermelha, isolados ou
associados, sobre os parâmetros comportamentais em modelo experimental da
doença de Parkinson pela aplicação de 6-OHDA em ratos.

MÉTODOS

Coleta e obtenção do extrato hidroetanólico da própolis vermelha (EHPV)

A própolis vermelha produzida por abelhas Apis Mellifera foi coletada em


um apiário localizado no município de Brejo Grande, Estado de Sergipe, no
Nordeste do Brasil. A amostra de própolis bruta (90,10 g) foi extraída com
etanol 70% (v/v; 1126,25 mL) em banho de ultra-som, durante 1 hora. Ao final
deste processo, procedeu-se à filtração e eliminação do solvente obtendo-se
27,29 (g) de extrato seco. Para a ressuspensão do mesmo foi utilizada solução
de Tween 80 a 0,2% em água destilada (veículo).

Animais

A amostra foi composta por 55 ratos machos adultos Wistar com peso
corporal 250-400g. Os animais foram alojados em gaiolas com cama de
maravalha, em temperatura controlada de (~±22°C), regime de luz com ciclo
claro-escuro de 12 h e livre acesso à água e comida. Todos os procedimentos
estiveram de acordo com as diretrizes do Manual de Princípios no Cuidado e
Uso de Animais do American College of Sports Medicine e seguiu a Lei nº.
6638 de 8 de maio de 1979 e o Decreto nº. 24645 de 10 de julho de 1934, com
aprovação do Comitê de Ética no Uso Animal da Universidade Tiradentes
(CEUA/UNIT/SE), sob parecer consubstanciado n° 170610.

59
Procedimento cirúrgico

Os animais foram anestesiados previamente com ketamina/xilazina (0,1


mg/Kg, i.p.) e fixados no aparelho estereotáxico, com barra de incisivo 5 mm
acima da linha interneural. A lesão do estriado foi induzida por microinjeção de
6-OHDA (20 µg/2µl, Sigma, USA) dissolvida em 0,9% de salina contendo
0,02% de ácido ascórbico (Sigma, USA), utilizando uma micro seringa Hamilton
(50 µl) acoplada ao aparelho estereotáxico. Os animais do grupo controle foram
submetidos ao mesmo procedimento, mas receberam veículo (solução salina
contendo ácido ascórbico a 0,02%) em vez da neurotoxina. Ao final da cirurgia,
foi aplicada injeção intramuscular de pentabiótico veterinário para animais de
pequeno porte (Forte Dodge Saúde Animal LTDA, 0,2 ml/Kg) e os animais
foram aquecidos por uma lâmpada de 60 W até recuperação da anestesia. As
coordenadas utilizadas (lado direito) para micro-injeção no estriado foram: 1)
AP: -1.2; 2) VL: -2,5 e 3) DV: - 5,0 em relação ao Bregma.

Grupos Experimentais

Os animais que receberam aplicação intracerebral de solução salina ou


6-OHDA foram distribuídos em grupos experimentais, de acordo com os
tratamentos: salina/veículo; salina/EHPV; salina/exercício;
salina/EHPV/exercício; 6-OHDA/veículo; 6-OHDA/EHPV; 6-OHDA/exercício e
6-OHDA/EHPV/exercício.

Tratamentos

No mesmo dia do procedimento cirúrgico, deu-se inicio aos tratamentos


com veículo (2 mL por via oral), extrato hidroetanólico de própolis vermelha
(EHPV, 10mg/kg em veículo, por via oral) e/ou a realização exercício físico
(natação). O tratamento diário com EHPV teve duração de duas semanas
consecutivas.
60
Exercício Físico

O exercício físico aeróbio consistiu em natação, em tanques de 100 cm


de profundidade por 60 cm de largura e 80 cm de comprimento, com
temperatura controlada entre 28-32ºC. Os animais passaram por um período
de adaptação ao meio líquido um dia antes da cirurgia. Os animais foram
forçados a executar exercícios por 20 minutos sem sobrecarga, seis dias por
semana, durante quatro semanas, desde 24 horas após a cirurgia
estereotáxica.

Teste de Campo Aberto

O teste de campo aberto consiste na mensuração de comportamentos


expressados ao se colocar um animal em espaço aberto novo, de onde a fuga
do mesmo é evitada pelas paredes que o circundam. Este teste pode ser
utilizado para avaliação da atividade motora e do estado emocional dos
animais e permite prever a intensidade da lesão produzida pela 6-OHDA16. Aos
21 dias após a cirurgia estereotáxica, cada animal foi avaliado individualmente
durante cinco minutos. No teste foram analisados os seguintes parâmetros: (1)
a frequência dos comportamentos de exploração horizontal (número de
quadrantes percorridos pelo animal com as quatro patas), (2) exploração
vertical (manutenção do animal apenas sobre as patas anteriores), (3) o
número de bolos fecais expelidos e (4) comportamentos de autolimpeza
(grooming) executados. Entre o teste de um animal e outro, o equipamento foi
limpo com álcool 20% para evitar a influência do cheiro de outros animais

Análise Estatística

Foi utilizado a analise de variância de uma via (one-way ANOVA)


seguida do pós-teste de Tukey, sendo considerado variável o fator tratamento.
As diferenças foram consideradas significativas quando valores de P iguais ou
menores que 0,05. Foi utilizado o programa SPSS versão 19.0.
61
RESULTADOS

A análise dos resultados do teste de campo aberto realizado aos vinte e


um dias mostra que não houve alteração significativa nos padrões emocionais,
entre os grupos, em função dos tratamentos (auto-limpeza: p = 0,096; F(8-54) =
1,827 e bolos fecais: p = 0,082; F(8-54) = 1,906; ANOVA de uma via, pós-teste
de Tukey).
Por outro lado, foram encontradas diferenças significativas em ambos os
parâmetros motores, de exploração horizontal (p< 0,0001; F(8-54) = 13,583) e
vertical (p< 0,0001; F(8-54) = 6,879) entre os grupos.
No grupo de animais que receberam aplicação intracerebral de solução
salina, o tratamento com o EHPV, associado ou não ao exercício, induziu
diminuição significativa nas explorações horizontais (p < 0,0001 e P= 0,003,
respectivamente) quando comparados ao grupo tratado com veículo. O EHPV
associado ao exercício promoveu também diminuição nas explorações verticais
(p = 0,001, tabela 1). A natação (grupo exercício) isolada não causou
modificações significativas em relação aos controles nas explorações
horizontais (p = 0,984) e verticais (P=0,994).

Tabela 1: Médias de comportamentos exibidos ± erro padrão da média para o teste de campo
aberto em animais não lesionados.

Grupos Experimentais Explorações Explorações Bolos Fecais Auto - limpeza


Horizontais Verticais
Salina /veículo 45,0 15,0 1,0 0,8
(±1,32) (± 1,53) (± 0,36) (± 0,31)
Salina/EHPV 14,0* 7,4 1,8 1,2
(± 6,74) (± 2,17) (± 0,42) (±0,55)
Salina/exercício 52,4 12,4 1,6 0,4
(± 9,28) (± 1,79) (± 0,45) (± 0,45)
Salina/EHPV/exercício 5,0* 1,2* 0,2 0,4
(± 2,8) (± 0,84) (± 0,22) (± 0,45)
* indica diferença significativa em relação aos grupos salina/veículo e salina/exercício.

Nos roedores submetidos à lesão e tratados com veículo, observou-se


diminuição significativa da exploração horizontal (p < 0,0001) e vertical (p =
0,001) em relação ao grupo controle.
62
Quando a aplicação de 6-OHDA foi acompanhada por tratamento com
natação e EHPV, observou-se que este exercício, associado ou não ao EHPV,
aumentou o comportamento de exploração horizontal (p = 0,002 e p = 0,003,
Figura 1) e vertical (p < 0,0001 e P = 0,068, respectivamente; Figura 2) em
relação ao grupo 6-OHDA tratado com veículo. O tratamento isolado com
EHPV não produziu modificações significativas em ratos submetidos à lesão (p
= 0,799, explorações horizontais e p = 0,67, explorações verticais). Ainda com
relação à lesão, não foram encontradas diferenças significativas entre os
grupos tratados somente com exercício e tratados com exercício associado ao
EHPV no parâmetro de explorações horizontais (p = 1,0) e verticais (p = 0,9).

60,00 30,00 Controle


Controle
Lesão
Lesão
Média das explorações Horizontais

Lesão/P10
50,00 Lesão/P10 25,00 Lesão/Exc
Média das explorações verticais

b b Lesão/Exc Lesão/P10/Exc
Lesão/P10/Exc b
40,00 20,00

b
30,00 15,00
a

20,00 10,00

a a
10,00 5,00

0,00 0,00

Figura 1: Modificações comportamentais Figura 2: Resultados do teste de


induzidas por 6-OHDA e alterações no campo aberto. As colunas representam
quadro da lesão em função dos as médias de explorações verticais
tratamentos. As colunas representam as nos grupos e as barras representam o
médias de explorações horizontais nos erro padrão da média. “a” indica
grupos e as barras representam o erro diferença em relação ao grupo controle
padrão da média. “a” indica diferença em (salina/veículo) e “b” indica diferença
relação ao grupo controle (salina/veículo) em relação ao grupo lesão (6-
e “b” indica diferença em relação ao OHDA/veículo). P10: EHPV a 10mg/kg;
grupo lesão (6-OHDA/veículo). P10: Exc.: exercício. ANOVA de uma via
EHPV a 10mg/kg; Exc.: exercício. seguida do pós teste de Tukey.
ANOVA de uma via seguida do pós teste
de Tukey.

63
DISCUSSÃO

O teste de campo aberto consiste na mensuração de comportamentos


expressados ao se colocar um animal em espaço aberto novo, de onde a fuga
do mesmo é evitada pelas paredes que o circundam. Este teste pode ser
utilizado para avaliação da atividade motora e do estado emocional dos
animais e permite estimar a intensidade da lesão produzida pela 6-OHDA16,17.
Foram encontradas alterações significativas nos parâmetros
exploratórios. De acordo com outros autores, observa-se diminuição das
explorações e da atividade geral após exposição a 6-OHDA18.
Em ratos que receberam aplicação intracerebral de solução salina, o
tratamento com o EHPV, associado ou não ao exercício, induziu diminuição
significativa na atividade motora. Estes dados indicam que o EHPV tenha ação
sobre o sistema nervoso central. Li et al., 19 utilizando teste de campo aberto,
relataram encontrar efeito ansiolítico pela administração do óleo essencial de
uma variedade de própolis chinesa, acompanhada de diminuição nos níveis de
cortisol e da atividade oxidante, em roedores submetidos ao modelo de
estresse por contenção. No entanto, estes autores não encontraram
modificação na atividade motora espontânea em camundongos.
Antagonistas de receptores dopaminérgicos do tipo D2 têm a
propriedade de diminuir a locomoção no campo aberto, como o haloperidol, a
sulpirida, e risperidona20. Considerando que o EHPV diminuiu
significativamente a atividade exploratória, pode-se sugerir que haja interação
com o sistema dopaminérgico.
Nos roedores submetidos à lesão e tratados com veículo, observou-se
diminuição significativa da atividade exploratória em relação ao grupo controle.
Estes resultados são coerentes com diversos trabalhos anteriores, os quais
reportaram que ratos que recebem 6-OHDA apresentam déficits motores como
consequência da depleção dopaminérgica, de maneira similar à hipocinesia
que ocorre em humanos21,22.
Quando a aplicação de 6-OHDA foi acompanhada por tratamento com
exercício de natação e EHPV, observou-se que o exercício, associado ou não

64
ao EHPV, aumentou o comportamento de exploração horizontal e vertical em
relação ao grupo 6-OHDA tratado com veículo, restaurando a atividade motora
após lesão. Estes dados são indicativos de um efeito protetor do exercício
físico sobre a degeneração dopaminérgica. Em consonância, Smith e
Zigmond23 demonstraram que o exercício forçado pode reduzir vulnerabilidade
dos neurônios dopaminérgicos submetidos à lesão por 6-OHDA, sugerindo que
a proteção seja em parte pelo aumento na disponibilidade do fator neurotrófico
de células gliais (GDNF).
Outros estudos também mostraram que o exercício físico pode atenuar
as alterações comportamentais e neurobiológicas em roedores submetidos à
lesão dopaminérgica5,6. Faherty et al.,24 demonstraram que o exercício
realizado na roda de corrida exerce um efeito protetor contra morte neuronal
celular na substância negra induzida pela aplicação do 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-
Tetrahidropiridina (MPTP) em camundongos. O’Dell et al., 25 verificaram que o
desempenho motor de ratos lesionados com a 6-OHDA e exercitados foi
melhor do que os ratos sedentarios, sugerindo que o exercício voluntario pode
facilitar a recuperação da lesão parcial da via nigroestriatal. No entanto, não há
relatos dos efeitos de exercício de natação associados ao Parkinson
experimental.
Em animais lesionados, o tratamento com EHPV isolado não produziu
alterações significativas quando comparado ao veículo, ou modificações nos
efeitos do exercício. Estudos anteriores mostraram que componentes bioativos
da própolis têm efeito neuroprotetor sobre a lesão de neurônios
dopaminérgicos. O ácido fenil cafeico (CAPE), por exemplo, apresentou efeito
neuroprotetor em baixas concentrações ante a toxina 6-OHDA em estudo
realizado com cultura de células26, além de prevenir a neurotoxidade causada
por glutamato27. Corroborando com outros estudos, Kurauchi et al.,28
descreveram que as ações protetoras do CAPE sobre a degeneração
dopaminérgica são mediadas tanto por heme-oxigenasase (HO-1) e fator de
crescimento da glia (BDNF), promovendo uma redução na síntese de óxido
nítrico e da expressão caspase 1 em estudos in vivo. Em um estudo recente foi
demonstrado que o CAPE diminuiu a neurodegeneração causada pelo MPTP
em camundongos29.
65
A não obtenção de modificações significativas no quadro após lesão
pela utilização do EHPV pode estar relacionada ao fato de a composição
química diferencial da própolis vermelha influenciar sua atividade biológica.
Esta variedade denominada de “própolis vermelha” foi classificada como o 13°
tipo de própolis Brasileira, por possuir uma coloração vermelha intensa e sua
composição química diferir dos 12 tipos de própolis brasileira apresentada por
Park et al.,30. Não obstante, o teste de campo aberto por si não permite afirmar
a não ocorrência de neuroproteção, sendo necessários mais estudos para a
compreensão da ação do EHPV no modelo de lesão pela aplicação de 6-
OHDA.

CONCLUSÕES

Em conclusão, os resultados sugerem que o exercício de natação tem


efeito neuroprotetor sobre a morte neuronal dopaminérgica induzida por 6-
OHDA em ratos e que a associação do tratamento com EHPV não modificou os
efeitos observados.

REFERÊNCIAS

1. Tajiri N, Yasuhara T, Shingo T, Kondo A, Yuan W, Kadota T, et al. Exercise

exerts neuroprotective effects on Parkinson's disease model of rats. Brain Res

2010; 1310:200-207.

2. Miller RL, James-Kracke M, Sun GY, Sun AY. Oxidative and inflammatory

pathways in Parkinson's disease. Neurochem Res 2009; 34:55-65.

3. Hirsch EC, Vyas S, Hunot S. Neuroinflammation in Parkinson's disease.

Parkinsonism Relat Disord 2012; 18:210-212.

4. Bohlen V, Halbach O. Animal Models of Parkinson’s Disease.

Neurodegenerative Dis 2005; 2:313–320.


66
5. Tillerson JL, Caudle WM, Reverón ME, Miller GW. Exercise induces

behavioral recovery and attenuates neurochemical deficits in rodent models of

Parkinson's disease. Neuroscience 2003; 119:899-911.

6. Mabandla MV, Russell VA. Voluntary exercise reduces the neurotoxic effects

of 6-hydroxydopamine in maternally separated rats. Behav Brain Res 2010,

211:16-22.

7. Zigmond MJ, Cameron JL, Leak RK, Mirnics K, Russell VA, Smeyne RJ, et

al. Triggering endogenous neuroprotective processes through exercise in

models of dopamine deficiency. Parkinsonism Relat Disord 2009; 15:42-45.

8. Avila I, Parr-Brownlie LC, Brazhnik E, Castañeda E, Bergstrom DA, Walters

JR. Beta frequency synchronization in basal ganglia output during rest and walk

in a hemiparkinsonian rat. Exp Neurol 2010; 221:307-19.

9. Yoon MC, Shin MS, Kim TS, Kim BK, Ko IG, Sung YH, et al. Treadmill

exercise suppresses nigrostriatal dopaminergic neuronal loss in 6-

hydroxydopamine-induced Parkinson's rats. Neurosci Lett 2007; 423:12-17.

10. Pothakos K, Kurz MJ, Lau YS. Restorative effect of endurance exercise on

behavioral deficits in the chronic mouse model of Parkinson's disease with

severe neurodegeneration. BMC Neurosci 2009; 20:10-16.

11. Alonso-Frech F, Sanahuja JJ, Rodriguez AM. Exercise and physical therapy

in early management of Parkinson disease. Neurologist 2011; 17:47-53.

12. Cabral ISR, Oldoni TLC, Prado A, Bezerra RMN, Alencar SM, Ikegaki M, et

al. Composição fenólica, atividade antibacteriana e antioxidante da própolis

vermelha brasileira. Quim. Nov 2009; 32:1523-1527.

67
13. Liu R, Gao M, Yang ZH, Du GH. Pinocembrin protects rat brain against

oxidation and apoptosis induced by ischemia-reperfusion both in vivo and in

vitro. Brain Res 2008; 1216:104-115.

14. Sun M, Zhou T, Zhou L, Chen Q, Yu Y, Yang H, et al,. Formononetin

protects neurons against hypoxia-induced cytotoxicity through upregulation of

ADAM10 and sAβPPα. J Alzheimers Dis 2012; 28:795-808.

15. Chen HQ, Wang XJ, Jin ZY, Xu XM, Zhao JW, Xie ZJ. Protective effect of

isoflavones from Trifolium pratense on dopaminergic neurons. Neurosci Res

2008 62:123-130.

16. Fornaguera J, Schwarting RK. Early behavioral changes after nigro-striatal

system damage can serve as predictors of striatal dopamine depletion. Prog

Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 1999; 8:1353-1368.

17. Meredith GE, Kang UJ. Behavioral models of Parkinson's disease in

rodents: a new look at an old problem. Mov Disord 2006; 21:1595-1606.

18. Truong L, Allbutt H, Kassiou M, Henderson JM. Developing a preclinical

model of Parkinson's disease: a study of behaviour in rats with graded 6-OHDA

lesions. Behav Brain Res 2006; 169:1-9

19. Li YJ, X HZ, Shou QY, Zhan ZG, Lu X, Hu FL. Therapeutic effects of

propolis essential oil on anxiety of restraint stress mice. Hum Exp Toxicol 2011;

x:xx-xx.

20. Zuo J, Liu Z, Ouyang X, Liu H, Hao Y, Xu L, et al. Distinct neurobehavioral

consequences of prenatal exposure to sulpiride (SUL) and risperidone (RIS) in

rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 2008; 32:387-397.

21. Brown AR, Antle MC, Hu B, Teskey GC. High frequency stimulation of the

subthalamic nucleus acutely rescues motor deficits and neocortical


68
movementrepresentations following 6-hydroxydopamine administration in rats.

Exp Neurol 2011; 231:82-90.

22. Li XH, Wang JY, Gao G, Chang JY, Woodward DJ, Luo F. High-frequency

stimulation of the subthalamic nucleus restores neural and behavioral functions

during reaction time task in a rat model of Parkinson's disease. J Neurosci Res

2010; 88:1510-1521.

23. Smith AD, Zigmond MJ. Can the brain be protected through exercise?

Lessons from an animal model of parkinsonism. Exp Neurol 2003; 184:31-39.

24. Faherty CJ, Shepherd KR, Herasimtschuk A, Smeyne RJ. Environmental

enrichment in adulthood eliminates neuronal death in experimental

Parkinsonism. Brain Res Mol Brain Res 2005; 134:170-179.

25. O’Dell SJ, Gross NB, Fricks AN, Casiano BD, Nguyen TB, Marshall BJF.

Running wheel exercise enhances recovery from nigrostriatal dopamine injury

without inducing neuroprotection. Neuroscience 2007; 144: 1141–1151.

26. Noelker C, Bacher M, Gocke P, Wei X, Klockgether T, Du Y, et al. The

flavanoide caffeic acid phenethyl ester blocks 6-hydroxydopamine- induced

neurotoxicity. Neurosci Lett 2005; 383:39-43.

27. Wei X, Ma Z, Fontanilla CV, Zhao L, Xu ZC, Taggliabraci V, et al. Caffeic

acid phenethyl ester prevents cerebellar granule neurons (CGNs) against

glutamate-induced neurotoxicity. Neuroscience 2008; 155:1098-1105.

28. Kurauchi Y, Hisatsune A, Isohama Y, Mishima S, Katsuki H. Caffeic acid

phenethyl ester protects nigral dopaminergic neurons via dual mechanisms

involving heme oxygenase-1 and brain-derived neurotrophic factor. Br J

Pharmacol 2012; 166:1151-1168.

69
29. Fontanilla CV, Ma Z, Wei X, Klotsche J, Zhao L, Wisniowski P, et al. Caffeic

acid phenethyl ester prevents 1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine-

induced neurodegeneration. Neuroscience 2011; 188:135-141.

30. Park YK, Alencar SM, Aguiar CL. Botanical Origin and Chemical

Composition of Brazilian Propolis. Journal of Agricultural and Food Chemistry

2002; 50:2502-2506.

70
CAPITULO III

NITRIC OXIDE SYNTHASE INHIBITION AFFECTS THE TIME


COURSE OF THE MEDIAL FOREBRAIN BUNDLE 6-OHDA
LESION.
NITRIC OXIDE SYNTHASE INHIBITION AFFECTS THE TIME COURSE OF
THE MEDIAL FOREBRAIN BUNDLE 6-OHDA LESION

A INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÓXIDO NÍTRICO AFETA A PROGRESSÃO DA


LESÃO INDUZIDA PELA APLICAÇÃO DE 6-HIDROXIDOPAMINA NO FEIXE
PROSENCEFÁLICO MEDIAL

1, 2
Gomes, M. Z.; 1Barroso, S.S.; 2Del Bel, E.

1
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente-Universidade Tiradentes,
SE, Avenida Murilo Dantas, 300, CEP 49032-490, SE, Brazil; 2Department of
MEF-Physiology, School of Odontology, Campus USP, Ribeirao Preto, SP
14040-904, Brazil.

2 To whom correspondence should be addressed.

E-mail: guetezanardo@yahoo.com.br
ABSTRACT

There is evidence that nitric oxide plays a role in the neurotransmitter balance
within the basal ganglia and in the pathology of Parkinson's disease. In the
present work we investigated the effects of a nitric oxide synthase (NOS)
inhibitor, NG-nitro-l-arginine (L-NOARG), on both the dopaminergic neuronal
loss and the neuronal NOS cell density after medial forebrain bundle 6-
hydroxydopamine (6-OHDA) lesion, as a function of the time. We analyzed the
dopaminergic (DA) neuronal loss through tyrosine hydroxylase
immunohistochemistry (TH), 24 and 96 hours and also 15 and 35 days after 6-
OHDA or 6-OHDA/L-NOARG. The nitrergic system was evaluated using an
antibody against the neuronal NOS isoform. 6-OHDA induced a striatal increase
in the density of neuronal NOS from 24 hours until 35 days after lesion that
inversely correlated with progressive DA cell loss in the susbtantia nigra (SN),
lateral to medial regions. Acute treatment with the L-NOARG significantly
reduced 6-OHDA effects on TH and NOS. The results suggest that nitric oxide
synthase inhibition may retards the toxic effects of 6-OHDA on dopaminergic
cell bodies in SN and on neuronal nitric oxide synthase cell density in the rat
brain.

KEY WORDS: rotational behaviour; apomorphine, L-NOARG, experimental


Parkinson’s disease, gene expression, caudate nucleus, substantia nigra
compacta.
INTRODUCTION

The injection of the neurotoxin 6-OHDA in the nigrostriatal pathway of the


rat brain has been extensively used in modeling Parkinson's disease (PD), a
neurological disorder that affects movement, balance and fine motor control
(ALLAIN et al., 2008; SETHI, 2002; TAJIRI et al., 2010). These impairments are
related to the progressive degeneration of DA neurons in the SN pars compacta
(SCHOBER, 2004), with a concomitant reduction of striatal dopamine levels
(AGID, 1991; GERLACH; RIEDERER, 1996; FAHN, 2003; DAUER;
PRZERDBORSKI, 2003).
The mechanisms responsible for neurodegeneration in PD are still
unknown, (JENNER, 2003) but oxidative stress, excitotoxicity and
neuroinflammation (ONYAGO, 2008; LEE et al., 2009; HIRSCH et al., 2012) are
believed to play a key role in neuron death (KURKOWSKA-JASTRZEBSKA et
al., 1999, MOSLEY et al., 2006, HIRSCH et al., 2005, HALD; LOTHARIUS,
2005; WERSINGER; SIDHU, 2006; FUKAE; MIZUNO; HATORI, 2007). The
involvement of nitric oxide (NO) and reactive oxygen species in this mechanism
is well documented (FLOYD, 1999; HUNOT et al., 1996; BEAL, 1998, TIEU et
al., 2003; ZHANG et al., 2006; GOMES; DEL BEL 2003; GOMES et al., 2008).
Nitric oxide (NO), a free radical gas, is a highly reactive molecule
(DAWSON et al., 1994). It is produced from L-arginine and it acts as a
neurotransmitter or neuromodulator when synthesized by the neuronal form of
the enzyme nitric oxide synthase (nNOS, FORSTERMANN et al., 1991,
BREDT; SNYDER, 1990). Systemic application of L-NOARG has been shown
to produce an in vivo inhibition of NOS (CARREAU et al., 1994).
nNOS inhibitors exhibited protection from MPTP and 6-OHDA-induced
nigral cell loss (GOMES et al., 2008; SCHULZ et al., 1995, HANTRAYE et al.,
1996, WATANABE et al., 2008; DI MATTEO et al., 2006; BARTHWAL et al.,
2001, SINGH et al., 2005, DI MATTEO et al., 2009; HAIK et al., 2008). The
augmented NO availability could play an important role in the
neurodegeneration, but the mechanisms underlying NO actions remain unclear.
Various studies have described the time-course of the anatomical damage,
functional neuronal changes or behavioural modifications that result from the
74
injection of 6-OHDA, particularly when this procedure is carried out using the
SNc and/or MFB as targets. We sought to combine all these observations in an
attempt to gain new information from this model, with a special focus on the
progressive nature of the modifications attainable with the combination of nitric
oxide synthase inhibition.

MATERIALS AND METHODS

Animals

Adult male Wistar rats weighting 200–250 g were housed in groups of


five per cage in a temperature-controlled room (23 °C), under 12 h light–dark
cycle, with free access to food and water. All experiments and the experimental
protocols were performed in accordance with the guidelines of the Brazilian
Society of Neuroscience and Behavior for the care and use of laboratory
animals. Every effort was made to keep the number of animals to a minimum
and to minimize suffering.

Drugs

Ascorbic acid (vitamin C, Sigma U.S.A.) and L-NOARG (Sigma) were


dissolved in saline. All drugs with exception to 6-OHDA were administered
intraperitoneally (i.p.), in a volume of 4 ml/kg. Doses were chosen based on
previous studies (6-OHDA: GOMES; DEL BEL, 2003; L-NOARG: MARRAS et
al., 1995, DEL BEL; GUIMARÃES, 2000).

Surgical procedure

The animals were treated 30 min prior to 6-OHDA injection with


desmethylimipramine (inhibitor of the high affinity noradrenaline transport (NAT)
system, 25 mg/kg i.p., Sigma). The rats were anesthetized with tribromoethanol
(0.25 g/kg i.p., Aldrich) and positioned in a Kopf stereotaxic instrument.

75
Nigrostriatal lesions were produced by microinjecting 6-OHDA with 0.02%
ascorbic acid (4 μl, 8 μg/μl, RBI-Sigma) in 0.9% saline into the right medial
forebrain bundle with a 50 μl Hamilton syringe.
The stereotaxic coordinates, according to the Paxinos; Watson’s (1998)
rat brain atlas, were: anterior: −4.4; lateral: −1.2, and vertical: −8.2 from
bregma. The microinjections were performed in a rate of 1 µl/min with an
infusion pump (Scientific, USA), and the needle was left in place for an
additional 180s to prevent reflux. The movement of an air bubble inside the PE-
10 polyethylene tubing connecting the micro-syringe with the needle confirmed
drug flow. Sham-operated control animals were submitted to the same
procedure but were injected with 4 μl of vehicle instead of the neurotoxin.

Experimental groups

The experimental groups were: Saline (designed as sham, 24hs, n=4;


96hs, n=7; 20d, n=10; 35d, n=10); saline/L-NOARG (24hs, n=8; 96hs, n=6; 20d,
n=10; 35d, n=10; 6-OHDA (24hs, n=7; 96hs, n=7; 20d, n=8; 35d, n=8); 6-
OHDA/L-NOARG (24hs, n=5; 96hs, n=5; 20d, n=10; 35d, n=10). Both, L-
NOARG (100mg/kg X 1 day) and saline administration (4ml/kg) were performed
in one single amount carried out between three and five hours after that medial
forebrain bundle microinjection of either 6-OHDA or saline. To assess the
degenerative changes in the substantia nigra and in the striatum as a function
of time, groups of rats were sacrificed at 24hs, 96hs, 20 and 35 days after
surgical procedure. Groups of rats sacrificed 20 and 35 days after surgery were
also evaluated by means of the rotational behaviour test 15th and 30 th days
after microinjection. A total of 88 rats were studied.

Evaluation of rotational behavior

To determine the success of nigrostriatal denervation, rats were injected


with apomorphine hydrochloride (0.5 mg/kg s.c., RBI-Sigma) 15 and 30 days
after the 6-OHDA lesion. The total number of contralateral rotations was
76
recorded every 5 min for 60 s during 60 min. Turns were measured in a circular
arena (diameter: 30 cm) surrounded by 16-cm high wall. The behavioral
evaluation was performed blind to the experimental group.

Histological analysis

Rats were sacrificed by terminal anesthesia (1.5 g/kg; 0.4 ml/kg


urethane, i.p.) and perfused intracardially with 200 ml of 10 mM phosphate
buffered saline (PBS), pH 7.4, followed immediately by 200 ml of freshly
prepared 4% ice-cold paraformaldehyde. The brains were removed and placed
in 4% paraformaldehyde for 2h, cryoprotected in 30% sucrose in PBS, and then
snap-frozen in isopentane (− 40 °C cooled in dry ice) and stored at − 70 °C until
the immunohystochemical procedures were carried out.
Thirty five micrometer serial sections were cut within a cryostat (Leica).
Neuroanatomical sites were identified using the Paxinos and Watson (1998)
atlas. The anteroposterior (AP) localizations from Bregma of the analyzed areas
were AP: 0.2 (striatum) and AP: − 5.8 mm (SN).
To ensure that neurons were not counted twice analysis was performed
in every sixth section (i.e. separated by 210 µm). Adjacent brain sections were
stained for TH, a marker for dopaminergic neurons, and for nNOS
immunoreactivity.

Immunohistochemistry of TH and nNOS

TH immunohistochemistry was performed as previously described


(Douhou et al., 2002). The same procedure was carried out for NOS.
Briefly, tissue sections were washed and then incubated 18–24 h with the
primary antibody (TH: 1/1000, Peel Freez or nNOS: 1/1000, a gift by Dr.
Emson). Sections were processed by the avidin-biotin immunoperoxidase
method (Vectastain ABC kit, Vector Lab) and immunopositive cells and
terminals were visualized by addition of the chromogen 3,3′-diaminobenzidine
(DAB; Sigma, 1 mg/ml) and hydrogen peroxide (0.2%).

77
Sections were mounted onto gelatin-coated glass slides, dehydrated in
ethanol, cleared in xylene, and cover-slipped for microscopic observations.
Immunopositive cells were revealed by a brown reaction product. Tissue from
sham and lesion groups was always processed at the same time. In all
experiments tissues from every group were always processed in the same
assay.

Quantitative morphology

All the histological quantification was performed blindly. A preliminary


qualitative analysis identified the regions with high neuronal labeling. Neurons
which were positively stained exhibited labeled soma, dendrites and axons.
TH+ was bilaterally quantified in the dorsal striatum (caudate/putamen) and
SN, this former further quantified at ventral, lateral and dorsal portion, as
described in GOMES et al., 2008.
The number of NOS positive neurons in the SN and striatum and the
number of the TH positive neurons in the SN were counted, bilaterally, using a
microscope (Nikon) equipped with a 60× objective (numerical aperture 1.4) and
connected to an image analysis system (Mercator, Explora Nova, LaRochelle,
France) equipped for stereological application.
Labeling of TH positive fibers in the striatum was assessed by optical
density measuring average pixel optical density over cell body and network. The
optical density of a tissue area devoid of staining was measured (Mercator
Explora Nova computerized image analysis system), being the light intensity
adjusted to give a background density value. The background was subtracted
from all subsequent measurements. A mean value for staining intensity was
calculated and expressed in arbitrary gray scale (relative optical density) units
(ROD units; Morris et al., 1997). Results are expressed as a percentage of the
same side in sham brains.
The counts and measurements were performed in 3–4 sections and then
we calculate the mean value per rat. Results of the nNOS+ are expressed as
the mean density of cells (number of positive neurons/0.5 mm2 of the structure),

78
calculated from results obtained in each brain side. Results of the TH+ are
expressed as a percentage of the same side in sham brains.

Statistical analysis

All values are expressed as the mean ± SEM.


TH immunoreactive (TH+) and nNOS immunoreactive (nNOS+) cell
counts as well as TH+ optical densities measurements from sham, 6-OHDA and
6-OHDA/ L-NOARG as well as rotational behavior were compared using
MANOVA, factors being treatment and time, followed by one-way analysis of
variance (ANOVA) or paired T test. A significance level of P < 0.05 was
considered to be statistically significant. The degrees of freedom were designed
as F. All statistical analyses were performed using SPSS for Windows (version
17.0).

RESULTS

Rotational behavior

Apomorphine induced contraversive turns in 6-OHDA-lesioned animals,


15 (241.29±26.31) and 30 (371±58.77) days after surgery. Apomorphine did not
elicit rotational behavior in the sham animals. 6-OHDA/L-NOARG treatment did
not significantly change the mean number of apomorphine-turns either 15
(228.85±20.52, n=13) or 30 days after lesion (355 ±46.83, n=9). Significant
differences were found between 15 days and 30 days for both 6-OHDA groups
(P< 0.05; F = 11.39).

Quantitative morphology

Temporal evaluation of the DA lesion and the effects of the L-NOARG


treatment

TH+ was bilaterally quantified in the striatum (caudate/putamen) and


SN, this former further quantified at dorsal, lateral and dorsal portion, as
described in Gomes et al., 2008.

79
Loss of TH+ appears first in the lateral SN (26.1% ± 10 remaining cells)
24 hours after 6-OHDA (table 1), suffering a further decrease with 96 hours
(absence of cells). Still 96 hours after surgery, it was also observed a decrease
in the TH+ at ventral (9.9% ± 4 remaining) and dorsal SN (41.2% ± 7).
L-NOARG treatment attenuated TH+ loss in the lateral SN 24 hours
(69.6% ± 8.6 remaining, P= 0.03; F= 3.8) and in the ventral SN 96 hours after 6-
OHDA (39.7% ± 11.4, P<0.0001; F=32.4, one way ANOVA followed by Duncan
post test). However, this 6-OHDA/L-NOARG treatment did not modified TH+ in
the dorsal SN 96 hours after 6-OHDA (33.4% ± 6.7 remaining, P=0.02; F= 4.2).

Table 1: Percentage of TH immunoreactive (TH+) cells in the substantia nigra (SN) from sham
brains, 24 and 96 hours after 6-OHDA injection into medial forebrain bundle. 6-OHDA induced
an ipsilateral decrease in the TH+ cells in a time-dependent and lateral to medial manner. The
6-OHDA/L-NOARG treatment (100mg/kg i.p.) retards the initial phases of the DA loss. *
indicates difference from control and # indicates difference from all other groups.

6-OHDA 6-OHDA/L-NOARG
Lateral SN 26.1%±9.7# 69.6%±8.6
24 hours Medial SN 72.6%±10.1 75.3%±13.6
Dorsal SN 69.6%±17.4 75.5%±12.2
Lateral SN 0.0±0.0 0.0±0.0
96 hours Medial SN 9.9%±5.6# 39.7%±11.4
Dorsal SN 41.2%±12.0* 33.4%±6.7*

Density of striatal TH+ fibers was unchanged both 24 and 96 hours after
6-OHDA (caudate/putamen and acumbens, results not showed). We also
evaluated TH+ 20 and 35 days after neurotoxin injection. At this point it was
observed massive loss, with lacking of stained cells and terminals ipsilateral to
lesion in both groups 6-OHDA and 6-OHDA/L-NOARG.
Either saline or L-NOARG treatment (i.p) associated with saline
microinjection (sham) did not elicit difference in TH+ cells or terminal density in
any measured region (results not presented). Also, contra-lateral side of TH
stained sections did not show significant differences when compared with the
same side in sham rats.

80
Time course of nNOS (+) modifications after 6-OHDA and the effects of the
L-NOARG treatment

nNOS+ was detected in the basal ganglia, including the SN and striatum.
Quantitative analysis revealed that L-NOARG per se (saline/L-NOARG) did not
alter the density of positive neurons. As the nNOS+ neurons could be finding
only in the dorsal tier of SN, we counted the number of nNOS+ neurons no
more than in this sub region and in the dorsal striatum.
In the SN, nNOS+ cell counts were unchanged 24 and 96 hours after 6-
OHDA or 6-OHDA/L-NOARG but decreased 20 and 35 days after toxin
injection in both groups (P< 0.0001, F= 42 and P< 0.0001, F= 39, respectively,
one way ANOVA followed by Duncan post test).
On the other hand, 6-OHDA induced an increase in the density of
nNOS(+) cells in the striatum ipsi and contralateral 24 hours to 35 days after
neurotoxin injection when compared with sham rats (figure 1). 6-OHDA/L-
NOARG treatment prevents nNOS+ increase in both sides 24 hours (P= 0.002,
F= 44.6 and P=0.01, F= 4.3) and 35 days (P= 0.03, F= 4.8 and P= 0.002, F=
44.6, figure 1) after lesion.

81
Figure 1: Mean density of nNOS+ cells in the striatum of rats sacrificed 24 hours and 35 days
after injection of 6-OHDA or saline into medial forebrain bundle. White columns represent the
mean density of nNOS+ cells in the sham rats, black columns represent 6-OHDA group and
dashed columns represents 6-OHDA/L-NOARG group. Upper panel shows the ipsilateral
counts to neurotoxin injection, while lower panel illustrates contralateral results. Rats received
one single application of L-NOARG 100mg/kg or saline i.p. after surgery. * indicates significant
difference (P < 0.05, MANOVA followed by One way ANOVA, Duncan’s post test).

DISCUSSION

Effects of the L-NOARG treatment on the time-course of the DA lesion

The DA cell loss in the SN as a function of the time has been well
described in the 6-OHDA-induced medial forebrain bundle lesion. First signs of
neuronal death appear since 24 hours after toxin injection while the peak of

82
neurotoxicity occurs with 48 hours (ZUCH et al., 2000). At this time, we
observed a lateral – to medial gradient of TH+ loss in the SN after 6-OHDA from
24 to 96 hours. Similar results were described in PD (HU et al. 2006;
HUTCHINSON et al. 1999, 2003) and in an early rat 6-OHDA model (GOMES
et al., 2008, DEBEIR et al., 2005; OLDS et al., 2006; FALLON; MOORE, 1978).
Cytotoxicity of 6-OHDA is due to its pro-oxidant activity; the toxin
undergoes rapid auto-oxidation in the extracellular space, thus promoting a high
rate of reactive oxygen species formation (HANROTT et al., 2006), which is
associated with activation of the apoptotic cascade (BERNSTEIN et al., 2011;
FUJITA; NAKABEPPU; NODA, 2011). The direct injection of 6-OHDA into the
SNc and/or MFB, yields a virtually immediate lesion of dopaminergic cell
bodies, followed by degeneration of striatal terminals (MEREDITH, 2008).
L-NOARG treatment significantly decreases the TH+ cell loss. Previous
studies have shown that NOS inhibition can protect DA cells against MPTP and
6-OHDA-induced neurotoxicity in experimental animals (GOMES et al., 2008;
SCHULZ et al. 1995; HANTRAYE et al. 1996, WATANABE et al., 2007). This
protective effect of NOS inhibition by L-NOARG can be due to activity of NO on
dopamine transporter (DAT). Nitric oxide produced from L-arginine increases
DAT activity and so that the 6-OHDA access (VOLZ; SCHENK 2004).
Alternatively, L-NOARG can inhibit biochemical interaction of NO with the 6-
OHDA that leads to cellular oxidation (SMITH; CASS, 2006; HENZE et al. 2005;
HANROTT et al. 2006; ANTUNES et al. 2005). On the other hand, TH (+) in the
SN was absent after 15 days in all 6-OHDA lesioned groups, indicating that a
single application of L-NOARG (100mg/kg) could not stop neurotoxicity.
TH (+) was not modified in the striatum 24 – 96 hours. DA depletion can
be observed in the striatum only after about 80% of neuronal cell death that
results in dennervation (DEUMENS et al., 2002). A compensatory post synaptic
hipersensitivity mechanism, by increasing in the number and affinity of
receptors, has been described after 15 days (for review see SCHWARTING;
HUSTON, 1996). As a result, a DA agonist administration, like apomorfine,
induces rotational behavior. In agreement with SN and striatal results (missing
of TH+ in the 6-OHDA and 6-OHDA/L-ANORG groups 15 days after surgery),
rotational behavior was not modified by L-NOARG.
83
Effects of the L-NOARG treatment on time-course of nNOS (+)
modifications after 6-OHDA

In experimental models of PD (reviewed by KAVYA et al., 2006),


immunoreactivity for nNOS in the SN is consistently increased 5 h after 1-
methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrehydropyridine (MPTP) treatment (MURAMATSU et
al., 2002), but decreased 1– 7 days after injection. MPTP treatment also
augmented the expression and activity of NO- activated guanylate cyclase
(CHALIMONIUK et al., 2006; CHALIMONIUK et al., 2004).
nNOS cell density was decreased in the SN, 35 days after 6-OHDA. Some
evidences support the hypothesis that this reduction was result of a massive
neuronal death in the SN, since some of these neurons can be positive for TH
and NOSn. We have already found an increase in the nNOS cell density 35
days after 6-OHDA medial forebrain bundle-induced lesion (GOMES; DEL BEL,
2003).
Direct synaptic contact was demonstrated along the mesocortical and
mesostriatal dopamine pathway either between DA and NADPH-diaphorase
(FUJIYAMA; MASUKO, 1994) or NOS-containing neurons (DE VENTE et al.,
1999; BENAVIDES-PICCIONE; DEFELIPE, 2003) in the adult. In sections of
the mesencephalon from two-day-old pups, NOS–TH double-labeled neurons
could be seen in the SN, VTA, cingular and frontoparietal cortex (GOMEZ-
URQUIJO et al., 1999). Double labeling for NOS and TH could be observed of
nNOS in some TH+ neurons in rat primary mesencephalic cultures (SALUM et
al., 2008). Thus, the reduction in nNOS+ neurons in the substantia nigra
compacta following nigrostriatal deafferentation was probably due to a loss of
mesencephalic neurons, occurred 35 days after toxin injection. As the protective
effects were observed only at the initial stages of the lesion, L-NOARG was not
able to modify it.
In contrast, nNOS cell density was increased in the striatum 24 – 35 days
after toxin injection. The mechanisms by which deafferentation affects the
density of nNOS+ cells in the denervated circuitries is not fully understood, but
NO has been proposed to regulate the DA release and uptake (WEST et al.,

84
2002; WEST; GALLOWAY 1998) and the increased nNOS cell density could
result from a compensatory augmentation in the activity of striatal nNOS+
interneurons, which are excited by an intact nigrostriatal pathway through a D1-
like receptor mechanism (CENTONZE et al., 2002). In agreement, Salin et al
(2009) have described reorganization between striatal interneurons (nNOS
positive neurons) and projection neurons after 6-OHDA. It supports the notion of
an inhibitory modulatory role exerted by endogenous NO on control striatal
projection cells. Still, there are indications in the literature of an increase in the
nNOS cell density or NADPH-diaphorase activity in the striatum after chronic
deafferentation (GOMES et al., 2008; SANCESARIO et al., 2004; MORTON et
al., 1993; GOMES; DEL BEL, 2003, MURAMATSU et al., 2002).
L-NOARG treatment reverses striatal 6-OHDA-induced nNOS+ increase,
24 hours to 35 days. Since L-NOARG per se did not affect nNOS+ (saline
injected rats), we can attribute this effect as another evidence of its protective
role under DA lesion. Galati et al. (2008) suggested a functional cross-talk
between NO spontaneously active interneurons and projection neurons, which
becomes critical in the parkinsonian state. Then, this neuromodulatory role of
NO could be permanent until 35 days after lesion.

CONCLUSION

Our results suggest that L-NOARG treatment has a protective effect on


early stages of nigrostriatal 6-OHDA-induced lesion. It was consistent in terms
of DA cell loss and because it was able to reduce the lesion effects on NO
system from 24 hours to 35 days after toxin injection, with respect to striatal
nNOS (+) increase. These effects were similar those found when the lesion was
performed into striatum (Gomes et al., 2008), a slow progressive lesion model.
However, were, L-NOARG could not stop the DA neuronal death observed 30
days after 6-OHDA. More studies would be necessary to investigate the
protective effects of a continuous treatment with nNOS inhibitors in this model.

85
Acknowledgements

The authors acknowledge Celia Aparecida da Silva for helpful technical


support provided. We also thank Prof. Francisco Silveira Guimarães for
manuscript discussion and suggestions. Research supported by grants from
FAPESP, CAPES and CPNQ.

BIBLIOGRAPHY

Agid Y. Parkinson's disease: pathophysiology. Lancet, 1991; 337:1321–1324.

Allain H, Bentué-Ferrer D, Akwa Y. Disease-modifying drugs and Parkinson’s


disease Progress in Neurobiology, 2008; 84: 25–39.

Antunes F, Nunes C, Laranjinha J, Cadenas E. Redox interactions of nitric


oxide with dopamine and its derivatives. Toxicology, 2005; 208: 207–212.

Barthwal MK, Srivastava N, Dikshit M. Role of nitric oxide in a progressive


neurodegeneration model of Parkinson's disease in the rat. Redox Rep, 2001;
6: 297–302.

Beal MF. Excitotoxicity and nitric oxide in Parkinson's disease pathogenesis.


Ann Neurol,1998;44:110-114.

Benavides-Piccione R, DeFelipe J. Different populations of tyrosine-


hydroxylase-immunoreactive neurons defined by differential expression of nitric
oxide synthase in the human temporal cortex. Cereb. Cortex 2003;13: 297–307.

Bernstein HG, Bogerts B, Keilhoff G. The many faces of nitric oxide in


schizophrenia. A review. Schizophr Res, 2005; 78:69-86.

Bredt DS, Snyder SH. Isolation of nitric oxide synthetase, a calmodulin-requiring


enzyme. Proc. Natl. Acad. Sci, 1990; 87: 682–685.

Carreau A, Duval D, Poignet H, Scatton B, Vige X, Nowicki JP. Neuroprotective


efficacy of N omega-nitro-L-arginine after focal cerebral ischemia in the mouse

86
and inhibition of cortical nitric oxide synthase. Eur. J. Pharmacology, 1994; 256:
241–249.

Centonze D, Bracci E, Pisani A, Gubellini P, Bernardi G, Calabresi P. Activation


of dopamine D1-like receptor excites LTS interneurons of the striatum. Eur. J.
Neurosci, 2002; 15: 2049–2052.

Chalimoniuk M, Langfort J, Lukacova N, Marsala J. Upregulation of guanylyl


cyclase expression and activity in striatum of MPTP-induced parkinsonism in
mice. Biochem. Biophys. Res. Commun, 2004; 324: 118–126.

Chalimoniuk M, Lukacova N, Marsala J, Langfort J. Alterations of the


expression and activity of midbrain nitric oxide synthase and soluble guanylyl
cyclase in 1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine-induced Parkinsonism
in mice. Neuroscience, 2006; 141: 1033–1046.

Dauer W, Przedborski S. Parkinson’s Disease: Mechanisms and Models.


Neuron, 2003; 39: 889-909.

Dawson TM, Dawson VL, Snyder SH. Molecular mechanisms of nitric oxide
actions in the brain. Ann. N.Y. Acad. Sci, 1994; 738: 76–85.

De Vente J, Markerink-van Ittersum M, van Abeelen J, Emson PC, Axer H,


Steinbusch HW. NO-mediated Cgmp synthesis in cholinergic neurons in the rat
forebrain: effects of lesioning dopaminergic or serotonergic pathways on nNOS
and cGMP synthesis. Eur. J. Neurosci, 2000; 12: 507–519.

Debeir T, Ginestet L, Francois C, Laurens S, Martel JC, Chopin P, Marien M.,


Colpaert F, Raisman-Vozari R. Effect of intrastriatal 6-OHDA lesion on
dopaminergic innervation of the rat cortex and globus pallidus. Exp Neurol,
2005; 193: 444–454.

Del Bel E, Guimarães FS. Sub-chronic inhibition of nitric-oxide synthesis


modifies haloperidol-induced catalepsy and the number of NADPH-diaphorase
neurons in mice. Psychopharmacology (Berl), 2000; 147: 356–361.

87
Deumens R, Blokland A, Prickaerts J. Modeling Parkinson´S Disease In Rats:
An evaluation of 6-OHDA lesions of the nigrostriatal pathway. Exp. Neurol,
2002; 175: 303-317.

Di Matteo V, Pierucci M, Benigno A, Crescimanno G, Esposito E, Di Giovanni


G. Involvement of nitric oxide in nigrostriatal dopaminergic system
degeneration: a neurochemical study. Ann N Y Acad Sci, 2009; 1155:309-315.

Di Matteo V, Benigno A, Pierucci M, Giuliano DA, Crescimanno G, Esposito E,


Di Giovanni G. 7-nitroindazole protects striatal dopaminergic neurons against
MPP+-induced degeneration: an in vivo microdialysis study. Ann. N. Y. Acad.
Sci, 2006; 1089: 462–471.

Douhou A, Debeir T, Murer MG, Do L, Dufour N, Blanchard V, Moussaoui S,


Bohme GA, Agid Y, Raisman-Vozari R. Effect of chronic treatment with riluzole
on the nigrostriatal dopaminergic system in weaver mutant mice. Exp. Neurol,
2002; 176: 247–253.

Fahn S. Description of Parkinson’s Disease as a Clinical Syndrome. Ann. N.Y.


Acad. Sci, 2003; 991: 1–14.

Fallon JH, Moore RY. Catecholamine innervation of the basal forebrain. IV.
Topography of the dopamine projection to the basal forebrain and neostriatum.
J. Comp. Neurol, 1978; 180: 545–580.

Floyd RA. Antioxidants, oxidative stress, and degenerative neurological


disorders. Proc Soc Exp Biol Med, 1999; 222:236-245.

Forstermann U, Schmidt HH, Pollock JS, Sheng H, Mitchell JA, Warner TD,
Nakane M, Murad F. Isoforms of nitric oxide synthase. Characterization and
purification from different cell types. Biochem. Pharmacol, 1991; 42:1849–1857.

Fujiyama F, Masuko S. Association of dopaminergic terminals and neurons


releasing nitric oxide in the rat striatum: an electron microscopic study using
NADPH-diaphorase histochemistry and tyrosine hydroxylase
immunohistochemistry. Brain Res. Bull, 1996; 40: 121–127.

88
Fujita K, Nakabeppu Y, Noda M. Therapeutic effects of hydrogen in animal
models of Parkinson's disease. Parkinsons Dis, 2011; x:xx-xx

Fukae J, Mizuno Y, Hattori N. Mitochondrial dysfunction in Parkinson's disease.


Mitochondrion, 2007; 7:58-62.

Galati S, Scarnati E, Mazzone P, Stanzione P, Stefani A. Deep brain stimulation


promotes excitation and inhibition in subthalamic nucleus in Parkinson's
disease. Neuroreport, 2008; 19:661-666.

Gerlach M, Riederer P. Animal models of Parkinson's disease: an empirical


comparison with the phenomenology of the disease in man. J Neural Transm,
1996; 103: 987-1041.

Gomes, MZ, Del Bel EA. Effects of electrolytic and 6-hydroxydopamine lesions
of rat nigrostriatal pathway on nitric oxide synthase and nicotinamide adenine
dinucleotide phosphate diaphorase. Brain Res. Bull, 2003; 62: 107–115.

Gomes MZ, Raisman-Vozari R, Del Bel EA. A nitric oxide synthase inhibitor
decreases 6-hydroxydopamine effects on tyrosine hydroxylase and neuronal
nitric oxide synthase in the rat nigrostriatal pathway. Brain Res, 2008;
1203:160-169.

Gomez-Urquijo SM, Hökfelt T, Ubink R, Lubec G, Herrera-Marschitz M.


Neurocircuitries of the basal ganglia studied in organotypic cultures: focus on
tyrosine hydroxylase, nitric oxide synthase and neuropeptídeo
immunocytochemistry. Neuroscience, 1999; 4: 1133–1151.

Haik KL, Shear DA, Hargrove C, Patton J, Mazei-Robison M, Sandstrom MI,


Dunbar GL. 7-nitroindazole attenuates 6-hydroxydopamine-induced spatial
learning deficits and dopamine neuron loss in a presymptomatic animal model
of Parkinson's disease. Exp Clin Psychopharmacol, 2008; 16:178-189.

Hald A, Lotharius J. Oxidative stress and inflammation in Parkinson's disease:


is there a causal link? Exp Neurol, 2005; 193: 279-290.

Hanrott K, Gudmunsen L, O'Neill MJ, Wonnacott S. 6-hydroxydopamine-


induced apoptosis is mediated via extracellular auto-oxidation and caspase 3-
89
dependent activation of protein kinase Cdelta. J Biol Chem, 2006; 281:5373-
5382.

Hantraye P, Brouillet E, Ferrante R, Palfi S, Dolan R, Matthews RT, Beal MF,


Inhibition of neuronal nitric oxide synthase prevents MPTP-induced
parkinsonism in baboons. Nat. Med, 1996; 2: 1017–1021.

Henze C, Earl C, Sautter J, Schmidt N, Themann C, Hartmann A, Oertel WH.


Reactive oxidative and nitrogen species in the nigrostriatal system following
striatal 6-hydroxydopamine lesion in rats. Brain Res, 2005; 1052: 97–104.

Hirsch EC, Hunot S, Hartmann A. Neuroinflammatory processes in Parkinson's


disease. Parkinsonism Relat Disord, 2005;11:9-15.

Hirsch EC, Vyas S, Hunot S. Neuroinflammation in Parkinson's disease.


Parkinsonism Relat Disord, 2012; 18: 210-212.

Hu MT, Scherfler C, Khan NL, Hajnal JV, Lees AJ, Quinn N, Wood NW, Brooks
DJ. Nigral degeneration and striatal dopaminergic dysfunction in idiopathic and
Parkin-linked Parkinson's disease. Mov. Disord, 2006; 21: 299–305.

Hunot S, Boissière F, Faucheux B, Brugg B, Mouatt-Prigent A, Agid Y, Hirsch


EC. Nitric oxide synthase and neuronal vulnerability in Parkinson's
disease.Neuroscience. 1996; 72:355-363.

Hutchinson M, Raff U. Parkinson's disease: a novel MRI method for determining


structural changes in the substantia nigra. J. Neurol. Neurosurg. Psychiatry,
1999; 67: 815–818.

Hutchinson M, Raff U, Lebedev S. MRI correlates of pathology in parkinsonism:


segmented inversion recoveryratio imaging (SIRRIM). Neuroimage, 2003; 20:
1899–1902.

Jenner P. Oxidative stress in Parkinson's disease. Ann. Neurol, 2003; 53: 26–
38.

Kavya R, Saluja R, Singh S, Dikshit M. Nitric oxide synthase regulation and


diversity: implications in Parkinson's disease. Nitric Oxide, 2006:15: 280–294

90
Kurkowska-Jastrzebska I, Wrońska A, Kohutnicka M, Członkowski A,
Członkowska A. The inflammatory reaction following 1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-
tetrahydropyridine intoxication in mouse. Exp Neurol. 1999;156:50-61.

Lee JK, Tran T, Tansey MG. Neuroinflammation in Parkinson’s Disease. J


Neuroimmune Pharmacol, 2009; 4: 419–429

Marras RA, Martins AP, Del Bel EA, Guimaraes FS. L-NOARG, an inhibitor of
nitric oxide synthase, induces catalepsy in mice. Neuroreport 1995; 7: 158–160.

Meredith GE, Sonsalla PK, Chesselet MF. Animal models of Parkinson's


disease progression. Acta Neuropathol, 2008; 115: 385-398.

Morris BJ, Simpson CS, Mundell S, Maceachern K, Johnston HM, Nolan AM,
Dynamic changes in NADPH-diaphorase staining reflect activity of nitric oxide
synthase: evidence for a dopaminergic regulation of striatal nitric oxide release.
Neuropharmacology, 1997; 36: 1589–1599

Morton AJ, Nicholson LFB, Faull RLM. Compartmental loss of NADPH


diaphorase in the neuropil of the human striatum in Huntington's disease.
Neuroscience, 1993; 53: 159–168.

Mosley RL, Benner EJ, Kadiu I, Thomas M, Boska MD, Hasan K, Laurie C,
Gendelman HE. Neuroinflammation, Oxidative Stress and the Pathogenesis of
Parkinson's Disease. Clin Neurosci Res, 2006; 6: 261–281.

Muramatsu Y, Kurosaki R, Mikami T, Michimata M, Matsubara M, Imai Y, Kato


H, Itoyama Y, Araki T. Therapeutic effect of neuronal nitric oxide synthase
inhibitor (7-nitroindazole) against MPTP neurotoxicity in mice. Metab. Brain Dis,
2002; 17, 169–182.

Olds ME, Jacques DB, Kopyov O. Relation between rotation in the 6-OHDA
lesioned rat and dopamine loss in striatal and substantia nigra sub regions.
Synapse, 2006, 59: 532–544.

Onyango IG. Mitochondrial Dysfunction and Oxidative Stress in Parkinson’s


Disease. Neurochem Res, 2008; 33: 589–597.

91
Paxinos G, Watson C. The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates, Fourth
edition. Academic Press, San Diego. 1998.

Salin P, López IP, Kachidian P, Barroso-Chinea P, Rico AJ, Gómez-Bautista V,


Coulon P, Kerkerian-Le Goff L, Lanciego JL. Changes to interneuron-driven
striatal microcircuits in a rat model of Parkinson's disease. Neurobiol Dis, 2009;
34: 545-552.

Salum C, Vozari-Raisman R, Michel PP, Gomes MZ, Mitkovski M, Ferrario JE,


Ginestet L, Del Bel EA. Modulation of dopamine uptake by nitric oxide in
cultured mesencephalic neurons. Brain Research, 2008;1198, 27-33.

Sancesario G, Giorgi M, D'Angelo V, Modica A, Martorana A, Morello M,


Bengtson CP, Bernardi G. Down-regulation of nitrergic transmission in the rat
striatum after chronic nigrostriatal deafferentation. Eur.J.Neurosci, 2004; 20,
989–1000.

Schober A. Classic toxin-induced animal models of Parkinson's disease: 6-


OHDA and MPTP. Cell Tissue Res, 2004; 318:215-224.

Schulz JB, Matthews RT, Muqit MM, Browne SE, Beal MF. Inhibition of
neuronal nitric oxide synthase by 7-nitroindazole protects against MPTP-
induced neurotoxicity in mice. J Neurochem, 1995; 64:936-939.

Schwarting RK, Huston JP. Unilateral 6-hydroxydopamine lesions of meso-


striatal dopamine neurons and their physiological sequelae, Prog. Neurobiol,
1996; 49: 215-266.

Sethi KD. Clinical aspects of Parkinson disease. Curr. Opin. Neurol, 2002; 15:
457-460.

Singh S, Das T, Ravindran A, Chaturvedi RK, Shukla Y, Agarwal AK, Dikshit M,


Involvement of nitric oxide in neurodegeneration: a study on the experimental
models of Parkinson's disease. Redox Rep, 2005; 10:103–109.

Smith MP, Cass WA, Oxidative stress and dopamine depletion in an intrastriatal
6-hydroxydopamine model of Parkinson's disease. Neuroscience, 2006; 144:
1057–1066.
92
Tajiri N, Yasuhara T, Shingo T, Kondo A, Yuan W, Kadota, T, Wang F, Baba, T,
Tayra JT, Morimoto T, Jing M, Kiruchi Y, Kuramoto S, Agari T, Miyoshi Y, Fujino
H, Obata F, Takeda I, Furuta T, Date I. Exercise exerts neuroprotetive effects
on Parkinson’s Disease model of rats. Brain Research, 2010; 1310: 200-207.

Tieu K, Ischiropoulos H, Przedborski S. Nitric oxide and reactive oxygen


species in Parkinson's disease. IUBMB Life. 2003; 55:329-335.

Van den Munckhof P, Gilbert F, Chamberland M, Levesque D, Drouin J. Striatal


neuroadaptation and rescue of locomotor deficit by L-dopa in aphakia mice, a
model of Parkinson's disease. J. Neurochem, 2006; 96: 160–170.

Volz TJ, Schenk JO. L-arginine increases dopamine transporter activity in rat
striatum via a nitric oxide synthase-dependent mechanism. Synapse, 2004;
54:173–182.

Zhang L, Dawson VL, Dawson TM. Role of nitric oxide in Parkinson's disease.
Pharmacol Ther. 2006; 109: 33-41.

Zuch CL, Nordstroem VK, Briedrick LA, Hoernig GR, Granholm AC, Bickford
PC.Time course of degenerative alterations in nigral dopaminergic neurons
following a 6-hydroxydopamine lesion. J Comp Neurol, 2000; 427:440-454.

Watanabe Y, Kato H, Araki T. Protective action of neuronal nitric oxide synthase


inhibitor in the MPTP mouse model of Parkinson's disease. Metab Brain Dis,
2008; 23:51-69.

Wersinger C, Sidhu A. An inflammatory pathomechanism for Parkinson's


disease? Curr Med Chem, 2006; 13:591-602.

West AR, Galloway MP. Nitric oxide and potassium chloride-facilitated striatal
dopamine efflux in vivo: role of calcium-dependent release mechanisms.
Neurochem. Int, 1998; 33: 493–501.

West AR, Galloway MP, Grace AA, Regulation of striatal dopamine


neurotransmission by nitric oxide: effector pathways and signalling
mechanisms. Synapse, 2002; 44: 227–245.

93
ANEXOS
PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

95
96
[RBME] Agradecimento pela Submissão

Fernanda Colmatti <suporte.aplicacao@scielo.org> 16 de junho de 2012 22:59

Responder a: sheilla Barroso <sheillasb@gmail.com>

Para: sheilla Barroso <sheillasb@gmail.com>

Dr. (a) sheilla Barroso,

Agradecemos a submissão do seu manuscrito "EFEITOS COMPORTAMENTAIS DO


EXERCÍCIO E DO EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A DEGENERAÇÃO DE
NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS EM RATOS." para Revista Brasileira de Medicina do
Esporte. Através da interface de administração do sistema, utilizado para
a submissão, será possível acompanhar o progresso do documento dentro do
processo editorial, bastando logar no sistema localizado em:

URL do Manuscrito:
http://submission.scielo.br/index.php/rbme/author/submission/94126

Em caso de dúvidas, envie suas questões para este email. Agradecemos mais
uma vez considerar nossa revista como meio de transmitir ao público seu
trabalho.

Fernanda Colmatti
Revista Brasileira de Medicina do Esporte
Fernanda Colmatti/Arthur T. Assis
Atha Comunicação e Editora
Tel/Fax:55-11-5579-5308
Revista Brasileira de Medicina do Esporte
http://submission.scielo.br/index.php/rbme

97

Você também pode gostar