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Ana Mendes nº1 12ºD 24/10/2022

Trabalho de História
Resumo p. 48 – 55

A Regressão do Demoliberalismo

No princípio dos anos 20, mais precisamente em 1918, com o fim da 1ª Guerra
Mundial a Europa atravessava um período difícil e onde a democracia liberal se tornou
dominante na Europa Central e Ocidental. Nas quais os governos para poderem responder as
necessidades financeiras, resolveram aumentar a massa monetária em circulação, e adotaram
um regime baseado na divisão dos poderes e no sufrágio universal. No entanto, o
Demoliberalismo mostrou-se frágil e instável, até nos países com maior tradição democrática.
A isso tudo ainda se juntou a instabilidade política, a agitação revolucionária socialista e a
afirmação das forcas conservadoras, estas mobilizaram apoiantes que puseram em causa o
demoliberalismo.

O impacto do Socialismo Revolucionário

O impulso fornecido pela Rússia Soviética sentiu-se mais fortemente em Moscovo,


onde, em 1919, se fundou a III Internacional, também chamada de Internacional Comunista
ou Komintern, Lenine reafirmou a via revolucionária que devia ser conduzida pelos partidos
comunistas dos vários países, como podemos observar no doc. 2 da p.49, onde o cartaz diz o
seguinte “Proletários de todo o mundo uni-vos, apelando ao internacionalismo operário”.
Propunha-se a coordenar a luta dos partidos operários a nível mundial, para
que o marxismo-leninismo triunfasse. Para os bolcheviques russos era uma condição
de sobrevivência da sua revolução. A revolução socialista europeia deveria ser conduzida por
partidos comunistas fiéis ao marxismo-leninismo, propunham que os proletários tomassem o
poder.

Dificuldades económicas e Radicalização dos movimentos sociais


A Europa do pós-guerra evidenciava uma conjuntura económica e social problemática,
caracterizada por diversos sinais, por fim ainda se juntou uma crise político-social.

As massas populares expõem a sua insatisfação a partir de movimentos de ocupação


de terras e fábricas, bem como promovendo greves e manifestações sociais. Assim os regimes
demoliberais europeus apresentam-se aparentemente incapazes de obter respostas eficazes
para parar o clima de contestação generalizada.

Por toda europa o espírito revolucionário se estendeu, encorajado pela revolução de


outubro, procuram-se então novas soluções políticas que radicalizaram a vida social e política.
Na Alemanha:

 Apos o término da 1ª Guerra, surgiram Sovietes, com uma estrutura decalcada do


modelo soviético,
 Inicio de 1919, deu-se uma revolta, em Berlim, pelos espartaquistas com objetivo de
implementar o modelo soviético,
 Em 1919, em Baviera instalou-se uma república soviética,
 1920, revolta comunista no Ruhr,
 Agitação comunista na Alemanha central,
 1923, agitação comunista na Saxónia, Turíngia e Hamburgo.

Hungria:

 Entre março e agosto de 1919, os comunistas tomaram as rédeas da governação deste


país.

Itália:

 1919, ocupação de terras,


 1920, ocupação de fábricas.

França:

 1920, tentativa de uma greve geral.

Emergência de Autoritarismo

Os receios provocados pelas vagas revolucionárias, que colocavam em perigo a


propriedade privada e ameaçava os valores da alta burguesia e das classes médias,
favoreceram a ascensão de movimentos autoritários de direita na década de 20.

Os regimes autoritários e personalizados, como é o caso do fascismo, revelaram-se


como os únicos defensores da ordem, ao executarem expedições punitivas contra socialistas e
comunistas e ao prometerem novas perspetivas para um futuro venturoso.
Em 1922, Mussolini provocou a Marcha sobre Roma e oprimiu o rei Vítor Manuel III a nomeá-
lo chefe Executivo. O fascismo ficou então, desde 1922, implantado na Itália.

A Alemanha observou, em 1923, o Golpe de Estado (putsch) de Hitler, em Munique,


guiada contra a República democrática de Weimar. O golpe falhou, mas a semente do nazismo
haveria germinar dez anos depois. Irritada com a recuperação económica, contestada pelo
proletariado, pelas classes médias e grandes proprietários, a democracia liberal europeia
parecia um organismo pálido e doente. A emergência do autoritarismo confirma, de facto, a
regressão do demoliberalismo.

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