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EDITAL DO LEILÃO NO 01/2023-ANEEL

ANEXO 2-05 – LOTE 05

ANEXO 2-05
LOTE 05

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO COMPOSTAS


POR

LT 500 kV Morro do Chapéu II – Poções III C2 CS


LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2 CS
LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2 CS
LT 500 kV João Neiva 2 - Viana 2 C2 CS

CARACTERÍSTICAS
E
REQUISITOS TÉCNICOS ESPECÍFICOS

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ANEXO 2-05 – LOTE 05

ÍNDICE
1. DESCRIÇÃO ................................................................................................... 4
1.1. CONFIGURAÇÃO BÁSICA............................................................................................................. 4

2. LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA – LTA ........................................................... 7


2.1. REQUISITOS GERAIS.................................................................................................................... 7
2.2. CAPACIDADE DE CORRENTE ....................................................................................................... 7
2.3. REQUISITOS ELÉTRICOS .............................................................................................................. 7
2.3.1. CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS ........................................................................... 7
2.3.2. PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES ........................................................................................... 8
2.3.3. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA ................................................................................................. 9
2.3.4. SIL (SURGE IMPEDANCE LOADING) EQUIVALENTE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO EM NÍVEL DE
TENSÃO 500 KV .................................................................................................................................... 9
2.3.5. RELIGAMENTO MONOPOLAR .................................................................................................. 9

3. LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA – LTS ............................................... 9


4. SUBESTAÇÕES ............................................................................................... 9
4.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS ............................................................................................................. 9
4.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS E EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES .......................................10
4.3. CAPACIDADE DE CORRENTE ......................................................................................................10

5. EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÃO ............................................................... 10


5.1. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA .......................................................................10
5.2. TRANSFORMADOR DEFASADOR ................................................................................................10
5.3. REATORES EM DERIVAÇÃO ........................................................................................................10
5.4. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ...............................................................................................11
5.5. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO .................................................................................11
5.6. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS - CER ....................................................................11
5.7. COMPENSADOR SÍNCRONO.......................................................................................................11
5.8. PARA-RAIOS LOCALIZADOS NAS ENTRADAS DE LINHA ..............................................................11
5.9. CHAVES SECCIONADORAS .........................................................................................................11

6. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ...................................................... 12


6.1. ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS........................................................................12
6.2. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE
TRANSMISSÃO. ......................................................................................................................................14

7. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ...................... 14

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7.1. RELATÓRIOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO ................................................14


7.1.1. ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2) ....................................................................................................14
7.1.2. MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO (RELATÓRIOS R3) .........................................................................15
7.1.3. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES (RELATÓRIOS R4) ............................15
7.1.4. RELATÓRIO DE CUSTOS FUNDIÁRIOS ................................................................................................15

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1. DESCRIÇÃO
Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos específicos das instalações de
transmissão.

1.1. CONFIGURAÇÃO BÁSICA


1.1.1. A configuração básica é caracterizada pelas instalações listadas nas tabelas a seguir.
TABELA 1.1.1 – OBRAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
Subestação Subestação Circuito Tensão (kV) Extensão (km)
SE Morro do Chapéu II SE Poções III C2 – Simples 500 336
SE Poções III SE Medeiros Neto II C2 – Simples 500 316
SE Medeiros Neto II SE João Neiva 2 C2 – Simples 500 277
SE João Neiva 2 SE Viana 2 C2 – Simples 500 78
TABELA 1.1.2 – OBRAS DE SUBESTAÇÕES

Arranjo Equipamentos principais


Tensão
Nome de
(kV) Qtde Descrição
barras
Módulo de Entrada de Linha (LT 500kV Morro do Chapéu
1
II - Poções III C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 63,3 Mvar
3
cada (LT 500kV Morro do Chapéu II - Poções III C2) (1) (2)
Morro do Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
500 DJM 1
Chapéu II 500kV Morro do Chapéu II - Poções III C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Barra de 50 Mvar
4
cada (5)
1 Módulo de Conexão de Reator de Barra
1 Módulo de Interligação de Barras
Módulo de Entrada de Linha (LT 500kV Morro do Chapéu
1
II - Poções III C2)
Módulo de Entrada de Linha (LT 500kV Poções III -
1
Medeiros Neto II C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Barra de 50 Mvar
4
cada (6)
1 Módulo de Conexão de Reator de Barra
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 63,3 Mvar
Poções III 500 DJM 4
cada (LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2) (1)
Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
1
500kV Morro do Chapéu II - Poções III C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 83,3 Mvar
4
cada (LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2) (1)
Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
1
500kV Poções III - Medeiros Neto II C2)
2 Módulos de Interligação de Barras
Módulo de Entrada de Linha (LT 500 kV Poções III -
1
Medeiros Neto II C2)
Medeiros Módulo de Entrada de Linha (LT 500 kV Medeiros Neto II
500 kV DJM 1
Neto II - João Neiva 2 C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Barra de 66,6 Mvar
4
cada (7)
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Arranjo Equipamentos principais


Tensão
Nome de
(kV) Qtde Descrição
barras
1 Módulo de Conexão de Reator de Barra
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 83,3 Mvar
4
cada (LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2) (1)
Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
1
500kV Poções III - Medeiros Neto II C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 71,6 Mvar
3
cada (LT 500kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2) (1) (4)
Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
1
500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2)
2 Módulos de Interligação de Barras
Módulo de Entrada de Linha (LT 500 kV Medeiros Neto II
1
- João Neiva 2 C2)
Módulo de Entrada de Linha (LT 500 kV João Neiva 2 –
1
Viana 2 C2)
Unidades Monofásicas de Reator de Barra de 66,6 Mvar
4
cada (8)
João Neiva 2 500 DJM
1 Módulo de Conexão de Reator de Barra
Unidades Monofásicas de Reator de Linha de 71,6 Mvar
4
cada (LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2) (1) (4)
Módulo de Conexão de Reator de Linha sem disjuntor (LT
1
500kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2)
2 Módulos de Interligação de Barras
Módulo de Entrada de Linha (LT 500kV João Neiva 2 –
1
Viana 2 500 DJM Viana 2 C2)
1 Módulo de Interligação de Barras
(1) A TRANSMISSORA deverá verificar, para o projeto de linha de transmissão adotado, se os reatores estão
adequados para a faixa de frequência entre 56 Hz e 66 Hz.

(2) A TRANSMISSORA deverá implantar a infraestrutura necessária para compartilhar unidade de reator reserva
da LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C1 com a LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2 na SE
Medeiros Neto II. Na subestação João Neiva 2, deverá ser implantada unidade de reator monofásico reserva;

(3) A TRANSMISSORA deverá implantar unidade de reator de barra reserva na SE João Neiva 2 com espaçamento
suficiente para que futuramente possa ser implantada infraestrutura necessária para o compartilhamento
futuro.

Legenda: DJM – Disjuntor e Meio.

1.1.2. A configuração básica supracitada constitui-se na alternativa de referência. Os requisitos


técnicos deste anexo caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer
solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica
comprobatória.
1.1.3. A utilização pelo empreendedor de outra solução, que não a alternativa de referência, fica
condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenhos equivalentes ou superior
àqueles proporcionados pela referência.
1.1.4. A demonstração da equivalência pela TRANSMISSORA deverá evidenciar o atendimento aos
requisitos dos Procedimentos de Rede e do Anexo Técnico e garantir a(s) funcionalidade(s)
inerentes à alternativa de referência.
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1.1.5. No caso de proposição de configuração alternativa, o projeto das compensações reativas


série e derivação das linhas de transmissão deve ser definido de forma que o conjunto formado
pelas linhas e suas compensações atendam aos requisitos constantes no Edital e seus Anexos.
1.1.6. O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações
detalhadas neste Anexo. Estão ainda incluídos no empreendimento os equipamentos terminais
de manobra, módulos de interligação de barras, proteção, supervisão e controle,
telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação
do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste Anexo.
Portanto, a TRANSMISSORA será responsável por todas as ações necessárias para permitir a
Entrada em Operação Comercial do objeto do Contrato de Concessão, atendendo às condições
do Edital, Procedimentos de Rede e Regulamentação vigente.
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2. LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA – LTA

2.1. REQUISITOS GERAIS

2.2. CAPACIDADES DE CORRENTE

A(s) linha(s) ou trecho(s) de linha de transmissão deve(m) ter capacidades operativas de longa e
de curta duração não inferiores aos valores indicados na tabela a seguir.
TABELA 2.2.1 – CAPACIDADES OPERATIVAS DE LONGA E DE CURTA DURAÇÃO

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão Longa duração (A) Curta duração


(A)
LTA 500kV Morro do Chapéu II - Poções III - C2 CS 4.000 4.000
LTA 500kV Poções III - Medeiros Neto II C2 CS 4.000 4.000
LTA 500kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2 CS 4.000 4.000
LTA 500kV João Neiva 2 - Viana 2 C2 CS 4.000 4.000

A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de


transmissão em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma
técnica NBR 5422 da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de
emergência estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.

A(s) linha(s) ou trecho(s) de linha de transmissão deve(m) ter capacidades operativas sazonais de
longa e de curta duração para as condições verão-dia (VD), verão-noite (VN), inverno-dia (ID) e
inverno-noite (IN) não inferiores aos valores indicados na Tabela 2.2.2.
TABELA 2.2.2 – CAPACIDADES OPERATIVAS SAZONAIS DE LONGA E DE CURTA DURAÇÃO

Longa duração (A) Curta duração (A)


Linha ou trecho de linha de
transmissão
VD VN ID IN VD VN ID IN
LTA 500kV Morro do Chapéu II -
4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000
Poções III - C2 CS
LTA 500kV Poções III - Medeiros
4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000
Neto II C2 CS
LTA 500kV Medeiros Neto II -
4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000
João Neiva 2 C2 CS
LTA 500kV João Neiva 2 - Viana
4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000 4000
2 C2 CS

Tais valores foram determinados de acordo com a metodologia estabelecida na REN 191/2005 e
detalhada na Nota Técnica ONS NT 094/2016, disponível no portal do ONS – www.ons.org.br –
“Metodologia para cálculo da capacidade sazonal de projeto de linhas de transmissão a serem
licitadas” e limitados à capacidade dos equipamentos terminais.

2.3. REQUISITOS ELÉTRICOS

2.3.1. CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS


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No dimensionamento dos cabos para-raios, deve ser adotada a corrente de curto-circuito indicada
nas tabelas abaixo, conforme o caso:
(a) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para o dimensionamento dos
novos cabos para-raios da linha de transmissão em projeto.
O dimensionamento dos cabos para-raios – seja no caso de nova linha de transmissão ou de
novo(s) trecho(s) de linha originado(s) a partir de seccionamento de LTA existente – deve
adotar, como premissa, no mínimo, o(s) valor(es) de corrente de curto-circuito fase-terra
indicado(s) na Tabela 2.3.1.1.. Esse(s) valor(es) de corrente está(ão) referido(s) ao nível de
tensão do(s) barramento(s) da(s) subestação(ões) terminal(is).
TABELA 2.3.1.1 – CORRENTE(S) DE CURTO-CIRCUITO NA(S) SE(S) TERMINAL(IS) PARA O DIMENSIONAMENTO DOS CABOS PARA-
RAIOS DE NOVA LTA OU NOVO(S) TRECHO(S) DE LTA EM PROJETO

Linha ou trecho(s) de linha de Subestação(ões) Nível de tensão Valor de corrente


transmissão terminal(is) do barramento de curto-circuito
de referência fase-terra (kA)

LTA 500kV Morro do Chapéu II Morro do Chapéu II


500 kV 50
- Poções III - C2 CS e Poções III

LTA 500kV Poções III - Poções III e


500 kV 50
Medeiros Neto II C2 CS Medeiros Neto II

LTA 500kV Medeiros Neto II - Medeiros Neto II -


500 kV 50
João Neiva 2 C2 CS João Neiva 2

LTA 500kV João Neiva 2 - Viana João Neiva 2 - Viana


500 kV 50
2 C2 CS 2

2.3.2. PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES


A resistência de sequência positiva por unidade de comprimento da linha ou trechos de linha de
transmissão deve ser igual ou inferior a da configuração básica, conforme indicado na Tabela
2.3.2.1
TABELA 2.3.2.1 – RESISTÊNCIA DE SEQUÊNCIA POSITIVA DA LINHA POR UNIDADE DE COMPRIMENTO (Ω/KM)

Linha ou trecho(s) de linha de Temperatura de Resistência de sequência


transmissão referência (°C) positiva da linha por unidade
de comprimento (Ω/km)

LTA 500kV Morro do Chapéu II - 50 0,0140


Poções III - C2 CS

LTA 500kV Poções III - Medeiros 50 0,0140


Neto II C2 CS

LTA 500kV Medeiros Neto II - 50 0,0140


João Neiva 2 C2 CS

LTA 500kV João Neiva 2 - Viana 50 0,0140


2 C2 CS
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2.3.3. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


Tendo em vista as características especificas das linhas de transmissão: LT 500 kV Morro do
Chapéu II – Poções III C2 CS, LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2 CS e LT 500 kV Medeiros
Neto II - João Neiva 2 C2 CS, o perfil de tensão em regime permanente ao longo dessas LTs, quando
da transmissão de fluxos de potência reduzidos, pode ultrapassar a tensão máxima operativa
definida no item 2.2.6 do Anexo Técnico Geral.

Assim sendo, para cada uma das linhas de transmissão especificadas no parágrafo anterior, deverá
ser adotada como tensão máxima operativa, nos cálculos da coordenação de isolamento da linha
a 60 Hz, a maior tensão em regime permanente ao longo da LT (a 25%, a 50%, e a 75% do
comprimento), a ser determinada nos estudos de fluxo de potência, podendo ser superior a
550 kV. Nesses estudos deverão ser considerados fluxos de potência inferiores ao SIL (na faixa de
10% a 25%), considerando-se a tensão nas extremidades da linha próximas ao limite operativo
(550 kV) e a condição operativa que propicie a menor potência de curto-circuito local para esse
nível de transmissão de potência.
Caso esse critério venha a ser determinante na determinação das distâncias fase-terra e fase-fase
da cabeça de torre, o fator de surto resultante dessa nova disposição deverá ser informado para
efeito de avaliação das tensões de manobra.

2.3.4. SIL (SURGE IMPEDANCE LOADING) EQUIVALENTE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO EM


NÍVEL DE TENSÃO 500 KV
As estruturas deverão seguir a configuração dos feixes dos subcondutores e a geometria das fases
e dos cabos para-raios conforme o padrão de referência, sendo aceito variações que viabilizem
um SIL equivalente da LT de no mínimo 1.510 MW. Uma forma de verificação poderá se basear
no cálculo com base em uma estimativa da distribuição de frequência das estruturas
da série considerando o relevo do terreno de implantação da LT e/ou as informações de outras
linhas de transmissão em 500 kV com mesmo grau de compactação existentes nas proximidades.
Posteriormente, a definição do SIL a partir das características
técnicas efetivamente implantadas deverão ser comprovadas com base no quantitativo real dos
tipos de estruturas.

2.3.5. RELIGAMENTO MONOPOLAR


Deverá ser implantada toda a infraestrutura necessária para permitir a utilização da função de
religamento monopolar a qualquer momento, mesmo que não seja prevista a utilização imediata.
A comprovação do atendimento a essa obrigação deverá ocorrer no âmbito do projeto básico.

3. LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA – LTS


Não se aplica.

4. SUBESTAÇÕES

4.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS


Para ampliações de subestações existentes podem ser utilizadas áreas internas e, caso seja
necessário, a aquisição de área adicional será de responsabilidade da TRANSMISSORA, devendo
contemplar espaço suficiente para as instalações a serem implantadas de imediato indicadas no
item 1.1 deste Anexo Técnico. Será de responsabilidade da TRANSMISSORA tudo o que for
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necessário para realizar a expansão dos pátios das subestações existentes, incluindo
terraplanagem de grande volume, conforme previsto para implantação deste empreendimento.
A TRANSMISSORA deve considerar a possível necessidade de aquisição de terreno adicional nas
SEs Medeiros Neto II e João Neiva 2 para permitir a implantação do objeto deste CONTRATO.

4.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS E EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES


A Transmissora deve seguir as configurações de barramento que constam na Tabela 1.1.2.

4.3. CAPACIDADE DE CORRENTE


(a) Corrente em regime permanente
As correntes nominais dos barramentos das subestações (em todos os seus níveis) e dos
demais equipamentos devem ser dimensionadas para atender, no mínimo, aos requisitos
estabelecidos no Anexo 2 (Anexo Técnico Geral) e aos requisitos específicos estabelecidos a
seguir:
A corrente nominal dos disjuntores, chaves seccionadoras e demais equipamentos dos vãos de
500 kV deve ser de 4.000 A ou superior, caso a Transmissora determine esta necessidade.

(b) Capacidade de curto-circuito


Os equipamentos e demais instalações em 500 kV devem suportar, no mínimo, as correntes
de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:
• corrente de curto-circuito nominal: 50 kA
• valor de crista da corrente suportável nominal: 130,0 kA (fator de assimetria de 2,6).
Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos
podem ser necessários em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano
horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no
item 11 do Anexo 2 (Anexo Técnico Geral).

5. EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÃO

5.1. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA


Não se aplica.

5.2. TRANSFORMADOR DEFASADOR


Não se aplica.

5.3. REATORES EM DERIVAÇÃO


Os reatores previstos são os discriminados no item 1.1.

Em função do nível de isolamento necessário para o neutro dos reatores de linha, a


TRANSMISSORA deverá considerar a necessidade da adoção de reatores de neutro, sendo
responsabilidade da TRANSMISSORA:

• realizar os estudos durante a etapa de projeto básico para identificar a solução técnica; e
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• implantar a infraestrutura necessária para permitir a operação das instalações com plena
capacidade em atendimento ao Anexo Geral, a este Anexo 2-03 e aos Procedimentos de
Rede.

5.4. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE


Não se aplica.

5.5. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO


Não se aplica.

5.6. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS - CER


Não se aplica.

5.7. COMPENSADOR SÍNCRONO


Não se aplica.

5.8. PARA-RAIOS LOCALIZADOS NAS ENTRADAS DE LINHA


Estes para-raios, além de atender ao estabelecido no item 7.3 do Anexo Técnico Geral deste leilão,
devem atender ao disposto a seguir.

Como os para-raios supramencionados possuem a função de proteger a linha, não devem ser
submetidos, para efeito de dimensionamento, a energias superiores a 90% de sua capacidade de
dissipação, que deve ser suficiente para dissipar toda a energia identificada nos estudos no ATP
de manobras intencionais e de rejeição de carga.

Os para-raios das linhas em 500 kV poderão operar na extremidade de uma linha em vazio, por
uma hora, com tensão aplicada de 346 kV fase-terra (600 kV fase-fase).

A Transmissora deverá garantir o desempenho nas condições informadas pelos estudos de


planejamento e atualizadas pelos estudos do Projeto Básico.

Os para-raios de linha, em todos os trechos em 500 kV deste lote, devem ser especificados e
adquiridos como de tipo ZNO com capacidade de dissipação de energia mínima de 13 kJ/kV de
rating.

Os para-raios das linhas 500 kV Morro do Chapéu II – Poções III C2 CS, LT 500 kV Poções III –
Medeiros Neto II C2 CS e LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2 CS devem ser dotados de,
no mínimo, um número suficiente de colunas para efeito de dissipação de energia, com base nas
energias encontradas nos Relatórios R2 do circuito C1, estimada em 3 colunas. Caso os estudos
do projeto básico indiquem energias significativamente diferentes, avaliações deverão ser feitas
para comprovar esse atendimento através de informações do fornecedor da solução
(característica VI utilizada, kJ/kV, etc.), podendo inclusive haver uma variação do número de
colunas previsto.

5.9. CHAVES SECCIONADORAS


As chaves seccionadoras com lâmina de terra devem ser especificadas com capacidade de realizar
as suas manobras de abertura e fechamento, com capacidade suficiente para fazer frente aos
acoplamentos eletromagnéticos e eletrostáticos advindas das solicitações dos estudos
desenvolvidos na etapa de projeto básico, com base nas definições da IEC62271- 102.
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Caso as solicitações identificadas excedam os montantes estabelecidos na norma supra


mencionada para a classe de tensão de transmissão onde estão instaladas, deve ser adquirida
chave de classe de tensão superior (vide norma), suficiente para atendimento às solicitações
identificadas. Não serão aceitas, nesse caso, proposições de chaves com lâmina de terra de tensão
nominal inferior àquela identificada pela norma como necessária.

6. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

6.1. ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS


A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando
hoje na região das subestações Morro do Chapéu II, Poções III, Medeiros Neto II e João Neiva 2,
estruturada em um sistema hierárquico com sistemas de supervisão e controle instalados nos
Centros de Operação do ONS, quais sejam:
• Centro Regional de Operação Nordeste – COSR-NE;
• Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE;
• Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico - CNOS.
Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a
seguir, sendo que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de dados entre o Centro de
Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos sistemas de supervisão das subestações
envolvidas, devidamente integrados aos existentes. A interconexão de dados com o Centro do
ONS se dá através de dois sistemas de aquisição de dados, sendo um local (SAL) e outro remoto
(SAR). SAL e SAR são sistemas de aquisição de dados (front-ends) do ONS que operam numa
arquitetura de alta disponibilidade, sendo o (SAL) localizado no centro de operação de
propriedade do ONS (COSR), e o outro (SAR), localizado em outra instalação designada pelo ONS.
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FIGURA 6.1.1 – ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes
interligações de dados:
Interconexão com o Centro Regional de Operação Nordeste (COSR-NE) e Centro Regional de
Operação Sudeste (COSR-SE), para o atendimento aos requisitos de supervisão e controle dos
equipamentos das linhas de transmissão e subestações objeto deste leilão, através de dois
sistemas de aquisição de dados, um local (SAL) e outro remoto (SAR).
Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá
se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros,
desde que sejam atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações.
Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a
estrutura dos centros apresentada na figura anterior seria alterada com a inserção do
concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR do ONS e,
portanto, incluído no objeto desta licitação.
A figura a seguir ilustra uma possível configuração.
EDITAL DE LEILÃO NO 01/2023-ANEEL
ANEXO 2-05 – LOTE 05

FIGURA 6.1.2 – ARQUITETURA ALTERNATIVA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

6.2. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE


TRANSMISSÃO.
Não se aplica.

6.3. EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E NÃO INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO.


Não se aplica.

7. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO


Os relatórios de Estudos de Engenharia e Planejamento para as linhas de transmissão e para as
subestações interligadas estão relacionados a seguir.
Estes relatórios e documentos subsidiam a elaboração deste anexo cabendo avaliação de suas
recomendações pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação
das instalações. Caso haja divergência entre os Anexos (Características e Requisitos Técnicos
Gerais das Instalações de Transmissão e Características e Requisitos Técnicos Específicos) e os
Relatórios discriminados neste item, prevalece a informação disponibilizada neste Anexo Técnico.

7.1. RELATÓRIOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO

7.2. ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2)


EDITAL DE LEILÃO NO 01/2023-ANEEL
ANEXO 2-05 – LOTE 05

Nº EMPRESA DOCUMENTO
EPE-DEE-RE-148/2021-rev2, de R1 – Análise Técnico-Econômica das Alternativas - Estudo de
26/08/2022 Escoamento de Geração na Região Nordeste – Volume 1: Área Sul

7.3. MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO (RELATÓRIOS R3)


A TRANSMISSORA deve implantar as instalações de transmissão deste Lote, observando a
legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

Nº EMPRESA DOCUMENTO
Neoenergia, sem número, de R3 – Caracterização e Análise Socioambiental – LT 500 kV Morro
02/06/2022 do Chapéu II – Poções III, C2, CS
Neoenergia, sem número, R3 – Caracterização e Análise Socioambiental – LT 500 KV Poções
de 03/06/2022 III – Medeiros Neto II, C2, CS
Neoenergia, sem número, R3 – Caracterização e Análise Socioambiental – LT 500 kV
de 05/05/2022 Medeiros Neto II – João Neiva II, C2, CS
Neoenergia, sem número, R3 – Caracterização e Análise Socioambiental – LT 500 kV João
de maio/2021 Neiva 2 – Viana 2 e LT 345kV Viana 2 – Viana 1

7.4. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES (RELATÓRIOS R4)

Nº EMPRESA DOCUMENTO
R4 - Caracterização das Instalações Existentes –
Odoyá, nº TD-1329-PE-MDC-G-
Empreendimento: SE Morro do Chapéu II
RE-0001, de abril de 2022
R4 - Caracterização das Instalações Existentes –
EDTE, nº TD-5164-PE-POT-G-RE-
Empreendimento: SE Poções III
0001, de 15/06/22
R4 - Caracterização das Instalações Existentes –
Neoenergia, nº TD-1328-PE-
Empreendimento: SE Medeiros Neto II
MDN-G-RE-0001, 03/06/22

7.5. RELATÓRIO DE CUSTOS FUNDIÁRIOS

Nº EMPRESA DOCUMENTO
Relatório de Custos Fundiários – Empreendimentos:
LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2, LT 500 kV
Neoenergia, sem número, Poções III - Medeiros Neto II C2, LT 500 kV Medeiros
versão 2, de 25/05/2022 Neto II - João Neiva 2 C2, e LT 500 kV Xingó - Camaçari II
C1 e C2

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