O documento discute os desafios enfrentados por pessoas com deficiência durante a pandemia de COVID-19, como a dificuldade de comunicação para surdos com o uso de máscaras e o desconforto para pessoas com autismo, além das dificuldades para cegos de obter ajuda no distanciamento social. Relatos mostram que as necessidades dessas pessoas não foram consideradas e a inclusão precisa fazer parte de todos os aspectos da sociedade.
O documento discute os desafios enfrentados por pessoas com deficiência durante a pandemia de COVID-19, como a dificuldade de comunicação para surdos com o uso de máscaras e o desconforto para pessoas com autismo, além das dificuldades para cegos de obter ajuda no distanciamento social. Relatos mostram que as necessidades dessas pessoas não foram consideradas e a inclusão precisa fazer parte de todos os aspectos da sociedade.
O documento discute os desafios enfrentados por pessoas com deficiência durante a pandemia de COVID-19, como a dificuldade de comunicação para surdos com o uso de máscaras e o desconforto para pessoas com autismo, além das dificuldades para cegos de obter ajuda no distanciamento social. Relatos mostram que as necessidades dessas pessoas não foram consideradas e a inclusão precisa fazer parte de todos os aspectos da sociedade.
Os desafios das pessoas com deficiência na pandemia
A pandemia foi um momento de grandes desafios e, dessa forma,
implicou na adaptação da rotina de todas as pessoas. O surgimento e propagação do vírus responsável pela Covid-19 fez com que fosse necessário o uso de máscaras de proteção facial em ambientes públicos, o distanciamento social e a constante higienização das mãos e superfícies de alto contato. As pessoas com deficiência, além de experienciarem o medo e as mudanças como todos, ainda tiveram que lidar com desafios únicos relacionados às suas necessidades. O uso de máscaras, não só dificultou a comunicação de pessoas surdas que utilizam a leitura labial, como também causou desconforto em pessoas com transtorno autista que não conseguem lidar com o material em seu rosto. Ambos os casos são ilustrados através de histórias reais na reportagem do jornal “Diário do Grande ABC”, intitulada de “Pandemia é desafio extra para deficientes”. Já a necessidade do distanciamento social foi um fator prejudicial para pessoas cegas, como conta Márcia de Souza na reportagem. Segundo a entrevistada, conseguir ajuda para atravessar a rua se tornou uma tarefa complicada, já que as pessoas estavam receosas de se aproximarem umas das outras. A partir dos relatos presentes na reportagem do “Diário da Grande ABC”, percebe-se que pessoas com deficiência vivenciaram dificuldades para além do perigo da contaminação da doença. Dessa forma, nota-se, ainda, que essas pessoas não são lembradas em momentos de grandes acontecimentos, como a pandemia do coronavírus, onde cada um tende a preocupar-se primeiro consigo mesmo em uma atitude “cada um por si”. Durante o período, não ouvimos falar, em larga escala, sobre as dificuldades que pessoas com deficiência poderiam estar vivenciando, nem paramos para pensar, como sociedade, em ações que poderiam ser realizadas para amenizar, se não solucionar, os problemas encontrados por esse público. Sendo assim, fica ainda mais claro que a inclusão não é a prioridade de órgãos públicos, empresas e cidadãos no geral. Para que a inclusão seja realmente efetiva, ela deve permear todos os aspectos do cotidiano e deve ser pensada durante todos os momentos, para que as necessidades das pessoas com deficiência não sejam percebidas apenas depois destas terem tido que experienciar momentos de dificuldade.