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Desequilíbrios e perspetivas da globalização

Aspetos negativos:
Desemprego
• Em quase todos os países em desenvolvimento, mais da metade da
população trabalhadora contava com empregos nas indústrias até que a
globalização se instalou.
• O avanço da tecnologia reduziu esse tipo de emprego e aumentou a
necessidade de profissionais qualificados em outras áreas. A maioria
das pessoas nos países em desenvolvimento não possui esse tipo de
qualificação.
• Assim, começou a ocorrer um vasto histórico de desemprego o que,
consequentemente, gerou incapacidade de satisfazer as necessidades
básicas de algumas pessoas.
• Tudo isso resulta em um aumento de atividades criminosas, como
roubo, furto, homicídio e abuso de drogas.
• A taxa de desemprego e pobreza continua crescendo à medida que
aumenta a desigualdade social.

Má qualidade na alimentação e doenças


• A globalização trouxe o consumo de alimentos processados que conta
com elementos químicos e artificiais em sua produção.
• Para se beneficiar de negócios agropecuários, animais como as vacas
são alimentadas com produtos químicos que as fazem produzir muito
leite ou aumento de peso. Esse processo é realizado com foco na larga
produção e venda para as indústrias.
• Devido ao aumento da ingestão desses produtos químicos presentes
nos alimentos, as doenças crônicas estão em ascensão.
• Além disso, há uma queda na qualidade de vida da população,
principalmente nos países em desenvolvimento, devido a problemas
como o consumo exacerbado de agrotóxico em alimentos.

Investimentos na economia estrangeira


• O investimento estrangeiro é um dos resultados da globalização que
culmina em muitos desenvolvimentos em países que ainda se
encontram em processo de desenvolvimento.
• Por exemplo, alguns investidores querem que as matérias-primas e os
bens sejam transferidos mais rapidamente para a própria indústria e
mercado, respetivamente.
• A única maneira de fazer isso é ajudar cada governo na construção de
uma infraestrutura eficiente. Assim, a população local consegue
emprego nessas indústrias e empresas estabelecidas em seu país.
• Os investidores impulsionam a economia do país pagando impostos ao
governo. Com isso, eles ajudam a melhorar instituições como escolas e
hospitais por meio de agências governamentais que beneficiam os locais
e seus familiares.
Competitividade no mercado econômico
• Hoje, os clientes têm acesso a marcas locais e internacionais a preços
competitivos. Empresas nacionais estão competindo com empresas
estrangeiras, o que leva melhores produtos e taxas mais baixas para o
consumidor final.
• Pequenas empresas podem agora expandir suas operações em todo o
mundo devido aos avanços da tecnologia. Além disso, as empresas
podem obter financiamento do exterior e levar suas operações para
mercados estrangeiros.
• Corporações multinacionais têm escritórios e filiais em todo o mundo, o
que lhes permite atingir um público maior e estimular o crescimento
econômico nos países em desenvolvimento.
• A globalização também incentiva a inovação e a criatividade. As
empresas estão sendo pressionadas a desenvolver melhores produtos e
serviços para se manterem competitivas.

O consumo e o meio ambiente


• Ao longo dos anos, a população mundial tem crescido
consideravelmente. A questão é que o consumo de recursos naturais
vem crescendo desenfreadamente e estamos consumindo mais
recursos naturais do que o planeta nos consegue oferecer.
• Ativistas têm apontado que a globalização levou a um aumento no
consumo de produtos, o que impactou o ciclo ecológico. O aumento do
consumo também leva a um aumento na produção de bens, o que, por
sua vez, sobrecarrega o meio ambiente.
• A globalização também levou a um aumento no transporte de matérias-
primas e alimentos de um lugar para outro. A quantidade de combustível
que é consumida no transporte desses produtos levou a um aumento
nos níveis de poluição no meio ambiente.
• Antes, as pessoas costumavam consumir alimentos cultivados
localmente, mas com a globalização, as pessoas consomem produtos
que foram desenvolvidos em países estrangeiros.
• O lixo industrial que é gerado como resultado da produção foi carregado
em navios e despejado nos oceanos. Isso matou muitos organismos
subaquáticos e depositou muitos produtos químicos nocivos no oceano.
• Tudo isso são consequências que a globalização tem gerado de forma
rápida e preocupante para o meio ambiente, o que gera um alerta feito
por ativistas e até mesmo elaboração de grandes acordos entre as
maiores potências mundiais.

Tecnologia e comunicação
• Com a internet, banda larga, tecnologia de telefonia celular, dispositivos
portáteis sem fio e outras tecnologias de comunicação, as pessoas
passaram a se comunicar perfeitamente, mesmo com longas distâncias.
• Com o avanço da tecnologia, o mundo está ficando cada vez menor, em
relação a tempo-espaço. Hoje a comunicação atravessa diferentes
pontos do mundo, com muita facilidade.
• Embora a comunicação entre as nações além de suas fronteiras seja um
conceito antigo, o desenvolvimento da globalização, principalmente nas
novas tecnologias, está impactando as formas como nos comunicamos
e aprendemos de maneiras diferentes e fascinantes.
• O aumento do uso da internet em particular tem sido incrivelmente
instrumental para melhorar as maneiras pelas quais nos conectamos
uns com os outros.
• Por causa de tecnologias como a internet, temos a oportunidade de ver
diversas perspectivas que estavam fora do nosso escopo anteriormente.
• Somos capazes de nos conectar totalmente com alguém que está a
milhares de quilômetros de distância em tempo real e os efeitos são
profundos, já que a nossa forma de conviver, trabalhar e nos relacionar
pode mudar completamente a partir disso.

Intervencionismo estrangeiro
• Entre os problemas que alguns veem no processo de globalização está
uma certa diminuição da soberania nacional. Como os países estão tão
inter-relacionados, económica, social, política e culturalmente, qualquer
desvio das diretrizes gerais é visto com desconfiança.
• No entanto, este intervencionismo não é mau nem bom em si, é apenas
uma característica dos novos tempos. Se reflete bondade ou maldade,
dependerá das consequências. Por exemplo, para a comunidade
internacional, obrigar um país a respeitar os direitos humanos é algo
positivo para os seus cidadãos. No entanto, se um grupo de países
forçar outro a adotar certas políticas económicas que vão contra a
maioria da sua população, isso será negativo para a sua sociedade.

Perda da identidade nacional


• Há também quem veja o perigo de perda da identidade nacional, já que
as sociedades se assemelham cada vez mais, com os mesmos gostos
culturais, modas, etc.
• Talvez o debate deva ser colocado sobre se essas identidades nacionais
são estáticas ou se sempre estiveram em evolução. Neste segundo
caso, o problema estaria mais na uniformidade do que na
transformação. Mais do que a mudança, o que preocupa é que essa
mudança leva todos os países ao mesmo lugar, ao mesmo estilo de
vida.
• Mas esse processo não é novo. Por exemplo, um nova-iorquino pode ter
mais em comum com um londrino do que com alguém do interior do seu
próprio país. E isso já acontece há séculos. Assim, o medo de perder a
identidade nacional não é apenas acreditar que as raízes estão
abandonadas, mas que o modo de vida não é diferenciado de um país
para outro.
• No entanto, na arena política não faltam aqueles que têm levantado as
suas bandeiras como elemento de diferenciação, apelando às emoções
primárias do sentido de pertença. É o caso do nacionalismo de extrema-
direita em países do Leste Europeu e outros mais próximos, como a
Itália.

Declínio das línguas minoritárias


• Para as línguas minoritárias, foi detetado um risco real de
desaparecimento, ou, pelo menos, de perda de influência nos seus
territórios. Ao longo da vida de uma pessoa isso pode ser quase
impercetível, mas ao longo de várias gerações pode haver um
desaparecimento gradual de muitas línguas em todo o planeta.
• O problema do desaparecimento de uma língua não é algo menor. A
língua é o expoente máximo de uma cultura e a sua perda implica o
desaparecimento de uma identidade única e insubstituível. Por isso, um
correto processo de globalização deve ter a preocupação de que as
essências que definem os povos perdurem, na medida do possível.

Aumento do desemprego nos países desenvolvidos


• Um dos aspetos mais referidos pelos críticos da globalização económica
é a fuga de empresas nacionais para países onde os custos de
produção são mais baixos. Essa realocação teve duas consequências
perniciosas: por um lado, à medida que os empregos desaparecem, o
desemprego aumenta nos países desenvolvidos e a mão-de-obra torna-
se mais barata; por outro, precarizaram-se os empregos e perderam-se
direitos que faziam parte do chamado estado de bem-estar.

Concentração de capital em grandes multinacionais


• Uma das consequências do ponto anterior é que as desigualdades
cresceram. Ao aumentar os lucros e as chances de competir, as
gigantes multinacionais são as grandes vencedoras desse modelo de
globalização económica. Pelo contrário, as pequenas empresas
nacionais e os profissionais independentes viram os seus rendimentos
diminuir e, consequentemente, ser afetados por um desequilíbrio
económico. Além disso, os trabalhadores perderam o poder de compra.
• De uma perspetiva global, pode ver-se como essa concentração de
capital em poucas mãos também empobrece os países. Muitas nações
têm um produto interno bruto inferior à faturação das grandes empresas,
o que coloca os seus estados em posição inferior, principalmente aos
que estão em processo de desenvolvimento. É por isso que muitos
veem menos vantagens e mais desvantagens na globalização.
• Em resumo, pode dizer-se que a globalização é um processo
irreversível, mas resta saber como se desenvolve. Enquanto o processo
avança, as bandeiras nacionais voltaram a ser hasteadas em muitos
países, levando à suspeita de que, talvez, a humanidade ainda não
esteja preparada para alcançá-lo.
Aspetos positivos:
A extensão da comunicação
• Se há um aspeto em que a globalização se tornou visível é o das
tecnologias de comunicação. A irrupção e consolidação das redes
sociais e a possibilidade de contactar em tempo real com qualquer parte
do planeta têm sido duas das suas chaves.
• Isso também afetou a perceção que os cidadãos têm do mundo como
uma entidade única. Para as pessoas do século XXI, a Terra é a casa
comum, e muito menor do que era para os humanos dos séculos
passados.
• A globalização caracteriza as sociedades mais modernas: integração e
facilidade de comunicação, livre circulação de mercadorias ou extensão
dos direitos humanos. Os benefícios também são para as empresas,
que podem agilizar todos os seus processos e aumentar as suas
vendas; e para pesquisadores e estudantes, que podem conectar-se e
aceder imediatamente a novos conhecimentos.
• Por outro lado, a comunicação e o uso global, de dispositivos eletrónicos
criaram toda uma nova estrutura social e económica. Graças a este,
surgiram novas profissões que podem ser desenvolvidas em qualquer
parte do globo.

Intercâmbio cultural
• A comunicação permite o intercâmbio cultural. Esse conhecimento
compartilhado enriquece a todos, tanto no campo das ideias quanto no
económico. Na história da humanidade nunca houve maior transferência
de valores culturais do que hoje.
• Este facto suscita desafios e debates, mas o multiculturalismo é uma
realidade nos países avançados. As grandes capitais do mundo
possuem pequenos microcosmos identitários nos seus bairros e refletem
uma nova forma de convivência entre diferentes culturas.

Desaparecimento das fronteiras económicas


• A livre circulação de bens e capitais gerou alguns aspetos positivos para
a economia global, embora nem sempre se tenham refletido na
população. O facto de os mesmos produtos, com as mesmas
características, poderem ser consumidos em diferentes países é um dos
símbolos da globalização comercial.
• Como em todos os processos, há avanços e retrocessos, e talvez o
aspeto económico seja um dos mais polémicos. Atualmente, existem
duas tendências opostas: a de uma maior globalização da economia e a
de um retorno ao protecionismo.
• É preciso deixar claro que os defensores dessas restrições não são
contra a globalização em geral, mas apenas contra os fatores que
consideram prejudiciais para eles próprios. Portanto, com o aumento das
tarifas na importação de produtos de alguns países e a redução das
exportações, há quem acredite que a desglobalização tenha começado.
Intercâmbio linguístico
• A permeabilidade cultural favorecida pelas redes sociais é um dos
fatores que favorecem o intercâmbio linguístico em todo o planeta. Outra
é o surgimento de plataformas online que oferecem séries de TV, que se
tornaram fenómenos culturais globais.
• Estas plataformas, que permitem a visualização na versão original com
legendas, são um grande avanço para o conhecimento de outras línguas
em países que, como Espanha, só tiveram esta opção em casos
isolados.
• Os videojogos, a música e o cinema tornaram-se ainda mais globais e
serviram, sobretudo, para fazer do inglês a língua franca mais utilizada
nas últimas décadas. Nesse espaço global, o espanhol também tem
vindo a ganhar espaço.

Extensão dos direitos humanos


• A divulgação dos valores e direitos contidos na Declaração Universal
dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU)
também não para de crescer.
• Assinada em 1948, esta declaração foi completada com pactos e
protocolos para formar a Carta Internacional dos Direitos Humanos. A
globalização funciona aqui de duas maneiras principais: como difusora
desses direitos e como instrumento de controlo contra suas violações.
• As organizações não-governamentais (ONG’s) são um ator fundamental
na extensão desses direitos, assim como o jornalismo, médicos e outros
profissionais que alertam o resto do mundo quando há uma violação em
qualquer lugar do globo. Nesse sentido, o envolvimento da opinião
pública nos países desenvolvidos é um fenómeno novo e muito
importante.
• Aumento do fluxo de capital
• Os benefícios econômicos da globalização para grande parte do
mundão são difíceis de ignorar. O aumento de vendas para mercados
maiores e cada vez mais diversificados resultam em aumento de receita
e do produto interno bruto (PIB). O PIB mundial cresceu de cerca de
USD 50 trilhões em 2000 para cerca de USD 75 trilhões em 2016, como
resultado da interdependência econômica e aumento do comércio global
que ela permite.
• Por exemplo, a Índia é um país cujo PIB se beneficiou imensamente da
globalização no setor de tecnologia:
• Os Estados Unidos dependem da Índia para metade de suas
importações de serviços de informática.
• A Índia observou um aumento no valor de suas exportações de serviços
de informática de USD 11 bilhões em 1995 para quase USD 110 bilhões
em 2015.
• O crescimento econômico na Índia estava intimamente correlacionado a
este aumento, chegando, na época, a uma média de 6,5% ao ano.
• Globalização também significa que as empresas podem ter mais lucro
se fizerem uso de mercados previamente intocados e tirar vantagem de
custos locais mais baixos. Ao expandir em novos países, as empresas
atingem mercados que estão ávidos por novidades em dispostos a
pagar um bom dinheiro por elas. Elas podem atingir receitas mais altas
em mercados não saturados e economizar dinheiro com estruturas de
custo menores que resultam de mão de obra, aluguel e materiais mais
baratos.

Produtos melhores a preços mais baixos


• A concorrência global nos mercados leva à qualidade e acessibilidade.
Conforme os clientes se dão conta de que dispõem de uma variedade
de opções de todas as partes do mundo, eles optarão por comprar as
opções que forem melhores e mais baratas, exigindo que as empresas
aprimorem a qualidade e ofereçam preços acessíveis se quiserem se
manter competitivas. A terceirização do trabalho também contribui com
preços mais baixos, uma vez que muitas empresas contratam
trabalhadores estrangeiros para fazer o trabalho a um salário mais
baixo.

Colaboração e recursos compartilhados


• Combinar esforços e recursos permite mais criatividade e inovação para
resolver problemas que afetam as pessoas em qualquer lugar do
mundo. Iniciativas de conservação e de combate às crescentes
emissões de carbono, por exemplo, exigirão um esforço global
concentrado para que tenham êxito. Organizações não governamentais
(ONGs) usam uma abordagem colaborativa para lidar com problemas
que não estão confinados por fronteiras, como trabalho infantil, tráfico
humano, cuidados de saúde e prevenção de doenças.

Intercâmbio cultural
• Nem todos os efeitos positivos da globalização ocorrem na escala de
bilhões e trilhões de dólares. O intercâmbio cultural de ideias, comida,
música, mídia e idioma também são muito valiosos.
• Pessoas que viajam ao redor do mundo a negócios ou lazer e
experimentam comidas diferentes, ouvem músicas diferentes, leem
livros diferentes, são expostas a meios de comunicação diferentes, e
que aprendem a se expressar em outro idioma, mesmo que
minimamente, ganham uma perspectiva de mundo mais ampla. Esse
novo conhecimento ajuda a desenvolver uma empatia mais sólida e
apreciação por pessoas de outras culturas.

Disseminação do conhecimento e da tecnologia


• Indiscutivelmente, uma das principais vantagens da globalização tem
sido a rápida disseminação da tecnologia ao redor do mundo. Google,
Dell e Microsoft, por exemplo, têm escritórios em muitos continentes.
Países em desenvolvimento são atrativos para os investidores devido ao
grande potencial de crescimento. Os avanços resultantes levam a
resultados como a disseminação de maquinário agrícola motorizado no
Sudeste Asiático, por exemplo, onde antes havia apenas o trabalho
braçal.
• As ONGs também compilam e disseminam conhecimento. Quando
profissionais de medicina de várias partes do mundo se reuniram por
meio da organização Médicos Sem Fronteiras, em cooperação com a
Organização Mundial de Saúde e trabalharam para erradicar a SARS no
Vietnã, eles preparam um “kit SARS” posteriormente, e desenvolveram
diretrizes para tratar a infecção. Esses materiais foram compartilhados
no mundo todo para ajudar os hospitais a lidarem com a doença.

Avanços tecnológicos rápidos


• Para países em desenvolvimento especialmente, ser capaz de pular os
longos processos de desenvolvimento tecnológico dos países
industrializados traz um rápido progresso. Por exemplos, os telefones
celulares chegaram rapidamente ao continente africano, com o uso do
telefone celular aumentando anualmente na África Subsaariana e
chegando a 90% em países como a África do Sul.
• A adoção rápida da tecnologia móvel estimulou o empreendedorismo em
países como o Quênia. Em situações em que é perigoso ou difícil viajar,
proprietários de pequenas empresas usam seus telefones celulares para
falar com clientes e prestadores de serviço. A maioria dos quenianos
não tem acesso a bancos ou contas bancárias, mas eles podem usar
seus telefones para enviar e receber fundos usando um aplicativo de
texto, uma vez que a maioria dos telefones celulares no país não são
smartphones. Eles também podem usar seus telefones para monitorar o
preço das lavouras e descobrir quais mercados renderão mais lucro.
• Os avanços tecnológicos rápidos também trazem outros benefícios além
dos benefícios econômicos. Grávidas sem acesso a cuidados de saúde
tradicionais podem usar seus telefones para manter contato com suas
parteiras. As parteiras, por sua vez, usam seus telefones para se
conectar a um sistema monitorado constantemente por médicos. A taxa
de mortalidade infantil no Quênia, especialmente nas favelas, é uma das
65 maiores no mundo, mas a globalização trouxe as ferramentas que
ajudam a lidar com a maioria das dificuldades com os cuidados pré e
pós-natal.

Aumento da renda familiar


• O European Center for Internacional Political Economy relata que a
globalização ajudou a reduzir as altas taxas de inflação nas economias
ocidentais, então cada dólar de consumo gasto é mais um passo além.
Esse desenvolvimento também teve o efeito de aumentar o salário real
por meio da redução do custo de vida. Além disso, a concorrência no
mercado global significa que os preços de muitos itens caíram, portanto,
aquisições que eram considerados luxos inacessíveis, como laptops,
carros e lavadoras de roupas, agora estão acessíveis para muitas
pessoas.

Mais tolerância e mentalidade aberta


• É fácil temermos alguém que nunca conhecemos antes. Estrangeiros
parecem ser totalmente desconhecidos em tais condições. Mas se as
pessoas fazem contato com outras de outra parte do mundo, falam com
elas sobre problemas comuns, e compartilham de sua comida e cultura,
são mais capazes de perceber a humanidade comum e tratar essas
outras pessoas como iguais.
Para as diferentes economias do mundo, a globalização tem como
característica positiva a integração das tecnologias e dos produtos oferecidos.

Esse processo pode ser percebido atualmente com a presença dos smartphones
em todo o mundo. Além dos produtos oferecidos, a globalização é apontada
como um fator de enriquecimento para economias emergentes.

Apesar disso, com a integração da economia mundial, muitos países acabam


também por compartilhar as crises econômicas.

O caso mais recente foi a crise financeira entre os anos 2007 e 2008. Apesar de
ter iniciado no mercado imobiliário dos Estados Unidos, atingiu diversos
mercados e países, tendo sido os seus efeitos sentidos por vários anos.

• Aspectos positivos
• Acesso a produtos que não são produzidos nacionalmente;
• Mercados mais competitivos e inflação bem controlada;
• Maior fluxo de capitais e investimentos entre os países;
• Maior desenvolvimento tecnológico;
• No aspeto social, a globalização permitiu o encontro entre diferentes
culturas e o desenvolvimento de setores, como o do turismo.

Perspectivas:

Além disso, abundam as perspectivas e enquadramentos provenientes de várias disciplinas


que têm por objectivo descrever, analisar e prever a economia global ou aspectos específicos
da mesma, que se podem sobrepor, fazendo-o frequentemente. Em muitas ocaisões, acresce o
facto de que em inúmeras variáveis que os analistas têm que analisar tanto as causas como os
efeitos são as mais difíceis de distinguir, senão mesmo impossíveis. São muitos os factores que
estão na base desta complexidade. Seguramente, o incremento do número de Estados-Nação,
reflectido no aumento do número de Estados com assento nas Nações Unidas, que de 51 em
1945, passou para 99 em 1960, atingindo os 154 em 1980, situando-se actualmente em 193,
tem amplificado a magnitude dos problemas de compilação de informação e de análise das
questões. Um número maior de países significa, entre outras coisas, que há uma maior
dificuldade em avaliar a qualidade da informação apresentada junto de instituições
internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que faz com que seja mais
difícil estabelecer comparações e contrastes. Além disso, a mudança de países como a China e
a Índia, assim como os do antigo bloco soviético, para políticas de mercado livre, ou mais livre,
fez aumentar consideravelmente o nível das suas actividades económicas internas, assim como
o seu papel económico e a interação com o resto do mundo. Por outro lado, um aumento dos
níveis de interação entre todos os países tem sido possível e encorajado graças aos enormes
avanços tecnológicos nas comunicações e transportes. Portanto, pode facilmente defender-se
que os bens, capitais e pessoas nunca foram tão móveis como actualmente, o que faz com que
seja muito mais difícil seguir-lhes os movimentos. Da mesma forma, o número de cientistas no
mundo, que são uma espécie de procuração para medir o fluxo de ideias e perspetivas de
desenvolvimento de produtos, nunca foi tão elevado como agora. Dado que as economias
mundiais estão, neste momento, mais integradas e interdependentes do que nunca, e que
esta interação exibe uma complexidade cada vez maior, torna-se importante tentarmos
organizar as nossas ideias em relação às mesmas. No presente artigo, procuraremos examinar
a forma como alguns conceitos chave e tendências associadas ao crescimento económico,
igualdade e desenvolvimento – discutidos por esta ordem – podem contribuir para a nossa
compreensão da economia mundial. A selecção dos enquadramentos é claramente subjetiva,
necessariamente limitada na sua abrangência (afinal de contas, trata-se de uma opção), e com
base na perceção da sua utilidade para os decisores públicos e privados.

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