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Finalmente férias. É tudo que eu penso quando o último sinal toca para a
gente ir embora, eu até gosto de ir para escola, mas assim, férias é tudo de
bom.
— já sabe para onde você vai?— Bia me pergunta amarrando seus cabelos
pretos em um coque.
— eu queria ir para algum lugar diferente, ao invés de ir para casa de praia
que meus pais sempre alugam. — falo pegando meu celular do bolso
esquerdo e ligando para Letícia minha irmã.
— meus pais vão ir pra uma chácara.— Luan fala. E depois de dois toques
Letícia atende.
Bia
Amo vocês também, boa noite
Gabe vai falar dos homens sem camisa que tem lá kkkk
Gabriel
Boa noite, amo vocês♡
Vou falar dos homens sem camisa mesmo kkkkkk
Desligo a tela do celular e coloca para carregar, ajeito minha cama, ligo o
abajur e desligo a luz. Deito na cama e fico pensando se essa viagem vai
ser legal.
Chegando na casa, percebo que ela é bem diferente das outras que eu já
fiquei, ela é maior. Parece casa de filme americano, branca, com janelas
grandes. Quando desço do carro, já sinto aquele mormaço típico de praia.
Nem deu meio dia e o sol já está rachando de tão quente. Odeio isso. Eu
falo em meus pensamentos. Meu pai desce do carro e se estica se
espreguiçando. Minha mãe vai em direção a casa para abrir a porta
branca, e minha irmã vai com ela.
— me ajuda com as malas. — meu pai fala abrindo o porta- malas. E eu
concordo com a cabeça. Ajudo meu pai com as malas e só quando pego a
última mala preta pesada da minha mãe colocando para dentro, que
percebo o quão grande a casa é.
Me deparo com a sala grande, com dois sofás grande de couro cinza, a
televisão que quase pega a parede toda, e uma janela enorme com vista
para o mar
— Uau.— falo em voz alta.
— A mamãe se superou nessa casa. — Letícia, minha irmã fala. Sigo minha
irmã, e ao passar uma porta de vidro, chegamos na cozinha. Que é grande,
até parece que vamos receber muita gente aqui.
— Amei aqui. — minha mãe fala, ela adora cozinhar. E com essa cozinha
grande, capaz de ficar aqui o dia todo.
— O quarto maior é meu. — minha irmã fala saindo correndo da cozinha.
— você jurou né. — eu falo saindo correndo também.
Subimos as escadas correndo e viramos um corredor, me deparo com
quatro portas, minha irmã corre e abre a segunda porta da esquerda.
— Esse vai ser o meu!— Letícia fala entrando no quarto. O quarto dela é
grande com uma sacada com vista para o mar.
— que vista linda. — eu falo.
— Eu já amei esse lugar. — Ela fala se jogando na cama de casal. — fica
com o quarto da frente. Caso a gente precisa sair. — Ela fala piscando um
olho. E eu obedeço ela e abro a porta da frente. O meu quarto é médio, e
não tem sacada. Mas me sinto aconchegado ali. Com uma cama de casal,
uma televisão e um guarda- roupas.
— É até que é legal aqui. Tô falando da casa, e não do lugar porque eu não
gosto de praia.
— Vamos ir para a água? — minha irmã me pergunta na porta.
— Eu...— não termino de falar quando sou interrompido pela minha mãe.
— Nada de água agora. Vou fazer a comida e depois vocês vão. — Ela fala
indo para o quarto ao lado do quarto da Letícia.
— Mas mãe, é nossa primeira vez aqui. — Letícia fala.
— Então, ao invés de vocês ir para a água vão conhecer o lugar. — minha
mãe fala do corredor.
— Então, a gente não conhece, podemos se perder.— eu falo.
Minha mãe revira os olhos.
Letícia concorda comigo.
— Parem de besteira, vão se perder coisa nenhuma. Anda, vão da uma
volta enquanto eu faço comida. — Ela fala descendo as escadas. Olho para
Letícia e ela revira os olhos.
— Vai vamos. — Letícia fala.
Descemos para o primeiro andar, e saímos da casa. E pegamos o caminho
que dá para a praia. O caminho é de pedras com areias, e as gramas que
parecem que foi cortadas a pouco tempo, forma um caminho. Dos lados
tem árvores não muito grande. E quando termina o caminho, tem uma
placa escrita o nome da praia. “praia dos sonhos” e assim que abre
espaço, dá para ver o mar enorme azul. Caminho com minha irmã na beira
do mar, escutando o barulho das ondas. Depois de andar muito Letícia
fala:
— que isso?— ela pergunta. Na nossa frente tem uma placa com uma seta
indicando um caminho de pedras, e nele tá escrito.
PARTY NIGTH
Estamos quase chegando na festa. O local que hoje de tarde estava sem
nada, está cheio de luzes brancas. Um caminho com luzes brancas
iluminando o caminho. Letícia e eu segue o pessoal com copos de bebidas
nas mãos.
— Só segue o povo.— Letícia fala.
Seguimos o pessoal, e enquanto eu ando sinto o mormaço típico de praia.
Ao chegar no local, vejo um pequeno bar onde o pessoal está indo para
fazer suas bebidas. Dá para fazer como a festa tá divida, tem dois grupos
em rodinhas em pé na areia. E outro grupo de apenas meninos, em pé
também.
— Vocês vieram.— Thiago vem até a gente.
— Oi— Letícia fala. E Thiago da uma inclina para falar com ela. Ele está
com uma regata larga, que faz seu peitoral aparecer. Thiago é algo e tem
seu corpo levemente malhado. E esta com um shorts acima do seu joelho.
— Eae— Ele fala para mim.
— oi.
— Bom, qualquer coisa me chamam. Aproveitem. — Ele fala, e sai
andando.
— Vamos aproveitar então. — Letícia fala me puxando pelo braço. E eu só
acompanho.
Letícia me leva até o bar, e pega dois copos médio. E mistura umas
bebidas que está lá, transformando a bebida em um azul escuro.
— Que isso?— pergunto.
— Confia, é bom.— Ela fala.
E então, eu viro lentamente a bebida para dentro de mim. Está doce mas
ao mesmo tempo um pouco forte.
— Gostou?— ela pergunta.
E eu balanço a cabeça positivamente.
Depois de umas horas na festa, Letícia não está mais sóbria. Mas ainda
sim, ela sabe o que está fazendo. Entre uma música e outra Letícia me
puxa para dançar, dançamos juntos até eu me cansar e procurar um lugar
para sentar, não tem.
— Vou buscar um copo d’água. — eu aviso ela.
E ela só balança a cabeça e continua dançando. Sigo para o bar e procuro
água, só que percebo que não tem nada além de álcool lá. Reviro os olhos
e escuto alguém falar atrás de mim.
— Procurando alguma coisa? — uma voz masculina fã atrás de mim. A voz
nem é fina e nem grossa. Eu me viro e me deparo com um homem um
pouco maior que eu. Com sua pele bronzeada e seu peitoral de fora. Eu
fico sem ter o que falar.
— Procurando alguma coisa? — Ele repete.
— Eu estava procurando água.
— Acho que você não vai encontrar aqui. — Ele sorri e olha no fundo dos
meus olhos, com os seus olhos verde escuro.
— É...percebi.
— Novo aqui?
— Sim, cheguei hoje.
— Legal, cara. Sou Henrique.— Ele sorri e estica a mão.
— Gabriel. — faço o mesmo que ele.
— Veio sozinho.? — Ele me pergunta se aproximando.
— Não, vim com a minha irmã. Aquela ali. — Aponto para Letícia.
— Nossa.
— Que foi?
— Ela é bonita.
— É ela é mesmo.
— Queria te falar uma coisa, mas não sei se tenho coragem.— Ele fala
coçando os cabelos.
— Pode falar, ué. — eu falo meio sem graça.
— Mano...— Ele sorri.
Certeza que ele vai pedir para ficar com Letícia. Sempre é assim. Falo em
meus pensamentos.
— Quer ficar comigo? — Ele fala olhando para mim.
O que? Grito dentro da minha cabeça. Sinto um frio enorme na minha
barriga, e sinto meu corpo começar a tremer, o mormaço da praia, faz eu
me sentir dentro de um sol, de tão quente que começou a ficar. Ele olha
para mim com um olhar de quem quer uma resposta.
— Eu...— não sei o que fazer. Me viro e olho para minha irmã que está
conversando com Thiago.
– Sua irmã não sabe né?
— Que? — pergunto me virando para ele.
— Ela não sabe né, sobre você.
Nessa altura do campeonato, ele sabe sobre minha sexualidade, porque
também nem tem como esconder.
— Ela não sabe, eu acho.
— É...ou ela sabe.— Ele ri.
— Mas você aceita.? — Ele pergunta se aproximando mais de mim. Ele é
lindo e eu super ficaria com ele.
E então, eu só balanço a cabeça afirmando sua pergunta.
— Já que você não quer que ela fique sabendo. Agora é a hora, ela está
ocupada.
Faço uma cara de quem não entendeu, e me viro de costas para ele,
Letícia está beijando Thiago. E me viro para ele.
— Posso? — Ele pergunta.
— Pode.
Ele segura na minha cintura com sua mão esquerda, e com sua mão
direita, ele sobe acariciando minha bochecha com seu dedão. E ele se
inclina, olha em meus lábios, e me envolve com um beijo calmo e bom.
Estou sentindo um frio na barriga ainda, e o calor passou. Acompanhando
ele com o beijo, coloco minha mão em seus cabelos fazendo um carinho
de leve nele. Ele tira seus lábios dos meus, e beija meu pescoço, sinto um
arrepio enorme subindo em mim. E ele volta a me beijar, e me puxa para
perto do seu corpo, nossos corpos estão colocados um no outro. E me
envolvo ainda mais no beijo. Henrique morde meus lábios com carinho e
me da dois selinhos para terminar o beijo.
Estamos ofegantes, e eu quero mais. Muito mais. Então puxo Henrique
para mim de novo, e agora o beijo é intenso. Ele me envolve para perto do
seu corpo, e coloca suas duas mãos na minha bunda. E eu coloco minhas
duas mãos em seu pescoço. Saímos do beijo para respirar, e ele beija meu
pescoço e voltando a encostar seus lábios nos meus. Nossas línguas
entram bem mais rápidas do que o nosso primeiro beijo.
Quando escuto um pessoal gritando, eu paro o beijo e olho para trás,
ainda ofegante. Está tendo uma briga, entre dois meninos. Tento procurar
Letícia mas não acho ela.
— Cala a porra da boca. — escuto uma voz grossa gritar.
— Cala você seu bosta. — Outra voz grossa grita ainda mais alto.
— Não acredito. — Henrique fala.
— Que foi.? — pergunto.
— Eu já volto. — Ele avisa saindo de perto de mim e indo para a roda da
briga. Os meninos vão separando os dois que estavam brigando, e vejo um
menino com cabelos platinado, alto e com seu corpo malhado saindo da
roda. Com seu rosto cheio de sangue. Olho para ele, e ele olha para mim.
— Vamos embora. — Letícia me puxa.
— Que susto garota, tá doida.— eu falo.
— São quatro e meia da manhã. — Ela fala.
A hora passou muito rápido.
— Tá, vamos. — Eu falo.
— O Thiago vai levar a gente. — Ela avisa. — Mas de a pé porque se fosse
de carro não ia da.
Eu só concordo com ela e tento procurar Henrique.
— Tá procurando o Henrique? — Thiago pergunta. E vejo Letícia da um
risada.
— Ele disse que ia voltar para pegar Bebida. — Minto.
— Mas ele não bebe.— Thiago fala.
—Não?
— Não.
— Ah...então ele começou a beber. — eu falo. — Vai vamos. —
acrescento.
Letícia e Thiago vão na frente, e eu atrás. Quando estamos entrando no
caminho de pedras para voltar para casa. Henrique grita.
— Espera. — Ele grita. — Vou com vocês para o Thiago não voltar sozinho.
Letícia olha para Thiago e ri.
O que está acontecendo? Me pergunto.
— Vamo então, irmão. — Thiago fala.
E seguimos o caminho de pedras.
Quando chegamos a areia da praia. Letícia se solta do Thiago e vem até
mim.
— Eu te amo.
— Também te amo, Leh.
E ela volta de envolvendo nos braços de Thiago. E vejo Henrique se
aproximando de mim.
— Acho que agora ela sabe. — Ele fala.
E nós dois rimos.
— É a próxima entrada. — Letícia avisa para Thiago.
Quando chegamos a entrada que dá na casa onde a gente esta. Thiago
abraça Letícia e envolve ela em um beijo rápido.
— Tchau, foi um prazer conhecer vocês. — Thiago fala me abraçando
também.
— Tchau. — Letícia fala para Henrique
E eles se abraçam. Letícia segura na minha mão e me puxa para o caminho
de areia.
— Tchau. — escuto a voz de Henrique fala. Eu me viro e ele vem até mim.
— Prazer. — Ela fala. E vejo que ele está sem jeito do que fazer.
— Eu vi vocês dois se beijando. — Letícia fala em um sussurro. Sinto o meu
corpo tremer de novo. E Henrique se aproxima e me da um selinho. E
Letícia me abraça.
— Eu te amo. — Ela fala de novo. Ela segura na minha mão e subindo o
caminho de areia. Finalmente vou vendo a casa, e ela e eu combinou de
não fazer barulho de novo.
Damos a volta na casa e abrimos a porta de trás da cozinha com cuidado. E
entramos em casa. Seguro na mão dela e vou na frente. Passamos pela
sala e vamos subindo com cuidado para os quartos.
— Foi bom a noitada? — escutamos a voz da minha mãe atrás da gente.
Aí droga.
4
Minha mãe está na minha frente. Não sei o que dizer e o que fazer agora.
— Foi boa a noitada?— ela pergunta novamente, cruzando os braços. E
levantando uma sobrancelha.
— É...é...a gente...— Letícia começa.
— Olha...vocês nunca saíram escondidos de casa. E agora vocês fazem
isso? E você Letícia bêbada? E você Gabriel. — Ela fala chegando perto de
mim. —cheirando a bebida. — Ela se afasta, e passa as mãos em seus
cabelos castanhos claro, e suspira alto.
— Desculpa mãe. — Letícia e eu falamos juntos.
— Eu não sei o que fazer com vocês dois. — Ela prende seus cabelos em
um rabo de cabelo. — Estou muito chateada com vocês dois, ainda mais
com você Letícia. A mais velha. E você Gabriel, conversamos depois.
Sobem pro quarto de vocês agora!. — Ela ordena aumentando o tom de
voz. E obedecemos.
Subo com Letícia para o quarto, e vou para o quarto dela. Letícia tira seus
tênis e deixa em um canto do quarto, ela deita na cama e dorme. E eu vou
para meu quarto. Tiro meus tênis, e minha blusa cheirando a bebida. Em
algum momento da festa, alguém sem querer derrubou bebida em mim.
Coloco minhas roupas no cesto, e apenas de cueca sento na cama. E
coloco as duas mãos no rosto.
— Gabriel.?— Escuto minha mãe na porta. Tiro as mãos do meu rosto e
olho para ela.
— O que aconteceu.? — ela pergunta.
— Desculpa mãe. Eu conheci uns meninos na praia hoje mais cedo, e eles
me chamaram para uma festa. Só que eu não queria ir sozinho, então
chamei a Letícia para ir comigo. E lá alguém derrubou bebida em mim.—
coloco a culpa toda em mim.
— Você bebeu.?
— Eu...só um copo...mas depois não bebi mais nada. — Minto. Ela balança
a cabeça e suspira alto.
— Eu não vou continuar para não acordar o seu pai. Se não você já sabe o
que iria acontecer.
— É eu sei.
— Que isso não se repita.
— Não vai se repetir. — Ela sai da porta do meu quarto, e escuto ela
fechar a porta dela.
Me jogo na minha cama e suspiro, com as mãos nos meus cabelos. Pego
uma blusa regata e me ajeito na cama para dormi.
5
Letícia
Oi amg, bom dia
Eu vou sim
Luan
Oiii, bom diaaa
Vouuuuu, ansioso
Gabriel
Que ótimo gente, estou com sdds de vcs
Vem hj, ou amanhã?
Luan
Estou morrendo de sdds também
Não vejo a hora de cair nesse mar
Letícia
Eu também, essa casa parece ser incrível.
Desligo o celular e desço para tomar café. Meus pais ainda não acordou,
tomo meu café e saio para fora de casa. O céu está limpo, apenas com o
sol forte logo de manhã. Vou para a área da piscina e sento em uma das
espreguiçadeira na sombra, sentindo a brisa e escutando o barulho das
ondas.
— Não sei se vai durar muito tempo. — escuto uma voz. Me levanto e vejo
o menino da festa, o de cabelo platinado. E ele me vê também, trocamos
uns olhares enquanto ele passa pela minha casa. Diferente da festa, ele
está de sunga azul escura. E seu corpo é todo malhado. Que gostoso. Falo
em meus pensamentos. Não sei quem é ele, mas talvez ele seja amigo do
Henrique ou de Thiago. E logo depois dele um menino alto de pela escura
passa também. E os dois somem da minha visão.
E eu entro na parte mais funda da piscina com um mergulho, e sinto a
água morna. Fico uns segundos debaixo d’água até eu subir pata a
superfície. E logo vejo Thiago chegando pela trilha.
— Bom dia— Ele fala para mim. — A leh disse para eu vim pra cá hoje.
— Oi bom dia— falo saindo da piscina e indo em direção a ele. — entra—
falo abrindo um portão pequeno branco. E ele entra.
— Oi— escuto a voz doce da minha irmã atrás de mim. — que bom que
veio— Ela fala abraçando ele. E dando um selinho.
Reviro os olhos.
— Vou voltar para a piscina— falo me virando.
— Ah, o Henrique está vindo— Thiago fala. E eu paro e viro pata ele. E
minha irmã e ele sorri. Sinto um leve frio na barriga.
— Vamos apostar corrida? — minha irmã fala tirando sua saída de praia e
ficando só com os seus biquínis lilás.
— Uau— Thiago fala.
— Que é?— Letícia fala olhando para ele.
— essa cor combinou demais em você
Letícia ri.
— Quer apostar corrida? Você vai perder— Thiago fala volyqmdo para o
mundo real e tirado sua regata rosa.
— Eu nunca perco— Ela fala indo para a piscina. Os dois entra na piscina, e
dão um mergulho só para molhar o corpo antes de começar.
— Pronta?
— Eu sempre estou
— Um — eu começo
— Dois
— Três — Thiago olha para Letícia e pisca um olho.
— Já— Eu grito, e os dois sai nadando até o final da piscina e voltando.
— Eu disse que eu nunca perco. — Letícia fala passando as mãos em seus
cabelos.
— Eu deixa você ganhar
— Deixou nada, Thiago.
Ele revira os olhos.
— Eae— escuto a voz de Henrique atrás de mim. E meu corpo vibra. Eu
olho para trás e me deparo com ele com uma sunga preta. Sinto minha
respiração ficar ofegante. E ele entra pelo portão que eu deixei aperto.
— Tudo bem?— Ele pergunta para mim. E me dando um abraço. O abraço
de Henrique é calmo e gostoso, por mim ficava horas abraçando ele.
— Tudo, e com você?
— Bem também— Ele fala saindo do abraço.
— Oi— Thiago fala saindo da piscina e cumprimentando Henrique com um
aperto de mão. Letícia sai da piscina também e eles se cumprimenta com
um beijo no rosto.
— O que estavam fazendo?— Henrique pergunta.
— Estávamos apostando corrida. — Thiago fala.
— Quem ganhou?
— Eu, óbvio — Letícia responde Henrique.
— Mane esse jogo, quero quer se vocês de garante no briga de galo.
— Eu tô dentro— levantei a mão. Henrique Sorrio para mim.
— Beleza, pronta?— Thiago falou olhando para Letícia. Ela concordou com
a cabeça. Nós quatro entramos na piscina.
— Bom, acho que as duplas estão formadas né?— Thiago perguntou.
— Sim— Letícia respondeu. Thiago mergulho e Letícia subiu nas costas
dele. E ele voltou para a superfície com ela no seu ombro.
— Pronto?— Henrique me perguntou. E então mergulho, e eu subi no seu
ombro. Seus ombros eram largos e dava para sentir seu corpo malhado.
Ele segurou na minha perna, e Thiago fez o mesmo com a Letícia.
— Você vai perder— Ela me disse.
— Vamos ver— Falei sorrindo.
— Um— Ela começou.
— Dois— eu falei
— três — e ela estendeu seus braços, e eu fiz a mesma coisa. Quase cai
mas Henrique me segurou. Ela quase caiu também, mas Thiago segurou
ela. E peguei impulso e derrubei ela, que seu um gritinho. Henrique deu
um grito de vitória e apertou minhas pernas, eu tremi nessa hora. O
máximo que eu tinha chegado perto dele, foi no nosso beijo. Letícia voltou
para a superfície.
— Outra— Ela disse. Segurando nos ombros de Thiago, e fazendo ele
baixar para ela subir dele.
Fizemos tudo de novo, e novamente Henrique e eu ganhamos.
— AAAAAAH— Henrique grita e me abraça comemorando.
— Tudo culpa sua Thiago. Muito fraco— Ela subindo para a superfície.
— Você que não se segura— Ele falou. E ela deu um saquinho no ombro
dele. E mergulhando até a borda da piscina.
— Me ajuda a fazer uma limonada para a gente— Letícia fala pata Thiago,
e saindo de dentro da piscina. Ele concorda e nada até a borda e sai.
— Oi gente— Minha mãe aparece, e eu me afasto rápido de Henrique. Ele
Franze o cenho, mas não diz nada.
— Oi— falamos juntos.
— Eu e seu pai vai passar no mercado rapidinho, para comprar as coisas
para sábado— Minha mãe fala para Letícia. — E Gabriel, O pai de Luan vai
trazer ele e a Bia.
— Ah tá bom, obrigado mãe.
— Esses são Enzo e Matheus? — Minha mãe fala apontando para os
meninos, e todos ri, menos ela.
— São, Henrique e Thiago— Eu falo apontando para eles.
— Ah, desculpa meninos. Não sou boa com nomes.
Ela ri.
— Tudo bem, tia— Thiago fala.
— Bom vou indo, divirta-se— Ela fala saindo da área da piscina e cochicha
alguma coisa no ouvido da Letícia que revira os olhos. E ela da um
tchauzinho para gente, e desaparece.
— Vou ir lá fazer as limonadas— Letícia avisa. Pegando uma toalha e
passando pelo corpo e entrando para dentro de casa.
E eu fico sozinho com Henrique na piscina. Ele não fala nada sobre eu ter
me afastado dele quando minha mãe apareceu. E sinto meu corpo ficar
quente assim que ele se aproxima de mim. Ele se aproxima, e coloca a
mão na minha cintura, fazendo nossos corpos ficar grudados. Ele olha para
mim, e eu olho para ele. E ele me beija.
Estou parado na frente de Diogo. Ele não vai mais morar aqui. Ele não vai
mais morar aqui. Isso se repete dentro da minha cabeça.
Eu estou sem reação, não sei o que eu falo. Por mais que o Henrique tenha
beijado Diogo, eu tive algo com ele, eu gostava de estar com ele, do beijo
dele. Meu corpo fica gelado, e mal consigo respirar. Tudo o que eu tive
com Henrique passa em flashback na minha cabeça. Até a discussão. Diogo
está parado na minha frente sem dizer nada, acho que ele está esperando
alguma resposta sair da minha boca.
Então eu falo.
— Ele vai ir pra onde?— Isso é tudo o que consigo dizer.
— Eu não sei direito, mas acho que é para o Canadá. Por conta dos avós
dele ser de lá.
Caralho, os avós do Henrique é canadense.
— Ah— Eu falo. Eu realmente não sei o que fazer.
— Então acho que seria legal você falar com ele, né?
— Eu...não sei Diogo.
— Mano Biel— Ele me chamou de Biel?— Bom, você que sabe.
Ele me olha, e olha para o meu corpo. E eu estremeço.
Meu coração dispara quando ele chega perto de mim. E sinto meu corpo
ficar quente. O que esse menino tem?
— Bom, pelo menos você vai ter alguém— Diogo fala.
Ele tá falando dele mesmo?
— Vou?
Ele dá um sorriso malicioso.
É acho que realmente ele tá falando dele. Diogo chega ainda mais perto de
mim, e eu levanto um pouco minha cabeça para olhar para ele. Diogo é
um gato. Ele morde o lábio inferior, e eu olho para a boca dele. Eu daria
tudo para sentir os lábios dele de novo. Só que agora sóbrio.
— Gabriel— voz do meu pai me faz tomar um susto me tirando do transe.
E me afasto rápido do Diogo.
— Oi
Meu pai olha para Diogo, mas não fala com ele.
— Cadê a Letícia?
— Ela está na praia com o pessoal
— E porque você não está lá?
— Não queria ficar mais lá e vim para a piscina
Ele me encara, e olha de novo para Diogo.
— Beleza? —Meu pai fala para Diogo.
— Beleza— Diogo responde.
— Fala para ela voltar, já está tarde
— Nossa pai, nem quatro horas são ainda
— Gabriel, anda.
Reviro os olhos, e ele entra para dentro de casa.
— Inferno— Eu falo. E saio do área da piscina, e Diogo vem atrás.
— Seu pai é bravo
— Ele é chato
Diogo ri, e segura meu braço. Estamos no meio do caminho que leva até a
praia. E ele me puxa com cuidado para perto dele.
Ficamos quase encostado um no outro.
— Gostei de ontem a noite — Ele fala. Colocando sua mão na minha
cintura e fazendo eu ficar mais perto dele.
— Do que?— pergunto. Puta que pariu, como eu sou cara de pau.
— Não lembra?
Eu faço um movimento negativo com a cabeça.
— Quer lembrar?— Ele levanta uma sobrancelha e morde o seu lábio
inferior, e me coloca bem perto do corpo dele. E o vento gelado das
árvores bate no meu corpo, fazendo eu me arrepiar. E fico arrepiado pelo
toque dele. Ele está alisando meu corpo. Porra. Fico excitado, e tento
esconder isso dele. Mas ele repara nisso, e não fala nada. Sinto meu rosto
corar.
Pra mim o que rolou ontem ia ficar lá e não iria acontecer mais. Mas ele
quer, e eu também.
Ele entrelaça seus braços no meu corpo. E porra, ter o Diogo de sunga na
minha frente encostado em mim faz meu corpo arder. Coloco minha mão
em seu peito, e ele aperta a minha bunda. Sinto Diogo ficar excitado.
E minha nossa, que pau.
Ele beija meu pescoço, e me da uma meia lua.
— Vamos, antes que seu pai vem buscar a gente— Ele fala quebrando
totalmente o clima.
Ele ri.
Eu olho para ele sem entender nada, então ele gosta de provocar né.
Ele ajeita seu membro na sunga, e eu consigo ver só a marca da sunga dele
que se formou em sua pele.
Ele passa por mim, descendo o caminho que leva para a praia.
Escuto passos assim que estamos chegando na praia. Diogo está com a
mão na frente da sunga, escondendo o volume.
E que volume
— Oi, não sabia que estava vindo— Bia fala assustada.
— É...eu...eu estava indo ficar com vocês— Falo.
— Ah, então vamos descer— Ela fala. E eu concordo.
E Descemos para a praia, quando chegamos Henrique não está mais lá. O
que me faz sentir um alívio. E antes de chegar perto deles. Diogo segura
meu braço, e eu me viro para ele.
— Você leu?— Ele pergunta.
— Li o que?— pergunto confuso.
— É, pelo visto não
— Li o que Diogo
— Eu pensei que você tinha lido, ou ele tinha te entregado
— Meu Deus Diogo. O que você tá falando?
— Sobre a carta que o Henrique deixou para você
— Carta?
— Sim!
Fico confuso, e minha cabeça gira, gira, gira. Eu não sei o que ele está
falando, e que carta é essa que Henrique deixou.
— Eu não vi nada
— Eu pensei que você tinha lido, você não lembra de nada?
Eu paro para pensar sobre isso, a última vez que tive um tempo com o
Henrique antes da briga, foi no dia que ele veio e ficamos na piscina. E eu
tento lembrar sobre esse dia.
Dia da piscina
— Já volto— Henrique fala saindo da piscina. E eu só fico olhando ele. Ele
pega a toalha passa pelo corpo tirando o excesso de água, e entra para
dentro de casa. Enquanto eu fico com Letícia e Thiago na piscina. E eles se
beijam. E eu fico parado ali.
— Ei gente, eu ainda tô aqui
— Porque você não foi junto? — Thiago pergunta.
— Eu não quis
— Deveria ter ido
Reviro os olhos.
E finalmente Henrique volta, e mergulha na piscina.
— Vou ir fazer limonada— Letícia avisa.
Dia atual
Balanço a cabeça voltando para a realidade depois de lembrar o que
aconteceu.
— Acho que...ele escreveu no dia da piscina— Falo.
— É, deve ser. Mas ele não disse nada?
— Não, não disse nada— Olho para Diogo.
— Vê isso depois— Ele fala.
— Não vou conseguir deixar para depois
— Ele não te disse nada?
— Só falou que deixou em um lugar onde você fica mais
Respiro fundo. Ele não podia deixar no meu quarto em um lugar onde eu
passa ver. Que menino difícil.
— Valeu— Saio correndo de volta para casa.
Onde ele pode ter deixado
Um lugar que eu fico mais.
— Meu quarto!
Subo correndo as escadas, e entro no quarto. Olhando com calma para ver
se acho algo. Mas não. Mexo no meu guarda roupas para procurar mais
não encontro nada. Faço o mesmo com a gaveta, e também não acho.
— Porra
Sento na cama, sem saber onde procurar mais. Olha debaixo da cama.
Levanto da cama ficando de joelho no chão, e olho, e lá esta revela um
envelope azul. Estico o braço pegando o envelope. Talvez ele deixou na
cama, e ninguém viu, e caiu la. Abro envelope e tiro uma folha dobrada de
lá, e começo a ler a letra cursiva de Henrique, a tinta é azul.
Oi. Achei que fazer por carta iria ficar mais romântico. Hahaha.
Bom, não sei quanto tempo você vai demorar para ler mas espero que seja rápido. Porque tá na sua cama, então não tem
como você não ver. Sua presença tá sendo incrível para mim, e tô gostando disso. Por mais que seja cedo isso, a gente
podia tentar alguma coisa. E preciso muito falar com você. Muito mesmo.
Me encontra onde a música do nosso beijo é o barulho das ondas.
Vem de noite.
Com amor
Henry.
22:14h
Ele se aproxima de mim, coloca sua mão na minha bochecha acariciando
com o dedão. E eu sinto um frio na barriga. Não porque o vento gelado
bateu no meu corpo.
Eu sinto que estou terminando um ciclo ali, que foi pequeno, mas foi
importante. Ele foi importante para mim.
—Fica bem— Ele fala.
— Você também
Ter essa conversa com ele, foi bom. Como eu disse, foi um ciclo que
terminou. Ciclos começa e termina. E o meu com ele chegou ao fim.
— Ainda vamos ser amigos?—Ele pergunta.
— Acho que somos maduros para isso. Sim, vamos ser.
Ele sorri.
Eu também.
E devagar, ele cola pela última vez, seus lábios nos meus. E ele me beija.
É um beijo de despedida, sinto isso.
Nosso último Beijo.
Ele termina o beijo. E me envolve num abraço aconchegante. Saindo do
abraço, eu levanto, e bato no meu shorts para tirar a areia.
— Tenho que ir, antes que me descobrem— Falo tirando a blusa de
Henrique do meu corpo e entregou para ele.
— Não, pode ficar— Ele sorri.
E eu sorrio para ele, e coloco em mim de novo.
— Bom, já vou— Falo.
— Quer que eu te leve até lá?
— Não, não precisa. Não é muito longe
— Certeza?
— Sim, relaxa. Não se preocupa comigo.
— Tá bom então
Ele beija minha bochecha, e pego o caminho de volta para casa.
Foi bom ter ele por perto.
No caminho volto pensando na nossa conversa e pensando nisso do Diogo,
e ele falando para eu ter cuidado com ele. Quando estou chegando perto
do caminho que dá para minha casa, vejo algo na barraca do lado. E eu
entro no caminho, me escondendo atrás das árvores. E vejo Diogo, fico
aliviado por ser alguém conhecido, e logo em seguida, vejo uma menina
vindo. Ela só está de biquíni, com uma blusa grande azul. Que parece ser
de Diogo. E só reparo que ele está de sunga quando, ele se mexe um
pouco. E eu fico ali vendo eles. Não consigo escutar muita coisa por ser um
pouco longe, mas o que eu escuto é:
— Gostou?— Ele fala.
— Sim, foi bom— Ela fala.
E eu levanto uma sobrancelha.
Ele vira ela de costas, e ele fica de frente para mim. Consigo ver ele por
completo.
E ele beija ela. É um beijo rápido como um beijo que dei em Henrique. Ele
termina o beijo, e quando abre os olhos, ele me vê.
Puta merda.
Vou adentrando o caminho que leva para casa. Está escuro, o que dificulta
minha visão. E quando finalmente eu consigo ver a casa branca, alguma
coisa me puxa. Me virando com tudo. E lá está ele. Diogo. Ele está
ofegante, e minha visão é no peitoral dele. Então olho para cima, e
encontro seus olhos. Ele não faz nada, apenas fica olhando para mim. Com
a luz que bate bem pouco, vejo seu corpo suado. Consigo ver pouca coisa.
E ele umedecer sua boca com a língua, olho rápido e vejo um pequeno
brilho nela. Ele colocou um piercing?
— Você quase me machucou— Eu falo.
— Só te puxei pelo braço —Ele fala ainda ofegante.
— Mas podia ter machucado, você é forte
— Você ia gostar se eu tivesse pegado na sua bunda
O que? Ah vai se fuder.
— Que? Se liga Diogo. Agora pouco você estava beijando
Ele coloca a mão na minha boca.
— Eu...não tenho que te dar satisfação da minha vida, Gabriel
Eu reviro os olhos, e tiro a mão dele da minha boca.
— Não mesmo, porque não quero saber da sua vida
— Você revirou os olhos para mim?
— Revirei?
Ele faz que sim.
Reviro de novo.
Ele morde o lábio inferior com raiva, e agarra meu braço. E olha para mim.
— Uma pena que eu não posso fazer o que eu quero só porque você
revirou os olhos— Ele fala no meu ouvido. Que me faz arrepiar. Ele larga
meu braço.
Que menino doido, puta que pariu.
— O que?— Pergunto.
— Essa é a blusa do Henrique?
— Não
Ele ri.
E passa por mim, e eu sigo ele. Quando chegamos na casa, ele desaparece
pela rua. E eu entro na casa. Entro com cuidado para não fazer nenhum
barulho.
— Puta merda, finalmente— Luan fala quando entro no quarto.
— O que aconteceu?— Bia pergunta.
Respiro fundo, e pego meu pijama e coloco.
Sento na minha cama, e Bia e Luan senta do meu lado.
— Fala— Luan diz.
— Então...
Conto tudo sobre o Henrique, e depois, caímos no sono.
13
Na manhã seguinte, acordo e reparo que Bia e Luan não estão no quarto.
Passo os meus dedos nos meus olhos antes de levantar da cama. Calço
meus chinelos e vou para o banheiro. Escovo os dentes e passo uma água
no rosto, e desço para a sala.
Vejo Bia e Luan sentados no sofá. E suas malas encostadas na parede.
— Bom dia— Falo para eles. E eles faz o mesmo. — Já tomaram café? —
Pergunto sentando no sofá.
— Sim— Bia responde, e Luan faz que sim com a cabeça.
— Meu pai avisou que tá chegando — Bia avisa olhando para o celular. Já
tinha me esquecido que eles iriam embora hoje. E a puta falta que eles vão
fazer.
— Vai ser um tortura aguentar a Letícia com o Thiago— Comento, me
jogando no sofá.
Letícia ri.
— Relaxa amigo, eles nem vão ficar aqui direito— Luan fala.
Escuto uma buzina do lado de fora da casa, e meus pais aparecem da
cozinha. Levanto do sofá juntos com meus amigos, e minha mãe abre a
porta.
Sou tomado pelo ar quente vindo do lado de fora. Olho para a direita, e
vejo o mar, com suas águas azul, como o céu.
O pai de Bia sai do carro, ele está de camisa regata e de bermuda e tênis. E
a outra porta se abre, e o pai de Luan sai de lá.
— A viagem vai ser longa— Luan fala, pegando sua mala e levanto até o
carro.
— Caralho, tá quente hoje— Letícia fala atrás de mim.
Os pais dos meus amigos chegam perto da casa, e cumprimenta os meus
pais.
— Fala Gabriel, tudo de boa?— O pai de Luan fala.
— Oi tio, tudo tudo
O pai da Letícia me da um abraço e bate nas minhas costas. E Leva a mala
de Letícia até o carro.
— Vamos entrar e tomar uma cerveja —Meu pai fala quando o pai de
Letícia chega. E eles concordam. Os nossos pais entram e mãe vai em
seguida.
Tomo café, e decidimos ir para a área da piscina.
— Foi a melhor casa que seus pais escolheu até hoje amigo— Luan fala.
— foi mesmo, fiquei passado quando vi.
— Eu vou na casa do Henrique, o pessoal vai se despedir dele— Letícia fala
passando protetor solar no braço. — Você vai?— ela pergunta pra mim.
— Não
— Tá bom...até mais Tarde. Tchau gente, boa viagem— Ela fala abraçando
Bia e Luan. E sai pelo portão da área da piscina.
Ficamos conversando até que minha mãe avisar que os pais deles estão
esperando. Da área da piscina, vamos para a frente da casa.
— Vamos mocinha?— o pai de Letícia fala. E ela faz que sim com a cabeça.
— Tchau gente, amo vocês— Falo abraçando eles.
— Amamos você também, juízo viu— Luan fala.
Eu Sorrio.
E nós três se abraça. E eles entram no carro, e vejo o carro partir.
Entro para dentro, e subo para o quarto. E sinto um vazio. Já tinha me
acostumado com eles aqui. Por um momento passa em minha cabeça de
ir para a casa de Henrique, mas nem sei onde é. Então não vou.
Depois de algumas horas no meu quarto lendo o livro físico de “me chame
pelo seu nome” meu celular vibra, e Letícia está me ligando.
Ligação on
— Chegamos— Ela fala.
— Que bom amiga, estão bem?
— Sim sim, já estou em casa
— Tá bom
— Você foi no Henrique?
— Pra que eu iria?
— Sei lá amigo, só ia
— Não ia me sentir bem lá
— Então tá né...beijos, depois mando mensagem
— Beijos
Ligações off
São quase quatro da tarde, e não fiz nada o dia todo. Escuto risos vindo da
sala, e passos subindo as escadas.
— Eae, Biel— Thiago fala entrando no meu quarto. Levanto da cama e
abraço ele.
—Tudo bem? — pergunto.
— Sim mano, tô de boa, e você?
— Bem.
— Vamo? — Letícia fala, aparecendo na porta do meu quarto.
Thiago faz que sim.
— Vamos da uma volta, que ir?— ela pergunta.
— Não...vou ficar aqui
— Tá bom então, beijos— Ela pega na mão de Thiago e eles descem as
escadas e escuto a porta fechar.
Suspiro alto, e me jogo na cama.
A campainha toca.
— Eu atendo— Minha mãe avisa.
E eu continuo deitado na cama.
— Filho, é pra você— Ela grita.
Me levanto da cama, e desço correndo as escadas. E minha mãe me da um
beijo na bochecha quando passo por ela, e ela vai para cozinha.
A porta está meia aberta, puxo a mesma e me deparo com Henrique de
costas para mim. Fico imóvel em ver ele. Ele está com uma blusa apertada,
marcando os seus músculos, e um shorts moletom. E o cabelo levemente
jogado pro lado. Ele se vira, e olha para mim.
— Queria me despedir.
Olho para trás, e fecho a porta.
— Pensei que você iria na minha casa
— Achei melhor não ir
O silêncio toma conta, e escuto os pássaros cantando, tá tudo estranho
com ele.
— Quero que saiba que qualquer coisa, eu sempre vou está aqui
Eu Sorrio debochado.
— Por tudo que aconteceu entre a gente, eu sempre tô aqui — Ele pega na
minha mão. E meu corpo arrepia.
— Tudo bem— falo.
Ele acaricia minha mão com seu dedão. Ele solta a minha mão, e coloca ela
levemente no meu queixo, subindo minha cabeça para olhar para ele.
— Vou sentir sua falta— Ele fala. E vejo seu olho marejar. — Me
desculpa...me desculpa por tudo. — Ele pisca, e vejo suas lágrimas caindo
pelo seu rosto. Passo meu dedão no seu rosto, limpando elas.
— Fica tranquilo Henrique, qualquer coisa tô aqui também.
Sinto meu olho marejar também, e respiro para não chorar.
— Eu tenho que ir— Ele fala.
— Tudo bem
Sinto meu corpo tremer, ele olha para mim e da um sorriso. Ele se vira e
descer os degraus que tem na entrada da casa, e sai andando até seu
carro, ele pega o controle ligando o carro.
Se eu não fizer isso, vou me arrepender, tenho que parar com isso, ficar
com raiva dele, ou não querer falar com ele não vai adiantar em nada. Ele
é uma pessoa boa, e ele me faz bem quando tá perto. Então faço, faço o
que eu acho que tenho que fazer.
Quando ele está quase entrando no carro, eu puxo seu braço com
cuidado, fazendo ele se virar pra mim. E vejo que nesse pouco tempo, ele
se desmanchou em lágrimas.
E abraço ele, abraço com muita força. E ele faz o mesmo. Sinto seu
coração acelerado. E ela acaricia minhas costas. Eu estou fazendo o
máximo para não chorar, respiro e respiro para não chorar.
— Boa viagem — Falo.
Ele se inclina um pouco para baixo, e beija minha bochecha. E ele parte
com o carro. E agora, sou eu que desmancho em lágrimas.
14
Eu beijei um menino a primeira vez com doze ano. Foi estranho mas bom,
muito bom. Foi no passeio para uma chácara que eu fui, e lá tinha várias
crianças. Até que chegou um menino na piscina comigo, o nome dele era
Lukas. Eu lembro muito bem quando ele apareceu e eu fiquei todo
caidinho por ele. Ele estava de sunga sua pela era escura, e seus cabelos
enrolados em perfeitos cachos. E começamos a fazer competição de quem
conseguia nadar mais rápido. Até que ele disse quem perdesse ia tem que
beijar o outro, na hora eu fiquei em choque claro. Mas aceitei. E sabia que
ambos tinha que beijar, porque um ou outro ia perder. Eu era BVL na
época. E fomos fazer a competição que valia o beijo. E eu perdi. Quando
chegamos na porta eu já estava sem fôlego, quando subi para a superfície
ele estava sentando na ponta da piscina.
— Você nada muito devagar— Ele disse. E entrou na piscina novamente.
Afundando nela. Ele subiu para a superfície e passou sua mão em seu
rosto tirando a água.
— Bom, lembra do nosso acordo? — Ele falou chegando perto de mim.
Eu fiquei corado, e balançando a cabeça afirmando.
Não tinha ninguém além de nós dois lá, era noite, e as luzes iluminavam a
piscina.
— Eu nunca fiz isso— Eu falei
— Eu também não— Ele disse
E rimos juntos.
Ele chegou perto de mim, e me envolveu em um beijo. Era um beijo calmo.
E muito bom. Falam que o primeiro beijo é ruim, mas o meu foi ótimo.
15
Passaram duas semanas desde que Henrique foi embora. Não tive mais
nenhuma notícias dele. Minha irmã e o Thiago vivem saindo juntos. Eu não
vou porque não quero ficar de vela, meus amigos Bia e Luan, falam todos
os dias comigo por call.
Luan disse que beijou um menino no retiro da igreja, Letícia foi para a vó
dela passar uns dias, e que não tem nada para fazer lá.
Eu passei duas semanas aqui. Fui duas ou três vezes para o mar. Tá sendo
um tédio aqui.
O Diogo, bom, vi ele semana passada, vi ele passando aqui perto de casa.
Mas nada de contado com ele. Nem um mês tem que estou aqui e já
aconteceu coisas que eu nem imaginava.
Descido ir para a piscina hoje, como eu não gosto de mar não vou ficar
sozinho lá. Porque minha irmã está na casa do Thiago.
Pego uma boia e entro na piscina, com minha barriga para cima tomando
sol. Fico uns minutos lá, e quase durmo.
— Tomando um sol? — Escuto a voz de Diogo
Me assusto e caio na água.
— Oi...oi— Falo tossindo.
— Nunca mais te vi, tudo bem?— Ele fala abrindo o pequeno portão e
entrando na área da piscina.
— Digo o mesmo pra você, tô bem e você?
— É, bem
Eu saio da piscina e fico de frente para ele.
— Quer ir lá em casa hoje? — Ele pergunta
— Fazer o que?
— O pessoal vai lá, pensei em te chamar, sua irmã vai ir também
— Vou pensar nisso— Falo entrando para dentro de casa.
— Pensa com carinho—Ele fala.
Diogo manda uma mensagem falando para chegar na casa dele as 20:00.
E manda o endereço depois.
Tomo um banho coloco uma roupa de calor e vou para a casa dele. Meus
pais foram em um restaurante hoje, eles iriam entender quando chegar e
eu não estiver.
Vou andando para a casa dele, o que não é muito longe.
Porra. Chego na casa dele.
É muito maior que a casa que eu estou. A frente dela tem muros altos, que
dá para festa um pouco da casa. Do lado de fora vejo que os vidros da casa
são enormes. Se fora é assim, imagina dentro.
Toco a campainha e uma voz de uma moça fala.
— Boa noite, quem gostaria?
—Oi...eu...sou o Gabriel, amigo do Diogo
— Vou chamar o senhor Harris
Harris? O sobrenome dele é Harris?
Ela desliga o interfone. Não demora muito para a porta abrir, e Diogo
aparecer. Ele está de regata branca colada. E um shorts de moletom cinza,
com chinelos da Nike.
Que braços, puta que pariu
— Vamos— Ele fala ajeitando seu cabelos para trás. Que cai para frente de
novo.
Diogo me leva para dentro da casa, é muito grande mesmo.
— Que horas o pessoal chega? — pergunto.
— Então, ninguém vem mais. Eles vão para alguma festa aí, não queria ir
porque já tinha te convidado para vir aqui.
Porra
— Ata
Ele fica encima de mim colocando seu peço sobre meu corpo. É como da
primeira vez, mas agora o clima é diferente.
Ele beija meu pescoço, e olha para mim e sorri. E me beija de novo. Os
lábios do Diogo tocando sobre meu pescoço me faz arrepiar, e soltar leves
gemidos. Ele tira a blusa e joga ela em algum canto do quarto.
Que homem gostoso
Já vi ele assim, mas não tão perto como ele tá agora. Ele me beija, é um
beijo calmo que faz você querer mais. Ele coloca e tira sua língua
lentamente da minha boca. Ele segura minha mão colocando no sem
membro, me fazendo apertar de leve ele.
Sem comentários.
Mentira, tem comentários.
O membro dele é grande, e um pouco grosso. E ele tá bem duro.
Eu acaricio ele, quando o beijo, e ele solta uns gemidos. Coloco minha mão
no seu shorts tirando ele. Deixando ele só de cueca. Eu ainda estou de
roupa, ele para o beijo e diz:
— Você não acha que tá muito vestido? — Ele olha para meu corpo.
Faço que sim com a cabeça. E ele volta a me beijar.
Ele tira a minha blusa, e depois tira o meu shorts. Eu estava de shorts
jeans e ele tirou com uma facilidade que me assusta. Diogo está muito
duro, e sinto ele todo na minha barriga. Ainda estamos nos beijando.
Ele esfrega seu membro sobre a minha barriga, eu pego na bunda dele e
aperto.
Que bunda gostosa
Não sei se estou pronto para fazer isso com ele. Não sei se estou pronto
para fazer isso, mas não quero parar.
Coloco minha mão dentro da cueca dele, sentindo por inteiro o seu pau
duro na minha mão. Faço momentos leves subindo e descendo minha mão
no pau dele. Fazendo ele gemer.
— Caralho Biel— Ele fala em meio aos gemidos.
Começo a fazer os movimentos mais rápidos, fazendo ele gemer mais. Ele
para de me beijar, e leva suas mãos na sua cueca, tirando ela.
Olho para baixo tentando olhar o seu pau, mas não consigo ver muito
bem. Continuo fazendo os movimentos rápidos, fazendo ele revirar os
olhos.
— Me beija Diogo, me beija
Ele volta a me beijar.
O beijo fica intenso, e Diogo geme mais.
— Assim vou gozar— Ele fala.
E sinto uma vontade imensa de fazer isso acontecer. Faço os movimentos
de subir e descer mais rápidos no pau dele.
— Porra Biel, continua
Ele me Beija, mordendo com cuidado meu lábio inferior, e depois beija
meu pescoço. Sinto ele me chupar, e depois ele volta o beijo. Diogo é
muito gostoso. E puta que pariu, que pau gostoso. Ele para o beijo.
— Vou gozar Biel— Ele fala gemendo. Meu corpo ferve, e o dele também.
Olho para ele, e ele fecha os olhos, abrindo um pouco a boca. Sinto um
líquido quente sobre minha barriga, e nos meus dedos. Ele geme aliviado.
Caindo sobre meu corpo.
— Porra biel— Ele fala eufórico.
Levo minhas mãos em seus cabelos, acariciando ele. A respiração dele tá
ofegante, e ele respira alto.
Ele joga seu corpo para o lado da cama. E sinto que esta faltando algo em
mim quando o peço dele sai do meu corpo.
Olho para o lado, e agora eu consigo ver o pau dele.
Minha nossa.
Ele ainda esta duro. E me bate uma vontade de chupar ele.
Olho para minha barriga que tá com o gozo de Diogo. Ele segura minha
mão, e coloca os meus dedos na minha boca, fazendo eu provar ele.
— Gostou?— Ele pergunta.
— Sim
Ele me da um selinho, e levanta da cama.
— Vem, vamos tirar isso de você. Espero que na próxima não fique na sua
barriga.
Que ele quer próxima vez.
Fico corado.
Ele estende a mão, e eu pego ela. E ele me levanta da cama. Diogo tá
pelado. E seu pau não está tão duro quanto antes. Ele me guia até o
banheiro dele, ligando o chuveiro. Ele olha para o meu corpo inteiro.
— Você não precisa se esconder, não para mim— Ele fala se aproximando
é tirando a minha cueca.
— Você é muito gostoso, vem— Ele fala, segurando minha mão, e me
levando para dentro do box. A água esta morna, e cai sobre a minha pele,
aliviando meu corpo. Ele fica atrás de mim, pega um sabonete líquido, e
joga no meu corpo. Passando a mão por ele. Fico excitado, e sinto o pau
de Diogo nas minhas costas. Ele tira seu gozo da minha barriga. E Leva sua
mão para o meu pau fazendo o que fiz nele.
— Sua vez agora— Ele fala.
E eu jogo minha cabeça para trás, apoiando no seu peitoral. Ele me beija
de canto, movimentando sua mão mais rápido, me fazendo gemer.
— Isso Biel, geme pra mim
Por tudo o que teve a alguns minutos atrás, me faz querer gozar rápido.
Com a outra mão, ele aperta a minha bunda. E depois bate nela. Ele
continua fazendo os movimentos rápidos. E depois segura na minha
cintura.
Viro minha cabeça para o lado para beijar ele, e ele me beija.
— Quero que você goze pra mim— Ele fala com a boca perto da minha, e
volta a me beijar.
Eu dou um gemido, e sinto que vou chegar no meu ápice.
— Diogo— Falo ofegante, e gemendo mais.
— Isso, goza pra mim vai
E eu faço, aliviando meu corpo. Sinto minhas pernas ficarem moles, e
Diogo envolve o seu outro braço em mim. Ele lava suas mãos, e me vira
para ele.
— Quero você assim, se doando para mim— E ele me beija.
Depois que saímos do banho, coloco minha roupa e Diogo faz o mesmo.
Volto no banheiro para arrumar meu cabelo, e vejo o chupão que ele
deixou em mim.
Caralho.
— Tenho que ir, já tá tarde— eu falo.
— levo você para sua casa, vamos
Desço com ele para a garagem, entrando no carro dele é uma BMW serie
3.
Ele abre a porta do carro para mim, e depois da a volta e entrando no
carro.
Ele sorri para mim e eu faço o mesmo para ele.
Quando chego em casa, vejo que meus pais já chegaram porque o carro tá
parado na frente da casa.
— É....vou indo— Falo tirando o sinto e me virando para ele.
— Acho que deixei alguma coisa em você— Ele fala colocando a mão no
chupão que ele fez.
Eu rio.
— Não tem problema
Ele ri.
— Tchau— Eu falo me virando e abrindo para abrir a porta do carro.
— Ei— Ele segura meu braço, fazendo eu me virar para ele — Te encontro
na praia amanhã?
— Sim, me encontra lá
— Você quer sair comigo?
— Tipo um encontro?
— É....tipo um encontro
Eu Sorrio.
— Aceito sim
Ele se aproxima de mim e me da um beijo.
— Até amanhã, Biel
— Até amanhã— Falo, e ele me dá um selinho. E eu saio do carro. Ele abre
a janela me vendo ir em direção a entrada da casa. Quando chego, olho
para ele, dou um tchau para ele com as mãos. E ele sai com o carro, e eu
entro para dentro de casa.
Gabriel
Gabriel
Acordo pensando na noite com Diogo. Eu nem acredito que eu fiz isso, o
máximo que eu tinha feio foi beijar alguém, e ontem houve aquilo. E
nossa, faria de novo.
Vai dar onze da manhã. Eu levanto escovo os dentes e desço para tomar
café. Não tem ninguém na cozinha além de mim. Volto para o quarto e
troco de roupas. Pego uma sunga preta e uma blusa regata. Quando abro
a porta sinto o mormaço quente no meu rosto, lá fora está bem quente
hoje. Antes pego meu celular e vejo que Diogo mandou uma mensagem:
tô saindo de casa já, te encontro lá?
Não respondo ele, e desço para a praia.
Quando chego lá vejo o guarda sol rosa. E lá está Thiago, Letícia, Diogo e
Uma menina que não sei quem é. Diogo me vê chegando, e abre um Sorrio
quando me vê. Ele vem até mim.
— Oi, tudo bem?— Ele fala me abraçando.
Oxi?
— Oi, tudo sim— Seguimos até o pessoal, Diogo está do meu lado com os
braços nos meus ombros.
Letícia faz uma cara estranha quando me vê assim com ele.
— Oi gente— Falo quando chego.
Todos respondem.
— Tá vivo?— Thiago fala quando me vê, e vem me da um abraço.
Eu dou uma risada.
Letícia amarra seus cabelos em um rabo de cavalo e vem me dar um
abraço.
— Ela é a Chiara, ele é o Gabriel, meu irmão
— Oi— Chiara fala, e me abraça. Eu faço o mesmo.
Thiago me entrega um copo de bebida, que provavelmente tem coisas
misturadas. Eu pego, e bebo.
Faço uma careta.
— Que horror— Eu falo.
Ele ri.
— Bora pra água— Thiago fala.
Letícia vem para perto de mim e fala nos meus ouvidos.
— Que rolou entre vocês?
— Depois eu falo— Falo cochichando no ouvido dela. E ela vira e vai para a
água.
Vejo Diogo voltando do mar.
Ele chega perto de mim molhado, e me abraça, me deixando molhando
também.
— Saaaii— Eu falo rindo.
E me vira para ele, como ele fez ontem. Meu coração acelera.
Ele ri.
— Não gostou?— Ele perguntando olhando para mim.
— Não
— Ontem você gostou
— Mas você não estava molhado
— estava sim
Eu dou uma risada alta. E ele também.
— Nosso encontro tá de pé né?— Ele fala acariciando minha bochecha.
Eu balanço a cabeça afirmando.
Gente o que tá acontecendo? Por que ele tá assim comigo? E por que eu tô
assim com ele?
Não posso sentir por ele o que eu sentia pelo Henrique.
Cala a boca Gabriel, pode sim.
Henrique disse para tomar cuidado com ele. Mas quando eu estou com
ele, me desligo do mundo. Só quero ele, o toque dele.
E se Henrique tiver falando a verdade, e ele machucar você?
Que droga.
18
Estou abraço com Diogo, envolvido nos braços fortes dele. Vamos sair,
vamos ter um encontro. Eu e ele.
Como eu já disse, quero ele desde que vi ele naquela festa. Eu gostei de
ter ficado com Henrique, mas também ficaria com Diogo lá. Diogo está de
sunga, o que me faz olhar. Desço o olhar para a sunga dele. E sinto uma
vontade de pegar lá.
Subo meu olhar para o dele. E ele sorri malicioso. Ele se inclina um pouco
e fala nos meus ouvidos:
— Tá com saudades dele?
Eu fico corado. E não falo nada. Ele pega na minha mão, e leva até o pau
dele. Fazendo eu acariciar.
— Pode ter certeza que nós dois estamos com saudades— Ele fala ainda
nos meus ouvidos.
E me da uma meia lua. Ele leva suas mãos na minha blusa, tirando ela, e
esses movimentos me faz lembrar da noite de ontem. Ele sorri, e me puxa
para mais perto dele. Ele envolve seus braços longos e fortes em mim.
— Pronto? — Ele pergunta
— O que?
Ele me pega no colo, e sai correndo comigo em direção ao mar.
—Diogo— Eu grito.
E ele ri enquanto sai correndo comigo. Ele chega no mar, me levando para
uma parte mais funda, e me joga no mar.
Subo para a superfície, passando a mão nos olhos para tirar a água.
Todos estão rindo, e empurro Diogo, fazendo ele se desequilibrar, e
caindo. Ele sobe para a superfície, passamos a mãos nos seus cabelos.
Que homem, que homem.
Fico sem graça quando ele para atrás de mim, e me agarra.
A hora passa, e vamos no restaurante perto para comer. Todos pedem
hambúrguer. E conversamos enquanto comemos. Descubro que Chiara
tem dezoito anos. E começou a fazer a sua transição com catorze anos. E
que não foi fácil os pais dela aceitar.
A tarde passa. Foi aquelas tardes tranquila, em que todos estão numa vibe
boa. E rimos muito.
Fico o tempo todo perto do Diogo. E andamos de mãos dadas. O que é
estranho para mim.
A tarde passa, e vamos deixar Chiara na casa dela. Eu adorei ela.
Thiago entra com Letícia dentro de casa quando chegamos.
— Vem— Falo para Diogo.
— Certeza?
— Sim, meus pais....meus pais não vão ligar
Ele entra.
E meu pai está na sala. Meu pai não fala com ele. E minha mãe sai da
cozinha. E fala com Diogo.
— Oi, tudo bem? Prazer— ela fala
— Oi, tudo sim, e a senhora?
— Bem bem....quer um copo d’água? Quer comer alguma coisa?
Diogo olha para mim.
Fico corado.
— Não— Ele ri— obrigado
— tá bom, qualquer pega alguma coisa para ele filho.
Balanço a cabeça afirmando.
Olho para ele, e ele entende. E ele me segue até o meu quarto.
Dou um soco fraco no braço dele, e dou uma risada.
— Que foi aquilo?— pergunto rindo.
— Ué, ela disse o que eu queria comer— ele fala chegando perto de mim.
— Você é besta
— vai dizer que não gostou?
— Aí aí Diogo
Ele me puxa de leve para perto dele. E me beija. Meu corpo esquenta com
o beijo, e o toque dele.
— Aqui não é legal— falo tirando os lábios dele do meu.
— Tudo bem— Ele fala.
Eu beijaria ele por horas, mas aqui com os meus pais. Jamais.
— Você já vai?— pergunto
— Sim, estou com sal por todo meu corpo. Até no
— Credo— Interrompo ele.
Ele ri.
— Quando eu chegar eu aviso
— Tá bom, vou ir tomar um banho
— Quer ir na minha casa não? Aí a gente toma um banho juntos— Ele fala.
— Para Diogo— Eu rio
Ele me dá um selinho, e levo ele até a porta.
— Vou ver um lugar legal pra gente ir— Ele fala. E me da outro selinho.
Letícia e Thiago chega.
Thiago vai embora, e eu e Letícia subimos.
— Você vai me contar tudo— Letícia fala e fecha a porta do meu quarto.
— A gente ficou
— O que? — Ela arregala os olho— quando isso?
— Ele disse que um pessoal ia na casa dele, que você também iria. E quis
me chamar, cheguei lá não tinha ninguém.
Ela ri.
— Aí ele pediu pizza, e ficamos.
Não sei se conto sobre a punheta que eu bati para ele.
Melhor não.
— Beija bem?
— Nossa demais
— Hummmm— Ela me chacoalha.
— Vou tomar banho— Eu aviso cortando o assunto.
— Vou ir também— ela avisa.
Tomo um banho e coloco uma roupa confortável e deito na cama. Pego
meu celular e vejo uma mensagem do Diogo.
Cheguei
Achei um lugar legal pra gente ir
Gabriel 21h31m
Oii, estava no banho
Sério? Onde?
Gabriel 21h36m
Kkkkkkkkkkk
Tá bom
Pode sim
Vida?
Blz
Vem aqui em casa hoje kkk
Gabriel 21h37m
Gabriel 21h38m
KKKKKKKKKKKK
Gabriel 21h39m
O QUE?
Gabriel 21h40m
Diogo? Calma
Diogo?
Diogo
Diogoooo
Visto por último hoje as 21h39M
Ele mora perto de mim, então daqui a pouco chega. Me levanto rápido da
cama pegando uma blusa regata que se eu levantar o braço, aparece
minha barriga. Pego um shorts jeans, mas lembro do que Diogo disse. E
coloco um de moletom. Coloco meu vans e desço para a sala.
— Vai pra onde?— Minha mãe pergunta
— Ah, vou sair com uns amigos na lanchonete, posso?
— Pode, mas toma cuidado
— te amo, beijos
Escuto uma buzina do lado de fora. E saio correndo, vejo o carro de Diogo
parado e vou em direção a ele. E ajeito meus cabelos no caminho. Entro
no carro.
— Oi— falo
— Oi, tá de moletom hoje
Ele ri
— Não queria ir de jeans
Ele parte com o carro. Mas não vai para a casa dele.
— Vamos pra onde?
— Vou te levar no meu lugar favorito
Ele segue com o carro estrada a frente, ele para o carro e dá a volta e abre
a porta para mim.
— Vem— ele pega no meu braço.
— Você vai gostar— Ele fala e sorri para mim.
Entramos em um caminho de areia, e descemos por ele. Vejo um balanço
e uns bancos. Encima de uma pedra. Que fica no meio de um lago. É lindo
lá.
A lua transmite sua luz na água que faz brilhar. Deixando o lugar com uma
luz natural.
— Bem vindo— Ele fala.
— trás todos e todas aqui?
— Você é o primeiro
— Aham, sei.
Ele senta na cadeira de balanço grande, e eu sento do lado dele. Me ajeito
na cadeira de balanço. Diogo passa seu braço atrás de mim, fazendo
nossos corpos colar. Ele suspira alto. E eu olho para ele.
— Que foi?— pergunto.
— Meu pai voltou
— E você não se dá bem com ele?
— Não
Fico quieto. E coloco minha mão na sua coxa, que está exposta porque o
ele tá de shorts.
— Cansei, não queria ficar me casa hoje
— Se você tivesse falado, eu já teria saído com você
Eu olho para ele, e em seguida ele olha para mim. E eu dou um selinho
nele.
Você me faz bem Diogo.
— Obrigado por ter vindo— Ele fala.
— Quando precisar, só falar, tá?
Ele balança a cabeça afirmando. E me beija depois. É um beijo calmo, bem
calmo. Ele coloca sua língua na minha boca devagar. E eu faço o mesmo.
Ele tira seu braço atrás de mim, e me coloca encima dele. Diogo colocou
uma música baixa quando chegamos. E agora está tocando o refrão de:
Never Be Alone; Shawn Mendes.
E nos beijamos ao som dela. Ele passa os dedos no meu cabelo, me
acariciando. O beijo ainda é calmo. E eu gosto disso. Coloco minha mão
atrás do pescoço dele. Acariciando também.
— Você é perfeito— Ele fala, e volta a me beijar. — Quero você, biel,
quero você
Eu deito no ombro dele, e sinto um aconchego nele. E eu abraço ele.
Ele me deixa em casa. Já vão da meia noite. Ele abre a porta do carro para
mim, e me leva até a porta.
— Obrigado de novo pela noite— Ele fala
Eu sorrio.
Ele olha para mim por inteiro. E eu fico corado. Ele me abraça, e eu faço o
mesmo. E eu deito minha cabeça no peito dele. Ele acaricia minhas costas.
— Eu não tô conseguindo parar de pensar em você— Ele avisa. E eu olho
para ele.
— Eu também não
Ele coloca a mão no meu queixo, e eu fico de ponta de pé para beijar ele.
Diogo coloca suas duas mãos na minha cintura. Me fazendo ficar perto
dele. Agora já entendi como ele gostar de ser beijado. Ele me solta, e
nossos lábios desencontram.
— Boa noite— Ele fala sorrindo
— Boa noite— Fico de ponta de pé e dou um beijo na bochecha dele. E
entro em casa.
19
Eu e Diogo conversamos quase todos os dias. As vezes ele some tipo uns
dois dias, mas depois ele aparece. Hoje é domingo, e nessa semana já vai
entrar dezembro, e já já faz um mês que estou aqui.
Depois do encontro com Diogo, a gente só se vê na praia quando eu tenho
vontade de descer. E quando eu não desço, ele manda mensagem para
mim. As vezes ele passa aqui para falar um “Oi” mas não me sinto
confortável conversando com ele aqui.
Esses dias me peguei pensando no Henrique, ele faz falta. Sinto falta da
risada dele, dos olhares dele. Mas quando estou pensando nele, vem
Diogo na minha mente, e o jeito que ele me faz ser dele. Penso em
mandar mensagem para Henrique, mas entro no Instagram dele, e vejo
uma foto: ele na neve no Canadá, com uma touca e roupas de frio; atrás
está a escola ou faculdade dele.
Minha irmã começou a namorar realmente o Thiago. Ele até veio pedir a
mão dele para o meu pai. Que inclusive quase não deixou.
E agora, ela nem fica aqui direito, minha mãe tá com medo dela
engravidar, mas eu confio na Letícia, e sei que não não vai engravidar tão
cedo. Ligo para os meus amigos, e eles atendem rápido.
Ligação on
Ligação off
Queria meus amigos aqui comigo, pelo menos eu iria ter eles aqui. A hora
passa e eu vou no mercado com os meus pais comprar as coisas que falta
para a casa. Me jogo na cama quando eu chego em casa. E meu celular
vibra, vejo na barra de notificações que é Thiago que mandou mensagem.
O Thiago?
Fico sem entender, e logo penso que pode ser alguma coisa com a minha
irmã.
Thiagooo
28 de novembro de 2021 17h40m
Thiagooo 17h40m
Oi
É alguma coisa com a Letícia?
Thiagooo 17h41m
Na verdade não
Ela tá aqui, mas não é com ela
E sim com Diogo
Com Diogo? E porque tenho que ir?
Gabriel 17h41m
23
O tempo está nublado, que faz os dia ficar cinzento. Diogo me ofereceu
carona, mas recuso e volto de a pé para casa. Lembro da mensagem que
Henrique me mandou, mas decido não responder no momento, não quero
pensar nele agora. Ficar para mim, não é nada sério, mas isso vou ver
depois com Diogo. Ele quer me levar com ele, isso ainda martela na minha
cabeça. Não posso ir nem se eu quiser, jamais meus pais iriam deixar.
Quando estou perto de casa, vejo a casa que estou. E reparo que é bem
diferente da casa imensa de Diogo. Meus pais estão assistindo teve na sala
quando abro a porta de casa. Os dois viram a cabeça para mim, e volta a
olhar para a teve.
— Oi— Anuncio a minha chegada.
— Por que não disse que ia dormi fora?— Meu pai fala.
— Eu avisei, não avisei?
Avisei?
— Se eu não avisei, desculpa.
— Já não basta a sua irmã, agora é você?— Minha mãe fala.
— Só foi essa vez mãe, vou para o meu quarto.
Subo as escadas que leva para o segundo andar, e vou para meu quarto.
Sento na cama e mando mensagem para Diogo falando que eu cheguei.
Minha mãe estava no Diogo ontem, mas ela já não estava mais lá quando
voltei. Escuto um barulho de carro e vou para a sala ver, e o carro de
Thiago está lá fora. Alguns segundos depois escuto a voz de Letícia. Mas
não entendo muito bem. Coloco meu celular pra carregar, quando escuto
uns gritos vindo da sala.
— Eu nem vou pra casa dele direito— Ela grita.
— Você tá indo todo dia pra casa dele, só falta ir morar com ele agora.
Porque nem aqui você fica mais— Meu pai grita.
— Ele é meu namorado, tenho que sair com ele. Não vou ver ele uma vez a
casa uma semana.
— Não quero mais você indo dormi nele. Já chega.
— O que?
— Isso mesmo, você não vai mais dormi lá, já deu Letícia, já deu. Você tem
casa, e vai dormi na sua casa.
— Mas aqui nem.....
— Não quero saber, sobe pro seu quarto.
Thiago aparece na minha porta, e me sinto envergonhado ao ver ele ali.
Ele sorri sem graça para mim, e eu retribuo para ele. Minha irmã aparece
bufando atrás dele, e entra no meu quarto.
— Caralho viu
— Calma, você sabe muito bem como ele é
— Cansei já, posso fazer nada nessa porra
Ela prende os cabelos num coque, e deita na cama.
— Não quero pensar nisso não. Como foi lá com o Diogo?
— Bom
— Bom tipo?
— Bom ué, a gente ficou
Thiago ri.
— Que foi?
— Nada não— Ele responde.
— Ouvi uns barulhos na cozinha, é o que tô pensando?
Que porra
— N-não- não Letícia, oxi. Desci para pegar um copo d’água.
— Sei, conta outra
Sinto meu rosto ficar vermelho, minha nossa como estou com vergonha.
— o que vocês fez?
Eu não vou contar nada para ela.
— já falei que nada, a gente só se pegou no quarto dele e depois a gente
dormiu.
— Tá, se você não quer falar tudo bem— Ela levanta— Mas que você fez
alguma coisa você fez sim. Hahaha
Ela sai do meu quarto e vai para o dela.
Se ela viu ou ouviu alguma coisa. Eu não sei. Mas tô morrendo de
vergonha. Meu celular vibra, e vou até ele. E recebi uma mensagem.
Henrii.quee_: oi, preciso falar com vc. Me retorna quando ver pfvr.
24
Dezembro chega, e faz semanas que eu não vejo e nem falo com Diogo.
Sinto muita muuuuita falta dele. É estranho que a ida de Henrique não me
fez pensar nele como tô pensando em Diogo, e ele mora a minutos da
minha casa. Meus pais já estão indo comprar as coisas para a ceia de
Natal. Minha irmã tá oficialmente namorando com o Thiago, eu estou
muito feliz por eles. Ela começou a passar mais dias em casa do que na
casa dele, o que fez meu pai ficar mais tranquilo. Eles me chamam para
sair com eles eu vou as vezes. Mas depois do cinema, jamais vou sair com
eles de novo, prefiro ficar em casa assistindo Netflix.
Caralho como Diogo faz falta. Sinto saudades do beijo dele, do cheiro dele,
daqueles braços enormes e fortes se entrelaçando em volta do meu corpo.
Ele nem mandou mensagem, e eu sinto que já era as coisas entre nós.
De tarde vou para a praia, por quê tá um tédio em casa. Nem coloco a
sunga já que não vou entrar na água. Faço o caminho de sempre até lá, a
praia é sempre vazia, mas hoje tá com umas quatro pessoas. Fico olhando
para o mar vendo as ondas quebrar. Depois de alguns minutos parado
olhando para o mar, meu celular vibrar no meu bolso. Pago ele e vejo que
Diogo me mandou uma mensagem, meu coração dispara assim que vejo.
Te espero no nosso lugar favorito.
É o que ele diz na mensagem, e eu já sei onde é, ele sempre vai para lá
quando acontece alguma coisa. Aquela lago com águas cristalinas, aa
árvores com as folhas verdinhas, algumas com frutas e outras com flores.
Levanto da arei e bato a mão no meu shorts para tirar a areia que ficou, e
subo correndo para a casa. Não troco de roupa, só coloco meu vans e
desço para a sala.
— Onde você vai? — Minha mãe pergunta.
— Tô indo comer com uns amigos— Ela olha para mim, e por um
momento penso que ela não vai deixar eu sair. Mas minha mãe disse uma
vez que se a gente tivesse com dinheiro podia sair, mas nunca voltar no
outro dia.
— Toma cuidado, mas olha, já já fica tarde. Não volta tarde viu
— Tá bom mãe, beijos— vou até ela e beijo a testa dela, e saio de casa.
Lembro que o lugar é longe e não dá para ir de andando, e eu não queria
chamar ninguém para me levar. Meu pai me ensinou dirigir mas faz um
tempo que não pego o carro. Corro para dentro de casa de novo e vou
atrás dele na cozinha, ele tá fazendo o jantar.
— Pai, me empresta o carro?
— Pra que
— Vou sair com uns amigos para comer, e é um pouco longe
— Tô fazendo comida pra que você vai sair?
— Eles marcaram agora, não queria deixar eles na mão
— Pega logo Gabriel, e toma cuidado porquê isso não é brinquedo
— Tá, obrigado
Pego a chave encima da mesinha da sala, e vou para o carro. Ligo ele e
entro dentro.
— Puta que pariu, calma, vou conseguir
Ligo o carro e saio com ele dá casa, acelero um pouco para chegar mais
rápido, e tá tudo dando certo, paro no farol e aproveito para mandar
mensagem para Diogo: tô chegando.
Mando a mensagem e volto meu foco na estrada. Chego ao local onde ele
está e estaciono o carro na entrada do local. Sigo o caminho de pedras
com as árvores envolta, que na primeira vez que passei aqui achei que
Diogo ia me matar.
Sigo o caminho e não demora muito para eu ver o lago, e vejo Diogo
pulando nele. Chego no meio do lago onde tem um bangalô com uns sofás
e um sofá que é um balanço, onde eu me peguei com ele dá última vez.
Ele sobe para a superfície e passa a mão em seus cabelos, colocando para
trás. E abrindo os olhos cobertos de água.
— Oi— Ele fala, e abre um Sorrio.
Nossa sou caído por ele.
Meu coração acelera quando ele fala comigo, ele sai da água. Com o deu
corpo todo molhado e com sua sunga preta. Olho para ele e já vem as
coisas que eu fiz com ele.
— Oi— Finalmente respondo.
— Eu até ia dar um abraço em você, mas tô todo molhado
Ele ri.
Ele chega perto de mim, coloca a sua mão em meu queixo inclinando
levemente para cima. E me da um selinho. Nossa como eu estava com
saudades dessa boca.
— Desculpa pelo sumiço
— Ah, tudo bem, aconteceu alguma coisa ?
— Muitas coisas, mas não quero te envolver em coisas que não vem ao
caso. Eu estava morrendo de saudades.
— Eu também estava
Eu sorrio e ele também.
— Quer pular na água?— Ele pergunta.
—Eu não trouxe roupa
— Ah Gabriel, vai meter essa?— Ele arruma a sunga. — Vamos entrar, a
água tá quentinha.
Ele segura na minha cintura.
— Tá bom.
Ele segura minha blusa e tira ela, colocando no sofá. Depois eu tiro o meu
shorts. Ele sorri para mim. E me da um selinho.
Ele vira de costas e pula na água. Eu sento na borda do bangalô, e Diogo
sobe para a superfície vim até mim, ele me pega pela cintura e me envolve
na água junto a ele. Com as mãos ainda na minha cintura, ele me afunda
eu corpo com o dele.
Subimos para a superfície e Diogo me coloca perto do seu corpo. Ele sobe
sua mão acariciando meu rosto. E percebo que o olho dele enche de
lágrimas. Sinto vontade de perguntar, mas resolvo deixar de lado quando
sinto os lábios dele tocarem no meu, e sua língua entrar na minha boca. E
ele me beija no lugar favorito dele.
25
Oi....que foi?
Eu envio para ele. E viro a bebida toda. E depois vou pegar outra virando a
metade. Minha cabeça fica girando, e eu paro um pouco para ver se passa.
Minha irmã para na minha frente.
— Tá tudo bem?
Eu balanço a cabeça afirmando. E sigo em frente. Resmungo quando um
pouco de areia entra no meu tênis, e eu tiro ele do pé para tirar a areia de
dentro. Viro em uma entrada cheia de luzes que tem no local. E alguns
adolescentes passam por mim rindo, provavelmente estão bêbados. Meu
celular vibra e eu deixo cair na areia.
— Que porra— Eu grito.
E alguém pega para mim. Sigo minha visão até o olhar da pessoa, e
percebo que é Diogo.
— Você tá bêbado?— Ele pergunta.
— Eu não, só bebi dois copos
— Ah Diogo....não começa
Ele fecha a cara para mim.
— Desculpa
— Você não disse que vinha
— Nem você disse Diogo
— Por que eu acabei de chegar
A gente fica em silêncio. E eu sinto que alguma coisa aconteceu.
— Ei gato, você sumiu— Uma menina loira chega passando a mão pelo
corpo de Diogo.
Ele olha para ela e depois olha para mim.
— Vai se fuder— Eu jogo o resto de bebida no rosto de Diogo. E saio do
local.
— Gabriel— Ele vem atrás de mim me chamando. Até que ele me para
segurando meu braço. E me fazendo vira para ele.
— O que foi? Vai falar que ela tava bêbada, ou você estava? Ou ela te
puxou para te beijar?
— Não é nada disso
— Então o que é porra
— Um pessoal me fez um desafio de pegar ela, mas eu não peguei tá
— Mas você ia
— Não ia, eu fui com ela pro lugar onde eles mandaram mais eu pensei em
você tá bom? Eu não quero mais ninguém além de você
— Se você não quer ninguém além de mim, me prova isso, por que você só
fala
Me solto do braço dele e sigo em frente.
— Nem pensa em vir atrás de mim— Eu grito.
Meu celular vira duas vezes no meu bolso e eu paro, e pego ele, e dessa
vez não deixo cair.
Nova mensagem: Henriii.que
Oi, pensei que não ia responder
Você tá bem?
Eu voltei, tô aqui na festa da fogueira
26
Desligo o celular e coloco bolso, e quando vou levantar para sair do lugar,
Diogo aparece e senta do meu lado.
— Falou com ele?— Diogo pergunta.
— Falei, por que?
— Nada, só achei que você não queria mais falar com ele
— Não tem nenhum motivo para eu parar de falar com o Henrique— eu
me viro para Diogo— Aliás, eu nenhum momento você disse que falava
com ele, e nem disse que falou sobre a gente
— Acho que não preciso falar da minha vida para você
— É Diogo, você realmente não precisa falar da sua vida para mim—
Levanto do banco e Diogo segura meu braço, e me colocando sentando de
novo.
— Desculpa, minha cabeça tá cheia de coisas, eu não falei nada por que
achava que você não precisava saber
— Diogo, você falou sobre a gente para ele. Você realmente acha que não
precisa falar nada?
— Foi mal, tá legal? — Ele se aproxima de mim. — E o que ele te disse?
— Falou que você disse que a gente estava saindo juntos, que eu dormi
com você, você disse para ele que a gente...
— Não, isso não— Ele me interrompe. E eu olho para o céu que está sem
nenhuma estrela.
Ficamos em silêncio por um tempo. Até ele quebrar o silêncio.
— Vou embora daqui uns dias, eu não quero ir brigado com você, ou
diferente com você
— Mas a gente não tá brigados
— Mas estamos diferentes um com o outro a um tempo, e ele ter chegado
só piorou
Eu solto uma respiração alta revirando os olhos.
— Porque você não gosta dele?
— Não é que eu não gosto dele....Gabriel isso é entre eu e você
Gabriel? Diogo nunca me chama de Gabriel.
— Tá e o que você quer? Me beijar depois me levar pra sua cama?
— Caralho Gabe o que tá acontecendo com você?
— Não tá acontecendo nada Diogo, só que você está mentindo muito para
mim
— Onde estou mentindo para você?
— Em tudo, você sumiu e voltou do nada. Me chamou para encontrar com
você e depois sumiu de novo, e agora tem isso do Henrique
— Eu já falei que o assunto é eu e você caralho— Ele grita. O que me
assusta.
Eu me afasto dele.
— Porra, eu gosto de você. E eu quero ter você comigo, mas no momento
não dá
— Porque não da Diogo? Por que seu pai sabe?
— Não, não é isso.
— Então o que é Diogo, porra, você sempre fala isso. Tá cedo para
começar algo, mas porra você mente para mim
— Gabe no momento as coisas estão acontecendo muito rápido. Vou tem
que ir embora daqui, mas vou fazer de tudo para voltar o mais rápido
possível ou te levar comigo. Eu gosto de você, mas entende meu lado por
favor
— Eu te entendo Diogo. Mas se você realmente gosta de mim você
começa a parar de mentiras para mim— Eu levanto do Banco e vou
procurar minha irmã, o que é impossível. Pego outra garrafa de Bebida e
sento na areia virando a bebida. Meu celular vibra várias vezes e eu sei
que são os meus amigos mandando mensagem. Pego o celular e vejo a
hora, já são duas e meia da manhã. Eu levanto da areia e minha cabeça
gira, agora realmente vai ser difícil encontrar Letícia. Talvez ela nem esteja
mais aqui.
— Ei cara essa cerveja é minha— Escuto um menino gritando, e me viro
para ver. Ele está completamente bêbado.
— Foda-se cara é só uma cerveja— O outro menino fala, e ao que parece
ele está sóbrio
— Mais é a minha cerveja— O garoto bêbado diz. Vejo Henrique vindo na
direção do menino sóbrio segurando ele. Ele segura o menino pelos braços
e fala alguma coisa para ele. E do outro lado vejo Diogo fazendo o mesmo
com o menino bêbado.
— Vai tomar no cu, você pegou a minha cerveja, olha um monte que tem
aqui— O bêbado diz.
— Vai se fuder viadinho, aliás vai se fuder vocês dois, seus viadihos— O
sóbrio diz.
— Como é que é?— Diogo parte pra cima do menino. Mas Henrique fica
no meio
— Sai da frente caralho, o assunto não é com você— Diogo diz para
Henrique.
— Foda-se não vou deixar você bater no meu amigo
— Você só quer estragar tudo né seu babaca. Então eu bato em você—
Diogo empurra Henrique, que quase cai no chão. Henrique pega impulso e
dá um murro na cara de Diogo. Eu saio correndo de onde eu estou e vou
até eles. Estou um pouco longe o que dá tempo de Diogo levantar e bater
em Henrique.
Chego perto deles e só sinto um murro na minha cara me fazendo cair no
chão. Fazendo a brigar parar. Diogo segura um braço e Henrique segura o
outro braço.
— Sai caralho, eu cuido dele— Diogo fala.
— Vai tomar no cu Diogo, ele é meu amigo
Minhas forçar vai voltando e eu me solto deles e levanto sozinho. Vejo
minha irmã do outro lado com um olhar de preocupação.
— Tá tudo bem amor?— Diogo fala.
— Tô, eu tô bem
Olho para Henrique que está com o nariz sangrando. E o amigo dele leva
ele para algum lugar.
— Vem, vamos colocar um gelo nisso— Diogo fala.
Sento no banco onde eu estava antes. Meu rosto tá doendo e sei que isso
vai fuder com o meu rosto. Diogo chega com um pano com gelos, e senta
do meu lado. Colocando com cuidado o gelo na minha pele.
— Ai — Eu reclamo.
E Diogo segura o gelo sobre minha pele.
— Vai melhorar isso— Ele fala.
Eu não sei o que aconteceu e quem me bateu. Mas pelo menos eu parei a
briga entre os dois. Diogo me puxo para mais perto dele, me colocando
próximo ao seu corpo.
— Tá doendo?— Ele pergunta.
— Tá, mas não quanto antes
— Eu ia bater no amigo dele, não nele
— E você não tinha que ter batido em nenhum dos dois— Tiro o pano de
gelo da minha pele e levanto do banco. O rosto de Diogo está começando
a ficar roxo e seu olho quer ficar inchado.
— É melhor colocar isso em você— Aviso sentando no banco, e colocando
o pano de gelo sobre a pele dele.
— Não, isso eu resolvo depois
Diogo levanta ficando na minha frente, e eu levanto em seguida.
— Desculpa tá? — Diogo fala. E eu balanço a cabeça positivamente. E ele
me dá um selinho.
— Gente, não quero atrapalhar nada, mais a policia está vindo aí— Ume
menina avisa.
— Caralho, vem— Diogo me puxa pelos braços. E saímos correndo juntos
com os outros adolescentes. Chegamos em um lugar onde tá o carro de
Diogo.
— Porra, você não pode ir para casa assim— Minha irmã avisa.
— Eu levo ele para a minha— Diogo fala.
— E o seu pai?— Thiago pergunta.
— Relaxa, ele não tá
Diogo abre a porta do carro para mim e eu entro. E depois Diogo entra no
carro, a janela está totalmente aberta. Quando Diogo vai da partida no
carro escuto Henrique do meu lado.
— Biel, desculpas, não vi você. Você entrou na frente e....
— Cala a boca Henrique— Diogo fala.
— Para Diogo, que saco....tá tudo bem Henrique, só queria ajudar
Henrique sorri para mim e Diogo parte com o carro.
Eu gosto do Diogo, mas sabe, como eu posso ter alguma coisa com Diogo,
sendo que uma parte do meu coração bate pro Henrique. É difícil isso, e
eu não queria estar sentindo isso, eu só queria tomar a decisão certa, e
não ter que sentir isso.
Chegamos na casa do Diogo e vou para o quarto dele. Ele tira a roupa e
fica de cueca, e eu faço o mesmo. E sem acontecer nada, a gente cai no
sono. Acordo cedo no outro dia e percebo que Diogo não está na cama.
Vejo um bilhete dele que ele deixou encima do criado mudo.
Diogo ♡
Levanto da cama é vou até a praia. Vejo Diogo sentando na arei olhando
para o mar.
— Oi— Aviso minha chegada. E sento áreas
— Ontem foi um desastre— Ele fala.
— Sabe que o seu olho vai ficar roxo amanhã né
— Mas já é amanhã
— Sei que errei ontem, não deveria ter feito aquilo
— É, não deveria mesmo
Diogo pega alguma coisa do seu bolso, e eu vejo que é uma maconha, ele
pega o isqueiro para tentar acender, ele na boca e tampa para não bater
vento, e tentar acender de novo. O que funciona.
Será que era isso que ele estava escondondendo?
— Deixa eu dar um trago?
— Não
— Sim
— Não, a sua irmã me mataria se soubesse
— Tá, ta legal....então se eu não posso fumar, você também não pode—
Aponto o indicador para ele. Ele ri e apaga a maconha.
—Aí, o que acha da gente entrar e comer uns bolinhos de chocolate que
tem lá?
Eu achava que esse verão ia ser igual a todos os outros.
Mas não vai ser.
— Na verdade eu tenho um lugar para ir— Falo levantando da areia.
Porque eu não vou deixar ser.
— Calma ai, você vai pra onde?
— Ver os golfinhos— Falo correndo.
— Como assim ver os golfinhos? — Diogo grita.
E eu vou correndo até o píer que Henrique disse.
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