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LEI COMPLEMENTAR Nº.

013
Dispõe sobre o ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA ÁREA
URBANA DO MUNICÍPIO DE ASSIS CHATEAUBRIAND E DOS DISTRITOS e dá
outras providencias.

A CÂMARA MUNICIPAL DE ASSIS CHATEAUBRIAND, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu Prefeita Municipal, sanciono a seguinte Lei;

CAPÍTULO I

das disposições preliminares

Art 1º. O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, da área urbana da sede municipal
e dos distritos de Assis Chateaubriand, será regido por esta Lei:

Seção I

Dos Objetivos

Art 2º. A presente lei tem como objetivos:

I - Estabelecer critérios de ocupação e utilização do solo urbano, tendo em vista o


equilíbrio e a coexistência nas relações do homem com o meio, e das atividades que os permeia;

II - Promover, através de um regime urbanístico adequado, a qualidade de valores


estético - paisagísticos – naturais ou culturais – próprios da região e sede do Município;

III - Prever e controlar densidades demográficas e de ocupação do solo urbano,


como medida para gestão do bem publico e da oferta de serviços públicos, compatibilizados com um crescimento ordenado;

IV - Compatibilizar usos e atividades diferenciadas, complementares entre si, dentro


de determinadas frações do espaço urbano.

Seção II

Das Definições

Art 3º. Para o efeito de aplicação da presente Lei, são adotadas as seguintes
definições:

I - Zoneamento é a divisão da área do Perímetro Urbano da Sede do Município, em


zonas para as quais são definidos os usos e os parâmetros de ocupação do solo.

a) Uso do Solo é o relacionamento das diversas atividades para uma


determinada zona, podendo esses usos serem definidos como:

1. permitidos;

2. permissíveis;

3. proibidos.

b) Ocupação do Solo, é a maneira que a edificação ocupa o lote, em função


das normas e parâmetros urbanísticos incidentes sobre os mesmos, que são:

1. coeficiente de aproveitamento;

2. número de pavimentos;

3. recuos;

4. taxa de ocupação.

II - dos índices urbanísticos:


a) coeficiente de aproveitamento: Valor que deve multiplicar com a área do
terreno para se obter a área a construir, variável para cada zona;

b) número de pavimentos: Altura máxima que uma edificação pode ter


numa determinada zona, altura essa medida em pavimentos, contados a partir do pavimento térreo;

c) recuo: Distância entre o limite extremo da área ocupada por edificação


e a divisa do lote;

d) taxa de ocupação: Proporção entra a área máxima da edificação


projetada sobre o lote e a área desse mesmo lote;

III - dos usos do solo urbano:

a) uso permitido: Uso adequado às zonas, sem restrições;

b) uso permissível: Uso passível de ser admitido nas zonas, a critério do


órgão responsável da prefeitura, ouvido o parecer do órgão consultor;

c) uso proibido: Uso inadequado às zonas.

IV - das zonas, segundo o uso predominante:

a) zonas residenciais: Áreas destinadas ao uso residencial, unifamiliar,


multifamiliar, coletivo e geminado, predominante. Os outros usos existentes nas zonas devem ser considerados como acessórios, de
apoio ou complementação;

b) zonas comerciais e de serviços: Áreas onde se concentram,


predominantemente, atividades comerciais e de prestação de serviço, especializados ou não. Os demais usos são considerados
complementares do espaço;

c) recuo: Distância entre o limite extremo da área ocupada por edificação


e a divisa do lote;

d) taxa de ocupação: Proporção entre a área máxima da edificação


projetada sobre o lote e a área desse mesmo lote;

V - dos usos do solo urbano:

a) uso permitido: Uso adequado às zonas, sem restrição.

b) uso permissível: Uso passível a serem admitidos nas zonas, a critério do


órgão responsável pela Prefeitura, ouvido o parecer do órgão consultor;

c) uso proibido: Uso inadequado às zonas.

VI- das zonas, segundo o uso predominante:

a) zonas residenciais: Áreas destinadas ao uso residencial, unifamiliar,


multifamiliares, coletivo e geminado, predominante, atividades comerciais e de prestação de serviço, especializados ou não. Os outros
usos existentes nas zonas devem ser considerados como acessórios, de apoio ou complementação;

b) zonas comerciais e de serviços: Áreas onde se concentram,


predominantemente, atividades comerciais e de prestação de serviços, especializados ou não. os demais usos são considerados
complementares do espaço;

c) zonas industriais: Áreas estrategicamente dispostas de forma a


concentrar as atividades industriais, sem o prejuízo da qualidade de vida e da flora e fauna a preservar;

d) zonas agropecuárias: Áreas de características eminentementes urbanas,


isto é, áreas dentro do perímetro urbano onde predominem atividades agrícolas e/ou de criação animal;

e) zona institucional: Áreas de características especiais do ponto de vista


jurídico, não regulamentável por esta lei. Estas áreas são consideradas partes das Zonas Especiais;

f) zona de proteção ambiental: Área destinada à proteção do Patrimônio


Cultural, Histórico, Paisagístico, Arqueológico, Arquitetônico e do Meio ambiente.

VII - das atividades:

a) habitação:

unifamiliar: Edificação destinada a servir de moradia a uma só família;

multifamiliar: Edificação destinada a servir de moradia a mais uma família, em


unidades autônomas, superpostas (prédio de apartamentos);

coletiva: Edificação destinada a moradia de um grupo de pessoas, como pensões,


asilos, internatos e similares;

geminada: Edificações destinada a servir de moradia a mais de uma família em


unidades autônomas contíguas horizontais, com uma parede comum.

b) comércio:

atividade pela qual fica caracterizada uma relação de troca, visando um lucro e
estabelecendo-se a circulação de mercadorias.

c) serviços:

atividade remunerada ou não, pela qual fica caracterizado o préstimo de mão-de-


obra, ou assistência de ordem técnica, intelectual e espiritual.

d) indústrias:

atividade na qual se dá a transformação de matéria-prima em bens de produção ou


de consumo.

e) agricultura e criação animal:

atividade pela qual se utiliza a fertilidade do solo para a produção de plantas, e


animais, para as necessidades do próprio agricultor ou com vistas de mercado.

VIII - dos termos gerais:

a) alvará de construção: Documento expedido pela Prefeitura que autoriza


a execução de obras sujeitas a sua fiscalização.

b) alvará de localização e funcionamento: Documento expedido pela


Prefeitura que autoriza o funcionamento de uma determinada tividade, sujeita a regulamentação por esta Lei;

c) ampliação ou reforma em edificações: Obra destinada a benfeitorias de


edificações já existentes, sujeitas também a regulamentações pelo Código de Obras do Município;

d) baldrame: Viga de concreto ou madeira que corre sobre fundações ou


pilares para apoiar o soalho;

e) equipamentos comunitários: São os equipamentos públicos de


abastecimento de educação, cultura, saúde, lazer, segurança e assistência social;

f) equipamentos urbanos: São os equipamentos públicos de


abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, coleta de água pluvial, rede telefônica e gás canalizado.

g) fundações: Parte da construção destinada a distribuir as cargas sobre o


terreno;

h) Faixa de proteção: Faixa paralela a um curso d’água, medida a partir de


sua margem e perpendicular a esta, destinada a proteger as espécies vegetal e animal desse meio, e da erosão. Esta faixa é variável e
é relativa a matéria;

i) regime urbanístico: Conjunto de medidas relativas a uma determinada


zona que estabelecem a forma de ocupação e disposição das edificações em relação ao lote, à rua e ao entorno;

j) subsolo: Pavimento abaixo da menos cota do passeio fronteiriço e


divisa do lote da edificação, e cuja altura do pé-direito seja até 1,20 m (um metro e vinte centímetros) acima desse mesmo referencial.

CAPÍTULO II

dos ALVARÁS

Art 4º. Os usos das edificações que contrariam as disposições desta Lei, serão
definidos e será estabelecido um prazo par causa regularização ou adequação.

§ 1º. Cabe a Prefeitura, dentro do prazo de um ano, os procedimentos para


regularizar o exposto neste artigo.

§ 2º. Será proibida toda reforma e ampliação nas edificações cujos usos contrariem
as disposições desta Lei.

§ 3º. A concessão de alvará para construir, reformar ou ampliar obra residencial,


comercial, de prestação de serviço ou industrial somente poderá ocorrer com observância das normas de uso e ocupação do solo
urbano estabelecidos nesta Lei.

Art 5º. Os alvarás de construção expedidos anteriormente a esta Lei serão


respeitados enquanto virgirem, desde que a construção tenha sido iniciada ou se inicie no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data
da publicação desta Lei.

Parágrafo único. Uma construção é considerada iniciada se as fundações e


baldrames estiverem concluídos.

Art 6º. Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimento comercial, de


prestação de serviço ou industrial, somente serão concedidos desde que observadas as normas estabelecidas nesta Lei, quanto ao Uso
do Solo previsto para cada zona.

Art 7º. Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimento comercial, de


prestação de serviço ou industrial, serão concedidos sempre a título precário.

Parágrafo Único. Os alvarás a que se refere o presente Artigo poderão ser cassados
desde que o uso demonstre reais inconvenientes, contrariando, as disposições desta Lei, ou demais Leis pertinentes, sem direito a
nenhuma espécie de indenização por parte do Município.

Art 8º. A transferência de local ou mudança de ramo de atividade comercial, de


prestação de serviço ou industrial, já em funcionamento, poderá ser autorizada se não contrariar as disposições desta Lei.

Art 9º. A permissão para a localização de qualquer atividade considerada como


perigosa, nociva ou incômoda, dependerá da aprovação do projeto completo, se for o caso, pelos órgãos competentes da União, do
Estado e Município, além das exigências especificadas de cada caso.

Parágrafo Único. São consideradas perigosas, nocivas e incômodas aquelas


atividades que por sua natureza.

a) Ponham em risco pessoas e propriedades circunvizinhas;

b) Possam poluir o solo, o ar e os cursos d’água;

c) Possam dar origem a explosão, incêndio e trepidação;

d) Produzam gases, poeiras e detritos;


e) Impliquem na manipulação de matérias-primas, processos e
ingredientes tóxicos;

f) Produzam ruídos e conturbem o tráfego local;

Art 10. Toda atividade considera de grande porte, dependerá da aprovação do


conselho de Desenvolvimento e de Política Urbana e Ambiental do Município, para a sua localização.

Parágrafo Único. É atribuição do Conselho julgar para cada atividade comercial, de


serviço ou industrial, quanto ao porte – Pequeno, Médio ou Grande.

CAPÍTULO III

do zoneamento

Art 11. A área do Perímetro Urbano da Sede do Município de Assis Chateaubriand,


conforme o Mapa de Zoneamento de Uso do Solo, parte integrante desta Lei, fica subdividida, nas seguintes zonas:

a) Zonas Residenciais;

b) Zonas Comerciais;

c) Zonas Industriais;

d) Zonas Agropecuárias;

e) Zonas Especiais, dentre elas:

· Zona institucional (equipamentos comunitários)

· Zona de Proteção e preservação ambiental.

§ 1º. As Zonas são delimitadas por limites do Perímetro Urbano, rios, vias e por
divisas do lotes.

§ 2º. O regime urbanístico para os lotes de ambos os lados das vias que limitam
zonas diferentes, serão os da zona de parâmetros urbanísticos menos restritivos.

§ 3º. Para efeito do parágrafo anterior, a profundidade considerada não será superior
à profundidade média dos lotes na zona.

Art 12. As Zonas Residenciais destinadas ao uso residencial unifamiliar,


multifamiliares, coletivo e geminado, predominantemente, se dominam:

I - ZR-1 – zona residencial 1;

II - ZR-2 – zona residencial 2;

III - ZR-3 – zona residencial 3;

IV - ZR-4 – zona residencial 4;

V - ZR-5 – zona residencial 5;

Parágrafo Único. Os diferentes tipos de Zonas Residenciais visam a distribuição


homogênea da população no espaço urbano, tendo em vista o dimensionamento das redes da infra-estrutura urbana, do sistema viário
e a configuração da paisagem urbana.

Art 13. As Zonas Comerciais e de serviços destinadas ao exercício dessas atividades,


se denominam:

I - ZC-1 – zona comercial e de serviços 1;

II - ZC-2 – zona comercial e de serviços 2;

III - ZC-3 – zona comercial e de serviços 3;

Parágrafo Único. Os diferentes tipos de Zonas Comerciais e de Serviços visam


compartilhar a implantação destas atividades com a infra-estrutura e sistema viário existentes, estimular a implantação dos diferentes
tipos de comercio e serviços em locais cujo grau de adequabilidade seja mais aceitável.

Art 14. As Zonas Industriais deverão concentrar todas as industrias que pelo seu
porte, grau de poluição ou outras características sejam incompatíveis com as atividades predominantes das demais zonas. Os diferentes
tipos de Zonas Industriais se denominam:

I – ZI-1 – zona industrial 1;

II - ZI-2 – zona industrial 2.

Parágrafo Único. Os diferentes tipos de zonas industriais visam se adequar as


necessidades de cada tipo de industria, racionalizar serviços e infra-estrutura, alem de assegurar um maior controle do impacto
ambiental e qualidade de vida.

Art 15. As Zonas Agropecuárias destinam-se a produção de plantas e criação animal


para subsistência ou com vistas de mercado, predominantemente e se denominam:

I - ZA-1 – zona agropecuária 1;

II - ZA-2 – zona agropecuária2;

III - ZA-3 – zona agropecuária 3.

Art 16. As Zonas Especiais terão regulamentação própria quando assim determinar o
poder Público Tutelar, cabendo a Prefeitura Municipal fazer cumprir as exigências mínimas por esta Lei estatuídas, no que couber, ou
intervir sempre que, nestas zonas, atividades ou práticas forem contrárias ao espírito desta Lei, estas zonas denominam-se:

I - ZE-1 – zona especial 1 – áreas institucionais;

II - ZE-2 – zona especial 2 – de proteção ambiental.

Art 17. A regulamentação dos tipos de Uso do Solo e normas para Ocupação do Solo,
para as diversas Zonas, estão estabelecidas respectivamente na Tabela I e Tabela II, em anexo, partes integrantes desta Lei. Estas
tabelas estabelecem os Usos Permitidos e permissíveis e definem as dimensões mínimas dos lotes, a Taxa de Ocupação, o Coeficiente
de Aproveitamento, o Número de Pavimentos e os Recuos Obrigatórios.

§ 1º. Não serão computados na área máxima edificável para efeito de Coeficiente de
Aproveitamento, e em nenhuma hipótese poderão receber outra finalidade:

a) Terraço de cobertura, desde que de uso comum dos condôminos;

b) Sacada, desde que não vinculada a dependências de serviço;

c) Área de escada de incêndio

d) Poço de elevadores, casas de máquinas, de bombas, de transformadores


e geradores, caixas d’água, centrais de ar condicionado, instalações de aquecimento de água, instalações de gás, contadores e
medidores em geral e instalações para depósito de lixo;

e) Área de recreação conforme exigência do Artigo 20 desta Lei;

f) Área para estacionamento, quando localizada sob pilotis e/ou subsolo;

§ 2º. Não serão computados na área máxima edificável, para efeito de coeficiente de
aproveitamento, pavimentos situados no subsolo, para fins residenciais, desde que observadas outras exigências mínimas estabelecidas
pelo Código de Posturas.

CAPÍTULO IV

da PROTEÇÃO dos fundos de vale

Art 18. Para os efeitos de proteção necessária dos recursos hídricos do Município
ficam definidas as faixas de drenagem dos cursos d’água ou Fundos de Vale, de forma a garantir o perfeito escoamento das águas
pluviais das bacias hidrográficas e preservação de áreas verdes.

§ 1º. Todos os cursos de água ou fundos de vale, terão uma faixa de no mínimo 30
(trinta) metros, para cada lado, consideradas como área de preservação, portanto não edificáveis

§ 2º. Nos cursos d’água canalizados ou retificados dever-se-á prever uma faixa não
edificável de, no mínimo, 5m (cinco metros) para cada lado das margens.

Art 19. A Prefeitura Municipal, a seu critério, poderá condicionar a permissão de


obras de ampliação nos lotes existentes às margens já comprometidas dos cursos d’água, à feitura de obras de recuperação nos
mesmos.

Parágrafo Único. A ampliação de que trata este artigo não será permitida nas faixas
não edificáveis.

CAPÍTULO V

das áreas de recreação

e estacionamento

Art. 20. Em todo edifício ou conjunto residencial com quatro ou mais unidades será
exigida uma área de recreação equipada, a qual deverá obedecer aos seguintes requisitos mínimos:

I – quota de 6,00m² (seis metros quadrados) por unidade de moradia;


II – localização em área isolada sobre os terraços, ou no térreo, desde que
protegidas de ruas, locais de acesso de veículos e de estacionamento;

III – superfície permeável – com areia ou grama – de no mínimo 12m² (doze


metros quadrados), incluída na quota do item I.

Art 21. Em edifício comercial, de prestação de serviço, residencial multifamiliar e


residencial coletivo, será obrigatória a destinação de área de estacionamento interno para veículos, conforme:

I – em edifícios de habitação multifamiliar e coletiva: Uma vaga de estacionamento


por unidade residencial ou para cada 100,00m² (cem metros quadrados) de área das unidades residenciais, excluídas as áreas de uso
comum;

II – em edifícios de escritórios: Uma vaga de estacionamento para cada 120,00m² (cento e vinte metros quadrados) de área,
excluídas as áreas de uso comum;

III – em oficinas mecânicas e comércio atacadista: Uma vaga de estacionamento


para cada 25,00m² (vinte e cinco metros quadrados) de construção;

IV – em supermercados e similares: Uma vaga para cada 25,00m² (vinte e cinco


metros quadrados) de construção, mais uma vaga, no mínimo para estacionamento de caminhões;

V – em estabelecimentos hospitalares: Uma vaga de estacionamento para cada 06


(seis) leitos, excluídas as vagas para ambulâncias;

VI – em hotéis: Uma vaga de estacionamento para cada 03 (três) unidades de alojamento.

Parágrafo Único. As áreas de estacionamento quando cobertas e localizadas em


área externa a edificação, não poderão ter a fachada aberta.

CAPÍTULO VI

da classificação e RELAÇÃO

dos usos do solo

Art 22. Ficam classificados e relacionados os usos do solo, para implantação do


Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Perímetro Urbano da sede do Município:

I – quanto as atividades:
a) habitação:

- unifamiliar;
- multifamiliar;

- coletiva;

- geminada.

b) comércio;

c) serviço;

d) indústria;

e) agricultura e criação animal.

II – quanto a sub-classificação hierárquica de comércio e serviço:


a) comércio e serviço vicinal: atividade de pequeno porte, de utilização
imediata e cotidiana, como:

- creche; - padaria; - florista;

- açougue; - quitanda; - revistaria;

- mercearia; - chaveiro; - salão de beleza;

- farmácia; - sapataria; - alfaiataria;

- endereço comercial;

- referencia fiscal;

- estabelecimento de ensino de 1º e 2º grau;

- estabelecimento de ensino específico (línguas, datilografia e similares);

- escritório de profissional liberal;

- consultório médico e odontológico;

- oficina de eletrodomésticos;

- atividade profissional não incômoda, exercida na própria residência.

b) comércio e serviço de bairro: atividade de médio porte, de utilidade intermitente e


imediata, destinada a atender a população em geral:

GRUPO 1:

- bijuteria; - agencia bancária;

- joalheria; - loja de ferragens;

- boutique; - materiais domésticos;

- ateliê; - calçados e roupas;

- galeria; - lavanderia não industrial;

- livraria; - venda de eletrodomésticos;


- papelaria; - venda de veículos e acessórios;

- antiquário; - escritório;

- posto de telefonia; - venda de móveis;

- telégrafo; - agência de jornal.

GRUPO 2:

- manufaturado e artesanato; - ambulatório;

- clínica; - supermercado;

- tipografia; - clicheria; - material de construção; -


borracharia.

GRUPO 3:

- confeitaria; - pastelaria;

- panificadora; - lanchonete;

- restaurante; - café;

- hotel; - sauna;

- teatro e cinema; - malharia;

- peixaria; - mercado;

- oficina de eletrodoméstico;

b) comércio e serviço geral: atividades destinadas a população em geral,


as quais por seu porte ou natureza, exigem confinamento em área própria:

GRUPO 1:

- armazém de alimentos;

- comércio de alimentos;

- editora;

- depósito de material usado;

- depósito de ferro velho;

- posto de serviço;

- comércio de agrotóxicos;
- oficina de lataria e pintura;

- boate, danceteria, discoteca e bailão;

- imprensa;

- gráfica;

- lava-rápido;

- posto de abastecimento;

- oficina mecânica para serviço de grande porte.

GRUPO 2:

- cerâmica;

- transportadora;

- jato de areia;

- montagem de esquadrias;

- serralheria;

- serraria.

d)comércio e serviço específico: atividades peculiares cuja adequação a vizinhança


depende de uma série de fatores a serem analisados pelo órgão competente, para cada caso:

- equipamento urbano e comunitário;

- camping;

- posto de venda de gás;

- circo;

- albergue;

- motel;

- parque de diversão;

- depósito de inflamáveis;

- sede de associação;

- sede de entidade religiosa, casa de culto.

III – quando a sub-classificação de indústrias:

a) indústrias do grupo 1: incluem-se nessa classificação as indústrias de pequeno


porte com área de terrenos de até 5.000m² e que desenvolvem atividades não consideradas incômodas, poluentes ou perigosas e com
regime de trabalho somente diurno. Fazem parte deste grupo as seguintes indústrias:

- indústrias de bebidas;
- indústrias artesanais;

- indústrias de doces;

- indústrias de alimentos;

- indústrias de estofados;

- indústrias de móveis.

b) indústrias do grupo 2: incluem-se nessa classificação as indústrias não poluidoras


ou de baixa poluição do ar e do som, não importando a área que ocupem.

c) indústrias do grupo 3: incluem-se nessa classificação as indústrias de pequeno a


grande porte, não importando a área que ocupem, consideradas poluidoras do meio ambiente de modo geral e poluidoras de água.

Art 23. As atividades não especificadas no artigo anterior serão analisadas, tendo em
vista sua similaridade com as constantes na listagem, ouvindo o Conselho Municipal de Desenvolvimento e de Política Urbana e
Ambiental.

Art 24. Para se modificar qualquer localização de zonas, deverá ser apresentado um
relatório circunstanciado, definido no Art.15 da Lei do Plano Diretor e encaminhado ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e de
Política Urbana e Ambiental para análise e parecer.

CAPÍTULO VII

Das disposições Finais

Art 25. São partes integrantes e complementares desta Lei os seguintes anexos:

I – Anexo 1: Recuo Lateral e de Fundos;

II – Tabela 1: Uso do Solo Urbano;

III – Tabela 2: Ocupação do Solo;

IV – Mapa de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art 26. A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.


Art. 27. Ficam revogadas as Leis Municipal n.º 1298, 1398 e 1493, datadas de 24 de
outubro de 1995, 11 de dezembro de 1996 e 15 de outubro de 1998, respectivamente.

PAÇO MUNICIPAL “PREFEITO OSVALDO LAGHI”, aos 17 de maio de 2007.

Dalila José de Mello

Prefeita Municipal

Jorge Eduardo Kyogiro Watanabe

Secretário de Administração Geral,

Fazenda e Controle Fiscal

Ref.: Proj. de Lei Complementar nº. 006/2006

Autor: Poder Executivo

SGEM/fo/zlo

INTEC/fpf

ANEXO I

LEI COMPLEMENTAR Nº. 013

Recuo Lateral e de Fundos

(Parte integrante e complementar à Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano)


RECUOS P/ ABERTURA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

PAVIMENTOS

LATERAL DE FUNDOS

Até 02 pavimentos (térreo + 1) 1,50m 1,50m

De 03 a 05 3,00m 4,00m

Obs: 1) Paredes sem aberturas poderão ser constituídas nos alinhamentos laterais
e de fundos, apenas nos pavimentos térreo e 1º andar.

2) Nas edificações com mais de 02 pavimentos (térreo e 1ºandar), os pavimentos


acima destes, deverão possuir recuo lateral mínimo de 3,00metros em uma das laterais, podendo a outra lateral ser construída na
divisa desde que não possua aberturas de iluminação e ventilação.

TABELA I

Uso do Solo Urbano

(Parte integrante e complementar à Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano)

ZONA USO PERMITIDO USO PERMISSÍVEL

Habitação Unifamiliar, coletiva e geminada;


ZR-1 Indústrias do Grupo 1.
Comércio e Serviço Vicinal.

ZR-2 Habitação Unifamiliar; Comércio e Serviço Vicinal.

ZR-3 Habitação Unifamiliar;


Comércio e Serviço Geral;
e Comércio e Serviço Vicinal;
Indústria do Grupo 1.
ZR-5 Comércio e Serviço de Bairro.

Habitação Unifamiliar e Geminada;


ZR-4 Comércio e Serviço de Bairro.
Comércio e Serviço Vicinal.

ZC-1 Habitação Unifamiliar, Multifamiliar e Coletiva e Geminada.


Comércio e Serviço Vicinal;
e Comércio e Serviços Geral (Grupo 1) ;
Comércio e Serviço de Bairro.

ZC-3 Indústrias do Grupo 1.

ZC-2 Comércio e Serviço Geral; Habitação Unifamiliar, multifamiliar e Coletiva ;


Comércio e Serviço de Bairro;
Indústrias do Grupo 1 e 2.
Comércio e Serviço Vicinal.

Indústrias não poluentes ou de baixa poluição do ar e


do som (Grupo 2);
ZI-1 Habitação Unifamiliar e Multifamiliar.

Comércio e Serviço Geral.

Uso Industrial Livre – Grupo 1, 2 e 3;


ZI-2 Residências Adstritas às Indústrias ou ao Comércio.
Comércio e Serviço Geral.

ZA-1 Agricultura e Criação Animal. Habitação Isolada Unifamiliar.

Agricultura e Criação Animal. Habitação Isolada Unifamiliar;


ZA-2
Agroindústrias não poluitivas.

ZA-3 Agricultura e Criação Animal. Clubes de Lazer e Recreação

Institucional;
ZE-1
Equipamentos Comunitários.

Preservação e Proteção Ambiental;


ZE-2 Parques Ecológicos de Turismo, Lazer e Recreação.
Não Edificável.

Obs: 1) Atividades de Comércio e Serviço específico é denominada como


permissível devido a sua peculiaridade, devendo portanto passar por uma anuência prévia em qualquer das Zonas;

2) Todas as atividades que não estiverem relacionadas no Artigo 22 ou aquelas que


gerarem dúvidas, serão analisadas pelo Conselho de Desenvolvimento e de Política Urbana e Ambiental do Município;

3) Todos os requerimentos para permissão de construções em madeira, serão


analisados por órgão competente da Prefeitura Municipal.
TABELA II

Ocupação do Solo Urbano

(Parte integrante e complementar à Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano)

Dimensões Mínimas Recuo Mínimo (m)

Taxa de Coef. de
ZONA Nº de pav.
Ocupação Aproveitamento Lateral e de
Área (m²) Testada (m) Frontal
Fundos

ZR-1 300 12 65% 1,00 Térreo+1 4

ZR-2 600 15 65% 1,00 Térreo+1 4

ZR-3 600 15 65% 1,00 Térreo+1 4

ZR-4 200 10 65% 0,60 Só térreo 4

ZR 5 600 15 65% 2,5 Térreo+4 4

ZC-1 390 12 100% 2,5 Térreo+4 Livre (3)

ZC-2 600 15 100% 2,5 Térreo+4 Livre (3)

ZC-3 600 15 100% 5,00 Térreo+10 Livre (3) Ver Anexo I

ZI-1 1.000 20 75% 1,00 Livre Livre

ZI-2 1.000 20 75% 1,00 Livre Livre

ZE-1 600 15 75% 2,00 Térreo+2 4

ZE-2 - - - - - -

ZA-1 20.000 - - - - -

ZA-2 20.000 - - - - -

ZA-3 5.000 - - - Térreo+1 Livre

Obs: 1) Taxa de Ocupação: Valor expresso em porcentagem ou fração e que define


a porção da área do lote que pode ser ocupada pela projeção, em planta, das construções neste lote;

2) Coeficiente de aproveitamento: É o número pelo qual se deve multiplicar a área do


lote para se obter a área máxima de construção neste lote;

3) Nas Zonas Comerciais ZC-1, ZC-2 e os edifícios com até 05 pavimentos poderão
ser construídos sem recuo frontal apenas no pavimento térreo, devendo os demais pavimentos terem um recuo mínimo de 2,50
metros;

4) Quando houver mais de uma edificação no mesmo lote, os recuos entre os


edifícios serão correspondentes a soma dos recuos para cada edificação;

5) Em lotes situados na direção dos feixes de microondas da Telepar, no número


máximo de pavimentos fica subordinado também às exigências desta empresa;

6) Em lotes de esquina, deverão ser obedecidos os recuos frontais nas duas testadas
confrontantes com as vias de circulação; sendo 4,00 metros na fachada principal e 2,50 metros na fachada secundária

7)Os lotes de esquina, para efeito desta lei, possuem duas frentes e duas laterais;

8) Na Zona Comercial ZC-03 os edifícios com até 11 pavimentos (térreo + 10)


poderão ser construídos sem recuo frontal apenas no pavimento térreo, devendo os demais terem um recuo frontal mínimo de 3,0
metros;

9) Nas Zonas Residenciais ZR-2, a área mínima de construção permitida é de

100,00m2, em um único módulo de construção; Para construção de edícula, sendo separada da residência, a área é livre;

10) A Área Permeável mínima nas zonas urbanas deverá ser de 20%.

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