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LEI COMPLEMENTAR Nº 003/2007 (*)

(*) ALTERADA PELA LC 010/09

REFORMULA AS NORMAS DE USO, OCUPAÇÃO E


PARCELAMENTO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE
VESPASIANO.

O Povo do Município de Vespasiano, por seus representantes na Câmara


Municipal, aprovou, e eu Prefeito Municipal, em seu nome sanciono a seguinte Lei:

CAPITULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta Lei tem por objetivo o ordenamento do uso e ocupação do solo
no território municipal de Vespasiano, em consonância com o disposto na Lei
Orgânica Municipal e no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, observadas
ainda a Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, o Código Florestal – Lei
Federal 4.771 de 15/ 09/ 65, alterações e regulamento, a Lei Estadual 14.309 de
19/06/2002 que dispõe sobre a política florestal e de proteção da biodiversidade no
Estado de Minas Gerais, demais leis ambientais vigentes, e demais leis urbanísticas
municipais integradas pela Lei de Parcelamento do Solo, Código de Obras e Código
de Posturas.

Art. 2º - Para o cumprimento do disposto nesta Lei fica aprovado todo o


perímetro do Município de Vespasiano como zona urbana, o uso do solo conforme os
Anexos I e II, e o mapa de Macrozoneamento conforme Plano Diretor Lei
Complementar nº 02 de 2006 do Anexo III; todos os anexos integrantes deste
Diploma Legal.

Art. 3º - A Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo deverá dispor,


principalmente, sobre as seguintes matérias, observado o Plano Diretor e as demais
legislações federais e estaduais:

I - o detalhamento do zoneamento do Município constante do Anexo III;


II - o uso misto entre residências e demais atividades urbanas;
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III - os usos não permitidos ou restritos em cada zona;


IV - o estabelecimento de requisitos e a definição de parâmetros urbanísticos
de ocupação do solo para cada zona;

V - as normas relativas ao parcelamento do solo urbano;

VI - os requisitos para aprovação de loteamentos, desmembramentos e


remembramentos.

Art. 4º - São diretrizes gerais da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do


Solo Urbano:

I - planejamento do desenvolvimento, da distribuição espacial da população e


das atividades econômicas de modo a prevenir e a corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

II - Localização adequada de equipamentos urbanos e comunitários,


transporte e outros serviços públicos de acordo com os interesses e
necessidades da população e às características locais;

III - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população


de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de
urbanização, uso e ocupação do solo e edificação consideradas a situação
sócio-econômica da população e as normas ambientais;

IV - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e


construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico;

V - gestão por meio de participação da população;

VI - controle do uso e da ocupação do solo de modo a evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;


b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou
inadequados em relação à infra-estrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam
funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura
correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano que resulte na sua
subutilização ou não utilização;
f) deterioração de áreas urbanizadas;
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g) a poluição e a degradação ambiental.

VII - proteção e recuperação do meio ambiente e respeito aos recursos


naturais e ao patrimônio cultural como condicionantes da ocupação do solo;

VIII - remoção da população localizada em área de risco;

IX - prioridade para a ocupação dos vazios urbanos que não atendam ao


interesse coletivo, por meio do adensamento das áreas com capacidade de
infra-estrutura;

X - estímulo à predominância do uso residencial, compatibilizando-o com


outras atividades;

XI - utilização dos gabaritos de altura máximos das edificações como fatores


limitantes da verticalização.

CAPÍTULO II

Das Zonas de Uso e Ocupação do Solo

Art. 5º - O território municipal de Vespasiano, através desta Lei, elimina a


Zona Rural, e passa o município a ter apenas uma categoria de uso e ocupação do
solo:

I - Zona Urbana;

Parágrafo único - A Zona Urbana compreende áreas ocupadas por usos


ligados ao modo de produção urbano e caracterizada por tipologias de ocupação e
de uso do solo diversificadas.

SEÇÃO I

Da Zona Urbana da Cidade de Vespasiano

Art. 6º - Para os efeitos de aplicação dos parâmetros urbanísticos de uso e


ocupação do solo definidos nesta Lei e em atendimento às necessidades básicas de
estruturação do espaço urbano e do território municipal gerando equilíbrio entre o
assentamento humano e o meio ambiente, a zona urbana é diferenciada segundo
potenciais de adensamento e as demandas da preservação ambiental, da
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sustentabilidade, da proteção cultural, geológica e paisagística, conforme os


parâmetros de ocupação do solo definidos nos Anexos I e II.

§ 1º - Os parâmetros urbanísticos segundo os usos estão definidos na tabela


do Anexo I e correspondem:

I - Zona de Uso Preferencialmente Residencial 1 – ZUR 1: áreas ocupadas,


representando os bairros da cidade, apresentando lotes de dimensões variadas, que
deverão ser mantidas com baixa ou média densidade de ocupação. Será permitido o
remembramento de lotes para a obtenção de áreas maiores com o objetivo de
localização de equipamentos sociais públicos. Não será permitido o
desmembramento de lotes. (Nova redação vide LC 010/09)

II - Zona de Uso Preferencialmente Residencial 2 – ZUR 2: áreas a serem ocupadas


com baixa densidade, onde será permitido o uso residencial unifamiliar e o
remembramento de lotes com áreas maiores, para a localização de equipamentos de
recreação e lazer e equipamentos sociais públicos. Não será permitido o
desmembramento de lotes. (Nova redação vide LC 010/09)

III - Zona de Uso Preferencialmente Residencial 3 – ZUR3A e ZUR3B: áreas a serem


ocupadas com média e alta densidade, onde admite o uso residencial unifamiliar, uso
residencial multifamiliar e uso misto Serão permitidos o remembramento de lotes
desde que a área total corresponda a 1,5 vezes a área mínima do lote do
zoneamento. (Nova redação vide LC 010/09)

IV - Zona de Uso Residencial de Interesse Social – ZUR - SOCIAL – áreas


parceladas e ocupadas com loteamentos de baixa renda e renda média baixa, com
lotes padrão mínimos de 200m2 em terrenos com declividade inferior a 30% e de
240m2 em terrenos com declividade maior ou igual a 30% e inferior a 47%,
destinadas à baixa densidade de ocupação, sendo ali permitido edificações com no
máximo 02 (dois) pavimentos e apenas o uso residencial unifamiliar. Será permitido o
remembramento para a obtenção de áreas maiores destinadas à localização de
equipamentos sociais públicos. Não será permitido o desmembramento de lotes. Os
loteamentos de interesse social público a serem aprovados na ZUR - Social serão
caracterizados como ZUR-Social.

V - Zona Comercial – ZC e ZCA - áreas destinadas à baixa, média e alta densidade


de ocupação, correspondendo aos corredores comerciais e de serviço localizados
nas vias coletoras e arteriais. A Zona Comercial - ZC será destinada,
preferencialmente, às atividades comerciais e de serviços com raio de abrangência
de atendimento para todo o município, conforme tabelas de usos em anexo I. Na ZC
serão incentivados o uso comercial e o de serviços de médio porte. Na ZCA serão
permitidos, ainda, o uso residencial unifamiliar, uso residencial multifamiliar, o uso
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misto e os usos institucionais. Para estes usos deverão ser destinadas áreas de
garagem e de estacionamento e, no caso de comércio e serviços, de carga e
descarga, no interior dos terrenos. Não será permitido o desmembramento de lotes,
mas será permitido o remembramento de lotes para os usos ZC e ZCA.

VI - Zona de Atividades Econômicas – ZAE e ZAE1 – áreas destinadas à média


densidade, correspondendo às áreas marginais das vias de ligação regional, onde
serão permitidos os usos industriais, comerciais e de serviço até a classe 03. As
áreas destinadas a estacionamentos privados e à carga e descarga relacionadas aos
usos ali permitidos, deverão ser liberadas no interior dos terrenos. As normas para o
parcelamento do solo na ZAE1 serão definidas em conformidade com a Lei de
Parcelamento do Solo.

VII - Zona de Preservação Permanente - ZPP - compreende áreas não parceladas e/


ou não ocupadas dentro do perímetro urbano, consideradas de preservação
permanente pela Lei Federal 4.771 de 15/09/65 - Código Florestal, pela Lei Estadual
14.309 de 19/06/02 e demais leis ambientais em vigor, notadamente as faixas
marginais dos cursos d’água, bem como praças e áreas verdes de uso público,
implantadas, em processo de implantação ou com áreas já reservadas para essa
utilização, áreas que pelas condições geológicas do solo, recursos hídricos e
paisagísticos, não poderão ser parceladas e ocupadas, as faixas de servidão das
linhas de transmissão de energia elétrica (LT) que atravessam a área urbana, de
acordo com as normas da CEMIG, as faixas de servidão das adutoras de
abastecimento de água que atravessam a área urbana, demais faixas de servidão
existentes, as áreas com declividade acima de 47% e ainda as faixas de domínio de
rodovias e ferrovias. Ficam também definidas como ZPP áreas marginais à
hidrografia que ultrapassam os limites da faixa definida como APP – Área de
Preservação Permanente, pela legislação ambiental vigente, e que deverão integrar
proposta de ambientação paisagística e recuperação das margens do rio, visando a
implantação de parque linear com equipamentos de uso público, para o convívio e
lazer da população, cujo projeto deverá ser objeto de discussão em audiências
públicas e deliberações por parte do CODEMA, CONSELHO DA CIDADE e demais
órgãos ambientais competentes.

VIII - Zona de Preservação Ambiental - ZPAM - As zonas de Proteção Ambiental


determinam a ocupação com baixa densidade e maior taxa de permeabilização tendo
em vista o interesse público na proteção ambiental e na preservação do patrimônio
histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico. A ZPAM´S foram divididas em ZPAM
01, ZPAM 02 e ZPAM 03 e se encontram seus usos especificados nos quadros
Anexo I e II.
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§ 2º - Para as zonas predominantes constantes da Planta de


Macrozoneamento Anexo III, os zoneamentos das áreas terão seus usos
estabelecidos no Anexo II e correspondem:

I - ADE - Área Central

Áreas dentro do perímetro urbano caracterizadas como área central - centro


comercial da cidade. Toda essa área deverá ser objeto da elaboração implantação
de projeto de requalificação, revitalização e valorização de seu espaço, relativamente
a equipamentos de uso público, pontos de parada e abrigos de ônibus, tratamento de
passeios, arborização, plano geral de circulação de pedestres e veículos, sinalização
de trânsito, sinalização informativa e mobiliário urbano.

II - Macrozoneamento Infra-Estrutura de Industrial Instalada

Este zoneamento corresponde as áreas e lotes que já tem indústrias instaladas no


Município.

III - Macrozona Predominantemente Residencial Unifamiliar

Este zoneamento corresponde a regiões no Município onde se encontram as áreas


com predominância de residências unifamiliares e permite uso multifamiliar de no
máximo 4 (quatro) pavimentos. (Nova redação vide LC 010/09)

IV - Macrozona Predominantemente Residencial Multifamiliar

Este zoneamento corresponde a regiões no Município com predominância de


loteamentos já implantados e que admitem inclusive ao seu redor o uso residencial
multifamiliar e unifamiliar com construções de edificações de até 8 (oito) pavimentos
com lotes mínimos de 600 m² e superior a 8 (oito) pavimentos com lotes mínimos de
1.000 m².

O remembramento de lotes será admitido quando a somatória das áreas


correspondem a 1,5 vezes o tamanho mínimo do lote da região. (Nova redação vide
LC 010/09)

V - ADE do Córrego do Angico

Esta área deverá ser objeto de projetos integrados de gestão ambiental para
definições sobre os condicionantes às atividades a serem ali desenvolvidas,
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principalmente aquelas voltadas para os usos de baixo impacto ambiental, sobre


condicionantes ao parcelamento do solo para fins urbanos, além daqueles já
definidos na Lei Municipal de Parcelamento do Solo, considerando, para isso, as
diretrizes apontadas pelo Plano Diretor Participativo do Município de Vespasiano e,
ainda, levantamentos e inventários sobre o patrimônio ambiental e paisagístico e
sobre os meios físico e biótico do Município de Vespasiano. Os projetos de gestão
ambiental propostos deverão ser objeto de negociação com os demais municípios
integrantes da sub-bacias, para viabilização dos recursos e do apoio necessários a
sua elaboração.

VI - Macrozona de Uso e Ocupação Especial Programado

São regiões do Município que pela sua localização, e previsão de crescimento


através de parcelamentos planejados corresponderá a todo tipo de uso constante do
Anexo I, conforme descrito no Anexo II, pois se trata de áreas que receberão o maior
desenvolvimento do Município podendo, portanto admitir construções de residências
unifamiliares, multifamiliares, áreas comercias, serviços e grandes equipamentos.

Nestas áreas será incentivada a sua ocupação com planejamento das áreas para
uma integração ordenada.

VII - Macrozona de Uso Preferencial Industrial

Com a destinação da construção de parque industrial de áreas no Município, estas


áreas serão destinadas para este uso com localização estratégica, principalmente
relativo ao sistema viário, como a Linha Verde e o Rodo-Anel.

VIII - Macrozona de Uso Preferencial Residencial Unifamiliar

São regiões do Município ainda não parceladas, que receberão o parcelamento para
residenciais unifamiliares devido sua localização, acessos e relevo.

IX - Macrozona de Uso Preferencial Residencial Multifamiliar

São regiões do Município ainda não parceladas, que permitirá além da construção de
residenciais unifamiliares, também residenciais multifamiliares, comércio e serviços.

X - Zona de ZPAM

São zonas de Proteção Ambiental pelas suas características de regiões com


predominância de matas, córregos, nascentes, que admitem baixa densidade de
ocupação.
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XI - Zona de Grande Uso Especial

São zonas onde existe a condição de uso de áreas especiais e será regulamentada
por legislação específica.

XII - Zonas de ZEIS

Estas zonas especiais, de interesse social, têm a finalidade de regularizar os locais


de habitação de baixa renda existentes e promover áreas para assentamento de
remanejamento de habitações em áreas de risco no Município e de outras
necessidades habitacionais, que venham atender a população carente, onde será
regulamentada por legislação específica.

CAPÍTULO III

Do Uso do Solo

SEÇÃO I

Das Categorias de Uso do Solo

Art. 7º - Esta Lei adota as seguintes tipologias de uso do solo:

I - residencial;
II - não residencial;
III - misto.

§ 1º - Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar ou


multifamiliar.

§ 2º - Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das


seguintes atividades:

I - comercial;
II - serviços;
III - institucional;
IV - industrial.

§ 3º - Considera-se uso misto aquele da área onde é admitido o uso


residencial e o não-residencial
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SEÇÃO II

Do Licenciamento do Uso do Solo

Art. 8º - Nas diferentes subdivisões da Zona Urbana, as categorias de uso do


solo, descritas nos usos desta Lei, ressalvadas as condições estabelecidas para as
atividades sujeitas a licenciamento ambiental e ao Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança, deverão seguir as seguintes orientações;

Parágrafo único - Caberá ao CODEMA, quando necessário, analisar se a


categoria de uso estará sujeita a licenciamento ambiental no âmbito do município, ou
no âmbito federal ou estadual, tendo por base os empreendimentos e as atividades
listadas na Deliberação Normativa 74/2004 do COPAM.

SEÇÃO III

Da Conformidade de Uso

Art. 9º - O uso do imóvel no Município de Vespasiano será classificado:

I - como “uso conforme” quando se enquadrar nas categorias de uso


permitidas na zona onde o imóvel estiver localizado;

II - como “uso não conforme” quando não se enquadrar nas categorias de uso
permitidas na zona onde o imóvel estiver localizado;

§ 1º - O “uso não conforme” será tolerado e sua licença de funcionamento


renovada desde que atenda simultaneamente aos seguintes requisitos:

I - seja comprovado seu alvará para funcionamento até a data de aprovação


desta Lei;

II - não ocorra a ampliação das instalações;

III - sejam respeitadas as normas estabelecidas pelos órgãos ambientais


competentes com relação às condições de instalação e de operação da
atividade;
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IV - sejam cumpridas as exigências do órgão municipal competente e do


CONSELHO DA CIDADE, ouvido ainda o CODEMA, decorrentes dos estudos
prévios de impacto de vizinhança.

§ 1º - Nas situações em desacordo com as normas em vigor, o empreendedor,


quando da alteração ou substituição do uso ou da atividade existente, fica obrigado a
cumprir as novas disposições relativas ao seu funcionamento, mesmo que impliquem
em execução de obras.

§ 2º - O descumprimento das condições acima acarretará a cassação da


licença de funcionamento da atividade e as demais sanções cabíveis.

SEÇÃO IV

Dos Usos Geradores de Impacto

Art. 10 – Os usos e atividades deverão atender aos requisitos de instalação,


em função de sua potencialidade como geradores de:

I - incômodo;
II - impacto à vizinhança;
III - impacto ambiental.

Parágrafo único - Os usos e atividades geradoras de incômodo e tráfego


estão definidos nesta Lei.

Art. 11 - Os empreendimentos geradores de incômodo são aqueles


causadores das seguintes repercussões:

I - geração de risco de segurança;

II - geração de efluentes poluidores nos estados sólido, líquido ou gasoso,


inclusive odores, radiações ionizantes ou não ionizantes;

III - geração de ruídos e vibrações;

IV - geração de resíduos sólidos.

Art. 12 - Os empreendimentos geradores de tráfego são aqueles causadores


das seguintes repercussões:

I - atração de alto número de veículos leves;


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II - atração de alto número de veículos pesados;


III - atração de alto número de pessoas.

Art. 13 - As atividades causadoras de repercussões incômodas ficam sujeitas


ao exame prévio dos órgãos de regulação urbana e ambiental, visando:

I - o atendimento aos padrões e critérios estabelecidos, normas ambientais, de


posturas e sanitárias, em decorrência do exercício das atividades;

II - a adoção de medidas mitigadoras, que serão exigidas em função da


análise das características da atividade.

Art. 14 - Os empreendimentos geradores de impacto, ambiental e de


vizinhança, são aqueles definidos pelas normas específicas em vigor.

Art. 15 - As atividades geradoras de impacto, ambiental e de vizinhança, além


de objeto de avaliação por estudos, ficam sujeitas ao exame prévio dos órgãos de
regulação urbana e ambiental e à aprovação, quando requerida por lei, pelo
CONSELHO DA CIDADE.

CAPÍTULO IV

Da Ocupação do Solo

SEÇÃO I

Dos Critérios e Parâmetros de Ocupação do Solo

Art. 16 - O Coeficiente de Aproveitamento é a relação entre a área total da


construção e a área do terreno a edificar.

Parágrafo Único - Complementando o coeficiente de aproveitamento de um


terreno consta no Anexo I a fração ideal mínima de terreno por unidade que define o
número máximo de unidades habitacionais seja ela unifamiliar ou multifamiliar a ser
construído no lote ou agrupamento de lotes:

Art. 17 - A Taxa de Ocupação é a relação entre a projeção da edificação


sobre o plano horizontal e a área do terreno a edificar, variando com o Coeficiente de
Aproveitamento de forma a favorecer condições adequadas para a preservação
ambiental, o conforto e higiene da edificação, e a paisagem urbana.
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Art. 18 - Afastamentos Laterais e de Fundo são as distâncias horizontais entre


a edificação e as divisas laterais e de fundo do terreno a edificar, medidas
perpendicularmente a estas divisas.

Art. 19 - Afastamento Frontal é a distância horizontal entre a edificação e o


alinhamento do terreno com a via pública de acesso, medida perpendicularmente ao
alinhamento.

Art. 20 - Taxa de Permeabilidade é a relação entre a área não pavimentada e


não construída e a área tal do terreno a edificar, podendo estar também relacionada
à declividade do terreno.

Art. 21 - Os valores do Coeficiente de Aproveitamento, da Taxa de Ocupação,


da Taxa de Permeabilidade e dos Afastamentos Laterais, de Fundo e Frontal, para
as diferentes zonas urbanas deverão atender ao disposto do Anexo I desta Lei.

§ 1º - Nas edificações de Uso Residencial, Uso Residencial Misto relacionadas


e Uso Misto Comercial e de Serviços, as seguintes dependências de acesso e
circulação interna, em comum, estão excluídas da área máxima de construção
permitida pelo Coeficiente de Aproveitamento:

I - áreas dos estacionamentos cobertos para veículos, quando de uso comum;

II - áreas dos vestíbulos de acesso geral das edificações;

III - áreas das circulações horizontais e verticais em comum;

IV - áreas das instalações de interesse comum, como reservatórios de água,


casas de máquinas de elevadores, equipamentos, instalações hidraúlico-
sanitárias, subestações de energia elétrica, incineradores de lixo no caso de
Hospitais e Centros de Saúde, e as relativas à segurança e à manutenção
coletivas da edificação;

V - áreas de pavimentos em pilotis caso haja, quando de uso em comum;

VI - áreas de terraços sobre os últimos pavimentos, caso haja, quando de uso


em comum;

VII - áreas de varanda ou terraço, privativas das unidades residenciais, desde


que descobertas e iguais ou inferiores a 5% (cinco por cento) da área útil da
unidade.
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§ 2º - Os pavimentos em subsolo e o pavimento térreo das edificações


coletivas, quando destinados, respectivamente, a estacionamentos e aos usos de
comércio e serviços e uso misto comercial e de serviços, poderão ter Taxa de
Ocupação maior que as indicadas no Capítulo II desta Lei, desde que:

I - não seja superior a 70%, em terrenos com declividade inferior a 30% (trinta
por cento);

II - não seja superior a 60%, em terrenos com declividade igual ou superior a


30% (trinta por cento);

III - o terreno a edificar esteja situado nas Zonas Comerciais;

IV - seja respeitada a altura máxima na divisa definida no parágrafo 3º deste


artigo;

V - a área não ocupada do terreno seja gramada ou receba tratamento


paisagístico, tendo em vista as taxas de permeabilidade mínima estabelecidas
nesta Lei;

VI - seja respeitado o afastamento frontal mínimo estabelecido nesta Lei, bem


como a faixa non aedificandi eventualmente exigida para a via pública a que o
terreno for lindeiro.

§ 3º - Os afastamentos laterais e de fundo, anexo I desta Lei, deverão


observar as seguintes condições:

I - poderão ser dispensados no pavimento térreo e nos pavimentos em


subsolo das edificações coletivas conforme o disposto no parágrafo 2º deste
artigo, desde que:

a) a altura da edificação na divisa não seja maior que 6,00m (seis


metros), medida em relação ao nível médio do terreno, no trecho
edificado;

b) não haja vãos de iluminação e ventilação, bem como terraços,


abrindo para o terreno vizinho;

II - acima do pavimento térreo os valores mínimos dos afastamentos da


edificação às divisas laterais e de fundo serão calculados, conforme o disposto
na legislação para áreas de iluminação e ventilação abertas;
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§ 4º - O afastamento mínimo calculado segundo o disposto no inciso II, do


parágrafo anterior, deve ser entendido como igual para toda a edificação, do primeiro
pavimento acima do térreo ao último pavimento.

§ 5º - Nas edificações com três pavimentos, definidos acima do nível médio do


meio-fio da via pública de acesso, o valor mínimo dos afastamentos laterais e de
fundo do segundo pavimento poderá ser de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros).

§ 6º - As paredes providas de vãos de iluminação e ventilação deverão


apresentar um afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros)
das divisas laterais e de fundo.

§ 7º - Para efeito do disposto nos inciso I e II do parágrafo 3º deste artigo,


deverão ser considerados os valores mínimos dos pés-direitos dos compartimentos,
estabelecidos pela Legislação do Município.

§ 8º - Quando estiver prevista faixa non aedificandi ao longo da via pública,


linhas de transmissão além de sua faixa de domínio, o afastamento frontal deverá ser
considerado em relação ao novo alinhamento resultante. (Nova redação vide LC
010/09)

I - As áreas non aedificandi poderão fazer parte do lote desde que não
ultrapasse 25%(vinte e cinco por cento) de sua área total.

§ 9º - Na ocorrência de faixas non aedificandi relacionadas ao disposto no


Código Florestal - Lei Federal 4.771/65, alterações e regulamento e na Lei Estadual
14.302 de 19/ 06/ 2002, bem como relacionadas a faixas de servidão de dutos e
linhas de transmissão, os afastamentos frontal, laterais e de fundo, deverão ser
medidos a partir da faixa non aedificandi estabelecida.

§ 10º - Na parte do terreno não pavimentada, em razão da Taxa de


Permeabilidade, deverão ser:

I - mantida a vegetação existente;

II - revegetadas as áreas porventura prejudicadas pela construção, exigindo-


se pelo menos o plantio de grama;

III - mantida a continuidade com outras áreas limítrofes, a serem preservadas


ou revegetadas, conforme incisos I e II deste parágrafo, por exigência da Taxa
de Permeabilidade, criando a possibilidade de formação de um corredor
ecológico.
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§ 11º - A área resultante do Afastamento Frontal, descontadas as partes


pavimentadas, integrará obrigatoriamente a área exigida pela aplicação da Taxa de
Permeabilidade.

§ 12º - Para efeito de verificação do cumprimento do disposto no Capítulo II


desta Lei, com relação à Taxa de Permeabilidade, os projetos de edificações a
serem aprovados deverão representar todas as benfeitorias a serem executadas no
terreno, como pátios pavimentados, calçadas de proteção e de circulação, quadras
de esporte e piscinas, devidamente cotadas e niveladas, bem como suas áreas.

§ 13º - Em terrenos localizados dentro de Perímetro Urbano que apresentem


vegetação considerada de preservação permanente pelo Código Florestal – Lei
Federal 4.771/65, alterações e regulamento e Lei Estadual 14.309 de 19/06/02, a
Taxa de Permeabilidade deverá ser igual a, no mínimo, a Taxa de Ocupação definida
nesta Lei, para a zona onde se situa o terreno. (Nova redação vide LC 010/09)

Art. 22 - Para efeito do disposto no Art. 20 e demais disposições desta Lei,


entendem-se como:

I - pavimento térreo o que tiver o piso imediatamente acima do nível médio do


meio-fio da via pública de acesso ao terreno;

II - pavimentos em subsolo, os que tiverem o piso abaixo do nível médio do


meio-fio da via pública de acesso ao terreno;

III - declividade de um terreno, a declividade média da sua linha de maior


declive.

Seção II
Dos Estacionamentos

Art. 23 - As áreas de estacionamento são aquelas consideradas destinadas a


absorver os veículos das vias de trânsito e são obrigatórias na área urbana,
observadas ainda, as demais disposições dessa Lei quanto a carga e descarga.

Parágrafo Único. O número mínimo exigido de vagas por edificações


obedecerá o anexo IV:

Art. 24 - Os estacionamentos garantirão a seguinte proporção de vagas para


deficientes físicos:
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I - isento, para até 7 (sete) vagas comuns:


II - 1 (uma) vaga especial para 8 (oito) a 15 (quinze) vagas comuns;
III - 2 (duas) vagas especiais para 16 (dezesseis) a 30 (trinta) vagas comuns;
IV - 5% (cinco por cento) de vagas especiais para mais de 31 (trinta e uma)
vagas comuns.

§ 1º - Entende-se como construída de uma edificação, para efeito deste


artigo, a área decorrente da aplicação dos Coeficientes de Aproveitamento previstos
nesta Lei.

§ 2º - Nas edificações de usos diversificados deverão ser consideradas


cumulativamente as proporções estabelecidas nesse artigo para os usos definidos.

§ 3º - As vagas, circulações e espaços de espera dos estacionamentos de


que trata este artigo deverão ainda atender ao disposto na Legislação do Município.

Art. 25 - A cada 12 (doze) metros de testada do lote será permitido apenas


uma entrada de garagem com largura máxima de 5 (cinco) metros.

SEÇÃO III

Das Condições Complementares da Edificação

Art. 26 - O terreno, para ser edificado, deverá atender ao disposto na Lei de


Parcelamento do Solo e às demais condições de titularidade e regularização exigidas
pelo Município de Vespasiano.

§ 1º - Quando o terreno a edificar estiver situado em mais de uma das zonas


definidas nesta Lei, prevalecerá o disposto para a zona que corresponder à sua
maior parte.

§ 2º - Quando o terreno a edificar apresentar cobertura vegetal considerada


relevante nos termos do Código Florestal - Lei Federal 4.771/65, alterações e
regulamento, e da Lei 14.309 de 19/06/02 - Lei Florestal do Estado de Minas, deverá
o CODEMA, juntamente com o órgão municipal de meio ambiente, definir os critérios
para o desmatamento permitido, observando-se ainda, no que couber, as
determinações do Instituto Estadual de Florestas – IEF e a manutenção de, no
mínimo, 20% da cobertura vegetal que será incluída na taxa de permeabilização do
lote.

§ 3º - A área de cobertura vegetal a ser preservada conforme o disposto no


parágrafo anterior deverá, obrigatoriamente, manter continuidade com outras áreas
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limítrofes, também consideradas de preservação, de forma a constituir um corredor


ecológico.

Art. 27 - Os projetos de edificação deverão apresentar um plano de


movimentação de terra necessário ao assentamento da edificação e partes
complementares, em se tratando de edificações de grande porte e de terrenos com
faixas de declividade superior a 30%.

§ 1º - O plano de movimentação de terra deverá apresentar estudos


relacionados à vulnerabilidade geotécnica da área, e ser submetido a licenciamento
ambiental junto aos órgãos ambientais competentes no âmbito municipal e, no que
couber, no âmbito estadual.

§ 2º - O plano de movimentação de terra compreenderá, no mínimo:

I - a definição planialtimétrica dos planos de assentamento das edificações e


partes complementares;

II - a conformação de taludes de estabilização dos maciços resultantes de


cortes e aterros;

III - o plano de proteção contra a ação de águas pluviais;

IV - a concepção de formas artificiais eventualmente necessárias para a


contenção dos maciços resultantes de cortes e aterros.

§ 3º - Constituem condições básicas a serem observadas nos planos de


movimentação de terra a procura do máximo equilíbrio entre cortes e aterros e a
garantia de segurança para os imóveis vizinhos e logradouros públicos.

§ 4º - Os taludes resultantes da movimentação de terra deverão atender às


seguintes condições básicas:

I - a inclinação dos taludes em corte deverá observar um angulo máximo de


45º (quarenta e cinco graus) em relação ao plano horizontal, para alturas de
corte até um máximo de 5,00 (cinco metros) e em terrenos com um máximo de
30% (trinta por cento) de declividade;

II - a inclinação dos taludes em aterro deverá observar um ângulo máximo de


30º (trinta graus) em relação ao plano horizontal, para alturas de aterro até um
máximo de 5,00 (cinco metros) e em terrenos com um máximo de 30% (trinta
por cento) de declividade.
18

§ 5º - Cortes ou aterros envolvendo mais de 5,00 (cinco metros) de altura e/


ou terrenos com mais de 30% (trinta por cento) de declividade, ou ainda envolvendo
solos considerados instáveis, deverão ser objeto de licenciamento ambiental
independente da zona onde estiver localizado, observado ainda o disposto no
parágrafo 1º deste artigo, podendo-se concluir, inclusive, pela necessidade de
alteração do projeto;

§ 6º - As linhas de “off-set” dos taludes não poderão distar menos de 3,00m


(três metros) das divisas do terreno.

Art. 28 - Os estacionamentos cobertos para veículos, em edificações


coletivas, residenciais ou não, poderão se beneficiar das condições estabelecidas no
Art. 21 desta Lei, desde que:

I - respeitado o desnível máximo de 1,10m (um metro e dez centímetros) entre


o nível do teto do estacionamento e o nível médio do meio-fio da via de
acesso, no trecho correspondente à testada do terreno a edificar;

Parágrafo Único - Para efeito do disposto no inciso I do caput deste artigo, a


soleira de entrada da edificação envolvida poderá apresentar um desnível máximo de
1,20m (um metro e vinte centímetros) em relação ao nível médio do meio-fio da via
pública de acesso, no trecho correspondente à testada do terreno a edificar, e
permitir o lançamento de uma rampa de acesso para pedestres com no máximo 10%
(dez por cento) de declividade longitudinal.

Art. 29 - De uma maneira geral, as soleiras de entrada das edificações


coletivas, consideradas em relação ao nível médio do meio-fio da via pública de
acesso, deverão ser niveladas ou estar a uma determinada altura em relação ao
nível médio do meio-fio, que permita uma rampa de acesso para pedestres com no
máximo 15% (quinze por cento) de declividade longitudinal.

Art. 30 - Nas edificações residenciais multifamiliares verticais de uso misto, ou


não, poderá haver um pavimento em pilotis desde que para utilização coletiva.

§ 1º - Considera-se como pavimento em pilotis o pavimento apenas


estruturado, de área livre e perímetro aberto;

§ 2º - No pavimento em pilotis será permitido o fechamento apenas do espaço


necessário à acomodação do vestíbulo de entrada, portaria, caixas de escada,
elevadores e afins;
19

§ 3º - Quando o nível do piso do pavimento em pilotis corresponder ao da


soleira de entrada da edificação dever-se-ão ser observadas as mesmas
determinações para esta estabelecidas no Capítulo III desta Lei, conforme o caso;

§ 4º - O pavimento em pilotis em edificações de uso misto residencial poderá


se constituir em pavimento de transição entre o pavimento térreo, não residencial, e
os pavimentos residenciais;

§ 5º - Nos pavimentos em pilotis deverão ser respeitados os parâmetros


estabelecidos no Capítulo III desta Lei;

§ 6º - Conforme definido nesta Lei, a área do pavimento em pilotis, quando de


uso em comum, está excluída da área máxima de construção possibilitada pelo
Coeficiente de Aproveitamento definido para a zona.

Art. 31 - A cobertura do último pavimento em edificações coletivas poderá ser


aproveitada como terraço, desde que em área livre e de uso em comum dos
moradores das diversas unidades previstas, quando se tratar de uso residencial
multifamiliar, uso residencial misto multifamiliar, ou dos usuários, quando se tratar de
uso comercial e/ ou de serviços.

§ 1º - O terraço de que trata este artigo poderá ser coberto até o máximo de
50% (cinqüenta por cento) de sua área, desde que:

I - seja observado um afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta


centímetros) entre a borda do terraço e a borda da cobertura;

II - tenha o perímetro aberto e a área livre, excetuados acessos, casas de


máquinas, caixas de escada, reservatórios de água, instalações sanitárias de
uso coletivo e depósito de material de limpeza, conforme o caso.

§ 2º - Conforme estabelecido nesta Lei, a área do terraço de que trata este


artigo poderá ser excluída da área total de construção possibilitada pelo Coeficiente
de Aproveitamento definido para a zona.

§ 3º - O acesso ao terraço de que trata este artigo, a partir do último


pavimento, poderá ser feito através apenas de escada de uso comum.

Art. 32 - A obrigatoriedade do uso de elevadores na circulação vertical, além


de escadas, deverá obedecer ao disposto no Código de Obras do Município.

SEÇÃO IV
20

Das Áreas Remanescentes das Zonas Especiais de Projeto

Art. 33 - As áreas impróprias para o parcelamento do solo e para a ocupação,


parques urbanos destinados ao lazer, ou para reflorestamento e recuperação da
vegetação nativa, ou áreas livres de proteção ao projeto ali implantado, sendo
nessas zonas permitidas apenas construções de suporte ao uso a que se destinam
como guaritas, quiosques, sanitários e similares, observando-se, em cada caso, a Lei
4.771 de 15/09/65 - Código Florestal, alterações e regulamento, a Lei 14.309 de
19/06/02 – Lei Florestal de Minas Gerais, as normas das concessionárias de energia
elétrica e de saneamento, quando couber, as faixas de domínio de rodovias,
ferrovias e dutos, e demais dispositivos da legislação ambiental vigente.

CAPÍTULO V

Dos Instrumentos de Política Urbana

Art. 34 - Para o planejamento, controle, gestão e promoção do


desenvolvimento urbano, o Município de Vespasiano adotará os instrumentos de
política urbana que forem necessários, notadamente aqueles previstos na Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, o Estatuto da Cidade, e em consonância
com as diretrizes contidas na Lei do Plano Diretor Participativo Municipal:

I - Zoneamento Urbano

II - Plano Plurianual de Investimento

III - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

IV - IPTU Progressivo

V - Desapropriação com Pagamentos em Títulos

VI - Usucapião Urbano

VII - Regularização Fundiária

VIII - Tombamento

IX - Transferência Onerosa do Direito de Construir

X - Operações Urbanas Consorciadas


21

XI - Direito de Preempção

XII - Termo de Ajustamento de Conduta

XIII - Áreas de Diretrizes Especiais

XIV - Estudo de Impacto de Vizinhança

SEÇÃO I

Do Zoneamento

Art. 35 - O Zoneamento tem como base o Macrozoneamento já aprovado no


Plano Diretor Participativo e constitui-se na subdivisão da área urbanizável do
município de Vespasiano em categorias nas quais são definidos os usos permitidos,
as salvaguardas e os programas especiais. Para cada zona são elencadas as
tipologias e os usos que podem ser ali utilizados.

SEÇÃO II

Do Plano Plurianual de Investimento

Art. 36 - O Plano Plurianual de Investimento é um instrumento de


planejamento financeiro do município elaborado a partir das decisões dos conselhos
temáticos consolidadas em deliberação final do conselho da cidade e enviada à
Câmara de Vereadores pelo Executivo para discussão e aprovação.

Parágrafo Único - Durante a fase de discussão e aprovação do Plano


Plurianual de Investimento deverá ser convocada, pelo Conselho da Cidade, uma
audiência pública para discussão do mesmo junto à população.

SEÇÃO III

Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Art. 37 - O Poder Executivo promoverá a notificação dos proprietários de solo


urbano subutilizado, ou não utilizado, intimando-os a dar o aproveitamento adequado
para os respectivos imóveis de acordo com esta lei dentro do prazo máximo de três
anos contados a partir da data da notificação, que deverá ser registrada em Cartório.

Art. 38 - Vencido o Prazo de três anos, o proprietário está sujeito,


sucessivamente, a pena de pagamento do imposto predial e territorial progressivo no
22

tempo e à desapropriação com pagamento em títulos, conforme disposições do


artigo 5° a 8° da Lei Federal n° 10.257, de 10 de Julho de 2001- Estatuto da Cidade.

§ 1º - Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata esta Seção
propor ao Poder Executivo o consórcio Imobiliário conforme disposto no art. 46 da
Lei Federal citada no caput deste artigo.

§ 2º - O proprietário de imóvel afetado pela obrigação legal mencionada no


caput deste artigo pode propor sua doação integral ou parcial ao Poder Público em
troca de autorização para a transferência do respectivo potencial construtivo para
outro imóvel situado em área de interesse estratégico, nos termos desta lei, quando
a doação for para aplicação das diretrizes do plano diretor, sendo:

I - implantação de equipamentos urbanos ou comunitários;

II - para preservação, quando for considerado de interesse histórico,


ambiental, paisagístico, social ou cultural;

III - para servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas


ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social.

§ 3º - Serão considerados, preferencialmente, para aplicação do instrumento


Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios:

I - os imóveis localizados no interior da ADE da Área Central;

II - os terrenos e glebas localizados na Zona de Uso e Ocupação Programada;

III - Nos imóveis localizados no entorno das Zonas Especiais de Interesse


Social.

IV - Na Zona de Infra-estrutura Industrial Instalada

V - Nas áreas onde o executivo tenha realizado complementação ou extensão


de infra-estruturas básicas;

SEÇÃO IV

Do IPTU Progressivo

Art. 39 - Com o objetivo de maximizar a infra-estrutura municipal alocada, ou


garantir os interesses municipais de consolidação de infra-estrutura urbana, o
23

Poder Executivo poderá aplicar alíquotas progressivas de IPTU, majoradas


anualmente, pelo prazo de 10 (dez) anos consecutivos até que o proprietário
cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar imóveis urbanos
subutilizados, ou não utilizados.

Art. 40 - A proposição dos imóveis sobre os quais será aplicado o IPTU


Progressivo deverá ser proposto pelas Secretarias de Planejamento, Meio
Ambiente ou pelo Conselho da Cidade, a quem caberá a palavra final quanto a
conveniência de se aplicar esse artigo da lei ao imóvel proposto.

Art. 41 - Os proprietários dos imóveis identificados nessas condições serão


notificados para fazer o parcelamento ou a ocupação em prazo estipulado pelo
Conselho da Cidade.

§ 1º - os proprietários notificados terão prazo de dez dias corridos para


apresentar sua defesa à Secretaria de Planejamento, que encaminhará parecer
técnico ao Conselho da Cidade para julgamento.

§ 2º - o proprietário notificado poderá propor um Termo de Ajustamento de


Conduta à municipalidade, a ser executado em tempo menor que cinco anos, o
que suspenderia, por este período, aplicação do caput do artigo acima referido

Art. 42 - Nos imóveis em que for adotada a cobrança do IPTU Progressivo


será acrescido, a cada ano, 10% sobre o valor do imposto.

Art. 43 - Os imóveis não utilizados em débito com a Fazenda Municipal por


mais de cinco anos estarão automaticamente incursos no artigo que estabelece a
cobrança do IPTU progressivo.

Art. 44 - nos imóveis submetidos ao IPTU Progressivo a municipalidade


poderá exercer o Direito de Preempção.

§ 1º - Para o cumprimento de suas finalidades, o Poder Executivo


providenciará a atualização da Planta Genérica de Valores com base na nova lei de
zoneamento e na modernização de sua cobrança mediante a implantação de sistema
informatizado de arrecadação para controle e cobranças de dívidas não pagas.

§ 2º - O IPTU Progressivo será preferencialmente aplicado:

I - em lotes não utilizados, por mais de cinco anos, situados em áreas dotadas
de infra-estrutura urbana básica, conforme definida no § 5º, art. 2º da Lei
Federal 6.766/79
24

II - Quando houver o interesse em consolidar centralidades de modo a reforçar


a estrutura urbana dos bairros Morro Alto, Santa Clara e Jardim da Glória.

III - Na Zona de Uso e Ocupação Especial Programada

SEÇÃO V

Da Desapropriação com Pagamentos em Títulos

Art. 45 - Decorridos os cinco anos de cobrança do IPTU Progressivo sem que


o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação e utilização, a
municipalidade poderá proceder à desapropriação do imóvel com pagamento da
indenização em títulos da dívida pública observado o artigo 8º da Lei Federal n.º
10.257/2001 – Estatuto da Cidade.

§ 1º - O valor real da indenização:

I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante


incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o
mesmo se localiza após a notificação de Parcelamento, Edificação ou
Utilização Compulsórios;

II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros


compensatórios.

§ 2º - Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para o
pagamento de tributos.

§ 3º - O Poder Executivo, diretamente ou por meio de alienação ou concessão


a terceiros, observando-se o procedimento licitatório pertinente, promoverá ao
adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contados a
partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§ 4º - O adquirente de imóvel sujeito à incidência do parcelamento, edificação


ou utilização compulsórios fica sujeito às mesmas obrigações legalmente impostas
ao respectivo alienante.

SEÇÃO VI

Do Usucapião Urbano

Art. 46 - O Poder Executivo, com base nos termos do artigo 9º a 14º da Lei
Federal nº 10.257/01 e nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal, concederá
25

aquisição da propriedade para quem mantiver a posse inconteste, para uso


residencial próprio de imóvel com área de até 250m² por cinco anos ou mais.

Parágrafo único - o usucapião urbano só poderá ser concedido uma vez a


cada cidadão possuidor, conforme norma constitucional.

Art. 47 - A prefeitura facilitará a regularização de títulos para moradores de


baixa renda.

Art.48 - Dentre as várias espécies de Usucapião, o Poder Executivo irá se ater


a duas: Especial urbano e Coletivo.

§ 1º - O Usucapião Urbano está previsto nos artigos 1240 do Código Civil, 9º


da Lei 10.257, de 2001 e 183 da Constituição Federal.

§ 2º - O Usucapião Coletivo, com escopo de regulamentar os artigos 182 e


183 da Constituição, foi instituído pela Lei 10257/01, “em prol de conjuntos de
famílias de baixa renda”.

§ 3º - Estas modalidades de usucapião, não exigem nem Justo Título e nem


Boa-fé, bastando somente a posse pacífica, mansa e contínua.

SEÇÃO VII

Da Regularização Fundiária

Art. 49 - O Poder Executivo, com base nas atribuições previstas no inciso VIII
do artigo 30 da Constituição da República, e pela Lei Federal n. º 10.257/01 deverá
promover o diagnóstico acompanhado de projetos, programas e conseqüente
implementação da qualificação urbana nas Zonas Especiais de Interesse Social e
demais parcelamentos não regularizados no município, quando for o caso. Tal
abordagem deverá se dar, principalmente, em relação às infra-estruturas e
equipamentos urbanos, que poderão se desdobrar em programas específicos.

§ 1º - A municipalidade deverá identificar e buscar as fontes de financiamento


para essas ações.

§ 2º - Os principais instrumentos de política urbana a serem utilizados são:

I - Usucapião;
II - Desapropriação;
III - Titulação.
26

IV – Operações Urbanas Consorciadas.

Art. 50 - O Poder Executivo realizará a reurbanização e a regularização


fundiária, conforme plano de organização a ser elaborado pela Secretaria de
Assistência Social com a participação dos moradores e Associações Comunitárias.

Art. 51 - Caberá ao Conselho da Cidade traçar, mediante proposta da


Secretaria Municipal de Planejamento, a priorização das áreas a serem atendidas
nos programas que tratam essa Seção.

SEÇÃO VIII

Do Tombamento

Art. 52 - O Poder Executivo, com o objetivo de preservar seu patrimônio


cultural, artístico, natural, paisagístico, histórico e ambiental deverá:

I - elaborar projetos de restauração dos bens inventariados;


II - promover a conscientização e valorização do patrimônio;
III - submeter à aprovação da Secretaria de Cultura, através do Conselho
Municipal de Patrimônio Cultural, qualquer alteração ou intervenção a ser
realizada no bem tombado e no seu entorno;

SEÇÃO IX

Da Transferência Onerosa do Direito de Construir

Art. 53 - O Poder Executivo, nos termos do artigo 35 da Lei Federal Nº


10.257/01, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a
exercer em outro local passível de receber o potencial construtivo, deduzida a área
construída utilizada quando necessário, nos termos desta lei, ou aliená-lo, parcial ou
totalmente, para fins de:

I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II - preservação, quando for considerado o interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;
27

III - atendimento a programas de regularização fundiária, urbanização de


áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social.

IV - quando parte de Operação Urbana Consorciada

§ 1º - a área passível de recepção do direito de construir desdobrado de


acordo com o artigo anterior deverá ser regulamentada e cada imóvel poderá ter o
seu direito de construir fracionado em cinco partes, que poderá ser exercido em
diferentes locais. Dependendo do interesse a Transferência Onerosa do Direito de
Construir poderá ser aplicada em um único local, desde que não ultrapasse o dobro
do coeficiente ali permitido.

§ 2º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao


Município seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos neste artigo.

Art. 54 - São passíveis de desdobrar o Direito de Construir os imóveis na


seguinte condição:

I - tombados e de interesse histórico e cultural;

II - localizados na ADE da área Central após cadastro que deverá ser feito
concomitante ao projeto da ADE;

III - localizados na ADE Córrego do Angico, ADE de Preservação Ambiental,


ZPAM 01 e ZPAM 02.

Art. 55 - São áreas receptoras do potencial construtivo desdobrado nos


termos do artigo X os imóveis localizados nas seguintes áreas:

I - A própria ADE da Área Central;

II - As áreas vizinhas à ADE Córrego do Angico, ADE de Preservação


Ambiental, ZPAM 01 e ZPAM 02, quando o direito desdobrado forem nelas
originados.

Parágrafo único – no caso das Operações Urbanas se houver transferência


onerosa do direito de construir, as áreas receptoras serão definidas na lei que cria a
Operação Urbana Específica.

SEÇÃO X

Das Operações Urbanas Consorciadas


28

Art. 56 - As Operações Urbanas Consorciadas são o conjunto de medidas


coordenadas pelo Município com a participação dos proprietários, moradores,
usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental,
notadamente ampliando os espaços públicos, organizando o transporte coletivo,
implantando programas habitacionais de interesse social e de melhorias de infra-
estrutura e sistema viário.

Parágrafo Único - o poder público não poderá utilizar, em área de sua


propriedade, operações urbana, a não ser quando estas constituírem sistema viário.

Art. 57 - As Operações Urbanas Consorciadas criadas por leis específicas


têm, alternativamente, como finalidades:

I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e


reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;

III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social;

IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo;

V - implantação de espaços públicos;

VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, históricos, arquitetônicos,


culturais e paisagísticos;

VII - melhoria e ampliação da infra-estrutura e da Rede Viária Estrutural;

VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos.

IX - Centros Educacionais e de Pesquisa

Art. 58 - Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por lei
específica, que conterá, no mínimo:

I - delimitação do perímetro da área de abrangência;

II - finalidade da operação;

III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;


IV - estudo prévio de impacto ambiental, de vizinhança;
29

V - programa de atendimento econômico e social para a população


diretamente afetada pela operação;

VI - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor


histórico, culturais, arquitetônicos, paisagísticos e ambientais, protegidos por
tombamento, lei específica ou não;

VII - instrumentos urbanísticos previstos na operação;

VIII - forma de controle da Operação, obrigatoriamente compartilhado com


representação da sociedade civil;

IX - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de


contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.

XI - ser gerida, acompanhada e fiscalizada por um conselho especialmente


designado para a função.

SEÇÃO XI

Do Direito de Preempção

Art. 59 - O Poder Executivo poderá exercer o direito de preferência para


aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre terceiros, que fixará
prazo de vigência não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o
decurso do prazo inicial de vigência, conforme disposto nesta lei e nos artigos 25, 26
e 27 da Lei Federal n.º 10.257/01.

Parágrafo único - O direito de preempção será exercido sempre que o Poder


Executivo necessitar de áreas para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;


30

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de


interesse ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 60 - O Executivo deverá notificar o proprietário do imóvel localizado em


área delimitada e o Cartório de Registro de Imóveis, para o exercício do direito de
preferência, dentro do prazo de 30 dias a partir da vigência da lei que a delimitou.

§ 1º - No caso de existência de terceiros interessados na compra do imóvel


nas condições mencionadas no caput, o proprietário deverá comunicar
imediatamente, ao órgão competente, sua intenção de alienar onerosamente o
imóvel.

§ 2º - A declaração de intenção de alienar onerosamente o imóvel deve ser


apresentada com os seguintes documentos:

I - proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do


imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de
validade;

II - endereço do proprietário, para recebimento de notificação e de outras


comunicações;

III - declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não
incidem quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza
real, tributária ou executória.

Art. 61 - Recebida a notificação a que se refere o artigo anterior, o Poder


Executivo poderá manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em
exercer a preferência para aquisição de imóvel.

§ 1° - A Prefeitura fará publicar, em órgão oficial e, em pelo menos um jornal


local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida, e da
intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.

§ 2° - O decurso de prazo de trinta dias após a data de recebimento da


notificação do proprietário sem a manifestação expressa da Prefeitura de que
pretende exercer o direito de preferência faculta o proprietário a alienar
onerosamente o seu imóvel ao proponente interessado nas condições da proposta
apresentada, sem prejuízo do direito da Prefeitura exercer a preferência em face de
31

outras propostas de aquisições onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do


direito de preempção.

Art. 62 - Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a


entregar ao órgão competente da Prefeitura cópia do instrumento particular ou
público de alienação do imóvel dentro do prazo de trinta dias após sua assinatura,
sob pena de pagamento de multa conforme disposto em lei.

§ 1° - O Executivo promoverá as medidas judiciais cabíveis para a declaração


de nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da proposta
apresentada, a adjudicação de imóvel que tenha sido alienado a terceiros apesar da
manifestação do Executivo de seu interesse em exercer o direito de preferência e
cobrança da multa a que se refere o artigo anterior.

§ 2o - Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o


Executivo poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cálculo do imposto predial e
territorial urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior
àquele.

SEÇÃO XII

Do Termo de Ajustamento de Conduta

Art. 63 - O Poder Executivo disporá de Termos de Ajustamento de Conduta e


outros Termos, como de Compromisso, de Empréstimo e de Responsabilidade para
serem utilizados na conciliação dos objetivos do Poder Executivo com os objetivos
dos Empreendedores, após negociação estabelecendo prazos e atitudes a serem
tomadas pelos envolvidos.

Art. 64 - O Termos utilizados deverão ser assinados pelas partes, registrados


em Cartório e uma cópia encaminhada ao Ministério Público para acompanhamento.

CAPÍTULO VI

Da Exigência de Estudos Prévios de Impacto de Vizinhança

Art. 65 - Atividades ou empreendimentos privados ou públicos que, a critério


do órgão municipal competente, poderão causar impactos à qualidade de vida da
população residente na área onde pretendem se localizar e em suas proximidades,
deverão, para obterem a licença de construção, ampliação ou funcionamento a cargo
do Poder Público Municipal, elaborar o Estudo Prévio de Impacto de vizinhança (EIV)
em conformidade com a Lei federal 10.257/01 - Estatuto da Cidade.
32

Art. 66 - O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV deverá incluir a


análise de, no mínimo, as seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - equipamentos urbanos e comunitários;

III - geração de tráfego e demanda por transporte público;

IV - ventilação e iluminação;

V - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

§ 1º - Deverá ser dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que


deverão ficar disponíveis para consulta pública no órgão municipal competente;

§ 2º - A elaboração do EIV não substitui a elaboração e aprovação dos


Estudos de Impacto Ambiental nos termos da legislação ambiental vigente;

CAPÍTULO VI

Do Parcelamento do Solo

Seção I

Das Diretrizes Gerais

Art. 67 - O parcelamento do solo urbano no Município de Vespasiano tem por


objetivos:

I - orientar o projeto e a execução de qualquer empreendimento que implique


em parcelamento do solo para fins urbanos no Município;

II - prevenir a instalação ou expansão de assentamentos urbanos em áreas


inadequadas;

III - evitar a comercialização de lotes inadequados às atividades urbanas;

IV - assegurar a existência de padrões urbanísticos e ambientais de interesse


da comunidade nos processos de parcelamento do solo para fins urbanos.

Seção II
33

Do Parcelamento do Solo

Art. 68 - O parcelamento do solo urbano do Município de Vespasiano poderá


ser realizado por loteamento, desmembramento ou remembramento.

§1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à


edificação de qualquer natureza, com abertura de novas vias de circulação, de
logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.

§2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes


destinados à edificação, bem como de lotes para a formação de novos lotes, desde
que mantenham as dimensões mínimas estabelecidas na Lei de Uso, Ocupação e
Parcelamento do Solo, com aproveitamentos do sistema viário público existente há
mais de 10 (dez) anos, e que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento ou modificação dos já existentes.

§3º - Considera-se remembramento o agrupamento de lotes contíguos para a


constituição de unidades maiores.

§4º - Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas


dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei
municipal para a zona em que se situe.

§5º - Consideram-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de


escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e
abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de
circulação pavimentadas ou não.

Art. 69 - Não poderão ser objeto do parcelamento urbano como áreas


edificáveis as seguintes áreas:

I - alagadiças ou sujeitas a inundações, antes de tomadas providências para


assegurar o escoamento das águas;

II - aterradas com material nocivo à saúde;

III - onde a declividade seja superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas as exigências técnicas estabelecidas pelo órgão de regulação
urbana;
34

IV - sujeitos a deslizamentos de terra ou erosão, antes de tomadas as


providências necessárias para garantir a estabilidade geológica e geotécnica;

V - onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

VI - em áreas de preservação permanente e proteção ambiental;

VII - que integrem Unidades de Conservação, incompatíveis com esse tipo de


empreendimento;

VIII - onde os níveis de poluição impeçam condições sanitárias suportáveis,


até a sua correção;

IX - onde for técnica ou economicamente inviável a implantação de infra-


estrutura básica, serviços públicos de transporte coletivo ou equipamentos
comunitários.

Art. 70 - São consideradas não-edificáveis as seguintes áreas do território


municipal:

I - as áreas de preservação permanente – APP’s;

II - as faixas de 15 (quinze) metros ao longo das faixas de domínio de rodovias


federais, estaduais e municipais, ferrovias e dutos e das redes de alta tensão,
ressalvadas as exigências da legislação específica.

§ 1º - Não será permitida a realização de construções de qualquer natureza em


áreas não edificáveis, exceto de guaritas de segurança, equipamentos de
manutenção e nas situações permitidas pelo Plano Diretor.

§ 2º - As áreas não edificáveis quando fizerem parte da área do lote entrarão


no cálculo do seu coeficiente de aproveitamento e farão parte de sua taxa de
permeabilidade.

Art. 71 - As dimensões mínimas do lote, bem como sua testada mínima são
definidos para cada zona, conforme o Anexo I:

Parágrafo único. A quadra de um parcelamento urbano será definida no


mínimo por 3 (três) vias, podendo 2 (duas) delas serem vias de pedestres que neste
caso devem ter 10 metros de largura. O comprimento máximo de quadra será de 350
metros considerando o lado de maior extensão

Seção III
35

Da Reserva de Áreas para Parcelamentos

Art. 72 - Nos loteamentos residenciais, comerciais e industriais, seja qual for a


zona de uso em que estiverem localizados, parte da área total da gleba a ser loteada
deve ser transferida ao patrimônio público do Município, com a seguinte
discriminação:

I - 12% (doze por cento), no mínimo do total da somatória das áreas verdes,
vias institucionais e lotes, serão destinadas as áreas verdes;

II -–O percentual da área institucional será de 8% (oito por cento) da área


total de lotes do parcelamento, não podendo ser inferior a 5% (cinco por
cento) da área global correspondendo a somatória de lotes, vias, verdes e
institucionais;

III - a área resultante do traçado e dimensões das vias projetadas para o


sistema viário, atendendo às diretrizes expedidas pelo Município;

IV - a somatória dos incisos I, II e III não pode ser inferior a 38%(trinta e oito
por cento) da área a ser loteada;

V - faixas de proteção ao longo de corpos d’água, desde o seu nível mais alto
em faixa marginal, que não poderão ser computadas como espaços livres de
uso público, com largura mínima de cada lado de:

a) 30 (trinta) metros dos rios e córregos;


b) 30 (trinta) metros no entorno das várzeas, lagos e lagoas;
c) 50 (cinqüenta) metros no entorno de reservatórios;
c) 50 (cinqüenta) metros no entorno das nascentes.

§1º - Áreas verdes são os espaços livres de uso público, como praças, jardins
e parques.

§2º - Equipamentos urbanos são os equipamentos públicos destinados a


abastecimento de água, serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de águas
pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

§3º - Equipamentos comunitários são os equipamentos públicos destinados à


educação, saúde, cultura, lazer, segurança e similares.

Art. 73 - As áreas verdes transferidas ao Município deverão apresentar as


seguintes características:
36

I - continuidade;

II - acesso direto ao sistema viário, com frente mínima de 3 (três) vezes o


parâmetro para a zona.

III - dimensão mínima de 400m² (quatrocentos metros quadrados);

§1º - Não poderão ser computados para o cálculo da reserva de áreas verdes,
os canteiros centrais ao longo das vias. Podem incluir neste percentual de áreas
verdes, as faixas de linhas de transmissão quando se tratarem de servidão inseridas
dentro da poligonal das áreas verdes do parcelamento. As áreas de APP’s, podendo
ficar sua gestão e conservação a cargo da entidade representativa de proprietários,
em caso dos loteamentos fechados ou condomínio urbano, conforme lei 2456/2007,
ou do Município, em caso de loteamentos abertos; seguindo em ambos os casos as
diretrizes do setor de meio ambiente quanto a forma de manutenção e conservação
das mesmas, além das previstas nesta lei.

§2º - As áreas de Preservação Permanente (APP) com declividades


superiores a 47% (quarenta e sete por cento) quando passíveis de doação para
efeito de cálculo do percentual será considerada a metade de sua área.

§3º - As áreas de preservação permanente que não forem aceitas como


doação além das não parceláveis, ou seja, áreas não utilizáveis para lotes, sistema
viário, áreas verdes e institucionais não entram no cálculo do percentual de áreas
públicas correspondendo ao mínimo previsto no artigo anterior.

§4º - As áreas verdes reservadas ao Município poderão ser distribuídas em


outro local em função da carência comprovada pelo órgão de regulação ambiental,
ou serem doadas contíguas as áreas verdes já existentes e pertencentes ao
Município.

Art. 74 - As áreas para implantação de equipamentos urbanos e comunitários


deverão apresentar as seguintes características:

I - continuidade;
II - acesso direto ao sistema viário;
III - testada mínima igual ou superior a 3 (três) vezes o parâmetro para a zona;
IV - declividade máxima de 30% (trinta por cento)

Parágrafo único - As áreas de equipamentos comunitários e áreas verdes


para caso de Condomínio Urbano terão como cálculo as descritas na Lei 2.456, de
2007.
37

Art. 75 - O Município poderá substituir até a quarta parte do total reservado de


equipamentos urbanos e comunitários a serem transferidas, por lotes urbanizados e
dotados de infra-estrutura, para utilização em programas de habitação popular de
interesse social em qualquer lugar do Município.

Parágrafo Único. Quando o cálculo do número de lotes resultar em fração,


arredonda-se para o número inteiro imediatamente superior, sem prejuízo da reserva
de áreas estabelecida no artigo 68.

Art. 76 - Para os Desmembramentos e Remembramentos com área total


superiores a 5.000 m², que pertencerem a loteamentos não aprovados e irregulares
que não constam de doação ao município de no mínimo 35% incluindo ruas, áreas
verdes e institucionais deverão doar 15% de sua área total à prefeitura de
Vespasiano, podendo ser em outro local, definido pelo órgão competente municipal.

Parágrafo Único - As áreas urbanas com menos de 15 ha oriundos de


matrículas registradas em cartório do município há mais de 5 (cinco) anos, e que
tenham frente para via pública existente há mais de 10 (dez) anos, poderão ser
qualificadas como lote único, que conforme seu zoneamento poderá receber
empreendimentos de acordo com seus usos. Neste caso, passará a incidir IPTU
(Imposto Predial Territorial Urbano) retroativos de 5 (cinco) anos. A relação da
profundidade desta área considerada como lote único, deverá ser menor ou igual a 5
(cinco) vezes a extensão de sua testada para esta via pública existente.

Seção V

Do Sistema Viário

Art. 77 - As vias públicas projetadas para os novos loteamentos são


classificadas como:

I - arterial;
II - coletora;
III - local;
IV - de pedestres;
V - ciclovia;
VI - mistas.

Parágrafo único. Entende-se por:


38

I - arteriais: as vias ou trechos com volume de tráfego significativo, utilizadas


para deslocamentos intra-urbanos de maior distância, possuindo de alta à
média fluidez de tráfego, baixa acessibilidade e restrita integração com o uso e
a ocupação do solo;

II - coletoras: as vias ou trechos que articulam as vias arteriais e as locais,


apresentando equilíbrio entre fluidez de tráfego e acessibilidade, havendo
integração entre seu uso funcional e o uso e a ocupação do solo, podendo ser
subdivididas em classe 1, 2, 3 e 4;

III - locais: as vias ou trechos com baixo volume de tráfego e baixa velocidade
dos veículos, caracterizando-se pela integração direta com o uso e a
ocupação do solo, podendo ser subdivididas em classe 1, 2, 3 e 4;

IV - de pedestres: as vias cujas funções principais são o acesso do pedestre


às edificações, ao lazer e ao convívio social, não se prevendo o acesso de
veículos, exceto em situações de emergência;

V - ciclovias: as vias ou pistas laterais separadas fisicamente de outras,


destinadas exclusivamente ao tráfego de bicicletas;

VI - mistas: as vias ou trechos com as mesmas funções da via de pedestre,


admitindo, no entanto, os veículos de passeio para acesso às edificações e,
apenas em casos eventuais ou emergenciais, a entrada de veículos pesados.

Art. 78 - O sistema viário dos novos loteamentos deve obedecer, no mínimo,


às dimensões definidas na seguinte tabela:

Via
Componentes das Vias Via Arterial Via Coletora Via Local
Pedestre
Faixa de Passeio 6,00m 5,00m 4,80m 4,00m
Largura Pista de -
12,00m 10,00m 7,20m
Rolamento
Ciclovia 2,00m - - -
Largura total 20,00m 15,00m 12,00m -

Art. 79 - Não poderão ser loteadas glebas que não tenham acesso direto a
vias públicas ou que não estejam em boas condições de tráfego.

§1º - O projeto de loteamento deverá incorporar ao seu traçado viário os


trechos que o Município indicar a fim de assegurar a continuidade do sistema viário
da cidade.
39

§2º - O proprietário de gleba cujo acesso ao sistema viário somente possa ser
feito através de terreno de propriedade pública, poderá parcelá-la, desde que não
haja interesse público em contrário e que arque com as despesas decorrentes de
sua construção.

§3º - Caberá ao Município determinar a localização e a geometria do acesso


ao parcelamento a que se refere o parágrafo segundo deste artigo.

Art. 80 - O plano de arruamento deverá prever a confrontação de todos os


lotes com pelo menos uma via pública.

§1º - As vias do loteamento deverão localizar-se em áreas cuja topografia e a


condições de insolação dos lotes favoreçam a sua instalação.

§2º - Os lotes não poderão ter frente exclusiva para vias de pedestres, salvo
em casos de regularização fundiária de caráter social de ocupações já implantadas.

§3º - Em nenhum caso, as vias do loteamento poderão prejudicar o


escoamento natural das águas nas respectivas bacias hidrográficas, somente
admitida a canalização dos cursos d’água nas situações permitidas pelas normas
ambientais e com a aprovação d órgão de regulação ambiental.

Art. 81 - As vias que compõem o sistema viário deverão estar detalhadas no


projeto de loteamento e conter, no mínimo, os seguintes elementos:

I - terraplanagem;
II - meio-fio;
III - sarjeta;
IV - drenagem de águas superficiais;
V - pavimentação.

Parágrafo único. Além do detalhamento a que se refere o caput deste artigo,


o Município poderá fazer outras especificações a fim de garantir a sustentabilidade
do empreendimento.

Art. 82 - As redes de distribuição de esgoto, mestra e de distribuição de água,


deverão ser construídas sob o sistema viário ou como determinar as diretrizes
emitidas pelos órgãos competentes.

Seção VI

Das Responsabilidades
40

Art. 83 - São de responsabilidade do loteador, o projeto, a execução e o


custeio de:

I - demarcação das vias, dos terrenos a serem transferidos ao domínio do


Município, dos lotes e das áreas não-edificáveis;

II - abertura das vias de circulação e respectiva terraplenagem;

III - implantação da rede de captação de águas pluviais e suas conexões com


o sistema público existente junto ao terreno a parcelar;

IV - implantação da rede de abastecimento de água e de coleta de esgoto e


suas conexões com a rede pública já instalada;

V - implantação de rede de distribuição de energia elétrica e de iluminação


pública e suas conexões com a rede de energia existente junto ao terreno a
parcelar;

VI - pavimentação da pista de rolamento;

VII - arborização de calçadas, com espécies adequadas às áreas urbanas.

Parágrafo Único. As obrigações do loteador, enumeradas nos incisos


anteriores, deverão ser por ele cumpridas, às próprias custas, sem ônus para o
Município.

Art. 84 - Cabe ao Município ou a seus concessionários ou permissionários:

I - disponibilizar os pontos de conexão necessários para a implantação, pelo


empreendedor, dos elementos de infra-estrutura básica ou complementar na
área interna do parcelamento;

II - a implantação dos elementos de infra-estrutura complementar não-exigidos


do empreendedor, nos loteamentos e desmembramentos;

III - a operação e a manutenção:

a) da infra-estrutura básica e complementar, nos loteamentos e


desmembramentos;
b) das áreas destinadas a uso público nos loteamentos.
41

§1º - Cabe aos concessionários ou permissionários de energia elétrica a


implantação da rede de distribuição de energia elétrica em ZEIS.

§2º - A implantação, operação e manutenção dos equipamentos comunitários


necessários a cargo do Município devem respeitar as orientações específicas das
licenças urbanística e ambiental, bem como as diretrizes das respectivas políticas
setoriais.

§3º - A operação e a manutenção da infra-estrutura básica e complementar e


das áreas destinadas a uso público passam à responsabilidade do Município a partir
da averbação do termo de vistoria e recebimento de obras.

Art. 85 - Cabe aos condôminos a manutenção do sistema viário, das áreas de


uso comum dos condôminos e da infra-estrutura básica e complementar interna dos
condomínios urbanísticos, a partir da averbação da convenção de condomínio no
Serviço de Registro de Imóveis competente, conforme descrito na Lei 2.456/2007.

Parágrafo Único. Não se aplica o disposto no caput aos assentamentos


objeto de regularização fundiária mediante usucapião especial coletivo para fins de
moradia e concessão de uso especial coletivo para fins de moradia, instituídos na
forma de condomínio especial, caso em que a manutenção fica a cargo do Município
ou de seus concessionários ou permissionários.

Art. 86 - Será exigida garantia do empreendedor para a execução das obras


de infra-estrutura, podendo este optar entre qualquer uma das seguintes
modalidades:

I - lotes caucionados;

II - seguro garantia;

III - glebas em outras áreas, desde que possam ser objeto de urbanização nos
termos desta Lei;

IV - lotes em outros empreendimentos;

V - fiança bancária.

§ 1º - A garantia oferecida deverá ser igual ou superior ao valor orçado no


cronograma físico-financeiro de execução da infra-estrutura.

§ 2º - A forma de cálculo das obras de infra-estrutura serão fixadas pelo


Município.
42

§ 3º - As obras de infra-estrutura básica deverá ser executada no prazo de 04


(quatro) anos a partir da data de sua aprovação definitiva, respectiva averbação no
cartório de registro de imóveis.

Art. 87 - A assinatura de instrumento de garantia de execução da infra-


estrutura pelo loteador é requisito prévio indispensável para a expedição da licença
urbanística, salvo na hipótese prevista no inciso I do artigo anterior, quando o
compromisso será firmado após o registro do loteamento.

Art. 88 - A liberação da garantia ao empreendedor somente ocorrerá depois


que as obras de infra-estrutura forem devidamente vistoriadas pelos órgãos
municipais competentes e aceitas pelo Município.

§1º - Fica assegurada a liberação proporcional das garantias oferecidas pelo


empreendedor, de acordo com a evolução e execução parcial das obras, desde que
devidamente vistoriadas pelos órgãos municipais competentes e aceitas pelo
Município.

§2º - Findo o prazo fixado no cronograma físico-financeiro, o Município


providenciará a realização das obras não executadas ou não concluídas,
promovendo o levantamento das importâncias despendidas e atualizadas
monetariamente para a execução das garantias oferecidas.

Seção VII

Da Aprovação dos Projetos de Loteamento

Art. 89 - Os projetos de loteamento serão submetidos à avaliação e


acompanhamento pelos órgãos de regulação urbana e ambiental, que poderão exigir
os estudos e as medidas necessárias para a adequação da proposta à legislação.

Parágrafo único - O loteamento em área urbana será aprovado pelo órgão de


regulação urbana, ouvidos, obrigatoriamente, os setores responsáveis por
saneamento, obras, meio ambiente, trânsito e transporte.

Art. 90 - O empreendedor deverá protocolizar requerimento de diretrizes


básicas de loteamento, com a seguinte documentação:

I - identidade do requerente;

II - registro do imóvel ou documento que autorize a concessão do uso


assinado pelo proprietário;
43

III - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de Projetos;

IV - a área e a localização, quando houver, das faixas de domínio de áreas de


preservação permanente ou rodovias, ferrovias, linhas de transmissão e dutos;

V - a área e a localização aproximada dos terrenos a serem destinados às


áreas verdes e aos equipamentos urbanos e comunitários;

VI - o enquadramento da gleba no zoneamento de uso do Plano Diretor;

VII - Planta na escala 1:2000 com curvas de nível de 1m em 1m com


coordenadas verdadeiras e poligonal de contorno

VIII - Planta na escala 1:2000 com curvas de nível de 1m em 1m com


coordenadas verdadeiras e estudo de declividades de 0% a 30%, de 30% a
47% e acima de 47%.

IX - Planta com proposta de parcelamento da área a nível de Ante projeto


constando de sistema viário, divisão de quadras, localização de áreas verdes,
institucionais e remanescentes se houverem e quadro discriminativo dos
quantitativos de cada área com devidos percentuais.

Art. 91 - Após a emissão das Diretrizes Básicas pela Prefeitura de


Vespasiano, que terá validade de 3 (três) anos, o empreendedor deverá anexar ao
processo os seguintes documentos:

I - declaração negativa de débitos do imóvel com o município, emitida pela


Divisão de Arrecadação e Fiscalização da Prefeitura;

II - comprovante de pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer


Natureza – ISS dos profissionais (topógrafo, engenheiro ou arquiteto);

III - as normas e requisitos, estabelecidos pelo Município e seus


concessionários e permissionários, para a implantação das obras de infra-
estrutura das redes de energia elétrica e iluminação pública, abastecimento de
água, drenagem pluvial e esgotamento sanitário; as espécies de árvores
recomendadas para arborização; o padrão das placas para logradouros
públicos.

IV - Planta do Projeto de loteamento conforme as diretrizes básicas fornecidas


e assinadas por profissional habilitado.
44

V - levantamento planialtimétrico; projeto de movimentação e contenção de


terra, assinados por profissional habilitado;

VI - Autorização pelo cargo responsável pelo Meio Ambiente e de demais


órgãos competentes do Município da continuidade do processo.

Art. 92 - Atendidas as diretrizes do artigo anterior, o requerente organizará o


projeto definitivo, que deverá ser apresentado em arquivo digital e duas vias
impressas encadernadas, com capa, identificação e índice, contendo:

I - projeto de loteamento, com os seguintes requisitos:

a) planta na escala 1:1.000, com curvas de nível de metro em metro e


arruamento;

b) planta na escala 1:1.000 da divisão territorial com a localização de espaços


verdes e espaços reservados para uso institucional e público, bem como o
dimensionamento e numeração das quadras e dos lotes, azimutes e outros
elementos necessários para a caracterização e o perfeito entendimento do projeto;

c) perfis longitudinais no eixo de cada uma das vias do loteamento, em escala


1:1.000 horizontal e 1:100 vertical;

d) memorial justificativo, descrevendo o projeto e indicando:

1. a denominação, situação e caracterização da gleba;

2. os limites e confrontantes;

3. a área total projetada e as áreas parciais de lote por lote e do conjunto dos
lotes;

4. a área total das vias, dos espaços verdes e dos reservados a uso
institucional e público, fixando o percentual com relação à área total;

5. outras informações que possam concorrer para o julgamento do projeto e


de sua adequada incorporação ao conjunto urbano;

e) enquadramento de acordo com o zoneamento de usos;

II - projeto de pavimentação asfáltica de todas as suas vias de circulação, com


galerias de águas pluviais, contendo memorial de cálculo em função da vazão, meio-
fio com sarjetas.
45

III - Apresentação de projeto de energia elétrica e de iluminação pública, conforme


diretrizes fornecidas pelos órgãos competentes, com iluminação pública em todas as
vias;

IV - Apresentação de projetos de abastecimento de água potável e de rede coletora


de esgotos, conforme diretrizes fornecidas pelos órgãos competentes, atendendo
todos os lotes do loteamento;

V - Apresentação de projeto de arborização das praças e vias públicas, indicando as


espécies fitológicas, previamente aprovado pelo órgão de regulação ambiental;

VI - Apresentação do projeto de ETE (estação de tratamento de esgoto) se


necessário, conforme diretrizes fornecidas pelos órgãos competentes e parecer dos
órgãos de regulação ambiental e de saneamento básico;

VII - quadro estatístico com a discriminação de:

a) número de quadras;
b) número de lotes por quadra;
c) número total de lotes;
d) área total da gleba a ser loteada;
e) área total da gleba a ser arruada;
f) área destinada a espaços livres, de uso público;
g) área destinada a uso institucional;
h) área limítrofe às águas correntes e dormentes;

VIII - memorial descritivo, contendo:

a) memorial de cada quadra;


b) memorial da área geral do loteamento;
c) memorial dos terrenos doados e caucionados ao Município.

§ 1º - O projeto de loteamento, estando de acordo com o disposto nesta Lei e


na legislação federal, estadual e municipal pertinente, será aprovado pelo Município.

§ 2º - O Município não aprovará projeto de loteamento, ou qualquer de seus


componentes, incompatível com:

I - as diretrizes básicas do Plano Diretor;


II - as conveniências de circulação e de desenvolvimento da região;
III - outro motivo de relevante interesse urbanístico.
46

Art. 93 - O Município analisará, o processo de loteamento e proferirá, através


do órgão competente sua decisão.

Parágrafo Único. O projeto será aprovado na forma da Lei.

Art. 94 - Estando o projeto de loteamento de acordo com as disposições desta


Lei e da legislação federal, estadual e municipal pertinentes, o loteador firmará
Termo de Acordo, no qual se obrigará a:

I - transferir ao Município as áreas verdes institucionais,

II - afixar, no loteamento, após a sua aprovação, em local perfeitamente


visível, placa indicativa contendo as seguintes informações:

a) nome do loteamento;
b) nome do loteador;
c) número do decreto de aprovação e data de sua expedição;
d) declaração de estar o loteamento registrado no Registro de Imóveis;
e) nome do responsável técnico pelo loteamento, com o respectivo
número de registro no CREA;

III - cumprir, integralmente, e nos prazos estabelecidos, as responsabilidades


que lhe cabem;

IV - facilitar a fiscalização permanente do Município, durante a execução das


obras e serviços;

V - não efetuar a venda de lotes, antes de:

a) Registrado em cartório a caução das obras de infra-estrutura


oferecido como garantia ao Poder Público.
b) cumpridas as demais obrigações impostas pela legislação;
c) registrado o loteamento no Ofício Imobiliário competente.

§ 1º - Realizadas as obras e os serviços de infra-estrutura exigidos, o


interessado comunicará ao Município, por escrito, o término dos trabalhos
apresentando os atestados de conclusão emitidos pelos respectivos órgãos
responsáveis por cada obra ou serviço.

§ 2º - Se as obras e serviços forem realizados em desacordo com as diretrizes


expedidas pelo Município, com a legislação pertinente e com o avençado no Termo
de Acordo, o Município intimará o interessado a que os refaça.
47

§3º - Na hipótese prevista no parágrafo anterior, não será aprovado o


loteamento, nem expedido o competente alvará, antes do pleno cumprimento das
exigências estabelecidas pelo Município.

Art. 95 - O registro do loteamento e os contratos de compra e venda de


imóveis serão feitos na forma da legislação federal.

Art. 96 - A denominação dos loteamentos deverá ser submetida à


homologação do Município, após consulta ao ofício imobiliário competente.

§1º - Não será permitida a mesma denominação de loteamento já existente ou


com aprovação já requerida.

§2º - A denominação do loteamento constará do respectivo decreto de


aprovação.

§3º - A denominação das vias de circulação far-se-á de acordo com a


legislação pertinente, podendo, para tal, ser encaminhadas sugestões pelo loteador,
que poderão ser acolhidas pelo Município.

Art. 97 - As demais normas quanto aos procedimentos para análise e


aprovação dos projetos de loteamento e construção constarão do Código de Obras

Seção VIII

Do Desmembramento

Art. 98 - Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado


apresentará requerimento ao Município, acompanhado de certidão atualizada da
matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, e de
planta do imóvel a ser desmembrado contendo:

I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos;


II - a indicação do tipo de uso predominante no local;
III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área.

Art. 99 - Os desmembramentos deverão atender, além do contido na


legislação federal, no mínimo os seguintes requisitos:

I - os lotes obedecerão às dimensões mínimas definidas nesta Lei;

II - o Município indicará nas plantas, por ocasião da solicitação de diretrizes,


as ruas ou estradas existentes ou projetadas a serem respeitadas;
48

III - em qualquer gleba objeto de parcelamento, todas as parcelas deverão ter


acesso por vias públicas oficiais, conectadas à rede viária;

IV - Pode o desmembramento objetivar a implantação de condomínio


horizontal e ou vertical dentro de quadras ou de um único lote desde que
aprovação seja vinculado o parcelamento em conjunto com o projeto das
edificações.

Seção IX

Do Remembramento

Art. 100 - Para a aprovação de projeto de remembramento, o interessado


apresentará requerimento ao Município, acompanhado de certidão atualizada da
matrícula dos lotes, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, e de
planta dos imóveis a serem remembrados contendo:

I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos;


II - a indicação do tipo de uso predominante no local;
III - a indicação dos lotes a serem remembrados.

Art. 101 - No remembramento é obrigatória a manutenção do percentual de


área transferido ao Município no parcelamento original.

§1º - Pode o remembramento objetivar a implantação de condomínio


horizontal e ou vertical dentro de quadras em parcelamento aprovado.

§2º - O requerimento de remembramento será deferido, mediante


cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo Município e previsão de urbanização
compatível com o novo parcelamento proposto.

CAPÍTULO VIII

Das Infrações e Penalidades

Constituem infrações a esta Lei:

Art. 102 - As penalidades para as infrações relativas a aplicação desta lei,


serão caracterizadas em legislação complementar específica, no prazo de 120 (cento
e vinte) dias a partir da data de aprovação desta Lei.
.
49

CAPÍTULO IX

Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 103 - Todos os projetos de edificação em Vespasiano, bem como de


quaisquer benfeitorias que impliquem em alteração do sítio natural, na Zona Urbana,
deverão ser submetidos à aprovação da Prefeitura, através do órgão municipal
competente;

§ 1º - Conforme definido nesta Lei, as atividades e empreendimentos


considerados poluentes ou, sob qualquer forma, capazes de causar degradação do
meio ambiente, deverão ser submetidos a licenciamento ambiental, na forma da
legislação ambiental federal, estadual e municipal, no âmbito das competências
destes níveis de governo;

§ 2º - Conforme disposto nesta Lei, as atividades que poderão causar grandes


impactos à qualidade de vida da população residente na área onde pretendem se
localizar e em suas proximidades, deverão, para obterem a licença de construção,
ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público Municipal, elaborar o Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, em conformidade com a Lei Federal
10.257/01 – Estatuto da Cidade.

Art. 104 - A Prefeitura, tendo em vista as ações necessárias à aplicação e à


fiscalização desta Lei e demais leis urbanísticas, e a necessidade de se ter uma
planta cadastral atualizada para a implementação dessas ações, deverá proceder à
elaboração de uma base cadastral para o município, na amplitude de toda a cidade
de Vespasiano, a ser implantada a partir de um sistema cadastral informatizado,
alfanumérico e georeferenciado, passível de atualizações sistemáticas, de forma a se
constituir em um instrumento essencial de apoio ao planejamento urbano, às
finanças municipais e ao desenvolvimento municipal sustentável.

Parágrafo Único - Para o cumprimento do disposto neste artigo, a Prefeitura


deverá criar espaço institucional específico para a gestão do sistema cadastral, com
recursos humanos, materiais e financeiros necessários a esta gestão, podendo para
tanto celebrar convênios, assinar contratos e negociar parcerias com entidades
publicas e privadas.

Art. 105 - Na Guia de Lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano -


IPTU deverá constar a indicação da Zona Urbana onde o imóvel estiver localizado.

Art. 106 - As modificações das disposições desta Lei dependerão de Lei


Municipal.
50

Parágrafo único - Após aprovação e registro de loteamento ou condomínio urbano o


imposto predial e territorial urbano - IPTU de cada lote poderá ter uma carência pelo
prazo de até a conclusão das obras de sua infra-estrutura básica ou a venda a
terceiros, conforme promessa de compra e venda ou escritura pública em cartório.

Art. 107 - A Prefeitura deverá fornecer ao público, mediante taxa a ser fixada,
cópias impressas desta Lei e de seus Anexos.

Art. 108 - A Prefeitura fornecerá aos interessados, nos processos para


aprovação de projetos de edificações, as informações básicas necessárias ao
cumprimento desta Lei.

Art. 109 - Nos processos de licenciamento de empreendimentos de que trata


o Capítulo III, Seção II desta Lei, que implicarem em modificação do uso atual do
solo nas sub-bacias hidrográficas do território municipal, deverá o CODEMA,
considerar os riscos de alteração da classificação oficial dos cursos d’ água
superficiais e, os riscos ambientais para o território municipal.

§ 1º - A classificação oficial mencionada no caput deste artigo é a definida na


Deliberação Normativa do COPAM relativa ao enquadramento dos cursos d’ água do
município;

§ 2º - Na hipótese de verificação de riscos efetivos de alteração da classe dos


cursos d’água superficiais, e riscos ambientais para o território municipal,
decorrentes da implantação de empreendimentos, deverá o CODEMA, indicar as
medidas de saneamento ambiental que se fizerem necessárias ou concluir pela
inviabilidade do empreendimento, ouvindo ainda, no que couber, o órgão estadual de
meio ambiente;

Art. 110 - Os prazos para elaboração dos projetos acima especificados serão
estabelecidos em acordo do Poder Executivo, CODEMA e estabelecidos em decreto,
podendo ou não prever prazos de prorrogação.

Art. 111 - As construções existentes nos locais com zoneamentos ZEIS e ZUR
- Social com construção de até 70m² no lote terão isenção de IPTU - Imposto Predial
Territorial Urbano.

Art. 112 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Vespasiano, 18 de dezembro de 2007.


51

ADEMAR JOSÉ DA SILVA


Prefeito Municipal

ANEXO I

Parâmetros Urbanísticos Segundo Usos

ANEXO II

Zonas Predominantes

ANEXO III

Planta do macrozoneamento do Município do Plano Diretor

ANEXO IV

NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO

Categoria de uso Classificação da via Tamanho das unidades Número de vagas

Residencial - < = 50m² Isento


Unifamiliar
- > = 50m² 1 vaga
52

1 vaga por unidade


Ligação Regional Arterial
Residencial
Multifamiliar Unidades < ou =40m² 1 vaga por 3 unidades
R Coletora /Local
40m² <unidade<ou=60m²
2 vagas por 3 unidades

1 vaga por unidade


Unidade >ou = 60m²

Ligação Regional Arterial 1 vaga para cada 50m²


Coletora de área líquida
Local 1 vaga para cada 75m²
Não residencial de área líquida
Centros Comerciais Para cada 35 m² 1 vaga
Hotéis Para cada 5 unidades 1 vaga
Indústrias Para cada 200m² 1 vaga

Obs. No caso de uso misto, o cálculo do número mínimo de vagas seguirá as regras:
- Da categoria de uso residencial multifamiliar para a parte residencial;
- Da categoria de uso não residencial para a parte não residencial;

ANEXO V

FAIXA DE ACUMULAÇÃO DE VEÍCULOS

ÁREA DE COMPRIMENTO DE FAIXA DE NÚMERO DE FAIXAS


ESTACIONAMENTO ACUMULAÇÃO
(em metros)
Até 1.000 5 1
De 1.001 a 2.000 10 1
De 2.001 a 5.000 20 1
De 5.001 a 10.000 15 2
Mais de 10.000 25 2

ANEXO VI

LOCALIZAÇÃO DOS USOS

LARGURAS DAS VIAS (em metros) USO NÃO RESIDÊNCIAL


GRUPO I GRUPO II GRUPO III
53

LIGAÇÃO < 10 A NA NA
REGIONAL
> ou = 10 e < 15 A AC AC
> ou = 15 A AC AC
> ou = 25 A A A
ARTERIAL < 10 A NA NA
> ou = 10 e < 15 A AC AC
> ou = 15 A A A
> ou = 20 A A A
COLETORA < 10 A NA NA
> ou = 10 e < 15 A AC AC
> ou = 15 A AC AC
> ou = 18 A A AC
LOCAL < 10 A NA NA
> ou = 10 e < 15 A AC A
> ou = 15 A A A

A = Admitido
AC = Admitido sob condições
NA = Não admitido

ANEXO VII

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 1

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


54

INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO,
SEGURO, CAPITALIZAÇÃO,
COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE • Bolsa de Valores
VALORES IMOBILIÁRIOS.
• Administração de loterias.
• Administração de Seguros e
Resseguros.
• Administração de Cartões de • Caixas Eletrônicos e
Créditos. Postos e de Atendimento • Estabelecimentos
• Arrendamento Mercantil. Bancário bancários
• Crédito Habitacional.
• Distribuidora e Corretoras de Títulos
e Valores
• Fundos de Investimentos.
• Instituições de Aplicação Financeira, • Casas de Câmbio
Financiamento, Investimento e
Crédito.
• Sociedade de Capitalização.

COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE
IMÓVEIS. (Área <150m²)
• Administração de Imóveis.
• Compra, Venda e Corretagem de
Imóveis.
• Empreendimentos imobiliários
• Incorporação de Imóveis.

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 2

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


(Área < 300m², com exceções).
55

SERVIÇO DE ALOJAMENTO E • Apart– hotéis


ALIMENTAÇÃO • Albergues
(Área < 150m²) • Hotéis
• Cafeteiras
• Casas de Chá • Motéis
• Bares, lanchonetes e
• Casas de Doces
Restaurantes (Área < 150m²)
• Casas de Sucos e Vitaminas
• Lanches em Trailer • Pensões
• Sorveterias

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 3

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS DOMICILIARES
(Área < 100m²) • Lavanderias e • Buffets
• Administração de Condomínios Tinturarias
• Chaveiros
• Dedetização.
• Escritório de limpeza e
Conservação de Edificações.
• Toalheiros • Casa de Recepção e Salões
• Jardinagem e paisagismo
de Festa
• Locação de Artigos para Festas

SERVIÇOS DE REPARAÇÃO E • Reparação de Veículos • Montagem Industrial (1)


CONSERVAÇÃO (Área < 100m²) excluindo lanternagem • Recondicionamento de
• Montagem de Molduras e e pintura (Área < Motores e Bombas Injetoras
Quadros 400m²) (1)
• Reparação de Artigos de Couro • Reparação e • Reparação de Máquinas e
e Similares construção de Equipamentos de Uso
• Reparação de Bicicletas Máquinas, Aparelhos e Comercial, Industrial e
• Reparação de Instalações de Artigos de Uso Agrícola. (1)
Gás, Elétricas e Hidráulicas. Doméstico ou Pessoal. • Reparação de Veículo da
• Reparação e Instalação de • Serviços de Montagem Construção Civil (1)
Antenas. de Divisórias • Reparação de Veículos,
• Serviços de Vidraçaria incluindo lanternagem e
• Reparação de Pintura (1)
Motocicletas.
56

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 4

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS PESSOAIS • Academias de Ginástica e
(Área < 100m²) Esportivas.
• Barbeiros. • Escolas de Dança, Música e
• Centros de Estéticas. natação.
• Confecção e Reparação de • Serviços Funerários.
Artigos de Vestuário sob
medida.
• Cursos Aula Particular.
• Cursos Diversos.
• Estúdios Fotográficos.
• Locação de artigos de
Vestuário.
• Massagens, Saunas, Duchas e
Banhos.
• Salões de Beleza.
• Salões de Engraxate.

SERVIÇOS DE DIVERSÃO E • Casas lotéricas. • Boates e Danceterias


COMUNICAÇÃO • Cinemas, Teatros e • Boliches
(Área < 100m²) Auditórios. • Brinquedos Mecânicos e
• Locação de Filmes e Discos • Emissoras de Eletrônicos
• Locação de Fitas e Vídeo Radiodifusão. • Casas de Show
Game. • Emissoras de • Circos
Televisão • Música Funcional
• Casas de Jogos • Parques de Diversões.
• Emissoras de Vídeo
Comunicação
57

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 5

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS TÉCNICO- • Consultórios • Escritórios com
PROFISSIONAIS Veterinários Pátio de Máquinas,
(Área < 150m²) Equipamentos e
Veículos (2).
• Agências de Publicidade e • Serviços de Jornalismo
Propaganda e Comunicação • Laboratórios
• Consultórios
• Escritórios • Serviços Gráficos,
• Estúdios de Estrutura, Desenho e Editoriais de • Leiloeiros
Pintura Artística. Reprodução.
• Profissionais Autônomos
• Sedes Administrativas de
Construtoras
• Serviços de Acupuntura
• Serviços de Auditoria
• Serviços de Fotolito e
Microfilmagem
• Serviços de Investigação
Particular
• Serviços de Promoção e
Organização de Eventos
• Serviços de tradução e
Documentação
58

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS

TABELA 6

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS AUXILIARES DE • Borracharia • Auto Escolas
TRANSPORTES
• Capotarias • Garagem de Empresa
• Lubrificação de Transporte de
• Escolas Especializadas passageiros (1)
• Troca de óleo
• Estacionamento e • Garagens de empresas
• Calibragem de pneus edifícios-garagem de transportes de cargas
(1)
• Postos de Abastecimento
e Serviços de Veículos • Garagens de serviços de
guindastes e reboque (1)
• Transportes Escolares
• Guarda-móveis (1)
• Lava-jato
• Locação e arrendamento
• Oficinas de reparos de Veículos automotores
mecânicos de veículos
• Transportes de mudança
e valores, com pátio de
veículos (1)

• Transporte em
ambulância
59

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COLETIVO

TABELA 7

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


ASSISTÊNCIA SOCIAL
(Área < 400m²)
• Asilos
• Associação Beneficente
• Creches
• Entidades de assistência e promoção
social
• Orfanatos
ÓRGÃOS DE PREVIDÊNCIA

• Previdência privada

• Previdência pública

INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS, CULTURAIS • Associações culturais, filosóficas


TECNOLÓGICAS E FILOSÓFICAS. e científicas.
(Área >150m²)
• Bibliotecas
• Mostras artesanais e folclóricas
• Centros de documentação

• Centros de pesquisa

• Estabelecimentos de cultura
artística

• Museus

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COLETIVO


60

TABELA 8

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


ENTIDADES DESPOSTIVAS E • Associações desportivas e
RECREATIVAS recreativas
• Campings (3)
• Clubes

• Praças e quadras de
esportes
INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
(Área < 400m²)

• Associações religiosas
• Congregações religiosas

• Órgãos administrativos de
instituições religiosas

• Seminários religiosos

• Templos

ORGANIZAÇÕES CÍVICAS E
POLÍTICAS

• Comitês políticos

• Diretórios políticos

• Sedes de partidos políticos

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COLETIVO

TABELA 9

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


DEFESA DE INTERESSE • Cooperativas
COLETIVO
(Área < 150m²) • Diretórios estudantis

• Associação de bairros • Sedes de movimentos


• Associação de moradores sociais
61

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COLETIVO

TABELA 10

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS DE SAÚDE • Bancos de sangue • Hospitais
(Área < 150m²) • Clínicas especializadas • Hospitais veterinários
• Clínicas odontológicas • Laboratórios de análises
• Postos de saúde pública • Institutos de fisioterapia clínicas
• Postos de vacinação • Clínicas veterinárias
• Serviços de ambulância • Laboratórios radiológicos
• Serviços de enfermagem
• Serviço veterinário de • Manicômios
embelezamento e • Maternidades
vacinação • Policlínicas
• Pronto-socorros

• Serviços veterinários de
alojamento
SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO • Centros de formação • Universidades
(Área < 400m²) profissional • Escolas técnicas
• Cursos pré-vestibulares
• Instituto para cegos • Cursos supletivos
• Instituto para surdos-mudos • Escolas de excepcionais
• Jardim de infância e • Escolas de idiomas
maternais • Escolas de primeiro grau
• Pré-primário • Escolas de segundo grau
• Escolas superiores isoladas
62

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COLETIVO

TABELA 11

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


SERVIÇOS PÚBLICOS • Cartórios • Delegacias de polícia
(Área < 150m²) • Empresas de água e esgoto
• Agências de Correios e • Empresas de correios e
Telégrafos. telégrafos • Fóruns e tribunais
• Postos policiais • Empresas de energia
• Postos telefônicos elétrica
• Representação diplomática • Empresas de • Órgãos públicos
• Representação de telecomunicações
organismos internacionais • Instituto e fundações
• Postos de identificação

• Usos do grupo I com área


superior à estipulada.
63

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COMERCIAL

TABELA 12

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


(Área < 150m²)
• Antiquários • Abrasivos • Animais
• Aparelhos e artigos de cine • Açougues • Armas e munições (1)
foto
Aparelhos uso pessoal • Aparelhos elétricos e • Artigos de caça e pesca
eletrônicos.
• Aquários e peixes • Artigos de uso Comercial • Artigos funerários
ornamentais
• Armarinhos • Artigos e equipamentos • Explosivos
gráficos
• Artigos de apicultura • Artigos de camping • Fogos de artifícios (1)
• Artigos de borracha e couro • Artigos para piscina • Gás Liquefeito (1)
• Artigos sanitários • Gelo
• Artigos de cama, mesa e • Aves abatidas • Granjas e abatedouros (1)
banho.
• Artigos de conveniência • Bebidas • Máquinas e artigos de uso
industrial (1)
• Artigos desportivos e • Colchões • Máquinas elétricas
recreativos • Materiais de construção,
madeira e sucata (1)
• Artigos de escritório • Copiadoras • Shopping center
• Artigos de gesso • Drogarias e farmácias • Show Room
• Artigos de uso doméstico e • Embalagens • Super e hipermercado
pessoal
• Artigos de vestuários • Equipamentos de segurança • Veículos
• Artigos e produtos • Equipamentos e materiais • Veículos, máquinas e
veterinários. elétricos e eletrônicos equipamentos agrícolas e
da construção civil (1)
• Veículos tipo trailer.
64

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COMERCIAL

TABELA 13

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


(Área < 150m²) (Área < 300m²)
• Artigos esotéricos • Ferragens
• Artigos e suprimentos de • Instalações comerciais e
informática industriais
• Artigos importados • Instrumentos musicais • Tintas
• Artigos médicos e • Magazines e lojas de • Uso do grupo II com área
odontológicos departamentos superior a 300m²
• Artigos para decoração • Mercearia
• Artigos para festas • Motocicletas
• Artigos para forração • Móveis
• Artigos para pintura artística • Padarias
• Artigos religiosos • Peças e acessórios para • Comércio atacadista,
veículos, inclusive som. distribuidores e depósitos
(2)
• Bazares • Pescados
• Bicicletas • Pneus automotivos
• Bijuterias • Produtos agropecuários
• Bomboniéres • Produtos hortifrutigranjeiros
• Brinquedos • Produtos metalúrgicos
• Produtos químicos, infláveis,
tóxicos e venenosos.
• Tapetes

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COMERCIAL


65

TABELA 14

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


(Área < 150m²) (Área < 300m²)
• Confeitarias
• Cosméticos • Toldos
• Essências, corantes e
especiarias.
• Ferramentas • Vidraçarias
• Floriculturas
• Joalherias e relojoarias • Usos do grupo I com área >
• Jornais e revistas 150 e < 300m²
• Laticínios e frios
• Livrarias e papelarias • Comércio atacadista dos
• Lubrificantes artigos comercializados pelo
• Materiais plásticos comércio varejista,
• Molduras classificado como uso do
Grupo I ou Grupo II.
• Projetos de arte e adornos
• Óticas
• Perfumarias
• Presentes

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS: SERVIÇOS DE USO COMERCIAL

TABELA 15

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


(Área < 150m²) (Área < 300m²)
• Produtos de limpeza
• Produtos naturais
• Programas para
computadores
• Roupas especiais de
segurança
• Sapatarias
• Tabacarias
• Tecidos
66

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS INDUSTRIAIS

TABELA 16

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


• Indústria de até 500m² de • Indústria com área superior
área a 500m².

ANEXO VIII

GLOSSÁRIO

ACRÉSCIMO - Aumento de uma relação ao projeto aprovado, quer no sentido


horizontal, quer no vertical, formando novos compartilhamentos ou ampliando os já
existentes.

ADENSAMENTO - Intensidade de uso do solo.

AFASTAMENTO FRONTAL MÍNIMO - Menor distância entre a edificação e o


alinhamento, medida deste.

ALINHAMENTO - Limite divisório entre o lote e o logradouro público.


.
ANDAR - O mesmo que pavimento.

ALTURA MÁXIMA DA DIVISA - Distância máxima vertical, medida do ponto mais


alto da edificação até a cota de nível de referência estabelecido de acordo coma
topografia do terreno.

ÁREA DE CARGA E DESCARGA - Área destinada a carregar e descarregar


mercadorias.

ÁREA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO - Área livre destinada à iluminação e


ventilação, indispensável aos compartimentos.

ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE - Área destinada a embarque e


desembarque de pessoas.
67

ÁREA DE ESTACIONAMENTO - Área destinada a estacionamento ou grada de


veículos.

ÁREA LÍQUIDA EDIFICADA - Área total edificada, deduzidas as áreas não


computadas para efeito do calculo do coeficiente, conforme previsto no texto legal.
ÁREA PERMEÁVEL – É a área do lote, sem qualquer edificação, destinada a
absorção das águas pluviais.

ÁREA TOTAL EDIFICADA - Soma das áreas de construção de uma edificação,


medidas externamente.

ÁREA DE USO COMUM - Área de edificação ou do terreno destinada à utilização


coletiva dos ocupantes da mesma.

BRISE - Conjunto de elementos combustíveis construtivos postos nas fachadas para


controlar a incidência direta da luz solar nos ambientes.

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COLETIVA - Espaço de uso comum necessário ao


deslocamento em um mesmo pavimento e ao acesso às unidades privativas.

CIRCULAÇÃO VERTICAL COLETIVA - Espaço de uso comum necessário ao


deslocamento se um pavimento para outro em uma edificação, como caixas de
escadas e de elevadores.

COBERTURA - Último pavimento de edificações residenciais com mais de duas


unidades autônomas agrupadas verticalmente.

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO - Coeficiente que, multiplicado pela área do


lote, determina a área líquida edificada, admitida no terreno.

DESMEMBRAMENTO - considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em


lotes, destinados a edificação, bem como de lotes para a formação de novos lotes,
desde que mantenham as dimensões mínimas estabelecidas na Lei de Uso,
Ocupação e Parcelamento do Solo, com aproveitamento do sistema viário existente
e registrado e que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos,
nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

DIVISA - São os limites laterais e de fundos do lote.

EDIFICAÇÃO - São as construções destinadas a abrigar os diversos usos, a saber,


residencial, comercial, serviços, industrial ou institucional.
68

EDIFICAÇÃO HORIZONTAL - edificação com, no máximo 02 (duas) pavimentos


acima da cota altimétrica média do passeio lindeiro ao alinhamento, em que as
unidades autônomas somente poderão ser conjugadas horizontalmente.

EDIFÍCIO-GARAGEM - Edificação vertical destinada a estacionamento ou guarda de


veículos.

FACHADA - Face externa da edificação.

GABARITO - Altura máxima da edificação.

GARAGEM - Área coberta destinada a guarda de veículos.

GLEBA - Terreno que não foi objeto de parcelamento.

GUARITA - Compartimento destinado ao uso da vigilância da edificação.

INFORMAÇÃO BÁSICA - Documento expedido pelo Executivo contendo as


informações necessárias e suficientes à elaboração do projeto arquitetônico ou
parcelamento.

LOTE - Porção do terreno parcelado, com frente para a via pública e destinado a
receber edificação.

PASSEIO - Parte do logradouro público reservado ao trânsito de pedestres.

PAVIMENTO - Espaço de uma edificação situada no mesmo piso, excetuado o


subsolo, o jirau, a sobreloja, o mezanino e o sótão.

PILOTIS - Pavimento com espaço livre destinado a uso comum, podendo ser
fechado para instalação de lazer e recreação coletiva.

TAXA DE OCUPAÇÃO - É a área máxima permitida para a projeção horizontal da


edificação;

TAXA DE PERMEABILIDADE - É a área descoberta e permeável do terreno, em


relação a sua área total, dotada de vegetação que contribua para auxiliar na
absorção das águas pluviais.

TESTADA - É toda a extensão do lote coincidente com o logradouro público. O


mesmo que alinhamento.
69

USO COMERCIAL - É a utilização de uma determinada edificação para atividades


de caráter comercial.

USO INDUSTRIAL - É a utilização de uma determinada edificação para atividades


de caráter industrial.

USO INSTITUCIONAL - É a utilização de uma determinada edificação para


equipamentos de uso comunitário.

USO MISTO - É a utilização de uma determinada edificação para uso residencial e


não residencial, concomitantemente.

USO RESIDENCIAL - É a utilização de uma determinada edificação exclusivamente


para habitação. Pode ser unifamiliar (apenas uma unidade) ou multifamiliar (mais de
uma unidade).

VARANDA - Área aberta com peitoril ou parapeito de altura de 1,20 m (um metro de
vinte centímetros).

ZELADORIA - Conjunto de compartimentos destinados à utilização dos serviços de


manutenção da edificação.
70
ANEXO I - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais
Parâmetros Urbanísticos segundo Usos

RESIDENCIAL USO COMERCIAL - VAREJISTA, ATACADISTA

CARACTE- UNIFAMILIAR MULTIFAMILIAR E SERVIÇOS INCLUSIVE COLETIVOS USO INDUSTRIAL


Baixa Densidade- mais de
RÍSTICAS até 4 pavimentos ZPAM até 8 pavimentos 8 pav. até 3 pav. até 5 pav. 5 ou mais pav. ZAE 1
ZUR -
ZUR 1 SOC. ZUR 2 ZUR 3A 1 2 3 ZUR 3B ZCA ZCA ZC ZAE ZC ZAE ZC ZAE Peq. Porte Méd. Porte Gra. Porte
Lotes com Decliv 2000 1000
< 30% 300 m² 200 m² 420 m² 360 m² 4000 m² m² m² 600 m² 600 m² 1000 m² 360 m² 450 m² 600 m² 800 m² 1200 m² 1800 m² 360 m² 2500 m² 5000 m²

Lote

mínimo Lotes com


3000 1500
30%<Decliv<=47% 360 m² 240 m² 550 m² 450 m² 6000 m² m² m² 800 m² 800 m² 1500 m² 600 m² 600 m² 800 m² 1000 m² 1800 m² 2500 m² 500 m² 3000 m² 8000 m²

Frente Mínima 10 m 10 m 14 m 12 m 50 m 30 m 20 m 15 m 15 m 20 m 12 m 15 m 15 m 20 m 20 m 30 m 12 m 40 m 60 m

Recuos Frente 3m 3m 3m 3m 4m 4m 4m 4m 4m 5m 3m 3m 3m 3m 5m 5m 3m 8m 10 m
0,5 + 0,5 +
mínimos Lateral 1,5 m 1,5 m 2m 1,5 m 4m 4m 4m h/6m h/6m 1+ h/6m 1,5 m 2m 2m 3m 2m 3m 1,5 m 5m 5m
0,5+ 0,5 +
Fundo 1,5 1,5 1,5 1,5 4m 4m 4m h/6m h/6m 1 + h/6m 1,5 m 1,5 m 2m 2m 3m 3m 2,5 m 5m 10 m

Taxa de
Ocupação - TO 0,5 0,5 0,5 0,5 0,3 0,3 0,3 0,5 0,5 0,65 0,60 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6

Coeficiente de

Aproveit. - CA 1,0 1,5 1,0 1,7 0,5 0,6 0,8 1,7 1,7 1,7 1,5 1,2 1,5 1,2 1,5 1,2 1,2 1,2 1,2

Lotes com

Taxa de Decliv < = 30% 0,25 0,25 0,25 0,20 0,50 0,50 0,50 0,30 0,30 0,30 0,25 0,30 0,25 0,30 0,25 0,30 0,20 0,20 0,2

Permea Lotes com


biIidade 30%<Decliv<=47% 0,35 0,35 0,4 0,35 0,60 0,60 0,60 0,50 0,50 0,50 0,35 0,40 0,35 0,40 0,35 0,45 0,30 0,30 0,40
Condomínio

Urbano Permite Permite Permite Permite X X X X X X Permite X X X X X X X X


Fração
Ideal X X X X X X X X 60 m² 60 m² 60 m² X X X X X X X X X
mínima
de
Terreno/
Unidade
Categoria
de Uso X X X X X X X X X X X 1e2 1e2 1,2 e 3 1,2 e 3 1,2 e 3 1,2 e 3 X X X

Comercial
Serviços

OBS: A altura máxima de construção na divisa, para áreas residenciais e comerciais será de 5m.
71

Anexo II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais

Macro Zona Macro Zona Macro Zona de Macro Zona de


Uso
ZEIS ADE Macro Zona Macro Zona Pref. Residencial Pref. Residencial Uso e Ocupação Preferencial ZPAM ADE Grande Uso
Predom. Predom.
Área Central Unif. Multif. Unifamiliar Multifamiliar Especial Programado Industrial Angicos Especial
ZUR 1 ZUR 1 ZUR Social ZUR 2 ZCA ZUR 2

Parâmetros ZUR Social ZUR Social ZUR 3B ZUR 3 ZUR 2 ZUR 3A ZUR 2 Parâmetros

Uso Permitido serão definidos ZUR 2 ZUR 2 ZCA ZUR 3A ZUR 3B ZAE1 ZPAM 1,2 e 3 ZUR 3A serão definidos

em legislação ZUR 3A ZUR 3 ZCB ZUR 3B ZCA em legislação

específica ZUR 3B ZUR 2 ZAE ZC específica

ZC ZC ZAE

ZC A ZAE 1

Uso Permitido Parâmetros Parâmetros

com serão definidos ZAE 1 - ZAE 1 - ZAE 1 ZUR Social ZUR 2 - ZUR 3B serão definidos

Condicionantes em legislação ZAE ZAE ZUR 1 ZUR 3B ZC em legislação

específica específica

Parâmetros Parâmetros

Uso Proibido serão definidos Demais Demais Demais Demais Demais Demais Demais Demais Demais serão definidos

em legislação Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos Zoneamentos em legislação

específica específica

OBS: Os Usos do Macrozoneamento correspondente ao Uso Especial Institucional, Ampliação de Uso Especial e Uso Institucional, serão
objeto de Legislação Específica
Os Usos permitidos para cada Zoneamento podem ser todos os indicados nesta tabela.

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