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LEI COMPLEMENTAR Nº.

014
Dispõe sobre o SISTEMA VIÁRIO URBANO E RURAL DO MUNICÍPIO DE ASSIS
CHATEAUBRIAND, e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE ASSIS CHATEAUBRIAND, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu Prefeita Municipal, sanciono a seguinte Lei;

CAPITULO I

DAS DISPOISÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A presente tem por objetivo a hierarquização das vias urbanas e rurais do
Município de Assis Chateaubriand, bem como as suas implantações.

Art. 2º. Fica identificada a função principal das vias de circulação urbanas e rurais e
estabelecidas diretrizes para atender prioritariamente a esta função.

Art. 3º. Fica estabelecido o Sistema Viário Urbano básico da sede do Município,
consoante mapa anexo.

§ 1º. Fica estabelecido o Sistema Viário principal nas áreas urbanas ainda não
urbanizadas, consoante mapa anexo.

§ 2º. Os projetos de loteamentos deverão respeitar o traçado, dimensões e


especificações destas vias projetadas.

CAPITULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º. Para efeito de aplicação da presente Lei, são adotadas as seguintes
definições:

I – Vias urbanas principais: São aquelas localizadas dentro do perímetro urbano da sede e que visam atender a necessidade de
circulação de veículos em boa condição de tráfego contínuo e de estacionamentos e paradas;

II – Vias urbanas coletoras: São aquelas localizadas dentro do perímetro urbano e que visam atender a necessidade de
estacionamento e circulação de veículos, sem fluxo contínuo e velocidade reduzida;

III – Vias urbanas locais: São aquelas localizadas na área urbanizada da cidade e que visam atender com prioridade a circulação de
pedestres e o tráfego local de bairro com velocidade reduzida;

IV – Ciclovias: São vias destinadas à circulação exclusiva de ciclistas;

V – Via Paisagística: São as vias projetadas no entorno do Horto Florestal e fundo de vale do Córrego Baiano, que visam atender com
prioridade a circulação de pedestres e a utilização da via como espaço de lazer;

VI – Estradas Rurais principais: São as vias de ligação entre os distritos e patrimônios e também aquelas que ligam os distritos e
patrimônios à sede do município, consoante mapa de Sistema Viário Rural Municipal;

VII – Estradas Rurais secundárias: São todas as demais que não se enquadram na definição do item VI;

VIII – Leito Carroçável: Largura de uma estrada rural ou via urbana, destinada à circulação de veículos e pedestres, medida
ortogonalmente ao seu eixo;

IX – Faixa de domínio: Faixa do terreno não edificável de domínio público, ao longo das estradas, medida a partir do eixo destas e
ortogonalmente a este eixo nos dois lados do mesmo;

X – Passeio: Área das vias urbanas, destinada à circulação de pedestres;

XI – Faixa não edificável: Área do terreno de domínio público onde não será permitida qualquer edificação.

CAPITULO III

DAS VIAS URBANAS


Seção I

Das Funções das Vias Urbanas

Art. 5º. As vias locais devem atender com prioridade a circulação de pedestres,
compatível com sua utilização para a implantação de edificações residenciais e para a utilização da rua como espaço de lazer onde a
baixa velocidade de tráfego é desejável.

Art. 6º. As vias coletoras devem atender a necessidade de estacionamento de


veículos e circulação de veículos sem fluxo contínuo e velocidade reduzida.

Art. 7º. As vias principais devem atender a necessidade de circulação de veículos


leves e pesados com boa condição de tráfego e fluxo contínuo e de estacionamento e paradas de ônibus. Deve-se prever a destinação
de áreas para estacionamento e baías para ônibus.

Art. 8º. As ciclovias devem atender a circulação exclusiva de ciclistas e pedestres.

Art. 9º. A via paisagística deve atender prioritariamente a circulação de pedestres e


sua utilização como espaço de lazer.

Seção II

Dos parametros geometricos das Vias Urbanas

Art. 10º. As vias urbanas, de acordo com a sua classificação deverão atender o que
segue:

I – Largura mínima das vias:

Vias Locais: 16,00m;

Vias Coletoras: 20,00m;

Vias Principais: 1. Ruas: 22,00m;

2. Avenidas: 40,00m.

II – Largura mínima do leito carroçável:

Vias Locais: 8,00m;

Vias Coletoras: 12,00m;

Vias Principais: 1. Ruas: 12,00m;

2. Avenidas: 8,00m.

III – Largura do passeio:

Vias Locais: 4,00m;

Vias Coletoras: 5,00m;

Vias Principais: 5,00m.

Art. 11º. Não serão permitidas ruas sem saída (cul- de- sac).

Art. 12º. A rampa máxima das vias de circulação não poderá ser superior a 12%
(doze por cento).

Parágrafo Único. Para rampas máximas superiores a 12% (doze por cento), as vias deverão obedecer o que diz a alínea “a”, item VIII
do Artigo 6º da Lei de Loteamentos.

Art. 13º. Nas vias pavimentadas as inclinações dos perfis geométricos transversais
do leito carroçável, deverão ser de 2 a 3%.

Art. 14º. Nos passeios a inclinação dos perfis geométricos transversais, deverão ser de 2% (dois por cento).
Seção III

Da classificação das Vias Urbanas

Art. 15º. As vias são classificadas em seus trechos, no todo ou em parte, consoante
mapa do Sistema Viário, como:

I – Vias Principais: Radial Sul, Av. Itália, Av. D. Pedro II, Av. Radial Leste, Av. México, Av. Sequicentenário, Av. São Paulo (Jardim
Progresso), Av. Londrina, Av. Tupãssi, Av. Brasil, Estrada Verde, Ramal H, Av. Princesa Isabel, Via Projetada “A”, Via Projetada “B”, PR-
317, PR-486, PR-364, PR-239 e Estrada de Ligação à Terra Nova e Ramal I;

II – Vias Coletoras: Marginais das PRs 317, PR-364, PR-486 e PR 239, Av. Tupãssi, Av. Londrina, Av. Brasil, Av. São Paulo (Plano
Piloto), Av. Pioneiros, Av. do Bosque, Av. Dom Pedro II, Rua Alberto Lopes, Rua Duque de Caxias,

Rua Desembargador Munhoz de Melo, Rua das Rosas, Rua Canadá, Rua Vila Velha, Ramal “O”, Largo Santa Sé, Rua Porto Rico, Rua São
Miguel, Rua Assis Chateaubriand, Ramal “N”, Ramal “H”, Rua Projetada “C”, Rua Projetada “D”, Rua Projetada “E”, Rua Rio Grande do
Norte, Rua José Cavalier, Rua Rio Branco e Rua Sergipe;

III – Via Paisagística: Via Projetada “F”, Via Projetada “G”, Rua Rolândia e Rua Piquirí;

IV – Ciclovias: Projetadas nos canteiros centrais das Avenidas: D. Pedro II, Tupãssi e Brasil;

V – Vias Locais: todas as demais.

Seção IV

Da Implantação das Vias Urbanas

Art. 16º. A implantação das vias deverá ser a mais adequada às condições locais do
meio físico em especial quanto a otimização das obras de terraplanagem necessárias a abertura das vias e implantação das edificações.

Art. 17º. As vias deverão acompanhar as curvas de nível do terreno e evitar


transposição de linhas de drenagem natural ou córregos.

Art. 18º. Devem ser evitados remoção de vegetação e a implantação de obras de


terraplanagem junto a córregos e linhas de drenagem natural.

Parágrafo Único. Entende-se por linhas de drenagem natural, as feições topográficas em que ocorre uma concentração do fluxo das
águas pluviais independente do fluxo ter caráter permanente ou não.

CAPITULO IV

DAS ESTRADAS RURAIS

Seção I

Da função das Estradas Rurais

Art. 19º. As estradas de que trata o presente Capítulo são as que integram o
Sistema Rodoviário Rural do Município e que servem de livre trânsito, dentro do território do Município.

Art. 20º. As estradas rurais principais devem atender a circulação de veículos,


pedestres, animais, e ter como função, a ligação entre distritos, patrimônios e também a ligação dos distritos e patrimônios com a sede
do Município.

Art. 21º. As estradas rurais secundárias devem atender a circulação de veículos,


pedestres e animais e ter como função o acesso às estradas principais, distritos, patrimônios e à sede do município.

Seção II

Da Classificação das Estradas Rurais

Art. 22º. As estradas rurais municipais ficam assim classificadas em seus trechos,
consoante mapa do Sistema Viário Rural do Município:
I – Estradas Rurais Principais: Estrada Alívio, Estrada Verde, Ramal Ipacaraí, Estrada Tupãssi, Estrada Japi, Estrada Barreiro, Ramal
Peixe, Ramal Salina, Ramal Luar, Estrada São Pedro, Estrada Nice/ Encantado, Estrada Encantado/ São Pedro, Estrada São Pedro/
Bragantina, Estrada Circular, Ramal “248”, Estrada São Pedro/ Vila Pérola, Estrada Assis/ Toledo, Estrada Assis/ Terra Nova, Estrada
Terra Nova/ Brasilândia, Estrada Encantado / Palotina e Estrada Nice/ Palotina;

II – Estradas Rurais Secundárias: Todas as demais.

Seção III

Dos parametros geométricos das Estradas Rurais

Art. 23º. Quanto a sua construção, as estradas rurais municipais obedecerão,


ressalvadas normas técnicas em contrário, as seguintes características:

I – Estradas Principais:

Faixa de domínio – 20,00m;

Leito Carroçável – 10,00m.

II – Estradas Secundárias:

Faixa de domínio – 20,00m;

Leito Carroçável – 7,00m.

CAPITULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24º. É expressamente proibido fechar, estreitar, mudar ou de qualquer modo


dificultar a servidão pública das estradas e vias urbanas sem prévia licença da Prefeitura Municipal.

Art. 25º. Faz parte integrante e complementar a esta Lei o mapa do Sistema Viário
Rural e o mapa do Sistema Viário Urbano.

Art. 26º. As estradas estaduais dentro do território do município, obedecerão as


normas e parâmetros técnicos do D.E.R. (Departamento de Estradas e Rodagem).

Art. 27º. A conservação e manutenção das estradas rurais deverão obedecer a Seção
II, Capítulo VI do Código de Posturas Municipal.

Art. 28º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

PAÇO MUNICIPAL “PREFEITO OSVALDO LAGHI”, aos 17 de maio de 2007.

Dalila José de Mello

Prefeita Municipal

Jorge Eduardo Kyogiro Watanabe

Secretário de Administração Geral,

Fazenda e Controle Fiscal

Ref.: Proj. de Lei Complementar nº. 007/2006

Autor: Poder Executivo

SGEM/fo/zlo

INTEC/f

Anexo I

MAPA DE SISTEMA VIÁRIO – SEDE


Anexo II

MAPA DE SISTEMA VIÁRIO – DISTRITOS E PATRIMÔNIOS

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