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E. W.

Kenyon e Don Gossett

Sua Palavra
é agora
©2016, E. W. Kenyon e Don
Gossett
EDITORA VIDA Originalmente publicado nos
Rua Conde de Sarzedas, 246 – EUA com o título His Word Is
Liberdade Now
CEP 01512-070 Copyright da edição brasileira
– São Paulo, SP ©2017, Editora Vida Edição
Tel.: 0 xx 11 2618 7000 publicada com permissão de
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www.editoravida.com.br Kensington, Pennsylvania,
EUA)

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PROIBIDA A REPRODUÇÃO
POR QUAISQUER MEIOS,
Editor responsável: Gisele SALVO EM BREVES
Romão da Cruz Santiago CITAÇÕES, COM
Assistente editorial: Amanda INDICAÇÃO DA FONTE.
Maiara Santos
Tradução: Onofre Muniz Todos os grifos são do autor.
Revisão de Tradução: Sônia
Freire Lula Almeida ■
Revisão de provas: Josemar
de Souza Pinto Scripture quotations taken
Diagramação: Claudia Fatel from Bíblia Sagrada,
Lino Nova Versão Internacional,
Capa: Arte Peniel NVI ®.
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Todas as citações bíblicas e de
terceiros foram
adaptadas segundo o Acordo
Ortográfico da
Língua Portuguesa, assinado
em 1990,
em vigor desde janeiro de
2009.

1. edição: out. 2017

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Kenyon, E. W., 1867-1948
Sua Palavra é agora / E. W. Kenyon e Don
Gossett ; [tradução Onofre Muniz]. -- São Paulo :
Editora Vida, 2017.

Título original: His word is now.


ISBN: 978-85-383-0359-6
1. Redenção - Cristianismo - Meditações 2.
Saúde - Aspectos religiosos - Cristianismo -
Meditações 3. Saúde espiritual - Meditações I.
Gossett, Don. II. Título.

17-06398
CDD-248.4

Índice para catálogo sistemático: 1. Redenção :


Cristianismo 248.4
Sumário

Parte um: A redenção é agora

1. O Jesus do agora
2. Além do nosso nariz
3. Algo que sabemos
4. Revelação de Deus ao apóstolo Paulo
5. Esta é minha hora de poder
6. Debaixo estão os braços eternos
7. O que confesso, eu possuo
8. “O Pai celestial”
9. A Grande Comissão
10. salvação está no Cristo entronizado
11. Alimentando-se da Palavra
12. Confissão para a salvação
13. Eu o livrarei
14. O sumo sacerdócio de Jesus
15. Nenhuma palavra torpe
16. Deus é Deus de fé
17. As pequenas coisas
18. Minha lista “Nunca mais”
19. Os dois tipos de conhecimento
20. O livro dos milagres
21. O Pai não tem favoritos

Parte dois: A cura é agora

22. Deus não é maravilhoso?


23. Jesus precisa suportar nossos pecados
novamente?
24. Não diga que não pode quando Deus diz que
você pode
25. A ansiedade destrói a eficiência
26. Deus cura?
27. O método de Deus curar bebês em Cristo
28. Pró-memória da cura
29. Métodos de cura
30. Grande alegria na cura
31. Cura na redenção
32. Como permanecer doente
33. Restabelecido em Cristo
34. Do alto da cabeça à sola dos seus pés
35. A origem da doença
36. A língua do sábio é saúde
37. >O problema da doença
38. Uma visão das marcas das feridas
39. Destruindo as obras do Diabo
40. Vítima de acidente de trem
41. A vida abundante
42. Palavras de vida: “Por suas feridas, eu sou
curado”
43. Jesus e seu nome são um
44. O valor da confissão
45. Pelas suas feridas fomos curados
46. A palavra viva
Sobre os autores
Parte um
A redenção é agora
1

O Jesus do agora

E. W. Kenyon

Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para


sempre.
Hebreus 13.8

A palavra “Jeová” tem três tempos — passado,


presente e futuro. Da mesma forma, existem três
tempos na redenção: o que Deus fez, o que ele está
fazendo e o que ele fará. O que ele foi, ele é. O que
ele é agora e será amanhã.
A característica mais singular disto é que a Palavra
que ele falou lá atrás é agora. Por isso, você pode
ver que sua Palavra é atual.
Ela está viva agora. É oficial agora. Ela tem poder
para salvar agora; tem poder para curar agora.
O texto de Êxodo 16.14-20 registra a história da
provisão do maná. O maná tinha de ser recolhido a
cada manhã e, se uma parte fosse deixada para o dia
seguinte, tornava-se azeda e imprópria para o
consumo.
E assim é com a Palavra. Ela precisa ser estudada
diariamente, meditada diariamente e ingerida
diariamente, ou então perderá seu poder.
Os israelitas não podiam estocar o maná. Não
podiam preservá-lo. Não podiam secá-lo. Somente
era bom por um dia. Como essa ideia é intrigante.
Suas experiências em Cristo são da mesma forma.
As experiências de ontem não têm valor agora.
Muitos de nós tentamos preservar nossas
experiências. Isso não pode ser feito.
Além disso, Jesus é o Jesus do “agora”. Ele está
agindo agora; ele é agora. Quando ele disse: “[…]
meu Pai dará a vocês tudo o que pedirem em meu
nome” (João 16.23b), foi para durar até que ele
volte.
Quando ele disse: “[…] em meu nome […]
imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão
curados” (Marcos 16.17,18), isso foi para
permanecer até que ele volte.
Sua Palavra é tão recente como se tivesse sido
dita ontem.
Quando ele disse: “[…] se dois de vocês
concordarem na terra em qualquer assunto sobre o
qual pedirem, isso será feito a vocês”
(Mateus 18.19), isso é tão novo e recente como
se tivesse sido pronunciado esta manhã.
“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vocês, pedirão o que
quiserem, e será concedido” (João 15.7) é tão
recente como se Jesus o tivesse dito há uma hora.
Nenhuma Palavra de Deus envelhece, pois tem
um frescor perene. Renova-se continuamente.
2

Além do nosso nariz

Don Gossett

Se tivermos de ser fiéis à Grande Comissão de


Jesus, precisamos permitir que o Espírito Santo nos
dê uma visão além do óbvio. Com isso, eu quero
dizer que não é suficiente estar satisfeitos em
ministrar só em “Jerusalém”. Se não resistirmos,
lamentarmos ou apagarmos o Espírito Santo,
certamente receberemos sua visão para os não
alcançados em outras nações do mundo.
Em meus primeiros anos na obra do Senhor,
foquei a atenção unicamente no ministério no
Canadá e nos Estados Unidos. Que incontestável
agitação houve em meu coração quando o Espírito
Santo revelou minha responsabilidade para com
outros países.
Seguindo a direção do Senhor, colocamos nosso
programa diário de rádio, Bold Bible Living [Vida
cristã audaz], na Rádio Transmundial e começamos
a transmitir o evangelho em 89 nações.
Não demorou muito e começamos a receber
convites para dirigir cruzadas evangelísticas.
Lembro-me muito bem da emoção e do desafio
que minha esposa e eu sentimos quando entramos
num jumbo da Air Canada em Vancouver para
nossas primeiras cruzadas no exterior em uma Além
do nosso nariz ilha no oceano Índico ocidental. Eu
estava muito animado e esperava ser poderosamente
usado por Deus.
Quando descemos do avião, fomos recebidos com
as explosões iniciais de calor e umidade. Pouco
poderíamos ter previsto quanto aos difíceis testes
que experimentaríamos nos dias seguintes.
Imediatamente, meu corpo físico começou a
reagir violentamente. Comecei a ter hemorragia,
acompanhada de febre alta, arrepios e tremores.
Durante vários dias, fiquei entre delírio e
consciência.
Os pastores locais concordaram em adiar nossa
primeira cruzada.
Certa tarde, Joyce ouviu uma forte batida na
porta do nosso quarto de hotel. Ela abriu
rapidamente a porta e o gerente do hotel entrou,
examinou o mosquiteiro e me viu na cama numa
poça de suor e sangue. Bruscamente, ele exigiu que
minha esposa me retirasse do hotel, afirmando
enfaticamente: — Não quero que este homem morra
no meu hotel!
Infelizmente, fomos obrigados a reservar os
nossos voos de volta para Vancouver. Não entendi
por que havíamos encontrado tais adversidades e
fracasso. Um profundo senso de derrota me
esmagou. Eu nem sequer havia pregado um único
sermão ou levado uma alma a Cristo.
Quando o jato da Air Canada pousou em
Vancouver, voltei-me para minha esposa, tomei sua
mão e me comprometi a jamais levá-la para fora do
país. Abatido, eu disse: — Querida, tentamos fazer
o melhor, mas não deu certo.
Jamais sairemos dos Estados Unidos
novamente…
Eu estava tão humilhado que nem sequer informei
nossos filhos ou a igreja que estávamos voltando
para casa. Em vez disso, Joyce e eu alugamos um
carro no aeroporto e fomos para casa. Após seis
semanas de batalhas físicas, a hemorragia finalmente
parou. Logo, voltamos à rotina com a família e a
igreja.
Mas a visão pelos perdidos em outros países ainda
ardia no nosso espírito. Em um ano, nosso coração
estava em chamas com o fogo e o zelo pelo
evangelismo missionário.
Embora eu tivesse dito à minha esposa que nunca
mais sairíamos dos Estados Unidos, fomos para o
exterior — dezenas e dezenas de vezes. Deus nos
abençoou muito; milhares incontáveis de pessoas
preciosas receberam nosso ministério ao
proclamarmos Cristo em 55 nações.
Se Deus tem posto uma responsabilidade no seu
coração para com as nações do mundo, a fim de ver
a redenção do Senhor chegar aos confins da terra,
eu ofereço estas sugestões a você:
1. Obtenha a direção de Deus. Faça a oração de
oito palavras tornada famosa por Saulo de Tarso em
Atos 9.6: “Senhor, que queres que faça?” ( Almeida
Revista e Corrigida). Se o seu coração for
submisso, o Espírito Santo dará orientação.
2. Obtenha provisão para a visão. Meu querido
amigo C. M. Ward disse certa vez: “Depois da
salvação, o dinheiro é seu melhor amigo”. Viajar
para o exterior e financiar cruzadas eficazes para a
glória de Deus geralmente requer milhares de
dólares; mas, para onde Deus manda, ele provê!
3. Seja arrojado e destemido! Há mais de
quarenta anos, quando trabalhei com T. L. Osborn,
ele generosamente me transmitiu muitos princípios
maravilhosos sobre levar o evangelho ao redor do
mundo. Nunca me esquecerei de um de seus
memorandos manuscritos com esta admoestação de
duas palavras: “Seja destemido!”.
Este é um conselho tão bom agora quanto foi nos
anos 1960. Seja ousado em seu ministério entre
aqueles que estão limitados pelo pecado, pela
doença, pelos demônios e pelo medo.
4. Espere grandes coisas de Deus; tente grandes
coisas para Deus. Este era o lema de vida do
primeiro missionário dos tempos modernos, William
Carey. À medida que recebemos grandes coisas de
Deus pela sua Palavra e por seu Espírito, então
podemos tentar grandes coisas para Deus.
Na primavera de 1979, fui convidado para o
programa de televisão do doutor Lester Sumrall. Ao
ser entrevistado pelo irmão Sumrall, o Senhor me
desafiou a ganhar 1 milhão de almas para Cristo
antes que meu ministério terminasse aqui na terra.
Quando compartilhei essa visão com minha família e
amigos, ninguém me encorajou. Alguns me
criticaram por esse encontro com Deus.
Um milhão de almas parecia totalmente
impossível. Contudo, eu sabia que o Senhor tinha
falado comigo. Para encorajar pessoalmente meu
próprio coração, escrevi estas palavras em meu
diário: “Preferiria tentar algo grande e falhar a não
tentar nada e ter sucesso.
Com sua ajuda, Pai, farei o meu melhor!”.
No final d e 1 979, o Senhor abriu-me as portas
da Índia.
Realizar cruzadas evangelísticas na Índia durante
grande parte dos vinte e três anos que se seguiram
foi o plano de Deus para cumprir essa visão de
ganhar milhões de almas.
Se você receber e aceitar sua parte no plano de
Deus para o evangelismo mundial, o Senhor
levantará seu olhar para além do próprio nariz.
Então você poderá ajudar a responder à admirável
oração de Jesus em que pede por trabalhadores,
conforme registrado nos quatro Evangelhos: Vocês
não dizem: “Daqui a quatro meses haverá a
colheita”?
Eu digo a vocês: Abram os olhos e vejam os
campos! Eles estão maduros para a colheita (João
4.35).
3

Algo que sabemos

E. W. Kenyon

O testemunho pessoal de Paulo me emociona.


Ele disse: “[…] não me envergonho, porque sei
em quem tenho crido e estou bem certo de que
ele é poderoso para guardar o que lhe confiei
até aquele dia”
(2Timóteo 1.12).

Veja, isso põe o senso de domínio no espírito de


um homem, onde a razão não pode mover-se,
porque o caminho é escuro. O espírito tem uma luz
interior, e essa luz interior está brilhando sobre a
Palavra que não pode desapontá-lo.
Vocês se lembram do que Jesus disse: “Se alguém
me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o
amará, nós viremos a ele e faremos morada nele”
(João 14.23).
Isso não significa que ele vive apenas na casa; ele
também vive no coração. O Pai e Jesus são os meus
apoiadores, meus provedores, meus doadores.
Ora, Jesus foi feito sabedoria de Deus para mim
(cf. 1Coríntios 1.30). Eu tenho mais sabedoria do
que qualquer inimigo. Eu tenho mais habilidades.
Isso veio a mim quando recebi sua natureza e vida
em meu espírito. Estou deixando que a natureza me
domine.
Tenho amor que me torna num dominador, num
conquistador. Sua própria natureza amorosa me
tirou do ciúme amargo e do egoísmo. Ele nos deu
um novo eu, ele mesmo; uma nova natureza, sua
natureza; e novas habilidades, suas habilidades. Elas
nos engoliram. Elas nos dominam em Cristo.
Veja, o espírito de um homem primeiramente é
posto em ação, e em seguida suas faculdades
racionais são dominadas pelo medo.
É como um exército que perdeu seus oficiais — o
pânico o agarra.
Agora, quando esse homem interior, seu espírito
interior, está em união com Deus, as faculdades de
raciocínio podem perder o equilíbrio e ficar cheias
de pânico, mas o espírito ainda é quem controla.
Embora estejamos cheios de medo exterior, há uma
coragem interior que nos leva a vencer. Muitos
rapazes me disseram: “Sim, fiquei assustado, fiquei
cheio de medo e, no entanto, a sensação de vitória
estava em meu espírito, e isso era verdade”.
Assim, “em todas estas coisas somos mais que
vencedores”
(Romanos 8.37). Podemos ver homens
derrotados e fracassando ao nosso redor, mas não
podemos ser derrotados.
Diga várias vezes: “Não posso ser vencido porque
Deus está em mim, e ninguém pode vencer a Deus”.
4

Revelação de Deus ao apóstolo


Paulo

E. W. Kenyon

Na revelação de Deus a respeito de Jesus Cristo


ao apóstolo Paulo, vemos o elemento sobrenatural
do cristianismo em uma luz que a Igreja moderna
jamais viu.
A revelação a Paulo começou com Jesus sendo
feito pecado. Tratou tanto do que Jesus fez como do
que lhe foi feito durante os três dias e três noites em
que esteve morto, até que, finalmente, ele
ressuscitou dentre os mortos, levou seu sangue ao
Lugar Santíssimo e sentou-se à direita do Pai. Esse
período abrangeu os 40 dias desde sua crucificação
até que se assentou à direita do trono da Majestade
nos céus.
Trata-se de três fatos principais: a grande
substituição de Cristo, nosso ser tornando-se nova
criação por meio do Espírito Santo, a Palavra, e o
que Jesus está fazendo por nós agora à direita do
Pai. Olhemos para o que Cristo fez por nós.
O que Cristo fez por nós É muito importante
que o leitor entenda perfeitamente esses fatos
básicos. Cristo só ressuscitou após ter quebrado o
domínio de Satanás. Era imperativo que a
autoridade de Satanás sobre o homem fosse
rompida: Pois ele nos resgatou do domínio das
trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho
amado, em quem temos a redenção, a saber, o
perdão dos pecados (Colossenses 1.13,14).
Deus nos libertou da autoridade de Satanás. A
palavra traduzida por “domínio” aqui significa
“autoridade”. Deus nos libertou da autoridade das
trevas.
Então ele nos transportou para o reino do Filho
do seu amor.
Esse é o novo nascimento. Isso é recriação.
Temos a nossa redenção.
Todo crente foi libertado da autoridade de
Satanás e transportado para a família de Deus. Ele é
redimido por meio de Cristo, e Satanás não tem
mais domínio sobre ele.
“Pois o pecado não os dominará” (Romanos
6.14).
O pecado é Satanás. Satanás não dominará sobre
você. Ele não tem mais domínio sobre o crente do
que o faraó teve sobre os filhos de Israel depois que
atravessaram o mar Vermelho.
Satanás não tem mais domínio sobre você. Ele já
não pode colocar enfermidades sobre você sem o
seu consentimento. Pode ser um consentimento de
ignorância, mas é um consentimento.
Satanás está derrotado, foi vencido no que se
refere a você. Ele não está apenas vencido, mas
Deus fez de você uma nova criação sobre quem
Satanás não tem nenhum domínio: Portanto, se
alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas
antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!
Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou
consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação (2Coríntios 5.17,18).
As “coisas antigas” que passaram são derrota,
fracasso, fraqueza, pobreza, pecado e morte
espiritual. Somos nova criação, e Jesus é o nosso
Senhor. Ele arrebatou o lugar de Satanás, de modo
que Satanás já não tem domínio sobre você. Você
não precisa ter medo dele, pois ele foi vencido.
O Espírito, através do apóstolo Paulo, nos fala
sobre a posição da igreja. Ele disse: “Mas em todas
estas coisas somos mais que vencedores” (Romanos
8.37).
Nós temos uma redenção completa e perfeita.
Essa nova criação não só foi declarada justa e feita
justa, mas tanto Deus como Jesus a declararam
justa.
Justiça significa a capacidade de permanecer na
presença do Pai sem um sentimento de culpa e com
o mesmo privilégio e liberdade que Jesus tem.
Romanos 3.26 ( Almeida Revista e Atualizada)
declara: “para ele mesmo ser justo e o justificador
daquele que tem fé em Jesus”.
Deus tornou-se sua justiça em Cristo Jesus. As
Escrituras dizem que Deus fez que Jesus fosse
justiça para você (cf. 1Coríntios 1.30). Este é um
fato extraordinário. Ele, porém, não para por aí.
Paulo disse: “Deus tornou pecado por nós aquele
que não tinha pecado, para que nele nos
tornássemos justiça de Deus”
(2Coríntios 5.21).
Se a linguagem significa alguma coisa, então cada
crente está completo em Cristo: “[…] e, por estarem
nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade,
vocês receberam a plenitude” (Colossenses 2.10).
“Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre
graça” (João 1.16).
O crente não é um pedinte servil, mendigando
favores. Ele é um filho de Deus, um herdeiro de
Deus, um príncipe de Deus.
Ele permanece impassível e sem medo na
presença do Pai, porque foi feito justo com a própria
justiça de Deus, libertado com a própria liberdade de
Deus. O Filho libertou você (cf. João 8.36).
Na realidade, você é livre. A doença e a
enfermidade não têm domínio sobre você.
Se tivesse espaço, eu poderia mostrar que você
não está apenas redimido como uma nova criação e
justiça de Deus, mas que também é um filho de
Deus, um membro de sua família. Mais do que isso,
o Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos
realmente faz sua morada em seu corpo.
Talvez você nunca lhe tenha dado o lugar que é
dele, ou talvez nunca esteve consciente de que Deus
fez sua morada em você ou que você tinha a
capacidade de Deus. Talvez nunca tenha
aproveitado o fato de que a sua mente foi renovada
e de que agora pode, na realidade, conhecer a
vontade de Deus.
Você não apenas tem Deus, mas também tem o
nome de Jesus e a autoridade desse nome. Nesse
nome, se a dor vier, você pode colocar as mãos
sobre você mesmo e receber a sua libertação.
Nesse nome, você pode romper o poder do
Adversário sobre as suas finanças, a sua casa e os
corpos dos seus entes queridos.
Poder e autoridade ilimitados são dados a cada
membro individual do corpo de Cristo.
Alguns obstáculos à verdadeira fé Talvez as
armas mais sutis e perigosas do Diabo sejam o
sentimento de indignidade e falta de fé. Sua
dignidade é Jesus Cristo, o Justo. Você é justiça de
Deus nele. O sentido de indignidade é uma negação
do sacrifício substitutivo de Cristo e de sua posição
em Cristo, da justiça de Cristo diante do Pai, que foi
concedida a você.
O segundo obstáculo talvez seja o fato de você ter
aceitado a esperança e o consentimento mental em
vez da fé. Você nunca espera por uma coisa que
possui; espera pelo que não tem. Quando você
espera por sua cura, por exemplo, isso significa que
não tem fé para isso; você espera obtê-la algum dia.
A esperança é um delírio bonito, e o assentimento
mental é um parente da esperança. O assentimento
mental é um substituto para a fé que o Adversário
tem dado à Igreja hoje.
Muitos declaram que toda a Bíblia, de Gênesis a
Apocalipse, é verdadeira, mas não aceitam milagres,
exceto em casos isolados.
Eles concordam com a verdade da Palavra, mas
não acreditam nela.
Dizem: “Sim, eu acredito que a Bíblia é
verdadeira”, mas nunca agem com base nela.
Acreditar é agir com base na Palavra de Deus.
Não há fé sem ação.
Na versão Weymouth da Bíblia, Tiago diz que a fé
deve ter ações correspondentes: “A fé, se não é
acompanhada de ações correspondentes, está morta”
(Tiago 2.17), ou seja, a fé sem obediência prática
está morta.
Não pode haver fé sem ação na Palavra. Posso
concordar com ela, mas vou permanecer como sou.
Posso admirá-la, mas ela não é minha. Tão logo eu
descubra a diferença entre assentimento mental e fé,
torno-me uma bênção para multidões. Muitos foram
curados através do rádio quando pararam de assentir
mentalmente e agiram com base na Palavra.
Outro inimigo da fé é a evidência sensível do
conhecimento.
O homem acredita no que vê. É como Tomé, que
disse: “Não crerei, a não ser que eu possa colocar
minha mão em seu lado”
(cf. João 20.25).
Jesus apareceu repentinamente e disse: “Coloque
o seu dedo aqui […]. Estenda a mão e coloque-a no
meu lado. Pare de duvidar e creia” (João 20.27).
A fé dá substância às coisas que você esperava.
Trata-se de uma convicção da realidade das coisas
que não são vistas (cf. Hebreus 11.1). A fé
transforma a esperança em realidade e atua diante de
evidências contrárias. Os sentidos declaram: “Não
pode ser”, mas a fé grita mais forte que a desordem:
“Sim!”. A fé considera a coisa feita antes de Deus
ter agido. Isso impele a ação de Deus. Deus é um
Deus de fé.
Pela fé entendemos que o universo foi formado
pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê
não foi feito do que é visível. (Hebreus 11.3) Tudo
o que Deus fez no princípio foi dizer: “Haja…”, e
houve.
Tudo o que a fé tem a dizer é: “Que haja perfeita
quietude no corpo e no espírito deste homem”, e a
doença deve sair. A fé diz: “Que haja abundância
onde a pobreza tem reinado. Que haja liberdade
onde a escravidão tem dominado”. Essas coisas
devem acontecer.
5

Esta é minha hora de poder

Don Gossett

[…] de acordo com o seu poder que atua em


nós.
Efésios 3.20

Abaixo menciono declarações poderosas que o


lembrarão do poder que vive em você. Declare-as
quando você estiver temeroso ou preocupado,
quando estiver confuso, quando não souber o
caminho a percorrer. Deus vive e viverá sempre em
você.
1. Tenho poder “atuando em mim”, porque tenho
Deus dentro de mim. “[…] pois é Deus quem efetua
em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo
com a boa vontade dele” (Filipenses 2.13). Deus
está realmente trabalhando dentro de mim, isso eu
sei.
“Uma vez Deus falou, duas vezes eu ouvi, que o
poder pertence a Deus” (Salmos 62.11).
2. Eu tenho poder “atuando em mim” no
maravilhoso nome de Jesus. Jesus me autorizou a
usar a autoridade de seu nome (cf. João 14.13,14).
O nome de Jesus é o nome que está acima de todos
os nomes (cf. Filipenses 2.9). No poder do nome
dele, eu ministro cura aos doentes, expulso
demônios e exerço a autoridade de Cristo fazendo
suas obras (cf. João 14.12; Marcos 16.17; Atos
3.16).
3. Esta é a minha hora de poder para testemunhar
a Cristo com eficácia, pois ele me dotou de poder
para esse propósito (cf.
Atos 1.8; Lucas 24.49). Se sou uma testemunha
dotada de poder, não posso me contentar com uma
vida anêmica, deficiente, impotente. O Espírito de
poder que atua em mim revigora o meu corpo,
renova a minha mente, ampara-me na provação e
fortalece-me com ousadia ao testemunhar (cf.
Romanos 8.11; Atos 4.31).
4. Eu sei que “toda a autoridade nos céus e na
terra” (Mateus 28.18) foi dada a meu Senhor.
Agora, por seu Espírito que habita em mim, então
eu declaro com audácia: “Maior é aquele que está
em mim do que aquele que está no mundo” (cf.
1João 4.4). Através daquele Maior que me capacita,
desfaço as acusações de Satanás (cf. Apocalipse
12.10), rejeito a condenação (cf. Romanos 8.1),
recuso o medo (cf.
2Timóteo 1.7) e venço suas formas de assédio
(cf. 1Pedro 5.9).
5. Tenho poder “atuando em mim” quando
corajosamente confesso a Palavra. A Palavra é a
espada do Espírito que derrota Satanás. Quando eu
confesso a Palavra, são criados resultados
poderosos: cura, força, dinheiro e bênçãos.
6. Tenho poder “atuando em mim” quando louvo
o Senhor.
O louvor é poder liberado em direção a Deus que
traz dele uma poderosa resposta. O simples fato de
louvar o Senhor faz que coisas sobrenaturais
aconteçam o tempo todo: corpos curados, demônios
expulsos, paz restaurada a corações perturbados.
Oh, o poder do louvor! Deus está restaurando à
minha vida esse poder agora; eu o louvarei! Aleluia,
louvai o Senhor!
7. Esta é a minha hora de poder.
Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais
do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo
com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória
na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações,
para todo o sempre! Amém! (Efésios 3.20,21)
6

Debaixo estão os braços eternos

E. W. Kenyon

Eu não sabia que ele era o Apoiador, aquele que


ficaria com o meu fardo e carregaria a minha carga.
Eu era cristão havia anos. Eu estava me mantendo
firme e fazendo o melhor que podia. Estava me
rendendo, consagrando, entregando e cedendo tudo.
Mas eu nunca havia aprendido a levar tudo. Eu não
tinha aprendido a desfrutar da minha atual herança
nele.
Eu achava que era tão fraco e mau que tinha de
me consagrar e me render continuamente. Eu não
sabia que fora criado em Cristo Jesus para boas
obras, não percebia que era um participante da
natureza divina, que tinha a força de Deus em mim,
não sabia que ele tinha criado o Universo e feito sua
morada em meu corpo.
Então eu estava tentando lutar o melhor que
podia.
Eu costumava dizer: “Eu estou me mantendo
firme. A luta é dura — o Adversário está me
pressionando”. Eu não fazia ideia que debaixo de
tudo isso estavam os braços eternos, não sabia que
Satanás fora açoitado, vencido e derrotado por
aquele que me manteve firme. Eu não sabia que
meu Pai era maior que todos e que essa preciosa e
maravilhosa verdade estava velada ao meu coração.
Então eu vi e me perguntei por que estivera cego
por tanto tempo. Perguntei-me por que eu não tinha
visto tudo antes. Vi que eu estava andando com ele e
que ele sempre estava à minha frente quando vinha
o perigo. Eu vi os inimigos se espalharem e nunca
levantarem uma lança, espada ou dardo, porque o
Maior os tinha vencido e eles sabiam disso.
Mas eu não sabia.
Agora estou começando a conhecê-lo. Estou
começando a descansar em seu repouso; viver em
seu amor, em sua serenidade; a repousar no abraço
de sua força. Ele está me alimentando com o Pão do
céu, o maná do Poderoso. Ele me encorajou com o
vinho de sua própria criação, e eu estou contente!
7

O que confesso, eu possuo

Don Gossett

O que você confessa é o que possui. Aqui está


uma lista de declarações bíblicas a serem
confessadas: Primeiro, confesso Jesus como meu
Senhor; possuo a salvação (cf. Romanos 10.9,10.)
Em segundo lugar, confesso que pelas suas
pisaduras estou curado; sua cura está em mim (cf.
Isaías 53.5).
Terceiro, confesso que o Filho me libertou;
possuo liberdade absoluta (cf. João 8.36).
Quarto, confesso que o amor de Deus é
derramado em meu coração pelo Espírito Santo (cf.
Romanos 5.5); possuo a habilidade de amar todas as
pessoas.
Quinto, confesso que “os justos são corajosos
como o leão”
(Provérbios 28.1); possuo a coragem de um
coração de leão na guerra espiritual.
Sexto, confesso que Deus nunca me deixará nem
me abandonará (cf. Hebreus 13.5,6); tenho a
presença de Deus em cada passo que dou.
Sétimo, confesso que sou redimido do Senhor
(cf. Salmos 107.2); possuo os benefícios desse
resgate todos os dias.
Oitavo, confesso que a unção do Santo
permanece em mim (cf. 1João 2.27) e tem
resultados que destroem todo tipo de jugo (cf.
Isaías 10.27).
Nono, confesso em nome de Jesus que posso
expulsar demônios (cf. Marcos 16.17); possuo a
dinâmica da libertação que supera o Diabo.
Décimo, confesso que, quando eu puser minhas
mãos sobre os enfermos, eles se recuperarão (cf.
Marcos 16.18); recebi poder para curar os
oprimidos.
Décimo primeiro, confesso que sou um ramo da
Videira viva (cf. João 15.5); possuo a vida da videira
aonde quer que eu vá.
Décimo segundo, confesso que sou justiça de
Deus em Cristo (cf. 2Coríntios 5.21); possuo a
capacidade de permanecer livremente na santa
presença de Deus e como vencedor na presença de
Satanás!
Décimo terceiro, confesso que sou o templo do
Deus vivo (cf.
2Coríntios 6.16); Deus habita em mim e anda
comigo!
Décimo quarto, confesso que Deus suprirá todas
as minhas necessidades (cf. Filipenses 4.19); possuo
o suprimento a cada necessidade.
8

“O Pai celestial” “O Pai


celestial” “O Pai celestial”

E. W. Kenyon

“O Pai celestial” (Mateus 6.32) — como é


ternamente maravilhoso!
Outrora o Deus dos judeus estava longe demais,
mas não é assim hoje. Ele conhece minhas
necessidades. Ele as entende e as suprirá.
Jesus disse em João 10.27-29: “As minhas
ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas
me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais
perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha
mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do
que todos; ninguém as pode arrancar da mão de
meu Pai”.
“Meu Pai […] é maior do que todos” — como
isso eleva a alma! Precisamos muito desse fato
precioso e maravilhoso. O Pai nos ama, nos conhece
e cuida de nós. Ele é maior do que qualquer
problema que nos confronta e qualquer
circunstância que nos aprisiona. Ele é maior que a
pobreza e maior que os nossos inimigos.
Nosso Pai é maior do que qualquer coisa.
As lágrimas amargas, as tentações e o medo dos
problemas da vida — meu Pai é maior do que tudo
isso.
Como o meu coração se alegrou com esse fato!
Ao enfrentar todos os problemas financeiros do
nosso ministério nesta manhã, saber que meu Pai é
maior do que todos traz consolo.
Em João 16.27, lemos: “o próprio Pai os ama”.
Se uma mulher ama um homem e ele a ama, isso os
torna um. O amor faz duas pessoas serem uma. Da
mesma forma, o amor de Deus por mim e minha
resposta a ele nos tornam um.
Ele me ama. Ele vai cuidar para que eu não tenha
necessidades que vão me envergonhar, e me ajudará
a carregar minhas cargas.
Meu Pai me ama e deu seu Filho por mim. Seu
amor não é amor por uma multidão, mas amor
individualmente por mim. Eu não tenho que ter
medo da vida com um Amado como ele. Eu sei que
ele me capacitará a fazer o bem, a pôr as coisas em
ordem. Ele vai me permitir viver com êxito. Ele me
ama. Mas isso não é tudo.
O texto de João 14.23 é talvez a maior afirmação
em relação a esse ensinamento: “Se alguém me ama,
obedecerá à minha palavra.
Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos
morada nele”.
Na verdade, ele virá e viverá conosco. O Pai virá
e fará sua casa conosco. Isso resolve todos os
problemas. Todas as contas serão pagas. A pobreza
nunca poderá vir, pois nosso Pai, Deus, vive dentro
de nós. Haverá força para cada dia. Haverá cura
para cada doença, pois o Pai viverá em nós e fará
em nós sua morada.
9

A Grande Comissão

E. W. Kenyon

A Grande Comissão é de vital importância para


todo crente.
Quando estava se despedindo dos discípulos,
Jesus disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos
céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a
tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre
com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.18-
20).
Toda autoridade foi dada a Jesus no céu e na
terra.
Ele não precisava de autoridade — ele sempre a
teve. Então, por que ela lhe foi dada agora que ele
estava deixando a terra? Ela lhe foi dada porque ele
era a Cabeça da Igreja, o Primogênito dentre os
mortos. Ele era o Senhor da Igreja, seu corpo. Ele
deveria usar essa autoridade por meio da Igreja e
para ela.
No entanto, se não houver maneira de a Igreja
usá-la, então a capacidade é como o nosso capital
não utilizado. Temos, por exemplo, bilhões de
dólares em ouro enterrados no chão pelo governo.
Algumas pessoas acham isso falta de bom senso,
pois poderia estar em circulação e trazendo bênção
para o povo.
A Igreja tem feito o mesmo com “toda a
autoridade” que Deus deu a Jesus — enterrou-a em
sua teologia e credos. Ninguém parece ter sido
capaz de alcançá-la, e isso não está fazendo bem a
ninguém.
A Igreja não sabe que Jesus, antes de ir embora,
deu-lhe o poder de usar seu nome. Essa procuração
dá ao crente acesso a “toda a autoridade”.
“E eu farei o que vocês pedirem em meu nome,
para que o Pai seja glorificado no Filho. O que
vocês pedirem em meu nome, eu farei.” (João
14.13,14) Isso não é oração. É usar o nome de Jesus
para recorrer a “toda a autoridade”. O livro de Atos
apresenta caso após caso de homens que
aproveitaram “toda a autoridade” e que foram
abençoados por ela.
Essa “toda a autoridade” ainda está disponível
àqueles que usam o nome de Jesus. Ela nunca foi
retirada.
Se uma parte daquela Grande Comissão foi
revogada, então tudo isso será anulado. Se um
milagre foi posto de lado, então todos os milagres
foram postos de lado, e o nome de Jesus não tem
autoridade. Mas sabemos que seu nome nos foi
dado por um ato de milagre. Jesus disse: “Estes
sinais acompanharão os que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão
em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal,
não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre
os doentes, e estes ficarão curados” (Marcos
16.17,18).
O Adversário traz cada uma dessas maldições
sobre a Igreja de Deus e sobre o mundo não salvo.
Satanás prende os homens em escravidão, enche-os
de medo venenoso e rouba-lhes seu testemunho para
que não falem em novas línguas de libertação e
vitória.
Ele rouba aos cristãos a capacidade de colocar as
mãos sobre os doentes e ver seus queridos sendo
recuperados. Como? O conhecimento sensorial
ganha controle sobre o ministério.
Jesus disse que, assim que os homens cressem
nele, imediatamente esses sinais os acompanhariam.
Imediatamente eles começariam a expulsar
demônios. Imediatamente eles começariam a falar
com línguas de poder. Imediatamente eles
dominariam a doença.
As serpentes são um emblema das doenças e dos
demônios.
Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi
elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus.
Então, os discípulos saíram e pregaram por toda
parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-
lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.
(Marcos 16.19,20) A palavra que ele falou e a
palavra que eles ousaram confessar foram
confirmadas por sinais que as acompanhavam.
A atitude de Deus com relação ao pecado e
enfermidades nunca mudou. Hebreus 13.8 declara
que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e
eternamente. Ele se opôs à enfermidade naquela
época e se opõe agora. Ele sofreu por causa do
pecado, e sua atitude para com o pecado é hoje a
mesma que foi no passado.
Por isso assuma “toda a autoridade” que você
recebeu e faça discípulos de todas as nações,
cumprindo, assim, a Grande Comissão.
10

A salvação está no Cristo


entronizado

Don Gossett

Não há salvação na cruz. A salvação está no


Cristo entronizado e no túmulo vazio.
Há muitos cristãos que irão pensar que lhes tirei a
salvação ao dizer a verdade sobre a cruz, mas isso
não deixa de ser verdade.
Algumas igrejas não têm Cristo entronizado,
nenhum Salvador à direita de Deus. Elas
simplesmente colocaram um Cristo morto na cruz. E
as pessoas hoje que dizem estar vivendo a “vida da
cruz”
e que se apegam à cruz e nela confiam não têm o
Cristo ressurreto.
Eu me pergunto se você sabe que é tão ruim
cantar uma mentira quanto pregá-la. Pense na letra
do hino: “Quero estar ao pé da cruz, que tão rica
fonte”.1 Ele levou seu sangue até o Lugar
Santíssimo e conseguiu para nós uma eterna
redenção. Eu não quero permanecer perto da cruz.
Por quê? Porque estamos em Cristo. Temos a vida e
a natureza do Pai em nós.
Jesus disse: “Eu sou a videira; vocês são os
ramos” (João 15.5).
A Videira não está na cruz. A Videira está no céu.
E é “Cristo em vocês, a esperança da glória”
(Colossenses 1.27).
Você sabe por que alguns pregam a respeito da
cruz e falam sobre ela? Porque eles vivem no reino
da “sensação”. A cruz é algo que eles podem ver e
sentir. Eles podem agarrar a pequena cruz de ouro
pendurada em uma corrente ao redor do pescoço,
ou presa na lapela de seus casacos, e sentem-se
muito perto dela. Mas Cristo não está na cruz de
ouro; Cristo está sentado à direita do Pai. Ele
expulsou o pecado. Ele venceu Satanás. Ele
ressuscitou dos mortos. Ele levou todos para o céu.
É lá que estão agora.
Quando levou seu sangue ao céu e a corte
suprema do Universo o aceitou, ele foi derramado
no propiciatório na presença do Pai, e Cristo se
sentou; e ele ainda está lá hoje. Seu trabalho havia
sido concluído.
Portanto, sua obra começou na cruz e terminou
no trono. Não consigo entender por que os cristãos
dão mais importância à cruz do que ao Cristo
entronizado e de estarem sentados com ele.
A cruz é onde meu Senhor ficou pendurado, onde
Deus pôs nossa iniquidade sobre ele, onde Deus o
fez pecado por nós, onde Deus o abandonou, onde
Deus o entregou a Satanás, onde o pecado triunfou
e onde Deus ignorou sua oração. Nenhum anjo
ministrou a Cristo ali. A escuridão lançou um véu
sobre a cruz.
Foi onde o Amor chegou ao limite de sua
expressão. Ele deixou seu corpo pendurado na cruz.
Foi para o lugar onde deveríamos ter ido e sofreu
em nosso lugar até que cada reivindicação fosse
cumprida. Em seguida, foi justificado em Espírito,
vivificado em Espírito, e conquistou Satanás em
Espírito como nosso substituto.
Então, ele voltou a habitar seu próprio corpo,
pleno de imortalidade e ressurgiu dentre os mortos.
O Cristo entronizado é um recibo integral da sua
cura. O Cristo entronizado prova que ele concluiu a
obra que começou.
Pense sempre em Satanás como um derrotado,
alguém sobre quem você tem domínio em nome de
Jesus. Nesse nome, a nova criação é o dominador
dos demônios e da doença e de todas as
circunstâncias que o prendam em escravidão. Nós
temos uma redenção perfeita, uma nova criação
perfeita e uma perfeita união com Cristo.
“Eu sou a videira; vocês são os ramos” (João
15.5), disse Jesus.
Nós temos uma mensagem que traz sucesso,
saúde, felicidade e vitória a todos. Todos são um
fracasso fora de Cristo. Nós detemos a solução de
Deus para o problema humano. A Palavra viva nos
seus lábios faz de você um vitorioso, torna a
enfermidade e a pobreza as suas servas. A Palavra
viva nos seus lábios traz Deus à cena, vitória e êxito
ao derrotado.
11

Alimentando-se da Palavra

E. W. Kenyon

Veja o primeiro capítulo de João, versículos 1-4:


No princípio era aquele que é a Palavra. Ele
estava com Deus e era Deus. Ele estava com Deus
no princípio. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria
sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos
homens.
Você verá que Jesus é a Palavra, o Logos, e que
de fato devemos nos alimentar dele. “Tomem e
comam; isto é o meu corpo” (Mateus 26.26; cf.
Marcos 14.22; Lucas 22.19; 1Coríntios 11.24)
realmente significa “Quem come minhas palavras,
alimenta-se delas e por elas mede suas forças […]”.
Em Mateus 4.4, Jesus disse: “Nem só de pão viverá
o homem, mas de toda palavra que procede da boca
de Deus”.
A natureza espiritual do homem requer alimento
espiritual.
Veja, muitos cristãos estão morrendo por falta de
alimento nutritivo. Eles estão fracos e doentios em
sua vida de oração, de amor e de fé — tudo porque
estão subnutridos.
A pregação é constituída de teorias de homens em
vez da Palavra de Deus. E todos os cristãos
precisam se alimentar da Palavra de Deus. Jó 23.12
diz: “[…] dei mais valor às palavras de sua boca do
que ao meu pão de cada dia”. Esta deveria ser a
atitude contínua do filho de Deus para com a Bíblia:
a Palavra de Deus tendo o primeiro lugar em sua
leitura e meditação diária.
Atos 20.32 diz: “Agora, eu os entrego a Deus e à
palavra da sua graça, que pode edificá-los e dar-lhes
herança entre todos os que são santificados”. É a
Palavra que nos dá uma herança em Cristo.
“[…] vocês a aceitaram […] conforme ela
verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua
com eficácia em vocês, os que creem”
(1Tessalonicenses 2.13).
“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo”
(Colossenses 3.16).
“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vocês, pedirão o que
quiserem, e será concedido”
(João 15.7).
É a Palavra viva que habita em nós que nos torna
trabalhadores eficazes para Cristo.
12

Confissão para a salvação

Don Gossett

Assim como a salvação, ou a vida eterna, que é o


maior de todos os dons de Deus, é trazida à nossa
vida pela confissão da nossa boca, todos os outros
dons, graças e provisões do nosso Senhor são
confessados na realidade. A confissão precede a
posse!
O que você confessa é o que possui! Eu ouso
dizer agora que você possui exatamente o que
confessou. Isso funciona tanto para o bem quanto
para o mal, saúde e doença, coragem e desânimo,
abundância e falta, força e fraqueza — você possui
exatamente o que confessa. O que você diz é o que
recebe!
É claro que a palavra “salvação” é uma das
grandes palavras da Bíblia. Ela inclui tudo. Inclui o
suprimento de todas as necessidades do corpo e da
alma. Tudo é providenciado na salvação.
É muito importante que você preste atenção no
que confessa.
Palavras de confissão são palavras de fé que
fazem maravilhas. O
mesmo acontece com as palavras de louvor. Davi
disse: “Bendirei o Senhor o tempo todo!” (Salmos
34.1). Muitos cristãos erradamente louvam o Diabo
com a boca em vez de louvar o Senhor.
Por exemplo, se você disser: “O Diabo andou
atrás de mim o dia todo”, está louvando o Diabo. Se
você disser: “Eu estou desanimado”, está louvando a
pessoa errada. Se você disser: “Estou
sobrecarregado com meus problemas financeiros”,
está louvando o Adversário, que causou seu dilema
financeiro. Se você disser: “É difícil demais ter fé
em Deus”, está louvando o Diabo, que é o autor da
dúvida. Se você disser: “Tenho medo de que isso
possa ser câncer”, está rendendo louvor ao Diabo, o
autor da doença.
Se você disser: “Eu sou um derrotado”, está
louvando o Diabo, que derrota a sua vida. Se você
disser: “Eu não tenho liberdade”, está louvando o
Diabo, que o levou à escravidão. Se você disser: “Eu
simplesmente não acredito que Deus perdoou meus
pecados”, está louvando o Diabo, que é o acusador
dos irmãos, o autor da condenação.
Mas, se você disser: “Eu sempre triunfo em
Cristo”, está realmente louvando o Senhor. Oh,
amado, esteja o seu louvor continuamente na sua
boca. Como você pode falar sobre a sua doença e
louvar o Diabo, que o afligiu? Como você pode falar
de fraqueza e louvar o Maligno, que o reduziu à
fraqueza? Como você pode falar em carência e
honrar aquele que o golpearia com a pobreza?
Como você pode falar sobre insônia, elogiando
assim o ladrão que rouba o dom divino do sono de
você?
Você deve ordenar suas palavras corretamente,
pois Deus diz: “Quem me oferece sua gratidão como
sacrifício honra-me, e eu mostrarei a salvação de
Deus ao que anda nos meus caminhos”
(Salmos 50.23).
Se você disser: “Eu simplesmente não posso amar
os outros”, louvará o autor do ódio, que o roubaria
da legítima herança do amor de Deus no seu
coração. Se você disser: “Eu não sinto mais a
presença de Deus comigo”, está louvando o Diabo,
que anularia a verdadeira Palavra de Deus, que
declara: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”.
(Hebreus 13.5). Se você disser: “Eu não tenho
unção”, louvará o Diabo, que tenta tornar sem efeito
a Palavra de Deus, a qual enfaticamente declara:
“[…] a unção que receberam dele permanece em
vocês” (1João 2.27). Se você disser: “Eu
simplesmente não posso fazer nada contra este
ataque demoníaco contra mim”, louvará o Diabo,
que o faz desacreditar as palavras de Jesus, que
disse: “Estes sinais acompanharão os que crerem:
em meu nome expulsarão demônios” (Marcos
16.17).
Você não deve dar louvor ao Diabo, embora o
tenha feito por desconhecimento ou ignorância. O
seu testemunho deve ser: “Bendirei o Senhor o
tempo todo! Os meus lábios sempre o louvarão”
(Salmos 34.1). O que você diz é o que consegue.
Novamente, Davi disse: “Proclamem a grandeza do
Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome”
(Salmos 34.3). Com suas palavras você pode exaltar
o Senhor ou enaltecer o Diabo.
Se você disser: “Eu sou livre ‘para a liberdade que
Cristo [me]
libertou’ ” (Gálatas 5.1), então exaltará o Senhor.
Se você disser: “Eu estou me regozijando porque
meu nome está escrito nos céus”
(cf. Lucas 10.20), enaltecerá o Senhor. Se você
disser: “Deus não [me] deu espírito de covardia”
(2Timóteo 1.7), engrandecerá o Senhor. Se você
disser: “Deus […] nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais” (Efésios 1.3), engrandecerá o
Senhor. Se você disser: “[…] graças ao poder do
Espírito do Senhor, estou cheio de força e de
justiça” (Miqueias 3.8), exaltará o Senhor. Se você
disser: “O Senhor é o meu forte refúgio” (Salmos
27.1b), enaltecerá o Senhor. Se você disser: “Como
são meus dias, assim será a minha força” (cf.
Deuteronômio 33.25), glorificará o Senhor.
No entanto, se você disser: “Eu não posso ganhar
meus entes queridos para Cristo”, enaltecerá o
Diabo. Se você disser: “Eu não posso receber minha
cura”, engrandecerá o Diabo. Se você disser: “Eu
não posso pagar minhas contas”, engrandecerá o
Diabo. Se você disser: “Eu não posso testemunhar
com poder. Sou fraco e anêmico como cristão
quando se trata de dar meu testemunho”,
engrandecerá o Diabo. Se você disser: “Minhas
orações nunca são respondidas”, engrandecerá o
Diabo. Se você disser: “Eu não consigo superar meu
excesso de peso”, exaltará o Diabo. Se você conta às
pessoas seus problemas para obter a simpatia delas,
exaltará o Diabo.
Enaltecer o Senhor é um segredo vital de fé ativa.
Paulo nos mostrou um tremendo segredo de fé em
Filemom 6: “Oro para que a comunhão que procede
da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo
o bem que temos em Cristo”. Observe que a sua fé
torna-se eficaz quando você reconhece o bem que
está em você, em Cristo Jesus.
A palavra “conhecimento” é outra palavra para
“confessar” ou “afirmar”. O conhecimento de todo
bem que está em você em Cristo Jesus torna a sua fé
eficaz. Observe que é todo bem dentro de você “em
Cristo Jesus”, não em suas próprias realizações.
Quanto mais eu trato com pessoas e ouço suas
declarações desconcertantes de como é difícil
confiar em Deus, me convenço de que isso é um dos
dispositivos sutis do Diabo — dos quais não
devemos ser ignorantes — fazendo-nos concentrar
toda a atenção nos nossos pecados passados, nossas
falhas, nossas fraquezas e erros. Resista ao Diabo, e
ele fugirá de você (cf. Tiago 4.7).
“[…] para que a comunhão que procede da sua fé
seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem
que temos em Cristo”. Sua fé é incendiada pelo
conhecimento de todo bem em você em Cristo
Jesus. Reconheça o que você possui em Cristo e
depois siga para o nível da confissão, da declaração.
Claro, se você tem uma confissão má, uma
confissão negativa, reconhecendo outras coisas
diferentes de todo bem que existe em você por meio
de Cristo Jesus, seguirá para o nível da derrota, do
fracasso, da fraqueza e da carência. Recuse-se a
fazer isso.
13

Eu o livrarei

E. W. Kenyon

Na sua aflição vocês clamaram e eu os livrei.


Salmos 81.7

Isso soa como uma experiência pessoal — uma


folha tirada da nossa própria história. Nós
clamamos, e ele nos ouviu!
Em certa reunião, outro dia, pedi que levantassem
as mãos aqueles cujas orações tivessem sido
respondidas desde nossa reunião na semana anterior.
Rostos brilharam, as mãos se ergueram e pudemos
ouvir vozes cheias de louvor falando de suas orações
respondidas. Muitos clamaram em sua angústia, e
Deus respondeu com fidelidade. Nós chegamos com
nossos fardos e sofrimentos, e ele os levou. Nós
viemos com nossos cuidados, e ele os assumiu.
Viemos com as nossas enfermidades, e ele as curou.
Nosso coração está cheio de louvor e adoração
porque sabemos que o Deus de todo o Universo é o
nosso próprio Pai. Ele nos ama. Se ele carregou
Israel em seus braços, carrega-nos em seu coração.
Se ele os gravou na palma da mão, a nós nos
escondeu em Cristo.
Oh, riqueza das riquezas de sua glória e amor!
Nós clamamos, e ele nos respondeu. “Eu farei o que
vocês pedirem em meu nome”
(João 14.13), disse o Mestre. Observe bem, ele
disse: “Eu farei”.
Você pede, ora, intercede; e ele responderá, fará e
agirá.
14

O sumo sacerdócio de Jesus

E. W. Kenyon

O ministério de Jesus à direita do Pai é um dos


traços mais característicos da revelação paulina. O
problema da autoria de Hebreus é estabelecido —
Hebreus é uma parte dessa revelação.
Ninguém mais poderia tê-lo apresentado como
Paulo o fez a nós.
É uma revelação do que Jesus fez a partir do
momento em que se fez pecado na cruz até que se
sentou à direita do Pai. A obra toda nos é
apresentada nessa maravilhosa revelação.
Não somente Paulo dá a conhecer o que Cristo
fez por nós em seu ato substitutivo, como também
ele torna conhecido o que o Espírito Santo, por
meio da Palavra, quanto à obra substitutiva de
Cristo, faz na vida do indivíduo.
Existem, na verdade, quatro fases dessa
revelação. Primeira, o que Cristo fez por nós.
Segunda, o que o Espírito Santo, por meio da
Palavra, faz em nós. Terceira, o que Jesus está
fazendo agora por nós à direita do Pai. Quarta, o
que seu amor faz por nosso intermédio no
ministério.
Nós gastamos muito tempo estudando o que
Cristo fez por nós, mas muito pouco tempo no que
ele faz em nós, e até menos no que ele está fazendo
agora em seu sumo sacerdócio à direita do Pai.
Todo o seu ministério por nós teria sido um
completo fracasso se ele não o tivesse conduzido até
agora à direita do Pai.
Jesus morreu como o Cordeiro, mas ressuscitou
como sumo sacerdote. Seu primeiro ministério, após
haver ressuscitado dentre os mortos, é ilustrado em
João 20.15-18, que registra o encontro de Jesus com
Maria após sua ressurreição. Ela lançou-se a seus
pés, e não se espante. Ele lhe disse: “Não me segure,
pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus
irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e
Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês” (v.
17).
O que ele quis dizer? Ele morreu como Cordeiro
substituto; ressuscitou como Sumo Sacerdote.
Por essa razão era necessário que ele se tornasse
semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para
se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com
relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do
povo. (Hebreus 2.17) Ele é um sumo sacerdote
misericordioso e fiel, não nas coisas relativas ao
homem, mas nas coisas relacionadas a Deus. As
reivindicações de justiça têm de ser satisfeitas e as
necessidades do homem têm de ser atendidas. Era
necessário que, como sumo sacerdote, Jesus fizesse
a propiciação pelos pecados do povo. Isso está
registrado em Hebreus 9.11,12: Quando Cristo veio
como sumo sacerdote dos benefícios agora
presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não
pertencente a esta criação. Não por meio de sangue
de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue,
ele entrou no Lugar Santíssimo, de uma vez por
todas, e obteve eterna redenção.
“Cristo veio” — de onde ele veio? Do lugar
aonde ele fora como substituto, quando atendeu às
reivindicações de justiça; onde ele satisfez as
reivindicações da suprema corte do Universo contra
a humanidade rebelde. Ele teve de levar seu sangue
até o Lugar Santíssimo e selar com ele o documento
da nossa redenção. Agora seu sangue é a garantia da
integridade da nossa redenção.
Assim como o sumo sacerdote da primeira aliança
levava o sangue para dentro do Lugar Santíssimo
uma vez por ano e fazia a expiação anual, Jesus
levou seu próprio sangue até lá e fez uma eterna
redenção de uma vez por todas. Para os israelitas, a
expiação significava simplesmente cobrir o pecado,
que era levado pelo bode expiatório.
A natureza pecaminosa no homem que o fez
transgredir a Lei (não o ato em si, mas a causa do
ato) era antagônica a Deus e tinha de ser coberta.
Para ser claro, não foram os pecados que o homem
havia cometido que precisavam ser retirados, e sim a
natureza pecaminosa do homem que precisava ser
exterminada. Essa natureza de pecado era morte
espiritual, a natureza de Satanás. Então Jesus veio e
tirou aquela natureza pelo sacrifício de si mesmo.
Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim
dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o
sacrifício de si mesmo.
(Hebreus 9.26) Nossos pecados eram coisas
pequenas que podiam ser varridas.
Mas nossa natureza pecaminosa exigiu que o
próprio Filho amado de Deus se tornasse pecado
para que pudéssemos nos tornar nele justiça de
Deus. Ele tomou nosso pecado para que
pudéssemos nos tornar justos. Ele assumiu nossa
morte espiritual para que pudéssemos ter vida
eterna. Ele tomou nosso ostracismo, nossa natureza
proscrita, para que pudéssemos nos tornar filhos do
Pai.
Oh, que imensurável graça de Deus revelada no
sacrifício de Jesus!
Ele carregou seu próprio sangue para o Lugar
Santíssimo celestial e, em vez de fazer a expiação
anual, deu-nos uma eterna redenção.
Por essa razão era necessário que ele se tornasse
semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para
se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com
relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do
povo. (Hebreus 2.17) Ele é um sumo sacerdote
misericordioso e fiel. Deus tinha de ser satisfeito, as
reivindicações de justiça tinham de ser atendidas.
Por isso ele foi feito pecado, esteve sob condenação
e, durante três dias e três noites esteve trancado no
inferno, a prisão da morte. A suprema corte pôde
justificá-lo por completo como nosso substituto e
declará-lo completamente justo. Ele atendeu às
exigências da justiça e foi liberado.
A seu respeito, declara o Senhor: “Tu és meu
filho; eu hoje te gerei” (Salmos 2.7).
Em que dia ele foi gerado? No terceiro dia no
cárcere de morte, quando Jesus nasceu de novo do
Espírito. Esse foi seu novo nascimento, quando nós
fomos recriados: “Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus” (Efésios 2.10).
Lá ele foi justificado em espírito. Ele não somente
foi declarado justo, como também foi feito justo
com a exata natureza de Deus.
Então, tendo sido feito justo, tendo vencido
Satanás, despindo-o de sua autoridade, ele ressurgiu
dentre os mortos, e a suprema corte do Universo
colocou seu selo de total aprovação em sua obra por
nós.
Em seguida, ele entrou ao Lugar Santíssimo e
assentou-se à direita do trono da Majestade nos
céus.
Ele fez a propiciação por nossos pecados. A
palavra “propiciação” significa “substituição”, por
isso ele fez a substituição pelos pecados do povo.
Tendo ele mesmo sofrido ao ser tentado, é capaz
de socorrer os que são tentados.
Hebreus 3.1 diz: “Portanto, santos irmãos,
participantes do chamado celestial, fixem os seus
pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote
que confessamos”.
O cristianismo é chamado de uma “confissão”. A
obra terminada de Jesus Cristo igualmente pode ser
chamada de “confissão”, pois é algo que precisa ser
declarado. Agora você pode entender Romanos
10.9,10: Se você confessar com a sua boca que
Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
Pois com o coração se crê para justiça, e com a
boca se confessa para salvação.
O cristianismo é uma confissão. É uma confissão
da obra terminada de Jesus. É uma confissão de que
ele está assentado à direita do Pai, havendo nos
redimido perfeitamente. É uma confissão da nossa
filiação, do nosso lugar em Cristo, dos nossos
direitos e privilégios. É uma confissão da nossa
supremacia sobre doenças e fraquezas, sobre
Satanás, em nome de Jesus. Que confissão!
O texto de Hebreus 4.14-16 leva-nos a um passo
adiante no desenvolvimento desse ministério de
sumo sacerdote de Jesus.
Portanto, visto que temos um grande sumo
sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de
Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que
professamos, pois não temos um sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das nossas fraquezas,
mas sim alguém que, como nós, passou por todo
tipo de tentação, porém sem pecado. Assim,
aproximemo-nos do trono da graça com toda a
confiança, a fim de recebermos misericórdia e
encontrarmos graça que nos ajude no momento da
necessidade.
Todo o ministério de Jesus gira em torno desse
ofício sumo sacerdotal. Como sumo sacerdote, ele
levou seu sangue para o Lugar Santíssimo. Como
sumo sacerdote, ele assentou-se à direita do trono da
Majestade nos céus. Ele é o sumo sacerdote
mediador entre Deus e o homem. Ninguém pode
chegar ao Pai, a não ser por ele. Jesus disse: “Eu sou
o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai, a não ser por mim” (João 14.6). Pedro disse:
“Não há salvação em nenhum outro, pois debaixo
do céu não há nenhum outro nome dado aos
homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12).
Jesus é o único Caminho à presença do Pai, sem
condenação.
É de surpreender que a igreja primitiva fosse
chamada de “o Caminho”?
[…] pediu-lhe cartas para as sinagogas de
Damasco, de maneira que, caso encontrasse ali
homens ou mulheres que pertencessem ao Caminho,
pudesse levá-los presos para Jerusalém. (Atos 9.2)
Mas alguns deles se endureceram e se recusaram a
crer, e começaram a falar mal do Caminho diante da
multidão. Paulo, então, afastou-se deles. Tomando
consigo os discípulos, passou a ensinar diariamente
na escola de Tirano. (Atos 19.9) Naquele tempo
houve um grande tumulto por causa do Caminho.
(Atos 19.23; v. tb. Atos 16.17; 24.14,22; Isaías
30.21; 35.8) Ele não é apenas o sumo sacerdote
Senhor, o Mediador, mas, no momento em que a
pessoa aceita Cristo, ele, Cristo, torna-se o
Intercessor sacerdotal. Ele sempre vive para
interceder pelo crente (cf. Isaías 53.12; Romanos
8.34; Hebreus 7.25). Que ministério!
Que serviço! Ele não tem como tirar férias. Não
tem oportunidade de se afastar por um momento.
Ninguém mais pode agir como sumo sacerdote,
mediador e intercessor.
Mas ele tem outro ministério importante: o de ser
Advogado.
Quando o crente é tentado e Satanás ganha o
domínio sobre ele, o crente clama em agonia por
misericórdia, e Cristo sussurra: “Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1João 1.9). Então ele culmina, ao dizer: “Meus
filhinhos, escrevo a vocês estas coisas para que
vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos
um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”
(1João 2.1).
Ele é justo, por isso pode entrar na presença do
Pai quando nós perdemos o sentido de justiça por
nossas más ações. Como nosso Advogado, ele
restaura o nosso senso de justiça.
Ele é o Senhor e cabeça da Igreja. Davi
profetizou a respeito dele em Salmos 23.1: “O
Senhor é o meu pastor; de nada terei falta”.
Ele é o cuidador, amado e noivo do corpo. Ele é o
primogênito dentre os mortos, o cabeça de todos os
principados e poderes. Ele é o Senhor ressurreto,
assentado à direita do Pai.
Acompanhe-me por toda a epístola de Hebreus e
você encontrará a contínua revelação dessas
diferentes fases de seu sumo ministério sacerdotal.
Portanto, visto que temos um grande sumo
sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de
Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que
professamos. (Hebreus 4.14) O que é a nossa
confissão? É a nossa redenção, nossa recreação,
nossa união com o Pai em Cristo, nossa vitória sobre
as circunstâncias, sobre os demônios e sobre as
enfermidades, e sobre nossa independência da lei
natural em Cristo.
[…] pois não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim
alguém que, como nós, passou por todo tipo de
tentação, porém, sem pecado.
Assim, aproximemo-nos do trono da graça com
toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e
encontrarmos graça que nos ajude no momento da
necessidade. (Hebreus 4.15,16) A palavra
“confiança” (ousadia) significa “liberdade de
expressão”.
Na Peshitta (a antiga versão siríaca do Novo
Testamento), há uma referência marginal que
registra “com a face descoberta”. Nós entramos sem
nenhum senso de culpa ou pecado, como uma
criança se aproximaria dos pais terrenos.
“Todo sumo sacerdote é escolhido dentre os
homens” (Hebreus 5.1) e tem debilidades. Jesus não
teve debilidades. Ele não teve nada, a não ser o que
assumiu por nós. Ele não procedeu da linhagem de
Levi. Ele não ingressou no sacerdócio por
nascimento. Ele é Sacerdote segundo a ordem da
parte de Deus.
“O Senhor jurou e não se arrependerá: ‘Tu és
sacerdote para sempre’. Jesus tornou-se, por isso
mesmo, a garantia de uma aliança superior.”
(Hebreus 7.21,22) Ele é um sumo sacerdote, o
fiador de uma nova aliança por ele liderada. Ele foi
o sacrifício da aliança. Seu sangue foi o sangue da
aliança. Sua vida foi a vida da aliança. Agora ele é a
garantia dela.
Toda a Escritura Sagrada, de Mateus a
Apocalipse, apoia-se no próprio Senhor Jesus. Seu
próprio trono é o apoio de toda a Palavra.
Assim como Deus se tornou a garantia da aliança
abraâmica, Jesus é agora a garantia dessa nova
aliança. E ele pode ser porque permanece para
sempre. Seu sacerdócio é imutável.
Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente
aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus,
pois vive sempre para interceder por eles. É de um
sumo sacerdote como esse que precisávamos: santo,
inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado
acima dos céus. (Hebreus 7.25,26) “É de um sumo
sacerdote como esse que precisávamos” — eu penso
não existir expressão mais doce em toda a revelação
do que esta. Considere-o em toda a sua graça e
beleza e em seu amor transbordante. É desse sumo
sacerdote que precisamos. Nós somos uma nova
criação. Estamos no Amado. Somos as coisas mais
doces, mais bonitas que o Pai tem. Somos membros
do seu próprio corpo.
Cristo diz no versículo 27: “primeiro por seus
próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo.
E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se
ofereceu”. Ele se fez pecado por nós. Ele fez um
único sacrifício pelos pecados, para sempre, e
depois se assentou à direita do trono da Majestade
nos céus (cf. Hebreus 8.1; 10.12). Você tem
consciência do que significa quando é dito que ele se
assentou? Significa que a sua redenção é algo que
foi completado. Você está curado; está tão bem
como Jesus está, na mente do Pai. Você é um
completo vencedor. Pobreza, escassez, necessidade
são coisas do passado.
Assim, aproximemo-nos do trono da graça com
toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e
encontrarmos graça que nos ajude no momento da
necessidade. (Hebreus 4.16) O meu Deus suprirá
todas as necessidades de vocês, de acordo com as
suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. (Filipenses
4.19) Pois os pagãos é que correm atrás dessas
coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam
delas. (Mateus 6.32) Jesus demonstrou isso em sua
caminhada terrena. Ele alimentou multidões. Ele deu
aos discípulos aquela grande quantidade de peixe.
Ele transformou água em vinho. Ele curou o
enfermo e atendeu à necessidade do homem. Esse é
o meu Senhor. Ele é o mediador da nova aliança.
Ele permanece entre a humanidade e o Pai com as
mãos perfuradas, o lado ferido e a cicatriz dos
espinhos na testa.
Ele é o mediador. Você acha que ele recusará
qualquer um que vier ao Pai? Nunca! Todo aquele
não salvo tem o direito legal à vida eterna. Jesus
assume sua parte e responde por quem disser:
“Deus, eu recebo teu Filho como meu Salvador e o
confesso como meu Senhor”.
O ministério sumo sacerdotal de Jesus satisfaz
toda necessidade do cristão a partir do momento em
que ele é conduzido à presença do Pai no final da
vida.
15

Nenhuma palavra torpe

Don Gossett

Nenhuma palavra torpe saia da boca de


vocês, mas apenas a que for útil para edificar
os outros, conforme a necessidade, para que
conceda graça aos que a ouvem.
Efésios 4.29

Esse texto é uma ordem taxativa, direta a todo


crente. A palavra torpe que sai da sua boca não
significa apenas bisbilhotice, queixa, murmúrio,
rabugice, xingamentos e outros usos inadequados da
língua, mas significa linguagem não edificante,
inútil, que não edifica. Nossas palavras devem
ministrar graça aos ouvintes. Nossas palavras
precisam ministrar até ao nosso próprio coração ao
ouvi-las faladas. É por isso que devemos dizer o que
Deus diz sobre cada detalhe da nossa vida.
Sua linguagem é torpe se você diz: “Eu tenho de
estar doente todos os dias”. Em Isaías 33.24,
encontramos um padrão bíblico para a conversa
correta de um filho de Deus: “Nenhum morador de
Sião dirá: ‘Estou doente!’ ”.
Sua linguagem é torpe se você diz: “Deus está
retendo alguma coisa de mim”. Em Salmos 84.11,
lemos a promessa: “O Senhor Deus é sol e escudo;
o Senhor concede favor e honra; não recusa
nenhum bem aos que vivem com integridade”. Jesus
disse: “Se vocês permanecerem em mim, e as
minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o
que quiserem, e será concedido” (João 15.7).
Quando a Palavra de Deus habita em você, você
dirá essa Palavra.
Novamente, Jesus ensinou: “a boca fala do que
está cheio o coração”
(Mateus 12.34). O que está no coração virá à
boca. É por isso que você deve estar nutrido com a
Palavra de Deus e tê-la no coração; então ela será a
primeira a vir em cada situação.
Quando se trata de palavras, a ordem que você
recebe é falar “como quem transmite a palavra de
Deus” (1Pedro 4.11). Se você fala como quem
transmite a palavra de Deus, dirá: “O Senhor […]
livrou-me de todos os meus temores” (Salmos
34.4), “O Senhor […] [me] libertou de todas as
[minhas] tribulações” (Salmos 34.6) e “Os olhos do
Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos
estão atentos ao seu grito de socorro” (Salmos
34.15).
Por outro lado, se você fala como quem transmite
a palavra de Satanás, dirá: “Deus está muito longe;
ele não me ouve”. Mas, se você fala como quem
transmite a palavra de Deus, dirá: “Os justos
clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as
suas tribulações”
(Salmos 34.17).
Se você fala como quem transmite a palavra de
Satanás, dirá: “Eu oro pela salvação da minha
família, mas não adianta nada”.
Mas Jesus prometeu ao cristão cheio do Espírito
que “naquela hora o Espírito ensinará o que deverão
dizer” (Lucas 12). Quando o Espírito inspira as suas
palavras, ele fará que você faça confissões da
Palavra para cura, felicidade e saúde em vez de
enfermidade, pecado e sofrimento. Quando o
Espírito Santo concede a você as palavras para falar,
ele o compelirá a confessar abundância,
prosperidade e poder em vez de desânimo,
desespero e doença. Quando o Espírito Santo tem o
controle das suas palavras, ele o capacitará a dizer
com autoridade: “Não tenho prata nem ouro, mas o
que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, ande” (Atos 3.6).
Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo;
ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a
sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos
espirituais com gratidão a Deus em seu coração.
(Colossenses 3.16) Se a Palavra de Deus habita
ricamente no seu coração, você encorajará as
pessoas, e não as desanimará. Se a Palavra habita
em você ricamente, você a dirá no momento
oportuno: O Soberano, o Senhor, deu-me uma
língua instruída, para conhecer a palavra que sustém
o exausto. Ele me acorda manhã após manhã,
desperta meu ouvido para escutar como alguém que
está sendo ensinado (Isaías 50.4).
Quando a Palavra reside em você ricamente, você
falará essa Palavra diante de todas as situações. Leo
Harris, da Austrália, disse: “É muito difícil e quase
impossível acreditar no que Deus é para você, se
você continuamente falar sobre as coisas que estão
contra você”. Duas declarações mais poderosas são:
“A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte”
(Provérbios 18.21) e “Do fruto da boca enche-se o
estômago do homem; o produto dos lábios o
satisfaz” (Provérbios 18.20).
Citando Leo Harris novamente: Assim, vemos o
poder tremendo nas palavras que pronunciamos.
Nossa língua determina ou vida ou morte, cura ou
doença, vitória ou derrota.
Nossas palavras enchem-nos da mesma forma
que a comida que comemos. Mais pessoas estão
doentes por causa das palavras que falam do que por
causa do que comem! Alguém disse: “As úlceras
estomacais não são causadas pelo que você come,
mas pelo que está comendo você!”.
O que diremos? O que você diz? Você diz que
Deus é por você?
Você declara as promessas de Deus? Suas
palavras concordam com a Palavra de Deus? A
Bíblia é rica em promessas para você — as palavras
de Deus para abençoar sua vida. Isso é o que Deus
diz.
Mas o que você diz? Por que não começar hoje a
dizer o que Deus diz, concordar com a Palavra de
Deus e declarar com seus lábios as promessas
poderosas de Deus para você?
16

Deus é Deus de fé

E. W. Kenyon

Eu nunca soube o “porquê” da fé até ler Hebreus


11.3:
Pela fé entendemos que o universo foi formado
pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê
não foi feito do que é visível.
Então, num relance, eu compreendi o segredo de
Gênesis 1.1: “No princípio Deus criou os céus e a
terra”. Como ele criou? Pela palavra de fé. Ele disse:
“Haja […]” (Gênesis 1.3). Ele criou com palavras.
Jesus conhecia o segredo das palavras — ele
curou enfermos com palavras. Ele ressuscitou
mortos com palavras, acalmou o mar com palavras:
“Aquiete-se! Acalme-se!” (Marcos 4.39).
Pedro curou o doente usando o nome de Jesus.
Paulo expulsou demônios, dizendo: “Em nome de
Jesus Cristo eu ordeno que saia dela!” (Atos 16.18).
Eles usaram palavras que nasceram da fé. Foram
palavras de fé.
Tornamo-nos filhos de Deus, participantes de sua
exata natureza, ao agirmos com palavras. Tornamo-
nos homens e mulheres de fé quando usamos
palavras de fé e produzimos resultados de fé.
“Fé em minha fé” — a primeira vez que essas
palavras me ocorreram, elas me assustaram.
Comecei a me avaliar e a me perguntar: “Como é
isso de as pessoas não terem fé em sua própria fé?”.
Elas têm fé em minha fé. Entenda bem. Eu recebo
cartas de pessoas de muitos países distantes pedindo
oração. Por quê? Porque elas não têm confiança em
sua própria fé. Por alguma razão, não acreditam em
si mesmas. Elas não creem no que Cristo fez em seu
favor, ou quem elas são em Cristo. Não se acham
suficientemente boas, nem consideram sua fé forte o
suficiente. Elas estão familiarizadas com todos os
seus fracassos e fraquezas; aceitam toda condenação
vinda do púlpito. Estão sempre dispostas a crer em
qualquer coisa contra si mesmas, como sua
indignidade, sua inaptidão, suas fraquezas e sua falta
de fé.
Aqui estão alguns fatos: o Pai não tem favoritos.
Toda pessoa nascida na família dele tem a mesma
redenção. Ela foi redimida da mão de seu inimigo,
que foi vencido por ele pessoalmente. Ela pode
dizer: “Ele foi entregue à morte por [meus] pecados
e ressuscitado para [a minha] justificação”
(Romanos 4.25). Portanto, ela pode dizer
confiantemente: “Pois ele [Cristo] [me] resgatou do
domínio das trevas e [me] transportou para o Reino
do seu Filho amado, em quem [tenho] a redenção, a
saber, o perdão dos pecados” (Colossenses 1.13,14).
É uma redenção pessoal, completa, do domínio
do Adversário.
Cristo foi o seu substituto. Quando Jesus reduziu
Satanás a nada e o destituiu de sua autoridade, foi
você, em Cristo, que fez aquele trabalho. Cristo agiu
em seu lugar; ele o fez por você. Você pode dizer:
“Em Cristo, eu venci Satanás. Eu o despi de sua
autoridade e, quando Jesus ressuscitou dentre os
mortos, eu ressuscitei com ele”
(cf. Colossenses 2.15).
Além disso, você pode dizer confiantemente:
“Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo
grande amor com que [me] amou, deu-[me] vida
com Cristo quando ainda est[ava]
mort[o] em transgressões […]. Deus [me]
ressuscitou com Cristo e com ele [me] fez assentar
nas regiões celestiais em Cristo Jesus”
(Efésios 2.4-6).
É quando você toma o seu lugar e começa a
assumir os direitos e privilégios que recebeu de
Deus. Você tem a mesma vida eterna que Jesus teve.
“Quem tem o Filho, tem a vida” (1João 5.12). Você
tem o Filho; portanto, tem a vida.
Ora, você pode dizer: “Eu recebi Jesus Cristo
como meu Salvador. Eu o confessei como meu
Senhor. Deus me concedeu vida eterna, sua própria
natureza. Agora eu sou uma nova criação, criado em
Cristo Jesus, e tenho a capacidade de Deus para
realizar as boas obras que foram preparadas tempos
antes para que nelas eu andasse.
“Eu tenho a capacidade de Deus porque tenho
sua natureza.
Tenho habitando em mim o mesmo Espírito
maravilhoso e poderoso que ressuscitou Jesus dentre
os mortos. ‘[A]quele que está em [mim] é maior do
que aquele que está no mundo’ (1João 4.4).”
A Bíblia diz: “Deus tornou pecado por nós aquele
que não tinha pecado, para que nele nos
tornássemos justiça de Deus”
(2Coríntios 5.21).
Você pode dizer: “Nele eu me tornei justiça de
Deus. Portanto, agora não há condenação para mim,
porque estou em Cristo Jesus”
(cf. Romanos 8.1).
Essa justiça dá a você o privilégio de permanecer
na presença do Pai como se nunca tivesse pecado.
Você tem a natureza dele.
Ele é o seu Pai, e você é seu próprio filho. Como
filho ou filha, você tem o direito legal de usar o
nome de Jesus. Ninguém tem mais direito de usar o
nome de Jesus do que você e seus irmãos em Cristo.
Agora diga comigo: Jesus declara que o que eu
pedir em seu nome, ele me dará.
Destemidamente, eu assumo o meu lugar. Eu
imponho as mãos ao meu ente querido que está
doente e digo: “Em nome de Jesus, enfermidade,
deixe este corpo; demônio, saia deste corpo e vá
para o abismo, lugar ao qual você pertence. Não
toque jamais nesta pessoa novamente”.
Cristo me disse que quem cresse imporia as mãos
aos doentes, e eles seriam curados. “[E]m meu
nome expulsarão demônios”
(Marcos 16.17). Eu aceito essa verdade, e ajo
com base nisso, porque Cristo me disse.
17

As pequenas coisas

Don Gossett

João declarou: “Ninguém jamais falou da


maneira como esse homem fala” (João 7.46).

Esta é uma mensagem sobre coisas pequenas —


pequenas, todavia de vital importância. Esta é uma
mensagem sobre palavras.
Nossa vida é feita de palavras — palavras faladas,
palavras escritas, palavras definidas como música, e
assim por diante.
Como nossas palavras podem ser bênçãos! No
entanto, que maldição elas podem ser para quem
não se dá conta de sua importância. Em uma
declaração mais surpreendente, Jesus disse: “Pois
por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas
palavras serão condenados” (Mateus 12.37).
As palavras podem fortalecer o fraco, encorajar o
desanimado, levantar o caído, sustentar o cansado,
curar o doente, dominar circunstâncias e ministrar
graça ao ouvinte. Entretanto, palavras podem
também ser um laço para a alma, destruir a fé,
envenenar vidas espiritual e mentalmente, destruir
em vez de construir e iludir e derrotar pessoas.
Quando percebemos que quase todas as mágoas e
mal-entendidos vêm a nós através de palavras, então
entendemos o valor das palavras.
Você se lembra dos consoladores de Jó. Eles
devem ser uma lição viva para cada um de nós. Jó
clamou: “Até quando vocês continuarão a
atormentar-me e a esmagar-me com palavras?” (Jó
19.2). Era o que seus consoladores estavam
fazendo. Eles chegaram como consoladores, mas
permaneceram como condenadores.
Nosso negócio não é esmagar e machucar as
pessoas com palavras:
O Soberano, o Senhor, deu-me uma língua
instruída, para conhecer a palavra que sustém o
exausto. Ele me acorda manhã após manhã, desperta
meu ouvido para escutar como alguém que está
sendo ensinado (Isaías 50.4).
Na vida e no ministério de Jesus, vemos o
profundo efeito e o poder das palavras. Bem no
início de seu ministério, suas maravilhosas palavras
se destacaram. Quando ele foi a Nazaré, leu as
Escrituras no livro de Isaías e anunciou sua missão
divina. As pessoas “falavam bem dele e estavam
admirad[a]s com as palavras de graça que saíam de
seus lábios” (Lucas 4.22a). Elas estavam admiradas
pelo fato de ele não falar como os escribas e
fariseus, mas como alguém que tinha autoridade.
O doutor Kenyon escreve estas palavras muito
úteis e profundas:
O crente que está sempre confessando seus
pecados e suas fraquezas constrói fragilidade,
fracasso e pecado em sua consciência. Se pecamos
ao confessar, “ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1João 1.9). Tendo feito essa confissão, jamais a
referimos novamente. Tampouco é história passada,
porque a história pode ser relembrada. É como se
ela jamais tivesse existido. Jamais devemos nos
lembrar, ou lembrar o Senhor, das nossas falhas ou
dos nossos erros passados.
Eles não existem! Se você confessa alguma coisa,
confesse que permanece completamente nele — que
é totalmente verdadeiro o que Deus disse com
relação a seus erros e tropeços. Jamais devemos
confessar nossos pecados a pessoas. Podemos ter de
pedir perdão por eles, mas depois devemos esquecê-
los. Jamais fale a alguém sobre suas fraquezas ou
seus erros e falhas passadas. Quem o ouvir não os
esquecerá e às vezes poderá fazer você se lembrar
deles. Se for contar a alguém, conte-os ao Senhor e
depois os esqueça.1
18

Minha lista “Nunca mais”

Don Gossett

O Senhor me introduziu pela primeira vez no


ministério de rádio quando eu tinha somente 21
anos, em 1951. Ele reafirmou aquele trabalho no
ministério de rádio em 1961 quando, novamente,
entrei num ministério diário de rádio. Depois em
1962, ao ministrar aos nossos queridos amigos
indianos em Fort Rupert, na Colúmbia Britânica,
Deus me chamou decisivamente para um extenso
ministério de rádio. Nessa época, eu era apenas um
provinciano locutor de rádio, mas Deus, de repente,
me chamou para ser uma voz nacional e
internacional para ele através do rádio. Que prazer
foi obedecer a esse sagrado chamado e ser usado
por Deus para compartilhar a mensagem do
evangelho com 89 diferentes países.
Além desse chamado reafirmado do Senhor para
o ministério de rádio, tive uma grande visitação do
Senhor enquanto dirigia reuniões em Longview,
Washington. Estive lá durante cinco semanas,
ministrando duas vezes por dia e tendo um encontro
com Deus em comunhão pessoal durante muitas
horas suaves sozinho em meu quarto.
Lá, em Longview, o Espírito Santo me levou a
um tempo de grande estudo da Palavra sobre os
importantes tópicos de confissão, o poder das
minhas palavras em relação ao que eu receberia do
Senhor, superando confissões negativas e permitindo
que a Palavra de Deus prevalecesse. O Senhor falou
ao meu coração enquanto eu lia estes versículos em
Malaquias: “ ‘Vocês têm dito palavras duras contra
mim’, diz o Senhor” (Malaquias 3.13). “Vocês têm
cansado o Senhor com as suas palavras” (Malaquias
2.17).
Eu considerei como minhas palavras tinham sido
duras contra o Senhor e quanto eu o havia cansado
com minhas palavras. Ele me disse que minhas
palavras não estavam em harmonia com sua Palavra
e que eu estivera falando sobre minhas lutas
financeiras e outros fatores negativos mais do que
havia confessado sua Palavra vencedora.
Novamente, ele lidou comigo com as Escrituras:
“Duas pessoas andarão juntas se não estiverem de
acordo?” (Amós 3.3). Entendi que, para andar com
o Senhor em termos financeiros e num ministério
frutífero, eu deveria estar de acordo com sua
Palavra.
Então, um dia, ele me levou a escrever as palavras
que revolucionariam minha vida e posteriormente a
vida de milhares de outros que leriam essa
revelação. Eu o chamei de “Minha Lista Nunca
Mais”.
1. Nunca mais vou confessar “Eu não posso”
porque “Tudo posso naquele que me fortalece”
(Filipenses 4.13).
2. Nunca mais vou confessar carência, porque “O
meu Deus suprirá todas as [minhas] necessidades
[…], de acordo com as suas gloriosas riquezas em
Cristo Jesus” (Filipenses 4.19).
3. Nunca mais vou confessar medo porque “Deus
não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de
amor e de equilíbrio” (2Timóteo 1.7).
4. Nunca mais vou confessar dúvida e falta de fé
porque Deus [me] concede de acordo com a medida
da fé (cf. Romanos 12.3).
5. Nunca mais vou confessar fraqueza porque “O
Senhor é a força da minha vida; de quem me
recearei?” (Salmos 27.1, Almeida Revista e
Corrigida), e “o seu Deus resistirá com firmeza”
(Daniel 11.32).
6. Nunca mais vou confessar a supremacia de
Satanás sobre a minha vida porque “aquele que está
em [mim] é maior do que aquele que está no
mundo” (1João 4.4).
7. Nunca mais vou confessar derrota porque Deus
“sempre [me] conduz vitoriosamente em Cristo”
(2Coríntios 2.14).
8. Nunca mais vou confessar falta de sabedoria
porque eu estou em Cristo Jesus, o qual se tornou
sabedoria de Deus para mim (cf. 1Coríntios 1.30).
9. Nunca mais vou confessar enfermidade porque
“pelas suas feridas [fui] curad[o]” (Isaías 53.5).
Além disso, “Ele tomou sobre si as [minhas]
enfermidades e sobre si levou as [minhas] doenças”
(Mateus 8.17).
10. Nunca mais vou confessar preocupações ou
frustrações, pois lancei “sobre ele toda a [minha]
ansiedade, porque ele tem cuidado de [mim]”
(1Pedro 5.7).
11. Nunca mais vou confessar servidão porque “o
Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor
ali há liberdade”
(2Coríntios 3.17). Meu corpo é o templo do
Espírito Santo!
12. Nunca mais vou confessar condenação
porque “agora já não há condenação para os que
estão em Cristo Jesus”
(Romanos 8.1). Eu estou em Cristo. Portanto,
estou livre de condenação.
19

Os dois tipos de conhecimento

E. W. Kenyon

Uma das recentes descobertas no nosso


laboratório espiritual foi que existem dois tipos de
conhecimento — o conhecimento sensorial e o
conhecimento pela revelação.
O conhecimento que nossas escolas, faculdades e
universidades nos ensinam veio até nós através dos
cinco sentidos. É seguro dizer que não há
conhecimento de química, biologia, metalurgia,
mecânica, ou qualquer outro campo de pesquisa, a
não ser o que chegou até nós através dos cinco
sentidos — visão, paladar, audição, olfato e tato.
Nosso corpo tem sido realmente o laboratório no
qual a pesquisa progrediu firmemente ao longo do
tempo.
Esse conhecimento é limitado. Ele não pode
encontrar o espírito humano. Não pode descobrir
como a mente funciona no cérebro físico. Não pode
encontrar Deus ou descobrir a origem da matéria, da
vida, da força ou da criação Tudo o que se pode
descobrir são coisas que podem ser vistas, sentidas
pelo paladar, ouvidas, cheiradas ou tateadas. É por
isso que o chamamos de “conhecimento sensorial”.
Então existe outro tipo de conhecimento chamado
“conhecimento pela revelação”, que chegou até nós
pela Bíblia. O conhecimento pela revelação coloca-
nos em contato com o Criador e explica o “porquê”
da criação, a razão do homem, a natureza do
homem e o objetivo máximo do homem. Ele lida
com coisas que os sentidos não podem descobrir ou
conhecer por si mesmo.
O fato infeliz é que o conhecimento sensorial
ganhou supremacia na igreja, uma organização
espiritual, um corpo espiritual que deve ser
governado pelo Espírito, não pelos sentidos. Quando
o conhecimento sensorial ganhou a ascendência na
igreja e na fonte da igreja, a escola teológica, a igreja
cessou de ser um corpo espiritual e simplesmente se
tornou um corpo de homens governado pelo
conhecimento sensorial.
Pode-se ver por que o conhecimento sensorial,
que não pode compreender as coisas espirituais,
negará milagres, respostas à oração e a própria
divindade de Jesus, desacreditando sua ressurreição
e seus milagres. É de esperar que o conhecimento
sensorial venha a negar os milagres, porque não
pode explicá-los ou entendê-los.
A busca principal do sentido sensorial é encontrar
a realidade — o espírito do homem a anseia —,
contudo ela não pode ser encontrada pelos sentidos.
Ela é descoberta apenas pelo espírito.
O conhecimento sensorial envia homens
chamados filósofos, que buscam a realidade.
É um fato profundo, digno de consideração de
todos, que o homem que realmente conhece Jesus
Cristo, que recebeu a vida eterna, nunca se volta
para a filosofia. Se ele foi um filósofo, desiste
porque chegou à realidade em Cristo.
Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a
vida” (João 14.6).
Jesus, então, é a resposta a toda verdadeira
filosofia.1
20

O livro dos milagres

Don Gossett

A Bíblia é um registro de milagres. Sua história da


criação é uma série de milagres assombrosos. Cada
grande realização e cada passo adiante para a raça
humana como está registrado na Bíblia foram um
milagre.
Quando os israelitas andaram na presença de
milagres, eles progrediram e construíram sua nação.
Quando eles recorreram à razão, tornaram-se presas
de seus inimigos e foram levados para o cativeiro.
Enquanto o povo de Israel andou em comunhão
com Deus e manteve sua aliança de milagre,
permaneceu independente, líder entre as nações da
terra.
Além disso, Jesus, o Encarnado, foi concebido de
maneira milagrosa. Seu nascimento foi assistido por
milagres, e toda sua vida foi uma série de milagres
culminando no milagre dos séculos — sua morte na
cruz, sua ressurreição dentre os mortos e sua
ascensão na presença de 500 testemunhas. Jesus foi
um milagre de todos os ângulos. Ele foi um milagre
maior que qualquer milagre por ele realizado,
porque ele foi o milagre de Deus manifesto em
carne.
O livro dos milagres Você diz que isso não é
razoável. Eu sei que não é. Os milagres não são
razoáveis, mas acontecem. Eles estão acima da
razão. Eles pertencem à esfera de Deus e ao campo
do seu e do meu espírito.
A igreja nasceu em um milagre; ela foi
alimentada, desenvolvida e apoiada em meio a um
mundo pagão por milagre.
Quando a filosofia tomou o lugar dos milagres, o
cristianismo tornou-se uma religião; mas onde quer
que a fé domine, milagres acontecem. Onde quer
que um grupo de pessoas comece a andar com
Deus, acredite na Palavra e obedeça a ela, milagres
acontecem.
Eles devem acontecer. Não se pode ter Deus em
seu meio sem que ele se manifeste, e sua
manifestação é um milagre. Sempre que um
indivíduo ou grupo de pessoas ousa honrar o Senhor
e andar com ele, milagres acontecem.
21

O Pai não tem favoritos

E. W. Kenyon

Foi um grande consolo ao meu coração quando


me dei conta de que o Pai não tem favoritos e que
todos os filhos têm seu próprio lugar no coração
dele. Ele ama cada um assim como ama o Senhor
Jesus. Jesus disse: “para que o mundo saiba que tu
[…] os amaste como igualmente me amaste” (João
17.23).
Todos nós temos a mesma redenção. A obra que
o Pai realizou em Cristo destruiu por completo o
poder do inimigo, e agora redime cada pessoa que
aceita Cristo como Salvador e o confessa como
Senhor. Nós estamos redimidos das obras do
Adversário e de seu domínio sobre nossa vida.
Todos têm a mesma redenção. Ninguém tem uma
redenção melhor ou é mais justo. A redenção vem
pela nova criação. Quando nascemos de novo,
recebemos a vida e a natureza de Deus, o Pai. Sua
natureza nos torna justos, e ninguém tem mais
justiça do que outro.
Todos os que recebem sua natureza entram na
família e são reconhecidos como filhos e filhas do
grande Deus Pai.
Todos têm os mesmos direitos na família. Embora
alguém possa ter um dom diferente do de outra
pessoa, não é mais querido por isso pelo coração do
Pai.
Além disso, todos têm a mesma natureza do
amor, o mesmo grande Espírito Santo que
ressuscitou Jesus dentre os mortos. Cada um tem
direito ao mesmo tipo de comunhão com o Pai, de
usar o nome de Jesus e a autoridade investida nesse
nome para libertar pessoas do domínio de Satanás,
de curar o enfermo e de expulsar demônios.
O Pai não tem favoritos. Quanto mais você tiver
comunhão com o Pai, mais encantadora e rica será a
sua vida.
Parte dois
A cura é agora
22

Deus não é maravilhoso?

Don Gossett

Isto aconteceu em uma cidade no norte da


Colúmbia Britânica. Na cidade havia um médico
chamado doutor Riley, imigrante da Irlanda, que era
conhecido como um bom médico e também como
ateu. Durante anos, o doutor Riley sofreu com um
doloroso quadril reumático que o levava a mancar
quando caminhava.
Na mesma cidade vivia um rapaz de 15 anos
chamado Johnny Lake. Johnny era um cristão fiel, e
o doutor Riley simpatizava com ele. Muitas vezes o
médico o levava consigo em visitas em domicílio.
Certa noite, eles estavam na casa da família
Owens. Cathy Owens, de 7 anos, estava morrendo
com pneumonia dupla. Vendo a garota arfar cada
vez que respirava, ele finalmente fechou sua pasta
preta, voltou-se para os pais de Cathy e, triste, lhes
informou: — Sinto muito, mas Cathy não passa
desta noite. Eu preciso ir agora para atender a outras
chamadas, mas retorno mais tarde.
Enquanto isso, vou deixar Johnny aqui ao lado de
Cathy.
Assim que o doutor Riley saiu, Johnny se
ajoelhou ao lado da cama de Cathy para que
pudesse falar suavemente ao ouvido dela: — Deus a
ama, Cathy, e vai curar você — Johnny sussurrou
baixinho. — Respire, Cathy, respire. Ó Deus, ajuda
Cathy a respirar.
Johnny continuou: — Cathy, logo vai chegar a
primavera. Vamos para o gramado e fazer botões-
de-ouro e rodas de margaridas. Respire, Cathy,
respire.
Ó Deus, ajuda Cathy a respirar. Depois, Cathy,
vamos espiar uma toca de esquilos; pode ser que
vejamos um esquilo peludo. Respire, Cathy, respire.
Ó Deus, ajuda Cathy a respirar!
— Depois disso, Cathy, vamos até a ponte e
observar os peixinhos rio abaixo, quando os
caminhões passarem pela ponte.
Respire, Cathy, respire. Obrigado, Deus. O
Senhor está ajudando Cathy a respirar.
Passaram-se cerca de duas horas até o doutor
Riley voltar à casa dos Owens. Então, a voz de
Johnny não era mais que um sussurro, mas com
vigor e animação.
— Há quanto tempo isso vem acontecendo? — o
doutor Riley perguntou aos pais.
— Desde que o senhor saiu, doutor — eles
responderam. — Houve momentos em que
pensamos que Cathy estava dando o último suspiro.
Mas agora parece que ela está ficando mais forte.
O doutor Riley pegou o estetoscópio e examinou
Cathy. Sem dizer uma palavra, um lento sorriso lhe
veio à face.
Johnny deu um pulo e exclamou: — Deus curou
Cathy, doutor Riley! Deus não é maravilhoso?
O doutor Riley respondeu cautelosamente
enquanto se colocava completamente em pé. Ao
colocar a mão no quadril que lhe causava dor,
pronunciou o nome daquele que ele odiara durante
tanto tempo: — Deus — ele disse. — Deus é
maravilhoso! Sim, Johnny, Deus é maravilhoso.
Naquele exato momento, a terrível dor saíra de seu
quadril.
Naquela noite, Cathy Owens foi milagrosamente
curada de pneumonia dupla e o doutor Riley foi
completamente curado de um quadril reumático.
Melhor de tudo, o doutor Riley tornou-se um crente
profundo no Cristo vivo como seu Salvador e
Senhor.
Em Deuteronômio 30.19, Deus determina:
“[C]oloquei diante de vocês a vida e a morte, a
bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para
que vocês e os seus filhos vivam”.
A tradução de A Mensagem de Provérbios 18.21
é interessante: “As palavras matam e geram vida;
podem ser veneno ou um doce de primeira — você
é quem decide”.
Johnny Lake falou palavras de vida, palavras de
fé, palavras de cura e bênção. Quando o doutor
Riley interrompeu uma vida de rebeldia ao
pronunciar o nome “Deus”, ele também pronunciou
palavras de vida. Então sua confissão do senhorio de
Jesus lhe trouxe salvação.
Eu desafio você: Escolha a vida! Confesse em voz
audível abundância em vez de necessidade, força em
vez de fraqueza, fé em vez de dúvida, vitória em vez
de derrota, cura em vez de enfermidade, liberdade
em vez de condenação.
Você também pode mudar todo o curso da sua
vida pondo sua língua sob o controle do Espírito
Santo. Deus deu a você o poder de pronunciar vida
por meio da sua boca. Existe um poder incrível na
sua língua!
23

Jesus precisa suportar nossos


pecados novamente?

E. W. Kenyon

Jesus foi feito pecado com nossos pecados,


pois “Deus tornou pecado por nós aquele que
não tinha pecado” (2Coríntios 5.21).

“Certamente ele tomou sobre si as nossas


enfermidades e sobre si levou as nossas doenças”
(Isaías 53.4).
Eu gostaria de saber se você já se deu conta de
que, quando pede ao Pai para o curar, está pedindo
algo que ele já fez em Cristo.
Quando pede a alguém que ore para que suas
enfermidades sejam curadas, percebe que você está
repudiando Isaías 53.4? Você está considerando que
isso jamais foi escrito. Está pedindo a Deus para
fazer novamente o que ele já fez por você.
Quando a pessoa inteligente faz algo errado, ela
simplesmente pede ao Pai que a perdoe e purifique
de todo ato injusto. Quando o crente está doente,
deve se lembrar de que essa doença é um pecado do
corpo, um pecado do sentido, e deve levantar os
olhos e dizer: “Pai, perdoa-me por este pecado em
meu corpo, em minha carne”.
Ao compreender essa verdade, a doença e a
enfermidade não mais serão uma coisa assustadora.
Você sabe que foi curado e que essa cura é
permanente. Por isso, se, em sua ignorância, Satanás
traz doença sobre você, tudo o que precisa fazer é
confessá-la a Deus.
Diga: “Pai, perdoa-me por ter permitido que o
adversário tocasse o meu corpo, essa coisa santa, o
templo de Deus. Agora, em nome de Jesus, eu
ordeno que o poder do Adversário seja desfeito, e
eu tomo minha perfeita libertação em teu nome.
Amém!”.
A cura não é um problema de fé como
entendemos o termo, porque essa cura já aconteceu;
mas ela de fato ocorre no momento em que o
sacrifício substitutivo de Jesus torna-se uma
realidade para você.
Ao falar de enfermidade e confessá-la, você verá
o Adversário se aproveitando da sua confissão e
tornando-a realidade no seu corpo.
Não tenha medo de uma corrente de ar, pensando
que irá pegar um resfriado. Eu não tenho resfriado
desde que compreendi o meu lutar em Cristo, desde
que aprendi a assumi-lo e a agir como sendo a
verdade.
Você não precisa ficar doente, porque pelas
feridas dele você está curado. Esse trabalho foi
realizado quando Cristo ressurgiu dentre os mortos,
e isso pertence a você.
Agora compreenda este fato. O Pai não fala a
você como se você fosse uma criança: “Agora,
filho(a), se tem fé em mim, vou curar você”. Jesus
disse isso àqueles judeus, aos apóstatas do Antigo
Testamento; mas, quando fala a você, seu filho ou
filha, ele sabe que não é um problema de fé da sua
parte. Essa cura pertence a você.
Ao aceitar Jesus, você já aceitou a cura.
Por isso, agora, com tranquila confiança, levante
o olhar para a face do Pai e agradeça-lhe por sua
perfeita libertação.
24

Não diga que não pode quando


Deus diz que você pode

Don Gossett

A senhora Allison sofria de um caso crônico de


asma. Eu havia orado por ela várias vezes, mas cada
vez ela parecia pior.
Certo dia, ela se aproximou de mim para me falar
de sua aflição. Profundamente sincera, mas
desanimada a ponto de não poder conversar sem
chorar, ela disse: — Irmão Gossett, não compreendo
por que não posso receber minha cura. Sei de outras
pessoas pelas quais o senhor orou, pessoas que
sofriam de asma e que foram curadas. Se é verdade
que Deus não faz acepção de pessoas, por que ele
não me cura?
Eu respondi:
— Eu não sei por que a senhora não recebeu sua
cura, mas conte-me tudo a seu respeito.
Imediatamente ela começou a abrir o coração. Ela
me contou tudo sobre sua enfermidade e que ela
parecia incapaz de receber a cura.
— Sofro de asma há muitos anos, mas não
consigo me curar.
Já oraram por mim várias vezes. Outros além do
senhor oraram, mas não consigo ser curada.
Algumas noites tenho ataques de asma tão
sufocantes que chego a pensar que não poderei mais
respirar.
No dia seguinte depois de uma crise, não posso
sequer sair da cama. Outras vezes, sinto-me muito
bem no começo do dia, mas à tarde a asma começa
novamente e eu simplesmente não consigo fazer
nada. Eu trabalho num escritório, e em muitos dias
não consigo terminar minha tarefa do dia por causa
de minha respiração ofegante. Tenho orado, jejuado
e sondado meu coração.
Por que não posso receber a cura?
Olhei para aquela mulher. Tudo nela mostrava sua
sinceridade.
Obviamente ela estava buscando com muita
sinceridade sua cura do Senhor.
— Sra. Allison — comecei —, eu quero ajudar, e
creio que Jesus quer curar a senhora. Mas existe
uma coisa que precisa superar, algo tão sério quanto
a asma, antes de ser curada.
Sua expressão perplexa pareceu me dizer: “Não
compreendo sobre o que o senhor está falando. Eu
tentei tudo”.
Eu não esperava sequer que ela expressasse a
dúvida em palavras.
Falei diretamente a ela e a seu problema.
— Se eu mencionar algo que creio ser muito
importante, posso ser suficientemente honesto com a
senhora e dizer isso de modo direto? A senhora sabe
quanto eu quero ajudar. A senhora receberá isso de
mim, sabendo que sou apenas um servo do Senhor?
Sem hesitar um instante, ela respondeu: — Ah,
sim, eu vim até o senhor pela verdade, e quero que
me diga a verdade. Ajude-me da forma que puder;
se o Senhor mostrar algo em minha vida que não
está como deveria ser, quero que me diga. O senhor
não irá me magoar. Por favor, diga-me.
Calma e lentamente eu expliquei a ela: — É
verdade que a senhora tem um sério caso de asma,
mas eu estou me referindo a algo tão grave, talvez
mais grave, que a asma — sua atitude negativa. A
senhora tem o pior caso de “não-podite”
que já presenciei. Eu a ouvi, e mais de uma dúzia
de vezes a senhora disse: “Não posso”, “Não posso
ser curada”, “Não consigo recuperar o fôlego”,
“Não posso sair da cama pela manhã”, “Não posso
continuar o dia”, “Não posso continuar no
escritório”. Sua vida parece ser feita de “Não posso
fazer isto” e “Não posso fazer aquilo”.
Em nenhuma parte da Bíblia, Deus descreve a
senhora como alguém incapaz. De alguma forma, a
senhora assumiu esse mal de “não-podite”. Antes de
poder esperar qualquer melhora na sua vida,
qualquer cura, precisa mudar esse “Eu não posso”
para “Eu posso”.
Enquanto não fizer isso, a senhora não pode obter
a atenção de Deus que a ajude como ele quer fazê-
lo.
O tempo todo em que estive falando, a senhora
Allison chorou.
Comovido como eu estava com sua aflição e
estado emocional, percebi que devia continuar se
tivesse de ajudá-la a obter a atenção de Deus quanto
à sua graça e ao seu poder.
Ela aceitou meus comentários e, ainda chorando,
me pediu entre lágrimas: — E o que posso fazer a
respeito? Como posso mudar minha atitude?
Abri minha Bíblia em Filipenses 4.13, entreguei-
lhe e pedi que ela lesse o que estava escrito.
Suavemente, mas com uma determinação que eu até
então não tinha ouvido em sua voz, ela leu: “Tudo
posso naquele [Cristo] que me fortalece”.
— Então, esse é o segredo — eu lhe disse. — Em
vez de dizer: “Eu não posso receber a cura”, comece
a afirmar: “Em Cristo, que me fortalece, eu tudo
posso. Eu posso receber a cura. Eu posso ficar
inteiramente restabelecida por meio de Cristo, que é
o meu Salvador e o meu curador. Por suas feridas
eu estou curada”.
Não foi um restabelecimento instantâneo. A sra.
Allison havia praticado o “Eu não posso” durante
tanto tempo que foi preciso uma verdadeira
disciplina para que ela treinasse seus lábios
indisciplinados a falarem a Palavra de Deus. Muitos
meses depois, eu a vi novamente. Dessa vez, ela
estava alegre e radiante. Ansiosamente ela
compartilhou comigo seu testemunho da completa
cura realizada por Deus em sua asma dolorosa e
assustadora.
Como é a sua fé? Você decide levar a sério a
Palavra de Deus?
Você duvida? Você decide não confiar na Palavra
de Deus?
Quando se trata do que você pode fazer e ter em
Cristo, não diga “Eu não posso” quando Deus diz
“Você pode!”.
25

A ansiedade destrói a eficiência

E. W. Kenyon

A ansiedade é a filha doentia do medo e da


descrença. Que filha esse casal gerou!
A ansiedade conduz à perda de energia vital,
perturba nossos sistemas de saúde, prejudicando
nossa capacidade, e torna-se uma doença mental.
Quase todos a têm. É contagiosa e leva a todos os
tipos de desarranjos físicos e mentais.
Mas sua cura é simples: Confie no Senhor de
todo o seu coração e não se apoie em seu próprio
entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus
caminhos, e ele endireitará as suas veredas
(Provérbios 3.5,6).
Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque
ele tem cuidado de vocês (1Pedro 5.7).
Fique tranquilo durante um momento e lembre-se
disto: Deus está ao seu lado. Se Deus é por você, o
que pode ser contra você?
(cf. Romanos 8.31).
As pessoas não podem vencer o homem que
confia de todo o coração no Senhor. Não há
inimigos suficientes em todo o mundo para chicotear
o homem que confia totalmente na sabedoria de
Deus, seu Pai, e que não se inclina para o senso
comum.
Nenhum homem tem segurança para entrar no
mundo dos negócios até que tenha aprendido o
segredo da confiança completa no Senhor. Portanto,
se você ainda não aprendeu, e está carregando seus
fardos e enfermidades com inquietação, cuidado e
ansiedade, vá sozinho e resolva o grande problema
com ele. Beba da fonte da sabedoria e graça para
sair e fazer o seu trabalho com perfeita eficiência.
26

Deus cura?

Don Gossett

Anos atrás, eu ouvi falar de cultos de cura que


estavam sendo realizados numa igreja e cujos
resultados eram positivos. Fiz uma investigação com
meus amigos sobre o assunto de cura. O ponto de
vista deles sobre o assunto variava. Alguns diziam:
“Deus pode curar, mas não o fará”. Outros diziam:
“É possível que Deus cure, e ele pode curar”. Mas
foram as pessoas queridas que abraçaram o
evangelho pleno de Jesus, e que enfaticamente
declararam: “Deus pode curar e Deus curará”, que
me encorajaram.
Quando minha mãe e meu pai foram às reuniões
do evangelista William Freeman, quando sentiram a
grande realidade do poder milagroso do Senhor,
ficaram fascinados. Surpreendentemente, eles
quiseram voltar — e voltaram. Na terceira noite,
minha mãe foi à frente para receber o Salvador. Foi
um milagre maravilhoso quando minha querida mãe
aceitou o Senhor e nasceu de novo do Espírito.
Na noite seguinte, minha mãe estava na fila da
oração.
Quando o irmão Freeman orou por ela em nome
de Jesus, o poder do Senhor percorreu seu corpo
afligido e, num instante, o corpo inteiro. Foi um
lindo milagre que afetou grandemente minha
família. Quando eles viram quanto Jesus era real, e
como ele manifestou seu amoroso cuidado pela
humanidade sofredora, toda a minha família ficou
ansiosa por aceitar o Senhor. E assim o fez.
Nunca vou esquecer a noite em que minha mãe e
meu pai voltaram para casa depois daquelas reuniões
e eu os vi por volta da meia-noite. Eu os vi entrar
pela porta, eles se entreolharem com um sorriso e
então minha mãe deu a notícia: — O papai foi salvo
esta noite!
Louvado seja o Senhor!
Tivemos um momento de louvor aquela noite,
regozijando-nos pelo fato de tanto minha mãe como
meu pai terem sido salvos pela graça de Deus,
nascidos do céu e vinculados a ele.
Beber, jogar, infidelidade aos votos matrimoniais
— eram coisas do passado. De fato, “As coisas
antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”
(2Coríntios 5.17) quando Jesus Cristo faz de alguém
uma nova criatura.
27

O método de Deus curar bebês


em Cristo

E. W. Kenyon

Entre vocês há alguém que está doente?


Não deveria haver ninguém doente entre vocês
porque “pelas suas feridas fomos curados”. Porque
não tem havido progresso nem desenvolvimento
espiritual, e vocês são bebês em Cristo, continuam
doentes.
— Cura para o homem com inclinação carnal
Carnal significa “governado pelos sentidos”. O
homem com inclinação carnal é um cristão que
ainda não chegou ao lugar onde a Palavra o governe
e governa seu pensamento. Ele é chamado de “bebê
em Cristo” — carnalmente ocupado, carnal.
Ele é governado pela carne, pelo que vê com os
olhos, pelo que sente, ouve, prova e cheira. Ele é
governado pelo corpo, um filho de Deus governado
pelos sentidos. É um bebê em Cristo.
Paulo disse: “Irmãos, não pude falar a vocês
como a espirituais”
(1Coríntios 3.1), isto é, Paulo não pôde falar a
homens cujo espírito tivesse ascendido seu próprio
pensamento. O espírito deles havia sido recriado,
mas sua mente não renovada dirigia seu espírito.
“Não lhes posso falar como a homens cuja mente
está subordinada à Palavra de Deus”. A mente deles
não fora renovada. Eles ainda eram bebês.
Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas
difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos
para aprender. […]
Quem se alimenta de leite ainda é criança e não
tem experiência no ensino da justiça. (Hebreus
5.11,13) São muitos os crentes que se enquadram
nessa admoestação.
Eles não podem compreender a Palavra. O “
ensino da justiça” do qual fala o texto é bem pouco
compreendido. Eles nunca tiveram uma experiência
em viver a justiça. O que queremos dizer com isso?
Justiça significa a capacidade de permanecer na
presença do Pai, ou de demônios, ou de
enfermidades e doenças, sem a sensação de
inferioridade, condenação ou sentimento de pecado.
Os que vivem na justiça, ou que sabem pela
Palavra que são justiça de Deus em Cristo, são
completos senhores das circunstâncias, dos
demônios e das enfermidades. “Deus tornou pecado
por nós aquele que não tinha pecado, para que nele
nos tornássemos justiça de Deus” (2Coríntios 5.21).
Você está tendo experiência na Palavra da justiça;
está desco-brindo que é a Palavra que cura.
Este ministério da Palavra de Deus é a Palavra da
justiça. É a Palavra da justiça que liberta os homens,
que os tira do domínio de Satanás para a liberdade e
a prerrogativa dos filhos de Deus. Como eles se
tornam intrépidos! Como eles falam poderosamente!
Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais,
pelo exercício constante, tornaram-se aptos para
discernir tanto o bem quanto o mal. (Hebreus 5.14)
O crente descrito nesse texto cresceu na vida
espiritual em Cristo. Ele se alimentou da Palavra até
que a Palavra o transfigurou.
Tiago 5.14-16 é o método de Deus para curar o
crente propenso à carne, ou o bebê em Cristo. Deus,
em sua imensa graça, diz: Entre vocês há alguém
que está doente? Que ele mande chamar os
presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e
o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração
feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará.
E, se houver cometido pecados, ele será perdoado.
Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros
e orem uns pelos outros para serem curados. A
oração de um justo é poderosa e eficaz.
Observe cuidadosamente a situação. A pessoa
descrita não consegue ver que sua enfermidade foi
permitida sobre Cristo, mas pode ver os presbíteros,
ouvir suas orações e sentir as mãos deles e a unção
com óleo sobre sua fronte. Ele vive no âmbito dos
sentidos, quando a graça desce e o atende nessa
área.
Se ela tivesse se valido de seus privilégios, teria
agido de acordo com 1João 1.9: “Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Esse texto é para o cristão. Se aquele crente,
aquele bebê em Cristo, tivesse aproveitado seus
direitos e privilégios, teria levantado os olhos e dito:
“Pai, perdoa-me pelo que fiz e que causou minha
doença”. E então o Pai o teria perdoado e curado.
Mas ele tem de ver e sentir antes de poder crer. Ele
pertence à categoria de Tomé: “Quando eu vir, então
crerei” (cf. João 20.25).
Praticamente toda a fé que os homens tinham em
Jesus antes de sua morte e ressurreição era fé no
conhecimento sensorial. Eles acreditavam em coisas
que podiam ver e ouvir. Eles não podiam crer numa
ressurreição porque nunca haviam visto uma.
Tinham visto Lázaro ressuscitar dentre os mortos;
mas ele simplesmente foi ressuscitado, voltou
novamente à vida.
Oh, a graça do nosso Senhor Jesus Cristo que
desce ao nosso nível e nos atente onde estamos —
até mesmo quando nós aparentemente não podemos
agir pela Palavra pelo fato de sermos governados
pelos sentidos.
28

Pró-memória da cura

Don Gossett

Leia e memorize os seguintes textos das Escrituras


que produzem milagres. Eles trarão a você cura
completa!
1. “Meu filho, escute o que digo a você; preste
atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista;
guarde-as no fundo do coração, pois são vida para
quem as encontra e saúde para todo o seu ser”
(Provérbios 4.20-22).
2. “Amado, oro para que você tenha boa saúde e
tudo corra bem, assim como vai bem a sua alma”
(3João 2).
3. “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e
renova dentro de mim um espírito estável” (Salmos
51.10).
4. “Trata com bondade o teu servo para que eu
viva e obedeça à tua palavra” (Salmos 119.17).
5. “A oração de um justo é poderosa e eficaz”
(Tiago 5.16).
6. “Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça
nenhuma de suas bênçãos! É ele que perdoa todos
os seus pecados e cura todas as suas doenças”
(Salmos 103.2,3).
7. “[…] Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e poder […] ele andou por toda parte
fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo
Diabo, porque Deus estava com ele” (Atos 10.38).
8. “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
sobre si levou as nossas doenças” (Mateus 8.17).
9. “[E]u sou o Senhor que os cura” (Êxodo
15.26).
10. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para
sempre”
(Hebreus 13.8).
11. “Acaso não sabem que o corpo de vocês é
santuário do Espírito Santo que habita em vocês,
que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de
vocês mesmos? Vocês foram comprados por alto
preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu
próprio corpo” (1Coríntios 6.19,20).
12. “[…] imporão as mãos sobre os doentes, e
estes ficarão curados” (Marcos 16.18).
13. “O coração bem disposto é remédio eficiente,
mas o espírito oprimido resseca os ossos”
(Provérbios 17.22).
14. “Pela fé no nome de Jesus, o Nome curou
este homem que vocês veem e conhecem. A fé que
vem por meio dele lhe deu esta saúde perfeita, como
todos podem ver” (Atos 3.16).
15. “Então, esta mulher, uma filha de Abraão a
quem Satanás mantinha presa por dezoito longos
anos, não deveria no dia de sábado ser libertada
daquilo que a prendia?” (Lucas 13.16).
16. “E o poder do Senhor estava com ele para
curar os doentes”
(Lucas 5.17).
17. “[A]quele que ressuscitou a Cristo dentre os
mortos também dará vida a seus corpos mortais, por
meio do seu Espírito, que habita em vocês”
(Romanos 8.11).
18. “Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês”
(Tiago 4.7).
19. “Ele enviou a sua palavra e os curou” (Salmos
107.20).
20. “[R]elatem todas as suas maravilhas” (Salmos
105.2).
21. “Mas, para vocês que reverenciam o meu
nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em
suas asas” (Malaquias 4.2).
22. “E todos procuravam tocar nele, porque dele
saía poder que curava todos” (Lucas 6.19).
23. “[…] pelas suas feridas fomos curados”
(Isaías 53.5).
24. “Descanse somente em Deus, ó minha alma;
dele vem a minha esperança” (Salmos 62.5).
25. O Senhor “enche de bens a sua existência, de
modo que a sua juventude se renova como a águia”
(Salmos 103.5).
26. “Visto que estão ansiosos por terem dons
espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a
edificação para a igreja” (1Coríntios 14.12).
29

Métodos de cura

E. W. Kenyon

Existem cinco maneiras pelas quais a cura é


obtida através da Palavra. O primeiro método é
simplesmente usar a cura como meio de propagar o
evangelho e abençoar a pessoa. João 14.13,14 pode
ser usado nessa conexão: “E eu farei o que vocês
pedirem em meu nome, para que o Pai seja
glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu
nome, eu farei”.
Se houver dor, diga: “Em nome de Jesus Cristo,
saia do meu corpo”. Então a dor deve sair. Você é o
dominador do seu próprio corpo. Você o governa.
Você tem o direito de libertá-lo da dor ou da doença.
Por isso, em nome de Jesus, você pode ordenar à
doença que saia. Você não está exigindo a cura do
Pai, porque ele deu a você autoridade sobre as
forças demoníacas.
Além disso, você pode usar o nome dele para
quebrar o poder do adversário sobre os não salvos e
abrir caminho para que eles aceitem Cristo. Nesse
nome “imporão as mãos sobre os doentes, e estes
ficarão curados” (Marcos 16.18). Todo crente
deveria compreender isso claramente, ou seja, que
ele tem o direito de perfeita libertação da mão de seu
inimigo em nome de Jesus Cristo.
Um segundo método encontra-se nesse mesmo
versículo: “em meu nome […] imporão as mãos
sobre os doentes, e estes ficarão curados” (Marcos
16.17,18). O crente tem nele a natureza e a vida de
Deus. O Espírito habita nele. Portanto, tem o poder
dentro dele, que sai por meio de suas mãos e cura os
enfermos em nome de Jesus.
Às vezes, é acompanhado por manifestações. A
pessoa sente a vida de Deus sendo derramada em
seu corpo. Mas outras vezes não há manifestação.
Não faz diferença se existe ou não qualquer
sensação. O mesmo poder que está no crente pode
ser exercido em nome de Jesus em favor de um
enfermo num local distante.
No momento em que ele ora por intermédio desse
nome, o poder curador de Deus chega à pessoa e ela
é curada.
Um terceiro método é para o crente carnal, isto é,
o crente que é governado pelos sentidos, não pela
Palavra. Lembre-se, a Bíblia o chama de criança em
Cristo (cf. 1Coríntios 3.1). Tiago diz: Entre vocês há
alguém que está doente? Que ele mande chamar os
presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e
o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração
feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará.
E, se houver cometido pecados, ele será perdoado
(5.14,15).
Este texto não é para crentes plenamente adultos,
mas para os que nunca desenvolveram sua vida
espiritual a fim de que assumissem sua posição em
Cristo. É para aqueles que precisam depender de
outros para que orem por eles.
Um quarto método de cura encontra-se no livro
de João: “Naquele dia, vocês não me perguntarão
mais nada. Eu asseguro que meu Pai dará a vocês
tudo o que pedirem em meu nome.
Até agora vocês não pediram nada em meu nome.
Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja
completa” (16.23,24).
Todo crente tem o direito de pedir ao Pai por cura
ou qualquer outra bênção; e, se ele pede em nome
de Jesus, tem completa garantia de que o Pai ouvirá
e responderá a seu pedido.
Um quinto método de cura encontra-se em
Mateus 18.19,20: “Também digo que, se dois de
vocês concordarem na terra em qualquer assunto
sobre o qual pedirem, isso será feito a vocês por
meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem
dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio
deles”.
Quando duas pessoas estiverem unidas em
oração, pedindo em nome de Jesus a cura de
pessoas queridas, receberão a resposta.
Deus vela por sua Palavra para torná-la eficaz.
Existe outro método de cura que eu acredito ser o
melhor.
A Bíblia diz: Certamente ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e sobre si levou as nossas
doenças; contudo nós o consideramos castigado por
Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi
traspassado por causa das nossas transgressões, foi
esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo
que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas
feridas fomos curados (Isaías 53.4,5).
Eis a declaração completa do fato de que pelas
feridas dele nós fomos curados: Ele mesmo levou
em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a
fim de que morrêssemos para os pecados e
vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês
foram curados (1Pedro 2.24).
E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta
Isaías: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
sobre si levou as nossas doenças” (Mateus 8.17).
Esses textos provam que essa cura é nossa.
Simplesmente sabemos que por suas feridas nós
fomos curados. Agradecemos ao Pai por nossa
perfeita libertação. Não é necessário orar ou pedir
ao Pai que nos cure, porque sabemos que sua
Palavra diz: “pelas suas feridas fomos curados”
(Isaías 53.5). As dores no nosso corpo foram postas
em Jesus. Ele as suportou. Não precisamos carregá-
las.
Tudo o que precisamos fazer é reconhecer e
aceitar esse fato.
Recusamo-nos a permitir enfermidade no nosso
corpo porque estamos curados. Todo crente deveria
compreender totalmente que sua própria cura foi
consumada em Cristo. Isso significaria o fim de
males crônicos no corpo do crente!
30

Grande alegria na cura

Don Gossett

Quando me lancei no ministério do evangelho em


tempo integral, eu morava na casa de uns amigos.
Certo dia, eu estava brincando com o filho deles de
5 anos, que me pediu com insistência para segurar
suas mãos e rodopiá-lo. Ao levantá-lo, senti seus
pequenos ossos se quebrarem em minha mão forte.
Seus pais ficaram apavorados; correram com ele
para o médico em uma pequena cidade vizinha e o
médico tirou uma radiografia e deu o diagnóstico
desanimador: — O braço do menino está quebrado
de tal forma que é necessária uma cirurgia complexa
para restabelecer os ossos. Eu não estou preparado
para realizar essa operação aqui. Vou telefonar para
o hospital mais próximo e pedir que eles preparem a
cirurgia.
Levamos o menino às pressas ao hospital, que
ficava a 80 quilômetros de distância. Ele estava
sentado entre seus pais no assento dianteiro, e eu
sozinho no banco de trás. Eu sentia o coração
apertado pensando naquele pequeno que ia enfrentar
uma cirurgia e cujo braço, na verdade, eu havia
quebrado! Consciente da gravidade da condição,
tirei do bolso meu Novo Testamento e o abri em
João 16.24: “Até agora vocês não pediram nada em
meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de
vocês seja completa”.
Com lágrimas nos olhos, eu orei: “Senhor, que
alegria completa teríamos se curasses este braço
quebrado do menino, agora mesmo enquanto
viajamos. Em nome de Jesus, eu peço que cures este
braço e o tornes completamente são!”. Essa foi uma
oração muito sincera.
Logo o menino adormeceu o restante da viagem.
Quando chegamos, os médicos estavam prontos
para a cirurgia.
No entanto, primeiro eles precisaram tirar mais
radiografias para determinar como operar. Cerca de
quinze minutos depois, eles retornaram com uma
expressão desorientada. Eles nos mostraram as
radiografias, e não havia nenhuma indicação de
qualquer osso quebrado!
Enquanto aqueles médicos estavam atônitos, nós
estávamos cheios de alegria porque Jesus
milagrosamente interveio e curou o braço quebrado
daquele garoto! Aleluia! Quanto júbilo sentimos!
Como agradecemos nosso Cristo triunfante! “Sim,
coisas grandiosas fez o Senhor por nós, por isso
estamos alegres” (Salmos 126.3).
31

Cura na redenção

E. W. Kenyon

Vimos a cura para o mundo em nome de Jesus.


Agora vamos ver a cura para o homem que desfruta
da plenitude de seus privilégios em Cristo.
Isaías 53 é uma previsão do ministério público de
Jesus e seu sacrifício substitutivo. Trata-se de uma
profecia velada, mas depois mostrada pela revelação
paulina como pertencente a nós. Ele “Foi
desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de
dores e experimentado no sofrimento” (Isaías 53.3).
Ele foi uma raiz de terra seca, mas precioso para
o Pai, embora condenado pelo mundo.
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um
homem de dores e experimentado no sofrimento.
Como alguém de quem os homens escondem o
rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em
estima.
Certamente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e sobre si levou as nossas doenças;
contudo nós o consideramos castigado por Deus,
por Deus atingido e afligido. (Isaías 53.3,4) Assim
como houve muitos que ficaram pasmados diante
dele; sua aparência estava tão desfigurada, que ele se
tornou irreconhecível como homem; não parecia um
ser humano. (Isaías 52.14) Na margem da The
Cross Reference Bible [ Bíblia de Referência
Cruzada], consta: “[Os homens] estavam atônitos
com ele, porque sua aparência estava tão deformada
que não parecia um homem, e sua figura não
parecia ser humana”. E continua: “Assim muitos se
admirarão dele. Seu rosto estava tão desfigurado,
tornando-o tão diferente de um homem, e sua forma
diferente dos filhos dos homens […] [Sua
aparência] não era de um homem, e sua figura não
mais parecia a de um homem”.
Ele foi feito pecado com nosso pecado sob o
domínio de Satanás.
Essa é a descrição do Espírito de Jesus, não de
seu corpo. Ele foi feito doenças e enfermidades e,
quando essas enfermidades vieram sobre seu
precioso Espírito, ele deixou de parecer um homem.
O coração não pode aceitar isso. A razão fica
perplexa diante de declarações como esta: Ele foi
“castigado por Deus, por Deus atingido e afligido”
(Isaías 53.4).
Foi Deus que colocou nossas enfermidades sobre
ele. Foi a justiça que exigia uma recompensa por
nossas ofensas. “Mas ele foi traspassado por causa
das nossas transgressões, foi esmagado por causa de
nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz
estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”
(Isaías 53.5).
A enfermidade é espiritual Agora pode-se ver
que a enfermidade foi curada espiritualmente. Deus
não trata a enfermidade fisicamente. A doença, hoje,
é espiritual. Eu descobri que, quando posso provar
pela Palavra a um homem doente que nossas
enfermidades foram lançadas sobre Jesus, e ele
aceita esse fato, é instantaneamente curado.
Enquanto pensarmos que enfermidade é
puramente física, não obteremos nossa libertação.
Mas, quando entendermos que ela é espiritual, e que
precisa ser curada pela Palavra de Deus — lembre-
se que ele disse: “Ele enviou a sua palavra e os
curou” (Salmos 107.20) — então a cura se tornará
uma realidade. Ele foi traspassado por causa das
nossas transgressões — isso foi espiritual. Foi
esmagado por causa das nossas iniquidades — esse
“esmagar” foi espiritual.
Os ferimentos que os soldados fizeram não
tiraram o pecado, porque, se o tivessem tirado, o
pecado seria uma coisa física, algo relativo a
conhecimento sensorial. A justiça humana lida
apenas com as evidências dos sentidos — não o que
o homem pensa, mas o que ele diz ou faz. Não,
Jesus suportou sofrimentos que os sentidos não
podem compreender. Eles permanecem mudos e
impotentes na presença da grande tragédia que
aconteceu no Calvário. Não foram os ferimentos
físicos feitos pelo oficial r omano. Foram a s feridas
que a justiça impôs sobre seu Espírito.
Todos nós, como ovelhas, nos desviamos, cada
um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o
Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.
(Isaías 53.6) Todavia agradou a Jeová feri-lo; ele o
fez enfermar (anotação marginal da Revised
Version).
O amor pode ver a humanidade redimida. A fé
pode ver uma nova criação. Deus fez Cristo ficar
doente com a nossa enfermidade. Não precisamos
estar doentes. Somente a ignorância dos nossos
direitos ou a recusa em agir sobre a Palavra pode
nos manter doentes. Ele o fez pecado com o nosso
pecado. Não precisamos permanecer no pecado.
Ele tornou-se pecado para que pudéssemos ser
justos. Ele foi para o inferno para que pudéssemos ir
para o céu. Ele foi enfraquecido para nos tornar
fortes. Ele tomou nosso lugar, satisfez todas as
necessidades, satisfez todas as reivindicações de
justiça e nos libertou.
Se esse for o caso, a doença do crente está errada,
assim como a fraqueza e qualquer outra coisa que
Satanás trouxe sobre o homem estão erradas,
porque Cristo já sofreu para acabar com elas.
Alguns fatos sobre a vida sobrenatural Na
mente do Pai, nós somos super-homens. Somos
conquistadores e vencedores.
O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é
a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é
que vence o mundo? Somente aquele que crê que
Jesus é o Filho de Deus. (1João 5.4,5) Foi a nossa
fé que nos introduziu na família de vencedores.
Nós cremos que Jesus é o Filho de Deus, que ele
morreu por nossos pecados de acordo com as
Escrituras, e que ressurgiu para nossa justificação.
Nós cremos que, no momento em que o recebemos
como nosso Salvador e o confessamos como nosso
Senhor, Deus nos toma para sermos seus filhos e
nos dá a vida eterna.
Isso nos inclui na esfera de vencedores. Somos
super-homens e super mulheres. A cura e a vitória
são nossas. Elas são nossas sem pedirmos. Tudo o
que precisamos fazer é simplesmente saber disso e
louvar o Senhor por isso. “Portanto, visto que temos
um grande sumo sacerdote que adentrou os céus,
Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a
firmeza à fé que professamos” (Hebreus 4.14).
A King James Version [Versão do Rei Tiago]
registra: let us hold fast our profession (agarremo-
nos à nossa confissão). Devemos manter firme a
nossa confissão. Qual é a nossa confissão? É que
somos uma nova criação, que o pecado foi afastado
e que nós somos os justos de Deus em Cristo. Nós
confessamos: “Certamente ele tomou sobre si as
nossas enfermidades” (Isaías 53.4). A nossa
confissão é que ele foi castigado por Deus com
nossas enfermidades e fraquezas, e agora por suas
feridas nós estamos completamente curados. Pecado
e doença foram afastados e, em nome de Jesus,
temos domínio sobre Satanás e sobre a obra de suas
mãos.
Em nome de Jesus, nós expulsamos demônios.
Em seu nome, impomos as mãos aos doentes e eles
se recuperam. Se podemos expulsar demônios,
podemos também ordenar ao demônio
“Enfermidade” que saia do nosso corpo, porque a
doença foi provocada por um demônio e está sendo
desenvolvida por um demônio. Nós dizemos: “Em
nome de Jesus, Enfermidade, saia deste corpo”.
Esse demônio é obrigado a obedecer ao nome de
Jesus.
Quando Jesus ressurgiu dentre os mortos, ele o
fez porque ele (e nós!) venceu Satanás.
[T]endo despojado os poderes e as autoridades,
fez deles um espetáculo público, triunfando sobre
eles na cruz. (Colossenses 2.15) O triunfo de Jesus é
nosso triunfo. A vitória de Jesus é nossa vitória. Ele
não fez nada para si mesmo; ele fez tudo em nosso
favor.
Hoje nós somos mais que vencedores por meio
dele, que nos amou.
Jamais devemos falar sobre doenças. Quando
contamos nossos problemas às pessoas, é sempre
para obter a compaixão delas.
Esse problema veio do Adversário. Quando
contamos nossos problemas, estamos dando o nosso
testemunho da capacidade de Satanás de nos pôr em
dificuldade. Quando falamos das nossas
enfermidades, estamos enaltecendo o Adversário,
que teve a capacidade de colocar aquela
enfermidade sobre nós. Quando confessamos nossa
falta de força ou capacidade, confessamos que
Satanás nos cegou tanto que não podemos desfrutar
nossos direitos e privilégios.
A oração de incredulidade nunca gera fé. Quando
você ora por fé, confessa sua incredulidade. Isso
aumenta suas dúvidas, porque a oração nunca é
ouvida. Quem duvida, sempre ora por outras coisas
que já são suas. Deus o abençoou com toda bênção
espiritual que governa cada necessidade espiritual. A
redenção nunca foi vista como uma realidade para
ele. É uma teoria, um credo, uma doutrina. Ele
espera evidência experimental dela.
Satanás se aproveita da nossa ignorância da
redenção e coloca enfermidade sobre nós,
mantendo-nos em servidão. O derrotado (o Diabo)
mantém seu senhor (o crente) em servidão.
O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de
quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio;
de quem terei medo?
(Salmos 27.1) Deus fez de Cristo a nossa
sabedoria. Ele o fez ser redenção para nós. Se isso
for verdade, Satanás não tem direito de reinar sobre
nós com doença, fraqueza ou fracasso.
Sempre que falamos dos nossos problemas,
enaltecemos aquele que os colocou sobre nós. Nossa
confissão deveria ser que Deus é hoje a nossa Força,
nossa Sabedoria, nossa completa e perfeita
Redenção, nossa Santificação e nossa Justiça. Nós
somos a justiça de Deus em Cristo. Podemos fazer
todas as coisas naquele que nos fortalece.
Hoje, o nome de Jesus nos nossos lábios pode
vencer enfermidades e doenças. Esse nome pode
produzir coragem e vitória ao derrotado e abatido.
32

Como permanecer doente

Don Gossett

Aqui estão algumas maneiras de permanecer


doente; evite-as a todo custo!
1. Fale aos outros sobre suas enfermidades. Isso
não apenas produzirá compaixão e atenção; dará a
você um bom assunto de conversa e irá desencorajar
a fé de outros que precisam confiar em Deus por
cura e saúde.
2. Fale assim: “Quando se trata de cura, eu sou
exatamente como Tomé; tenho de ver, senão jamais
crerei”. Ou: “É difícil demais crer em Deus nestes
dias. Eu tenho uma fé muito pequena. Tento crer em
Deus, mas isso simplesmente não funciona”.
3. Aqui está outra frase que irá manter você
doente: “Eu devo ser como o apóstolo Paulo; devo
ficar com um espinho na carne. Paulo orou três
vezes para que o espinho fosse retirado, mas seu
pedido foi negado. Por isso, minha enfermidade
deve ser meu espinho na carne”. (Observe: O
espinho na carne de Paulo foi um mensageiro de
Satanás para esbofeteá-lo em razão da abundância
de revelação que Deus lhe havia concedido.) 4.
Converse com alguém que fica doente a maior parte
do tempo, e conseguirá dicas sobre como lograr os
mesmos resultados. Por exemplo, essa pessoa diz:
“Tudo o que sei sobre o que a Bíblia diz acerca de
cura é sobre o espinho na carne de Paulo, os
tumores de Jó e a dor de estômago de Timóteo. E
da vez em que Paulo deixou para trás, doente, um
de seus ajudantes. Agora, se a cura deveria ser feita,
certamente um grande homem como Paulo teria sido
capaz de torná-la realidade”.
5. Se você quiser permanecer doente, aqui está
uma lista do que nunca deve dizer: “Por suas
feridas, eu sou curado” (cf.
Isaías 53.5; 1Pedro 2.24). Isso honraria
corajosamente o que Jesus Cristo providenciou
quando foi ferido para a cura de seu povo. Nunca
confesse: “Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e sobre si levou as nossas doenças”
(Mateus 8.17). Se dissesse isso, você estaria
concordando com Deus, e isso não o ajudaria a
permanecer doente. Ao falar dessa forma, você trará
honra e glória ao amado Filho de Deus que sofreu
tal punição para que você pudesse ser curado.
Nunca diga: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem,
hoje e para sempre” (Hebreus 13.8). Isso seria
admitir que o Cristo que curou os doentes ao andar
pelas praias da Galileia é o mesmo hoje em sua
compaixão, poder e disposição para curar. Isso não
será conveniente se você quiser continuar doente!
6. Fale sempre às outras pessoas sobre suas
operações, aflições e problemas de saúde em geral.
Isto o distinguirá como alguém que realmente
“viveu” e o manterá no nível da vida natural em vez
da vida sobrenatural que Cristo veio dar: “[E]u vim
para que tenham vida e a tenham plenamente”
(João 10.10).
7. Se você alguma vez recebeu cura ou uma
resposta milagrosa à oração, não fale a respeito. Isso
pode fazer que você pense que Deus pode curar
novamente e que você não mais ficará doente.
Especialize-se em falar aos outros sobre aqueles que
supostamente “morreram confiando em Deus”.
Diga: “Eu conheço um homem de Deus, um
verdadeiro cristão e, se Deus não curou um
maravilhoso cristão como ele, não há esperança para
mim”.
8. Se um de seus entes queridos ou parentes
morreu de alguma doença, fale disso com
frequência. Diga: “Eu tive fé em Deus durante muito
tempo, mas o fato de ele não ter curado meu amado
levou-me a perder toda a fé em cura”.
Seja amargo contra Deus.
9. Sempre que ouvir um maravilhoso testemunho
de cura no rádio ou na TV, ou ler a respeito de um
milagre, não se esqueça de zombar e lançar dúvidas
sobre sua autenticidade.
Declare que provavelmente houve um erro no
diagnóstico ou algo para desacreditar o que Deus
fez.
10. Diga sempre: “Eu não consigo minha cura.
Deus não quer atender à minha necessidade. Receio
ser melhor fazer algo mais do que confiar em Deus.
Eu sou fraco demais em minha fé. Satanás é
poderoso demais e um opressor terrível. Eu tentei
antes, mas fui derrotado. Estou preocupado demais
se isso se tratar de câncer. Parece que estou
destinado a permanecer sob servidão física. Muitas
pessoas têm orado por mim, mas não tenho tido
resultados. Minha fé está aniquilada. Por que eu
deveria louvar o Senhor?
Eu estou muito desanimado”.
Se você quer permanecer doente, apenas pratique
esses dez passos. Se você está “doente e cansado de
permanecer doente”, então confesse exatamente o
oposto, e conseguirá os benefícios. O que você
confessa é exatamente o que possui, tanto a doença
como a saúde!
33

Restabelecido em Cristo

E. W. Kenyon

Não importa como você olha para o cristianismo,


ele é um milagre, e o milagre mais surpreendente é a
nova criação. Nós nunca fomos capazes de chegar
ao coração dele; ficamos de fora como espectadores
e olhamos para ele de seus vários ângulos. Vamos
olhar para ele agora.
Um homem torna-se uma nova criação ao receber
a própria vida e natureza de Deus. Tome este texto
bíblico como uma ilustração: Isso aconteceu quando
vocês foram sepultados com ele no batismo e com
ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de
Deus que o ressuscitou dentre os mortos. Quando
vocês estavam mortos em pecados e na
incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com
Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões
(Colossenses 2.12,13).
Nós fomos vivificados junto com ele. Fomos
ressuscitados “mediante a fé no poder de Deus” —
este é o aspecto legal da nova criação. Tudo o que é
legalmente nosso pode se tornar uma realidade vital.
Na mente do Pai, nós fomos vivificados junto
com Cristo.
Quando ele se tornou vivo em Espírito, tornamo-
nos vivos em Espírito. Isso se torna uma realidade
para nós quando pessoalmente aceitamos Cristo
como Salvador e o confessamos como Senhor.
A vida de Deus entra no nosso espírito e nos
recria.
“Vocês estavam mortos em suas transgressões e
pecados”
(Efésios 2.1).
Isso pode ser chamado de milagre do cristianismo
— tornar-se uma verdadeira nova criação.
Se não temêssemos a velhice, haveria mais prazer
nela do que na juventude. Nós a tememos por causa
do medo assombroso da dor, da doença e da luta
com a morte.
Alguns fatos sobre a vida e a morte podem nos
ser úteis.
Primeiro, a morte espiritual é a origem da morte
física. Só houve morte física porque Adão morreu
espiritualmente.
Não havia morte no projeto original da criação.
Sabemos que, no final desta era, a morte será
tragada pela imortalidade.
As Escrituras dizem: “O último inimigo a ser
destruído é a morte”
(1Coríntios 15.26).
Haverá uma eternidade sem morte. Por que não
pode haver um presente sem doença? Eu creio ser
da vontade do Pai que a Igreja seja tão livre de
doenças assim como é livre do pecado.
A morte é um inimigo, e fraqueza e enfermidade
são inimigos.
Agora a morte não é apenas inimiga do homem; é
também inimiga de Deus.
Na ressurreição do Senhor Jesus, a morte perdeu
seu domínio: [S]endo agora revelada pela
manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele
tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a
imortalidade por meio do evangelho (2Timóteo
1.10).
O Senhor Jesus fez duas coisas: ele aboliu o
domínio da morte e nos trouxe vida e imortalidade.
Ao ressurgir dentre os mortos, ele venceu
pessoalmente a morte. Ele venceu também a morte
em Lázaro e no filho da viúva. Ele foi o Senhor da
vida.
Então a morte e o Hades foram lançados no lago
de fogo.
O lago de fogo é a segunda morte. (Apocalipse
20.14) “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima.
Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro,
nem dor, pois a antiga ordem já passou”.
(Apocalipse 21.4) Quando ele voltar, será o fim da
morte. Essa promessa da destruição final da morte
sugere que no plano da redenção está algo para nos
dar garantia de uma vida sem doença, até que
nossos corpos se desgastem e a imortalidade vença
sem luta.
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um
homem de dores e experimentado no sofrimento.
Como alguém de quem os homens escondem o
rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em
estima.
Certamente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e sobre si levou as nossas doenças,
contudo nós o consideramos castigado por Deus,
por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado
por causa das nossas transgressões, foi esmagado
por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos
trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas
fomos curados. […] Contudo, foi da vontade do
Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o
Senhor tenha feito da vida dele uma oferta pela
culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a
vontade do Senhor prosperará em sua mão. […]
Por isso eu lhe darei uma porção entre os
grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes,
porquanto ele derramou sua vida até a morte e foi
contado entre os transgressores. Pois ele levou o
pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
(Isaías 53.3-5,10,12) Esse é agora seu ministério
sumo sacerdotal à direita do Pai.
Podemos ver nesse programa por meio das
palavras “pelas suas feridas fomos curados” que os
problemas do pecado e doença foram resolvidos.
Tão certo como Jesus foi nosso substituto para o
pecado, tornamo-nos nele justiça de Deus (cf.
2Coríntios 5.21). E o objetivo de ele ter sido
atingido e afligido foi para que pudéssemos ser
perfeitamente curados com a vida dele. Não há
como fugir do fato de que, tão certo como ele lidou
com o problema do pecado, lidou também com o
problema da enfermidade.
Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim
dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o
sacrifício de si mesmo. […]
Mas, quando esse sacerdote acabou de oferecer,
para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se à direita de Deus.
(Hebreus 9.26; 10.12) Ele afastou o pecado para
que pudéssemos nascer de novo, tornar-nos nova
criação, para que a natureza do pecado que nos
mantinha cativos do Adversário fosse erradicada e
que a natureza de Deus tomasse seu lugar.
É a nova natureza que resolve o problema do
pecado para cada um de nós individualmente. O
problema do pecado está resolvido.
As coisas que fizemos antes de aceitarmos Cristo
são aniquiladas como se nunca tivessem ocorrido.
Agora estamos na família. Nós somos nele justiça
de Deus.
Hebreus 10.38 diz: “Mas o meu justo viverá pela
fé. E, se retroceder, não me agradarei dele”. A nova
criação é chamada justiça de Deus.
Sua posição com o Pai é exatamente como a
posição de Jesus. E, se ele pecar, tem um Advogado
com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele perde o senso
de justiça quando peca, mas Jesus, o Justo,
intercede por ele e restaura sua comunhão perdida e
seu senso de justiça.
Quando alguém confessa seu pecado ao Pai,
recebe o perdão.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar
de toda injustiça” (1João 1.9). Isso restaura sua
comunhão espiritual com o Pai, trazendo-o de volta
à plena comunhão com ele.
Agora, na mente de Deus, ele é tão curado da
doença quanto é curado do pecado, pois “pelas suas
feridas fomos curados”. Enfermidades do espírito —
dúvidas, temores, consciência do pecado, uma
sensação de inferioridade, medo da indignidade e
um sentimento de inaptidão para estar na presença
de Deus — são coisas que impedem a cura de uma
pessoa. Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de
Deus, purifica de tudo isso, no momento em que a
pessoa reconhece seu pecado. Perdão significa
completa limpeza de tudo o que é confessado, como
se nunca tivesse cometido o ato.
Pois, enquanto estamos nesta casa, gememos e
nos angustiamos, porque não queremos ser
despidos, mas revestidos da nossa habitação
celestial, para que aquilo que é mortal seja absorvido
pela vida. Foi Deus que nos preparou para esse
propósito, dando-nos o Espírito como garantia do
que está por vir. (2Coríntios 5.4,5) A palavra grega
aqui para vida é zoe. Ela significa vida eterna, ou
vida ressurreta. Em outras palavras, significa que a
vida do Filho de Deus, a vida eterna, pode dominar
completamente, governar, tragar e controlar nossa
vida física.
Além disso, se, depois de termos sido curados da
doença, o Adversário coloca em nós alguma outra
doença ou enfermidade que rompa nossa comunhão
física com o Pai, tudo o que precisamos fazer para
sermos curados é seguir o procedimento que
seguimos quando rompemos a comunhão espiritual
com o Pai: confessar nossos pecados.
Se isso for verdade, então a doença é
completamente der rotada, a fraqueza física é
eliminada, e Salmos 27.1 é uma realidade: “O
Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem
terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de
quem terei medo?”, tanto como o que Jesus diz em
João 8.12: “Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue, nunca andará em trevas, mas
terá a luz da vida”.
Luz é conhecimento, e Jesus é a Luz do mundo.
Por isso, quem anda nessa luz não tropeçará como
alguém que anda nas trevas, porque terá a Luz da
vida. “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus
passos e luz que clareia o meu caminho” (Salmos
119.105).
A Palavra será sua lâmpada, sua luz e sua
salvação. Isso é redenção; isso é libertação das
coisas que não estão na vontade do Pai. Não se
pode, durante um momento, crer que a mortalidade
— fraqueza, doença e morte — esteja na vontade
do Pai. Não se pode conceber que a doença e a
fraqueza sejam a vontade do Pai.
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação” —
isso significa salvação da doença, da enfermidade e
da fraqueza do corpo físico.
A redenção planejou exatamente isso — que o
novo corpo nunca deveria estar sujeito à doença
depois que nascemos de novo.
O medo da fraqueza, da morte ou da dor não
domina mais nossa vida porque fomos libertos.
Somos vencedores.
Alguém pode perguntar: “E quanto ao espinho na
carne de Paulo?”. Aquilo não foi doença. Foi um
demônio interferindo em seu ministério público e em
sua pregação, fazendo-o gaguejar.
Não teve nada a ver com doença. Além disso,
toda essa conversa absurda sobre Lucas ser o
médico de Paulo não é verdade. Os médicos eram
feiticeiros; pertenciam ao grupo espiritualista. A
palavra grega pharmacia, de onde tiramos a palavra
“farmacêutico”, é a palavra para “feiticeiro”.
Em 2Coríntios 4.10,11, Paulo diz: Trazemos
sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que
a vida de Jesus também seja revelada em nosso
corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre
entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua
vida também se manifeste em nosso corpo mortal
(2Coríntios 4.10,11).
Por que trazer no “corpo o morrer de Jesus”? Os
coríntios viviam em constante medo de serem
apedrejados, lançados aos leões, ou queimados na
estaca.
“Para que a sua vida [de Jesus] também se
manifeste em nosso corpo mortal” é uma declaração
surpreendente. A vida de Deus reina no nosso corpo
físico.
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de
quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio;
de quem terei medo?”
(Salmos 27.1).
Nosso corpo mortal, nosso corpo condenado à
morte, agora tem a força de Deus, a vida de Deus,
porque a vida de Jesus é transmitida ao nosso corpo
físico. Isso não é cura. Isso é preservação contra a
doença. Isso é proteção. Essa é a força, o poder e a
capacidade de Deus no nosso corpo físico.
Portanto, não tente obter a sua cura. Deus a deu a
você. Não tente acreditar. Você é um crente, e todas
as coisas são suas. Nem sequer mencione a dúvida.
Isso apenas gera mais dúvida.
34

Do alto da cabeça à sola dos


seus pés

Don Gosset

Faça das seguintes declarações uma confissão


pessoal de fé.
Essas emocionantes verdades ministrarão
completa libertação.
1. Eu fiz uma descoberta maravilhosa: “Cristo nos
redimiu da maldição da Lei quando se tornou
maldição em nosso lugar” (Gálatas 3.13). Que
maldição foi essa? Ela está registrada em
Deuteronômio 28.15-68 — muitas enfermidades
vieram sobre o povo em razão da desobediência à lei
de Deus. Elas incluíam ser afligido “desde a sola do
pé até o alto da cabeça” (v. 35).
2. Cristo reverteu a maldição! Cristo Jesus me
redimiu da maldição da lei quando se tornou
maldição por mim e, portanto, reverteu a maldição e
proveu cura para mim do alto de minha cabeça à
sola dos meus pés! Algumas pessoas dizem: “Eu
consigo crer que o Senhor cure artrite e problemas
cardíacos, mas não câncer”. Mas não é mais difícil
acreditar na cura de uma doença do que outra,
porque o Senhor “cura todas as [minhas] doenças”
(Salmos 103.3).
3. Para Cristo me redimir dessa terrível maldição
da Lei, ele se fez maldição por mim, isto é, suportou
por mim a punição prescrita pela Lei. É por isso que
“Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre
si levou as nossas doenças”
(Mateus 8.17). Que emoção saber que Deus me
amou tanto que pagou um grande preço por minha
redenção — isto é, ele me redimiu de Satanás! O
preço dessa redenção foi o sangue vertido de seu
único Filho. “Deus tanto amou o mundo que deu o
seu Filho Unigênito” (João 3.16).
4. Eu confesso minha liberdade em vez de
escravidão.
Confesso que por suas feridas eu estou curado.
Confesso minha redenção de todos os males.
Confesso que minha redenção do pecado e da
doença foi completa em Jesus!
Confesso que o domínio de Satanás sobre mim
terminou no Calvário, onde Deus me libertou da
maldição!
5. “[P]ermaneçam firmes e não se deixem
submeter novamente a um jugo de escravidão”
(Gálatas 5.1). Eu estou livre! Eu confesso isso! Eu
digo ao Diabo que encontrei a verdade. Ele sabe
disso o tempo todo, mas ele mentiu para mim e
cegou meus olhos para essa verdade. Ele me
impediu de conhecer meus direitos em Cristo, meu
maravilhoso Redentor. “O deus desta era cegou o
entendimento dos descrentes, para que não vejam a
luz do evangelho da glória de Cristo, que é a
imagem de Deus” (2Coríntios 4.4). Eu digo a
Satanás que descobri a verdade e que essa verdade
me libertou dele! (cf. João 8.32).
6. As moléstias do meu corpo foram depositadas
sobre Jesus.
Eu não preciso mais delas, porque ele as
suportou. Tudo o que eu preciso é crer nisso e
começar a confessá-lo.
Eu me recuso a permitir que doenças
permaneçam em meu corpo porque fui curado pelas
feridas de Jesus. Esse é o fim das chamadas doenças
crônicas em meu corpo.
Sempre me lembrarei de que Satanás é um
enganador; é um mentiroso. Moléstias, doença,
pecado e enfermidades, tudo foi depositado sobre
Cristo. Ele os suportou.
Ele os levou e me deixou livre e bem. Eu me
regozijo nesta minha liberdade.
7. Eu fui “comprad[o] por alto preço. Portanto,
[glorifico] a Deus com o [meu] próprio corpo”
(1Coríntios 6.20).
8. Eu sou livre. Estou liberto. Por suas feridas, eu
estou curado do alto da cabeça à sola dos pés!
Obrigado, Jesus, por minha libertação!
35

A origem da doença

E. W. Kenyon

É difícil para nós entendermos que as leis naturais


que, em grande parte, estão governando a terra,
vieram a existir com a queda do homem, quando a
maldição veio sobre a terra. É por causa disso que
muitos acusam Deus de acidentes que acontecem,
das doenças e da morte de pessoas queridas, de
tempestades e catástrofes, de terremotos e
inundações que ocorrem continuamente.
Todas essas leis naturais, como as entendemos,
foram anuladas por Jesus sempre que necessário
com o objetivo de abençoar a humanidade. Elas
vieram com a queda. Seu autor é Satanás, e, quando
ele for finalmente eliminado do contato humano, ou
melhor, da terra, essas leis deixarão de funcionar.
A descrição de Jesus sobre o Pai e sua declaração
de que “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9) torna
impossível para nós aceitarmos o ensino segundo o
qual a doença e a enfermidade vêm de Deus.
A própria natureza do Pai refuta o argumento de
que ele usaria doenças para nos disciplinar ou para
aprofundar nossa piedade.
Ao falar sobre a mulher com a enfermidade em
Lucas 13.16, Jesus nos ensinou claramente que
aquela enfermidade era do adversário: “Então, esta
mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás
mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria
no dia de sábado ser libertada daquilo que a
prendia?”.
Se você ler cuidadosamente os quatro
Evangelhos, notará que Jesus estava continuamente
expulsando demônios de pessoas doentes, rompendo
o domínio de Satanás sobre a vida de homens e
mulheres.
Em Atos 10.38, Pedro nos diz: “como Deus
ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e
poder, e como ele andou por toda parte fazendo o
bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo,
porque Deus estava com ele”.
Na Grande Comissão, Jesus disse: “Estes sinais
acompanharão os que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão
em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal,
não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre
os doentes, e estes ficarão curados” (Marcos
16.17,18).
Não existe tal coisa de separar a doença e a
enfermidade de Satanás. A doença veio com a queda
do homem. Não se pode conceber a doença no
jardim do Éden antes de Adão pecar. A Queda
procedeu do Adversário. A doença e o pecado têm a
mesma origem.
A atitude de Jesus em relação à doença foi uma
guerra intransigente com Satanás. Ele curou todos
os doentes. Ninguém jamais veio a ele que não
recebesse libertação imediata.
A atitude de Jesus em relação ao pecado e à sua
atitude em relação à doença eram idênticas. Ele
lidou com a doença como lidou com demônios.
Somos levados a concluir que, se a enfermidade e
a doença são do Diabo — e nós constatamos que
são —, então há apenas uma atitude que o crente
pode tomar em relação a elas: devemos seguir os
passos de Jesus e lidar com as doenças como Jesus
lidou.
Como Deus lidou com a doença na primeira
aliança Quando Israel saiu do Egito, o povo era o
próprio povo da aliança de Deus. Quando essa
nação atravessou o mar Vermelho e iniciou a
jornada em direção à pátria, o Anjo da aliança disse
a Moisés: “Se vocês derem atenção ao Senhor, o seu
Deus, e fizerem o que ele aprova, se derem ouvidos
aos seus mandamentos e obedecerem a todos os
seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma das
doenças que eu trouxe sobre os egípcios, pois eu sou
o Senhor que os cura” (Êxodo 15.26).
O estudante do hebraico reconhecerá que a
tradução literal da frase: “não trarei sobre vocês
nenhuma das doenças”. Creio ser esta a tradução
correta. Deus não colocou enfermidades sobre
Israel.
Creio que não foi Deus quem as colocou sobre os
egípcios, foi Satanás, o deus deste mundo, que
tornou os homens enfermos.
Aqui Jeová declara que ele é quem cura Israel:
“Prestem culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os
abençoará, dando a vocês alimento e água. Tirarei a
doença do meio de vocês. Em sua terra nenhuma
grávida perderá o filho nem haverá mulher estéril.
Farei completar-se o tempo de duração da vida de
vocês” (Êxodo 23.25,26).
Ele diz que tirará a doença do meio deles. É
extraordinário o fato de que, enquanto Israel se
manteve na aliança, não houve doença entre o povo.
Não há registro de bebês ou jovens morrendo
enquanto se mantiveram fiéis à aliança.
“Nenhuma grávida perderá o filho”. Não houve
abortos ou abortos anormais. Não houve mulheres
estéreis na terra. Todos os lares tinham filhos.
“Farei completar-se o tempo de duração da vida
de vocês”.
Não houve mortes prematuras. Todos cresceram
até a plena idade adulta e do trabalho.
Isso é notável. Jeová assumiu o controle daquela
nação. Ele tornou-se seu Curador, Protetor e
Supridor de todas as necessidades. Ele foi tudo o
que eles precisaram.
“Ele os amará, os abençoará e fará com que vocês
se multipliquem. Ele abençoará os seus filhos e os
frutos da sua terra: o cereal, o vinho novo e o azeite,
as crias das vacas e das ovelhas, na terra que aos
seus antepassados jurou dar a vocês. Vocês serão
mais abençoados do que qualquer outro povo!
Nenhum dos seus homens ou mulheres será estéril,
nem mesmo os animais do seu rebanho. O Senhor
os guardará de todas as doenças. Não infligirá a
vocês as doenças terríveis que, como sabem,
atingiram o Egito, mas as infligirá a todos os seus
inimigos.” (Deuteronômio 7.13-15) Jeová devia
satisfazer todas as necessidades, suprir todas as
exigências daquela nação. Ele devia estar
intimamente em contato com todos os membros da
família.
Tudo o que lhes dizia respeito devia ter o selo da
prosperidade e do sucesso. A enfermidade e a
doença não deviam ser toleradas entre eles.
No trigésimo nono ano de seu reinado, Asa foi
atacado por uma doença nos pés. Embora a sua
doença fosse grave, não buscou ajuda do Senhor,
mas só dos médicos. Então, no quadragésimo
primeiro ano do seu reinado, Asa morreu e
descansou com os seus antepassados. (2Crônicas
16.12,13) Pode-se ver claramente aqui que Jeová
ficou descontente com Asa por procurar ajuda do
homem quando ele, Deus, havia prometido ser seu
Curador.
Leia cuidadosamente Salmos, e você descobrirá
que Deus foi o Curador de Israel. Isso é
seguidamente mencionado.
É ele que perdoa todos os seus pecados e cura
todas as suas doenças, que resgata a sua vida da
sepultura e o coroa de bondade e compaixão, que
enche de bens a sua existência, de modo que a sua
juventude se renova como a águia. (Salmos 103.3-5)
O fato de a enfermidade ter vindo pela
desobediência à Lei é evidente. O perdão à
desobediência significava a cura do corpo físico.
Nós compartilhamos com Cristo sua vida
ressurreta; reinamos como reis no âmbito da vida
ressurreta.
Você é o que diz ser, quer reconheça isso quer
não. Você compartilha tudo o que ele é e fez. Da
mesma forma que ele estava na terra, você é hoje.
Assim como ele está sentado à direita do Pai,
legalmente você também está lá.
36

A língua do sábio é

Don Gossett

Pronuncie as seguintes confissões de saúde sobre


sua vida:
1. Jesus prometeu: “assim lhe será feito” (Marcos
11.23). Minha língua determina se eu terei saúde ou
doença; o que eu disser, será feito.
2. Como minha língua pode me beneficiar ao
ministrar saúde?
Eu disciplino minha língua para dizer o que Deus
diz sobre minha cura e meus problemas de saúde.
“Ele enviou a sua palavra e os curou” (Salmos
107.20). Sua Palavra é a minha porção de cura.
3. Minha língua administra saúde a mim quando
eu a uso para dizer: “Por suas feridas, eu estou
curado” (cf. Isaías 53.5; 1Pedro 2.24). Minha língua
é instrumento de saúde quando eu afirmo que Jesus
tomou sobre si as minhas enfermidades e sobre si
levou as minhas doenças (cf. Mateus 8.17).
4. “As palavras agradáveis são como um favo de
mel, são doces para a alma e trazem cura para os
ossos” (Provérbios 16.24).
Palavras agradáveis, isto é, palavras agradáveis a
Deus, ministram saúde a mim. O que são palavras
agradáveis? Palavras que são ditas em harmonia com
a maravilhosa Palavra de Deus.
5. “A língua tem poder sobre a vida e sobre a
morte”
(Provérbios 18.21). Minha língua tem o poder de
produzir morte. Como? Falando palavras de doença
e enfermidade em vez de textos bíblicos de cura.
Você “caiu na armadilha das palavras que você
mesmo disse, está prisioneiro do que falou”
(Provérbios 6.2). Se eu falo de doenças e
enfermidades em vez de palavra de cura, meus
lábios “são uma armadilha para a [minha] alma”
(Provérbios 18.7).
6. “O falar amável é árvore de vida” (Provérbios
15.4). Eu sei que um dia “As folhas da árvore [da
vida] [servirão] para a cura das nações” (Apocalipse
22.2). Minha língua agora é uma produtora de
saúde, por isso eu afirmo: “O Senhor me cura de
todas as enfermidades” (cf. Salmos 103.3).
7. “A língua dos sábios torna atraente o
conhecimento”
(Provérbios 15.2). Eu tenho pleno conhecimento
das Escrituras de cura. Minha língua as afirmará.
“Eu estou me recuperando” (cf. Marcos 16.18).
8. Jesus Cristo é minha sabedoria e me torna uma
pessoa sábia (cf. 1Coríntios 1.30). Minha língua
ministra saúde a mim. As palavras de cura de Deus
“são vida para quem as encontra e saúde para todo o
seu ser” (Provérbios 4.22).
Agora agradeça ao Senhor por sua cura: Eu te
agradeço, Jesus, pelo fato de eu ser curado por
causa das tuas feridas. Eu te agradeço, Senhor, por
teres tirado minhas enfermidades e as levado sobre
ti. Eu te bendigo, Senhor, por teres curado todas as
minhas enfermidades. Eu te louvo, Senhor, por teres
enviado a tua Palavra e me curado. Essa Palavra é
saúde para todo o meu corpo.
37

O problema da doença

E. W. Kenyon

Este ministério espiritual de Jesus começou na


cruz.
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um
homem de dores e experimentado com o
sofrimento. Como alguém de quem os homens
escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o
tínhamos em estima. Certamente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas
doenças; contudo nós o consideramos castigado por
Deus, por Deus atingido e afligido.
Mas ele foi traspassado por causa das nossas
transgressões, foi esmagado por causa de nossas
iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava
sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
(Isaías 53.3-5) Os discípulos não puderam
perceber quando viram o homem da Galileia com a
coroa de espinhos, mas ele estava suportando nossas
doenças e enfermidades.
O versículo 10 diz: “Contudo, foi da vontade do
Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer”. Ele foi feito
pecado com nossos pecados, enfermidade com
nossas enfermidades.
Isaías 52.14 diz: “sua aparência estava tão
desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como
homem”. Aquele não era seu corpo físico; Deus não
pôde olhar para a alma dele quando fez “da vida
dele uma oferta pela culpa” (Isaías 53.10). Ele foi
esmagado, ferido de Deus e afligido.
Foi Deus quem colocou nossas enfermidades
sobre ele. Jesus foi castigado pela justiça, porque ele
foi nosso substituto. “Ele foi traspassado por causa
das nossas transgressões, foi esmagado por causa de
nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz
estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos
curados”.
Estas feridas físicas sobre as costas de Jesus não
foram feitas pelo lictor romano, mas, sim, as feridas
que Deus colocou sobre ele por causa das nossas
doenças quando ele foi julgado e condenado em
nosso lugar.
Mateus 8.17 diz: “E assim se cumpriu o que fora
dito pelo profeta Isaías: ‘Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e sobre si levou as nossas
doenças’ ”.
Nossas enfermidades são nossas pequenas
peculiaridades mentais, as coisas que nos tornam
desagradáveis e antipáticos para as pessoas. Trata-se
em grande parte de enfermidades da mente.
Ele levou todas elas. O que ele levou, nós não
precisamos suportar. O que ele tomou sobre si
mesmo, não precisamos sofrer.
Chegamos a crer que é igualmente errado que o
crente suporte sua doença quando Jesus a carregou,
como é errado que ele suporte seus pecados quando
Cristo os suportou. Não temos o direito de viver no
pecado e de suportar aqueles hábitos odiosos que
tornam a vida uma maldição, porque Cristo já os
suportou.
Não terá valido de nada ele ter feito isso, se
quisermos suportá-los também. É errado que
tenhamos doença e enfermidade quando Deus
lançou essas doenças sobre Jesus. Ele ficou doente
por causa das nossas doenças, para que pudéssemos
ser curados.
Ele não conheceu nenhuma doença até que ficou
doente por nossa causa. O objetivo de levar o nosso
pecado foi tornar justos aqueles que creem nele. O
objetivo de levar as doenças foi fazer bem aos que
creem nele como o único capaz de fazer isso.
Sua ação de levar o pecado tornou a justiça certa
para a nova criação. O ato de carregar nossa doença
traz a cura para a nova criação.
Ele tomou nossos pecados e nos fez justos. Ele
tomou nossas doenças e nos curou. Ele tomou
nossas fraquezas e nos deu sua força. Ele trocou sua
força por nossa fraqueza, seu sucesso por nossas
falhas.
A doença não é vontade do Pai Entendemos que
a doença é tranquilidade interrompida, comunhão
interrompida com o céu. Doença é dor, fraqueza e
perda da capacidade de abençoar e ajudar. Torna
escravas pessoas que cuidam dos doentes. Os entes
queridos que estão noite e dia trabalhando sobre os
doentes têm a alegria e o descanso roubados.
A doença não é de amor, mas Deus é amor. A
doença é um ladrão. Rouba a saúde. Rouba a
felicidade. Rouba o dinheiro que precisamos para
outras coisas. A doença é um inimigo.
Olhe o que é roubado de um paciente de
tuberculose. A doença o abate no meio de sua
juventude e força e faz dele um fardo para sua
família. Ela o enche de ansiedade e dúvida, medo e
dor. Rouba-
-lhe sua fé.
Veja o que a doença faz a uma mulher que é
esposa e mãe.
Rouba dela sua beleza, sua alegria e seu amor. Ela
já não é capaz de ocupar o lugar de mãe ou esposa.
Tudo isso é do Diabo.
Jesus disse que a doença era de Satanás: E ali
estava uma mulher que tinha um espírito que a
mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava
encurvada e de forma alguma podia endireitar-se.
[…] “Então, esta mulher, uma filha de Abraão a
quem Satanás mantinha presa por dezoito longos
anos, não deveria no dia de sábado ser libertada
daquilo que a prendia?” (Lucas 13.11,16).
Ela estava presa a Satanás.
Atos 10.38 nos diz que Jesus “andou por toda
parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos
pelo Diabo”. Do começo ao fim do ministério
público de Jesus, ele foi combatido por Satanás.
Sua batalha não foi contra homens, mas
totalmente contra os demônios que residiam nos
homens. Foi o Diabo que usou o sumo sacerdote
para agitar o conflito que finalmente levou Jesus à
cruz.
Não deixe que ninguém diga a você que a doença
é a vontade do amor. Ela é a vontade do ódio — é a
vontade de Satanás. Se a doença se torna a vontade
do amor, o amor se tornou em ódio.
Se a doença é a vontade de Deus, o céu estará
cheio de doenças e enfermidades.
Jesus foi a vontade expressa do Pai; ele andou
curando os doentes. Doenças e enfermidades jamais
serão a vontade do Pai.
Crer que elas o são é ser enganado pelo
Adversário. Se a cura não estivesse no plano da
redenção, não teria constado no capítulo 53
de Isaías. Se a cura não estivesse na redenção, o
Pai não a teria ensinado em sua Palavra.
Jesus curou todos os que foram a ele, tanto
judeus como gentios igualmente. Ele estava
realizando a vontade do Pai. Ele era a própria
vontade do Pai.
38

Uma visão das marcas das


feridas

Don Gossett

Tive o privilégio de ministrar o evangelho em


várias cidades da Nova Zelândia. Daquela terra,
recebi um testemunho notável do ferimento de
Jesus. O relato que eu agora compartilho foi
relatado por Henry Gallers, de Whanganui, Nova
Zelândia.
“Alguns crentes estavam tendo uma reunião
demorada em Whanganui, e a ênfase naquela noite
se referia ao enchimento do Espírito Santo. Um
rapaz de 15 anos estava cheio do Espírito, e a alegria
encheu a congregação. Ao olhar para o filho, no
entanto, a mãe ficou perturbada. Ele não parecia
nada alegre. Sua face tinha uma expressão de dor e
palidez. Ela ficou surpresa com sua aparência
incomum.
“Mais tarde, o rapaz explicou-nos o que estava
acontecendo com ele. Enquanto pensava no grande
sacrifício que Jesus fez por ele, teve uma visão da
flagelação de Jesus. Foi por isso que ele não estava
tão alegre. Ele havia visto nosso Senhor amarrado,
pendurado pelos pulsos, suspenso até seus pés mal
tocarem o chão. Havia visto o soldado romano
infligir a Jesus o primeiro golpe de chicote.
Aquele jovem, como muitas outras pessoas, deve
ter pensado que, pelo fato de Jesus ser manso, ele
deve ter sido um homem um pouco frágil, de fraca
compleição. De modo nenhum! Os quilômetros que
Jesus percorreu naqueles montes quentes e
poeirentos da Galileia exigiam um corpo forte e
capaz. As pessoas também esquecem o fato de que
Jesus tinha apenas 33 anos ao ser crucificado. Nessa
visão, o jovem havia visto as costas jovens de Jesus
e seus grandes ombros musculosos — musculosos o
suficiente para possibilitá-lo a carregar aquela cruz
pesada. Independentemente do fato de Jesus ser
forte, entretanto, aquele chicote de nove pontas o
havia cortado e machucado como o faria a mim e a
você. A chicotada do soldado romano havia feito
profundas incisões nas costas de Jesus naquele dia,
havia cortado sua carne e espalhado seu sangue; mas
ele conseguira suportá-lo.
“O conhecimento da flagelação de Jesus era
muito limitado antes dessa visão. Ao se ajoelhar para
orar, ele não tinha realmente nenhuma ideia de
como era uma flagelação. Inesperadamente, porém,
bem antes de fechar os olhos, ele teve uma visão
simbólica do que havia acontecido em nível
espiritual naqueles séculos atrás.
“Em sua mente, ele viu uma grande multidão de
pessoas em pé ao redor. Não foi a multidão que
realmente testemunhou o flagelo em Jerusalém, e
sim uma grande multidão de aleijados e doentes.
Alguns tinham muletas; outros tinham meios de
apoio diferentes.
Ele viu apenas um dos 39 golpes que nosso
Senhor recebera, mas, quando o chicote recuou com
aquele golpe cortante, pedaços de carne e gotas de
sangue voaram sobre a multidão. Milagre de
milagres, e com toda a glória a Deus, quando a mais
ínfima partícula de carne ou gota de sangue pousou
sobre uma pessoa, ela foi instantaneamente curada;
ela se recuperou por completo!
“As pessoas deixaram cair suas muletas e
caminharam, demonstrando sua cura. A menor gota
imaginável de sangue desse golpe foi carregada com
o poder de curar. Quando você sabe que Jesus não
suportou uma, mas 39 chibatadas, e conhece o
sofrimento que ele sofreu, então pode perceber o
poder de cura que ainda fluirá para todos os que
realmente disserem: ‘Por suas feridas, eu sou
curado’.
“A visão do rapaz foi simbólica. A multidão que
ele viu não foi a multidão que realmente
testemunhou a flagelação de Jesus. Não, nós
estávamos entre os doentes e aleijados curados por
suas feridas.
“Quando o rapaz se levantou, a alegria inundou
seu rosto.
Ele não mais se debruçou sobre o sangue e as
feridas abertas de Jesus. Ele se debruçou sobre o
amor que Jesus tem por nós, pois, ao derramar seu
sangue, ele tornou a cura disponível para todos
nós.”
Eu não posso enfatizar demasiadamente a citação
“Por suas feridas, eu sou curado”. Eu sei duas coisas
sobre essa frase: Primeira, a Bíblia diz: “pelas suas
feridas fomos curados” (Isaías 53.5), “por suas
feridas vocês foram curados” (1Pedro 2.24) e “Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si
levou as nossas doenças” (Mateus 8.17). Segunda,
você deve dizer o que a Bíblia diz para obter o que a
Bíblia promete; deve pôr sua fé em palavras; deve
desenvolver o hábito de citar a Palavra de Deus.
Quando isso acontecer, você andará na cura.
39

Destruindo as obras do Diabo

E. W. Kenyon

Um dos textos mais marcantes da Bíblia sobre


cura é Romanos 8.11:
E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus
dentre os mortos habita em vocês, aquele que
ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará
vida a seus corpos mortais, por meio do seu
Espírito, que habita em vocês.
Isso é cura física. Isso é o Espírito Santo tomando
a vida de Deus e tornando-a eficaz no nosso corpo
físico, fazendo-o saudável, forte e vivo para nós.
Esse mesmo Espírito Santo que ressuscitou o
corpo morto de Jesus está agora operando no nosso
corpo condenado à morte, fazendo-o perfeito —
sem doença e sem pecado.
Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque
o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o
Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras
do Diabo. (1João 3.8) Jesus fez sua parte de
destruição das obras do Diabo. Após ter deixado a
terra, ele nos deu o Espírito Santo, o Novo
Testamento e a capacidade de usar seu próprio
nome para que nós, seus representantes aqui na
terra, pudéssemos seguir destruindo as obras do
Diabo.
Pecado, doença e enfermidade na igreja hoje
existem por não assumirmos nosso lugar em Cristo.
Isso ocorre porque nunca fomos treinados para fazer
a obra que Jesus disse que deveríamos fazer.
Você acha que Jesus nos teria dado João 14.12 se
não fosse para usá-lo?
“Digo a verdade: Aquele que crê em mim fará
também as obras que tenho realizado. Fará coisas
ainda maiores do que estas, porque eu estou indo
para o Pai.”
Ele quis dizer que deveríamos fazer obras maiores
do que ele fez porque existe um número maior de
nós. Nossa obra deveria ser destruir as obras do
Adversário. A arma que temos de usar encontra-se
nos versículos 13,14: “E eu farei o que vocês
pedirem em meu nome, para que o Pai seja
glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu
nome, eu farei”.
A palavra “pedir” significa ordenar.
Seu nome é para ser usado no sentido em que o
vemos usado por Pedro ao falar ao paralítico à porta
do templo: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
ande” (Atos 3.6).
Isso não é oração. Isso é expulsar demônios em
nome de Jesus.
Há cura para o doente no nome de Jesus. Há
poder para acabar com doença e enfermidade no
coração e na vida dos homens no nome de Cristo.
Pode o nome de Jesus nos livrar da doença? Pode
nos livrar da escassez? Pode nos livrar da pobreza,
do medo, do pavor da fome e do frio? Pode seu
nome ser usado exatamente como ele sugeriu em
Marcos 16.17,18?
“Estes sinais acompanharão os que crerem: em
meu nome expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum
veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão
as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados.”
A igreja primitiva era totalmente independente das
circunstâncias. Não quero dizer a igreja toda.
Refiro-me aos apóstolos que compreenderam
plenamente o poder do nome de Jesus.
Nos dias deles, os homens estavam doentes
porque haviam rompido a comunhão com Deus e
não tinham conhecimento, exatamente como fazem
hoje.
Os gentios da igreja primitiva nunca haviam tido
uma revelação de Deus. Era totalmente matéria-
prima. E os judeus estavam em condição ainda pior.
Eles eram transgressores da aliança, exatamente
como é a igreja moderna.
O povo mais difícil com quem lidar hoje são os
mais religiosos.
Se havia doença na igreja primitiva, isso era de
ser esperado, porque seus membros não tinham
precedentes, sem exemplos à frente deles.
Jesus veio para destruir as obras do Diabo, e nós
somos seus instrumentos para fazer sua obra.
Devemos destruir doenças na igreja. Nosso novo
lema deveria ser: “Não mais doenças no corpo de
Cristo”. Sua Palavra deve se tornar uma realidade na
vida dos homens.
O fato de ele ter suportado nossos pecados e
afastado o pecado ao se sacrificar, e que ele proveu
a remissão de todo pecado, tudo o que fizemos ou
dissemos, prova que não devemos ficar doentes ou
escravos do pecado.
Ele fez o sacrifício pelos pecados, as coisas que
fizemos como resultado da natureza pecaminosa. No
entanto, o novo nascimento limpa tudo o que já
fizemos.
Portanto, se alguém está em Cristo, é nova
criação. As coisas antigas já passaram; eis que
surgiram coisas novas! (2Coríntios 5.17) Além
disso, Romanos 8.1 torna-se uma realidade:
“Portanto, agora já não há condenação para os que
estão em Cristo Jesus”.
Quem está em Cristo Jesus está livre do pecado,
livre da doença e livre da condenação.
Vamos, levante-se, então, tome o lugar que
pertence a você, saia e leve esta mensagem de
libertação e vitória aos outros.
É muito importante entendermos claramente
1João 5.13: “Escrevi estas coisas a vocês que creem
no nome do Filho de Deus, para que saibam que
têm a vida eterna”.
Nós temos a natureza de Deus, que nos dá uma
perfeita comunhão com o Pai, um direito perfeito de
usar seu nome, e uma libertação perfeita e
independência do domínio de Satanás.
Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e
preciosas promessas, para que por elas vocês se
tornassem participantes da natureza divina. (2Pedro
1.4) “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei.”
(João 14.14) Pois o pecado não os dominará.
(Romanos 6.14) Se o pecado não o pode dominar,
então a doença também não pode, porque ambos
procedem da mesma fonte. A natureza e a vida de
Deus presentes em seu ser concederão a você vida e
saúde.
“Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha
salvação”
(Salmos 91.16).
Todos nós admitimos que o salmo 91 pertence à
igreja. Pode não ter se aplicado ao judeu, mas
aplica-se a nós.
Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas
asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o
seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da
noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que
se move sorrateira nas trevas, nem a praga que
devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado;
dez mil, à sua direita, mas nada o atingirá. (Salmos
91.4-7) Há proteção contra terremotos, ciclones,
epidemia, doença e guerra. Isso nos coloca no reino
do sobrenatural. Estamos ligados a Cristo, porque
ele disse: “Eu sou a videira; vocês são os ramos”
(João 15.5). A vida na videira está no ramo.
Quando o ramo é podado, a videira derrama vida
nele, de modo que possa continuar dando fruto.
Assim, a vida de Deus derrama no corpo de Cristo e
cura os membros da doença, enfermidade e
necessidades, para que possam continuar a dar fruto
para a glória de Deus.
Preocupação e medo envenenam a corrente
sanguínea; a fé no Senhor Jesus a purifica. A doença
ganha ascendência quando você confessa o
testemunho de seus sentidos, mas é derrotada
quando confessa a Palavra. Satanás é chicoteado
com palavras; você é curado com palavras.
Leve os seus lábios a cumprir seu dever. Encha-os
com a Palavra de Deus.
40

Vítima de acidente de trem

Don Gossett

Eu estava envolvido numa grande reunião


evangelística em Fresno, Califórnia, quando conheci
um pastor chamado Jack Neville. Seu testemunho
foi uma verdadeira bênção para minha vida; então
vou compartilhá-la com você.
Jack se envolvera num grave acidente de trem em
Fresno. Junto com outras vítimas, ele foi levado às
pressas para o hospital e estava em estado grave. Os
médicos tiraram radiografias e, ao descobrir que ele
era pastor, sentiram que poderiam ser diretos com
ele sobre a gravidade de seus ferimentos.
— Reverendo — disseram eles —, queremos que
o senhor saiba o que as radiografias revelaram. Suas
costas estão muito quebradas.
Na sua condição atual, não temos certeza de que
o senhor vai conseguir superar. Se o senhor viver,
provavelmente nunca mais andará.
Jack tinha experiência em lidar com o inesperado,
mas aquilo era simplesmente demais! Sentia-se
interiormente esmagado.
Enquanto ensaiava mentalmente aquelas palavras,
ele se viu chorando: “Ó Deus, os médicos me
disseram que talvez eu não viva.
E, Senhor, disseram que, mesmo que eu viva,
provavelmente nunca mais volte a andar. Senhor, eu
prefiro que me leves para casa hoje.
Minha vida é tua para pregar o evangelho. Mas,
Senhor, sabendo que não poderei permanecer mais
no púlpito, prefiro morrer hoje”.
Enquanto continuava a pedir a Deus para lhe tirar
a vida, de repente as palavras de Mateus 8.17 lhe
vieram à mente: “Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e sobre si levou as nossas doenças”.
Ao meditar nessa verdade, a realidade dela
percorreu seu coração. O Espírito Santo revelou-lhe
que Jesus havia de fato levado seus ferimentos sobre
si mesmo quando foi flagelado para nossa cura. O
próprio Jesus tirou nossas enfermidades e suportou
nossas doenças, nossos males e nossas aflições.
Quando a maravilha dessa verdade tomou seu
coração, uma nova esperança despertou. De
repente, Jack foi transformado, de um cristão cheio
de autopiedade, em um crente exultante que havia
descoberto que grande Redentor ele tinha e que
poderosa redenção o Senhor lhe havia provido.
O significado das sangrentas feridas de Jesus
prendeu sua atenção. A verdade “pelas suas feridas
fomos curados” (Isaías 53.5) deixava de ser mais
uma frase clichê para ele. Cada palavra palpitava
com vida e cura para o corpo quebrado de Jack. Ele
começou a louvar o Senhor de todo o coração.
Ele dizia: “Querido Jesus, se levaste minhas
enfermidades e carregaste minhas doenças em teu
próprio corpo, então eu não preciso suportá-las.
Senhor, não é necessário que eu sofra com este
corpo quebrado e esmagado, quando tomaste este
sofrimento em ti mesmo. Obrigado, Jesus, pois por
tuas feridas eu estou curado!”.
Depois de algum tempo, Jack tomou sua decisão:
Não era necessário que ele permanecesse no hospital
com aquele veredito desesperador sobre sua vida.
De acordo com as provisões de Jesus, ele já havia
sido curado! Por que deveria permanecer cativo
naquela cama?
Finalmente, ele exerceu sua fé de modo prático e
decidiu levantar-se da cama. Com louvores a Jesus
fluindo de sua boca e de seu coração, ele pisou no
chão e descobriu que estava incrivelmente forte!
Rapidamente se vestiu e saiu do quarto. No
saguão, ele encontrou a enfermeira que o estava
atendendo. Ela olhou para ele como se tivesse visto
um fantasma.
— Reverendo Neville — disse ela
atabalhoadamente. — O senhor… não pode!
— Não pode o que, enfermeira? — respondeu ele
calmamente.
A resposta dela foi veemente: — Suas pernas,
suas costas, reverendo — elas estão quebradas!
É impossível! Volte para o seu quarto antes que
caia morto!
— Obrigado, enfermeira — respondeu
educadamente —, mas eu estou saindo deste lugar.
Veja, Jesus, meu Grande Médico, me fez uma visita
e me restabeleceu.
Com essas palavras de despedida, Jack prosseguiu
pelo corredor até a mesa de saída. Entretanto, antes
que ele pudesse completar o acerto de sua saída, a
enfermeira chamou os médicos que o estavam
tratando. Eles correram até a mesa, aproximaram-se
dele com cuidado e depois lhe pediram.
— Reverendo, não sabemos o que aconteceu, ou
como o senhor desceu até aqui, mas sabemos a sua
condição — o senhor não pode fazer isso.
Eles já haviam chamado uma maca. Quando esta
chegou, eles tentaram um pouco desesperadamente
fazê-lo deitar-se sobre ela.
Mais uma vez, no entanto, ele compartilhou seu
testemunho: — Jesus, o Grande Médico, fez-me
uma visita e me restabeleceu.
Vendo Jack ali, firme e forte, a essa altura se
inclinando para demonstrar como estava bem, eles
não podiam negá-lo.
Mais tarde, ele retornou ao hospital para tirar
radiografias e fazer um exame completo. Os
médicos reconheceram que não puderam achar nada
de errado com ele; concordaram que
misteriosamente o Grande Médico havia feito seu
trabalho.
Eu tive a oportunidade de entrevistar Jack Neville
longamente.
Ele escreveu pessoalmente seu próprio livro sobre
o maravilhoso milagre de Deus em favor dele. Ele
continha depoimentos de médicos e outros
profissionais de saúde envolvidos em seu caso.
Jack enfatizou quão importante foi a revelação
das sangrentas feridas de Jesus para sua cura
milagrosa! A combinação de falar “Por suas feridas,
eu sou curado” e louvar o Senhor produziu um
milagre impressionante para um pastor sem
esperança!
Lembre-se, Jesus tomou suas enfermidades e
suportou suas doenças. Por suas feridas, você
também é curado. Nomeie a cura e tome posse dela.
A Deus seja a glória!
41

A vida abundante

E. W. Kenyon

O cristianismo é uma realidade viva. Jesus disse:


“eu vim para que tenham vida e a tenham
plenamente” (João 10.10). É a abundância de vida
que dá cura, força e energia.
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque
ele tem cuidado de vocês” (1Pedro 5.7). Isso
significa que, na mente do Pai, chegou o fim da
preocupação, do medo e da dúvida. A obra do
Adversário foi destruída.
A promessa seguinte foi feita aos judeus sob a
primeira aliança, mas pode se tornar uma realidade
viva para nós também: “Prestem culto ao Senhor, o
Deus de vocês, e ele os abençoará, dando a vocês
alimento e água. Tirarei a doença do meio de vocês.
Em sua terra nenhuma grávida perderá o filho nem
haverá mulher estéril. Farei completar-se o tempo de
duração da vida de vocês” (Êxodo 23.25,26).
A nossa aliança é tão boa quanto essa?
O meu Deus suprirá todas as necessidades de
vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em
Cristo Jesus. (Filipenses 4.19) Tudo posso naquele
que me fortalece. (Filipenses 4.13) Não estou
dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi
a adaptar-me a toda e qualquer circunstância.
(Filipenses 4.11) Subimos ao reino do sobrenatural
como completos vencedores, perfeitos vitoriosos em
Cristo. É de admirar que Paulo, no final do capítulo
8 da carta aos Romanos, declare: “Mas em todas
estas coisas somos mais que vencedores” (Romanos
8.37)?
Não há nada que possa nos separar do amor de
Deus como revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o
entregou por todos nós, como não nos dará com ele,
e de graça, todas as coisas? (Romanos 8.32) Nós
estamos sobre o monte da vitória. Agora podemos
dizer: “Não há mais doença no Corpo de Cristo”.
Sua Palavra é uma realidade na vida dos filhos de
Deus. Estamos saindo hoje para destruir as obras do
inimigo nos corpos, mentes e espíritos dos homens.
Existem vários métodos de cura, mas o que
permanece primeiro na mente do Espírito encontra-
se em Isaías 53.4-6: Certamente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas
doenças; contudo nós o consideramos castigado por
Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi
traspassado por causa das nossas transgressões, foi
esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo
que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas
feridas fomos curados. Todos nós, como ovelhas,
nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu
próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de todos nós.
Ele foi traspassado e esmagado por nossas
doenças. Pecado e doença são a mesma coisa na
mente do Pai. Deus é contra qualquer coisa que
toque e fira o homem. A doença toca o homem, e
Deus transfere-a para Jesus. O pecado toca o
homem, e Deus transfere-o para Jesus.
Quando ele declara que por suas feridas somos
curados, isso significa que estamos livres de
doenças. Esse é o nosso recibo completo para uma
vida sem doença e sem pecado, porque o pecado e a
doença não terão domínio sobre nós (cf. Romanos
6.14).
Além disso, sabemos que o sangue de Jesus
Cristo nos purifica do pecado. “Se, porém, andamos
na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo pecado” (1João 1.7).
Se tivermos cometido pecado, temos um
Advogado junto ao Pai.
Meus filhinhos, escrevo a vocês estas coisas para
que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar,
temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o
Justo. (1João 2.1) Devemos nos apropriar do que é
nosso como filhos de Deus.
Sabemos que, se confessarmos nossos pecados,
ele nos perdoa e nos purifica. “Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1João 1.9).
Nós vamos a ele com todas as nossas
enfermidades, sabendo que todas elas serão
depositadas sobre Jesus. Sabendo disso, não é
correto a suportarmos. O Adversário não tem direito
de pôr doenças sobre nós, porque elas foram postas
sobre Jesus.
Eu posso dizer ao Pai: “Vês o que o Adversário
fez em meu corpo? Em nome de Jesus, eu me
liberto disto com que Satanás me afligiu”.
Eu sussurro ao meu coração: “Pelas feridas dele,
eu estou curado”.
Então o sofrimento deve sair. Multidões estão
sendo curadas como naquele dia por intermédio do
nosso ministério. Podemos ser tão livres das doenças
como estamos livres dos maus hábitos; afinal, o
hábito do pecado é igual a qualquer outro hábito
impuro.
Há uma provisão feita para uma cura perfeita.
Nenhum de nós precisa sofrer na mão do inimigo. A
sua libertação está na obra redentora de Cristo.
42

Palavras de vida: “Por suas


feridas, eu sou curado”

Don Gossett

Quero compartilhar uma das histórias mais


comoventes que vivenciei em minhas viagens em 56
países. Aconteceu quando eu estava em Parsons,
Kansas, e o pastor Lewis Greenfeather, um
americano nativo, me convidou para pregar em sua
igreja no domingo e na segunda-feira.
Na segunda-feira, ele me descreveu um homem
chamado Bruce que havia recebido Cristo
recentemente como Salvador e Senhor. Entretanto,
Bruce havia sofrido um acidente vascular cerebral e
ficado paralítico. O pastor Greenfeather perguntou-
me se eu poderia acompanhá-lo à casa de Bruce
para orar por sua cura.
Assim, antes de partir de Parsons, fomos à sua
casa.
Lá, eu presenciei as consequências habituais de
um AVC — a boca de Bruce estava desfigurada, sua
mão esquerda estava inutilizada, e ele não conseguia
andar nem sequer um passo. O pastor Greenfeather
me informou que Bruce não havia recebido
instruções de como receber sua cura, por isso me
pediu que explicasse a ele.
Felizmente, eu o fiz.
— Bruce, a cura do Senhor é baseada
inteiramente no que a palavra dele diz. Em algumas
das palavras finais do Mestre, este disse uma
verdade valiosa: “Estes sinais acompanharão os que
crerem: em meu nome […] imporão as mãos sobre
os doentes, e estes ficarão curados” (Marcos
16.17,18). Isso não garante que, quando as mãos
são impostas, você irá se recuperar
instantaneamente. Nossa parte é obedecer ao Senhor
e impor as mãos a você. A parte de Jesus é
possibilitar que você recupere sua saúde.
Pareceu que Bruce, com toda a simplicidade,
compreendeu e se assegurou disso. Eu lhe expliquei
sobre as feridas sangrentas que Jesus tomou sobre si
mesmo para nossa cura. Em seguida, li Isaías 53.5:
“pelas suas feridas fomos curados”.
— Bruce — eu disse —, um grande soldado
romano chicoteou o corpo de Jesus 39 vezes para
que pudéssemos ter cura. Naquele perverso flagelo,
Jesus carregou toda a nossa enfermidade, doença,
dor e aflição em seu corpo. Uma vez que ele fez isso
por nós em amor, a cura é nossa. Quando Deus nos
vê, já estamos curados por causa do que Jesus
sofreu por nós. O Filho de Deus pagou um alto
preço.
De boa vontade, ele se tornou nosso substituto,
para que pudéssemos ser curados. Observei que
você tem aqui em sua casa um grande relógio de
parede que toca de hora em hora. Bruce, ao ouvir o
próximo toque, indicando que outra hora passou,
que seja o tempo em que você diga: “Obrigado,
Jesus, por tuas feridas eu estou curado”.
Não foi fácil para Bruce falar as palavras por
causa da paralisia de sua face e boca, mas, com todo
o esforço que ele conseguiu reunir, garantiu que me
diria: “Obrigado, Jesus, por tuas feridas eu estou
curado”.
Eu parti de Parsons, Kansas, naquela segunda-
feira à noite.
Na quinta-feira seguinte, o pastor Greenfeather
recebeu um telefonema de Bruce.
— Venha, Pastor — exclamou ele. — Tenho algo
maravilhoso que quero que o senhor veja.
O pastor Greenfeather foi à casa de Bruce. O
mesmo homem que estivera praticamente preso a
seu leito de sofrimento achava-se na sala de estar
sorrindo e declarou: — Funcionou exatamente como
Don Gossett me garantiu!
Eu disse na fé: “Obrigado, Jesus, pelas tuas
feridas eu estou curado”, e o Senhor me curou!
Os dedos de Bruce estavam endireitados, suas
pernas eram normais e a desfiguração de seu rosto e
boca tinha desaparecido.
Bruce estava completamente curado do temido
AVC!
Relato essa história milagrosa para que você
perceba a importância de se levantar com um novo
testemunho que esteja em harmonia com a Palavra
de Deus. Segure firme essa afirmação sem hesitar.
Deus, que nos deu sua Palavra, velará por essa
Palavra para realizá-la (cf. Hebreus 4.14; 10.23)!
Este é um desafio da mais alta importância para
você. Comece a falar: “Obrigado, Jesus, porque
pelas tuas feridas eu estou curado”.
Creia em seu coração. Veja Cristo suportando
suas enfermidades e doenças no próprio corpo dele.
Em seguida, perceba que, por aquelas feridas
sangrentas, ele proveu cura a você. Agora repita de
todo o coração. “Obrigado, Jesus, porque pelas tuas
feridas eu sou curado”. Não se trata de palavras
mágicas. São palavras que concordam com a
Palavra de Deus. Deus vigia para que sua Palavra se
cumpra (cf. Jeremias 1.12).
Eu creio que isso acontecerá com você.
43

Jesus e seu nome são um

E. W. Kenyon

Jesus e seu nome são um, assim como você e o


seu nome são um. Você não tem que tornar sua essa
liberdade. Tudo que você tem a fazer é apreciá-la e
andar na luz da Palavra.
Faça desses fatos a sua confissão. Se nós falarmos
palavras de fé em vez de palavras de dúvida,
estaremos falando a linguagem de Deus.
Palavras de dúvida vêm de outra fonte. Não se
pode falar de doença e enfermidade e andar na
saúde. Não se pode falar às pessoas sobre suas
doenças, sofrimentos e lamentação de seus
problemas para obter compaixão, sem perder a
comunhão com o Pai.
Quando falamos nossos problemas às pessoas,
perdemos nossa fé e doce comunhão com o Pai.
Contamos nossos problemas às pessoas para obter a
simpatia delas quando deveríamos lançar nossas
ansiedades e problemas ao Senhor, porque ele cuida
de nós.
Quando falamos das nossas fraquezas, dos nossos
fracassos e das nossas doenças, glorificamos o
Diabo, que as deu para nós. Nós enaltecemos os
médicos e advogados quando lhes contamos nossos
problemas. Eles são pagos para ouvir os problemas
das pessoas. Esse é o segredo do sucesso deles —
ser bons ouvintes de “problemas”.
Falar de problemas que nos foram causados por
Satanás é uma confissão de que Satanás é o senhor
e de que ele obteve a supremacia. Isso torna os
problemas maiores; torna a doença pior; faz-nos
sentir piores.
Nossa confissão deveria ser sobre a capacidade e
a fidelidade de Deus, e que nossos problemas estão
sendo suportados por Jesus, assim como ele
suportou nossas doenças e pecados.
Agarre-se à sua confissão do que Deus é para
você e do que você é em Cristo.
Desista de confessar a supremacia de Satanás.
Você sabe que a doença vem do Adversário, que a
falta de capacidade vem do Adversário. Todos os
problemas são feitos pelo Demônio. Se você está
usando palavras inspiradas pelo Demônio, não
espere ter doce comunhão com o céu.
É a Palavra de fé que falamos. Nossos lábios
estão cheios da Palavra de fé. Nosso coração está
entoando o cântico de fé. Jesus disse: “Asseguro a
vocês que aquele que crê tem a vida eterna” (João
6.47).
É o crente que a possui. Eu creio, logo eu tenho.
Portanto, eu me regozijo em minha posse e a
desfruto. A saúde é minha. O êxito é meu.
Eu tenho o suficiente, porque Deus é minha
fonte. Ele satisfaz todas as minhas necessidades de
acordo com suas riquezas em glória em Cristo Jesus
(cf. Filipenses 4.19).
Eu não estou resmungando nem gemendo; estou
louvando e regozijando. A fé possui, e a posse da fé
é real, tão real como o sentido de posse. As coisas
espirituais são tão reais como as coisas materiais.
A Bíblia diz: “Porque vivemos por fé, e não pelo
que vemos”
(2Coríntios 5.7). Nós andamos no domínio de
Deus. Não andamos apenas pela fé, mas falamos
pela fé. Deixamos o reino dos sentidos.
Quando aprender a falar pela fé, o domínio da
doença será interrompido sobre você. Mas,
enquanto andar pela razão e seguir as sugestões dos
sentidos — tato, visão, audição, e assim por diante
—, você viverá e andará no domínio da
enfermidade, que dominará a sua vida. A dor
realizará um carnaval em seu corpo.
Se você aprender a falar pela fé, será um
vencedor. O texto de 1João 5.4 deveria ser
conhecido de todo crente. Deveria ser uma parte de
seu conhecimento consciente para que você pudesse
usar dia a dia: “O que é nascido de Deus vence o
mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé”.
44

O valor da confissão

E. W. Kenyon

É necessário confessar continuamente que fomos


libertos do domínio de Satanás e que ele não mais
nos governa com condenação, medo ou doença.
Agarramo-nos a essa confissão, como nossa
confissão da derrota de Satanás.
Nós, crentes, não pedimos para ser curados,
porque já fomos curados. Não pedimos para ser
justos, porque já fomos justificados (cf. 2Coríntios
5.21). Não pedimos para ser redimidos, porque
nossa redenção é um fato consumado.
Na mente do Pai, nós estamos perfeitamente
curados e perfeitamente livres do pecado, porque ele
lançou nossos pecados sobre seu Filho, que se fez
pecado pelos nossos pecados e que se tornou
enfermo por causa das nossas enfermidades.
Na mente de Cristo, estamos perfeitamente
curados porque ele pode se lembrar de quando foi
feito pecado com nossos pecados, quando ele se
tornou enfermo com nossas doenças. Ele se lembra
quando afastou nossos pecados e nossas doenças.
Na mente do Espírito Santo, estamos totalmente
livres de ambos, porque ele se lembra de quando
Cristo foi feito pecado e doença. Ele se lembra de
quando ressuscitou Jesus dentre os mortos.
Cristo se livrou do nosso pecado e das nossas
doenças. Ambos foram afastados ante sua
ressurreição. A Palavra declara: “Pelas suas feridas
fomos curados” (Isaías 53.5). O problema todo não
é reconhecer a fidedignidade total dessa Palavra.
Não é bom pedir a Deus que nos cure, porque ele já
o fez.
Essa verdade veio como um choque quando eu a
vi pela primeira vez. Ele declarou que nós estamos
curados; portanto, estamos. A única tarefa agora é
estar em perfeita harmonia com sua Palavra. Se ele
declara que estamos curados, então nossa parte é
agradecer-lhe pela obra que ele já realizou!
Agora gostaria de apresentar outro assunto — a
renovação da nossa mente. Somente a mente
renovada é que pode compreender essas verdades.
O seu espírito foi recriado, mas não a sua mente.
Até agora, ela recebeu todo tipo de conhecimento
através dos sentidos, por isso precisa ser renovada.
Romanos 12.2 diz: Não se amoldem ao padrão
deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.
A mesma verdade é apresentada nos seguintes
textos: [N]ão por causa de atos de justiça por nós
praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos
salvou pelo lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo (Tito 3.5).
[Vocês foram ensinados] a serem renovados no
modo de pensar e a revestir-se do novo homem,
criado para ser semelhante a Deus em justiça e em
santidade provenientes da verdade (Efésios 4.23,24).
[E] se revestiram do novo, o qual está sendo
renovado em conhecimento, à imagem do seu
Criador (Colossenses 3.10).
Tal renovação da mente vem pela meditação e
pela ação na Palavra.
Assim que a pessoa nasce de novo, deve pedir
que o Espírito Santo venha e faça nela sua morada.
Lucas 11.13 mostra a atitude do Pai em relação a
isso: “quanto mais o Pai que está nos céus dará o
Espírito Santo a quem o pedir!”.
Tão certo quanto nós lhe pedimos, certamente o
Espírito fará sua morada em nós.
A mente renovada vê que tudo o que deve ser
feito para sua cura é louvar o Pai por tê-la recebido.
Ela diz: “Minhas enfermidades foram depositadas
sobre Cristo, e ele as afastou. Eu estou curado. Eu
agradeço ao Pai por ter feito isso”.
A dor pode estar lá, o sofrimento pode estar lá,
mas estes são apenas o testemunho dos sentidos.
Recusamo-nos a ouvir o testemunho dos nossos
sentidos. Aceitamos a Palavra de Deus e agimos
com base nela. Assim como Deus se assenta no
trono, ele fará que essa Palavra seja boa em nós.
Não pedimos poder, porque aquele que é o poder
está em nós. Não pedimos sabedoria, porque Cristo
foi feito sabedoria em nós. Não pedimos redenção,
pois ele é a nossa redenção.
Não pedimos santificação, porque ele foi feito
santificação em nós. Não pedimos justiça, porque
ele foi feito justiça em nós (cf.
1Coríntios 1.30).
Essa vida de fé é a coisa mais linda do mundo.
Entramos nela quando saímos do antigo reino dos
sentidos onde vivemos. De fato, sempre vivemos
com Tomé, que disse: “Se eu não vir as marcas dos
pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde
estavam os pregos e não puser a minha mão no seu
lado, não crerei”. [Jesus o encontrou tempos depois
e disse:]
“Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos.
Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de
duvidar e creia”. Disse-lhe Tomé: “Senhor meu e
Deus meu!”. Então Jesus lhe disse: “Porque me viu,
você creu? Felizes os que não viram e creram” (João
20.25,27-29).
Não deveríamos necessitar da evidência dos
sentidos. Descansemos na Palavra. Efésios 1.3 diz:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestiais em Cristo”.
Você está na família. Tudo o que o Pai tem
pertence aos filhos.
Você é um deles. Você foi abençoado.
45

Pelas suas feridas fomos


curados

Don Gossett

Você já ouviu a boa notícia de que, pelas feridas


de Jesus, você está curado? A história seguinte
ajudará a ilustrar essa verdade essencial: Um capitão
do mar chamado John Cook fora um veterano
navegador por muitos anos. Seus hábitos pessoais
eram um estilo de vida desregrado. Cook nunca deu
nenhuma atenção à morte ou ao que aconteceria
com ele e escolheu um caminho imoral.
Numa viagem em particular, o capitão Cook foi
atingido por uma doença mortal. A doença havia
devastado seu corpo, e o médico do navio lhe disse
que em pouco tempo ele morreria.
Percebendo sua desesperada condição física,
Cook orou a Deus com um senso de urgência.
Chamou seu companheiro mais chegado, a quem
implorou para orar ou ler a Bíblia para ele.
Infelizmente, o companheiro lhe disse que não sabia
como orar e não podia ajudá-lo a encontrar Deus.
O capitão apressadamente mandou chamar o
oficial seguinte e disse, ofegante: — Por favor,
ajude-me a encontrar Deus; sou um moribundo.
O homem sacudiu a cabeça com pesar; ele
também não sabia orar. Ao sair da cabine do navio,
sua respiração tornou-se mais ofegante.
A intensidade do sofrimento só aumentava, por
isso o capitão Cook mandou chamar um tenente, a
quem implorou, perguntando-lhe se ele podia ajudá-
lo a encontrar Deus. Novamente, ele recebeu uma
resposta desanimadora: — Não posso ajudar,
capitão. Eu não sou um homem de oração.
Essa resposta acabou definitivamente com a
esperança do capitão de receber ajuda de qualquer
um no navio. Mas, ao sair da cabine, o terceiro
oficial disse ao capitão que se lembrava de ter visto
o ajudante do cozinheiro lendo uma Bíblia alguns
dias antes.
O capitão Cook exclamou: — Mande buscar o
rapaz — rápido! Diga-lhe para trazer sua Bíblia.
Alguém deve me ajudar; eu estou morrendo!
O ajudante do cozinheiro era um adolescente de
rosto esguio chamado Willie Pratt. Willie tinha
deixado sua casa meses antes, quando o navio
partira para a última viagem. Nervoso e lentamente,
Willie entrou na presença do capitão, pensando que
ia ser repreendido por ter uma Bíblia.
John Cook pediu a Willie que orasse por ele e
lesse a Bíblia.
Willie contou ao capitão sobre sua mãe, que,
durante toda a sua vida, pelo que podia lembrar, era
uma mulher cristã. Ela sempre lia a Bíblia e orava
por ele todas as noites. Quando Willie saiu de casa,
deixou a mãe com o coração partido, mas,
conhecendo seu desejo de ver o mundo, ela o
ajudou a empacotar a Bíblia e apelou para que ele a
lesse todos os dias.
Willie confessou ao capitão que não tinha dado
muita atenção para a Bíblia. Recentemente, no
entanto, ele começara a pensar sobre o pedido da
mãe e sobre viver o tipo certo de vida. Ele disse ao
capitão: — Eu gostaria de ler um trecho da Bíblia
que minha mãe costumava ler para mim.
O capitão concordou.
Willie abriu a Bíblia em Isaías 53.5, e leu: “Mas
ele foi traspassado por causa das nossas
transgressões, foi esmagado por causa de nossas
iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava
sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”.
Ele olhou para o capitão e disse: — Senhor, eu
gostaria de fazer como minha mãe me ensinou, e
colocar meu nome no texto e torná-lo pessoal para
mim.
O capitão disse: — Filho, vá em frente.
Com lágrimas descendo pela face e o coração
amolecido pelo Espírito Santo, Willie leu o texto
assim: “Mas ele foi traspassado pelas transgressões
de Willie, foi esmagado por causa das iniquidades de
Willie; o castigo que trouxe paz a Willie estava sobre
ele, e pelas suas feridas Willie foi curado”.
O capitão ficou profundamente convencido de
sua própria necessidade de Jesus Cristo e pediu a
Willie: — Você poderia ler essa passagem
novamente e pôr o meu nome ali?
Solenemente, Willie leu Isaías 53.5 mais uma vez:
“Mas ele foi traspassado pelas transgressões de John
Cook, foi esmagado por causa das iniquidades de
John Cook; o castigo que trouxe paz a John Cook
estava sobre ele, e pelas suas feridas John Cook foi
curado”.
Conhecedores da realidade do que esses dois
homens haviam feito, Willie e John soluçaram
suavemente. Eles sabiam que seus pecados haviam
sido perdoados, pois Jesus havia sofrido em lugar
deles. Ao fazer uma aplicação pessoal da Palavra de
Deus, o capitão afirmou: — Pelas suas feridas, eu,
John Cook, estou curado. — E ele estava!
É uma história notável. Tanto Willie como John
foram perdoados de seus pecados, e John foi
curado. Eu o encorajo a pôr o seu nome nesse
versículo da Palavra de Deus. Eu acredito que você
também experimentará a alegria e a bênção dos
pecados perdoados e das enfermidades curadas ao
dar-se conta de que Jesus Cristo sofreu, sangrou e
morreu em seu lugar. Ele veio para dar sua própria
vida para que você seja livre.
Tenho levado milhares de pessoas a tornar esse
texto pessoal, e os resultados têm sido maravilhosos.
Recebi muitos testemunhos de outros que
personalizaram esse versículo e receberam as
dádivas do Senhor.
Portanto, fale estas palavras de Deus: Por suas
feridas eu fui curado (cf. 1Pedro 2.24).
“Ele tomou sobre si as minhas enfermidades e
sobre si levou as minhas doenças” (cf. Mateus
8.17).
[P]ois o mesmo Senhor é Senhor de todos e
abençoa ricamente todos os que o invocam
(Romanos 10.12).
46

A palavra viva

E. W. Kenyon

O problema da cura é um problema da


integridade da Palavra.
Muitos nunca a reconheceram, mas a Palavra é a
curadora hoje.
Deus, em Cristo, realizou uma perfeita redenção.
Nessa redenção há cura perfeita para todo crente;
mas, se falta o conhecimento da Palavra, os cristãos
em toda parte estão doentes.
Salmos 107.20 ilustra perfeitamente isso: “Ele
enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da
morte”. João 1.1 também o diz: “No princípio era
aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era
Deus”. O versículo 14 diz: “Aquele que é a Palavra
tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua
glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio
de graça e de verdade”.
Esta é a Palavra que ele enviou. Ele mandou sua
Palavra falada por meio dos profetas. A Palavra viva
fez-se carne. Agora ele se revela a Palavra doadora
de vida nos Evangelhos e nas Epístolas.
“As palavras que eu disse são espírito e vida.”
(João 6.63) Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela
penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas
e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do
coração. (Hebreus 4.12) A Palavra torna-se algo
vivo somente quando agimos sobre ela.
A Palavra é Deus falando. É um fato sempre no
tempo presente.
Pode-se dizer que a Palavra é sempre agora,
assim como Deus é sempre agora. A Palavra é
também uma parte do próprio Deus.
Deus e sua Palavra são um, assim como você e
sua palavra são um.
E a Palavra é a vontade do Pai, assim como Jesus,
a Palavra feita carne, a vontade do Pai durante seu
ministério terreno.
O que Deus diz, é; o que Deus diz, será. Se ele
não quisesse que fosse, não teria dito. Além disso,
podemos depender de sua Palavra inteiramente.
Você tem dependido de instituições e de homens.
As instituições podem falhar, os indivíduos
podem morrer, as nações podem se desintegrar, mas
Deus não pode negar a si mesmo. Atrás das Palavras
está a integridade de Deus. Não somente está sua
integridade por trás da Palavra, mas seu próprio
trono está envolvido em sua Palavra. Hebreus 7.22
declara que Jesus é a garantia da nova aliança.
“Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia de uma
aliança superior”. Ele está por trás de cada palavra,
de Mateus a Apocalipse.
Cada palavra foi inspirada por Deus. O trono
sobre o qual Jesus está sentado está por trás de cada
palavra.
Fé, esperança e assentimento mental Deve
haver uma clara distinção na mente entre crer e
concordar mentalmente. Crer na Palavra é agir sobre
a Palavra. O assentimento mental é reconhecer a
veracidade da Palavra, a integridade da Palavra, mas
nunca agir sobre ela. O assentimento mental é ficar
fora de uma padaria cobiçando o bolo que está na
vitrine sem tê-lo.
Ter esperança não é ter fé. Não é acreditar. A
esperança está sempre vivendo no futuro. No
entanto, a fé é sempre agora.
Não é passividade, pois a passividade repousa
serenamente sem ação, sem escolha, inerte. Fé é agir
na Palavra. Acreditar na Palavra não é apenas
reconhecer sua verdade absoluta, mas também levá-
la a ser a sua própria.
Agir na Palavra de Deus é fazer sua vontade e
nela agir. Ele é honrado por nossa atuação na
Palavra. Ele é desonrado por nossa mera
concordância mental com sua veracidade, pela nossa
esperança de que ela se tornará verdadeira em algum
momento e por nossa passividade que permanece
tranquilamente regozijando-se na Palavra, mas não
tem parte nela. “Quem crê […] tem […]” (João
3.36; cf. 6.47.) Se você crê, você tem!
O nome de Deus é glorificado por nossa atuação
na Palavra.
O Pai é glorificado por nossa atuação na Palavra.
Lembre-se de que seu trono apoia sua Palavra. Sua
integridade está envolvida nela.
Jesus disse:
“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vocês, pedirão o que
quiserem, e será concedido.
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem
muito fruto; e assim serão meus discípulos” (João
15.7,8).
Esse é o fruto da Palavra que habita interiormente
e que prontamente responde às orações.
O caso apresentado
Há duas visões da cura. A visão mais comum é
que a cura não está na obra redentora de Cristo, mas
pertence a nós se tivermos fé suficiente para
reivindicá-la. Essa crença sustenta que a fé é dom de
Deus. Se Deus concede a você fé para sua cura,
você será curado.
Se ele não concede fé, não há necessidade de
lutar pela cura. Sua única esperança é o braço da
carne.
Essa visão é superficial. É o resultado do
conhecimento sensorial, ou seja, o conhecimento do
homem natural que é adquirido através dos sentidos.
É o conhecimento ensinado em todas as nossas
escolas técnicas e universidades.
O outro tipo de conhecimento é o conhecimento
da revelação.
Ele ensina que os milagres são para hoje. O
conhecimento sensorial repudia isso em grande
medida, porque está acima do conhecimento dos
sentidos.
A segunda visão da cura é que ela é uma parte do
plano de redenção, segundo a qual a doença veio
com a Queda e é obra do adversário. Pelo fato de a
doença ter vindo com a Queda, Deus é o curador
natural e lógico.
O homem não pode lidar com o problema do
pecado. Ele não pode se tornar justo. Ele não pode
livrar-se da consciência do pecado. Estes só podem
vir através da obra completa de Cristo.
Deus planejou que, quando fôssemos recriados
(recriação que vem através da nossa recepção da
natureza e da vida de Deus), seríamos justos e
participaríamos de sua justiça, que é sua própria
natureza.
Isso nos daria a posição de filhos.
A nova criação é mais do que ser batizado ou
confirmado.
É receber a vida e a natureza do Pai. Nosso
espírito é recriado ao receber a vida eterna.
Isaías 53 tem a chave da redenção: Jesus foi feito
pecado pelos nossos pecados. Não só ele se fez
pecado com nossos pecados, mas se tornou enfermo
por causa das nossas enfermidades.
O homem natural é chamado de pecado: “Não se
ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o
que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que
comunhão pode ter a luz com as trevas?”
(2Coríntios 6.14). O crente é chamado de
“justiça”; o descrente é chamado de “maldade”. Ele
não só cometeu pecado; ele é pecado.
Além disso, o crente é chamado de “luz”, e o
descrente é chamado de “trevas”. Assim como o
pecador é “pecado”, o doente não é apenas doente,
mas “doença”. A doença é algo espiritual que se
revela no corpo.
“Que harmonia entre Cristo e Belial?” (2Coríntios
6.15).
O crente é chamado “Cristo”, porque Cristo é
uma parte do corpo. O ramo é uma parte da videira.
É tanto uma parte da videira quanto a própria videira
(cf. João 15.5).
Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora
tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo
sendo muitos, formam um só corpo, assim também
com respeito a Cristo.
(1Coríntios 12.12) O homem fora de Cristo é
chamado de “Belial”. Isso concorda perfeitamente
com 1João 3.10: “Desta forma sabemos quem são
os filhos de Deus e quem são os filhos do Diabo”.
Quando Deus colocou nosso pecado em Jesus,
ele nos colocou em Jesus. Ele colocou o homem
inteiro sobre Jesus. Ele lançou seus pecados, suas
fraquezas, suas enfermidades e doenças e sua união
com o Adversário sobre Jesus. Jesus tornou-se
pecado com o nosso pecado, ficou doente com a
nossa doença.
Isaías 53.10 diz: “Contudo foi da vontade do
Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer”. O versículo 6
diz: Todos nós, como ovelhas, nos desviamos, cada
um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o
Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.
Afligido em espírito Jesus ficou enfermo com
nossas enfermidades. Ele foi feito pecado com o
nosso pecado. Esse foi o método de Deus para lidar
com o problema do pecado. Ele resolveu o
problema do pecado, de modo que não há problema
de pecado. Cristo afastou o pecado e satisfez as
reivindicações de justiça para o homem.
Não há problema de doença; o problema real é o
“problema do pecador”. Há simplesmente um
problema de o crente vir a conhecer sua herança em
Cristo.
Quando João Batista disse: “Vejam! É o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29),
ele estava dando aviso público de que o homem que
ele havia batizado era o substituto do pecado, o
substituto da doença, para a raça humana.
O pecado e a doença vêm da mesma fonte —
Satanás é o autor de ambos. Tenho certeza de que é
a ordem de Deus que o crente esteja tão livre de
doenças quanto do pecado. Ele deve estar tão livre
do medo da doença quanto da condenação do
pecado.
Deus não pode ver o pecado na nova criação;
nem nela pode ver a doença.
Tiago escreveu: “Entre vocês há alguém que está
doente?”
(Tiago 5.14). Não deve haver nenhum doente
entre vocês, mas, se há alguém doente, isso diz o
que ele deve fazer. Foi plano do Pai que todo crente
deveria saber o que Pedro nos diz em 1Pedro 2.24:
Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os
pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas
vocês foram curados.
Ele quer que saibamos que, quando ele colocou
nossos pecados e enfermidades em Jesus e Jesus os
levou, foi para exterminar o pecado e para que a
doença deixasse de ter domínio sobre nós.
Ele quer que saibamos, em segundo lugar, que a
doença e a enfermidade não pertencem à família de
Deus.
Se há alguma doença entre nós, é por causa do
baixo nível de conhecimento dos nossos direitos e
privilégios na nossa redenção.
É por causa da falta de conhecimento do fato de
que Deus, ao impor nossas doenças em Cristo,
resolveu o problema da doença na redenção.
No novo nascimento, todos os pecados são
remidos. A natureza do pecado é deslocada pela
natureza de Deus, e a doença sai com os pecados.
Assim, o Pai não pode ver nenhuma doença na nova
criação.
Ele lançou tudo sobre Cristo.
Quando reconhecermos o fato de que nossa
doença foi lançada sobre Cristo, e que ele levou
nossas enfermidades em seu corpo sobre o madeiro,
e que pelas suas feridas fomos curados, será o fim
do domínio da doença na nossa vida.
Mas esse conhecimento não tem valor algum até
que o nosso coração diga: Certamente ele suportou
as minhas enfermidades e as minhas dores, e pelas
suas feridas fui curado, como se você fosse o único
doente no mundo.
A Palavra é como Deus — eterna. Não pode ser
destruída.
Ele zela por ela para cumpri-la. Sua Palavra
trouxe o homem à existência, e agora ele está se
edificando no homem através da Palavra.
A Palavra é parte dele mesmo, e é esse ser que
está mudando a conduta dos crentes e trazendo-os à
harmonia com ele.
Ele compartilha a si mesmo conosco; ele nos dá
sua natureza na nova criação; ele se faz um conosco.
Estamos unidos com ele no novo nascimento.
Devemos aproveitar essa união. Sua natureza nos
dá uma nova habilidade e nova sabedoria, e
devemos aproveitá-la. Sua força é nossa. Sua vida é
nossa. Sua saúde é nossa. Sua capacidade é nossa.
A doença é obra de Satanás. Quando você a conta
a alguém, glorifica o inimigo. Você ignora o fato de
que Deus lançou essa doença sobre Jesus e a
descartou.
A Palavra diz que você está curado. Acostume-se
a agir na Palavra.
Sobre os autores

E. W. KENYON
O doutor E. W. Kenyon (1867-1948) nasceu no
Condado de Saratoga, Nova York. Aos 19 anos,
pregou seu primeiro sermão.
Pastoreou várias igrejas na Nova Inglaterra e
fundou o Instituto Bíblico Betel, em Spencer,
Massachusetts. (A escola transformou-se mais tarde
no Instituto da Bíblia de Providence quando mudou
para Providence, Rhode Island.) Kenyon serviu
como evangelista por mais de vinte anos. Em 1931,
tornou-se pioneiro em programa radiofônico cristão
na Costa do Pacífico com sua apresentação
Kenyon’s Church of the Air, onde ganhou o apelido
de “O construtor da fé”. Ele também iniciou a Igreja
Batista Nova Aliança em Seattle. Além de seus
ministérios pastorais e de rádio, Kenyon escreveu
muitos livros.
DON GOSSETT
Nascido de novo aos 12 anos, Don Gossett
(1929-2014) serviu ao Senhor em ministério ativo
durante sessenta e seis anos como pastor, evangelista
mundial, missionário e locutor de rádio durante
muito tempo. Ele aprendeu com muitos renomados
evangelistas, entre eles William Freeman, Raymond
T. Richey, Jack Coe e T. L. Osborn. Os muitos
escritos de Don foram traduzidos para quase 20
línguas e ultrapassaram 25 milhões de cópias, com
distribuição mundial. Don teve cinco filhos com sua
primeira esposa, Joyce, que morreu em 1991. Em
1995, Don reencontrou o amor e se casou com
Debra, uma professora ungida da Palavra.
Eles ministraram em todo o mundo e viveram na
Colúmbia Britânica, no Canadá, e em Blaine, estado
de Washington.
Don foi coautor de vários livros usando os
escritos de E. Kenyon, entre eles Há poder em suas
palavras e A força explosiva do louvor, ambos
editados por Editora Vida. Para obter mais
informações sobre o ministério Don Gossett,
consulte <www.dongossett.com>.
Table of Contents
Sumário
A redenção é agora
O Jesus do agora
Além do nosso nariz
Algo que sabemos
Revelação de Deus ao apóstolo Paulo
Esta é minha hora de poder
Debaixo estão os braços eternos
O que confesso, eu possuo
“O Pai celestial” “O Pai celestial” “O Pai
celestial”
A Grande Comissão
A salvação está no Cristo entronizado
Alimentando-se da Palavra
Confissão para a salvação
Eu o livrarei
O sumo sacerdócio de Jesus
Nenhuma palavra torpe
Deus é Deus de fé
As pequenas coisas
Minha lista “Nunca mais”
Os dois tipos de conhecimento
O livro dos milagres
O Pai não tem favoritos
A cura é agora
Deus não é maravilhoso?
Jesus precisa suportar nossos pecados
novamente?
Não diga que não pode quando Deus diz que
você pode
A ansiedade destrói a eficiência
Deus cura?
O método de Deus curar bebês em Cristo
Pró-memória da cura
Métodos de cura
Grande alegria na cura
Cura na redenção
Como permanecer doente
Restabelecido em Cristo
Do alto da cabeça à sola dos seus pés
A origem da doença
A língua do sábio é
O problema da doença
Uma visão das marcas das feridas
Destruindo as obras do Diabo
Vítima de acidente de trem
A vida abundante
Palavras de vida: “Por suas feridas, eu sou
curado”
Jesus e seu nome são um
O valor da confissão
Pelas suas feridas fomos curados
A palavra viva
Sobre os autores

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