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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 3

Sabes o que são os Lobitos? .................................................................................................... 4

Máximas.......................................................................................................................................... 5

A Lei da Alcateia ............................................................................................................................ 6

Oração do Lobito ............................................................................................................................ 7

Oração do Guia ............................................................................................................................... 8

Olá! Bem-vindo! ............................................................................................................................. 9

O que é uma Patrulha? .................................................................................................................. 10

PATRONO DOS EXPLORADORES .......................................................................................... 13

Simbologia .................................................................................................................................... 14

Oração do Escuta .......................................................................................................................... 15

Pioneiro ..................................................................................................................................... 16

Como se organizam os Pioneiros/Marinheiros? ........................................................................... 16

Como funciona? ............................................................................................................................ 19

Etapas do Progresso ...................................................................................................................... 21

Áreas de Desenvolvimento ........................................................................................................... 22

Afetivo .......................................................................................................................................... 23

Carácter ......................................................................................................................................... 23

Espiritual ....................................................................................................................................... 24

Intelectual ...................................................................................................................................... 24

Social............................................................................................................................................. 25

Imaginário dos Pioneiros .............................................................................................................. 25

Quem é o Pioneiro? ....................................................................................................................... 25

Qual é a Mística dos Pioneiros? .................................................................................................... 26


Modelos de vida ............................................................................................................................ 27

Grandes Pioneiros ......................................................................................................................... 27

Simbologia .................................................................................................................................... 28

Caminheiro .................................................................................................................................... 30

Oração do Caminheiro .................................................................................................................. 30

Oração do Caminheiro que realiza a partida ................................................................................. 30

Bem- Aventuranças ....................................................................................................................... 31

Como se organizam os Caminheiros? ........................................................................................... 31

O Clã ............................................................................................................................................. 31

A Tribo… ...................................................................................................................................... 32

A Partida ....................................................................................................................................... 35

Conclusão...................................................................................................................................... 38

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Introdução
Ola, caríssimo escuta este manual poderá-lhe ajudar a perfeiçoar sobre o grupo dos escuteiros no
âmbito das formações em secções, o domínio sobre o escutismo desde primeira secção ate a ultima,
no entanto queremos que os escutas dominem as suas secções, portanto fara parte da fase de adesão
a próxima etapa do escuta mostrando como cada grupo se organiza e as suas orações, vejamos ao
decorrer do manual.

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Sabes o que são os Lobitos?
Sabes quem eu sou? Chamo-me Baden-Powell e fui eu quem criou os Escuteiros, há muitos
anos atrás (em 1907, vê lá tu)! Com eles, fiz atividades muito divertidas, nas quais aprenderam
muitas coisas novas!

Um dia, percebi que os irmãos mais pequenos dos meus escuteiros também queriam brincar.
No entanto, pensei que o melhor era não os misturar com os mais velhos. Os mais pequenos
precisavam de ter um grupo só deles e resolvi pedir a uma chefe minha amiga para me ajudar
a inventar atividades para eles. Ela chamava-se Vera Barclay.

Com a ajuda dela, escrevi um livro – o Manual do Lobito –, no qual ensino muitas coisas
divertidas, e criei o grupo dos Lobitos, do qual tu agora fazes parte. Neste grupo, vais aprender
a história de Máugli, o Menino-Lobo, que vive na Selva com a Alcateia de Seiôuni (uma
Alcateia é um conjunto de lobos, como deves saber). Até hoje, muitos meninos já passaram
pelos Lobitos e aprenderam a ser melhores. Espero que gostes de cá andar!

Os Lobitos têm entre 6 e 12 anos e são ajudados por alguns chefes (nós chamamos-lhes Bichos
da Selva ou Velhos Lobos).

Para que não haja confusão, uma Alcateia está dividida em grupos pequenos, os Bandos, que
têm vários Lobitos. No máximo, há 5 Bandos e cada um tem um nome: Branco, Cinzento,
Preto, Castanho, Ruivo. Sabes porque é que se chamam assim? Porque o pêlo dos lobos pode
ter estas cores!
Cada Bando tem um cantinho só para si no Covil (a sala de reunião
da Alcateia) e tem um Guia e um Subguia, que dirigem os outros elementos. Mas tu não ficas
sem fazer nada! Cada Lobito deve também ter uma tarefa, um cargo. Vai pensando no que
gostavas de fazer…

O Lobito entende e consegue viver a sua Lei, pois esta encerra regras bem simples. No entanto,
precisa de mais algumas orientações que o guiem nas boas relações consigo próprio e com a
sociedade. Essa é a razão de ser das Máximas!

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Máximas
O Lobito pensa primeiro no seu semelhante;
O Lobito sabe ver e ouvir;
O Lobito é asseado;
O Lobito é verdadeiro;
O Lobito é alegre.

1.“O Lobito pensa primeiro no seu semelhante.”


Ao conhecer o Livro da Selva, sonhando e imaginando a vida de Máugli, o Lobito compreende o
espírito de entreajuda, altruísmo e solidariedade em que os animais da selva vivem.
Esta Máxima corrobora o segundo artigo da Lei ao contrariar tendências egoístas que o Lobito
possa ter. Na sua relação com os outros, o Lobito deve aprender a disponibilizar-se para ajudar os
outros mesmo que isso implique deixar-se a si próprio para segundo plano. Ao mesmo tempo, a
vivência desta máxima leva-lo-á a aceitar a ajuda dos outros quando dela necessitar, sendo nos
pequenos gestos que esta ajuda por ser feita: emprestando um objeto, cedendo o lugar, ajudando
numa tarefa mais elaborada, entre outros.

2. “O Lobito sabe ver e ouvir.”


A vida na selva é plena de sons, cores e sombras. Tal como Máugli, também o Lobito aprende a
estar atento às maravilhas à sua volta: deitar-se na relva, fechar os olhos e entrar noutro mundo
de novas sensações.
Ver e ouvir são fundamentais para a aprendizagem e para o conhecimento da realidade à nossa
volta. E o Lobito deve ouvir e ver, não só por obediência aos mais velhos, mas também para
entrar em familiaridade com todo o ambiente que o rodeia. Por outro lado, ver e ouvir á
imprescindível para evitar distrações e acidentes. Assim, o Lobito aprenderá a observar o meio
que o rodeia, interpretando-o.

3. “O Lobito é asseado.”
Máugli teve a experiência de viver entre o “povo sem lei”, os Banderlougues, e ficou perturbado
com a desordem, sujidade e anarquia que se vivia nas “moradas frias.”
Através desta Máxima é pedido ao Lobito que cuide da sua higiene pessoal em pequenos gestos:
cara lavada, unhas cortadas e limpas, roupa asseada, etc. Mas o seu asseio passa também pelo
arrumar e limpar tudo o que diz respeito à vida na Alcateia: covil, tenda, etc.

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4. “O Lobito é verdadeiro”
Depois de Máugli ter sido resgatado do cativeiro dos Banderlougues, foi sincero e explicou a
Balu que toda aquela confusão se deveu à sua curiosidade e desrespeito pelos conselhos dos mais
velhos.
Seguindo o exemplo de Máugli, também o Lobito deverá procurar ser sempre verdadeiro, isto é,
ser fiel ao que está a sentir e honesto sobre o que pensa. Desta forma, aprende a conquistar a
confiança dos outros, mas também a assumir a responsabilidade pelas suas atitudes e a aceitar as
consequências dos seus atos.

5. “O Lobito é alegre.”

Como viver a Lei e as Máximas na Alcateia


A Lei e as Máximas ajudam à aquisição de normas de convivência básicas, promovendo o
equilíbrio do grupo e o enriquecimento das relações humanas. As estratégias de aplicação são
diversas: jogos que impliquem partilha, auxílio mútuo, disciplina, lealdade, etc. Exemplos
concretos que os lobitos reconheçam como inspiradores (exemplos: as histórias da
Selva) reflexões sobre o seu próprio comportamento, à luz das aventuras de Máugli e dos
exemplo do Menino Jesus, de S. Francisco de Assis e dos Pastorinhos.
Neste processo, o dirigente deve ter consciência de estarem a ser trabalhados nos Lobitos valores
para a vida futura, tendo como base o seu próprio exemplo. Assim sendo, é essencial que o
dirigente assuma estes valores como seus e se esforce por cumprir, para ser, de facto ,um modelo
a seguir. Um modelo de apoio mútuo, de reforço positivo, de coerência nas atitudes, de
encorajamento perante o erro e o desânimo, de defesa de comportamentos saudáveis.

A Lei da Alcateia
Na Alcateia, os valores escutistas estão resumidos na Lei, nas Máximas e na Promessa.

É através delas que o Lobito é chamado a comprometer-se livremente com os ideais do


movimento, que lhe permitem ajudar a construir um mundo mais justo e solidário.

O Livro da Selva fala-nos de um “povo sem lei”, desordeiro, preguiçoso, sujo e sem regras, que
vive a partir dos impulsos e dos interesses momentaneos. Em oposição, temos o “povo livre”, a

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Alcateia, onde cada lobo conhece o seu lugar e as regras e reconhece em Àquêlá a autoridade
moral para guiar e proteger todos.

Quando caraterizamos psicologicamente o escalão etário dos nossos Lobitos, consideramo-los


“crianças” que raciocinam sobre factos concretos vividos aqui e agora. Não lhes podemos
transmitir valores sobre situações hipotéticas que eles não entendem e ainda não viveram. Assim
sendo, a Lei da Alcateia põe as coisas no presente.

 O Lobito escuta Àquêlá;


 O lobito não se escuta a si próprio.

No primeiro artigo da Lei, estão presentes o valor da obediência e o reconhecimento da


autoridade de Àquêlá (chefes, pais, professores, catequistas…), reconhecimento este que advém
da capacidade que o adulto tem para ensinar, ajudar, acarinhar e proteger a criança.

No segundo artigo, encontramos a valorização da renúncia do Lobito aos seus interesses pessoais
em favor dos interesses da Alcateia. Despertando assim para a vida em comunidade, para a
partilha, para o esforço coletivo, em oposição ao egoísmo e individualismo.

A simplicidade da Lei encerra, assim, os valores básicos da vivência em Alcateia.

Oração do Lobito
Divino Menino Jesus,
Nós Vos oferecemos inteiramente o nosso coração
enchei-o das Vossas virtudes
e ensinai-nos a imitar-Vos.
Nós queremos seguir o Vosso exemplo
com toda a nossa boa vontade
para assim,
Com a ajuda de Maria, nossa doce Mãe
crescermos em graça e idade.
Ámen

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A Oração do Lobito promove a identificação do Lobito com a figura do Menino Jesus, outra
criança, para quem é levado a olhar como exemplo a seguir. De facto, Jesus também foi menino
como os Lobitos o são, procurando conhecer-Se e à missão que O esperava.

Ao rezarem esta oração, os Lobitos entregam-se totalmente a Jesus, compreendendo a pouco e


pouco a importância de O imitar para crescer de forma equilibrada e feliz.

Nesta oração faz-se também referência a Maria, a Mãe de Jesus e também nossa mãe.
Intuitivamente, os Lobitos são sensíveis à figura da “doce mãe”, a que podem recorrer e pedir
auxílio. Nesta idade, os Lobitos têm ainda uma ligação muito forte com a mãe, estando portanto,
sensíveis à presença e intervenção de Maria, junto do seu filho, Jesus Menino, e junto de todos
nós, como Mãe de todos os Escutas.

Oração do Guia
Senhor Jesus,
Quiseste que eu fosse escolhido para Guia,
Fazei com que, pela palavra, pelo exemplo, e pela correção fraterna,
Nos ajudemos todos a progredir no amor fraterno e no Vosso amor.
Ámen

O sistema de patrulhas, tal como B-P o idealizou, assenta da divisão de rapazes e raparigas em
pequenos grupos, dentro dos quais estabelecem relações e são chamados a assumir diversas
tarefas para a promoção do bem comum.

Um dos elementos assume a direção e cada um dos restantes é chamado a desempenhar tarefas
específicas que permitem a cada um contribuir para o bem comum.

O cargo de Guia é muito importante na Alcateia, na medida em que permite que a liderança e o
envolvimento comecem a ser trabalhados e implementados desde a infância.

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Olá! Bem-vindo!
Parabéns! Estás nos Escuteiros, nos Exploradores/Moços.

Antes de mais explicar-te porque temos dois nomes para os Escuteiros da mesma idade. …
que existem alguns Escuteiros que vivem as suas atividades sobretudo na água. Por esse facto
usam nomes diferentes, que estão mais de acordo com o meio aquático. São os Escuteiros
Marítimos!

Os Explorador tem entre 13 e 16 anos e são ajudados por chefes da Expedicao.

No Escutismo vais encontrar outros rapazes e raparigas que, como tu, também um dia vieram
para os Escuteiros, os Exploradores.

Vais ainda ter alguém que estar ao teu lado para tudo o que precisares e que te vai ajudar em
todas as situações. Os Dirigentes.

Ao longo do Caderno de Descobertas, sempre que se ler a palavra Explorador deve


subentender-se dizer respeito, também, e relativamente aos Escuteiros Marítimos, aos Moços.
Do mesmo modo, relativamente a Patrulha/Tripulação, Guia/Timoneiro, Sub-Guia/Sota-
Timoneiro, Expedição/Flotilha, Aventura/Expedição, Pioneiro/Marinheiro,
Comunidade/Frota, Equipa/Equipagem e Empreendimento/Cruzeiro.

Terás a oportunidade de descobrir um mundo fantástico!

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Terás amigos e companheiros de inúmeras aventuras que vais poder preparar e viver.

Sim, isso mesmo! Vais ajudar a preparar tudo o que vais fazer porque aqui a tua opinião conta
e é importante!

Nessas aventuras terás oportunidade de descobrir locais diferentes, de aprender a fazer coisas
por ti próprio (já pensaste em comer numa mesa feita por ti?), de jogar muitos jogos divertidos
(que não só o futebol ou jogos de computador), de partilhar uma fogueira à noite com os teus
amigos, de “caçar tesouros” incríveis e muito, muito mais...

Para que tudo isto funcione há algumas regras que é preciso que todos cumpram (tem lógica,
não achas?).

Vais ver que estas regras não são um conjunto de coisas chatas e difíceis de cumprir. Pelo
contrário, já existem há muito, muito tempo e são cumpridas por todos os Escuteiros do
Mundo, e facilmente as vais saber, entender e depois pôr em prática.

Nos Exploradores nunca vais estar sozinho!

Vais começar por pertencer a um grupo mais pequeno: a tua Patrulha/Tripulação. É com ela
que vais ter a maior parte das aventuras.

Será com os amigos que vais criar na Patrulha que vais viver inúmeros momentos de alegria e
de partilha que vão ficar bem gravados na tua memória e recordarás pela tua vida fora.

O que é uma Patrulha?


Assim que entras na Expedição, vais ser integrado numa Patrulha! Ora, o que é uma Patrulha?

 Uma Patrulha é um grupo de rapazes e raparigas, entre 4 e 8 pessoas, de diferentes


idades, que constituem um pequeno grupo dentro da Expedição. Cada Expedição deve
ter no máximo 5 Patrulhas e no mínimo 2. A tua Expedição não tem 2 Patrulhas? A tua
equipa de animação deve estar preocupada com isso... É importante esse número para
poderem jogar ”uns contra os outros”.
 A Patrulha tem o nome de um animal, designado por Totem de Patrulha, que é
escolhido pelas suas características e com as quais todos os elementos da Patrulha se
identificam. No caso das Tripulações o animal escolhido deve ser um animal ligado ao
meio aquático. Esse animal aparece na Bandeirola da Patrulha, o seu som é usado pelos
elementos em jogos, reuniões e para se chamarem uns aos outros (Grito de Patrulha) e
as suas características servem ainda de inspiração para se criar um Lema ou Divisa de
Patrulha (Ex: Patrulha Cão - Sempre Fiéis).
 Cada Patrulha deve ainda possuir o seu Livro de Ouro/Livro de Bordo, onde vai
guardando a sua história ao longo dos anos. Dá-lhe uma vista de olhos... Vais ver que
alguns elementos mais velhos do teu Agrupamento já passaram pela Patrulha em que

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estás agora!! O quê? Ainda não existe? Então está na altura de serem vocês a iniciar
este Livro.

 Na Base (local de encontro da Expedição), a Patrulha deve ter o seu Canto de Patrulha,
decorado pelos seus elementos, onde se reúnem e onde estão guardados os seus
materiais e troféus.

Dentro da tua Patrulha vais ver que todos têm um cargo a desempenhar: há quem seja o
secretário, o tesoureiro, o responsável de material, o socorrista ou o animador. Nas Tripulações
os cargos têm nomes diferentes: o escrivão, o moço do detalhe, o moço do paiol, o cozinheiro
ou o botica. Também tu vais ser chamado a desempenhar um cargo dentro da tua Patrulha e
deves fazer o possível por aprender a desempenhá-lo bem, pois os outros elementos contam
contigo para ajudares sempre que for preciso. Não precisas de ter receio de não saber fazer.
Todos te devem dar uma ajuda, desde os elementos da tua Patrulha aos mais velhos da equipa
de animação.

Dentro da tua Patrulha há ainda dois elementos que têm uma grande obrigação de te ajudar em
tudo o que precisares: o Guia de Patrulha/Timoneiro e o Sub-Guia de Patrulha/Sota-
Timoneiro.

Normalmente são Exploradores já mais velhos e mais experientes. O Guia deve dirigir e animar
a Patrulha e o Sub-Guia ajuda-o em todas as tarefas necessárias ou substitui-o quando o Guia
não está.

Para ter todos estes grupos a funcionar corretamente há várias reuniões que acontecem:

 Conselho de Guias - é uma reunião que acontece pelo menos de 15 em 15 dias, onde
estão presentes o Guia de Expedição, os Guias de Patrulha, os Sub-Guias e o Chefe de
Unidade e seu Adjunto, bem como o Assistente de Agrupamento. O Conselho de Guias
decide sobre todos os assuntos gerais da Unidade.

É aqui que se tomam as decisões sobre a vida da Unidade e onde os Guias de Patrulha
transmitem a opinião e as ideias da sua Patrulha aos restantes Guias e ao Chefe.

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O Conselho de Guias é dirigido pelo Guia de Expedição/Flotilha (um Guia escolhido de entre
os Guias pelo Chefe) ou por um Guia/Timoneiro escolhido para a ocasião. Esta tarefa deve
rodar entre os elementos do Conselho de vez em quando.

Durante o Conselho de Guias deve haver um Guia que faça a função de secretário do Conselho
para que todas as decisões fiquem registadas, de forma a não haver esquecimentos. Esta
também deve ser uma função rotativa entre todos os membros do Conselho de Guias.

O Chefe de Unidade está presente para ajudar na tomada de decisão, para aconselhar, mas a
decisão é sempre dos Guias. O Chefe de Unidade não tem voto!

 Conselho da Lei - nos Casos em que alguém na Expedição desrespeita a Lei do Escuta,
o Conselho de Guias assume outras funções: em situações disciplinares graves o
Conselho de Guias assume-se como Conselho da Lei para tomar uma decisão sobre o
caso. Nesta reunião estão presentes o Chefe de Expedição, os Guias de Patrulha, o
Assistente de Agrupamento e também os elementos que estão diretamente ligados ao
caso que se vai analisar. Estes últimos apenas estão presentes numa fase inicial do
Conselho da Lei para apresentar a sua versão da história ou a sua “defesa”.

O Conselho da Lei pode chamar outras pessoas (para ajudar à tomada de decisão sobre o caso)
e estas podem ser tão diversas como: pais, encarregados de educação, Chefe de Agrupamento,
testemunhas do caso, entre outros que se considerem importantes para se tomar uma decisão
justa.

 Conselho de Expedição - é uma reunião, onde estão presentes todos os elementos que
pertencem à Expedição. É o local onde se tomam as grandes decisões em conjunto,
onde se votam os projetos de atividades que a Expedição vai desenvolver (cada
elemento presente tem direito a votar, menos os Chefes!), onde se dão sugestões para
melhoria de alguma atividade que foi escolhida e onde se discutem as necessidades
que a Unidade tem como um todo para poder levar a cabo alguma tarefa.

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PATRONO DOS EXPLORADORES

Tiago, Maior, era filho de Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que seguiam Jesus na sua pregação,
que O acompanharam até à cruz e, na manhã da Ressurreição, acorreram para O ungir.

S. Tiago e seu irmão João, os Boanerges ou filhos do trovão, foram chamados por Jesus quando estavam
com o seu pai Zebedeu, consertando as redes, nas margens do mar da Galileia. S. Tiago tinha um
carácter muito resoluto e generoso. Quando o Senhor o chamou não duvidou e deixou tudo. Mas também
era extremista: quando os samaritanos não quiseram receber Jesus, irritados, Tiago e João pretendiam
que descesse fogo do céu e acabasse com eles. Outra vez deixaram-se levar pela ambição: apresentaram-
se com a mãe Salomé para Lhe pedir os primeiros lugares, quando restaurasse o reino de David.

Mas tudo isto não foi obstáculo para que Jesus desse aos dois irmãos, juntamente com Pedro, provas
especiais de apreço: os três, sozinhos, foram testemunhas da Transfiguração de Jesus no Tabor,
presenciaram a ressurreição da filha de Jairo e assistiram à agonia de Jesus no Getsémani.

Duas missões principais cumpriram Tiago: primeiro levou o Evangelho até Espanha (às regiões
Tarraconense, Bética e Lusitana); depois regressou a Jerusalém sendo o primeiro dos apóstolos a
derramar o seu sangue por Cristo, pois Herodes Agripa, tendo recebido o reino do imperador Calígula
e para se reconciliar com os judeus, mandou degolar Tiago, irmão de João.

Chamado por Cristo, S. Tiago, Apóstolo, viu concretizadas as promessas de Deus ao seu Povo, ao
testemunhar o poder da Ressurreição de Cristo. A partir daí, fortalecido pelo Espírito Santo, S. Tiago

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assumiu a fé de forma destemida e aceitou testemunhá-la até às últimas consequências (Act 12,1-2).
Sendo originário da Galileia, S. Tiago terá aceitado o desafio de partilhar com outros povos o tesouro
da fé: segundo a tradição, teria vindo até à Península Ibérica, para evangelizar, tendo desenvolvido
actividade sobretudo na Galiza e na zona hoje correspondente a Aragão.Assim, S. Tiago foi um
autêntico explorador, na medida em que aceitou pôr-se a caminho, guiado pela «estrela» da fé que o
animava e fortalecido pelo desejo insaciável de a dar a conhecer. Mesmo sem saber que dificuldades
iria encontrar, S. Tiago partiu com o intuito de apontar, também aos outros, o caminho para a «Terra
Prometida». O caminho para Deus.

Contam as antigas tradições que o corpo de S. Tiago foi trasladado para a Galiza. Em 813, um ermitão
viu brilhar uma estrela em Iria e o bispo Teodomiro descobriu as relíquias no que chamam o Campo da
Estrela (Compostela). A partir de então, este Apóstolo protegerá Espanha e pelo "caminho de Santiago"
acorreram (e continuam a acorrer) peregrinos de toda a cristandade.

Simbologia
A simbologia ajuda-nos a perceber a identidade dos Exploradores. O imaginário da segunda secção
gira todo à volta do Explorador, aquele que parte à descoberta do desconhecido.

Como símbolos, a secção terá a Flor-de-Lis, a Vara, o Chapéu, o Cantil e a Estrela

A flor-de-lis – é o símbolo do escutismo de que o explorador é a imagem mais facilmente


reconhecida (atépela tradução da palavra inglesa scout, por exemplo). Nas três folhas da flor-de-lis
reconhecemos os três princípios do escutismo, e os três compromissos assumidos na fórmula da
promessa escutista. A flor-de-lis é, também, símbolo de rumo, indicando o norte nas cartas
topográficas e de marear. É portanto um auxiliar básico de alguém que pretende descobrir o mundo.

A vara – é um símbolo facilmente associado ao imaginário do escuteiro dos primeiros anos da


fundação e, por outro lado à simbologia de São Tiago, Maior, o peregrino. A Vara do escuteiro tem
um conjunto alargado de utilidades, de onde se destaca o auxílio, à caminhada, à progressão da
marcha, na navegação, no ultrapassar de obstáculos, em relação aos perigos e às adversidades.
Simboliza assim a solidariedade e o progresso.

O chapéu – é símbolo da protecção. Protecção do sol, em primeira análise, mas também do frio,
da chuva, etc. É ainda associado à imagem que temos do próprio B.-P., que se preocupou em arranjar
um chapéu para os escuteiros antes de mais nada. Também São Tiago é reconhecido pelo chapéu que

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caracteriza o traje do peregrino, especialmente no contexto dos caminhos de Santiago de Compostela.

O CANTIL – é ao mesmo tempo símbolo da responsabilidade – andar sem água não é


inteligente -, na sua vertente de depósito, mas é também símbolo de coerência, de estar preparado,
como pedia B-P. Está associado também à sede de conhecimento, à sede de descoberta e de acção,
característica do explorador. A cabaça, associada à imagem de São Tiago Maior é, também, ou, acima
de tudo, um cantil.

A estrela – é símbolo da orientação. A Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul são referências de


orientação, especialmente de noite, quando é mais difícil seguir um rumo. Todos os grandes
exploradores recorreram a elas para concretizar os seus sonhos. São pilares na imensidão do céu, sinal
da grandeza de Deus, que nos transmitem a segurança da fé, e a certeza do sucesso. Foi uma estrela,
que segundo a lenda permitiu encontrar o túmulo do Apóstolo São Tiago e é lá, no Campo da Estrela
– Campus stella, Compostela – que permanecem os seus restos mortais. A vieira, símbolo jacobeu, é,
também, de certa forma, uma estrela. Além disso, do ponto de vista bíblico, a estrela evoca ainda a
Aliança de Deus com Abraão, em que lhe promete uma descendência mais numerosa que as estrelas
do céu, imagem do Povo que Deus escolheu para Si, do qual também nós somos parte.

Oração do Escuta
Senhor Jesus
Ensinai-me a ser generoso,
A servir-Vos como Vós o mereceis,
A dar-me sem medida,
A combater sem cuidar das feridas,
A trabalhar sem procurar descanso,
A gastar-me sem esperar outra recompensa,
Senão saber que faço a Vossa vontade santa,
Ámen

Oração do Guia
Senhor Jesus
quiseste que eu fosse escolhido para Guia/Mestre,
Fazei com que, pela palavra, pelo exemplo, e pela correção fraterna
nos ajudemos todos a progredir no amor fraterno e no Vosso amor.
Ámen

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Pioneiro
Como se organizam os Pioneiros/Marinheiros?
Os Pioneiros estão organizados em Equipas que, por sua vez, juntamente com a Equipa de
Animação, constituem a Comunidade dos Pioneiros.

Comecemos pelos Pioneiros. Já sabes que Pioneiros são os rapazes e as raparigas, com idade
compreendidas entre os 17 anos. Usam um lenço azul, debruado a branco.

Uma Equipa é um grupo de rapazes e raparigas, entre 4 e 8 pessoas, de diferentes idades, que
constituem um pequeno grupo dentro da Comunidade. Cada Comunidade deve ter, no máximo,
5 Equipas.

A Equipa tem o nome de uma personalidade – um Santo da Igreja, pioneiro da Humanidade,


ou herói nacional –, designado por Patrono da Equipa. Em qualquer dos casos é um nome
escolhido de acordo com as características, com a vida e a obra da personalidade escolhida,
com as quais todos os elementos da Equipa se identificam. Uma imagem ilustrativa do Patrono
é usada na Bandeirola da Equipa.

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A Equipa deve ter um lema, ou divisa, conhecido pelos elementos em jogos, usado em
reuniões e em “grito” como forma de comunicação uns aos outros (Grito de Equipa). O
patrono deve inspirar o Lema ou Divisa de Equipa, a partir das suas características.

Cada Equipa deve, ainda, possuir o seu Livro de Ouro, onde se vai guardando a história da
Equipa ao longo dos anos (dá-lhe uma vista de olhos… vais ver que alguns elementos mais
velhos do teu agrupamento já passaram na Equipa em que estás agora!)

No Abrigo (sede da Comunidade) a Equipa deve ter o seu Canto de Equipa, decorado pelos
seus elementos, onde estes se reúnem e onde estão guardados os materiais e troféus.

Dentro da tua Equipa vais ver que todos têm um cargo que desempenham com dedicação. Há,
com certeza, o Guia, o Sub-Guia, o Secretário (que também se pode chamar Cronista), o
Tesoureiro e o Guarda-Material.

Conforme o número de elementos da tua Equipa poderá haver ainda o Animador, o Socorrista
(que pode chamar-se também Botica), o Intendente ou o Informático.

O teu Guia sabe o que compete fazer a cada cargo, e vai explicar--te. Há também material
escrito que te pode ajudar a perceber.

É importante que compreendas que é fundamental que todos os elementos da tua equipa
tenham um cargo, que desempenham com gosto, e que só o Sub-Guia pode acumular mais do
que um cargo. O Guia é eleito democraticamente pelos elementos da Equipa e é a ele que
cabe a nomeação dos outros cargos, tendo em conta as características de cada um dos
Escuteiros. Por ser uma tarefa de grande responsabilidade, o Guia não pode, em hipótese
alguma, acumular com outro cargo.

Tu também terás de ter o teu cargo na tua Equipa. Também vais ser chamado a desempenhar
uma função dentro da tua Equipa, quando for tempo de preparar e organizar o
Empreendimento. Função que pode nada ter a ver com o cargo que ocupas. Deves fazer o
possível por aprender a desempenhá-la bem, pois os outros elementos contam contigo para
ajudares sempre que for preciso.

O desempenho de um cargo na Equipa e de funções nos Empreendimentos ajudar-te-á muito


no teu progresso pessoal no Escutismo e fora dele.

Não precisas ter receio de não saber fazer. Todos te devem dar uma ajuda, desde os
elementos da tua Equipa aos mais velhos da Equipa de Animação. Dentro da tua Equipa há
ainda dois elementos que têm uma grande obrigação de te ajudar em tudo o que precisares: o
Guia de Equipa e o Sub-Guia de Equipa. O Guia deve dirigir e animar a Equipa e o Sub–Guia
ajuda-o em todas as tarefas necessárias ou substitui-o quando o Guia não está.

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Para poder funcionar de forma correta a Comunidade tem várias reuniões diferentes, que
tratam diferentes assuntos e onde estão presentes pessoas diferentes.

Confuso?... Vais ver que é fácil de entender…

Vejamos, então, os tipos de reuniões que resultam de combinações diferentes:

Há a Reunião da Equipa! Esta é fácil… Os elementos da Equipa reúnem no Canto da


Equipa, no Abrigo, ou noutro sítio qualquer, sob a coordenação do Guia ou do Sub-guia para
tratar de assuntos relativos a interesses individuais de cada Pioneiro ou da Equipa. As
decisões são tomadas democraticamente, ou seja por maioria. Reúnem sempre que for
necessário, mas pelo menos semanalmente.

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Quando se reúnem os Guias de cada Equipa, juntamente com o Chefe de Unidade, à reunião
chama-se Conselho de Guias. Podem também participar os Sub--Guias e os restantes
elementos da Equipa de Animação. O Conselho de Guias é uma reunião que acontece pelo
menos de 15 em 15 dias. O Conselho de Guias é responsável pela resolução dos problemas e
assuntos gerais de toda a Comunidade e pela manutenção da honra da Comunidade,
nomeadamente. É aqui que se tomam as decisões mais importantes da vida do Comunidade e
onde os Guias de Equipa transmitem a opinião e as ideias da sua Equipa aos restantes Guias e
ao Chefe. Também é neste Conselho que o Guia recebe as informações para levar para a sua
Equipa.

O Conselho de Guias é dirigido pelo Guia da Comunidade (um Guia escolhido pela
Comunidade de entre os Guias). Quando não está designado o Guia da Comunidade dirige a
reunião um Guia escolhido para a ocasião. Esta tarefa deve rodar entre os elementos do
Conselho de vez em quando. Durante o Conselho de Guias deve haver um Guia que faça a
função de Secretário do Conselho para que todas as decisões fiquem registadas, de forma a não
haver esquecimentos. Esta também deve ser uma função rotativa entre todos os membros do
Conselho de Guias.

Em situações disciplinares graves o Conselho de Guias assume-se como Conselho da Lei para
tomar uma decisão sobre o caso. Nesta reunião estão presentes aqueles que normalmente já
pertencem ao Conselho de Guias e também os elementos que estão diretamente ligados ao caso
que se vai analisar. Estes últimos apenas estão presentes numa fase inicial do Conselho da Lei
para apresentar a sua versão da história ou a sua “defesa”. O Conselho de Lei pode chamar
outras pessoas (para ajudar à tomada de decisão sobre o caso) e estas podem ser tão diversas
como: pais, encarregados de educação, Assistente de Agrupamento, Chefe de Agrupamento,
testemunhas do caso, entre outros que se considerem importantes para se tomar uma decisão
justa.

Então e quando se reúne toda a Comunidade? Com todos os Pioneiros e toda a Equipa de
Animação? Aí estamos perante o Conselho de Comunidade. É nessa circunstância que se
tomam decisões importantes como a escolha do Empreendimento, ou a sua avaliação. É o
momento de dar sugestões para melhoria de alguma atividade que foi escolhida e é onde se
discutem as necessidades que a Comunidade tem como um todo, para poder levar a cabo
alguma tarefa.

Pensa em qual destas reuniões podes dar o teu contributo.

Como funciona?
O escutismo é um jogo e o sistema de progressão pessoal funciona, de facto, como um jogo,
existindo um caminho a ser feito, através de escolhas e opções pessoais.

O progresso está orientado por objetivos educativos, apresentando os seguintes componentes:

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 Diagnóstico inicial - apresentação e conhecimento das CCA de cada aspirante ou noviço
a Pioneiro/Marinheiro;
 Adesão - consciência pessoal do Pioneiro/Marinheiro no que diz respeito ao seu progresso
e à sua preparação para a Promessa;
 Promessa - comprometimento pessoal e espontâneo do Pioneiro/Marinheiro, que após
reflexão assume o compromisso de fazer parte da Comunidade/Frota.
 Escolha dos Trilhos - consciência e decisão pessoal do Pioneiro/Marinheiro no que diz
respeito ao seu progresso e ao percurso a seguir para a conclusão dos objetivos. Em cada
etapa o elemento tem de escolher um trilho de cada área de desenvolvimento em que sinta
que é importante crescer. Depois de escolher o trilho, tem de o realizar e seguidamente
validá-lo em Equipa e posteriormente em Conselho de Guias.
 Oportunidades Educativas - que são identificadas pelos Pioneiros/Marinheiros, com o
apoio da equipa de animação, que permitem atingir determinados objetivos ao nível de
crescimento pessoal;
 Relação Educativa - entre o elemento e o Dirigente possibilitando a negociação sobre o
caminho a percorrer, as metas a atingir e a validação final;
 Diagnóstico, Avaliação e Reconhecimento - envolvendo os diversos intervenientes, os
pares, os Dirigentes e outros organismos.

O que é o sistema de progresso?

O progresso pessoal tem por objetivo ajudar o Pioneiro/Marinheiro a envolver-se de


forma consciente e ativa no seu próprio desenvolvimento. Desta forma, aprende a
comprometer-se com o seu crescimento, e automaticamente na sua educação.
Mas para o conseguir, procura-se que cada adolescente, através do sistema de progresso,
atinja os objetivos educativos da 3.ª secção (Comunidade/Frota), adquirindo,
conhecimentos, competências e atitudes (CCA). Assim o seu percurso de
desenvolvimento é direcionado de forma individual, sem o forçar a escolher caminhos
pré-determinados, tornando-se uma oportunidade de aprofundamento de: habilidades
próprias, valorização pessoal e a descoberta vocacional.
Desta forma será um excelente auxiliar para ajudar cada adolescente a alcançar todo o
potencial que está dentro de si, estimulando-o a ser e fazer cada vez mais e melhor.

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O sistema de progresso visa o desenvolvimento integral e harmonioso do
Pioneiro/Marinheiro, em todas as dimensões da sua identidade individual e pessoal, nas
seguintes áreas: Físico, Afetivo, Caráter, Espiritual, Intelectual e Social, também
conhecidas por FACEIS. São dimensões consideradas fundamentais na identidade
pessoal de cada Pioneiro/Marinheiro, nas quais cada um deve progredir para atingir o seu
máximo potencial.

Etapas do Progresso
Desprendimento, Conhecimento, Vontade e Construção, são as etapas que compõem o progresso
da 3.ª Secção.
Desprendimento

Saber dar valor ao essencial da vida torna-nos puros. A capacidade de nos desprendermos do
supérfluo, de absorvermos princípios de humanidade e humildade só nos poderá trazer
felicidade.

1ª Etapa - Conhecimento

Peça a peça, construímos bases para o nosso futuro. O que aprendemos sozinhos e com os outros
hoje, será importante para o resto da nossa vida.

2ª Etapa - Vontade

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Vontade de ser mais e melhor, força que permite romper e irromper, quebrando o aparentemente
fechado com vida nova.
3ª Etapa - Construção

O Pioneiro/Marinheiro, fortalecido na sua fé, torna-se construtor da Igreja.

Áreas de Desenvolvimento
Para além dos trilhos e objetivos educativos, deveriam estar colocados exemplos de oportunidades
educativas validadas a nível central que possam ajudar os Pioneiros/Marinheiros e seus
Animadores na escolha e elaboração das suas próprias oportunidades educativas - o que acham?

Físico
Desempenho
F 1. Testo de forma responsável os limites do meu corpo e pratico atividades físicas que me
permitem conseguir um desenvolvimento equilibrado.
Auto-conhecimento
F 2. Aceito as características próprias do meu corpo e respeito as diferenças físicas entre as
pessoas.
F 3. Reconheço que homens e mulheres têm características físicas diferentes e respeito os
comportamentos e necessidades que vão surgindo.
Bem-estar físico

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F 4. Faço escolhas saudáveis a nível da minha alimentação, repouso e atividades físicas.
F 5. Tomo as medidas necessárias para o meu bem-estar físico e ando aprumado.
F 6. Conheço os malefícios das substâncias e comportamentos de risco e evito-os.

Afetivo
Relacionamento e sensibilidade
A 1. Valorizo as minhas relações afetivas e demonstro equilíbrio na gestão de conflitos.
A 2. Comprometo-me com o bem-estar da minha família.
A 3. Reconheço que existem diversas sensibilidades estéticas e partilho os meus gostos.
A 4. Encaro com naturalidade a minha sexualidade e procuro integrá-la harmoniosamente na
minha vida, respeitando-me a mim e aos outros.
Equilíbrio emocional
A 5. Ajo de forma ponderada e refletida, respeitando os sentimentos dos outros.
A 6. Reconheço quando me excedo e esforço-me por corrigir o meu comportamento.
Auto-estima
A 7. Reconheço as características da minha personalidade.
A 8. Reconheço que erro e comprometo-me a melhorar as minhas características menos
positivas.
A 9. Aceito as minhas próprias limitações, esforçando-me sempre por melhorar.
A 10. Conheço bem as minhas capacidades e invisto no meu desenvolvimento.

Carácter
Autonomia
C 1. Escolho conscientemente as minhas referências e valores fundamentais.
C 2. Sou capaz de fazer opções e de reconhecer as suas implicações.
C 3. Estabeleço para mim, com regularidade, metas a atingir em várias áreas da minha vida.
Responsabilidade
C 4. Correspondo à confiança que em mim depositam.
C 5. Reconheço a importância das minhas tarefas, estabeleço prioridades e respeito-as.
C 6. Encaro os obstáculos sem desistir de encontrar soluções ou alternativas e reconhecendo as
lições a tirar.
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C 7. Assumo as minhas ações, aceitando as consequências das mesmas para mim ou para os
grupos a que pertenço.
Coerência
C 8. Partilho e defendo aquilo em que acredito de forma serena e fundamentada.
C 9. Ajo, em cada dia, de acordo com as convicções que vou tomando para mim, tendo
consciência do testemunho que dou aos outros.

Espiritual
Descoberta
E 1. Conheço e compreendo a vida dos profetas.
E 2. Conheço e percebo a vida de Jesus com os Apóstolos.
E 3. Reconheço que cada membro da Igreja é diferente e que isso é importante e enriquece a
comunidade.
Aprofundamento
E 4. Vivo a oração como parte do meu quotidiano e participo nas celebrações comunitárias.
E 5. Conheço a perspetiva da Igreja sobre os temas principais a partir da fundamentação Bíblica.
E 6. Aprofundo as razões da minha fé no contacto com as outras religiões.
Serviço
E 7. Defendo a vida humana como um valor absoluto
E 8. Sei o que é ser “Sal da Terra e Luz do Mundo” e ponho-me ao serviço dos outros.

Intelectual
Procura do conhecimento
I 1. Procuro sempre aumentar os meus conhecimentos, diversificando as vivências.
I 2. Sei onde procurar a informação e seleciono-a de acordo com as minhas necessidades.
I 3. Conheço as minhas aptidões, sou capaz de optar por uma área profissional ou de estudo e
identificar outros domínios de interesse pessoal.
Resolução de problemas
I 4. Sei avaliar as experiências que vivo e utilizo o que aprendo de forma criativa nas novas
situações que enfrento.
I 5. Analiso problemas, proponho soluções e escolho a mais adequada.
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Criatividade e expressão
I 6. Assumo o desafio de criar ideias e projetos inovadores em que relaciono os meus
conhecimentos e gostos.
I 7. Apresento ideias e emoções de forma criativa, explorando diferentes técnicas e meios e
adequando-as a quem me dirijo.

Social
Exercer ativamente a cidadania
S 1. Conheço os meus deveres e direitos e promovo que, à minha volta, os outros os conheçam.
S 2. Participo ativamente nas comunidades em que me insiro, intervindo na promoção de causas
comuns.
S 3. Quando perco uma votação, aceito a decisão e trabalho nesse sentido.
Solidariedade e tolerância
S 4. Identifico situações em que posso ser útil na resolução ou minimização de um problema
social.
S 5. Participo, sozinho ou em Equipa, na resolução ou minimização de um problema social.
S 6. Exponho as minhas ideias, respeitando e valorizando as dos outros.
Interação e cooperação
S 7. Valorizo as diferentes funções no Grupo e desempenho o melhor possível aquelas que me
são confiadas.
S 8. Respeito as necessidades do grupo, nunca sobrepondo a minha liderança.

Imaginário dos Pioneiros


Quem é o Pioneiro?
É aquele que, depois da descoberta do mundo que o rodeia, é assolado por um sentimento de
insatisfação, de um ímpeto de fazer diferente, de mudar, de inovar, que o leva a soltar-se do que
considera supérfluo para pôr mãos à obra na construção e concretização do seu sonho, das suas
ambições.
Nesta tarefa preocupa-se em conhecer o que há, em saber o que já foi feito por outros, em conhecer
e melhorar as suas próprias capacidades, em adquirir as ferramentas de que precisa. Reúne, a
seguir, as vontades para o seu empreendimento. O Pioneiro prefere trabalhar em equipa, em
conjunto, e o seu querer e o dos outros é capaz de, realmente, transformar, inovar, construir.

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O Pioneiro é o insatisfeito, o que primeiro inova e primeiro constrói a comunidade.
Reconhecemos este perfil em Pedro, o pescador de homens e construtor da Igreja nascente,
reconhecemo-lo nos primeiros navegadores e nos primeiros colonos das novas terras do Novo
Mundo, mas, também, nos primeiros astronautas, nos cientistas e nos investigadores da
modernidade, e nos artistas inovadores.

Qual é a Mística dos Pioneiros?


Jesus é o sinal da chegada à Terra Prometida, o estabelecimento da Nova e Eterna Aliança, que
marca o início de um tempo novo. Cristo, com palavras e obras, inaugura na terra o Reino de
Deus e institui a Sua Igreja para ser portadora desta novidade.
Pedra viva do Templo do Senhor, és chamado a assumir o teu lugar na construção dessa Igreja,
colocando os teus talentos ao serviço da Comunidade e assumindo a tarefa de ser construtor. O
desafio é que sejas capaz de ultrapassar as tuas perplexidades, compreendas a grandeza do amor
de Deus e te assumas como cristão convicto e atuante.
O nosso patrono: São Pedro

É para facilitar a plena vivência da fé que o patrono da III Secção é São Pedro.
Apóstolo escolhido por Cristo para presidir à Igreja nascente, São Pedro é tão importante quanto
humilde. Foi Deus quem quis tornar forte o que antes era fraco e, apesar das limitações e
debilidades humanas deste Apóstolo, quis com ele empreender a obra grandiosa de construção
da Igreja de Cristo. Nesse sentido, São Pedro é pioneiro de um tempo novo, o tempo da vida
«com Cristo», o tempo das primeiras comunidades que partilharam os ensinamentos do Filho
de Deus.
São Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja se começou a erguer e, nesse sentido, ele foi,
sobretudo, construtor de comunidade. Em seu redor surgiram outros que, atraídos pelo seu
testemunho de vida descobriram a presença do Senhor Ressuscitado na Igreja, Seu Corpo.

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São Pedro mostra-nos o sentido comunitário da vida e motiva-nos a pôr a render os nossos
talentos, em vista do bem comum, com o sentido último de ajudar a construir na terra o Reino
dos Céus.

Modelos de vida

Há o exemplo de outras personalidades ligadas à história da Igreja que nos podem ajudar a
crescer e a tornarmo-nos verdadeiros pioneiros. São João de Brito, por exemplo, é uma delas,
como é Santa Teresa do Menino Jesus ou Santa Catarina de Sena. Também eles, a seu modo,
foram pioneiros e construtores da comunidade, construtores da Igreja, ilustrando a diversidade
e riqueza de carismas nestas existentes.

Grandes Pioneiros

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Certamente que conheces outros exemplos de grandes Pioneiros da História da Humanidade,
como Leonardo da Vinci, o Padre António Vieira, Albert Einstein, Marie Curie, Florence
Nightingale, Isadora Duncan, entre outros. São apenas alguns exemplos ilustrativos de Grandes
Pioneiros, em diversas áreas.
Quantos mais não há, para além destes...
Vai descobrindo-os nos teus Empreendimentos.

Simbologia
Tu, ao tornares-te pioneiro, assumes a vontade de viver sobre a máxima “Saber, Querer e Agir”,
sendo, sempre, fiel a ti próprio e aos seus sonhos. Para te ajudar nisso reconheces os símbolos
Gota de Água, Rosa-dos-Ventos, Machada e ICTHUS (Peixe, símbolo dos primeiros cristãos).
Estes símbolos são, para ti, ferramentas de transformação.

A Gota de Água é símbolo da pureza que vem de Deus. É, também, o símbolo de ti próprio,
jovem, pessoa, indivíduo. É transparente, como tu — contigo próprio e com os outros. É,
também, alento e alimento para os que te rodeiam. Tu consegues fazer parte de um grupo, e,
assim, juntas-te a outras gotas e tornas-te torrente. A Gota de Água mostra-te o SABER.
O saber-Ser, o saber-Estar, o saber-Fazer e todos os outros saberes que vêm ao cimo, resultado
do combate que tu travas contigo próprio pela marca da individualidade.

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A Rosa dos Ventos é símbolo do rumo certo, da boa escolha, da decisão ponderada, daquele
que encontramos quando seguimos o projeto de Deus. É símbolo da tua vida de pioneiro, das
tuas escolhas, da tua atitude, do que queres dos outros. Tu procuras tomar sempre o rumo certo,
e estar preparado para optar, para escolher. A Rosa dos Ventos mostra a tua atitude de portador
de vontades, agregador de desejos e de disponibilidade. A Rosa dos Ventos salienta o
QUERER. A importância da escolha, das suas consequências, mas, também, a importância da
vontade, da disponibilidade.

A Machada é símbolo da construção, da ação, da transformação do mundo segundo a vontade


de Deus. É o teu potencial, as tuas capacidades, a tua energia transformadora, o resultado final
da combinação do que queres com o que sabes... Tu estás apto a fazer, dominas a técnica,
consegues converter o sonhador, o desejado, em matéria, em realização e realidade. Com a
Machada encontramos o AGIR.

O ICTHUS é símbolo da presença de Jesus Cristo, entre os homens. O peixe simboliza Jesus
Cristo – a palavra peixe, em grego, escreve-se ICTHUS 2, que foi, pelos primeiros cristãos
perseguidos, adotado como acróstico de Iesus Christos Theou Uios Soter (Jesus Cristo, Filho
de Deus, Salvador), e símbolo secreto de identificação mútua. É para nós, também, o símbolo
da evidência e da materialização de Deus à nossa frente, como alimento do corpo e da alma. É,
também, símbolo do patrono, São Pedro, um pescador que, convertido, se tornou pescador de
homens e testemunho da construção do novo reino inaugurado por Cristo. Procuramos que,
para ti, o Pioneiro, o ICHTUS seja símbolo de fé, mas também de lógica e racionalidade assente
na «materialização» de Deus em Cristo, pois fé e razão não se contrapõem. Procuramos, com o
ICTHUS, salientar o ACREDITAR consciente.

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Caminheiro
A Oração do Caminheiro encerra em si muita da mística e simbologia da IV Secção: o "Caminho
Vivo" - Jesus Cristo, o Homen-Novo -, que se releva no Caminho de Émaus; do Pão que alimenta,
tanto no dia-a-dia como na Eucaristia; de Caminho e de Serviço; das fadigas que se apagam nas
alegrias do caminho; e da descobertae do fogo (a claridade, o Espírito).

Oração do Caminheiro
Senhor Jesus,
Que Vos apresentastes aos homens
Como um caminho vivo,
Irradiando a claridade que vem do alto,
Dignai-Vos ser o meu Guia e Companheiro,
Nos caminhos da vida,
Como um dia o Fostes no caminho de Emaús;
Iluminai-me com o Vosso Espírito,
A fim de saber descobrir
O caminho do Vosso melhor serviço;
E que, alimentado com a Eucaristia,
Verdadeiro Pão de todos os Caminheiros,
Apesar das fadigas e das contradições da jornada,
Eu possa caminhar alegremente convosco,
Em direcção ao Pai e aos irmãos.
Ámen.

Oração do Caminheiro que realiza a partida


Senhor:
Ajuda-me a ser:
Bastante Homem, para saber Temer
Bastante Corajoso, para saber Vencer
Bastante Sincero, para a Deus Conhecer
Bastante Humilde, para a Deus Crer
Bastante Rico, para sempre Dar
Bastante Bom, para sempre Pedir
Bastante Enérgico, para sempre Exigir
Bastante Generoso, para sempre Perdoar
Bastante Forte, para sempre Ajudar
Bastante Recto, para sempre Guiar

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Bastante Humano, para saber Amar
Bastante Cristão, para saber Viver, e saber
Morrer
AMEN

Bem- Aventuranças
Ser “Bem-Aventurado” significa ser “feliz”. Podemos sintetizar o projecto das Bem-
Aventuranças numa proposta de valores, rumo ao “Homem-Novo”. Este caminho para a
felicidade é proposto aos Caminheiros através de um renascimento espiritual, com um discurso
positivo e afirmativo, onde se pretende que seja um programa de vida em Cristo, com Cristo e
para Cristo.
1. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
2. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
3. Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.
4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
5. Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
6. Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.
7. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.
8. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e,
mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso
galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Como se organizam os Caminheiros?


O Clã
Pondo em funcionamento o Sistema de Patrulhas como nas restantes secções, os
Caminheiros são organizados em Tribos que, por sua vez, juntamente com a Equipa de
Animação, constituem o Clã.

São jovens de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 22 anos.

A equipa de animação é constituída por dirigentes que se relacionarão contigo de forma


diferente das outras secções, pois são todos adultos. Assim, a sua postura perante ti será a de
um irmão mais velho, alguém que não ’faz por ti’ mas te orienta, alguém que te ouve mas não

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condiciona, alguém que te suporta nas tuas dúvidas, alguém que está próximo de ti mas te dá
espaço para seres tu mesmo. O seu papel será sobretudo o de ‘facilitador’ nesta passagem para
a tua vida adulta autónoma.

A Tribo…
Quando entras no Clã és integrado numa Tribo.

Uma Tribo é formada por 4 a 8 jovens, de ambos os sexos e de diferentes idades.

Cada Tribo tem um Patrono, uma individualidade escolhida pelos seus elementos, que a
identifica e distingue dentro do Clã. O patrono da Tribo deve ser um santo da Igreja, um
benemérito da Humanidade ou um herói nacional, com o qual a Tribo se identifique, conheça
a sua vida e a siga como exemplo.

No Albergue (sede do Clã) cada Tribo deve ter o seu Canto, sempre que possível, decorado
por ti e pelos outros elementos, onde se reúnem e onde podem guardar os vossos materiais.

Os elementos da Tribo elegem um Guia de Tribo - a pessoa que faz a ligação à Equipa de
Animação e representa a tribo no Conselho de Guias de Tribo.

O Guia de Tribo nomeia o Sub-Guia de Tribo; e os restantes cargos ou funções, essenciais


ao bom funcionamento da tribo, são atribuídos aos restantes elementos de acordo com o perfil,
competências e objetivos de cada um.

Outro cargo que poderá existir no Clã é o de Guia de Clã. Este é mais um elo de ligação entre
as Tribos e a Equipa de Animação, exercendo funções de liderança e de aconselhamento. Para
além disto, representa todo o Clã e coopera com todos os Chefes de Tribo na interpretação das
dificuldades e valências de cada um dos elementos.

Deve ser eleito, por voto secreto individual, em Conselho de Clã, pelo seu exemplo e
responsabilidade demonstrada. O seu mandato termina no final do ano escutista no decorrer
do qual foi eleito, mas pode ser interrompido por decisão do próprio ou por determinação do
Conselho de Guias de Tribo.

A sua existência não é obrigatória.

Os Caminheiros, como se estão a preparar de forma prática para a vida na sociedade, são
ainda chamados a experimentar mais dois cargos específicos: Secretário de
Clã e Tesoureiro de Clã. Estes cargos devem também ser atribuídos em Conselho de Clã.

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Reuniões da Tribo – Os elementos da Tribo reúnem no Albergue, ou noutro local à escolha,
desde que seja adequado ao que se pretende, sob a coordenação do Guia de Tribo ou do Sub-
Guia, para tratar de assuntos relativos aos interesses individuais de cada Caminheiro ou da
Tribo. As decisões são tomadas democraticamente. Estas Reuniões de Tribo acontecem
sempre que for necessário, no mínimo semanalmente.

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Conselho de Guias – Reúne os Guias de Tribo, juntamente com o Chefe de Clã. Podem
também participar Sub-Guias e restantes elementos da Equipa de Animação. O Conselho de
Guias é uma reunião que deverá acontecer, pelo menos, quinzenalmente. Este Conselho é
responsável pela resolução dos problemas e assuntos gerais do Clã. É aqui que se tomam as
decisões mais importantes da vida do Clã e onde os Guias de Tribo transmitem a opinião e
ideias da Tribo aos restantes presentes. Também é neste Conselho que o Guia recebe as
informações para levar para a sua Tribo.

Este Conselho é dirigido pelo Guia de Clã. Quando este não está designado, quem dirige a
reunião é um Guia de Tribo escolhido para o efeito, devendo esta tarefa ser assumida
rotativamente entre os elementos do Conselho, de reunião para reunião.

Durante este Conselho, deve haver um elemento que exerça a função de secretário, para que
todas as decisões fiquem devidamente registadas. Esta deve ser também uma função rotativa
entre todos os membros.

Conselho de Clã – Reúne todos os elementos do Clã: os Caminheiros, Noviços, Aspirantes


e toda a Equipa de Animação. É nessa ocasião que se tomam algumas decisões importantes,
tais como a apresentação e escolha da Caminhada, e se procede à sua avaliação. É o momento
de dar sugestões para melhoria do andamento do Clã; é onde se discutem as necessidades que
o Clã tem, enquanto ‘um todo’, para poder levar a cabo alguma tarefa determinada.

Os Caminheiros investidos têm voto deliberativo, enquanto os Noviços e Aspirantes têm voto
consultivo.

O Chefe de Clã apenas tem direito de veto.

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A Partida
É hora de Partir, se sentes que estás preparado para continuar o teu caminho.

A vivência da 4.ª Secção foi, de certeza, extremamente rica e importante no teu crescimento e,
por isso mesmo, na hora de Partir, tu consegues sentir que chegou o teu momento.

É certo que a IV Secção termina quando o escuteiro perfaz os 22 anos… mas também é certo
de que aqui não se trata tão-somente de uma questão de idade, ou apenas de ‘largar o Clã’.

A proposta educativa da última secção do CNE envolve um crescimento individual e em


grupo, interior e exterior, prático e teórico, que em mais nenhuma secção é possível de
alcançar. O facto de já te encontrares na idade adulta e em momentos de muitas escolhas e

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decisões na tua vida, permite-te aceitar as propostas de crescimento de forma mais ousada, sem
medo.

Nas agruras e alegrias do teu Caminho, há sem dúvida crescimento individual e em Clã. Muitas
foram as aprendizagens – não só técnicas ou escutistas, mas – de vida! Agora, é tempo
de partir!

Partir é muito mais do que deixar o Clã… é ser validado por ele.

Partir é um ato de maturidade, assumido por ti em plena consciência.

Partir é mostrar que sim, que se é capaz, que se cresceu e que está na hora de dar mais aos
outros, tal como se recebeu até agora.

Se optares por ficar no movimento terás, certamente, a oportunidade de partilhar com os


escuteiros tudo o que aprendeste e viveste;

...mas se optares por sair, terás também, certamente, muitas outras oportunidades para dar
mais de ti! Há toda uma comunidade à espera do contributo de quem o quer dar. Após esta
etapa de crescimento para a vida, tu, Caminheiro que partes,
estás preparado, disponível e atento a tudo aquilo que te apela a ser mais, a dar mais,
alargando sempre os teus horizontes, como tão bem aprendeste a fazer na 4.ª Secção.

A resistência a esta Partida pode ocorrer...

É normal, é humano custar-nos deixar algo de que gostamos tanto e que sempre nos fez tão
bem. Mas é nesta ocasião que poderás, mais uma vez, pôr em prática a tua vivência do
despojamento, da noção da mochila que sempre te acompanha com o mínimo indispensável
para a caminhada e que te permite a despojada mobilidade, da vara que te relembra a opção
da escolha do caminho que tens de fazer, da tenda que é levantada para logo ser montada noutro
lugar.

A Partida é assim, um passo em frente no teu crescimento pessoal, acrescido da necessidade


de te despojares da vivência em Clã, a família que sempre te acompanhou enquanto
Caminheiro, encerrando um capítulo importante da tua vida e dando espaço para que outros
aprendam no teu lugar.

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Conclusão
Conclui-mos o trabalho com maior exito, nos inspirando com o manual da cne (corpo nacional de escuta),
de maneira mas eficiente para ajudar os escuteiros a obter mas conhecimento do escutismo na quilo que diz
respeito as nossas seccoes anivel mundial, visto que cada pais implementa da maneira da sua cultura de
vida, o estilo de vida de acordo com as suas seccoes para ajudar a nos organizar..!

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