O documentário "O Mercado de Notícias", dirigido por Jorge Furtado, usa entrevistas com jornalistas para explorar o jornalismo brasileiro de uma perspectiva reflexiva, enquanto também fornece uma perspectiva histórica da imprensa no Brasil. O filme mistura ficção e realidade para discutir o poder da imprensa, ética profissional e a crise do mercado jornalístico exacerbada pela internet, tudo com humor e seriedade.
Descrição original:
Título original
[Raphael Castilho] Subgêneros e voz do documentário O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado
O documentário "O Mercado de Notícias", dirigido por Jorge Furtado, usa entrevistas com jornalistas para explorar o jornalismo brasileiro de uma perspectiva reflexiva, enquanto também fornece uma perspectiva histórica da imprensa no Brasil. O filme mistura ficção e realidade para discutir o poder da imprensa, ética profissional e a crise do mercado jornalístico exacerbada pela internet, tudo com humor e seriedade.
O documentário "O Mercado de Notícias", dirigido por Jorge Furtado, usa entrevistas com jornalistas para explorar o jornalismo brasileiro de uma perspectiva reflexiva, enquanto também fornece uma perspectiva histórica da imprensa no Brasil. O filme mistura ficção e realidade para discutir o poder da imprensa, ética profissional e a crise do mercado jornalístico exacerbada pela internet, tudo com humor e seriedade.
Subgêneros e voz do documentário O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado
Raphael Castilho Bueno SILVA
Para Nichols (2005), “os documentários não adotam um conjunto fixo de
técnicas, não tratam de apenas um conjunto de questões, não apresentam apenas um conjunto de formas ou estilos” (p. 48). Estas produções podem caminhar por subgênero distintos, de forma poética e performática ou por uma vertente mais expositiva, reflexiva e observativa. Quanto ao documentário analisado, O Mercado de Notícias, lançado em 2014, em primeiro lugar, é importante ressaltar que o diretor Jorge Furtado sincretiza a realidade, que é protagonista do gênero documental, com a ficção, dando um caráter híbrido à produção. A partir de entrevistas com jornalistas sobre o próprio jornalismo brasileiro, encontramos o chamado modo reflexivo de se fazer documentário, onde vozes que são, neste caso, uma autoridade no assunto retratado, propõem perspectivas, expõem argumentos e contam histórias e experiências sobre a imprensa brasileira. Além disso, Furtado também apresenta uma perspectiva histórica do jornalismo no Brasil. Cada documentário tem a sua própria voz e a sua própria identidade. Nichols (2005) afirma que “a voz do documentário pode defender uma causa, apresentar um argumento, bem como transmitir um ponto de vista” (p. 73). Com bom humor, mas também com seriedade, as encenações da parte ficcional se mesclam com o depoimento de mais de dez profissionais e dessa forma, Furtado fala sobre o poder da imprensa, sobre ética profissional e sobre a crise do mercado jornalístico que se acentuou com a ascensão da internet.