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O CINEMA EM SALA DE

AULA

Arnaldo Lemos Filho


BIBLIOGRAFIA
ALVES, Giovanni. O cinema como experiência crítica. Projeto
Telacritica, Unesp. www.telacritica.org

ALMEIDA MACHADO, João Luis. Vários artigos in


www.planeta educação.com.br
CAMPOS, Rui Ribeiro. Cinema, Geografia e Sala de Aula.
Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(1): 1-22, Junho – 2006 (ISSN
1678-698X). Sofreu diversos acréscimos posteriores.

DUARTE, Rosalia. Cinema e Educação. Belo Horizonte: Ed.


Autêntica,2002

BOLOGNINI, Carmen Zink(org). O cinema na escola.


Campinas: Mercado de Letras, 2007

LACERDA, Gabriel. O Direito no cinema. Rio de janeiro:


FGV Editora,2007
ALVES, Giovanni. Trabalho e Cinema –O mundo do trabalho
através do cinema. Londrina: Ed. Praxis, 2008, vols. 1 e 2
TEIXEIRA, Inês Assunção de Castro. A escola vai ao cinema.
Belo Horizonte: Ed. Autêntica,2003
LUZ, Marcia. Lições que a vida ensina e a arte encena.
3ªedição. Campinas: Ed. Atomo, 2009
Objetivos

1.desenvolver uma reflexão critica sobre os


problema da sociedade através do filme

2. utilizar o filme na sala de aula como


pre-texto para a reflexão critica,capaz
de propiciar, deste modo, um campo
de experiência critica voltado para o
conhecimento social.
REFLEXÕES SOBRE O CINEMA

proporcionado pela possibilidade de se


instalar confortavelmente numa
cadeira almofadada,
Suas idas
ao alimentando-se de algumas delícias
cinema se típicas dos cinemas (como as pipocas e
os refrigerantes),
referem
exclusiva desligando-se do mundo durante o
tempo de projeção das imagens
mente ao
lazer e parecendo estar dentro das telas de
cinema juntamente com os protagonistas
da história que você está assistindo.
Ou você pertence ao grupo de
pessoas que ao entrar numa
sala de cinema começa a se
perguntar quais os objetivos de
tal afirmação do ator principal
numa determinada cena?

Será que não se pretende com


isso fixar uma forma de pensar e
agir, de acordo com o modelo
político-ideológico dominante?
Será que você consegue
perceber a arte do diretor,
num filme?

Será que todos os filmes


merecem nossa consideração
como obras de arte?

O que faz com que você atribua


a um filme o status de obra de
arte?
Ou o cinema, para você,
representa a máxima dimensão
de comunicação já atingida pelo
homem? Sons, músicas,
diálogos, idéias variadas,
imagens, tudo se misturando ao
longo de sessões de 90 a 120
minutos (em média) exercitando
suas possibilidades de se
comunicar.
O cinema tem
sido classificado
como forma de
lazer, de
divertimento.
Há estudiosos e
críticos que
entendem o cinema
como sendo uma
ferramenta das mais
úteis para a
divulgação de
ideologias, formas
de pensar, modos
de agir.
Artistas e pessoas O termo sétima arte para designar o cinema
foi dado por Ricciotto Canudo no Manifesto
ligadas à área de das Sete Artes, em 1911. Essa referência é
apenas indicativa, cada uma das artes é
produção estética caracterizada pelos elementos básicos que
formatam sua linguagem e classificadas da
seguinte forma:
advogam a tese da * 1ª Arte - Música (som);
* 2ª Arte - Dança/Coreografia (movimento);
produção * 3ª Arte - Pintura (cor);
* 4ª Arte - Escultura (volume);
cinematográfica como * 5ª Arte - Teatro (representação);
* 6ª Arte - Literatura (palavra);
* 7ª Arte - Cinema (integra os elementos das
sendo a “sétima arte”. artes anteriores).
Existem trabalhos
que observam o
cinema como
linguagem,
ampliada por suas
peculiaridades
que unem
imagens e sons.
Também é uma
indústria, é um produto,
e os produtores nem
sempre estão
interessados na
verdade, o que exige,
dada a sua grande
influência, a análise de
seu papel e de sua
ideologia.
Ele se constitui em
uma fonte de cultura
e informação

Outros por sua vez,


percebem nos filmes
possibilidades
pedagógicas,
educacionais.

Além disso, a quantidade cada vez maior de filmes


documentários e de investigação científica de boa
qualidade, torna desejável – ou talvez, obrigatória – sua
utilização como um instrumento de complementação e/ou
substituição do material pedagógico tradicional.
“Não existe muita novidade em utilizar recursos audiovisuais
como recurso didático. Pode se utilizar de músicas, slides, fotos,
poesia, literatura e filmes como ilustração e para melhor
compreensão do conteúdo. É sempre um instrumento para a
aprendizagem. O cinema, enquanto arte, tem a vantagem de
poder usar das várias formas de linguagem pelas outras artes,
conseguindo, desta maneira, se comunicar com profundidade e
envolvimento. Como em qualquer arte, o cinema exprime, direta
ou indiretamente, os valores do autor do roteiro, do diretor, da
sociedade e do momento histórico no qual foi realizado.” (Rui
Ribeiro Campos)
O filme é um sistema
complexo que, através de
tecnologia, iluminação,
edição, cenário, direção e
outros aspectos, pode
contribuir para a constituição
de imagens do mundo.

Muitas das realidades


evocadas são ausentes,
estando presentes apenas
na imaginação, dissolvendo
as fronteiras entre o
imaginário e o real.
Estabelecer mediações
sobre as relações entre o
encenado e a vida
cotidiana, entre a fantasia
e a realidade, entre o que
é revelado e o ocultado, e
entre o observado e o
observador.
Nele nem tudo é
completamente verdadeiro e
nem completamente falso, o
que faz que nenhum filme seja
considerado inocente.

A questão é que hoje, para


muita gente, a imagem
fornecida pelo cinema é mais
significativa do que a fornecida
por outros meios.
Se um filme pode fazer com
que se enxergue melhor
aspectos da vida, pode
também abrir campos de
ação do qual nada se sabia e
fornecer aspectos
inexistentes de uma vida em
um local, interessante para
determinado poder.
O fato de capturar o espectador,
de conduzi-lo pela estrutura
narrativa – refeita pelos
espectadores à medida que vão
assistindo ao filme – faz, muitas
vezes, que a função do sujeito
que observa é a de produzir um
ponto de vista sobre o que viu.
Nem sempre os objetivos do
diretor são atingidos, sendo os
efeitos diversos do pretendido.
Daí não ser um filme objetivo;
além da intenção de seus autores,
existe também a leitura feita pelos
que os assistem, que chegam a
estabelecer relações não
existentes na tela ou nas
intenções de seus realizadores.
Possibilita entender certos
eventos – mas não mudá-los – e
pode ser útil para ações futuras.
Por estas razões, ele pode
contribuir para superarmos
certos aspectos da estrutura
na qual vivemos, ou ser mais
uma fonte de permanência na
situação de alienado, com o
perigo de encarcerar alguns
no universo de
representações.
É fundamental também ver a
visão etnocêntrica; a criação
cinematográfica é marcada
por estereótipos e clichês
para reproduzir concepções
que se pretendem
homogeneizadoras.

Diversas sociedades são


mostradas através de leituras
redutoras e reprodutoras de
preconceitos, principalmente
aquelas que não partilham os
mesmos valores, os mesmos
objetivos do mundo
ocidental, a “matriz da
civilização”.
O cinema não é, portanto, um
registrador da realidade; é uma
construção de códigos,
convenções, mitos e ideologias
da cultura de quem os realiza.
Diversas vezes faz parte de
uma estratégia de dominação,
de divulgação de estilos de
vida e de concepções de
mundo, para modificar a
identidade cultural de
determinada nação.
Existe, muitas vezes, para atuar
sobre determinada tradição
cultural, para modificar corações e
mentes, para que pensem e ajam
de modo diferente. Além de
subjetivo, não é uma construção
isolada do sistema sócio-cultural
do qual se origina.
O interessante de tudo isso é perceber que uma
ação não exclui a outra.

É possível vivenciar todas essas experiências ao


mesmo tempo. Fazer com que o cinema seja
entendido como comunicação, lazer,
posicionamentos político-ideológicos, arte e
educação.
Ao abordarmos o cinema de diferentes
maneiras como o fazemos nessa introdução,
destacamos o cinema como expressão
artística, política e ideológica, como forma de
lazer ou de se comunicar, como uma maneira
de aprender. Quem entre nós nunca vivenciou
experiências como essas?
ANÁLISE DE UM FILME

reflete (e representa) uma


totalidade social concreta.

Um filme compõe um conjunto complexo de


sugestões temáticas que podem ser
apropriadas para uma reflexão critica.

Não explica, apenas sugere


o filme é apenas um pré-texto para
uma reflexão critica sobre a sociedade
em seus múltiplos aspectos.
O filme permite
desenvolver discussões
filosóficas, sociológicas,
psicológicas, políticas,
econômicas, históricas
a partir de eixos
temáticos sugeridos,
desvelando, através da
análise critica,
categorias sociais e
elementos reflexivos
não necessariamente
postos conscientemente
pelo diretor ou roteirista
do filme.
A verdadeira obra de
arte é superior - no
sentido de ir além –
ao próprio criador,
tanto no sentido
ontológico (não existe
sujeito-objeto
idêntico), quanto
epistemológico
Todo filme possui uma dimensão
estético-formal, mas possui
também, em si, uma dimensão
político-sociológica, que contém, de
forma implícita, elementos
essenciais da sociabilidade
burguesa.

Todo filme é, deste modo, tanto


reflexão sociológica, quanto
representação ideológica do mundo
burguês
“ O cinema se desenvolve no
espaço. Sobre uma superfície plana,
É preciso conhecer a usa toda uma gama de elementos
linguagem visuais: a imagem e suas
cinematógrafica e, se combinações, combinações de
possível, conhecer teoria planos, angulações, luz e cor. O
do cinema, tendo algum cinema é ainda movimento. Com a
conhecimento dos música, descreve-se numa duração e
meandros da Sétima desenvolve-se no tempo. Pelo
Arte., encadeamento e confrontação de
elementos audiovisuais, a montagem
precisa ou modifica a significação
das imagens e dos sons. Pelo
equilíbrio e tamanho dos planos, cria
o ritmo”. Robert Claude
Tempo Espaço Elipse

Campo Contra-plano Nouvelle vague

Plano Americano

Plano Geral Metaforas e Símbolos


Travelling

Plongée
Close Expressionismo alemão

Cinema Novo
Contre-plongée Cortina

Montagem Cinema asiatico Neo-realismo


é preciso ir além,
senão ficaremos tão-
somente na análise
formal do filme.

É importante apreender o tema


e o sentido do filme e
desenvolver a problemática
social sugerida por ele (uma
totalidade social concreta que
contém, em si, as instâncias do
psicológico, histórico, filosófico,
etc.).
É importante apreender os eixos temáticos (eixo
temático principal e sub-temas vinculados) e tratá-los a
partir da teoria social crítica, mobilizando, deste modo,
a sociologia, antropologia, psicologia, história e
economia. É a teoria e seus elementos categoriais que
desenvolve e explica os elementos sugeridos pelo
filme.
Enfim, quanto mais ilustrado, no sentido
cultural, e aberto, no sentido
epistemológico, no sentido de
apreender as mais diversas
contribuições da teoria social do século
XIX e do século XX, incluindo a
psicologia/psicanálise, antropologia,
história, filosofia, etc., mais capaz ele
será de apreender a riqueza dos
elementos da totalidade social concreta
pressuposta nos filmes.
Fazer um planejamento prévio através do qual o professor
tenha clareza quanto aos objetivos relativos à utilização
do filme

Decidir se o filme será utilizado na íntegra ou apenas


alguns trechos do mesmo (e quais seriam, nesse caso as
seqüências selecionadas)
Ante
Defiinir qual a relação entre o filme e os conteúdos que

ceden estão sendo trabalhados em sala de aula

Apresentar que elementos principais devem ser


destacados antes, durante e depois da apresentação do
tes filme

Apresentar as atividades que serão realizadas em


função da utilização do filme em correlação de forças
com as aulas sobre os temas trabalhados no filme

Preparar os materiais didáticos de apoio ao filme além de


outros referenciais que eventualmente sejam pedidos ou
sugeridos como ponto de apoio para as discussões e
projetos fomentados.
METODOLOGIA

Deve-se apreender o sentido e o tema do filme. Apreender a


estrutura narrativa e seus elementos primários e
secundários.

É importante desconstruir a narrativa filmica, com seus


múltiplos personagens e situações-chaves. O rigor analítico e
a precisão de detalhes é decisiva.

Deve-se distinguir o eixo temático principal e os temas


significativos primários e secundários sugeridos pelo
filme, ou seja, seus eixos temáticos principais e de
segunda ordem.

Pode-se utilizar na exposição da análise do filme slides


de apresentação multimidia
Aulas expositivas que são apresentadas antes do
uso do filme têm o propósito de traçar um
panorama geral do tema que está sendo
estudado.
O filme como
complemento
da aula Através dessa prévia dos conteúdos apresentados
em aula o aluno tem condições de comparar
textos utilizados, informações disponibilizadas
pelos professores, artigos de revistas
especializadas, referências de jornais ou revistas
de grande circulação com o filme.
Quando o filme antecede as aulas expositivas,
sua função é diferenciada em relação ao caso
anteriormente apresentado.

O filme é utilizado como recurso de chamamento


dos alunos ao tema, tem o propósito de
despertá-los para os temas em questão,
introduzem o assunto das aulas.
O filme
As aulas expositivas que transcorrerem depois da
como apresentação devem ser utilizadas para referendar
introdução os pontos importantes disponibilizados pelo filme,
à aula aprofundar o assunto e introduzir idéias que tenham
passado despercebidas, sem que tenham sido
mencionadas;

cabe ao professor utilizar os recursos


complementares para que suas aulas sejam
elucidativas, interessantes e para que a atenção e
a participação dos educandos seja contínua.
Se o professor considerar necessário os trechos mais
importantes podem ser apresentados mais vezes, depois que
as discussões e debates, assim como a redação sobre o
material fílmico, já estiverem em curso durante as aulas

A proposta de trabalho em pequenos grupos tem o objetivo de


fazer com que os alunos troquem idéias entre si, despertem
uns nos outros a atenção quanto a aspectos que não foram
percebidos, discutam questões propostas pelo professor e
escrevam sobre o que viram.
0 coordenador deve atuar como facilitador ou mediador da
prática reflexiva, procurando evitar a dispersão que é comum
numa análise de filme. Ele deve instigar o estudo prévio dos
elementos teórico-analíticos, seu arcabouço teórico-
categorial.

O maior perigo da análise do filme é o subjetivismo. Deve-se


“cruzar” as interpretações e buscar, no interior da estrutura
narrativa, seu sentido imanente.

É de fundamental importância a capacitação teórico-analitica do


coordenadorr. Aliás, sem tal capacitação não existe análise critica.
É claro que a reflexão
pode estar mistificada,
invertida ou obliterada pela
representação ideológica.
Por isso torna-se
necessário a análise crítica.

análise crítica é também


uma análise de
desconstrução racional do
objeto filmico,
desenvolvendo suas
sugestões temáticas.
ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILMES

: 1 Ficha técnica do filme


2 Estrutura narrativa
3 Tese(s)
4 Palavras –chave em relação ás teses
5 Frases e/ou cenas de relevo que explicam
a(s) tese(s).
6 Analise crítica
Relacionar o filme com a realidade social
7. Conclusão
Relação de filmes que podem
ser utilizados em aula
Sobre relação com a NATUREZA

:
As forças da Terra (Born of Fire, 1983, EUA, direção: Thomas Skinner e
Dennis Kane) – Sobre abalos sísmicos. Uma produção da National Geographic que
explica porque certas regiões são mais sujeitas a terremotos e erupções vulcânicas, e
de como fica a paisagem destas regiões.

Dersu Uzala (Dersu Uzala; 1975; URSS/Japão, direção: Akira Kurosawa) – A


relação do homem com a natureza. No fim do século XIX, um cartógrafo russo recebe
a incumbência de realizar um mapeamento de áreas da Sibéria; ali conhece um
caçador mongol e se tornam amigos.

Chuva Negra (Black Rain, 1989; EUA, direção: Ridley Scott) – Sobre o Japão e a
poluição ambiental. A viagem de um policial que vai a Osaka entregar um condenado.
Foi considerado como uma resposta dos EUA à invasão de produtos japoneses.
direção: David Lean) – A
O inglês, o homem que subiu a colina e desceu a montanha
(The englishman who went up a hill but came down a mountain; 1995; Grã Bretanha,
direção: Christopher Monge) – Durante o período da primeira guerra, topógrafo
inglês realiza medições no País de Gales e decepciona uma pequena comunidade por
constatar que sua maior elevação, identidade dos galeses, não será incluída no
primeiro mapeamento geral da Grã Bretanha. Pode ser utilizado para mostrar a
importância dos geossímbolos. É importante para quem gosta de ver aspectos
cartográficos.
Sobre relação com a NATUREZA

As montanhas da Lua. (Mountains of the moom; 1990, Grã Bretanha,


direção: Bob Rafelson) – Refere-se à expedição de busca às nascentes do Rio Nilo,
capitaneada por Richard F. Burton e John Hanning Speke, a serviço da Companhia das
índias Ocidentais, na segunda metade do século XIX.

Himalaia. (Himalaia, l’enfance d’un chef; 2004,


França/Inglaterra/Suíça/Nepal, direção: Roger Mills) – Cotidiano e conflitos de
moradores de uma aldeia no Himalaia. O diretor foi fotógrafo da National Geographic
e o filme selecionado para o Oscar de filme estrangeiro.

Os lobos nunca choram (Never Cry Wolf; 1983, EUA, direção: Carrol
Ballard) – Naturalista canadense vai ao Ártico para estudar a vida de um tipo de
lobo. Baseado em fatos reais de Farley Mowat .

Volcano, a Fúria (Volcano, 1997, EUA, direção: Mick Jackson) – Um


estranho fenômeno faz com que um vulcão antes inativo entre em erupção em Los
Angeles. Interessante para, inclusive, mostrar o que não é possível de ocorrer.
Sobre relação com a NATUREZA

O dia depois de amanhã (The day after tomorrow; 2004, EUA, direção:
Roland Emmerich) – Atitudes que provocaram, por exemplo, o aquecimento global e
outras modificações ambientais, geram uma onda de catástrofes que irá modificar a
vida na Terra. Útil também para analisar algumas impossibilidades colocadas no
filme.

Koyaanisqatsi – uma vida fora de equilíbrio (Koyaanisqatsi, life


out of balance; 1983, EUA, direção: Godfrey Reggio) – Um documentário de sons e
imagens – sem diálogos – que contrasta a beleza da natureza com o frenesi da
sociedade urbana.

Uma verdade inconveniente (Na Inconvenient Truth; 2006, EUA,


direção: Dawis Guggenheim) – Documentário capitaneado pelo ex-vice-presidente
dos EUA, Al Gore (e candidato derrotado à presidência por Bush), discute o
fenômeno do aquecimento global que ocorre atualmente, mostrando os mitos e
equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas. Para mais
detalhes sobre o problema, consultar: www.climatecrisis.net
Sobre COLONIALISMO E DESCOLONIZAÇÃO:

Queimada (Quemada ou Burn!; 1969, Itália/França, direção: Gillo


Pontecorvo) – Sobre neocolonialismo. Um filme importante para se entender
como as nações agem para “libertar” um país para dominá-lo.

O atentado (Attentat; 1972, França, direção: Yves Boisset) – Sobre a


história de um líder socialista argelino (Ben Barka) que participou da luta pela
independência de seu país. Narra seu seqüestro e assassinato em Paris em 1965.

Passagem para a Índia (Passage to Índia; 1984, Inglaterra, direção:


David Lean) – A colonização inglesa na Índia, retratada através de uma jovem que
sofreu um estupro e o principal suspeito, um amigo indiano .

Gandhi (Gandhi; 1982, Inglaterra, direção: Richard Attenborough) –


Sobre a vida de Gandhi e a colonização inglesa na Índia, até a independência da
mesma.

A Batalha de Argel (Battaglia di Algeri; 1965, Itália/Argélia, direção:


Gillo Pontecorvo) – Procura reconstituir, em forma de documentário, a luta da
Argélia em sua luta pela independência da França entre os anos 1954 e 1962.
Sobre COLONIALISMO E DESCOLONIZAÇÃO:

Entre dois amores (Out of África; 1985, EUA, direção: Sydney


Pollack) – Sobre a colonização inglesa na África, com base em livros
autobiográficos de Karen Blixen. Recordações de sua juventude passada em
fazenda africana.

Dias de Glória (Indigenes; 2006,


França/Marrocos/Bélgica/Argélia, direção: Rachid Bouchareb) –
O nome original seria mais adequado: Indígenas. Refere-se ao nome dado pelos
franceses a colonos da África. Durante a 2ª GM, mais de 230 mil se alistaram no
exército francês para libertar a pátria-mãe (França), que não conheciam. É a
história de quatro argelinos que colaboraram para a França vencer os alemães.
Sobre a RÚSSIA E/OU URSS, REVOLUÇÃO RUSSA E
SOCIALISMO

O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potymkin, 1925, Rússia; direção:


Sergei Eisenstein) – Relata o levante de marinheiros quando lhes foi servida carne
podre e que acabou por originar a Revolução Russa de 1917.

Outubro (Oktyiabre; 1928, URSS, direção: Sergei Eisenstein e Grigori Alexandrov,


em comemoração ao 10º aniversário da Revolução de Outubro) – Reconstitui a
Revolução Bolchevique de 1917, inclusive com os massacres nas manifestações
públicas, a queda do czarismo, a união das frentes, a volta de Lenine do exílio.
Inspirado no livro do estadunidense John Reed: Os dez dias que abalaram o mundo.

Reds (Reds; 1981, EUA, direção: de Warren Beatty) – Narra a trajetória do


escritor-jornalista estadunidense John Reed e sua mulher Louise, em meio à
Revolução Russa, lutando ao lado dos revoltosos. Filme baseado na obra de Reed,
chamada Os dez dias que abalaram o mundo.

Rosa de Luxemburgo (Rosa Luxemburg; 1986, Alemanha, direção:


Margarethe Von Trotta) – Biografia da militante e teórica marxista, uma judia
polonesa que liderou um movimento na Alemanha no começo do século XX e morreu
assassinada em 1919.
Sobre a RÚSSIA E/OU URSS, REVOLUÇÃO RUSSA E
SOCIALISMO

Adeus Lênin (Good Bye, Lenin!; 2003; Alemanha; direção: Wolfgang Becker) –
Conta, com humor, a história de uma família que vivia na República Democrática
Alemã durante a queda do Muro de Berlim. A mãe sofre um enfarte, fica meses em
coma e, quando acorda, o filho faz de tudo para que ela não perceba o fim da
divisão, pois ela não pode sofrer emoção.

Doutor Jivago (Doctor Zhivago; 1965, EUA, direção: David Lean) – Durante a
revolução e a guerra civil na Rússia Bolchevique, um médico e poeta burguês
procura manter seus ideais liberais e se apaixonou pela esposa de um líder político e
militar bolchevique.

Stalin (Stalin; 1992, EUA/Hungria, direção: Ivan Passer) – Uma superprodução


dos EUA, rodada no Kremlin, a respeito de Stalin, desde a abdicação do czar em
1917 até a sua morte em 1953. A história é narrada segundo o ponto de vista de
sua filha Svetlana.

O círculo do poder (The inner circle. 1991, EUA, direção: Andrei


Konchalovsky) – Na década de 30, funcionário de cinema, é chamado para ser
projetista de Stalin e integrará o circulo do poder.
O assassinato de Trotsky,(The assassination
of Trotsky,1972 Joseph Losey)
A Cidade do México está em 1940. Paradas comunistas estão celebrando o Dia do Trabalho. Em um quarto de
hotel, próximo à Praça Zocalo, encontram-se duas pessoas que serão os protagonistas do assassinato de Leon
Trótsky, o idealizador do Exército Vermelho e dedicado marxista que foi expulso da Rússia por Josef Stalin. Apesar
de longe do seu país de origem, Trótsky continua muito envolvido com política e Stalin, sentindo-se ameaçado por
seu oponente, envia ao México o assassino de aluguel Frank Jackson, que, através de contatos e uma amizade em
comum, é convidado a conhecer a sua vítima pessoalmente em sua casa...

A revolução dos bichos, (Animal Farm, John Stenfenson,


1999)
Numa alegoria a corrupção do poder na União Soviética comandada por seu líder, Josef Stalin, o escritor George
Orwell escreveu "A Revolução dos Bichos". Considerada um best-seller, a obra narra a história do fazendeiro
Jones (Pete Postlephwaite). Um homem beberrão e cruel que explora seus animais. Revoltados com seu
proprietário, eles se organizam em seu lar. De posse da terra, os bichos passam a controlar o lugar, decretando
uma série de novas regras.

Trotsky,(Leonild Mayagin,1993)
Uma revisão do mito de Trotsky, um dos maiores representantes da revolução
russa, depois da queda do comunismo. O filme tenta mostrar como as pessoas
influenciadas pela idéia do comunismo se transformaram em assassinas
impiedosas.
Sobre a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O PROCESSO DE
INDUSTRIALIZAÇÃO :

Tempos Modernos (Modern Times; 1936, EUA, direção: Charles Chaplin) –


Durante a Depressão de 30, Carlitos trabalha em uma grande indústria e se torna
líder de uma greve por acaso. Mostra as conseqüências da modernização, a condição
desumana do0 trabalhador, a extração da mais-valia. Uma crítica à industrialização
selvagem e ao descaso com os operários.

Os chapeleiros (1983, Brasil, direção: Adrian Cooper) – Um curta metragem


filmado em Campinas (SP), sobre o sistema de produção industrial. Trata do
trabalhador no interior de um sistema opressivo.

Os Companheiros (I Compagni; 1963, Itália, direção: Mario Monicelli) – A


respeito da Revolução Industrial. Um professor e sindicalista organiza, devagar, um
pequeno grupo de operários que deseja uma nova sociedade. Procura descrever as
primeiras tentativas de afirmação do socialismo no final do século XIX.

Tucker – um homem e seu sonho (Tucker – the man and his dream;
EUA, 1988, direção: Francis Ford Coppola) – Crítica ao capitalismo monopolista,
dominado por cartéis que inviabilizam a concorrência. Baseado na história real do
inventor Preston Tucker que, em 1948, construiu um carro, provocando a ira das “três
grandes” (GM, Ford e Chrysler). Importante para discutir capitalismo monopolista,
cartelização, livre concorrência etc.
São Paulo S.A, (Luis Sergio Person, 1965)
A historia acontece no momento da euforia desenvolvimentista provocada pela instalação de
indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil, no final dos anos 50. Conta a história de Carlos, um jovem
da classe média paulistana, que ingressa numa grande empresa. Logo depois, ele aceita um cargo numa
fábrica de auto-peças, da qual torna-se gerente, e cujo patrão é sonegador de impostos e tem várias
amantes. A certa altura, ele é um chefe de família que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito. Sem
um projeto de vida ou perspectivas para fugir da condição que rejeita, só lhe resta fugir.
Sobre RELAÇÃO DE PODER:

Cidadão Kane (Citizen Kane; 1941, EUA, direção: Orson Welles) – Clássico do
cinema inspirado na vida de William Randolph Hearst, um magnata da imprensa.
Visão a respeito do poder de manipulação da opinião pública.

O grande ditador (The Great Dictator; 1940, EUA, direção: Charles Chaplin) –
Paródia sobre Hitler e o nazismo ou uma sátira sobre as ditaduras nazi-fascistas.
Conta a história de um pobre barbeiro que é confundido com o ditador Adenoid
Hynkel, da Tomânia. Foi o primeiro filme totalmente falado de Chaplin.

1984, de Orwell (1984; 1984, Inglaterra, direção: Michael Radford) – A respeito do


totalitarismo. Em um país totalitário, no qual o Estado controla todos os gestos das
pessoas, um simples funcionário se apaixona, tenta enfrentar a repressão mas é
esmagado pelo sistema.

Brazil, o filme (Brazil; 1985, Inglaterra, direção: Terry Gilliam) – Também sobre
a visão totalitária do futuro.Um funcionário público tenta realizar seus sonhos. Um
humor irônico e crítico.

O homem de Kiev (The Fixer; 1968, Canadá) – A conscientização a partir da


perseguição política.

O Expresso da Meia-Noite (Midnight Express; 1978, EUA, direção: Alan


Parker) – Sobre a ditadura e o sistema prisional na Turquia. Um jovem estadunidense
é pego com haxixe em Istambul ao tentar voltar para os EUA. Violência, tortura e
interrogatórios cruéis.
Sobre RELAÇÃO DE PODER:

O homem Elefante (The Elefant Man; 1980, EUA, direção: David


Lynch) – Um jovem deformado é explorado por um empresário como atração
circense e encontra ajuda e dignidade com um médico .

Muito além do jardim (Being There, 1979, direção: Hal Ashby) –


Sobre o poder da televisão. Um jardineiro que passou parte da vida assistindo TV,
somente repete frases que ouviu na TV e é descoberto por um político.

Rede de Intrigas (Network, 1976, EUA, direção: Sidney Lumet) – Uma


sarcástica crônica aos bastidores da TV. Um veterano comentarista, prestes a ser
despedido, resolve adotar posturas mais radicais.

Um estranho no ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest; 1975,


EUA, direção: Milos Forman) – Um desajustado vai preso por estupro, finge-se
de louco e é transferido para um hospício. Uma parábola sobre as engrenagens do
poder e da marginalização.
O Espetáculo Democrático, (Guilhermino Cesar,2005)
A partir do registro da posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vídeo procura refletir a respeito dos últimos
15 anos de nossa história política. O “Brasil democrático” é discutido através de imagens de campanhas eleitorais,
entrevistas com parte da velha e da nova burocracia estatal, marqueteiros e com brasileiros pertencentes a
diferentes movimentos sociais. Qual é o desafio da sociedade brasileira frente ao primeiro governo supostamente
de esquerda, popular e até socialista?

Sociedade do Espetáculo (La societé du spetacle, Guy Debord,


1973
É um documentário que ressalta o aspecto de espetacularização dos feitos, em qualquer
sociedade, seja ela neoliberal ou socialista. O documentário foi rodado em cima de um livro
de mesmo nome e também de Guy Dubord... que se refere às relações sociais e inter-pessoais de
uma sociedade de consumo mediadas direta ou indiretamente por imagens ou representaçõesdo real.
O quarto poder,(Mad City, Costa Gravas,1997)
O quarto poder é uma expressão criada para qualificar, de modo livre, o poder da mídia ou do
jornalismo em alusão aos outros três poderes típicos do Estado democrático (Legislativo, Executivo e
Judiciário).
Essa expressão refere-se ao poder da mídia quanto a sua capacidade de manipular a opinião pública, a
ponto de ditar regras de comportamento e influir nas escolhas dos indivíduos e por fim da própria
sociedade.
O filme discute o poder da mídia sobre a opinião pública, fazendo uma espécie de jogo com as emoções. O
filme fala do poder e da manipulação da mídia para favorecer os interesses de terceiros, e em busca da
conquista de audiência.
Vocação de Poder, (Eduardo Escorel, José Jofily,2005)
A equipe do documentário acompanha a campanha realizada por seis candidatos ao cargo
de vereador da cidade do Rio de Janeiro, durante as eleições municipais de 2004. A
produção traça um panorama das ações de cada candidato durante todo o processo
eleitoral.

Z” de Costa-Gavras
Tendo como trama básica o assassinato de um político liberal (Yves Montand) cometido como se
fosse um acidente, é retratado o caso Lambrakis, fato acontecido na Grécia no início da década
de 60 no qual a investigação sobre a morte do político foi escandalosamente encoberta por uma
rede de corrupção e ilegalidade na polícia e no exército

Cidadão Kane” de Orson Welles


Aos 26 anos, precocemente, ORSON WELLES já demonstrava toda a sua genialidade neste
grandioso filme que influenciou toda a história do Cinema. O filme retrata a ascensão de um
mito da imprensa americana, de garoto pobre no interior a magnata de um império dos meios
de comunicação. Inspirado na vida do milionário William Randolph Hearst.
Sobre o TRABALHO e as mudanças no
mundo do trabalho

A Nós, a Liberdade (A nous, la liberté, França, 1931 René Clair)


Um industrial é chantageado por causa do seu passado, recebendo então a ajuda de
um antigo companheiro de prisão. Encantadora comédia satírica em estilo opereta,
dirigido e escrito por René Clair, um dos mais admirados cineastas franceses de todos
os tempos, o primeiro a ser eleito para a Academia Francesa. "A Nós a Liberdade"
influenciou decisivamente Charles Chaplin ao fazer Tempos Modernos, tornando-se
também uma poderosa denúncia à sociedade moderna mecanizada.

Meu Tio ( Mon oncle, França 1958, Jacques Tati)


O humilde e atrapalhado Monsieur Hulot é cunhado de um gerente de uma fábrica de
plásticos, um novo rico que vive em uma casa totalmente automatizada. Este arranja-
lhe um emprego para que seu filho não cresça sob a influência do tio. Filme vencedor
do Oscar de filme estrangeiro e vencedor do prêmio especial do júri no Festival de
Cannes.
Metropolis, (Metropolis, Alemanha, 1926, Fritz Lang)
Um dos maiores clássicos da ficção científica mundial e um dos expoentes máximos do
cinema expressionista alemão da década de 20, "Metrópolis", filme mudo dirigido por Fritz
Lang em 1926, impressiona até hoje por seu visual futurista, com cenários e efeitos
especiais fantásticos descrevendo uma enorme megalópole controlada por poderosos
industriais utilizando uma imensa força de trabalho braçal de uma população renegada e
condenada à escravidão, para manter sua oponência e grandiosidade.

Ou Tudo ou Nada, (The full monty,1997,Inglaterra, Peter Catanneo


Seis homens desempregados estão desesperados por dinheiro. Então, inspirados em
um show de striptease, decidem que também podem ganhar dinheiro montando seus
próprios shows. Porém, neste pretendem oferecer o que nenhum outro já fez, que é um
“tudo ou nada”, ou seja, pretendem ficar completamente nus, o que acaba criando
controvérsia na comunidade em que vivem.
Segunda feira ao Sol, (Los lunes ao Sol, 2000, Espanha Fernando de
Aranoa, O filme mostra diferentes dramas de pessoas desempregadas. Santa (Javier
Bardem) vive do seguro-desemprego e está sempre bebendo com os amigos. Um tanto
orgulhoso, não quer pagar a lâmpada que quebrou quando ainda estava no estaleiro.
Reina (Enrique Villén), seu amigo, está em um subemprego como vigia de um estádio. Já
Amador (Celso Bugallo) é um senhor solitário que vive em um lugar que parece mais um
depósito de lixo. José (Luis Tosar) faz de tudo para manter a esposa Ana (Nieve de
Medina),....

Vinhas da Ira (The grapes of wrath, 1936, Estados Unidos, John Ford. Em
meados da década da 1930, em plena grande depressão, o drama social de pequenos
arrendatários do interior do Estado de Oklahoma (EUA), expulsos de suas terras e
obrigados a tornarem-se proletários agricolas, colhedores de laranjas nas fazendas da
California.
Ladrões de Bicicleta, (Ladri di biciclette, 1948, Italia, Vittorio De Sica.
Após a segunda grande guerra, com a Itália destruída e com o povo passando
toda sorte de necessidades, Ricci (Lamberto Maggiorani) consegue um
emprego, o de colar cartazes na rua. Com a ajuda de sua mulher Maria
(Lianella Carell) conseguem dinheiro para uma bicicleta, pois sem ela estaria
impossibilitando de realizar o seu trabalho. Quando a bicicleta é roubada, Ricci
e seu filho Bruno (Enzo Staiola) saem em uma busca incansável para recupera-
la.

La Terra Treme, 1947, Italia, Luchino Viscont. iEm Aci Trezza, uma pequena aldeia
de pescadores do sul da Sicília, os pescadores pobres são forçados a vender o
produto da sua pesca a grossistas sem escrúpulos que lhes compram por muito
pouco dinheiro o que tanto lhes custou a pescar. António, o filho mais velho de uma
família tradicional de pescadores, revolta-se contra essa situação e hipoteca a casa
para arranjar dinheiro para começar a trabalhar por sua conta e vender o peixe
directamente na cidade mais próxima. Tenta convencer os outros pescadores a
seguirem o seu exemplo, mas sem sucesso. Tudo corre bem até uma tempestade
lhes destruir o barco que era o seu ganha-pão. Segue-se a fome, a penhora da casa,
a vingança… Parece que o destino está contra eles. Este filme/documentário de
Visconti é falado no dialecto siciliano e foi filmado na Sicília com os pescadores locais
a fazerem de actores.
O Sucesso a Qualquer Preço, 1990, Estados Unidos, James Foley)
Num escritório imobiliário de Chicago são oferecidos prêmios para aqueles que se
destacam nas vendas. O primeiro prêmio é um Cadillac; o segundo é um jogo de facas e
o terceiro prêmio é a demissão. Os tempos são difíceis, Shelley Levene (Lemmon) e
Dave Moss (Harris) são vendedores veteranos, mas somente Rick Roma (Pacino) está
numa maré de sorte. O filme funciona como uma denúncia de como o dinheiro, a
competição e a falta de ética corrompem tudo em seu caminho.

O Adversario, (El adversario, 2002, Argentina,Nicole Garcia)


Um homem trabalha como médico há 18 anos, mesmo sem nunca ter estudado
para exercer a profissão. Quando sua farsa pode ser revelada, ele passa a
elaborar um plano para eliminar as pessoas que possam prejudicá-lo. Com
Daniel Auteuil.
O Corte,(Le couperet, 2004, França Costa Gravas)
Bruno Davert é um executivo que trabalhou durante 15 anos numa corporação
industrial. Por conta de reestruturação na companhia, ele é demitido. Dois
anos depois, ainda desempregado, e no auge do desespero, ele traça um plano
diabólico para conseguir o emprego: eliminar seus concorrentes.

Daens – um grito de justiça, 2002, Belgica, Stijn Coninx


Na cidade de Aalst, norte da Bélgica, um grupo de trabalhadores vive
em condições miseráveis, vítimas da exploração da indústria de tecidos
onde estão empregados. A situação começa a mudar quando um padre
revolucionário é transferido para a cidade e assume a igreja local.
Sobre RELAÇÕES DE TRABALHO E SINDICALISMO

A classe operária vai ao paraíso (La Classe Operaria Va in


Paradiso; 1971, Itália, direção: Elio Petri) – Sobre relações de trabalho na
Itália dos anos 70. Uma radiografia de um operário dividido entre a sociedade de
consumo e as convocações da esquerda .

Eles não usam Black-Tie (1981, Brasil, direção: Leon Hirszman) –


Baseado em um texto teatral de Gianfranceso Guarnieri, narra o fato de um filho
de sindicalista não querer entrar numa greve em razão de sua namorada estar
grávida. Trata do sindicalismo em anos difíceis para o movimento operário.

Norma Rae (Norma Rae; 1979, EUA, direção: Martin Ritt) – Sobre as
dificuldades do mundo sindical nos EUA. Narra a trajetória de uma operária têxtil
no sul do país que se torna líder dos trabalhadores.

Libertários (1976, Brasil, direção: Lauro Escorel Filho) – Um curta-


metragem brasileiro sobre o papel do anarquismo no início do movimento
operário, em São Paulo, no início do século XX. Um levantamento de um período
significativo da história do movimento operário.
Os Companheiros, ( I compagni, 1963, Italia, Mario Monicelli
Considerado como um dos clássicos dos anos de 1960, o filme de Mario Monicelli -
estrelado por Marcelo Mastroianni -, mostra as condições de trabalho dos operários
italianos na virada do Século 19, quando ocorreu uma greve numa indústria têxtil na
cidade italiana de Torino e que durou mais de 30 dias.

O Que Você Faria?, (2005, Marcelo Piñeyro) Sete candidatos se oferecem para
um emprego. Todos se apresentam para os testes de seleção, onde é usado um
método diferente que pretende analisar as reações dos candidatos em níveis altos
de tensão.

Germinal, (1993, França,Claude Berri. O filme retrata o processo de


gestação e maturação de movimentos grevistas e de uma atitude mais ofensiva por
parte dos trabalhadores das minas de carvão do século 19 na França em relação à
exploração de seus patrões.
Linha de Montagem,( Rento Tapajós, 1982)
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os anos de
1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a
repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das
assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários decidiam os novos rumos do
movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos
Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de
Segurança Nacional.

Os peões, (Eduardo Coutinho, 2004)


Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que
tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles
falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam
desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas
fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e
dos rumos do país. O filme foi rodado no período final da campanha presidencial de 2002.

Eles não usam Black-tie,( Leon Hirszman,1981)

Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um


movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem
resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca enorme conflito
com seu pai.
Pão e Rosas, (Bread and Roses,Ken Loach,2000)
Maya, uma jovem mexicana deixa seu país para se encontrar com sua irmã Rosa, em Los
Angeles, que arruma um emprego para Maya na mesma empresa em que trabalha. Os
mexicanos ilegais trabalham como faxineiros do turno da noite em um edifício de escritórios,
por salários humilhantes. Eles não têm assistência médica, nenhuma proteção trabalhista e
ainda suportam um patrão abusivo.

Maya descobre as péssimas condições de trabalho para os imigrantes ilegais. Sam, um ativista
americano leva Rosa a uma campanha de guerrilha contra seus empregadores o que ameaça
sua subsistência e arrisca sua expulsão do país

A greve, (Eisenstein, 1925)


A ação desenrola-se numa das maiores fábricas da Rússia tzarista. Tudo parece calmo: os operários
trabalham, a burguesia goza de uma vida rica em prazeres; mas, essa serenidade é só aparente: os
contra-mestres percebem que, entre os operários, há uma agitação dissimulada e comunicam à direção
da fábrica. A direção por sua vez avisa à polícia. Os espiões enfiltram-se na fábrica e na vila operária.
Apelos à luta são lançados pelo comitê. O suicídio de um operário, injustamente acusado pela direção
de ter roubado documentos, marca o início da greve. Os operários deixam as fábricas, as máquinas
param. Organiza-se uma concentração na floresta. Uma ofensiva da guarda montada fracassa. Ao
saber da recusa da administração em satisfazer as reivindicações dos operários, o comitê decide
continuar a greve. A polícia incendeia o depósito de vinhos, certa de que os operários esfomeados irão
saqueá-lo, o que serviria de pretexto para represálias; entretanto, o plano não funciona.
Abc da Greve, (Leon Hirszman, 1979)
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil
metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-
se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria.
Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para
realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados
chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo

“Braços Cruzados, Máquinas Paradas” de Roberto Gervitz, Sérgio Toledo,


São Paulo, 1978. Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o
maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe
militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves operárias que iriam mudar o
país.
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a estrutura
sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário de longa-
metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo, 10 anos após a
decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social que traria de
volta a democracia ao país, estão na base dos acontecimentos que levaram à eleição do
primeiro presidente operário da América Latina.
Sobre o APARTHEID na África do
Sul e ÁFRICA EM GERAL

Um grito de liberdade (Cry Freedom; 1987, Inglaterra, direção: Richard


Attenborouh) – Retrato da política do apartheid na África do Sul. Baseado nos livros
Biko e Asking, do jornalista Donald Woods. Mostra a situação dos negros, a amizade
e o assassinato de Steve Biko, um líder sul-africano.

Sarafina – o som da liberdade (Sarafina; 1993, África do Sul, direção:


Darrel Roodt) – História que aborda aspectos de um subúrbio negro durante o
período do apartheid na África do Sul. Uma professora ensina seus alunos a lutarem
por seus direitos em pleno regime do apartheid.

No coração da África (Mister Johnson; 2003, EUA, direção: Bruce Beresford)


– Na Nigéria, nos anos de 1920, africano procura sua integração à cultura britânica,
conflitando com a comunidade e com a própria estrutura colonialista.

Hotel Ruanda (Hotel Rwanda; 2004, RU/África do Sul/Itália; direção: Terry


George) No período de grandes conflitos tribais em Ruanda, em 1994, um gerente de
um hotel da capital do país abrigou – e acabou salvando – mais de mil pessoas.
Importante para mostrar as contendas entre tutsis e hutus na região e a falta de
interesse do restante do mundo para o problema.
Sobre o APARTHEID na África do
Sul e ÁFRICA EM GERAL

O jardineiro Fiel (The Constant Gardener; 2005, RU/Alemanha,


direção: Fernando Meireles) Um diplomata inglês que procura desvendar as
razões do desaparecimento de sua mulher e descobre que milhões de africanos são
utilizados como cobaias de grandes corporações farmacêuticas. Importante para
analisar a utilização de africanos pobres pelo capitalismo atual.

Diamante de sangue (Blood Diamond; 2006, EUA, Direção: Edward


Zwick.) A ação ocorre em 1999, durante a Guerra Civil de Serra Leoa, financiada
pela explotação dos diamantes locais (que ficaram conhecidos como os "Diamantes
de Sangue"). Apesar de alguns clichês, o filme procura retratar um caso de
contrabando de diamantes (para a Libéria e daí para a Europa), os conflitos civis
africanos e o envolvimento de países ocidentais nos mesmos. A história se inicia com
um pescador que é separado de sua família, é levado a um campo de mineração,
encontra um grande e valioso diamante, foge, encontra com um traficante e faz um
acordo com ele para encontrar sua família.
Mandela, um grito de liberdade, (Goodbye Bafana, Richard
Attenborough,1987
A história real de Nelson Mandela, no período de 20 anos que ficou preso, contada através
das memórias de um guarda de prisão racista que teve sua vida completamente alterada
pela convivência com o líder da África do Sul.
Sobre a ÁSIA OCIDENTAL:
Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia; 1962, Inglaterra, direção: David
Lean) – História da atuação de um inglês (T. E. Lawrence) que se encantou com o
mundo árabe e passou a comandar tropas árabes, em sua luta contra o império
turco durante a Iª Guerra Mundial.

The Chosen (A escolha) (The Chosen; 1981, EUA, direção: Jeremy Paul) –
Dois amigos, um judeu ortodoxo e um liberal, que vivem no bairro do Brooklin em
New York, discutem sobre suas divergências religiosas, suas visões de mundo, a
questão dos judeus nos EUA e a existência de Israel.

Hanna K (Hanna K; 1983, França, direção: Constantin Costa-Gravas) – Os


problemas entre judeus e palestinos transportados para um tribunal. Uma
advogada dividida entre o ex-marido israelense e a defesa de um palestino
considerado terrorista.

Exodus (Exodus; 1960, EUA, direção: Otto Preminger) – Um romance entre um


líder da resistência judaica e uma enfermeira estadunidense não-judia, durante o
processo de criação de Israel. Baseado em livro homônimo de Leon Uris.

Ararat (Ararat, 2002, França/Canadá, direção: Atom Egoyan) – Um cineasta de


origem armênia, está dirigindo um filme sobre os trágicos eventos de 1915 que
culminaram com o massacre de parte do povo armênio pelo exército turco.
Interrogado por um funcionário da alfândega, um jovem de origem armênia conta
como sua vida mudou durante as filmagens de um documentário sobre o genocídio.
Há conflitos familiares mas é um dos poucos filmes que trata deste assunto.
Duração: 115 min.
Sobre a ÁSIA OCIDENTAL:

Paradise Now (Paradise Now, 2005, Holanda, França e Alemanha, direção: Hany
Abu-Assad) – Dois amigos palestinos são recrutados para realizar um ataque suicida em
Tel Aviv. Algo dá errado no início da operação. A ação se passa após a primeira intifada.
Considerações importantes sobre a ação e a situação – e o desespero – palestina, sobre o
processo de paz e outros aspectos. Importante para quem deseja ter uma visão deste
conflito. Duração: 90 minutos.

Palestina, História de uma Terra (Palestine, 1993, França, direção: Simone


Bitton) – Um documentário montado a partir de arquivos históricos e dividido em dois
períodos: 1ª parte: 1880-1950 e 2ª parte: 1950-1991. Mostra imagens da opressão aos
movimentos de resistência palestina e procura revelar os fatos que estão por trás da
difícil luta entre palestinos e israelenses. Importante para se saber as raízes deste
problema e por mostrar uma visão diferente dos grandes meios de comunicação. Vale à
pena assistir.

Kedma (Kedma, 2002, França/Itália/Israel, direção: Amos Gitai) – Em 1948, um pouco


antes da criação de Israel, alguns sobreviventes de campos de concentração, viajaram
ilegalmente para a Palestina (Kedma é o nome do navio). Desejavam chegar até um
Kibutz e, no caminho, encontram com ingleses e com palestinos. Ás vezes muito lento,
limitado a este momento, é difícil entender os problemas existentes se não tiver bastante
informação sobre a região.
Sobre a ÁSIA OCIDENTAL:

O embaixador (Ambassador; 1984, EUA, direção: J. Lee Thompson) –


Relaciona-se com os conflitos entre árabes e israelenses no Oriente Próximo
durante os anos 70. Um embaixador estadunidense tenta negociar com a OLP.

Golda (Woman Called Golda, 1982, EUA, direção: Alan Gibson) – Uma espécie
de biografia da mulher que foi primeira-ministra de Israel. Filme feito para a TV,
o último trabalho de Ingrid Bergman.

A garota do tambor (Little Drummer Girl, 1984, EUA, direção: George Roy
Hill) – O filme relata conflitos entre judeus e palestinos a partir dos anos 1950. Na
trama, uma atriz é convocada pelo serviço secreto israelense para ajudar na captura
de uma pessoa considerada terrorista.

Filhos do ódio (Children of a Rage, 1977, Israel, direção: Arthur Allan


Seidelman) – A respeito da convivência entre israelenses e palestinos. Após a morte
do irmão em luta contra as tropas israelenses, um jovem palestino se engaja na luta
armada em busca de vingança.
Sobre a ÁSIA OCIDENTAL:

Kippur – Dia do Perdão (Kippur, 2000, Israel/França, direção: Amos Gitai) –


A guerra do Yom Kippur, a partir da experiência de um jovem soldado, que lá toma
contato com os horrores do conflito. Um filme sem heroísmo, sem espetaculosidades,
meio autobiográfico, lento, que basicamente retrata ações de um grupo médico.

Trem da Vida (Train de Vie, 1998, França/Israel, direção: Radu Mihaileanu) – Em


1941, um vilarejo de judeus da Europa Oriental recebeu um alerta – pelo bobo do
lugar – que os nazistas estavam chegando. Os habitantes forjaram um trem nazista, os
alemães, o maquinista e os deportados. No trajeto, as encenações começaram a ficar
cada vez mais realistas. Uma comédia sobre um tema muito sério.

Munique (Munich, 2005, EUA, direção: Steven Spielberg) – Em setembro de 1972,


integrantes do grupo Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica em Munique; no final 11
israelenses e todos os integrantes do grupo palestino estavam mortos. O governo de
Israel, através do Mossad, convoca um jovem para liderar uma equipe para matar os
que eles acham que tinham planejado o atentado. Este grupo, oficialmente, não tinha
relações com o governo. Interessante somente para ver como Israel agia frente a seus
inimigos. Duração: 164 minutos
Persepolis, Vincent Paronnaud, Marjane Satrapi, 2007
Marjane é uma jovem iraniana de oito anos, que sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim
salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha
avidamente os acontecimentos que conduzem à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da
nova República Islâmica inaugura a era dos "Guardiões da Revolução", que controlam como as
pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, deseja se transformar numa
revolucionária. Mas, para tentar protegê-la, seus pais a enviam para a Áustria.

"Ghandi" de Richard Attenborough


A biografia sobre o homem que subiu de simples advogado a símbolo mundial de paz e
tolerância. Uma obra-prima imprescindível, Gandhi é uma história intrigante sobre ativismo,
política, tolerância religiosa e liberdade. Mas no centro de tudo isso, está um homem
extraordinário que lutou por uma existência pacífica e libertou uma nação.

Contém vários extras, incluindo filmes e entrevistas do Ghandi em pes


Sobre os conflitos na IRLANDA DO NORTE:

Prece para um Condenado (A Prayer for the Dying; 1987, Inglaterra,


direção: Mike Rodges) – Um ativista do IRA comete um erro fatal durante um
atentado, foge para a Inglaterra e é perseguido por ex-companheiros, polícia e Máfia
local.

A filha de Ryan (Ryan’s Daughter; 1970; Inglaterra, direção: David Lean) –


Retrata a presença britânica na Irlanda na década de 1920, a resistência dos
irlandeses e uma história de amor entre uma irlandesa e um inglês.

Michael Collins – O preço da liberdade (Michael Collins; 1996, EUA,


direção: Neil Jordan) – Em 1916, um confronto entre os rebeldes irlandeses e as
tropas do governo britânico (que dominava por quase 700 anos a Irlanda) resultou
na vitória do Governo. Um dos que sobreviveram foi Michael Collins e este começou
a usar táticas diferentes de luta contra a Inglaterra.

Em nome do pai (In the Name of the Father; 1993, Irlanda/Inglaterra/EUA,


direção: Jim Sheridan) – Um jovem irlandês é preso na companhia de três amigos e
condenado por um atentado feito pelo IRA. Refere-se ao caso verídico conhecido
como os Quatro de Guilford. Uma denúncia dos abusos cometidos pelo governo
britânico.
Sobre os conflitos na IRLANDA DO NORTE:

O lutador (The Boxer, 1997, Irlanda/Inglaterra, direção: Jim Sheridan) –


Um lutador de boxe, condenado, quando volta à liberdade em Belfast se vê às voltas
com a tradição, o antigo amor, as ações do IRA. Uma reflexão sobre as pessoas
envolvidas no conflito de Ulster.

Ventos da Liberdade (The Wind that Shakes the Barley, 2006,


Inglaterra/Espanha/Alemanha/ Itália/França/Irlanda, direção: Ken Loach) –
A ação se passa na Irlanda, entre 1920 e 1922, acompanhando de modo mais
específico a atuação de dois irmãos. Quando as táticas dos irlandeses começam a
abalar a supremacia dos britânicos, o governo se vê forçado a negociar e os dois
lados discutem um tratado de paz. Nesse momento, os irlandeses que estavam
unidos pela independência, se dividem entre os que são a favor e os que são contra o
tratado, deixando os irmãos em lados opostos. O filme retrata muito bem a violência
inglesa e as diferenças entre os irlandeses por ocasião da assinatura do tratado de
Independência. 125 min.
Sobre REGIMES POLÍTICOS

Z (Z; 1969, França, direção: Costa-Gravas) – O filme se passa durante a


ditadura militar dos coronéis (de direita) na Grécia; analisa aspectos relativos ao
autoritarismo. Um magistrado e um jornalista investigam, de modo separado, o
assassinato de um político. Foi, durante um certo período, proibido no Brasil.

A confissão (direção: Costa-Gravas) – A ação do filme se passa na


Tchecoslováquia e analisa as posturas autoritárias do governo dito de esquerda
durante os anos 60.

Quando papai saiu em viagem de negócios (Otac na Sluzbenom


Putu; 1985, Iugoslávia, direção: Emir Kusturica) –
.
Táxi Blues (Táxi Blues; 1990, URSS/França, direção: Pavel Lounguine) –
História de um motorista de táxi e de um saxofonista bêbado (que o engana no
pagamento da corrida), em Moscou, durante a Perestroika.
Sobre REGIMES POLÍTICOS

Missing – O Desaparecido (Missing; 1982, EUA, direção: Costa-


Gavras) – Mostra a luta de um estadunidense em busca de seu filho desaparecido
por ocasião da instalação, em 1973, da ditadura no Chile, através de um golpe
militar. Foi baseado em fatos reais.

Pra frente Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) – Sobre a


repressão no Brasil durante a ditadura militar. O filme se passa durante a Copa do
Mundo de futebol, em 1970, no governo Médici. Um cidadão comum é confundido
com um guerrilheiro, é preso e torturado.

Gritos do Silêncio (The Killing Fields, 1984, Inglaterra, direção:


Rolland Joffé) – Sobre o regime do Khmer Vermelho no Camboja. Relata a
amizade entre um jornalista estadunidense e um fotógrafo cambojano, que é preso
em um campo de concentração. Baseado em fatos vividos em 1973 pelo repórter
Sidney Schanberg.
Sobre migrações ou FUGA DE POPULAÇÃO

Praia dos Sonhos. (Turtle Beach; 1992, Austrália, direção: Stephen Wallace) –
Malásia, onde fotógrafa ocidental procura registrar o sofrimento do ‘boat people’.

A viagem da esperança (Reise der Hoffnung; 1990, Suíça/Turquia/Grã


Bretanha, direção: Xavier Koller) – Migrantes turcos que buscam chegar à Suíça
utilizando rede de apoio para ilegais.

Geração Roubada (Rabbit-Proof Fence; 2002, Austrália, direção: Phillip Noyce)


– Baseado em fatos reais, conta a história de três meninas que em 1931, por serem
mestiças, foram tiradas de suas mães e levadas a 2.800 km de casa. Elas tentam fugir
pelas diferentes paisagens do Oeste Australiano. Interessante para conhecer alguns
hábitos ingleses na Austrália e a sua visão racista em relação aos aborígenes.

Um dia sem mexicanos (One Day Without Mexicans; 2004,


EUA/México/Espanha; direção: Sérgio Arau) – Uma comédia sobre algo bastante sério
na Califórnia: a presença de latinos e de, principalmente, mexicanos. Em um dia
comum, todos os mexicanos desaparecem; os preconceituosos estadunidenses
percebem que não sabem viver sem seus serviços. Os principais personagens são duas
jornalistas, um senador ambicioso e preconceituoso, a esposa de um músico
cucaracha, alguns mexicanos estabelecidos legalmente e aqueles que tentam
atravessar o muro entre os EUA e o México. Duração aproximada: 95 min.
Sobre MIGRAÇÕES BRASILEIRAS:

Gaijin – Os caminhos da liberdade (1980, Brasil, direção: Tizuka


Yamazaki) – Sobre a vinda de imigrantes japoneses para o trabalho nas fazendas de
café no interior do estado de São Paulo. Por meio de uma história de amor (entre uma
imigrante japonesa e um imigrante italiano), aborda a condição de vida destes colonos
e a relação dos colonos japoneses com italianos e nordestinos.

Bye, Bye, Brasil (1979, Brasil, direção: Carlos Diegues) – Andanças por parte do
território nacional de um grupo de atores mambembes nordestinos, que vai seguindo os
caminhos da penetração econômica pelo interior do país (principalmente Norte e
Centro-Oeste) para se fixar em uma cidade–satélite nos arredores de Brasília.

A marvada carne (1985, Brasil, direção: André Klotzel) – (adaptação da peça de


Carlos Alberto Soffredini) Retrata a vida caipira (as relações sociais, a agricultura de
subsistência etc) através do casamento de um caipira com uma moça que teria como
dote um boi inexistente. O que o caipira mais deseja é comer carne de boi e esta foi
uma das formas de fazê-lo casar. Como é um desejo de anos, ele resolve migrar para a
cidade grande para satisfazê-lo. O filme também mostra os problemas de adaptação em
uma cidade como São Paulo.
Sobre migrações ou FUGA DE POPULAÇÃO

Vidas Secas (1963, Brasil, direção: Nelson Pereira dos Santos) – (do romance de
Graciliano Ramos) Narra a história de uma família de retirantes nordestinos que foge
da Seca. Bastante fiel ao livro, mostra a caminhada sempre em busca de um local
para ficar. Existe o período de tempo bom – no qual a família permanece em uma
fazenda – até a estiagem, a ausência de inverno, quando ela se põe a caminho
novamente.

Vida e sangue de Polaco (1982, Brasil, direção: Sylvio Back) – Um média


metragem nacional, que trata da imigração polonesa no início do século XX. Feito
através de lembranças dos filhos, possui momentos emocionais de um povo orgulhoso
de suas origens.

Macunaíma (1969, Brasil, direção: Joaquim Pedro de Andrade) – Com base em


livro homônimo de Mário de Andrade, uma alegoria a respeito do Brasil. Um menino
negro, nascido em uma tribo na Amazônia, habituado a ingênuas malandragens, sai
em busca de uma medalha de sorte e, já adulto e branco, chega a São Paulo, com um
comportamento de um herói preguiçoso e sem caráter.

O homem que virou suco (1980, Brasil, direção: João Batista de Andrade) –
Trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no período. Um cantor de
cordel é confundido pela polícia com um operário que esfaqueou o patrão.
Sobre migrações ou FUGA DE POPULAÇÃO

Central do Brasil (1998, Brasil, direção: Walter Salles Jr.) –


Mulher que escreve cartas para quem não sabe na estação da Central do Brasil no
Rio de Janeiro, ajuda menino a encontrar o pai no interior do Nordeste.

Deus e o diabo na Terra do Sol (1964, Brasil, direção:


Glauber Rocha) – Trata do Nordeste, do messianismo e do cangaço. Um casal
de camponeses mata o patrão, une-se a um místico, depois ao cangaceiro Corisco
e enfrenta um matador de cangaceiros (Antonio das Mortes). Um dos filmes mais
representativos do Cinema Novo e de Glauber.

Morte e Vida Severina, Zelito Viana, 1977


Retirante nordestino atravessa o agreste e a zona da mata fugindo da seca e
esperando encontrar em Recife uma vida melhor. Adaptação do poema de João Cabral
de Melo Neto, musicado por Chico Buarque de Holanda.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Contestado – a guerra desconhecida (1986, Brasil, direção: Enio


Staub) – Média metragem nacional sobre este conflito no sul do país. Entrevistas,
filmes e fotografias do período do conflito, ocorrido em Santa Catarina, no início do
século XX.

Xica da Silva (1976, Brasil, direção: Carlos Diegues) – Uma tentativa de


retratar a sociedade em Minas Gerais durante o período áureo da mineração. No
século XVIII, em Diamantina, um fidalgo português se apaixona por uma escrava e
a transforma em uma dama.

Guerra do Brasil (1987, Brasil, direção: Sylvio Back) – Sobre a


participação brasileira na Guerra do Paraguai (1864-70). Esta guerra envolveu
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e matou, aproximadamente, um milhão de
pessoas. Entrevistas, cenas documentais e de ficção, material iconográfico etc.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Guerra de Canudos (1997, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Com


inspiração em Os Sertões, de Euclides da Cunha, relembra de modo ficcional as
batalhas que ocorreram no final do século XIX em Canudos, no sertão baiano.

O país dos Tenentes (1987, Brasil, direção: João Batista de Andrade)


– A respeito do movimento tenentista no Brasil. Um militar reformado recorda sua
participação em momentos históricos do país, como o movimento tenentista e o
golpe de 1964.

A Revolução de 30 (1980, Brasil, direção: Sylvio Back) – Colagem de


mais de 30 documentários, filmes, fotografias e outros, mostrando os antecedentes,
o desenrolar e as conseqüências deste golpe.

Parahyba Mulher Macho (1983, Brasil, direção: Tizuka Yamazaki) –


Sobre Anayde Beiriz, amante do assassino do governador da Paraíba (João Pessoa),
no processo que resultou na Revolução de 30.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Getúlio Vargas (1974, Brasil, direção: Ana Carolina) – Cotidiano do Brasil


entre as décadas de 30 e 50, com fatos importantes como a participação da FEB na
Itália, o suicídio de Getúlio e outros.

Memórias do Cárcere (1984, Brasil, direção: Nelson Pereira dos


Santos) – Com base em livros de Graciliano Ramos, retrata o período do Estado
Novo, quando Graciliano foi retirado das Alagoas e preso na Ilha Grande, no Rio de
Janeiro.

O homem da Capa Preta (1986, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – A


respeito da vida do líder da Baixada Fluminense, Tenório Cavalcanti, que aparecia em
público portando uma metralhadora. Reconstituição de um período da política
brasileira.

Os Anos JK, uma trajetória política (1980, Brasil, direção: Sílvio


Tendler) – Nossa história política, de 1945 até os anos 70, analisando a ascensão e
o ostracismo a que o golpe de 1964 submeteu Juscelino Kubitschek.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A


vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na análise histórica.

Jango (1984, Brasil, direção: Sílvio Tendler) – Coletânea de filmes, fotos,


documentários e entrevistas sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em
que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no exílio .

Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) – Sobre a


ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão comum é tomado por
guerrilheiro, é preso e torturado. Ambientado durante a Copa do Mundo de 70,
denuncia a repressão para-militar do período.

Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Sobre o militar e


guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em 1969, entrou para a Vanguarda
Popular Revolucionária, abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco
guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador
suíço no Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção: Eduardo


Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro, quando estourou
o golpe de 1964. Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares e
entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com elas.

Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco)


– Sobre menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um
reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores
abandonados das grandes cidades brasileiras .

Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) – Sobre a
tortura no país. Registro das experiências de oito ex-prisioneiras políticas sobre a
tortura que sofreram durante a ditadura militar.

Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977, Brasil, direção:


Hector Babenco) – Sobre um marginal consciente que, pouco antes de morrer,
revelou certos aspectos da corrupção policial. Trata da história de um bandido que
exerceu certo fascínio sobre faixas da população carioca nos anos 70.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Amazônia em Chamas (The Burning Season; 1994, EUA, direção: John


Frankenheimer) – Uma visão de Hollywood sobre fatos que marcaram a vida de
Chico Mendes (1944-88), o famoso sindicalista e ambientalista de Xapuri (AC).

Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre Zuleika Angel
Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista conhecida internacionalmente, que a
partir de 1971 passou a procurar seu filho Stuart Angel Jones, um militante do
movimento MR-8 que foi preso, torturado e assassinado nas dependências dos órgãos
de repressão do Brasil, que negavam o fato e não apresentaram seu corpo.

Araguaya – A conspiração do silêncio (2004, Brasil, direção:


Ronaldo Duque) – Uma tentativa de retratar a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no
início da década de 1970 por militantes do PCdoB. Importante para tomar contato
com aspectos do período da ditadura militar brasileira. Os documentos oficiais
referentes a este episódio ainda não foram divulgados e nem os restos mortais de 59
guerrilheiros não foram localizados. 105 min.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com base


na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os anos de chumbo – trata
mais do dominicano Frei Tito (e de outros quatro frades) do que do próprio período
militar. Mas é importante para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-
arara, prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110 min.

Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história
de Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que
ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após
regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no
Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.

O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o
filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da
Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra,
narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos de Rose.
Importante para quem é contrário à reforma agrária.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Sete Quedas (1980, Brasil, direção: Sílvio Back) – Curta metragem sobre
a cachoeira extinta por Itaipu. Uma das últimas imagens desta cachoeira, é um dos
libelos contra a agressão à natureza em nome do progresso. Tem um valor como
memória ecológica.

A Araucária: memória da extinção (1981, Brasil, direção: Sílvio


Back) – Um curta metragem sobre a importância da Araucária angustifolia e a
história de seu desaparecimento em razão de incêndios, desmatamento irracional e
ações predatórias
.
Narradores de Javé. (2003, Brasil, direção: Eliana Caffé e Luis
Alberto Abreu) – Uma pequena cidade, no interior da Bahia, deve ser inundada
para formação de uma represa. As obras não serão realizadas caso a cidade possua
algum patrimônio cultural importante. Os moradores deverão, desta forma,
recuperar a memória do lugar. Importante para se discutir História, desabrigados
pelas barragens e região Nordeste .
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Quanto vale ou é por quilo? (2005, Brasil, direção: Sérgio Bianchi) – Uma
livre adaptação de um conto de Machado de Assis (“Pai contra Mãe”), este filme traça
um paralelo entre a vida no Brasil durante a escravidão e o momento atual, no qual
empresas criam organizações não-governamentais e se utilizam da pobreza existente
para divulgar a sua marca e fazer caixa-dois. Uma análise bem feita da utilização
pelo mercado da situação de penúria de parcela da sociedade.

Anjos do Sol (Brasil; 2006, direção: Rudi Lagemann) – O filme traça um perfil
do tráfico de menores para o exercício da prostituição no Brasil. Em municípios do
Norte e do Nordeste do país, em razão da pobreza, pais vendem suas filhas para
recrutadores de prostitutas. O filme mostra práticas comuns em algumas regiões
como o leilão de meninas virgens, os donos de boates, os cafetões e as cafetinas, os
coronéis que as utilizam, e outras.

Josué de Castro, cidadão do mundo (Brasil, 1994, direção: Silvio


Tendler) – Documentário sobre o médico e geógrafo pernambucano Josué de Castro.
Mostra a trajetória do autor de Geografia da Fome e Geopolítica da Fome, incluindo a
direção da FAO, a participação política, a repercussão internacional de sua luta, sua
cassação política pelo governo militar e a sua morte no exílio.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Ninguém explica a guerra (Brasil, 2006 direção: Cacá Diegues)


– Documentário, a partir das experiências do grupo Afroreggae, dos problemas
existentes em favelas do Rio de Janeiro. Retrata bem a ausência do poder estatal, os
problemas dos jovens e o poder adquirido pelo narcotráfico. Aponta algumas
soluções.

Notícias de uma guerra particular (Brasil, 1999, direção: Kátia


Lund e João Moreira Salles) – Documentário que retrata o dia-a-dia de
moradores do morro carioca Dona Marta, da ação da polícia, principalmente após a
saída de alguns grupos de traficantes. Duração: 57 minutos.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Aguirre, a cólera do deuses (Aguirre, der Zorn Gottes; 1972, Alemanha,


direção: dir: Werner Herzog) – A história da expedição de Pizarro à Amazônia em 1560, em
busca de Eldorado.

República Guarani (1982, Brasil, direção: Sylvio Back) – A respeito da Missões


jesuíticas, no período entre 1610 e 1767. Relata a história da chamada, por alguns, República
Comunista-Cristã dos Guaranis (150 mil pessoas), formada por missões implantadas em
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

A missão (The Mission; 1982, Inglaterra, direção: Roland Joffé) – A respeito da


colonização dos jesuítas no sul da América do Sul. Um missionário espanhol vem com a
finalidade de construir uma missão e procura defender a região das constantes agressões.
Retrata a guerra de portugueses e espanhóis contra jesuítas que catequizavam índios dos Sete
Povos da Missão, no século XVIII.
Sobre CONFLITOS INTERNOS NO BRASIL

Brasil. Muito alem do Cidadão Kane ( Simon Hartog, 1993


A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência
do grupo, seu poder e suas relações políticas. O ex-presidente e fundador da Globo
Roberto Marinho foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a
Charles Foster Kane, personagem criado em 1941 por Orson Welles para Cidadão Kane, um drama
de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos
Estados Unidos. Segundo o documentário, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira de
notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme.

“Falcão, Os Meninos do tráfico” de MV Bill


Documentário do cantor MV Bill sobre o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro, e o terrível
envolvimento de crianças e jovens com o mundo das armas, drogas e mortes. Além de uma visão
dentro do “mundo do crime”, o filme é um alerta para a degradação da vida de milhares de pessoas
que estão matando e morrendo diariamente nas mãos de um sistema inumano, o que gera para a
parte “boa” da sociedade contra-efeitos explosivos.

Ato de Fé, (Angelo Rampazzo, 2004)


O filme narra fatos já bem conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de
seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário, sobretudo sobre as torturas
sofiridas pelos freis dominicanos e sua relação com Carlos Marighela.
O Velho, (Tony Venturi, 1997)
Uma história cinematográfica das esquerdas brasileiras. A trajetória de Luiz Carlos
Prestes, recontada por ele mesmo e por uma constelação de parentes, contemporâneos e
também desafetos, lança uma luz particular sobre oito décadas da vida política brasileira.
O filme se vale ainda de uma notável compilação de materiais de arquivo, muitos
desconhecidos até então, e de curtas vinhetas ficcionais. No meio de tudo, as virtudes e
os pecados de um líder que agitou as paixões no país, apesar de sua missão ter ficado
sempre confinada às ante-salas da esperança.

A Igreja dos Oprimidos” de Jorge Bodansky & Helena Salem


"Igreja dos Oprimidos" é um documentário que,conta várias histórias: da luta dos trabalhadores rurais
de Conceição para recuperar seu sindicato; de dona Mariquinha, viúva de um posseiro assassinado e
seu milagroso esforço para sobreviver com os seis filhos; de Rosa e o trabalho comunitário no bairro
de Olaria; do camponês Pé de Ouro e sua família vivendo na mais extrema miséria; de Oneide, a
viúva de Gringo, o líder rural morto por pistoleiros quando disputava em 1980 a presidência do
Sindicato de Conceição etc..

O País de São Saruê" de Vladimir Carvalho


Documentário sobre a região sertaneja do Rio do Peixe (localizada no polígono nordestino da
seca, região fronteiriça entre Paraíba, Pernambuco e Ceará) e a evolução de suas atividades
econômicas. Inspirado no título de um cordel do conhecido autor paraibano Manoel Camilo dos
Santos, O País de São Saruê é um filme denso sobre a relação do homem e a terra. As imagens
realistas e as dificuldades da sobrevivência no sertão surgem de modo particularmente forte na
tela. Finalizado em 1971, foi proibido e liberado pelos órgãos de censura apenas em 1979.
Quase dois irmãos” de Lúcia Murat
Miguel é um senador que decide reencontrar Jorge, um antigo amigo de infância e atualmente
poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para negociar um projeto social nas favelas. De
origens diferentes, eles se tornaram amigos na década de 1950. Nos anos 70, reencontraram-se na
prisão de Ilha Grande, onde os brancos eram prisioneiros políticos e os negros, criminosos comuns.

“Cronicamente Inviável” de Sergio Bianchi


Tendo como pano de fundo trechos de vida de seis personagens, o filme mostra a árdua tarefa de
sobreviver física e mentalmente em meio ao caos da sociedade brasileira; dificuldade esta que
atinge a todos independentemente da posição social ou da postura assumida.

Olga , Jaime Monjardim O filme retrata uma grande história


de amor, em todos os sentidos: a luta; os ideais; o marido; a
maternidade. Da infância burguesa na Alemanha à morte numa
das câmaras de gás de Hitler, as imagens retratam a alma de
uma revolucionária que descobriu o amor e a crueldade no Brasil,
onde Olga Benario casou-se com Luís Carlos Prestes, engravidou
e foi entregue por Getúlio Vargas aos nazistas.
Os Libertários- Lauro Escorel Filho O filme descreve apoiado em fotos e músicas
da época a influência do movimento anarquista na conscientização do nascente
operariado brasileiro, em fins do século XIX e início do século XX. Nesse tempo, no
estado de São Paulo, o acelerado processo de industrialização forma um proletariado
urbano, com marcada presença de imigrantes italianos de formação anarquista.
Organizados, conseguem expandir seu movimento e promover as primeiras greves, a
fim de obter acordos e melhores condições de trabalho. Após 1917, os efeitos da
Revolução comunista ocorrida na Rússia exacerbam a repressão contra o anarquismo
e o movimento se extingue com a prisão e deportação de seus principais líderes.

Os anos JK – Silvio Tendler - 1954: suicídio de Getúlio Vargas. 1955: crise política
ameaça a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. 1956: JK assume a
presidência. Promete democracia e desenvolvimento. Supera crises e crises. Começa a
construção de Brasília. Brasil muda de tom. 1960: JK inaugura Brasília. 1961: JK dá
posse a seu sucesso Jânio Quadros. Sete meses depois Jânio renuncia. Crise. 1964:
Golpe Militar instaura ditadura. JK é cassado. Dez anos de história. Muitas crises. O
governo JK é um exercício de democracia. O Brasil ferve. Os anos JK. Ver para não
esquecer. Margarida de Prata, CNBB Festival de Gramado - Melhor Montagem, Prêmio
Especial do Júri, Associação Paulista de Críticos de Arte - Melhor Montagem
Preto Contra Branco” de Wagner Morales
Uma tradição de quase 32 anos e praticamente desconhecida na capital paulista é o ponto de
partida do documentário Preto contra Branco, que discute o preconceito racial no Brasil usando
como referência uma partida tradicional de futebol de várzea com moradores de dois bairros de
São Paulo. Detalhe: é um jogo de pretos contra brancos. Desde 1972, um grupo de moradores
do bairro de São João Clímaco e da favela de Heliópolis, na zona sul da capital, organizam um
jogo de futebol de brancos contra pretos em um campo de várzea, no final de semana que
antecede ao Natal. Em uma comunidade altamente miscigenada, composta basicamente por
mulatos, a peculiaridade da partida é a auto-atribuição da raça pelo participante. Cada jogador
se declara negro ou branco e "escolhe seu time". O documentário também investiga a disputa
espacial e as noções de prioridade numa comunidade carente.

Quanto vale ou é por quilo?” de Sergio Bianchi


Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas,
no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada
pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época
da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de
terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a
miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também
são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema
nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um
país em permanente crise de valores.
Morte e Vida Severina ” de Zelito Viana
Morte e Vida Severina é um filme brasileiro de 1977, escrito e dirigido por Zelito Viana, baseado no
auto homônimo de João Cabral de Melo Neto. A obra tem caráter religioso, tanto que o subtítulo da
obra é "auto de natal pernambucano", apresentando também caráter regionalista. Escrito em
versos curtos, o poema mantém ritmo rápido e agradável sem perder a musicalidade. A obra
merece destaque, pois procura denunciar os males vividos pelo nordestino na luta contra a miséria,
a doença e a morte. Assim vive Severino, cercado de morte e sofrimento por todos os locais por
onde passa. A obra segue dois movimentos: a morte e a vida que é acompanhada pela dor e só no
final, com o nascimento do filho de um carpinteiro, surge a esperança. Realizando a fusão de tons
e ritmos da poesia popular com a densidade e riqueza estrutural, a obra de João Cabral de Melo
Neto pode ser considerada um dos momentos mais altos da nossa literatura moderna.

Narradores de Javé" de Eliane Caffé


Moradores de Javé, povoado ameaçado de extinção - pois será encoberto pelas águas de nova
hidrelétrica - se unem para reconstruir, com testemunhos da memória oral, sua história. O fazem
com muito humor e picardia, ora com grandeza épica, ora com deboche. O presepeiro Antônio Biá
faz as vezes de um Homero sertanejo.

O prisioneiro da grade de ferro” de Paulo Sacramento


Um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, detentos aprendem a utilizar
câmeras e documentam o cotidiano do maior presídio da América Latina.
"O Longo Amanhecer" José Mariani
O Longo Amanhecer, de José Mariani, é um documentário sobre um dos mais
importantes pensadores brasileiros, o economista Celso Furtado. O filme faz uma
investigação sobre a atualidade de seu pensamento. Além disso, resulta também
num painel bastante instigante sobre o próprio Brasil e sua história recente. Trata-se
de um filme sensível e questionador dos modelos brasileiros de construção da
nação.

Ônibus 174” de José Padilha

Um documentário baseado em fatos reais, do drama acontecido no Rio de Janeiro com a linha
174 HUMAITA. No dia 12 de junho de 2000, um ônibus cheio de passageiros é seqüestrado no
Rio de Janeiro, em plena luz do dia. O seqüestrador, Sandro do Nascimento, aterroriza suas
vítimas durante 4 horas e meia enquanto todo o país assiste ao drama levado ao vivo pela TV
brasileira. Baseado numa extensa pesquisa sobre a cobertura do crime, com entrevistas e
documentos oficiais, ÔNIBUS 174 é uma investigação cuidadosa do seqüestro - focalizando
Sandro do Nascimento, sua infância, e como ele inevitavelmente estava destinado a se tornar
um bandido
"Chico Mendes - Eu quero viver” de Adrian Cowell
Entrevista concedida à Associação dos Geógrafos Brasileiros em junho de 1988, onde Chico
Mendes fala sobre a história dos seringueiros desde o início do século, sobre sua luta, sobre
as várias ameaças de morte que recebeu. Resultado de seis anos de trabalho, o filme
registra a vida, a luta, a morte e o julgamento dos assassinos de um dos grandes defensores
da ecologia.

“Getúlio Vargas” de Ana Carolina Teixeira Soares


Mostra o Brasil dos anos 30 a 50, com fatos marcantes como o suicídio de Vargas e a
participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. O filme se inicia
com a leitura da famosa carta testamento de Vargas, na voz de Paulo César Peréio, contando
também com música original de Jards Macalé. As imagens são montagens de antigos jornais
cinematográficos produzidos pelo então DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Um
filme extremamente atual para a discussão do populismo varguista e sua herança nos dias de
hoje.
“Entre Muros e Favelas” de k Kraak, A Trever e TV Tagarela
Impressionante documentário sobre a vida e a morte nas favelas do Rio de Janeiro. Apresenta a violência
policial e a violência do tráfico como dois lados de uma mesma moeda: a guerra contra os pobres. O vídeo conta
com depoimentos de representantes de ONGs e movimentos sociais, aos quais se somam as emocionantes falas
de parentes e amigos de vitimas da violência. Violência esta que tem cor, classe e idade, já que a grande
maioria de mortos e feridos são jovens, negros e pobres. O cenário do documentário são as próprias ruas e
becos dos morros cariocas, onde residem mais de 20% da população da cidade.O filme desnuda o papel do
Estado, presente nessas localidades apenas através da violência policial, e revela como essa ausência dificulta a
organização dessas comunidades e prejudica suas lutas. Denuncia ainda o medo e o preconceito difundidos pela
mídia em relação aos que moram em favelas, tratados como “classes perigosas”, o que estimula a continuidade
dessa verdadeira barbárie. Entre Muros e Favelas tem, entre outras, a virtude de conseguir politizar a questão
da violência, uma denúncia da nossa realidade. É uma imagem da resistência dos que se opõem a esse
massacre, especialmente das mães que perderam seus filhos, pois dá voz àqueles que normalmente são
calados.

“O Cárcere e a Rua ” de Liliana Sulzbach


Corajoso e emocionante, O Cárcere e a Rua narra a história de três mulheres marcadas pelo
destino. Cláudia é a presidiária mais antiga e respeitada da Penitenciária Madre Pelletier, em
Porto Alegre. A que dá ordens e protege. Protege, por exemplo, a jovem Daniela, que corre risco
de vida por ser acusada de ter matado o próprio filho. Mas Cláudia, assim como Betânia, deve
deixar a penitenciária em breve. Daniela terá que se defender sozinha. Cláudia sai em busca do
filho. Betânia sente a tentação de deixar de lado do regime semi-aberto para viver a liberdade
em companhia de um novo amor.
Inclui o média-metragem A Invenção da Infância, vencedor de 19 prêmios. De forma
contundente, mostra como a infância está sendo ameaçada pelas demandas do mundo
contemporâneo. Definitivamente, ser criança não significa ter infância.
Sobre a AMÉRICA CENTRAL:

Sob fogo cerrado (Under fire; 1983, EUA, direção: Roger Spottiswoode)
– Com base em fatos reais, enfoca os momentos finais da ditadura Somoza na
Nicarágua em 1979. Jornalistas norte-americanos acompanham os conflitos entre o
governo e as forças sandinistas. Por isso, também discute o papel da imprensa neste
tipo de conflito.

Bananas (Bananas; 1971, EUA, direção: Woody Allen) – Comédia com Allen
que satiriza os revolucionários e os ditadores de países da América Latina. Piloto de
testes em eletrônica, vai para um país da América Latina, torna-se líder de revolução e
enfrenta situações inusitadas.

Walker: uma aventura na Nicarágua (Walker; 1988, EUA, direção:


Alex Cox) – Mostra o expansionismo dos EUA na América Central no século XIX,
quando um médico, advogado e jornalista estadunidense comanda um exército de
mercenários a mando de um magnata e se faz eleger presidente da Nicarágua.

El Salvador: o martírio de um povo (Salvador; 1986, EUA, direção:


Oliver Stone) – A experiência de um jornalista (Richard Boyle) nos EUA durante a
guerra civil em El Salvador em 1980/81. Bastante fiel aos fatos, mostrando como o
povo era tratado pelo regime militar do país. Permite discutir o papel das elites terceiro-
mundistas na manutenção do atraso econômico, político e social.
O salário do medo (Le Salaire de la Peur; 1953, França/Itália,
direção: Henri-Georges Clouzot) – Quatro homens levam explosivos por
precárias estradas da América Central. Retrato da desesperança de imigrantes
europeus diante das precárias condições de Honduras, ao lado do imperialismo
estadunidense na explotação dos recursos naturais de países pobres.

Viva Zapata (Viva Zapata; 1952, EUA, direção: Elia Kazan) – Um


grupo de lavradores vai até o presidente do México afirmando que
suas terras foram roubadas; entre eles, Emiliano Zapata, que se
torna guerrilheiro e tem uma grande importância na vida política
do México.
Guantanamera – Tomás Gutierrez Durante crise de combustível em
Cuba, burocrata decide mostrar como resolver o problema do transporte
de defuntos na ilha, empreendendo cômica viagem rumo a Havana, para
levar o cadáver da tia de sua esposa

"Eu Sou Cuba" de Mikhail Kalatozov


O filme mostra imagens dos revolucionários cubanos que lutavam contra a opressão do
governo de Fulgêncio Batista. É uma retratação, com caráter documental, da resistência
cubana nas montanhas de Sierra Madre. O filme chama atenção pela virtuosidade estética, ao
distorcer as imagens em lentes grande-angulares, além de utilizar belíssimos planos-
seqüências.
Estrada para Guantánamo” de Michael Winterbottom, Mat Whitecross
O drama real de quatro jovens ingleses de origem paquistanesa, moradores da cidade de Tripton,
Inglaterra. Confundidos com terroristas, eles são arbitrariamente presos na base naval de
Guantanamo, em Cuba. Em 2001, o jovem Asif viaja à terra natal dos pais para conhecer sua noiva,
levando consigo os amigos Ruhel, Shafiq e Monir. Atendendo ao apelo de um líder muçulmano local,
eles partem como voluntários para o Afeganistão. Mas não conseguem retornar e são capturados
pelas forças aliadas. Encarcerados em Guantanamo durante dois anos e meio, passam por toda sorte
de tortura e humilhação. Com locações reais no Paquistão e no Afeganistão, as cenas ambientadas
em Guantanamo foram rodadas no Irã. O filme explora a linguagem do "docudrama", transitando no
limite entre o documental e a recriação dramática.

Fidel” de David Attwood


Controversa minissérie que relata a vida do revolucionário líder cubano, Fidel Castro. Desde sua
infância até o triunfo de sua revolução em Cuba. Uma obra atual com Víctor Hugo Martin como
Fidel e Gael García Bernal como Che Guevara. Com garbo militar e um charuto, Fidel Castro é um
verdadeiro ícone da rebeldia. Uma figura controversa que subiu ao poder em Cuba e que durante
décadas dirigiu o país com punho forte, forçando o mundo inteiro a reconhecê-lo como uma figura
política. Esta minissérie reveladora retrata o verdadeiro homem, desde sua infância até seu
encarceramento durante o regime de Fulgencio Batista, por fomentar a dissidência e lançar-se com
a revolução que finalmente triunfou em Cuba
Salvador – o martírio de um povo” de Oliver Stone
Estamos em 1980. Jovens, mulheres e crianças estão sendo brutalmente assassinados em
uma sangrenta guerra civil em El Salvador. É um cenário horrível...mas perfeito para
Richard Boyle, um desregrado jornalista fotográfico, cuja carreira precisa de um novo
impulso. Armado com sua câmera, Boyle une-se às linhas de frente do combate em uma
tentativa de capturar imagens atrozes, porém valiosas, da dor e do horror. Mas a cada
foto que ele tira, ele percebe um lado trágico humanitário que incendeia sua compaixão
há muito encrudecida. E inesperadamente ele descobre algo que irá mudá-lo para
sempre: sua alma.

A Culpa é do Fidel" de Julie Gavras


Anna (Nina Kervel-Bey) tem nove anos e vive uma vida tranqüila e confortável com seus pais, Marie
(Julie Depardieu) e Fernando (Stefano Accorsi), sua babá e seu irmão caçula, François (Benjamin
Feuillet). Mas sua vida bem organizada irá se complicar com a prisão de um tio espanhol, que era
comunista convicto, e uma visita ao Chile do recém-eleito Salvador Allende.
México Rebelde"
Este documentário vai ao interior do estado de Chiapas, no México, para detalhar e denunciar a situação de
penúria, abandono e violência contra as comunidades indígenas e pobres, que começaram á se levantarem
através do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional). Além da extrema pobreza, o povo mexicano das
áreas como Chipas, ainda enfrenta a repressão sangrenta dos paramilitares que não exitam em assassinar
idosos, mulhreres e crianças. Mas, os zapatistas lutam contra essa opressão, liderados pelo auto-intitulado
SubComandante Marcos e organizados em municípios “autônomos” e de “bom-governo”. Lutam pela terra, pelo
reconhecimento da diversidade das culturas indígenas e contra sua discriminação, além de fazerem parte do
denominado “povo de Porto Alegre” (em alusão ao Fórum Social Mundial de 2002) e por seus princípios
universalistas. Muitos jovens do mundo todo vão até Chiapas prestar apoio aos zapatistas, e estes não deixam
de lado uma nova ferramenta de luta: a internet.

Fidel - a história não contada" de Estela Bravo


Fidel Castro é uma das mais influentes e controversas figuras do nosso tempo. Este
documentário oferece uma oportunidade única para ver o homem através de entrevistas
exclusivas com o próprio Fidel. Traz entrevistas com historiadores, figuras públicas e amigos
íntimos, além de imagens do arquivo do Estado cubano. Alice Walker, Harry Belafonte, Sydney
Pollack discutem a personalidade do homem. Antigos e atuais personagens do governo dos EUA,
incluindo Arthur Schlesinger, Ramsey Clark, Wayne Smith, o congressista Charles Rangel e um
ex-agente da CIA mostram suas visões históricas e políticas sobre Fidel e sobre o longo embargo
contra Cuba. Os familiares e amigos íntimos, incluindo o escritor Gabriel Garcia Marquez,
oferecem uma janela para a vida pessoal de Fidel. O vemos nadando com os guardas, visitando
sua casa e escola de quando era criança, brincando com Nelson Mandela, Ted Turner e
Muhammad Ali, reunido comElian González, e comemorando o seu aniversário com os membros
do Buena Vista Social Club.Justapondo anedotas pessoais com a história da revolução cubana e a
luta para sobreviver ao período pós-soviético, "Fidel" narra uma história anteriormente não
contada e apresenta uma nova visão desta figura poderosa e irresistível.
Pão e Rosas” de Ken Loach
As irmãs Maya (Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo), mexicanas de sangue quente,
trabalham no serviço de limpeza de um prédio comercial no centro da cidade. O
destinou colocou Sam (Adrien Brody), apaixonado ativista americano, no seu
caminho, o que as leva a uma campanha guerrilheira contra seus patrões. A luta
ameaça seu sustento, a família e faz com que corram o risco de serem expulsas do
país.

Romero” de John Duiga


ROMERO é baseado na vida de Oscar Romero, um padre de El Salvador que se passou
de simples clérigo á um importante líder político do país. Romero lutava contra as
violações dos direitos humanos, e por isso transformou-se em um herói para o povo
salvadorenho. Com uma atuação excelente Raul Julia retrata o padre revolucionário, que
se esforça para lutar pela paz, contra a violenta opressão á qual seu povo estava
submetido. Romero transformou-se na voz dos milhares que eram forçados ao silêncio
pelas graves injustiças sociais e pela tortura, inspirando as pessoas de uma nação pobre
e arrasada á lutarem por seus direitos básicos, mesmo que sob a ameaça de prisão e de
assassinato. O filme traz um olhar profundo sobre a jornada espiritual de um homem,
sua busca por justiça e liberdade, num realidade dominada pela violência e opressão
política.
Sobre a AMÉRICA DO SUL

*Missing – O Desaparecido (Missing; 1982, EUA, direção: Costa-


Gravas) – A respeito do golpe de Pinochet no Chile em 1973; a procura de um pai
estadunidense por seu filho. Baseado em fatos reais, mostra esta tragédia latino-
americana e o dedo dos EUA na morte de Salvador Allende.

Chove sobre Santiago (Pleut sur Santiago; 1975, França/Bulgária,


direção: Helvio Soto) – Também sobre o golpe no Chile em 11 de setembro de
1973, quando um golpe militar derrubou Salvador Allende. O diretor é um exilado
chileno que rodou o filme na Bulgária e a trilha sonora de Astor Piazzola.

A História Oficial (La Historia Oficial; 1985, Argentina, direção: Luis


Puenzo) – A respeito de governos militares argentinos e os desaparecidos em razão
da repressão. Em 1983, um casal vive tranqüilo em Buenos Aires com a filha adotiva,
até a chegada de uma amiga exilada. Através da adoção de uma criança, mostra os
horrores do regime militar. Denúncia sobre os desaparecimentos ocorridos durante a
ditadura militar Argentina.
Sobre a AMÉRICA DO SUL

Estado de Sítio (Etat de Siège; 1973, França, direção: Costa-Gravas) – Sobre o


movimento guerrilheiro uruguaio Tupamaros. Uma mistura de diplomata-policial-espião (Dan
Mitrione – esteve no Brasil e chegou a ser indicado para nome de rua em Belo Horizonte)
vem à América Latina ensinar técnicas de perseguição e tortura contra opositores dos
regimes militares. Seu seqüestro e morte pelos Tupamaros é o fato que traz outros
elementos ao filme.

A Guerra contra a Democracia (The War on Democracy; 2007,


Inglaterra/Austrália, direção: John Pilger) Documentário que mostra, desde 1945, a
perseguição dos EUA contra a democracia, os seus esforços para conseguir viabilizar seus
interesses na América Latina. Possui imagens de golpes (ou de tentativas, como contra Hugo
Chavez em 2002), principalmente em República Dominicana, Guatemala, Venezuela, Chile,
Bolívia. Tem também entrevistas com pessoas comuns, pessoas torturadas, ex-agente da
CIA e outros. Importante para se saber um pouco a triste história da América Latina e para
conhecer um filme de contra-informação, de denúncia das falsidades colocadas pela mídia
oligopolizada. (96 minutos)

Iluminados pelo Fogo (Iluminados por el Fuego; 2005, Argentina/Espanha, direção:


Tristán Bauer) – O filme narra as recordações de um homem sobre a Guerra das Malvinas a
partir da tentativa de suicídio de um outro ex-combatente. No filme é possível perceber a
manipulação da ditadura militar, os horrores da guerra, a fome e o frio, a incapacidade
militar argentina, a convocação forçada etc. Entretanto, continua afirmando que as Ilhas
Malvinas pertencem à Argentina. 110 min.
Guerra do Chile Patricio Guzmán DISCO 1 A Batalha do Chile I - A insurreição da burguesia
(1975, P&B, 100')
DISCO 2 A Batalha do Chile II - O golpe de estado (1977, P&B, 90')
DISCO 3 A Batalha do Chile III - O poder popular (1979, P&B, 82')
Considerado um dos melhores e mais completos documentários políticos do mundo, A Batalha do Chile, de
Patrício Guzman (...).

Guzman vivia na Europa quando chegaram as notícias da subida ao poder da Unidade Popular,
aliança de partidos de esquerda que elegeu o presidente Salvador Allende no Chile do fim dos
anos 60. Entusiasmado, o cineasta voltou ao seu país e começou a gastar o que podia de rolos e
mais rolos de filme. Foi além dos temas espetaculares, filmando desde assembléias de fábricas,
passando por trabalhadores do campo, moradores de bairros construindo um abastecimento
alternativo, até militantes de direita. É um registro e uma análise bastante completa do que foi a
caminhada chilena pela via democrática ao socialismo, abordando temas difíceis como as
nacionalizações, o apoio ambíguo da presidência ao processo de construção do "poder popular"
que se dava com as ocupações de fábricas e latifúndios e a construção da participação direta
através de assembléias locais e regionais, e as contradições entre este poder popular e um
Estado que acabou paralisado pela maioria conservadora do Congresso e as ações de sabotagem
apoiadas pela CIA e pelas elites. Com o golpe em 1973, Guzman se refugiou em Cuba, onde
terminou de editar a terceira parte do documentário apenas em 1979. Foram praticamente 10
anos de trabalho.
O banheiro do Papa -direção: César Charlone , Enrique Fernández
1998, cidade de Melo, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. O local está
agitado, devido à visita em breve do Papa. Milhares de pessoas virão à
cidade, o que anima a população local, que vê o evento como uma
oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de papel,
souvenires, medalhas comemorativas e os mais diversos badulaques. Beto
(César Trancoso), um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde
as pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade
ele terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de
enfrentar sua esposa Carmen (Virginia Mendez) e o descontentamente de
Silvia (Virginia Ruiz), sua filha, que sonha em ser radialista.
"A Revolução Não Será Televisionada" de K. Bartley e D. O Briain
Documentário produzido pela BBC de Londres que mostra por dentro o golpe contra
Hugo Chavez na Venezuela. Os documentaristas estavam na hora dos incidentes e
registraram todas as etapas: desde a imensa mobilização popular constitucionalista á
favor do presidente eleito (Chávez), aos acontecimentos dentro do palácio
presidencial de Miraflores no momento do golpe e na posterior retomada do poder.

“Machuca” de Andrés Wood


Machuca é um filme chileno do ano de 2004. Sua história se passa em 1973, quando o Chile
vive uma situação conturbada, em pleno governo de Salvador Allende. Há passeatas em
defesa do seu governo, em defesa do socialismo, e outras, organizadas pela direita
nacionalista que quer retomar o poder. Gonzalo é um garoto de classe média-alta que estuda
no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado da capital, Santiago. O padre McEnroe, diretor do
colégio, pelo governo Allende, aplica uma política para que alunos pobres estudem no Saint
Patrick. Um deles é Pedro Machuca. A partir de uma briga na escola, surge uma amizade
entre os dois garotos. As aproximações e distanciamentos que ocorrem a partir da diferença
de classe dos meninos são a chave da trama. Um drama brilhante em torno da história do
Chile, que nos machuca, mas também nos faz refletir.
"Memórias do Subdesenvolvimento" de Tomás Gutiérrez Alea
Retrato lúcido e poético de Cuba no começo dos anos 60. É considerado um clássico do cinema
latino-americano. Oferece um olhar ao mesmo tempo carinhoso e crítico sobre os rumos da
revolução de Fidel Castro, narrado pelos olhos de Sérgio, um homem que aos 38 anos se vê
subitamente sozinho em Havana, depois que sua mulher e seus pais resolvem migrar para os
Estados Unidos. Ao acompanhar Sérgio, o espectador é convidado a passear pelas ruas da
capital cubana e a encontrar personagens reais, num filme que mistura com habilidade recursos
da ficção e do documentário.

"Memórias do Saque" de Fernando Sollanas


Um registro da histórica revolta dos argentinos em 2001. O filme faz a genealogia da pior crise da
história argentina e aponta os principais responsáveis por essa situação dramática. Em dezembro de
2001, os argentinos saíram às ruas para protestar contra o governo de Fernando de la Rúa, já que a
maior parte da população se encontrava em situação de penúria. Nas manifestações, que foram
reprimidas pelas forças policiais, 34 pessoas morreram e o presidente De la Rúa acabou
renunciando. As altas dívidas, o ultraliberalismo, a corrupção e as privatizações foram resultado de
uma política de terra arrasada empregada pelo presidente, com a ajuda de empresas multinacionais
e a cumplicidade de organizações internacionais, como o Banco Mundial e o FMI.
Situação dos EUA E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
NO PAÍS:

Sacco e Vanzetti (Sacco e Vanzetti; 1971, Itália, direção: Giuliano


Montaldo) – Sobre o julgamento de dois anarquistas nos EUA (Nicola Sacco e
Bartolomeo Vanzetti), acusados injustamente de assassinato em 1921 e condenados à
morte, mostrando a repressão existente no país .

A noite dos desesperados (They Shoot Horses, Don’t They?; 1969,


EUA, direção: Sidney Pollack) – Sobre a Depressão na década de 1930 nos EUA.
Uma visão crítica da sociedade estadunidense em um tempo de crise, através de um
casal que participa de concurso de dança.

As vinhas da Ira (The grapes of wrath, 1940, EUA, direção: John Ford)
– A ação ocorre no sul dos EUA, durante a crise provocada pela Depressão de 30,
quando a crise e seca forçaram agricultores do Meio-Oeste migrarem para a
Califórnia. Narra a trajetória de uma família, que na época da Depressão, foi levada a
abandonar sua terra e buscar formas de sobreviver. Uma adaptação do romance
homônimo de John Steinbeck, permite analisar o plantation e a questão social.
Situação dos EUA E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
NO PAÍS:

Bem vindos ao paraíso (Come see the paradise; 1990, EUA, direção:
Alan Parker) – Sindicalista, na década de 1930, tem problemas políticos e ao
apaixonar-se por uma descendente de japoneses viaja para um lugar em que o
casamento interétnico é permitido. Com a eclosão da 2ª Guerra, os japoneses e seus
descendentes nos EUA são confinados em uma espécie de campo de concentração.

O homem do prego (The Pawn Broken, 1964, EUA, direção: Sidney


Lumet) – Sobre o capitalismo, sobreviventes de campos nazistas, o Harlem e os
guetos.

O sol é para todos (To kill a Mocking-bird; 1962; EUA; direção: Robert
Mulligan) – Trata do racismo no sul dos EUA. Advogado branco no sul do país defende
negro acusado de violentar uma branca.

Mississipi em chamas (Mississipi Burning; 1968, EUA, direção: Alan


Parker) – Também sobre o racismo no sul dos Estados Unidos, em Kenosha, pequena
cidade de Mississipi. Dois agentes do FBI investigam o assassinato de três jovens ligados
ao movimento de defesa dos direitos civis. Baseado em fatos reais.
Situação dos EUA E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
NO PAÍS:

Todos os homens do presidente (All the President’s Men; 1976,


EUA, direção: Alan J. Pakula) – A respeito do Escândalo de Watergate,
durante o período Nixon. Dois jornalistas (Carl Bernstein e Bob Woodward) do
Washington Post investigam a invasão da sede do Partido Democrata durante a
campanha presidencial de 1972.

Os brutos também amam (Shane; 1953, EUA, direção: George


Stevens) – Sobre o bem e o mal. Um pistoleiro (Shane) que no passado matou
um homem e foi condenado a perambular pelo Oeste, chega a um vale e
transforma a vida dos pequenos agricultores contra um grande proprietário que
deseja confiscar as terras.

Rastros de ódio (The Searchers, 1956, EUA, direção: John Ford) –


Os conflitos entre brancos e índios no processo de expansão para o Oeste nos
EUA. Com locações no Monument Valley, um veterano confederado passa algum
tempo à procura de índios que mataram seu irmão e sua cunhada, e raptaram
sua sobrinha.
Situação dos EUA E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
NO PAÍS:

Pequeno Grande Homem (Little Big Man; 1970, EUA, direção: Arthur
Penn) – Conflitos nos EUA entre brancos e índios na expansão para o Oeste. Retrata a
vida de um índio, com 121 anos, o único sobrevivente do episódio do século XIX em
que os sioux venceram o general Custer junto ao riacho Little Big Horn.

Separados, mas iguais (Separate but equal; 1991, EUA, direção:


George Stevens, Jr.) – Trata da luta por direitos iguais por comunidade negra na
Carolina do Norte, na década de 1940, que levou a mudança na legislação .

Fahrenheit 11 de setembro (Fahrenheit 9/11; 2004, EUA, direção:


Michael Moore) – Documentário sobre como os EUA se tornaram alvo de ataques
terroristas a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Sicko (Sicko; 2007; EUA; Direção: Michael Moore) – Documentário sobre os


planos de saúde e a indústria farmacêutica nos EUA, mostrando a ganância dos
proprietários destes grupos e comparando com o sistema universal de saúde do
Canadá, da Inglaterra, da França e de Cuba. Mostra as dificuldades de pagamento pelas
pessoas quando ficam doentes.
Situação dos EUA E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
NO PAÍS:

Redacted (Redacted – Censurado; 2007; EUA/Canadá; Direção Brian


de Palma) – História baseada em um acontecimento da Guerra do Iraque, no qual
soldados estadunidenses estupraram e mataram uma garota de 15 anos em 2006,
além de mais três pessoas da mesma família. O desenrolar foi feito através de
colagem de imagens midiáticas. É uma das provas de que a verdade é uma das
primeiras vítimas de qualquer guerra.

Enterrem meu coração na curva do rio ( Bury my Heart at


Wounded Knee; 2007; EUA; direção Yves Simoneau) – Um relato do
processo de aculturação e, portanto, de destruição das identidades indígenas nos
EUA. Passa-se na segunda metade do século XIX, em um processo de
desmoralização, derrota e quase extinção das nações nativas. Inicia-se a partir da
vitória dos Sioux contra o exército do violento General Custer, em Little Big Horn. É
a história de, basicamente, três pessoas: Charles Eastman (índio aculturado), Touro
Sentado (chefe Lakota) e Henry Dawes (senador). Vale a pena. Duração: 133 min.
Malcom X” de Spike Lee DVD Duplo
Biografia do famoso líder afro-americano (Denzel Washington) que teve o pai, um pastor,
assassinado pela Klu Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Ele foi um malandro de rua
e enquanto esteve preso descobriu o islamismo. Malcolm faz sua conversão religiosa como um
discípulo messiânico de Elijah Mohammed (Al Freeman Jr.). Ele se torna um fervoroso orador
do movimento e se casa com Betty Shabazz (Angela Bassett). Malcolm X ora uma doutrina de
ódio contra o homem branco até que, anos mais tarde, quando fez uma peregrinação à Meca
abranda suas convicções. Foi nesta época que se converteu ao original islamismo e se tornou
um "Sunni Muslim", mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz, mas o esforço de quebrar
o rígido dogma da Nação Islã teve trágicos resultados.

Tiros em Columbine" de Michael Moore


O premiado diretor Michael Moore, revela neste filme o fascínio dos americanos por armas de
fogo, que desencadeiam em crimes horríveis como o de 1999 em uma escola pública em
Columbine, onde dois jovens entraram armados na biblioteca e mataram 12 colegas e 1 professor
se suicidando em seguida. Michael Moore na verdade, trás à tona a grande polêmica sobre o porte
de arma indiscriminado, perante uma nação que tira a vida de seu semelhante por motivos
medíocres e irrelevantes. Um filme premiadíssimo, para você entrar nesta discussão que, cada vez
mais, fica próxima da nossa realidade.
Panteras Negras” de Mario Van Peebles
Oakland, Califórnia, 1967. Huey Newton (Marcus Chong) e Bobby Seale (Courtney B. Vance)
são amigos, que formam um novo partido dedicado em proteger os negros das violentas
arbitrariedades dos policiais brancos. O Partido dos Panteras Negras de Autodefesa dá
almoço grátis para as crianças, educa a comunidade afro-americana em se conscientizar dos
seus direitos, faz o que pode para tirar das ruas os traficantes de drogas e enfrenta a polícia
de Oakland (que é extremamente racista) quando desrespeita os direitos civis dos negros. O
partido faz tudo isto sem transgredir alguma lei. Logo brancos conservadores começam se
sentir incomodados e planejam se livrar desta "ameaça", mesmo que tenham de
desrespeitar a lei.
Roger & Eu" de Michael Moore
Em 1989, Michael Moore - Vencedor do Oscar® 2003 de Melhor Documentário e do prêmio especial do Júri em
Cannes por Tiros em Columbine em 2002 -, debutou com louvor nas telas com Roger e Eu, uma pérola do cinema
independente. Moore, como um incansável e inabalável rolo compressor, tentou o que todo trabalhador sempre
sonhou em fazer: falar com quem manda. A cidade de Flint, no estado de Michigan, EUA, sempre girou em torno
do parque industrial da General Motors, lá instalado. Por isso, a decisão de empresa de remover a fábrica de lá,
em meados da década de 80, trouxe desemprego e pobreza a região. A jornada de Moore, cidadão de Flint, para
encontrar o presidente de GM, Roger Smith e convencê-lo a visitar a cidede criou um filme bem humorado, ácido
e devastador, Roger e Eu ironiza e América corporativa de maneira aguda e "cotovelar', Com um ritmo ágil e
alcance vasto, o cinema de Moore é uma verdadeira metralhadora. Simplesmente hilário.

“Mundo Cola” - de Irene Angelico


A história por trás da bebida nº 1 do mundo, mais consumida até que a água. O poder de
influenciar comportamentos inserindo o estilo de vida estadunidense, a relação com a política
(com guerras ou com a paz a empresa sempre se aproveitou das situações), e a influência
em fatos históricos do séc. XX fazem a Coca-Cola ser muito mais do que uma empresa de
bebidas. Como um líquido 99% composto por água com açúcar pode transformar culturas e
influenciar a vida de bilhões de pessoas? Em Mundo-Cola,descubra como um elixir medicinal,
inventado por um farmacêutico dependente de morfina, transformou-se na bebida mais
adorada em todo o planeta. Conheça as espertíssimas estratégias de marketing (desde a
invenção do Papai Noel ás gigantescas campanhas internacionais) que fazem a Coca-Cola ser
consumida mais de 900 milhões de vezes por dia, e saiba como você pode ter sido
influenciado por ela, sem nem ter se dado conta.
"Enron: os caras mais espertos da classe" de Alex Gibney
A história por trás do famoso escândalo da multinacional americana Enron.
O filme examina o escândalo da contabilidade da Enron e revela a psicologia da ganância e da
corrupção corporativa que facilitou a ascensão da companhia no poder, (e também sua queda).
Quando a Enron faliu em 2001, seus diretores principais ficaram milionários, mas depois
enfrentaram julgamentos e sentenças de prisão. Por outro lado, muitos funcionários e investidores
ficaram com nada, nem mesmo suas aposentadorias. Mostrando a cara da nova economia dos anos
90 (quando os livros de auto-ajuda mostravam como ficar rico), o filme revela como não apenas a
Enron sozinha, mas uma rede de banqueiros, comerciantes, e contabilistas fecharam os olhos para
os números claramente suspeitos da companhia. O CEO Ken Lay e os chefões Jeff Skilling e Andy
Fastow do alto escalão da empresa dão entrevistas cândidas que ilustram sua habilidade em
rebater perguntas críticas e com egoísmo defendem o sucesso da companhia. Um documentário
notável que revela uma história de corrupção e falência fraudulenta, onde os capitalistas mostram
em que são “mais espertos
A respeito da EUROPA em geral

O Nome da Rosa (The Name of the Rose; 1986,


Itália/Alemanha/França, direção: Jean-Jacques Annaud) – Durante a Itália
Medieval, um monge é chamado para solucionar um crime que abala uma
abadia.Com base no livro homônimo de Umberto Eco, possui uma boa
reconstituição da época.

Por quem os sinos dobram (For Whom the Bell Tolls; 1943, EUA,
direção: Sam Wood) – Sobre a Guerra Civil Espanhola (1936-39). Um
professor estadunidense, membro das Brigadas Internacionais, se apaixona por
uma camponesa. Adaptação de livro homônimo de Ernest Hemingway.

A insustentável leveza do ser (The Unbearable Lightness of


Being; 1988, EUA, direção: Philip Kaufman) – Tema pouco tratado; este
filme possui uma ambientação em plena Primavera de Praga, em 1968. Com base
no livro de Milan Kundera, tem como eixo a história de um jovem cirurgião que
mantém um romance com uma artista plástica.
A respeito da EUROPA em geral

Terra e Liberdade (Land and freedom; 1994, Alemanha, direção:


Ken Load) – Guerra Civil espanhola. Na década de 30, inglês vai à Espanha para
lutar contra o franquismo. Filme relata as divergências das organizações de
esquerda.

Terra de ninguém (No men’s land; 2001, França/Itália, direção:


Danis Tanovic) – Soldados inimigos, um bósnio e um sérvio, estão em
trincheiras já abandonadas durante a guerra em 1993.

Julgamentos de Guerra (Hunt for Justice; 2005,


Canadá/Alemanha; direção: Charles Binamé) – Este filme – baseado em
fatos reais – relata a investigação do Tribunal de Crimes de Guerra da ONU
(localizado em Haia) relativa à Guerra dos Bálcãs e de Kosovo. Mostra a oposição
de colegas, de militares da OTAN e de autoridades locais à atuação da canadense
Louise Arbour. Termina com o indiciamento do presidente iugoslavo Slobodan
Milosevic. Importante para ver como funciona a política internacional.
“Antes da revolução” de Bernardo Bertolucci
Antes da Revolução é um filme emblemático sobre a juventude revolucionária dos anos 60 e
a primeira obra-prima do mestre Bernardo Bertolucci ( Os Sonhadores). Parma, 1964.
Fabrizio, um jovem de 22 anos, passa por uma fase de indecisão política e afetiva. Apesar
de renegar a burguesia, não se sente à vontade no movimento revolucionário, pois se
considera à frente das ideologias da esquerda. Ao mesmo tempo, vive um amor conturbado
com sua tia.

Edukators" de Hans Weingartner


Três jovens idealistas realizam protestos pacíficos, invadindo a casa de pessoas ricas para trocar
os móveis de lugar e deixar mensagens de protestos. Numa de suas ações um deles esquece um
celular, o que faz com que tenham que retornar ao local no dia seguinte. Porém o que eles não
contavam era em encontrar presente o dono da casa. Com Daniel Brühl.
Sobre FEUDALISMO NO JAPÃO e a
REVOLUÇÃO CHINESA

Ran (Ran; 1985, Japão/França, direção: Akira Kurosawa) – É uma adaptação


de Rei Lear, de Shakespeare. Na Idade Média, um chefe de clã divide a fortuna entre
os filhos em vez de nomear um sucessor. As rivalidades decorrentes acabam por traçar
características ditas feudais do Japão.

Os sete samurais (Shichinin no Samurai; 1954; Japão; direção: Akira


Kurosawa) – Também sobre o feudalismo no Japão; no século XVI, um veterano
lidera sete samurais para defender uma aldeia constantemente saqueada.

Shogun (Shogun; 1980, EUA, direção: Jerry London) – No século XVII, um


aventureiro holandês se torna samurai e ajuda o senhor feudal (daymio) em sua luta
para receber o título de xogum (chefe militar). Ajuda na caracterização do feudalismo
japonês.

O último imperador (The Last Emperor. 1987, EUA/Itália/Inglaterra,


direção: Bernardo
Bertolucci) – História de Pu Yi (o último imperador da China e declarado aos três
anos, em 1908) que cresceu confinado na Cidade Proibida (em Pequim) e foi um
monarca fantoche durante a IIª Guerra.
Sobre a UNIFICAÇÃO ITALIANA
E O CAPITALISMO NO PAÍS:

O leopardo (Il Gattopardo; 1963, Itália; direção: Luchino Visconti) – Saga


de uma família durante a Unificação Italiana. Um retrato da decadência da nobreza
siciliana e sua adaptação aos novos tempos.

Garibaldi (Viva L’Italia; 1961, Itália/França, dir: Roberto Rosselini) – Sobre


a Unificação Italiana.

A árvore dos tamancos (L’Albero degli zoccoli, 1978, Itália, direção:


Ermano Olmi) – Palma de Ouro em Cannes 1978. Trata da vida de famílias
camponesas na Lombardia/Itália, no início do século XIX, quando as transformações do
campo foram aceleradas pelo capitalismo
.
1900 (Novecento; 1977, Itália/França/Alemanha, dir: Bernardo Bertolucci)
– Sobre a Itália no século XX e o capitalismo. Dois jovens (um camponês e outro,
herdeiro de latifundiários) seguem rumos diferentes durante a 1ª Guerra Mundial.
Depois, durante a ascensão do fascismo, percebem que a amizade entre eles não é
mais possível.
Sobre a UNIFICAÇÃO ITALIANA
E O CAPITALISMO NO PAÍS:

Pai Patrão (Padre Padrone; 1977, Itália, Direção: Paolo


Taviani e Vittorio Taviani) – Sobre a Itália e o capitalismo no país. Narra
a vida do escritor italiano Gavino Ledda, de sua infância pobre, oprimido pela
ignorância do pai, suas viagens e o retorno à aldeia natal.

O caso Mattei (Il Caso Mattei; 1972, Itália, direção:


Francesco Rosi) – Sobre a política do petróleo, com destaque para a
atuação das Sete Irmãs.
Sobre a SOCIEDADE MODERNA

Metrópolis (Metropolis; 1926, Alemanha, direção: Fritz Lang) – Relata a


massificação por que passam os funcionários de uma fábrica. Passa-se no século XXI,
os trabalhadores vivem em subterrâneos, veneram como santa uma jovem chamada
Maria; um clone da mesma os incita contra os patrões
.
2001, uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey; 1968,
Inglaterra, direção: Stanley Kubrick) – A relação homem-máquina chegando ao
ponto limite. Durante uma viagem a Júpiter – cujo objetivo era investigar um
misterioso monólito –, um computador (HAL 9000) tenta assumir o controle e começa
a eliminar a tripulação.

Blade Runner, o caçador de andróides (Blade Runner; 1982, EUA,


direção: Ridley Scott) – Em uma Los Angeles do século XXI, superpovoada e
cinzenta, um ex-policial é encarregado de destruir “replicantes”. Importante sobre a
perspectiva de futuro da humanidade.
Sobre a SOCIEDADE MODERNA

Denise está chamando (Denise calls up, EUA, 1995, direção: Hal
Salwen) – Retrata de forma crítica e bem humorada o impacto das novas tecnologias
no dia-a-dia das pessoas. Um filme do atual período de globalização. Relações
interpessoais que passam a ser virtuais. Quanto mais a tecnologia facilita o contato,
mais ela afasta as pessoas; quanto maior a produtividade, menos tempo para o lazer.

Fahrenheit 451 (Fahrenheit 451; 1966, Inglaterra, direção: François


Truffaut) – Uma declaração de amor à liberdade de expressão e aos livros .

Powaqqatsi – Vida em Transformação (Powaqqatsi; 1988, EUA,


direção: Godfrey Reggio) – Imagens e sons reconstruindo a diversidade cultural e
social do mundo. Uma continuação de Koyaanisqatsi, com destaque para o movimento
de massas.O garimpo de Serra Pelada aparece logo no início .

The Corporation (The Corporation; 2004, EUA, direção: Mark Achbar,


Jennifer Abbot e Joel Bakar) – Documentário que faz uma análise sobre o poder
das grandes corporações. A partir da decisão da Suprema Corte de Justiça dos EUA
concluindo que uma corporação, aos olhos da lei, é uma "pessoa", são analisados os
poderes das grandes corporações no mundo atual. A exploração da mão-de-obra
barata no Terceiro Mundo e a devastação do meio ambiente são alguns dos fatos
tratados.
Sobre a SOCIEDADE MODERNA

Encontro com Milton Santos: ou o Mundo Global visto do Lado


de Cá (2006; Caliban/Brasil; direção: Sílvio Tendler) – Aborda a globalização sob a
perspectiva dos mais pobres. Tendo como base uma entrevista em 2001 com o geógrafo
Milton Santos, na qual ele afirma que a informação é o coração da globalização. E que
através dos sistemas de informação e comunicação as grandes empresas estabelecem os
seus domínios. Entretanto, diz que através da informação, quando a sua utilização for
democratizada, pode-se dar a mudança rumo a um futuro mais humano. Imagens
mostram o conflito entre ricos e pobres, entre grandes empresas e ¾ da população
mundial. Ilustram esse novo conflito: a nova divisão internacional do trabalho, com a
exploração de mão-de-obra barata; os muros que separam os países pobres dos ricos; a
privatização de setores estratégicos, como a água.

Cidade do Silêncio (Bordertown; 2006; EUA; direção: Gregory Nava) – Mão-de-


obra barata, isenção de impostos, legislação ambiental deficiente e ausência de
sindicatos combativos fizeram do norte do México um paraíso para as grandes empresas
(maquilladoras). Contratam, predominantemente, mão-de-obra feminina. Este filme,
inspirado em fatos reais, trata do estupro e do assassinato de milhares de mulheres em
Juarez (norte do México, junto à fronteira com os EUA), das tentativas do governo de
escondê-los, da influência do NAFTA e de outros aspectos. Interessante para caracterizar
as condições femininas de trabalho nas maquilladoras e o resultado que pode ocorrer se
implantarem a ALCA.
"Milton santos: Por uma outra Globalização" de Silvio Tendler Milton Santos é
um intelectual que, por suas idéias e práticas, inspira o debate sobre a sociedade brasileira e a
construção de um novo mundo. A partir da geografia, realiza uma leitura do mundo
contemporâneo que revela as diversas faces do fenômeno da globalização: suas fábulas, seus
malefícios e suas possibilidades. Ao desnudar os processos que engendram as perversidades
deste mundo global 'confuso e confusamente percebido', torna-se evidente que sua sustentação
só se dá devido à imposição de um pensamento único. Na evidência dos paradoxos que
constituem esta globalização, Milton Santos enxerga as possibilidades, já em andamento, de
construção de uma outra realidade. Inova, portanto, quando, ao invés de se colocar contra a
globalização, propõe e aponta caminhos para uma outra globalização.

Alphaville” de Jean-Luc Godard

A população da cidade futurista de Alphaville é dominada pelo computador


Alpha 60 que aboliu os sentimentos. O agente Lemmy Caution é enviado à
cidade com a missão de encontrar seu inventor, o Professor Von Braun, e
convencê-lo a destruir a máquina.
Sobre a SOCIEDADE MODERNA (Tecnológica)

O Futuro da Comida (The Future of Food; 2004; EUA;


direção: Deborah Kooms Garcia) – Um filme-documentário, que
discute bem como a política, o sistema judiciário dos EUA e as
multinacionais ocidentais, como a Monsanto, estão procurando controlar o
sistema alimentar do mundo, conseguindo patentes de plantas alimentícias,
empurrando-nos alimentos transgênicos, sendo as proprietárias de
defensivos e de sementes específicas, e mudando nossa alimentação.
Estamos perdendo a diversidade genética e também a diversidade
intelectual. Se você é interessado na atuação das “corporations”, vale a
pena assistir. Aproximadamente: 88 min.
CARACTERÍSTICAS CULTURAIS E RELIGIOSAS:

O pagador de promessas (1962, Brasil, direção: Anselmo Duarte)


– Um filme que trata do pagamento de uma promessa feita a Iansã em um
terreiro por ter curado um burro; precisa levar uma cruz até a igreja de Santa
Bárbara em Salvador e a colocar dentro da igreja. Ali enfrentou a oposição do
vigário e de outras autoridades. Baseado em peça de Dias Gomes, é um filme
sobre o sincretismo religioso, o confronto entre o catolicismo e o candomblé, e
uma crítica a imprensa, polícia e Igreja Católica.

Um violonista no telhado (Fidler on the Roof, 1971, EUA, direção:


Norman Jewison) – Em filme confuso, uma família de judeus russos
camponeses é discriminada e expulsa durante a Rússia revolucionária, por tentar
manter as suas tradições.

Tenda dos Milagres (1977, Brasil, direção: Nelson Pereira dos


Santos) – Um filme feito com os atrativos do Brasil; apesar do filme ser fraco,
sincretismo religioso, marginalidade e preconceito são abordados.
“O Povo Brasileiro” de Isa Grinspum Ferraz DVD Duplo
O antropólogo Darcy Ribeiro (1913-1997) foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século
XX. Esse DVD duplo traz todos os 10 programas da elogiada série baseada na obra central de
Darcy: O Povo Brasileiro, em que o autor responde à questão "quem são os brasileiros?",
investigando a formação do nosso povo. Conta com a participação de Chico Buarque, Tom Zé,
Antônio Cândido, Aziz Ab´Saber, Paulo Vanzolini, Gilberto Gil, Hermano Vianna, entre outras
personalidades. O Povo Brasileiro é uma recriação da narrativa de Darcy Ribeiro, e discute a
formação dos brasileiros, sua origem mestiça e a singularidade do sincretismo cultural que dela
resultou. Com imagens captadas em todo o Brasil, material de arquivo raro e depoimentos, a
série é um programa indispensável para educadores, estudantes

"Raízes do Brasil" de Nelson Pereira dos Santos DVD Duplo

Raízes do Brasil traça um percurso afetivo e histórico de Sérgio Buarque de Holanda. O


historiador Sérgio Buarque de Holanda, retratado pelas lentes de Nelson Pereira dos
Santos, vivia submerso no universo de seus livros, mas deixava a porta do escritório aberta
para ouvir os ruídos da casa e as eventuais fofocas. Era extremamente dedicado ao
trabalho e ao mesmo tempo adorava a boemia e um papo com os amigos. Erudito,
brincalhão e devorador de livros, sua historia é contada no filme pela família, amigos e
através de uma cronologia que ele próprio escreveu.
"Opus Dei - uma cruzada silenciosa" de Marcela Said Cares e Jean de Certau
Opus Dei é um documentário que entra no coração da organização mais influente e secreta da
Igreja Católica. Uma viagem inédita ao mundo do fundamentalismo cristão onde os os sonhos de
por "a cruz em meio mundo" se tornam reais. A Opus Dei trabalha pela construção da
"verdadeira" sociedade cristã. Desde pequenas escolas de hotelaria ás grandes escolas de
comércio da Europa, o filme não só revela um mecanismo eficaz de luta e conquista do poder,
mas se pergunta pelas verdadeiras aspirações políticas e ideológicas desta organização.

A Missão” de Rolland Joffé


Composto de astros do porte de Robert De Niro, Jeremy Iron e Liam Neeson, A Missão retrata
a guerra estabelecida por portugueses e espanhóis contra jesuítas idealistas que
catequisavam os índios nos Sete Povos das Missões, na América do Sul no século XVIII. De
Niro faz um violento mercador de escravos indígenas, que arrependido pelo assassinato de
seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba se convertendo em missionário jesuíta. Ele
ajuda o líder dos catequisadores, Gabriel (Jeremy Irons) a criar um novo mundo em Sete
Povos das Missões, mas os portugueses e espanhóis têm outros planos para aquele lugar.
Quando Gabriel se recusa a deixar o que construiu, o exército é mandado para tirá-los de lá a
força.
Sobre Educação

Elefante" de Gus Van Sant


Elefante nos leva para dentro de uma escola secundarista Americana em um dia comum, que
rapidamente se torna trágico. A história se desdobra, cheia de tarefas em classe, futebol,
fofocas e socialização. Observa as idas e vindas de seus personagens a uma distância segura,
nos permitindo vê-los como eles são. Com cada estudante vemos a escola através de uma
experiência diferente, uma nova lente. Estas experiências mudam de amigáveis e inocentes a
traumáticas e muito perturbadoras. Elefante demonstra que a vida nas escolas é uma
complexa paisagem onde a vitalidade e a beleza de vidas jovens pode mudar da luz para a
escuridão com velocidade surreal. É um dia comum em uma escola secundarista. Com
exceção de que não é.

Ser e Ter” de Nicolas Philibert


Mais de 1,8 milhão de pessoas foram assistir Ser e Ter na França em 2002. Inspirado no
fenômeno francês das "escolas-de-uma-turma-só", o filme mostra a vida de uma pequena
escola durante um ano letivo e aborda, de maneira serena e calorosa, a educação infantil no
interior da França a partir de uma realidade bastante diferente da brasileira. A turma tem 12
crianças, com idades entre 04 e 10 anos, que compartilham a sala e aprendem juntas as
mais variadas matérias. Tudo com um professor extremamente dedicado e paciente, que
conduz as crianças à adolescência, respondendo às suas argumentações e ouvindo seus
problemas.
Educação

Sonhos – Akira Kurosawa


- e 1990, baseado em sonhos verdadeiros que o cineasta Akira
Kurosawa teve em momentos diferentes de sua vida. O filme é mais
baseado em imagens do que no diálogo, e divide-se em oito histórias
distintas, mas unidas pelo mesmo tema. Sonhos foi indicado ao
Oscar de Melhor Fotografia.

Janela da Alma" de João Jardim e Walter Carvalho


O premiado Janela da Alma apresenta dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual -
da miopia discreta à cegueira total - que narram como se vêem, como vêem os outros e como
percebem o mundo. Celebridades como o prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto
Paschoal, o diretor Wim Wenders, o fotógrafo cego esloveno Evgen Bavcar e o neurologista Oliver
Sachs fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o
funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o
significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens, e também a importância das
emoções como elemento transformador da realidade.
"Escritores da Liberdade" de Richard LaGravenese
Uma estória que envolve adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, e uma
professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Quando vai parar numa
escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema
deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora,
contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes
supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e
mudar seu mundo. Escritores da Liberdade é basedo no best-seller O Diário dos Escritores da
Liberdade.

O Enigma de Kaspar Hauser” de Werner Herzog


O Enigma de Kaspar Hauser é uma das obras-primas do cineasta alemão Werner Herzog
(Fitzcarraldo). Nesta edição, o filme é apresentado em versão restaurada e remasterizada
no formato widescreen anamórfico. Baseando-se em registros históricos, Herzog nos conta
o estranho caso de Kaspar Hauser, um jovem encontrado perdido numa praça em 1828.
Ele não falava e não conseguia ficar em pé. Passara a vida inteira trancado num porão.
Seria possível civilizá-lo?... O Enigma de Kaspar Hauser é um filme indispensável para
educadores, psicólogos e admiradores do bom cinema.
Os Imcompreendidos” de François Truffout
Antoine Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita atenção, então ele mata
aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um
amante. Este é o primeiro longa de Truffaut, considerado um dos diretores europeus mais
importantes de todos os tempos.

"Crianças Invisíveis" de Medhi Charef, Kátia Lund, Joo Woo, Emir Kusturica, Spike Lee,
Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso

Sete diretores de diferentes países, incluindo Argélia (Mehdi Charef), Bósnia (Emir Kusturica) e
Brasil (Kátia Lund). Sete curtas-metragens com visões distintas, mas sobre um tema comum: a
desgraça e a miséria que perseguem as crianças no mundo. Seja coletando sucata nas ruas de São
Paulo ou roubando para viver em Nápoles e no interior da Sérvia, os filmes são protagonizados por
personagens infantis que lidam com uma dura realidade, na qual crescer muito cedo acaba sendo a
única saída.
Entre os Muros da Escola" Laurent Cantet
François e os demais amigos professores se preparam para enfrentar mais um novo ano letivo.
Tudo seria normal se a escola não estive em um bairro cheio de conflitos. Os mestres têm boas
intenções e desejo para oferecer uma boa educação aos seus alunos, mas por causa das diferenças
culturais - microcosmo da França contemporânea - esses jovens podem acabar com todo o
entusiasmo. François quer surpreender os jovens ensinando o sentido da ética, mas eles não
parecem dispostos a aceitar os métodos propostos.

"La Mala Educación" de Pedro Almodóvar


Quando criança, Ignácio (Gael García Bernal) estudou em um colégio interno católico. Lá ele
sofreu abusos sexuais por parte de seu professor de Literatura, o padre Manolo (Daniel
Gimenez Cacho), que marcaram sua vida para sempre. Ignácio se apaixona por um colega de
colégio, Enrique (Fele Martínez), que termina sendo expulso. Vinte anos mais tarde, os três
personagens se reencontram.
Este reencontro marcará não só a vida, mas também a morte de alguns deles.
Questões
Históricas

Pré-História

A GUERRA DO FOGO, 1981, direção de Jean Jacques Annaud.


História romanceada da descoberta do fogo. Muito interessante pela ambientação e pelas
caracterizações humanas. 125 min.
Egito
EGITO EM BUSCA DA ETERNIDADE, 1983, produção da National Geograph.
Ótima produção sobre antiga civilização egípcia e os esforços atuais para a sua
recuperação e preservação. 60 min.
Grécia
ULISSES, 1955, direção Carlo Ponti.
Adaptação da Odisséia, trata de algumas história do herói Ulisses após a Guerra de
Tróia. 104 min.
ELECTRA, 1962, direção Michael Cacoyannis.
Após descobrir que seu pai foi assassinado pelo amante de sua mãe, Electra planeja uma
vingança. Destaque: Famosa tragédia grega baseada em peça de Eurípedes, em que
Electra acaba matando a mãe com a ajuda do irmão Orestes. Irene Papas interpreta
Electra - a atriz também integra o elenco de "Zorba, O Grego", dirigido por Michael
Cocayannis. Indicado ao Oscar de filme estrangeiro. Premiado no Festival de Cannes
(FRA) na categoria melhor adaptação.
113 min
Roma

A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO, 1964, direção de Antony Mann.


Filme épico que conta, com imprecisões históricas, o início da decadência do Império
Romano. 153 min.

BEN-HUR, 1959, direção Cecil B. de Mille.


Aventura épica ambientada no início da era cristã que conta as lutas de Ben-Hur para
libertar Jerusalém do domínio romano, 211 min.

SPARTACUS, 1960, direção de Stanley Kubrick.


Super produção baseada no romance histórico de Howard Fast sobre a revolta de
escravos liderada por Spartacus em 73 a.C. 190 min.
ASTERIX E A SURPRESA DE CÉSAR, 1984.
HQ do herói gaulês, Asterix e Obelix ingressam na Legião Romana para salvar a bela
jovem e o noivo.
90 min.
GLADIADOR, 2000, direção de Ridley Scott.
Transformado em escravo pelo corrupto e incestuoso herdeiro do trono, o general
romano Maximus, torna-se um gladiador. Seu poder na arena acaba por levá-lo a Roma,
ao Coliseu e a um corrupto de vingança com o novo imperador. 155 min
SATIRICON, direção Frederico Fellini.
Cenários e fotografias exeburantes contando uma história fragmentada da Roma Antiga.
129 min
Idade Média

IVANHOÉ, O VINGADOR DO REI, 1952.


O cavaleiro medieval Ivanhoé enfrenta os inimigos do Rei Ricardo Coração de Leão. 106 min.

EL CID, 1961.
História do legendário cavaleiro cristão que enfrenta os invasores mouros na Espanha. 184 min.

EM NOME DE DEUS, direção Clive Donner


Amor a primeira vista que se desdobra em adoração irreverente e inconseqüente, entre um
mestre de teologia com votos de castidade e uma bela mulher erudita da aristocracia do século
XII. Uma estória de amor e lealdade, paixão e desafio e uma espantosa e terrível vingança.

O NOME DA ROSA, direção Jean-Jacques Annaud, baseado no romance de Umberto Eco


O ano 1327, representantes da Ordem Franciscana e a Delegação Papal se reunem num
monastério Benedictino para uma conferência. Mas a missão deles subtamente ofuscada por
uma série de assassinatos. Utilizando sua brilhante capacidade de dedução o monge
Franciscano Willian de Baskerville, auxiliado pelo seu noviço Adso de Melk, se emprenha para
desvendar o mistério.O monastério é visitado pelo seu antigo desafeto, o Inquisidor Bernardo
Gui, que está determinado a erradicar a heresia através da tortura. Mas à medida que Bernardo
Gui se prepara para acender a fogueira da Inquisição, Willian e Adso voltam à biblioteca
labirintesca e descobrem uma verdadeira e extraordinária. 130 min.
SENHOR DA GUERRA, 1965.
As relações de poder na Idade Média se revelam nesta história, ambientada no
Norte da França, que fala sobre um cavaleiro a serviço do Duque da Normandia.
123 min.

O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE, 1965, direção de Mário Monicelli.


Ótima sátira sobre a Idade Média e cavaleiros medievais. 90 min.
O SÉTIMO SELO, 1957, Ingmar Bergman
Neste conto moral um cavaleiro medieval, de volta das Cruzadas, joga xadrez com
a morte. Carregado de belas e gélidas imagens em preto e branco, derivadas dos
afrescos religiosos da Idade Média.
Renascimento

AGONIA E ÊXTASE, 1965. Baseado no romance de Irving Stone.


Conta os conflitos entre o artista renascentista Michelângelo e o seu
protetor, o Papa Júlio II. 140 min.

GIORDANO BRUNO, 1973.


Filme biográfico sobre um dos percursores da ciência moderna, o filósofo,
astrônomo e matemático Giordano Bruno, queimado vivo pela Inquisição.
Bela e real reconstituição da época. 123 min.
1492 - A CONQUISTA DO PARAÍSO, direção Ridley Scott
O filme trata das duas primeiras viagens que se tornaram um marco na
vida desse almirante e nos leva a terceira a última etapa da deslumbrante
aventura. Bravura cegueira, triunfo, desespero e a arrogância do Velho
Mundo, em contraste à inocência do Novo Mundo, sucedem nesta ordem,
uma história por poder e paixão. 150 min.
Século XVIII

BARRY LYNDON, 1975, direção Stanley Kubrick.


Belo filme que mostra a vida inglesa no século XVIII. Soldado sem escrúpulos
convocado para a guerra envolve-se em diversas falcatruas e depois enfrenta uma
tragédia. 183 min.
LIGAÇÕES PERIGOSAS, 1988, direção Stephen Frears
França, 1788. A Marquesa de Merteuil (Glenn Close) precisa de um favor do seu ex-
amante, o Visconde de Valmont (John Malkovich), pois seu ex-marido está planejando
se casar com uma jovem virgem e ela deseja que o Marquês, que é conhecido por sua
vida devassa e suas conquistas amorosas, a seduza antes do dia do casamento. No
entanto, ele tem outros planos, pois planeja conquistar uma bela mulher casada
(Michelle Pfeiffer), que sempre se mostrou fiel ao marido e é religiosa. A Marquesa
exige então uma prova escrita dos seus encontros amorosos e, se ele conseguir tal
façanha, ela lhe promete como recompensa passarem uma noite juntos. Mas os jogos
de sedução fogem do controle e os resultados são bem mais trágicos do que se podia
imaginar
120 min

AMADEUS, 1984, direção Milos Forman


Após tentar se suicidar, Salieri (F. Murray Abraham) confessa a um padre que foi o
responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e relata como conheceu, conviveu e
passou a odiar Mozart, que era um jovem irreverente, mas compunha como se sua
música tivesse sido abençoada por Deus
158 min
GOYA, direção Carlos Saura
Aos 82 anos, o pintor Francisco de Goya vive no exílio com a última de
suas amantes, Leocadia. Reconstruindo os principais acontecimentos de
sua vida para sua filha caçula, ele se lembra dos tempos em que era
jovem e ambicioso, e lutou para conquistar seu espaço na corte do rei
Carlos IV, em meio a intrigas palacianas, seduções e mentiras. Lembra-se,
também, de seu único amor verdadeiro, a duquesa de Alba, cuja vida foi
interrompida por uma dose de veneno. Goya artista genial, que em
momento algum abandonou a preocupação pelo seu país e pelo seu povo.
A era de luz e cor da corte Bourbon abre caminho para o mesmo. Goya
que, aos 46 anos, ficou surdo, um fato que gerou importante reviravolta
em seu trabalho. Enquanto ficava claro na Espanha que os dias de
absolutismo, sob as novas pressões do Iluminismo, chegava ao fim, Goya
descobre um novo mundo criativo em suas pinturas soturnas e seus
chamados caprichos.
Século XX

2001 - UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, 1968, Stanley Kubrick Uma saga estelar e
filosófica que iria influenciar toda a ficção científica produzida no futuro. E mais: que
parece ter sido produzida no futuro, graças à atualidade de seu tema e de sua
concepção visual. O computador falante HAL 9000 é elevado à categoria dos grandes
personagens do cinema, um ser feito de chips mas triturado por dilemas existenciais.

APOCALYPSE NOW, 1979, Francis Ford Copolla O diretor rodou este épico moderno
nas Filipinas, ao custo da própria saúde. Foram 40 milhões de dólares gastos com
helicópteros, bombardeios napalm e um elenco em que Marlon Brando, sem cabelo,
pesado, imerso nas sombras, recita T.S.Eliot. A loucura da guerra do Vietnã - e de todas
as guerras -, no seu retrato mais cruel (inspirado no livro Coração das Trevas, de Joseph
Conrad). Demorou cinco anos de filmagens infernais.

TEMPOS MODERNOS, 1936, direção Charles Chaplin.


Obra prima do cinema mudo, durante a depressão (1929). Carlitos trabalha numa
grande indústria. Chaplin procura denunciar o caráter desumano do trabalho industrial
mecanizado, da tecnologia e da marginalização de setores da sociedade. 88 min.
.
CIDADÃO KANE, 1941, Orson Welles O cinema se divide em antes e depois deste
filme. A história do magnata da empresa Charles Foster Kane é contada pelo diretor
com a câmera posicionada em ângulos inéditos, cenários desolados refletidos na
profundidade dos espelhos e uma narrativa em flashbacks, distribuídas em diversos
pontos de vista. Mostra que há tantas maneiras de buscar a verdade quanto esta tem
de se ocultar.

1900, 1976, direção de Bernardo Bertolucci.


A história de uma rica família italiana serve para mostrar a Itália do início do século, a
crise dos anos 20 e 30 e a ascensão do fascismo na Itália. 239 min.

ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO, direção Peter Cohen


Este filme lembra que chamar a Hitler de artista medíocre não elimina os estragos
provocados pela sua estratégia de conquista universal. O veio artístico do arquiteto da
destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua
megalomania. Hitler queria ser o senhor do universo sem descuidar de nenhum
detalha da coreografia que levava as massas à histeria coletiva a cada demonstração.
O nazismo tinha como um dos seus princípios fundamentais a missão de embelezar o
mundo. Nem que, para tanto, destruisse todo o mundo.
O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA, 1972, direção de Luis Buñuel.
Obra prima surrelista extremamente crítica. Seis burgueses se reúnem para jantar, mas
são impedidos por acontecimentos espantosos. 105 min.

BASQUIAT - TRAÇOS DE UMA VIDA, 1996, direção Julian Schnabel.


Filho de pai haitiano e mãe porto-riquenha, Basquiat revela seu talento como grafiteiro. É
assediado por marchands, até cair nas graças do pai da Pop-Art, Andy Warhol.

OS AMORES DE PICASSO, 1996, direção James Ivory.


Conta a vida de Picasso sob a ótica de uma de suas muitas mulheres. 123 min.
NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS, 1999, direção Marcelo Masagão
País de Origem: Brasil. Duração: 73min Sob a trilha sonora primorosa de Wim
Danton - O processo da Revolução” - de Andrzej Wajda
Danton, o Processo da Revolução é um dos filmes indispensáveis sobre a Revolução Francesa.
Com direção do mestre Andrzej Wajda (Cinzas e Diamantes), essa obra-prima tem como
destaque o astro Gérard Depardieu, em uma das grandes interpretações de sua carreira.
Quatro anos após a Revolução, a situação econômica da França é um desastre. Cada cidadão é
um suspeito em potencial. As cabeças rolam com a guilhotina. O povo está com fome e medo.
Os mesmos revolucionários, que tinham proclamado a Declaração dos Direitos do Homem,
implantam o Reino do Terror. Danton e Robespierre. Enquanto o primeiro tem o apoio do povo,
o segundo tem o poder. O embate entre os dois líderes dá inicio a um complexo processo
político.

“Em Nome de Deus” de Clive Donner


No século XII, Abelard (Derek De Lint), um respeitado filósofo e professor em Paris, é
contratado para ser o tutor da bela e inteligente Heloise (Kim Thomson). Rapidamente eles se
apaixonam, mas precisam manter seu relacionamento escondido de todos porque Abelard
está comprometido com o celibato.
“Sombras de Goya” de Milos Forman
Nos primeiros anos do século XIX, em meio ao radicalismo da Inquisição e à iminente invasão da
Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte , o gênio artístico do pintor espanhol Francisco Goya é
reconhecido na corte do Rei Carlos IV. Inés , a jovem modelo e musa do pintor, é presa sob a falsa
acusação de heresia. Nem as intervenções do influente Frei Lorenzo , também retratado por Goya,
conseguem evitar que ela seja brutalmente torturada nos porões da Igreja. Estes personagens e os
horrores da guerra, com os seus fantasmas, alimentam a pintura de Goya, testemunha atormentada de
uma época turbulenta.

“Soldado de Deus” de Sérgio SanzRelato sobre o Integralismo no Brasil e seu principal


mentor, Plínio Salgado.
Soldado de Deus traz o testemunho daqueles que ajudaram a estabelecer, exerceram e,
ocasionalmente, deixaram de defender seus princípios e práticas; aqueles que sempre o
condenaram, julgaram e criticaram; e, ainda, daqueles que estudam os tempos em que o
nacionalismo de direita mobilizou em torno de um milhão de pessoas e teve 500 mil filiados,
construindo o primeiro partido de massas do Brasil.
Aleluia, Gretchen & Rádio Auriverde"
,de Silvio Back
Aleluia, Gretchen:Saga de uma família de imigrantes alemães que, fugindo ao nazismo,
vem se radicar numa cidade do Sul do Brasil, por volta de 1937. Às vésperas e durante a II
Grande Guerra, membros da família se envolvem com a Quinta Coluna e o Integralismo. Na
década de 50, graças a ligações perigosas com o rescaldo da guerra, os Kranz são visitados por
ex-oficiais da SS em trânsito para o Cone Sul. A trama se estende aos dias de hoje. Rádio
Auriverde: Com imagens e sons inéditos de Carmen Miranda e do Brasil na II Guerra
Mundial, o filme penetra no desconhecido universo da guerra psicológica que conturbou a
presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Através das musicalmente alegres e
debochadas transmissões de uma rádio clandestina, tema-tabu entre os pracinhas, o filme acaba
também revelando as tragicômicas relações entre os Estados Unidos e o Brasil durante o conflito
- cujas conseqüências jamais se esgotaram.
A Guerra do Fogo" de Jean Jacques Annaud
Um mergulho no tempo em busca da maior conquista da humanidade: o domínio do
fogo. Este documentário-ficção recria o mundo exatamente como era há 80.000 anos
atrás: o homem pré-histórico enfrentando tribos inimigas e feras dentro de um
ambiente hostil, até o surgimento de seus primeiros sentimentos.
A Guerra do Fogo é um filme aclamado no mundo inteiro como o mais fiel e
emocionante registro dos primeiros passos da civilização. Um filme para todos que se
interessam pela história da humanidade e seu processo evolutivo atá os dias de hoje.
Não saiu em cartaz, e só existem raríssimas cópias em VHS no Brasil.
“35 - O Assalto ao Poder” de Eduardo Escorel
O ano de 1935 estava chegando ao fim quando três levantes militares, em três diferentes
capitais brasileiras, tentaram derrubar o governo de Getúlio Vargas. O governo de Getúlio
foi implacável com os insurretos. Vários deles foram brutalmente torturados. Em poucos
dias o movimento foi inteiramente dominado e esse foi um dos primeiros passos para a
escalada autoritária de Getúlio Vargas que se manteria no poder até 1945. 35 - O Assalto
ao Poder, documenta todos os lances da insurreição comunista e todas as etapas de um
complexo processo que teve como protagonistas, além de Getúlio Vargas, Luiz Carlos
Prestes, Octávio Brandão, Olga Benário, Gregório Bezerra, Giocondo Dias entre outros
anti-heróis da utopia comunista na América Latina.

1492” - de Ridley Scott


Um épico grandioso que narra toda a trajetória do navegador genovês Cristovão Colombo e a
descoberta da América em 1492. Desde os preparativos para a viagem, as intrigas palacianas, os
percalços em alto-mar, a esperança de um homem marcado pelo mar, toda a emoção de pisar
em terra firme e o primeiro contato com os habitantes naturais desta terra desconhecida, os
índios. Uma terra selvagem que reserva muitas surpresas em seu coração. Aqui, todos os
detalhes desta aventura que mudou para sempre os destinos da história da humanidade, serão
revelados em toda sua riqueza. Uma verdadeira lição de história contada pelo cinema
“Olga - Ed. Especial” de Jayme Monjardim
Mais de três milhões de espectadores aplaudiram nos cinemas a história de amor e
determinação de Luís Carlos Prestes e Olga Benário, que nasceu na Alemanha, era judia,
mudou-se para a Rússia onde conheceu Prestes, veio para o Brasil, lutou por seus
ideais, casou-se e teve uma filha. Mas o destino alterou radicalmente sua trajetória.
Baseado no best-seller de Fernando Morais, Olga, é uma filme inesquecível.
Emocionante e grandioso, tenso, mas também suave e com um elenco de estrelas como
Camila Morgado, de A Casa das Sete Mulheres; Fernanda Montenegro, nossa maior atriz,
de Central do Brasil; Caco Ciocler, de Sexo, Amor e Traição e Osmar Prado, no papel de
Getúlio Vargas
Sobre a 2ª GUERRA MUNDIAL –Fascismo e Nazismo

Casablanca (Casablanca; 1942, EUA, direção: Michael


Curtiz) – Passa durante a 2ª Guerra Mundial, em Marrocos, no período da
República de Vichy. Romance, intriga e suspense em um clássico do cinema.

O mais longo dos dias (The Longest Day; 1962, EUA,


direção: Ken Annakin, A. Marton, B. Wicki) – Os preparativos
para a invasão da Normandia em 06 de junho de 1944, o dia “D” durante a 2ª
Guerra Mundial.

A noite dos generais (Night of the Generals; 1967,


Inglaterra, direção: Anatole Litvak) – A ação se passa durante a 2ª
Guerra Mundial, em Paris. Uma prostituta é assassinada e este crime envolve
figuras do exército de ocupação.
Sobre a 2ª GUERRA MUNDIAL

Julgamento em Nuremberg (Judgement in Nuremberg;


1961, EUA, direção: Stanley Kramer) – Julgamento que ocorre
após a 2ª Guerra Mundial, com os criminosos do Eixo. Um juiz dos EUA é
convocado para chefiar o julgamento de quatro alemães.

Esperança e glória (Hope and Glory; 1987, Inglaterra,


direção: John Boorman) – A 2ª Guerra Mundial sobre a ótica de uma
criança, que vive com a família em um bairro inglês de classe média e que
sofre constantes bombardeios.

Adeus, meninos (Au Revoir les Enfants; 1987,


França/Alemanha, direção: Louis Malle) – Na França, o destino de
crianças de uma escola católica para ricos em 1944, durante a ocupação
nazista. Drama de racismo, delação e opressão.
“Uma Cidade sem Passado” de Michael Verhoeven
Na Alemanha ocidental da década de 70, a estudante (Sonja) enfrenta a hipocrisia e a violência
de sua cidade ao investigar o passado nazista local, em um concurso de monografias intitulado
“Minha cidade durante o Terceiro Reich”. Na provinciana, obtusa e hipercatólica Pfilzing (a
cidade de Passau, na realidade), Sonja combate sozinha o boicote e o terrorismo dos poderosos
locais ao tentar desenterrar os arquivos de perseguição aos judeus e comunistas. O nazismo
travestido de "sociedade democrática" é denunciado com agilidade, ironia e elenco de primeira.
O roteiro inspira-se na história real de um adolescente da Bavária que escreveu uma tese sobre
o impacto do nazismo em seu país, tornando-se objeto do desprezo dos seus compatriotas. Foi
lançado durante a reunificação das Alemanha (em 1989).

“A onda” [The wave][1] Alex Grasshof o filme tem início com o


professor de história Burt Ross explicando aos seus alunos a atmosfera da
Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio nazista. Os questionamentos
dos alunos levam o professor a realizar uma arriscada experiência
pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do
nazismo: usariam o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, um símbolo
gráfico para representar “A onda”, etc.
O ovo da serpente
Amém” de Costa-Gavras
Kurt Gerstein (Ulrich Tukur) é um oficial do Terceiro Reich que trabalhou na
elaboração do Zyklon B, gás mortífero originalmente desenvolvido para a matança
de animais mas usado para exterminar milhares de judeus durante a 2ª Guerra
Mundial. Gerstein se revolta com o que testemunha e tenta informar os aliados sobre
as atrocidades nos campos de concentração. Católico, busca chamar a atenção do
Vaticano, mas suas denúncias são ignoradas pelo alto clero. Apenas um jovem
jesuíta lhe dá ouvidos e o ajuda a organizar uma campanha para que o Papa (Marcel
Iures) quebre o silêncio e se manifeste contra as violências ocorridas em nome de
uma suposta supremacia racial.

“Os Meninos do Brasil” de Franklin J. Schaffner


O ensandecido médico Joseph Mengele, que fez milhares de experiências genéticas com judeus
(inclusive crianças), vive no Paraguai e planeja o nascimento do 4º Reich. Para obter tal
objetivo, faz 94 clones de Hitler quando ele era um garoto. Mas isto não basta, pois diversas
variáveis necessitam serem criadas para traçar o perfil psicológico de Hitler. Entretanto Ezra
Lieberman , um judeu que é um caçador de nazistas, descobre a trama e tenta impedir que tal
plano se concretize.
Arquitetura da Destruição" de Peter Cohen
Arquitetura da Destruição está consagrado internacionalmente como um dos melhores
estudos já feitos sobre o nazismo no cinema.
O filme de Peter Cohen lembra que chamar a Hitler de artista medíocre não elimina os
estragos provocados pela sua estratégia de conquista universal. O veio artístico do arquiteto
da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua
megalomania. Hitler queria ser o senhor do universo, sem descuidar de nenhum detalhe da
coreografia que levava as massas à histeria coletiva a cada demonstração.
O nazismo tinha como um dos seus princípios fundamentais a missão de embelezar o mundo.
Nem que, para tanto, destruísse todo o mundo

"A Vida dos Outros" Florian Henckel von Donnersmarck


Georg Dreyman (Sebastian Koch) é o maior dramaturgo da Alemanha Oriental, sendo por
muitos considerado o modelo perfeito de cidadão para o país, já que não contesta o governo
nem seu regime político. Apesar disto o ministro Bruno Hempf (Thomas Thieme) acha por bem
acompanhar seus passos, para descobrir se Dreyman tem algo a esconder. Ele passa esta
tarefa para Anton Grubitz (Ulrich Tukur), que a princípio não vê nada de errado com Dreyman
mas é alertado por Gerd Wiesler (Ulrich Mühe), seu subordinado, de que ele deveria ser
vigiado. Grubitz passa a tarefa a Wiesler, que monta uma estrutura em que Dreyman e sua
namorada, a atriz Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck), são vigiados 24 horas.
Simultaneamente o ministro Hempf se interessa por Christa-Maria, passando a chantageá-la
em troca de favores sexuais.
Sobre a GUERRA FRIA e mundo após Guerra Fria

O dia seguinte (The day after, EUA, 1983, direção: Nicholas Meyer) – Mostra as
conseqüências de uma guerra nuclear. Evidencia o perigo que pairou durante a
Guerra Fria, devido à corrida armamentista.

O Senhor das Armas (Lord of War; EUA, 2005, direção: Andrew Nicol) –
Analisa o comércio de armas no mundo, principalmente após o final da Guerra Fria e
para conflitos no Terceiro Mundo, notadamente na África. Baseado em uma história
real, foi filmado em New York, República Sul Africana e República Tcheca. Importante
para saber como agem os países ricos neste comércio.

As Torres Gêmeas (World Trade Center, EUA, 2006, direção: Oliver Stone) O
atentado ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, narrado através de
dois policiais que entraram no prédio entre os dois ataques terroristas e ficaram
sobre os escombros. Significativo somente como relato do marco do início da política
contra o “terror” do governo de George W. Bush. Duração: 129 minutos

Estrada para Guantánamo (Road to Guantanamo, 2006, Inglaterra, direção:


Michael Winterbotton e Mat Whitecross) – História real de cidadãos britânicos de
origem paquistanesa que foram presos por ocasião do ataque ao Afeganistão e
permaneceram dois anos presos, se3m acusações formais, em Guantánamo.
Misturando documentário com dramatização, o filme parte da inglesa Tripton (a
cidade natal deles), vai pelo Paquistão (onde um deles ia se casar), Afeganistão e a
base de Guantánamo. Um retrato das perseguições justificadas pela “guerra ao
terrorismo”.
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:
Dien Bien Phu – A última batalha da Indochina (Diên Biên Phú; 1992,
França, direção: Pierre Schoendoerffer) – Em 1954, um jornalista estadunidense
que vivia em Hanói há mais de dez anos, investigou os fatos que levaram ao fim o
domínio francês. Uma espécie de Platoon francês, pois seu diretor – autor do roteiro –
foi cinegrafista do exército francês na Indochina e chegou a ser preso pelos comunistas.

Os boinas verdes (The green berets; 1968, EUA, dirigido e estrelado por
John Wayne) – Favorável à intervenção estadunidense. Aliás, se os vietnamitas do
filme fossem substituídos por alemães ou japoneses, seria também um filme da 2a
Guerra Mundial. Após um treinamento rigoroso, um pelotão de elite – os boinas-verdes
– vai lutar no Vietnã.

Corações e Mentes (Hearts and minds; 1974, dirigido por Peter Davis) –
Primeiro filme (documentário) conhecido contrário à guerra, mostrou seus horrores
quando ela já se encaminhava para o final. Mostrou um suspeito de ser vietcong ser
fuzilado pelo chefe da polícia de Saigon, durante a Ofensiva do Tet.

Taxi Driver (Taxi Driver; 1976; EUA, direção: Martin Scorcese) – A história
de um motorista de táxi, um ex-soldado do Vietnã, tentando obter a glória e o
reconhecimento público que o conflito não lhe concedera.
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:

O franco-atirador (The deer hunter; 1977; EUA, direção: Michael


Cimino) – Conta a vida de três amigos metalúrgicos, de uma pequena cidade da
Pensilvânia, que foram prisioneiros dos vietcongues. Conseguiram escapar mas
ficaram profundamente marcados
.
Amargo regresso (Coming home; 1978; EUA, direção: Hal Ashby) –
Um veterano do Vietnã (Jon Voight) volta da guerra paraplégico e se apaixona por
sua enfermeira (Jane Fonda).

Hair (Hair; 1979; EUA, direção: Milos Forman) – Um musical com base em
uma peça de teatro antibelicista, de sucesso no final dos anos 60. Tentou traçar um
painel das mudanças sócio-culturais pelas quais passavam os EUA na época. Uma
amostra da contracultura dos anos 60.

Apocalipse (Apocalipse now; 1979; EUA, direção de Francis F.


Coppola) – Baseado em um romance cujo enredo se passava no Congo Belga,
mas adaptado às circunstâncias do Vietnã. Um coronel enlouquecido desaparece na
Indochina e é procurado por um agente especial com a missão de matá-lo. Mostrou
a imbecilidade e os horrores da guerra. Antológica a cena em que uma esquadrilha
de helicópteros ataca uma aldeia ao som da Cavalgada das Valquírias (de Wagner).
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:

Rambo, programado para matar (First blood; 1982; EUA, direção:


Ted Kotcheff) – Um veterano do Vietnã mostrava, em uma pequena cidade, o que
aprendera no treinamento das forças especiais e o que era capaz de fazer quando
sofria injustiça. Na década de 1980: alguns filmes mais condescendentes – foi o
período da “era Reagan” –; os mais famosos foram os filmes da série Rambo.

Rambo II, a missão (First blood part II; 1985; EUA, direção: George
P. Cosmatos) – Rambo foi solto da cadeia, com a condição de resgatar
prisioneiros de guerra no Vietnã. Aliás, por sua eficiência na tarefa, se existissem
uns dez deles, a história da guerra seria diferente .

De volta para o inferno (Uncommon valor; 1983, EUA, direção: Ted


Kotcheff) – Aborda a existência de prováveis prisioneiros no Vietnã. Um coronel
da reserva não se conformava com os relatórios oficiais que davam o seu filho como
desaparecido em ação e juntou sete ex-combatentes para resgatá-lo. Também
sobre o mesmo tema, o filme Hanói Hilton (1986).
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:

Platoon (Platoon; 1986, EUA, direção: Oliver Stone) – Uma visão


condensada da guerra (1968/69), com base na atuação do próprio diretor, que se
engajou como voluntário e, pelo filme, se arrependeu. Mostrou, dentro da guerra,
através de cartas que escrevia, as contradições de sua própria sociedade.

Hanói Hilton (Hanói Hilton; 1986; EUA, direção: Lionel Chetwynd) –


Após a guerra, quatro soldados estadunidenses permaneceram presos em Hanói e
tudo é tentado para retirá-los.

Nascido para matar (Full metal jacket; 1987; EUA, direção: Stanley
Kubrick) – mostrava a formação paranóica de soldados que iriam ao Vietnã e a
ação dos mesmos em Hué, na Ofensiva do Tet .

Bom dia, Vietnã (Good morning, Vietnam; 1987; EUA, direção Barry
Levinson) – Em 1965, no início da intervenção militar, soldado (Robin Williams)
trabalhava como disc-jóquei em uma rádio do exército em Saigon. Irreverente,
anti-militarista, denunciava a propaganda de guerra, as mentiras dos
comunicados militares e mudava a programação musical oficial. Baseado na vida
do soldado Adrian Cronauer.
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:

Hamburger Hill (Hamburger Hill; 1987, EUA, direção: John Irving) – O


título vem da frase de um dos combatentes: “Os viets estão fazendo hambúrguer de
nós.” Baseado em fatos reais, relatou a ação de soldados estadunidenses em 1969
na missão de tomar uma colina no Vietnã, repleta de vietcongues, que não estavam
dispostos a deixá-la.

Querida América - Cartas do Vietnã (Dear America; 1987; EUA,


direção: Bill Couturie) – A Guerra revelada através de cartas que soldados
estadunidenses mandaram para as suas famílias. Humor, tragédia, risos, lágrimas e
indignação.

Nascido em 4 de julho (Born on the Fourth of July; 1989, EUA,


direção: Oliver Stone) – Jovem ferido na Guerra do Vietnã (Tom Cruise) ficou
paraplégico e, devagar, trocou suas idéias conservadoras pelo ativismo político.
Baseado na autobiografia de Ron Kovic (co-autor do roteiro ).

Entre o céu e a terra (Haven and Earth; 1993, EUA, direção: Oliver
Stone) – Último filme de uma trilogia sobre o Vietnã (Platoon; Nascido a 4 de
julho), foi um dos primeiros a tratar a guerra do ponto de vista de uma vietnamita
(Phung Thi Lely). Uma camponesa torturada durante a guerra, se casa com um
soldado estadunidense e, nos EUA, conhece também o preconceito e o ódio.
Sobre a GUERRA DO
VIETNÃ:
Pecados da Guerra (Casualties of War; 1989, EUA, direção: Brian de Palma) –
Durante uma missão de patrulha, o sargento do pelotão seqüestrou uma jovem
vietnamita, que foi estuprada e assassinada pelos soldados. A narrativa, baseada em
um caso real, é cruel e em tom quase documental
.
Regret to Inform (Lamento Informar; 1998, EUA, direção: Barbara
Sonneborn) – Documentário sobre as “viúvas da guerra”, tanto dos EUA como no
Vietnã, que falam das tentativas de superar os traumas da guerra. Para as
vietnamitas, não era um conflito entre capitalismo e comunismo, e sim que os EUA
haviam invadido o seu país e precisavam expulsá-los. [Premiado no Festival
Sundance e indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 1999]

Woodstock (Woodstock: the director cut; 1994, EUA, direção: Michael Wadlegh)
– Sobre o famoso festival de música realizado em agosto de 1969 (ano em que
morreram Martin Luther King e Robert Kennedy) em uma fazenda nos arredores de
New York. Esta é uma nova versão do diretor.

Cicatrizes da Guerra (Missing in América; 2005, Canadá/EUA, direção:


Gabriele Savage Dockterman) – Um veterano da Guerra do Vietnã, atormentado pelo
seu passado no conflito, vive recluso e não suporta muito a presença de outras
pessoas. Sua vida se modifica quando chega um outro veterano e faz uma proposta
de ação. Interessante pelo tema render filmes inclusive em 2005.
Laranja Mecânica – Stanley Kubrik No futuro, Alex (Malcolm McDowell),
líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas
mãos da polícia. Preso, ele usado em experimento destinado a refrear os
impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a
violência que o cerca

"Violência S.A." de Newton Cannito

Este documentário foi lançado na época do referendo nacional sobre o desarmamanto, em um


momento em que a violência estava em foco. Violência S.A. explora as relações humanas e sociais
que existem por trás da violência e que foram muitas vezes criadas por ela. Mostra como o medo
pode ser rentável, passeando pelo maravilhoso shopping-center da segurança: carros blindados,
bunkers residenciais, armas de fogo, cofres ultra-modernos, seguranças particulares, consultores,
estudiosos, lobistas, chipe, satélites...
O Brasil é o país com a segunda pior distribuição de renda do planeta. Fica atrás apenas de Serra
Leoa. E tem também a maior frota de carros blindados do mundo, à frente dos Estados Unidos
inclusive. Esse é um exemplo das “curiosas” relações que o filme revela, nunca de maneira
convencional. A locução, por exemplo, é feita por um personagem: o paulistano típico, seduzido
com as possibilidades do cada vez mais sofisticado e promissor mercado de segurança brasileiro.
Ditadura Militar no
Brasil

"Lamarca” de Sérgio Rezende


Crônica dos últimos anos na vida do capitão do exército Carlos Lamarca (Paulo Betti) que, nos anos
da ditadura, desertou das forças armadas, e passou a fazer oposição, tornando-se um dos mais
destacados líderes da luta armada.
“Batismo de Sangue” de Helvécio Rattón
No final dos anos 60 o convento dos frade dominicanos de São Paulo é uma trincheira de
resitência á ditadura militar no Brasil. Movidos por ideais critãos, os freis Betto, Oswaldo,
fernando, Ivo e Tito apóiam o grupo guerrilheiro ALN, comandado por Carlos Marighella. Frei
betto ajuda perseguidos políticos á escapartem do país pelas fronteiras no sul até ser preso e
transferido para um presídio em SP, onde encontra seus companheiros vivendo sob terríveis
torturas. Meses depois, Frei Tito estava no grupo de presos políticos trocados pela liberdade
do embaixador suíço e foi mandado, contra sua vontade, para o exílio na França. mesmo
longe do Brasil, Tito não consegue ficar livre de seus carrascos, se sentindo constantemente
vifgiado e ameaçado. Com intuito de por fim ao seu martírio, acaba comentendo suicídio.
"Ato de Fé " de Tatiana Polastri
Este documentário relata através de vários depoimentos inéditos e imagens da época, a
perseguição da ditadura militar aos freis Dominicanos que colaboraram com a ALN.
Os Dominicanos relatam todo o processo que resultou no bárbaro assassinato de Carlos
Mariguella, expõem a colaboração da cúpula reacionária da Igreja com os generais e
descrevem a sua resitência ao fechamento do regime.

“Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados
para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é cada vez mais difícil manter-
se independente. Esquerda ou direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução,
infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a
cada dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de
milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos gabinetes, conspira-
se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais tempo
para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um
dia de cão e de chumbo: 31 de março de 64.

"Pra Frente Brasil" de Roberto Farias


Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto
prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta
violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus
integrantes, um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista político e
"desaparece".
O Bom Burguês –Osvaldo Caldeira - José Wilker é um bancário que devia dinheiro do
banco em que trabalha para financiar organizações de esquerda da época da ditadura
política. Mas a certa altura, um dos grupos financiados pelo personagem é preso e
forçado a identificar o homem que fornece dinheiro a guerrilha. Esse clássico do cinema
nacional dirigido por Oswaldo Caldeira, é baseado num episódio real envolvendo um
funcionário do Banco do Brasil acusado de desviar milhões.

Jango –Silvio Tendler - O filme refaz a trajetória política de João Goulart, o 24°
presidente brasileiro, que foi deposto por um golpe militar nas primeiras horas de
1º de abril de 1964. Goulart era popularmente chamado de "Jango", daí o título do
filme, lançado exatos vinte anos após o golpe. A reconstituição da trajetória de
Goulart é feita através da utilização de imagens de arquivo e de entrevistas com
importantes personalidades políticas como Afonso Arinos, Leonel Brizola, Celso
Furtado, Frei Betto e Magalhães Pinto, entre outros. O sugestivo slogan do filme
foi "Como, quando e por que se derruba um presidente" [2].
O documentário captura a efervescência da política brasileira durante a década de
1960 sob o contexto histórico da Guerra Fria. Jango narra exaustivamente os
detalhes do golpe e se estende até os movimentos de resistências à ditadura,
terminando com a morte do presidente no exílio e imagens de seu funeral, cuja
divulgação foi censurada pelo regime militar.
“Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. E as repetidas
agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968. Desde os seus
primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o
golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um
dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira
vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se
demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado
em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre
estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO
jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com
a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é
resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e
perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
Hércules 56" de Silvio Da-Rin
Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias raptaram o embaixador
americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de quinze presos políticos, levados ao México
no avião Hércules, prefixo 56. Neste documentário, os nove remanescentes do grupo e cinco
membros da organização responsáveis pelo seqüestro discutem as causas e conseqüências da
luta armada contra o regime militar.

"O que é isso companheiro?" de Bruno Barreto


Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de
manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que
nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os
direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na
clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o
embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que
eram torturados nos porões da ditadura.

Cabra Marcado pra Morrer” de Eduardo Coutinho


No início da decada de sessenta, um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por
ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida,interpretada pelos própios
camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois o Diretor
retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, disersados pela onda de
repressão que seguiu ao episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a
trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado,
evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar.
Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se despede da
mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime
militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais voltaria para casa.
Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se suicidado na prisão. Neste
documentário o diretor João Batista de Andrade ouve depoimentos de amigos, familiares,
colegas que viveram com Vlado a história, a amplitude das perseguições dos anos de
chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua infância até sua posse como Diretor de
Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a perseguição a ele iniciada naquele momento. Com
depoimentos de Clarice Herzog, José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry
Sobel, Fernando Morais, Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate,
Mino Carta, Rose Nogueira.

O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer


1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na
vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no
país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é
separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e divertida comunidade - o Bom
Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos entre outras culturas. Uma história
emocionante de superação e solidariedade.
Cidadão Boilesen - Chaim Litewski O filme aborda um tema-tabu do
período: a participação de empresários paulistas na repressão aos grupos de
esquerda. Henning Albert Boilensen foi uma figura exemplar desse tipo de
colaboração. Dinamarquês, imigrou para o Brasil e aqui fez fortuna. Tornou-se
presidente do grupo Ultragás, no auge da carreira. Anticomunista ferrenho,
organizou e participou ativamente na “caixinha” dos empresários para arrecadar
fundos para a Oban – a famigerada Operação Bandeirantes. O filme traz
depoimentos importantes de ex-guerrilheiros, historiadores do período, políticos
como Fernando Henrique Cardoso e religiosos como Dom Paulo Evaristo Arns,
policiais e até de um dos filhos do empresário.
Sobre Direito e Justiça

"O que é não violência ativa" produzido pelo Movimento Humanista Excelente
documentário que apresenta as diversas filosofias de não-violência na história, desde os
sikhs, chegando á Tolstoi, Ghandi, Martin Luther King e o Movimento Humanista de hoje.
Mostra como esta é a única saída viável para o atual estado de coisas. O documentário
mostra como a Não-Violência é uma atitude ativa, militante e transformadora, e não mera
passividade covarde frente á opressão e a injustiça, ou “doce submissão á vontade dos
tiranos” (Ghandi), já que se trata de tomar uma atitude de “não responder á maldade com
violência” (Tolstoi), mas tampouco de deixar-se dominar e se conformar com a opressão. O
que nos leva á uma resistência contínua e ativa frente á todos os tipos de violência, e á
uma inevitável e necessária (e ética) revolução social e humana, já que a violência é hoje a
essência do “sistema” (em suas formas econômicas, raciais, religiosas, sexuais, físicas,
psicológicas, etc). Enfim, assita e rebele-se contra a violência!

Justiça” de Maria Augusta Ramos DVD Duplo


O cotidiano de alguns personagens no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desde os que
estão lá diariamente - defensores públicos, juízes, promotores - até os que passam por ali
eventualmente - os réus. As estruturas de poder são reveladas por meio de vários
detalhes, como o desenho da sala, os corredores do fórum, a disposição das pessoas, o
discurso, os códigos e as posturas. Detalhes visuais e sonoros ganham relevância e
significado. Uma visão que se contrapõe com a do tribunal judiciário de filmes americanos.
"Sessão Especial de Justiça" de Costa-Gravas
Drama político ambientado na França durante a ocupação alemã, sobre o governo Vichy e a
volta de leis anti-terroristas ultrapassadas, que permitiram ao sistema judiciário francês rejulgar
um grupo de prisioneiros para acalmar os ânimos dos alemães.

Bagatela – Maria Clara Ramos O documentário acompanha


Maria Aparecida e Sueli, mulheres presas por pequenos furtos,
e uma advogada que, voluntariamente, se propôs a defendê-
las. Bagatela expõe fragilidades do sistema judiciário brasileiro e
a tensa relação entre quem quer ajudar e quem precisa de
ajuda.

Juízo, segundo longa-metragem de Maria Augusta, mostra julgamentos de


crianças e adolescentes infratores e o dia a dia dos juizados em que eles
ocorrem. Os juízes Luciana Fiala Carvalho e Guaraci de Campos Vianna, os
promotores Renato Lisboa Teixeira, Alexandra Carvalho Peres e Eliane de
Lima Pereira e os defensores públicos Tadeu Valverde e Patrícia Vilela
participaram do filme, mas as crianças que estão na tela são atores, pois a lei
não permite a divulgação dos rostos de menores infratoras.
Sobre Filosofia e Psicologia

"Sócrates" Roberto Rossellini


Com direção do mestre italiano Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta), esta
superprodução européia é a cinebiografia de Sócrates (470 - 333 a.C.), um dos
maiores filósofos da Humanidade. Este DVD traz ainda um revelador depoimento
de Roberto Bolzani, professor de Filosofia (USP) e especialista em filosofia
socrática. Rossellini mostra o final da vida de Sócrates, em especial seu
julgamento e sua condenação à morte, com destaque para os célebres diálogos
socráticos: "Apologia", discurso de defesa do filósofo; "Críton", em que um dos
seus discípulos tenta convencê-lo a fugir da prisão; e "Fédon", com seus últimos
ensinamentos antes de tomar a cicuta. Inédito no Brasil, Sócrates é mais uma
aula de cinema de Rossellini e um programa obrigatório para os interessados em
Filosofia.

“Santo Agostinho” de Roberto Rosselini


Uma cinebiografia de Agostinho de Hipona (354 - 430), um dos maiores
filósofos do Cristianismo. Rossellini focaliza a principal fase da vida e da obra
de Agostinho: o momento em que se torna bispo de Hipona. Com rigor
histórico e realismo, o filme mostra seu combate aos heréticos donatistas, a
sua famosa oratória, suas idéias e a realização de seus principais livros, como
Confissões e Cidade de Deus.
Siddhartha” de Conrad Rooks
Vinte e cinco séculos atrás, o jovem brâmane Sidarta deixa a casa do pai. Tem apenas 18 anos e
busca o nirvana, o estado eterno de paz e equilíbrio. Por anos, torna-se asceta a discípulo de Buda.
Depois, cansa-se desta vida de jejuns, cânticos e total despojamento e parte para o mundo. Com
Kamaswami, aprende os princípios do comércio e a ganhar muito dinheiro. Com a bela cortesã
Kamala, descobre os segredos do amor carnal. Ele experimenta todos os modos de vida à medida
em que os anos passam. Sua busca só parece terminar quando, já um homem velho, decide tornar-
se um simples barqueiro. A história se baseia no famoso livro escrito em 1922 pelo alemão Herman
Hesse, que se tornou quase uma bíblia da contracultura em meados dos anos 60, por suas
implicações filosóficas na busca do Eu.

Admirável Mundo Novo" de Leslie Libman


"Admirável Mundo Novo” foi um livro escrito na década de 30 pelo inglês Aldous Huxley.
Apesar de ter sido escrita há mais de 70 anos, o conteúdo de Admirável Mundo Novo
permanece atual. A história se passa em uma sociedade totalmente organizada e planejada, na
qual as pessoas são fabricadas em laboratório já com seus destinos predeterminados. Para que
não haja reação à estabilidade, os indivíduos passam por condicionamentos ao longo da
infância, como ouvir repetidas vezes as mesmas frases durante o sono para que lhes sejam
incutidos pensamentos conformes ao sistema. As pessoas são treinadas para não
manifestarem suas vontades e desejos. Para manter a felicidade, há o soma, uma droga
química poderosa, distribuída em rações diárias para os trabalhadores. Em um mundo
repetitivo e monótono, todo o pensamento é censurado e autocensurado. Os humanos são
produzidos em série – não há famílias, apenas superembriões capazes de gerar milhares de
seres humanos idênticos. Para que a estabilidade seja mantida, essa insólita sociedade
abomina mudanças. O pensamento científico e as artes são totalmente proibidas. A higiene é
cultuada. Não há doenças. Mas, em compensação, também não há sentimentos. Todos vivem
felizes porque desconhecem uma outra forma de se viver.
“O Enigma de Kaspar Hauser” de Werner Herzog
O Enigma de Kaspar Hauser é uma das obras-primas do cineasta alemão Werner Herzog
(Fitzcarraldo). Nesta edição, o filme é apresentado em versão restaurada e remasterizada no
formato widescreen anamórfico. Baseando-se em registros históricos, Herzog nos conta o
estranho caso de Kaspar Hauser, um jovem encontrado perdido numa praça em 1828. Ele não
falava e não conseguia ficar em pé. Passara a vida inteira trancado num porão. Seria possível
civilizá-lo?... O Enigma de Kaspar Hauser é um filme indispensável para educadores, psicólogos e
admiradores do bom cinema.

Ensaio sobre a Cegueira" Fernando Meirelles


ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável,
que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as
pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em
um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e
reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos
primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços
do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é
afetada pela doença.
”Estamira” de Marcos Prado

A história de uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais e que durante 20 anos
viveu e trabalhou no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Carismática e maternal, Dona
Estamira convive com um pequeno grupo de catadores idosos num local renegado pela
sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de
Janeiro.

Freud: A Invenção Da Psicanálise":


Francês, legendado em Português, 90 min. Mostra a trajetória da psicanálise, desde seu
nascimento até as direções tomadas no período após a morte de Freud, associando-a aos
fatos históricos de cada época

Ponto de Mutação" de Bernt Capra


Imagine a Era Reagan. Uma cientista desencantada com o projeto Guerra nas Estrelas, um
candidato à presidência dos Estados Unidos derrotado, e um dramaturgo em crise - esses
personagens se encontram no castelo medieval de Mont Saint Michel, no litoral da França, e se
surpreendem discutindo ecologia, política, tecnologia e futuro. Este filme é a expressão de um
novo paradigma, de uma nova visão de mundo que percebe a inter relação de tudo e que vai
mudar sua forma de pensar...
Quando Nietzsche Chorou” de Pinchas Perry
Conta a história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o médico
Josef Breuer, professor de Sigmund Freud. Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e
com tendências suicidas. Breuer passa por uma má fase após ter se envolvido emocionalmente
com uma de suas pacientes. Breuer é procurado por uma amiga de Nietzsche, ela está empenhada
em curá-lo e pede ao médico que o trate com sua controversa terapia das palavras.

"Waking Life" de Richard Linklater


A questão existencial que pontua todo o filme é a dúvida do protagonista: como diferenciar a vida
real àquela que existe somente em nossos sonhos? Como identificar essa tênue linha que separa
o real do imaginário? Pode ser mais simples do que se imagina, ou não. O personagem principal
vive dentro de um sonho e, quando acorda, está dentro de outro sonho. Nesse mundo irreal/real
é discutido o império da mídia, religião, alienação, Sartre, sonhos, corporações globais e por ai

“O Anjo Exterminador” de Luis Buñuel


Após uma festa de gala, os ricos convidados, por uma razão inexplicável, não conseguem deixar
o lugar. Horas, dias e semanas se passam. As máscaras e convenções sociais começam a ruir,
revelando a falsidade e podridão de cada pessoa. Dirigido pelo mestre do surrealismo Luis Buñuel
(A Bela da Tarde), O Anjo Exterminador é considerado uma de suas grandes obras-primas.
Dersu Uzala” de Akira Kurosawa
Dersu Uzala é um camponês mongol que serve de guia para um militar russo, líder de
uma expedição de levantamento topográfico na Sibéria.
Dersu é um exemplo de humildade e sabedoria, e o filme mostra de maneira poética e
sensível as diferenças culturais entre ele e o pesquisador russo. O diretor de fotografia
aproveitou o máximo as belas paisagens naturais da Sibéria e registrou em belas
imagens.

“Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick


Violento, bombástico, arrebatador, sonoro, dançante e assustador. O alucinado Alex
(Malcolm McDowell) tem sua própria forma de se divertir. Sempre às custas da tragédia
dos outros. A transformação de Alex de um punk sem moral até um cidadão exemplar
doutrinado e sua volta ao estado rebelde, compõe a chocante visão do futuro que
Stanley Kubrick elaborou a partir do livro de Anthony Burgess. As imagens inesquecíveis,
a música arrebatadora, e a linguagem fascinante utilizada por Alex e sua gangue, foram
moldadas por Kubrick neste conto sobre os caminhos da moralidade.

Morangos Silvestres" de Ingmar Bergman


Morangos Silvestres é uma das obras máximas do mestre Ingmar Bergman, sempre nas
listas dos melhores da história do cinema.No caminho da Universidade de Lund, onde
receberá um prêmio pelos 50 anos de carreira, o professor de medicina Isak Borg
(interpretado pelo cineasta Victor Sjöstrom) relembra os principais momentos de sua
vida, temendo a morte que se aproxima. Ao lado de Umberto D., de Vittorio de Sica, e
Viver, de Akira Kurosawa, Morangos Silvestres é um dos mais belos filmes sobre a
velhice e a memória.
“Persona” de Ingmar Bergman
Persona é simplesmente um dos maiores filmes da história do cinema, e uma das obras centrais do
mestre Ingmar Bergman. Uma atriz teatral de sucesso sofre uma crise emocional e emudece. Para
se recuperar, parte para uma casa de campo, sob os cuidados de uma enfermeira, que a admira e
tenta compreender a razão de seu silêncio. Isoladas, as duas mulheres desenvolvem uma relação
de forte intensidade emocional. A impressionante seqüência inicial, as atuações viscerais de Bibi
Andersson e Liv Ullman, a brilhante direção de Bergman fazem de Persona uma experiência
cinematográfica fascinante e inesquecível.

“O Processo” de Orson Welles


O filme é adaptação do livro de Franz Kafka. O escritor é apontado entre os melhores autores
do século XX. “O Processo” é um clássico, reconhecido como um dos melhores livros de todos
os tempos. Esta verão cinematográfica tem a direção espetacular de Orson Welles. O
argumento é, sem dúvida nenhuma, kafkiano: um homem, Joseph K. (Anthony Perkins), acorda
em plena manhã e encontra a polícia em seu quarto. É informado de que será preso. Não lhe
apresentam os motivos. O processo corre em segredo. A partir daí K. enfrenta caótica
peregrinação. Apontam-lhe pessoas que poderiam influenciar e manipular o julgamento e
garantir a absolvição, inclusive um advogado (Orson Welles) antigo, muito versado nos
assuntos do tribunal. Ao procurar entender os mecanismos que movem seu processo, K. se
torna paranóico e passa a acreditar numa enorme conspiração.
“Sonhos” de Akira Kurosawa
Grande mestre do cinema japonês, Akira Kurosawa foi mais que um cineasta. Pintura, literatura,
música, teatro. Poucos tinham seu talento para combinar as diferentes formas de expressão
artística. “Sonhos”, mais do que histórias, é um desfile de imagens maravilhosas. Dividido em oito
capítulos - oito sonhos diferentes que dialogam entre si - o filme traz a peculiaridade
contemplativa do cinema do Japão, a música característica e os figurinos exóticos aos olhos do
ocidente. Lidando com medos e vontades subconscientes, o filme traz desde um passeio por entre
pinturas do holandês Vincent Van Gogh até o recorrente pesadelo nacional com a radiação
nuclear. A beleza da natureza e o horror de sua destruição, bem como tradições milenares, são os
elementos que arremessavam Akira Kurosawa a níveis cada vez mais altos de criatividade. Sonhos
certamente encherá seus olhos. E não se surpreenda se também arrebatar sua mente e coração.

“Freud além da alma” de John Huston


Baseado no roteiro escrito pelo filósofo Jean-Paul Sartre (que não consta nos créditos do
filme), com uma linguagem metafórica e onírica, o filme pretende mostrar a teoria
freudiana do inconsciente. Através do conflito interior que viveu Freud enquanto tentava
penetrar no obscuro “Inconsciente” de seus pacientes, pois temia encontrar o inefável, o
impensável (na verdade, Freud temia encontrar a sua própria essência...) Freud - Além da
Alma é um filme acadêmico, inteligente e instigante, que nos permite uma melhor
compreensão das teorias freudianas sobre o funcionamento da mente, e como o
pensamento psicanalítico irrompeu na sociedade vienense e depois no mundo.
"Zeitgeist" de Peter Josep
Um documentário revelador e surpreendente sobre as mentiras e manipulações do
poder dos EUA e do sistema financeiro. Zeitgeist significa "o espírito do tempo" que
seria algo como "a forma que vemos o mundo num determinado momento histórico".
O documentário trata de desmontar nossa visão, nossas crenças, desde a existência
mesma de Jesus, os ataques de 11 de setembro no WTC, e o poder do sistema
financeiro que há muito tempo já tem traçado o destino de todos nós. O conteúdo
desse filme tem gerado muita polêmica e controvérsia, pois está sendo espalhado
pela internet no mundo todo, levando milhões de pessoas á pensarem seriamente em
que acreditamos e na possibilidade de uma revolução. Talvez você não concorde com
todo o exposto aqui, e talvez ne seja possível prová-lo, mas pelo menos dará muito o
que pensar

Zeitgeist: Addendum,
tenta localizar as causas de raiz desta corrupção social penetrante, enquanto
oferecendo uma solução. Esta solução não é baseado em políticas,
moralidade, leis, ou qualquer outra ” noção de estabelecimento ” de negócios
humanos, mas bastante em um entender baseado moderno, non-
supersticioso do que nós somos e como nós alinhamos com natureza para a
qual nós somos uma parte. O trabalho defende um sistema social novo que é
d para apresentar conhecimento de dia, altamente influenciou pela vida
trabalho longo de Jacque Fresco e O Projeto de Vênus

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