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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES
GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Alunos: Isadora de Sousa Campos


Menezes, João Paulo de Vasconcellos
Barreto e Rafael Lacerda Gomes | 2º
semestre – Histologia Veterinária II

PARASITAS EM SERPENTES

Os parasitas são seres que, em conjunto, se instalam em uma determinada região de


um outro ser, comprometendo sistemas, funcionamento de órgãos de um indivíduo e
levando-o à óbito. Os vermes e protozoários são os responsáveis pelas maiores casuísticas
quando se fala em parasitas, mas não podemos esquecer dos insetos, bactérias e, até
mesmo, dos fungos. Os sintomas são diversos, mas existem aqueles que são mais comuns:
diarreia, dores na região de alojamento, comprometimento respiratório e entre outros. Vale
ressaltar que existem duas subdivisões para parasitas, os endoparasitas (ENP) e
ectoparasitas (ECP). Os endoparasitas, são aqueles que vivem dentro do organismo de um
indivíduo (intestino, pulmão, cérebro, cavidade celomática, corrente sanguínea, sistema
renal e dentre outros). Em contrapartida, os ectoparasitas, são os que se apropriam na
região externa do corpo do indivíduo (orelhas, pele, região anal e afins).
As serpentes são animais muito suscetíveis à contração de parasitas, por fatores
anatômicos (FA) e comportamentais (FC). Quando o cão está com infestação de carrapatos
(ECP), desperta comportamentos de coceira excessiva que o auxilia na retirada de muitos
carrapatos alojados na pele, diferente das serpentes que não possuem membros (FA).
Ainda em animais domésticos, o armazenamento da alimentação é algo que evita o
alojamento de organismos ´candidatos’ à parasitose e não complicado de ser aplicado na
rotina dos cuidados com um pet, mas em serpentes não é algo tão simples, já que se
alimentam de animais vivos e/ou abatidos e em muitos casos tais presas podem já
apresentar parasitas, que desencadeará a contração de parasitose (ENP) por alimentação
(FC).
Os sintomas são peças fundamentais para o diagnóstico de parasitose nas serpentes
e são observados facilmente. O animal que sofre com parasitose apresenta sintomas
variados, tais como: anorexia, desidratação, diarreia, fezes sanguinolentas, obstrução do
trato digestivo e dentre outras estruturas. Os diagnósticos são realizados através de
exames, que podem ser de fezes, esfregaços sanguíneos, raspagens de mucosas e tecidos
e identificação de parasita.
O tratamento pode ser administrado por vermífugos, anti-inflamatórios, anti-
helmíntico. Os parasitas também podem danificar os tecidos do trato digestivo e sistema
renal, o que causa infecções e inflamações – criando um ambiente adequado para bactérias
e fungos, que agravam o caso do animal. Tais agravamentos serão refletidos diretamente
nos tratamentos, que não devem ser negligenciados por proprietários e profissionais da
área médica veterinária.
Quanto a transmissão, é preciso atentar-se com a alimentação, água e com outros
indivíduos já infectados. Alimentos e água devem ser bem armazenados – quando
oferecidos abatidos – e receber uma boa higiene e alimentação das presas – quando
oferecidos vivos –, para que não sejam infectados por micro-organismos com potencial de
parasitas. Quando mais de um animal vive em um mesmo recinto ou próximo de outro
indivíduo, quando um diagnosticado com parasitose, é preciso avaliar aquele que
compartilha do mesmo ambiente, pois pode existir a transmissão indireta – quando vinda
de outro indivíduo.
A medicina veterinária preventiva compreende-se em levar seu pet periodicamente ao
médico veterinário, de forma que se façam avaliações físicas, exames de fezes e sangue e
exames complementares quando necessário. Essa forma de cuidar do seu animal pet, é a
ferramenta mais eficaz para diagnósticos de doenças como a parasitose. Portanto, você
tutor, atente-se com os cuidados essências para a saúde e bem-estar do seu mascote,
juntamente de um profissional médico veterinário.

Figura 1: Parasitas em Serpentes; a. Kalicephalus, b. Ophidascaris, c. Rhabdias e d.Oxyuris.


Fonte: ARAÚJO, 1998.

Figura 2: Exame de fezes Epicrates assisi (Jiboia arco-íris da caatinga – Urano).

Fonte: Documento pessoal

Figura 3: Exame de sangue Epicrates assisi (Jiboia arco-íris da caatinga – Urano).

Fonte: Documento pessoal.

Referências:

- ARAÚJO, Terezinha et al. Ocorrência de alguns endo e ectoparasitos no serpentário da UNIFENAS-


Universidade de Alfenas-MG. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 36, n. 1,
p. 0-0, 1999. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-95961999000100003> - acesso em:
28/09/2020.

- LIZASO, Nélida M. Fauna acarológica ectoparasita de serpentes não venenosas da região de construção
de hidrelétricas (Sudeste, Centro-Oeste e Sul) do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 2, n. 2, p. 77-84,
1983. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81751983000200006&script=sci_arttext&tlng=pt> - acesso em:
28/09/2020.

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