Você está na página 1de 28

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

AMAZONAS CAMPUS MANAUS ZONA LESTE DEPARTAMENTO E


PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ALEXANDRE WILLIAN PEREIRA AMARAL

ESPOROTRICOSE FELINA: REVISÃO DA TERAPÊUTICA

MANAUS-AM

2023
ALEXANDRE WILLIAN PEREIRA AMARAL

ESPOROTRICOSE FELINA: REVISÃO DA TERAPÊUTICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Medicina
Veterinária do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do
Amazonas (IFAM), como requisito parcial
para obtenção do Grau de Bacharel em
Medicina Veterinária.

Matrícula Nº 2018006090

Orientador: Profa. Dra. Larissa Quinto Pereira

MANAUS - AM

2023
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

A485e Amaral, Alexandre Willian Pereira


Esporotricose felina: revisão da terapêutica. / Alexandre Willian
Pereira Amaral. -- Manaus, 2023.
28 f.; il : color, 30 cm.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) –


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas
– Campus Manaus Zona Leste, Curso de Medicina Veterinária,
2023.

Orientadora: Larissa Quinto Pereira.

1. Esporotricose. 2. Felino. 3. Terapêutica veterinária. I.


Pereira, Larissa Quinto. II. Título.

CDD – 571.91

Elaborada por Beatriz Pereira Dias – CRB 11/737


AGRADECIMENTOS

À Virgem Maria por me abençoar grandemente durante toda a minha vida e me


ajudar na graduação, me dar força nos momentos difíceis e por permitir que tudo cooperasse
para o bem;

Aos meus pais, Ana e José, por sempre estarem ao meu lado, por todo sacrifício e
investimento que fizeram na minha vida. Agradeço também por serem os primeiros a
acreditarem nos meus sonhos e no meu potencial;

À Luly da Mota, pela amizade nesses 6 anos, que se manteve ao longo deste percurso
e que espero que seja para a vida.

A minha orientadora professora Doutora Larissa Quinto, por ter aceitado me orientar,
e pela disposição e paciência para auxiliar a escrita;

Aos profissionais e amigos, que me deram apoio durante a realização da graduação


e do meu trabalho;

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, IFAM,


Campus Manaus Zona Leste, por ter me proporcionado realizar esta graduação, fazer
amizades e ter um ensino de excelência;

Por fim, aos meus filhos de quatro patas Angel e Gigante e todos os outros passaram
pela minha vida e não estão mais presentes.
“Sempre tente enxergar além Do que é
fácil ver Não é preciso imaginar Quando pode
apenas ser Deixa a vida acontecer Alguns
dentes vão cair Desafios vão surgir Mas isso é
crescer”.

Sofia - Banda O grilo, 2017


RESUMO:

A esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea, zoonótica, causada pelo fungo


Sporothrix spp., comumente afetando humanos, cães e, especialmente, gatos.
Recentemente, tem recebido maior atenção devido à forma de transmissão através dos
gatos e à facilidade de propagação do agente. O Brasil lidera os casos de esporotricose
felina, tornando-se um importante problema de saúde pública devido às altas taxas de
transmissão entre animais e humanos. Além disso, nos felinos, observa-se baixa adesão ao
tratamento por parte dos tutores, deficiências na resposta imune celular e falhas
terapêuticas com agentes antifúngicos. Assim, neste trabalho, teve como objetivo realizar
uma abordagem sobre a terapêutica da esporotricose felina. Pode-se concluir que o
itraconazol é o fármaco de primeira escolha, tendo o iodeto de potássio, terbinafina e
cetoconazol como algumas alternativas de tratamento. Também é recomendado , a
administração da associação de fármacos nos casos de resistência fúngica.

PALAVRAS-CHAVE: Esporotricose, terapêutica, itraconazol, gatos.


ABSTRACT:

Sporotrichosis is a zoonotic subcutaneous fungal infection caused by the fungus Sporothrix


spp., commonly affecting humans, dogs and, especially, cats. Recently, it has received
greater attention due to the form of transmission through cats and the ease in which the
agent spreads. Brazil leads cases of feline sporotrichosis, becoming an important public
health problem due to high transmission rates between animals and humans. Furthermore, in
felines, there is low adherence to treatment by owners, deficiencies in the cellular immune
response and therapeutic failures with antifungal agents. Therefore, this work aimed to
provide an approach to the treatment of feline sporotrichosis. It can be concluded that
itraconazole is the drug of first choice, with potassium iodide, terbinafine and ketoconazole
as some treatment alternatives. It is also recommended to administer a combination of drugs
in cases of fungal resistance.

Keywords: Sporotrichosis, therapeutics, itraconazole, cats.


LISTA DE IMAGENS

IMAGEM 1 - Lesões esporotricose localizada em orelha de felino………………………14

IMAGEM 2 - Lesões esporotricose localizada em porção distal do membro torácico de


felino………………………………………………………………………………………...15
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EPI – Equipamento de proteção individual;

Mg/Kg – Miligramas por quilo;

PCR – Reação em cadeia de Polimerase;

S. – Sporothrix;

% - Por cento.

ITZ - Itraconazol

KI - Iodeto de potássio

FLC - Fluconazol

Sid - 1 vez ao dia


1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
2. ETIOLOGIA................................................................................................................13
3. PATOGENIA............................................................................................................... 14
4. TRANSMISSÃO..........................................................................................................14
5. ASPECTOS CLÍNICOS............................................................................................. 15
6. DIAGNÓSTICO.......................................................................................................... 17
7. CONTROLE E PROFILAXIA.................................................................................. 18
8. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 19
9. DISCUSSÃO E RESULTADOS................................................................................. 19
10. POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS NA ESPOROTRICOSE...........................19
10.1 Derivados Azólicos...................................................................................................... 19
10.1.1 Itraconazol................................................................................................................. 20
10.1.2 Cetoconazol................................................................................................................ 20
10.1.3 Fluconazol.....................................................................................................................21
10.2 Iodeto de Potássio....................................................................................................... 21
10.3 Terbinafina..................................................................................................................22
10.4 Anfotericina B.............................................................................................................23
10.5 Terapia Adjuvante......................................................................................................23
10.6 Termoterapia...............................................................................................................24
10.7 Intervenções cirúrgica................................................................................................24
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................24
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 26
1. INTRODUÇÃO

A esporotricose, uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporothrix,


foi primeiramente identificada no século XIX. Benjamin Schenck, nos Estados Unidos, foi o
primeiro a descrever a doença em 1898 (De Jesus, 2020). A esporotricose, uma doença
fúngica, tem uma distribuição cosmopolita e atualmente é mais comum em ambientes
urbanos do que era em ambientes rurais no passado. Embora seja uma micose de caráter
universal, é mais prevalente em áreas com climas tropicais e subtropicais. Embora os
Estados Unidos apresentem uma incidência significativa, a importância epidemiológica da
esporotricose é mais notável na América Central e do Sul, especialmente no México (região
central) e no Brasil (Larsson, 2011).
No Brasil, em 1907 Lutz e Splendore descreveram o primeiro caso de infecção
natural em ratos e também relataram casos da doença em humanos (Lutz e Splendore,
1907).
No território brasileiro, a esporotricose é a micose subcutânea mais prevalente,
principalmente no Estado do Rio de Janeiro e na região Sul, com maior destaque para o Rio
Grande do Sul, e em números menores em São Paulo e Minas Gerais (Chaves et al., 2011).
Ao longo da história, a esporotricose tem se manifestado por meio de surtos epidêmicos e,
devido à sua alta capacidade zoonótica, tornou-se um desafio significativo de saúde pública
nos dias atuais. No Estado do Rio de Janeiro, a gravidade da situação é tal que a doença
passou a ser de notificação obrigatória (Pires, 2017).
Ela se apresenta como uma infecção subcutânea que, na maioria dos casos, é
adquirida por meio do contato com material orgânico contaminado pelo fungo Sporothrix.
As manifestações clínicas variam desde lesões cutâneas localizadas até formas mais graves,
como infecções disseminadas, especialmente em pacientes imunocomprometidos. O
diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações
e limitar a disseminação da doença (Bison, 2019).
Gatos com acesso à rua desempenham um papel crucial na disseminação da doença,
pois estão mais suscetíveis ao contato com o fungo presente em ambientes contaminados
(Assis et al., 2022). Suas atividades ao ar livre os expõem a locais onde o Sporothrix pode

11
estar presente, aumentando a probabilidade de infecção. Além disso, a aglomeração de gatos
em colônias urbanas também pode favorecer a transmissão e disseminação do agente
causador da doença (Farias, 2000).
Portanto, diante do aumento de casos da enfermidade em gatos, da relevância dos
felinos na propagação da doença, das manifestações clínicas graves e das limitações
terapêuticas nessa espécie, reforça-se a importância de esclarecer a abordagem clínica pelos
Médicos Veterinários, assim como as limitações e modalidades terapêuticas disponíveis.
Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura
acerca da terapêutica da esporotricose felina.

2. ETIOLOGIA

A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo Sporothrix schenckii, sendo


caracterizada como uma zoonose, ou seja, uma doença que pode afetar tanto seres humanos
quanto outros animais. Os felinos, em particular, são uma das espécies mais suscetíveis a
essa infecção (Santos, 2017). No entanto, relatos anteriores mencionam casos de
esporotricose em diversas outras espécies, incluindo chimpanzés, cães, suínos, ratos,
bovinos, equinos, raposas, golfinhos e camelos (Pires, 2017). Isso evidencia que a
esporotricose tem a capacidade de afetar uma ampla variedade de animais, com
manifestações clínicas variáveis de acordo com a espécie afetada.

Durante muito tempo o agente etiológico Sporothrix schenckii foi atribuída como
única espécie da esporotricose, porém novos estudos apresentaram que o Sporothrix spp. é
um complexo constituído por várias espécies, S. schenckii sensu stricto, S. brasiliensis, S.
globosa e S. luriei, com maior potencial patogênico e espécies ambientais com menor
potencial patogênico, S. mexicana, S. pallida. Sendo a S. brasiliensis a responsável pela
grande maioria dos casos humanos e animais no Brasil (Carvalho,2016).

Sporothrix spp. é considerado um fungo dimórfico, pois em tecidos de animais e


humanos infectados assume a forma levedura e quando cultivado em laboratório é
encontrado na natureza apresenta forma de micélio. É considerado um fungo saprófito,

12
tendo sido isolado no solo principalmente em matéria orgânica em decomposição, folhas
secas, madeira, locais com vegetação, especificamente em espinhos de roseiras (Cardoso;
Lima; Teixeira, 2015).

O fungo desse gênero tem uma distribuição cosmopolita, tendo maior frequência em
áreas tropicais e temperadas ele se desenvolve de acordo com a umidade, em locais com 92
a 100% de umidade viabilizam condições perfeitas para seu crescimento (Pires, 2017).

3. PATOGENIA

Os felinos, principalmente os machos não castrados e que vivem em liberdade,


desempenham um importante papel epidemiológico (Assis et al., 2022). Isso ocorre porque
os gatos têm o hábito de arranhar árvores, cavar buracos, enterrar fezes, afiar suas garras em
troncos de árvores e exibem um forte comportamento territorial, que leva a disputas, esses
comportamentos facilita a retirado do fungo do ambiente e ficando entre as unhas do animal,
tornando mais fácil a disseminação (Farias, 2000).

A inoculação traumática do agente pode resultar na forma cutânea da esporotricose,


que pode manifestar-se como um complexo cutâneo-linfático no local da lesão. A doença
pode apresentar uma tendência à cura espontânea e ser autolimitante, ou, pode disseminar-se
e provocar lesões progressivas nos vasos linfáticos regionais, seguidos por acometimento de
outros órgãos (Bison, 2019).

As manifestações clínicas da esporotricose felina podem variar de subclínica a


evoluir para forma cutânea com lesões múltiplas, lesões em mucosa nasal causam sinais
respiratórios, espirros, dispnéia e corrimento nasal. A maioria das lesões cutâneas estão
localizadas na cabeça, extremidades dos membros e cauda onde podem apresentar com a
evolução extensas áreas de necrose expondo o tecido muscular e ósseo (Carvalho, 2016).

4. TRANSMISSÃO

A esporotricose é uma infecção que se desenvolve quando o agente Sporothrix spp.


entra no corpo por meio da inoculação ou penetração traumática na pele, uma vez que o
agente é incapaz de penetrar a pele intacta. Raramente a esporotricose pode ser resultado da
inalação, aspiração ou ingestão do agente (Pires, 2017).

13
Para os felinos, a infecção pode acontecer por de mordeduras ou arranhaduras
durante brigas, brincadeiras ou cópula com gatos infectados, ou pode ocorrer por contato
direto com o solo (Larsson, 2011). Devido ao hábito de limpeza com a língua, podem
transportar o agente infeccioso para a mucosa oral, esse comportamento facilita a
transmissão do agente durante mordeduras que causam lesões cutâneas (Bison, 2019). Após
a inoculação, há um período pré-patente. A duração desse período varia de acordo com o
estado imunológico do animal, e em casos mais graves, a infecção pode se disseminar pelo
corpo, tornando-se sistêmica (Larsson, 2011).

A transmissão para humanos não está ligada a fatores predisponentes, e sim ligada a
atividades ocupacionais e hábitos que favorecem a infecção, ou seja, é mais comumente
identificada em pessoas que trabalham com plantas e solo ou em pessoas que mantêm
contato com animais (Ferreira, 2022). Ocasionalmente ocorre em ambiente profissional
como médicos veterinários, estudantes de medicina veterinária, tosadores e tratadores
(Larsson, 2011).

5. ASPECTOS CLÍNICOS

No Brasil, alguns estudos demonstram que felinos macho, com faixa etária média de
2 anos são mais acometidos. Geralmente se manifestam em duas ou mais lesões pelos
membros torácicos, superfície de mucosa e cabeça. Também é comum desenvolver quadros
respiratórios (Larsson, 2011).
Por ser uma micose subcutânea a esporotricose pode se apresentar clinicamente
como uma única lesão ou com múltiplas lesões cutâneas, frequentemente gatos desenvolvem
a forma sistêmica, a forma mais comum se caracteriza por múltiplas lesões que envolvem
mucosas sobretudo a nasal, mucosa oral, conjuntival e genital também podem ser acometida
(Gremião et al., 2020).

A apresentação clínica vai depender de vários fatores, como estado imunológico,


profundidade da inoculação e tamanho do trauma causado, geralmente as lesões ficam
apenas na pele e vasos linfáticos próximos, raramente se dissemina para outros órgãos. A
doença pode manifestar-se na forma cutânea fixa, linfocutânea e disseminada; na qual nos
gatos pode ocorrer, concomitantemente, mais de uma forma clínica (Barros; Almeida Paes;
Schubach, 2011).

14
A forma cutânea fixa e disseminada são as mais encontradas em gatos. Geralmente
ocorre em duas ou três áreas lesionadas na cabeça, orelhas (Figura 1), principalmente no
focinho, nos membros torácicos ( figura 2), na cauda e nas superfícies mucosas (Larsson,
2011; Bazzi et al., 2016). Em gatos se manifesta clinicamente como lesões nodulares ou em
placa, firmes, alopécicas e indolores que fistulam ou ulceram , produzindo líquido
serossanguinolento (Bazzi et al. 2016).

IMAGEM 1- Lesões esporotricose


localizada em orelha de felino.
(Amaral, 2023).

A forma linfocutânea é caracterizada pela difusão de microrganismos fúngicos para o


sistema linfático adjacente. Isso resulta em uma série de nódulos subcutâneos firmes que
aumentam, flutuam e às vezes ulceram, com aumento dos linfonodos regionais e supuração
(Farias, 2000).

Após a infecção ser estabelecida ocorre o desenvolvimento do esporotricoma, como


é chamada a lesão da esporotricose, e que dependendo do estado imunológico do animal
pode involuir e ter cura espontânea. Também devido ao exsudato das lesões conterem
muitos organismos pode ocorrer auto-inoculação. A forma mais comum em felinos são
cutânea fixa e cutânea disseminada (Cagnini, 2019).

15
IMAGEM 2- Lesões esporotricose
localizada em porção distal do
membro torácico de felino. (Amaral,
2023).

No Brasil, lesões em gatos, no nariz, causada pelo agente Sporothrix sp. são
chamadas de “ nariz de palhaço” isso se deve ao inchaço causado pela infecção (Bison,
2019).

6. DIAGNÓSTICO

Para o diagnóstico primeiramente é feito observações clínicas, anamnese combinado


aos dados epidemiológicos da região. É crucial avaliar o tipo de lesão, sua distribuição e
procurar por achados patognomônicos da doença, como o chamado "rosário
esporotricótico". No entanto, para confirmar as suspeitas iniciais, recomenda-se a realização
de exames complementares, tais como citodiagnóstico, exame micológico, histopatológico,
sorológico, testes de sensibilidade intradérmicos e a técnica de reação em cadeia da
polimerase (PCR) (Bison, 2019).

O diagnóstico da esporotricose envolve uma abordagem multidisciplinar que


combina sinais clínicos, epidemiológicos e análises laboratoriais. O diagnóstico conclusivo
da esporotricose é estabelecido através do isolamento e identificação morfológica do fungo
Sporothrix spp., um processo que pode levar até 30 dias para ser concluído (Ferreira, 2022).

16
No entanto, outras alternativas como exames citopatológicos e histopatológicos são
muito úteis para o diagnóstico em um período menor, a histopatologia é feito por biópsia já
a Citopatologia é pela técnica de impressão das lesões cutâneas, mesmo com resultado
negativo a doença não é descartada (Gremião et al., 2020). Estes são considerados métodos
padrão-ouro para diagnóstico (Bison, 2019).

Na investigação laboratorial dessa doença, abrange exame direto de amostras, tais


como biópsias de tecidos ou amostras de pus retiradas de lesões específicas. Em casos de
infecções disseminadas, é possível que outras amostras, como escarro, urina, sangue, bem
como líquidos cefalorraquidiano e sinovial, sejam coletadas, dependendo dos órgãos
afetados. Esse conjunto de informações permite um diagnóstico mais preciso e direcionado
ao tratamento adequado da esporotricose (Barros; Almeida Paes; Schubach, 2011).

Recentemente, foi disponibilizado um teste sorológico em laboratórios privados para


o diagnóstico da esporotricose felina. Este método ELISA detecta anticorpos IgG contra um
antígeno purificado de Sporothrix spp. e recentemente foi validado para todos os tipos
clínicos da esporotricose felina (Gremião et al., 2020).

7. CONTROLE E PROFILAXIA

A prevenção da esporotricose em felinos é essencial para impedir a propagação da


doença entre os membros da mesma espécie e também para os seres humanos. Considerando
o comportamento errante dos gatos, especialmente dos machos que costumam entrar em
conflitos por fêmeas, a melhor escolha de profilaxia é a castração, pois essa diminui o
instinto de caça, disputa por fêmeas e território assim diminuindo a circulação pela
vizinhança. em casos sem possibilidade de tratamento, a eutanasia e cremação devem ser o
procedimento do centro de zoonoses (Barros; Almeida Paes; Schubach, 2011).

Os gatos devem ser mantidos “indoor” (sem acesso à rua) em áreas endêmicas para
evitar contato com gatos infectados ou reservatórios do agente. Essa recomendação é
especialmente importante para animais imunocomprometidos , como aqueles infectados por
retroviroses ou que estão tomando medicamentos imunossupressores (Rosa, 2017).

Ao profissional que irá manipular o animal recomenda-se utilizar equipamentos de


proteção, avental descartável, luvas, máscara facial e óculos de proteção. também é muito
importante orientar o tutor do animal em tratamento sobre as formas de transmissão,

17
métodos profiláticos, como a castração, e a importância de isolar o animal em tratamento
(Assis et al. 2022).

8. MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizada uma revisão narrativa da literatura científica. A pesquisa foi realizada
nas seguintes plataformas de bases de dados em saúde: Pubmed
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/); BVS-Biblioteca virtual em saúde
(http/bvsalud.org/); Scielo- Scientific eletronic Library Online (https:www.scielo.br/); Portal
de Periódicos CAPES (https:www.periodicos.capes.gov.br/); Google acadêmico
(https://scholar.google.com.br/) e Lilacs (http://lilacs.bvsalud.org/).

Os termos foram utilizados em conjunto de palavras-chave, sendo: “terapêutica” ou


“tratamento” e “Sporotrichosis” ou “Esporotricose” e “felinos” ou “gatos”.

9. DISCUSSÃO E RESULTADOS
10. POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS NA ESPOROTRICOSE

A necessidade de tratamento é comum para a maioria dos pacientes diagnosticados


com esporotricose, já que a resolução espontânea é altamente incomum. Na prática da
medicina veterinária, as informações acerca do tratamento da esporotricose são
majoritariamente derivadas de estudos retrospectivos, relatos de casos ou de procedimentos
experimentais (Rosa, 2017).

10.1 Derivados Azólicos

Os derivados azólicos são agentes sintéticos que possuem ação sobre o 14-α
esterol desmetilase oferecendo uma ampla ação antifúngica. Sua atuação ocorre por meio da
inibição da biossíntese de lipídios, particularmente do ergosterol, um componente essencial
da membrana fúngica. Por ser uma terapia considerada segura e efetiva, esses fármacos são
considerados de eleição para tratamento de esporotricose em animais, porém quando usado
isoladamente há vários relatos de falha terapêutica e recidivas (Rosa et al., 2018).

18
10.1.1 Itraconazol

O tratamento da esporotricose felina ainda representa um desafio, com um número


limitado de agentes antifúngicos orais, além do alto custo, longo tempo de tratamento e
efeitos adversos. Embora o itraconazol tenha se mostrado um tratamento eficaz em gatos,
em alguns casos a resposta clínica é insatisfatória, principalmente naqueles com doenças
respiratórias, sinais e lesões da mucosa nasal (Reis et al. 2012).
Na Clínica Veterinária, o itraconazol é o medicamento antifúngico mais amplamente
utilizado. No tratamento da dermatofitose, blastomicose e aspergilose nasal em cães com
doses de 5 a 10 mg/kg. Os tratamentos de dermatofitoses e criptococose em felinos são
administrados nas mesmas doses recomendadas para cães; no entanto, para a esporotricose,
as doses podem variar de 10 a 40 mg/kg (Meinerz, 2007).
O antifúngico de escolha para esporotricose em gatos é o itraconazol. Com ele a cura
clínica pode acontecer em algumas semanas ou meses, porém a terapia com antifúngico não
impede a multiplicação do fungo na região nasal, isso torna difícil a cicatrização de lesões
nesta região. A dose indicada é de 5-10 mg/kg a cada 12 a 24 horas, podendo ocorrer a
remissão das lesões cutâneas em 3 a 5 meses. Porém em casos com cura clínica difícil são
recomendadas doses altas (27,7 mg/kg a 100 mg/gato) . O fármaco deve ser administrado
por pelo menos 2 meses. Mesmo após a cicatrização das feridas o tratamento deve continuar
por pelo menos 1 mês (Nakasu et al., 2021).
O itraconazol é bem absorvido pela via oral por isso deve ser administrado
juntamente com alimentos ricos em lipídios para aumentar sua biodisponibilidade. A
absorção é altamente dependente do pH gástrico. O medicamento é eficaz no tratamento de
várias micoses devido à sua ampla distribuição na maioria dos tecidos orgânicos em níveis
superiores às concentrações sanguíneas (Meinerz, 2007).

10.1.2 Cetoconazol

19
Em casos onde o itraconazol é insuficiente, como em pacientes com sinais
respiratórios e lesões na região nasal (Reis et al, 2012). Há relatos sobre o uso de
cetoconazol com doses de 2,5 a 40 mg/kg a cada 12 ou 24 horas. O fármaco pode causar
efeitos adversos além de apresentar toxicidade para o fígado. Por isso, ao iniciar o
tratamento com o cetoconazol, é necessário realizar o monitoramento das enzimas hepáticas
( Reis, 2011).
Um estudo feito em 773 gatos comparando a segurança e eficácia do itraconazol
(ITZ) e do cetoconazol, onde o tempo necessário para resolução dos sinais clínicos foi
semelhante nos dois grupos, no entanto o grupo tratado com itraconazol teve melhor
terapêutica e menos eventos adversos gastrointestinais do que ao cetoconazol (Pereira et al.,
2010).
Em seu guia para o tratamento da esporotricose, Lloret et al. (2013) afirmam que o
cetoconazol é usado com frequência em cães em vez do iodeto de potássio. Isso significa
que o cetoconazol pode ser um método alternativo para tratar gatos infectados. Ainda assim,
quando comparado ao itraconazol, seus efeitos hepáticos são mais comuns.

10.1.3 Fluconazol

O fluconazol (FLC) é um antifúngico relativamente pouco usado na medicina


veterinária (Dos santos, 2021). É um derivado azólico, fungistático, ele apresenta alta
permeabilidade no líquor, o que fundamenta o seu uso em quadros clínicos onde há
comprometimento do sistema nervoso central. É amplamente distribuído pelo organismo
chegando a determinados fluidos orgânicos como líquor e humor aquoso, onde atinge
grandes níveis terapêuticos (Rosa, 2017).
. Na medicina veterinária a utilização do FLC é recomendada, especialmente nos
casos de infecção disseminada, na dosagem de 50 mg/gato ou de 5-10 mg/kg para cães, por
via oral, a cada 24 horas, principalmente quando há falhas terapêuticas e resistência a outras
medicações. Seu uso pode ser associado ao itraconazol (Lloret et al., 2013).

10.2 Iodeto de Potássio

20
Reis et al. (2012) fez um estudo em 48 gatos onde avaliou o tratamento com iodeto
de potássio (KI), foi estabelecido tratamento com KI manipulado em cápsula com dose
inicial de 2,5mg/kg a cada 24h, em seguida a cada cinco dias as doses foram aumentadas
progressivamente, até que uma resposta clínica fosse alcançada ou aparecesse sinais de
toxicidade, da seguinte forma: 5m/kg, 10mg/kg, 15mg/kg, 20mg/kg a cada 24h. Os gatos
apresentaram taxa de cura de 47,9% e a falha do tratamento de 37,5%. Mesmo que gatos
tratados com iodeto apresentem efeitos clínicos adversos, isso não impede a sua utilização,
pois efeitos tóxicos são reversíveis com a suspensão do uso ou quando administrado em
doses mais baixas, assim, o monitoramento clínico e bioquímico é recomendado para
reajuste da dose (Reis et al. 2012).
O mecanismo de ação dos iodetos ainda é desconhecido. Alguns autores indicam que
o iodo aumenta a resposta imune, no entanto o mecanismo do qual ocorre não foi elucidado.
A dose recomendada para tratamento da esporotricose felina pode variar de 10-20mg/kg a
cada 12 ou 24h, via oral (Pereira et al. 2018). Os felinos apresentam sensibilidade às
preparações de iodetos e devem ser monitorados pois pode acontecer iodismo, como
anorexia, vômito, diarreia e depressão. Nesses casos o fármaco pode ser suspenso
temporariamente e estabelecendo doses mais baixas (Reis, 2011).
A terapia contínua com KI pode causar tireoidite, hipo ou hipertireoidismo e
interrupção da produção endógena de hormônios tireoidianos. Após um mês de tratamento,
deve ser feito o teste do estimulador hormonal da tireóide para garantir que a função
tireoidiana permaneça normal (Reis et al. 2012).
Da Rocha et al (2018) relataram que a associação de iodeto de potássio ao
itraconazol apresentou eficácia no tratamento de esporotricose refratária ao ITZ,
especialmente em quadros que envolvem lesões na mucosa nasal e presença de sinais
respiratórios.

10.3 Terbinafina

A terbinafina tem sido avaliada como alternativa para o tratamento da esporotricose


humana, e um antifúngico do grupo das alilaminas, efetivas no tratamento das
dermatofitoses e de infecções fúngicas superficiais. Esse fármaco vem demonstrando boa
atividade in vitro frente ao S. schenckii., inibindo a enzima epoxidase e alterando a
biossíntese dos esteróis fúngicos, acarretando a morte da célula fúngica. Estudos

21
demonstram que a administração do fármaco com doses de 10 e 40 mg/kg não apresentaram
efeitos colaterais, porém ainda são escassas análises sobre sua efetividade no tratamento de
esporotricose felina (Meinerz, 2007).
Segundo Meinerz et al. (2007) os efeitos colaterais associados ao uso da terbinafina
geralmente são leves e transitórios. Quando recebidos por via oral ou tópica, os sinais de
intoxicação mais comuns incluem anorexia, náuseas, vômitos, diarréia e urticária.
Terbinafina tem ação efetiva em tratamento das dermatofitoses e infecções fúngicas
superficiais, e em estudos utilizando 30 mg de terbinafina por via oral a cada 24 horas, se
mostrou efetiva no tratamento de esporotricose felina. Pode ser utilizada como monoterapia
ou associada ao itraconazol (Dos santos, 2021).
Na terapêutica de felinos, deve ser considerado o uso quando houver suspeita de
resistência, intolerância ou pouca resposta ao itraconazol. A dose recomendada para gatos é
de 30 mg a cada 24 horas (Lloret et al. 2013).

10.4 Anfotericina B

O mecanismo de ação da anfotericina B se dá pela sua interação com o ergosterol,


esteróide constituinte da parede celular fúngica, a alteração da permeabilidade celular que
provoca um desequilíbrio eletrolítico e homeostático, resultando na inibição do crescimento
e eventualmente em morte celular (Rosa, 2017).
A anfotericina B consiste em um antibiótico macrolídeo poliênico, mais
recomendado na forma disseminada da esporotricose, sendo essa normalmente severa em
gatos. Apesar da monoterapia com azólicos ser efetiva em muitos pacientes, em casos que
não houve resposta, é indicada a anfotericina B (Reis, 2011).
Em casos de pacientes que não respondem ao itraconazol e apresentam lesões
residuais localizadas, a anfotericina B intralesional pode ser uma opção. No entanto, os
tutores enfrentam dificuldades devido à necessidade de sedar o animal para realizar as
aplicações. Estudos mostram que uma associação de anfotericina B intralesional e
antifúngico oral é mais eficaz do que administrar apenas um antifúngico. Isso reduz o tempo
de tratamento e a quantidade total de anfotericina B necessária para a cura (Ribeiro, 2021).
Embora o uso da anfotericina B em animais ainda seja limitado, é recomendada uma
dose total de 4 a 8 mg/kg em infusão intravenosa lenta, em dias alternados. A probabilidade

22
de desenvolver nefrotoxicidade em pacientes parece ser reduzida por este protocolo e pelo
uso de fluidoterapia prévia ( Rosa, 2017).

10.5 Terapia Adjuvante

A terapia adjuvante e associação de estimulantes do sistema imunológico com


antifúngicos tradicionais como. A timomodulina é um extrato do timo que promove a
modulação dos linfócitos T e B e contribui para a ação de diversos tipos de células de defesa
necessárias ao controle de micoses. Algumas estudos anteriores realizados apontam que o
uso de timomodulina como terapia adjuvante associado a ITZ + KI resultam em menor
tempo de remissão dos sinais clínicos extra cutâneos, melhora o prognóstico e sobrevida de
gatos com esporotricose cutânea disseminada (Forlani et al., 2021).

10.6 Termoterapia

Honse et al (2010) relataram a cura clínica de um gato que apresentava uma única
lesão cutânea de esporotricose, utilizando somente a termoterapia local, foi utilizado bolsa
térmica com uma temperatura variando de 40 a 42ºC por 15 minutos, duas vezes ao dia, por
sete semanas. Após três semanas, a lesão cicatrizou completamente e não foi observada
disseminação para linfonodo regional. O tratamento continuou por mais quatro semanas e o
gato recebeu alta. Esse tratamento no gato existem várias limitações como a localização das
lesões, determinar o momento de suspender a terapia e de determinar a temperatura correta e
ainda é necessário que o paciente apresente a forma fixa da esporotricose (Honse et al.
2010).

10.7 Intervenções cirúrgica

Autores relataram em gatos com esporotricose a excisão cirúrgica de lesão e a


posterior administração de itraconazol, também a ressecção cirúrgica das lesões residuais
após a falha do tratamento com medicamento Gremião et al. (2006) descreveram um bom
resultado na remoção cirúrgica de uma lesão na bolsa escrotal e testículos de um gato com
esporotricose em tratamento com itraconazol. No pós operatório foram prescritos

23
enrofloxacina (5mg/kg/sid, durante 20 dias) associada ao itraconazol (20 mg/kg/sid/). Essa
modalidade também apresenta limitações, assim como a termoterapia, a principal limitação
de tratamento é a localização da lesão, pois deve estar em local anatômico que permita a
intervenção cirúrgica.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A esporotricose está se tornando uma zoonose cada vez mais prevalente no Brasil.
Os felinos desempenham um papel crucial na disseminação dessa doença, pois carregam
uma quantidade significativa das leveduras causadoras em suas lesões.
O itraconazol mantém-se como a principal opção de tratamento para a esporotricose
na prática clínica veterinária, apesar do aumento dos relatos de falhas terapêuticas. Em
situações onde o itraconazol se mostra ineficaz, a associação com o iodeto de potássio tem
sido frequentemente utilizado como uma alternativa bem-sucedida.
A associação de terapias não farmacológicas com as farmacológicas tem sido uma
alternativa viável. Assim como terapias adjuvantes que envolvem imunomodulação têm o
potencial de reduzir o tempo necessário para tratamento.
O uso da termoterapia e das intervenções cirúrgicas tem bons resultados, mas são
limitados a casos muito específicos.
A escolha da terapia vai depender da avaliação da gravidade da doença, da forma
que a doença se apresenta no animal, do estado imunológico do paciente e do tipo e
extensão das lesões

24
REFERÊNCIAS

ASSIS, G. S. .; ROMANI, A. F. .; SOUZA, C. M. de .; VENTURA, G. F. .; RODRIGUES,

BARROS, Mônica Bastos de Lima; DE ALMEIDA PAES, Rodrigo; SCHUBACH,


Armando Oliveira. Sporothrix schenckii and Sporotrichosis. Clinical microbiology reviews,
v. 24, n. 4, p. 633-654, 2011.

BAZZI, Talissa et al. Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e


histoquímicas da esporotricose felina. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 36, p. 303-311,
2016.

BISON, Ividy. Esporotricose felina: revisão bibliográfica. 2019.

CAGNINI, Patrine et al. Esporotricose felina: Relatos de Casos. 2019.

CARDOSO, Rui; LIMA, Fátima Torres; TEIXEIRA, Daniela Alexandra Mendes.


Esporotricose Cutânea:: A Propósito de um Caso Clínico. Millenium, n. 48, p. 211-215,
2015.

CARVALHO, Beatriz Wanderosck et al. Avaliação da resposta terapêutica ao iodeto de


sódio em cápsulas na esporotricose felina. 2016. Tese de Doutorado..

CHAVES, Adriana da Roza et al. Evolução clínica dos casos de esporotricose felina
diagnosticados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC)/Fiocruz no período
de 1998 a 2005. 2011. Tese de Doutorado.

comparativo entre fluconazol e itraconazol na esporotricose felina. 2021.

Da Rocha, R. F. D. B., Schubach, T. M. P., Pereira, S. A., dos Reis, É. G., Carvalho, B. W.,
& Gremião, I. D. F. (2018). Refractory feline sporotrichosis treated with itraconazole
combined with potassium iodide. Journal of Small Animal Practice. doi:10.1111/jsap.12852

DE JESUS, Augusto César Parreiras et al. Características fenotípicas e filogenéticas de


isolamentos de Sporothrix spp. isolados de casos clínicos atendidos no Hospital das Clínicas
da UFMG em Belo Horizonte. 2020.

DOS SANTOS, AMANDA MARIA MIRANDA RODRIGUES. Estudo terapêutico

FARIAS, Marconi Rodrigues de. Avaliação clínica, citopatológica e histopatológica seriada


da esporotricose em gatos (Felis catus-Linnaeus, 1758) infectados experimentalmente.
2000.. 97 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia., 2000.

FIGUEIREDO, F. B.; ASSIS, N. V. de; PASSOS, S. R. L. Aspectos terapêuticos da


esporotricose felina. Acta Scientiae Veterinariae, [S. l.], v. 37, n. 4, p. 311–321, 2018. DOI:
10.22456/1679-9216.16781. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/index.php/ActaScientiaeVeterinariae/article/view/16781.

25
G. A. .; STELLA, A. E. ESPOROTRICOSE FELINA E SAÚDE PÚBLICA. Veterinária e
Zootecnia, Botucatu, v. 29, p. 1–10, 2022. DOI: 10.35172/rvz.2022.v29.594. Disponível em:
https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/594.

Gremião IDF, Oliveira MME, Monteiro de Miranda LH, Saraiva Freitas DF, Pereira SA.
Geographic Expansion of Sporotrichosis, Brazil. Emerg Infect Dis. 2020
Mar;26(3):621-624. doi: 10.3201/eid2603.190803. PMID: 32091376; PMCID:
PMC7045854.

GREMIÃO, Isabella Dib Ferreira et al. Tratamento cirúrgico associado à terapia antifúngica
convencional na esporotricose felina. Acta Scientiae Veterinariae, v. 34, n. 2, p. 221-223,
2006.

Honse, CO, Rodrigues, AM, Gremião, IDF, Pereira, SA, & Schubach, TMP (2010). Uso de
hipertermia local no tratamento da esporotricose em gato. Registro Veterinário, 166(7),
208–209. doi:10.1136/vr.b4768

Larsson, C. E. (2011). Sporotrichosis. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal


Science, 48(3), 250-259. https://doi.org/10.11606/S1413-95962011000300010

LUTZ, Adolpho; SPLENDORE, Alffonso. Sobre uma micose observada em homens e ratos:
contribuição para o conhecimento das assim chamadas esporotricoses. Revista Médica de
São Paulo, v. 21, p. 443-450, 1907.

M. C. A. TERAPÊUTICA DA ESPOROTRICOSE: REVISÃO. Science and Animal


Health, v. 5, n. 3, p. 212-228, 4 maio 2018.

MEINERZ, Ana Raquel Mano. Avaliação da atividade in vivo e in vitro da terbinafina e


itraconazol frente ao sporotrix schenckii. 2007.

Nakasu CCT, Waller SB, Ripoll MK, Ferreira MRA, Conceição FR, Gomes ADR, Osório
LDG, de Faria RO, Cleff MB. Feline sporotrichosis: a case series of itraconazole-resistant
Sporothrix brasiliensis infection. Braz J Microbiol. Mar;52(1):163-171. 2021.

Pereira SA, Passos SR, Silva JN, Gremião ID, Figueiredo FB, Teixeira JL, Monteiro PC,
Schubach TM. Response to azolic antifungal agents for treating feline sporotrichosis. Vet
Rec. 2010 Mar 6;166(10):290-4. doi: 10.1136/vr.166.10.290. PMID: 20208075.

PEREIRA, S. A.; SCHUBACH, T. M. P.; GREMIÃO, I. D. F.; SILVA, D. T. da;

PIRES, C. Revisão de literatura: esporotricose felina. Revista de Educação Continuada em


Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 1, p. 16-23, 15 maio 2017.

REIS, Érica G. et al. Potassium iodide capsule treatment of feline sporotrichosis. Journal of
feline medicine and surgery, v. 14, n. 6, p. 399-404, 2012.

RIBEIRO, Emille Karoline Marques. Metodologias de diagnósticos, tratamentos e


perspectivas da esporotricose felina no Brasil: revisão de literatura.

ROSA, C. S. DA; MEINERZ, A. R. M.; OSÓRIO, L. DA G.; CLEFF, M. B.; MEIRELES,

26
ROSA, Cristiano Silva da. Esporotricose felina e canina em área endêmica: epidemiologia e
tratamento. 2017.

SANTOS, U. S. T.. Perfil Epidemiológico da Esporotricose no Município de Camaçari,


Estado da Bahia, Brasil. 2017. 19 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) -
Fundação Estatal Saúde da Família. Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz,
Salvador, 2017

27

Você também pode gostar