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Alice Regina Padilha

Esporotricose Felina:
Primeiro Relato de Caso no Município de Ortigueira – PR

Curitiba/PR
2015
1

Alice Regina Padilha

Esporotricose Felina:
Primeiro Relato de Caso no Município de Ortigueira – PR

Monografia apresentada como requisito final à


obtenção do Título de Especialista no Curso de
Pós-Graduação, Especialização em Clinica Médica
e Cirúrgica de Pequenos Animais, do Centro de
Estudos Superiores de Maceió, da Fundação
Educacional Jayme de Altavila, orientada pelo
Prof. Me. Carlos Renato Pfau.

Curitiba/PR
2015
Alice Regina Padilha

Esporotricose Felina:
Primeiro Relato de Caso no Município De Ortigueira – PR

Monografia apresentada como requisito final à


obtenção do Título de Especialista no Curso de
Pós-Graduação, Especialização em Clinica Médica
e Cirúrgica de Pequenos Animais, do Centro de
Estudos Superiores de Maceió, da Fundação
Educacional Jayme de Altavila, orientada pelo
Prof. Me. Carlos Renato Pfau.

Curitiba/PR, _______ de __________________ de 20___

– Orientador –

Curitiba/PR
2015
Resumo

A esporotricose é uma micose subcutânea e zoonótica causada pelo Sporothrix schenckii


sendo que os felino doméstico com esporotricose representam um papel importante na
transmissão do S. schenckii para outros animais assim como para o homem, sendo
considerada uma doença de interesse em saude pública. O presente trabalho objetivou
descrever a ocorrência de 7 casos de esporotricose felina diagnosticados no municipio de
Ortigueria - Paraná no ano de 2015 onde os animais apresentavam lesões cutâneas circulares
elevadas ulceradas e crostosas principalmente na face, espelho nasal, pavilhão auricular,
assim como lesões distribuídas pelo corpo. O diagnóstico foi realizado por meio de exame
histopatológico dos gatos atendidos no Consultório 4 Patas e por avaliação clínica dos
atendidos no Centro de Controle Populacional de Cães e Gatos. O tratamento instituído foi
com itraconazol, havendo remissão das lesões e cura. Diante da ocorrência destes e outros
casos e em função de se tratar de zoonose foi instituído companha de conscientização sobre a
doença no municipio.
Palavras chave: Sporothrix schenckii, zoonose, felinos.
Lista de Ilustrações:

Fig. 1. Felino macho, SRD, com lesão na região de face(22/10/2014)…………. 11


Fig. 2. Felino, macho, SRD, com lesões em borda de orelha (22/10/2014)…..... 12
Fig. 3. Felino, macho, SRD, errante, com lesões distribuídas por todo o corpo .. 12
Fig. 4. Felino em fase de tratamento (11/03/2015)……………………………... 14
Fig. 5. Felino em fase final de tratamento(24/06/2015)….................................. 15
Fig. 6. Trabalho de conscientização nas escolas por meio de palestras………… 16
Fig. 7. Trabalho de conscientização nas escolas por meio de palestras…….…... 16
Fig. 8. Folder explicativo ………………….………………………….......……. 17

Lista de Abreviaturas: siglas, símbolos e acrônimos.

SRD Sem raça definida

CCPCG Centro de controle populacional de cães e gatos

Sid Uma vez ao dia


Bid Duas vezes ao dia
mg Miligrama
ml Mililitro
min Minutos
kg Quilograma
Sumário

Introdução………………………………………………………………… 6
1. Revisão de Literatura…………………………………………………….. 7
2. Relato de caso…………………………………………………………….. 11
3. Considerações finais……………………………………………………… 18
4. Refêrencias Bibliográficas……………………………………………….. 19

ANEXOS

ANEXO A.: Resultado de exame histopatológico …………………………….. 23


ANEXO B.: Resultado de exame histopatológico …………………………….. 24
ANEXO C.: Resultado de exame histopatológico …………………………….. 25
6

INTRODUÇÃO

Sporothrix schenckii é o causador de uma micose subcutânea e zoonótica, e tem


grande importância em saúde pública. É uma espécie de fungo dimórfico da
família Ophiostomataceae, filamentoso e dematiaceo. Apresenta distribuição mundial e
acomete uma grande variedade de espécies de animais e o homem.
O fungo pode ser encontrado no solo, associado com plantas e matéria orgânica
em decomposição, sendo mais prevalente em áreas de clima tropical e subtropical
(DONADEL et al., 1993).
“A esporotricose é considerada a micose mais freqüente do mundo”. (BONIFAZ
et al,2010). “A doença é adquirida pela inoculação do fungo diretamente na pele por meio de
traumatismos causados por fragmentos de vegetais, arranhadura ou mordedura de animais
contaminados. Estudos apontam o freqüente envolvimento dos gatos na transmissão desta
micose ao homem” (BARROS et al., 2004).
Devido à esporotricose despontar um grande interesse para a saúde pública e ser
diagnosticada pela primeira vez no município, o presente trabalho objetivou relatar a
ocorrência de esporotricose cutânea em 7 felinos, na cidade de Ortigueira, estado da Paraná,
Brasil.
7

1. REVISÃO DE LITERATURA

Dentre as inúmeras doenças que o gato pode transmitir ao homem a esporotricose


foi descrita e considerada uma das mais importantes micoses subcutâneas de saúde pública em
diversos países (BARROS et al. 2010; LOPES-BEZERRA, 2006), porém no Brasil não é uma
doença de notificação obrigatória, exceto no Rio de Janeiro, onde esta moléstia tem
apresentado atualmente alta incidência.
Conforme dados da Fiocruz tem sido demonstrado um grande aumento dos casos
de esporotricose diagnosticadas no Brasil. Barros et al, (2010) descreve que somente no
estado do Rio de Janeiro entre 1998 e 2009 foram relatados 2.200 casos em humanos, 3.244
casos em felinos e 120 casos em cães.
A Revista Veja Rio do mês agosto de 2015 relata que no intervalo de janeiro a
julho do corrente ano houve 824 animais atendidos com esporotricose pela somente pela
prefeitura.
No Paraná há relato de três casos de esporotricose em humanos na cidade de
Quatro Barras conforme dados do CIEVS (2012), e um caso descrito por Nassif, et al.( 2012)
na cidade de Maringá.
“Os gatos com acesso livre a rua possuem um papel importante na epidemiologia
desta doença, uma vez que o fungo Sporothrix schenckii é inserido em suas unhas e cavidades
oral por causa do grande número de células de levedura encontrado em lesões cutâneas,
aumentando o potencial zoonótico da infecção” (BARROS et al. 2004; LOPES BEZERRA et
al. 2006).
[...] os felinos machos não castrados e semidomiciliados estão predispostos a
se infectar com o S. schenckii, em razão dos hábitos característicos da
espécie, como escavar e encobrir as dejeções com terra, afiação ungueal em
vegetais secos ou em decomposição, e também mordedura e arranhadura do
suscetível durante disputas territoriais e de acasalamento (SCHUBACH;
SCHUBACH, 2000; LARSSON, 2011)[...].
Conforme Barros (2011) nestes casos a castração deve ser considerada, uma vez
que reduz o instinto para a caça, o acasalamento, as saídas pela vizinhança, portanto,
reduzindo a chance de transmissão da micose.
8

[...] a esporotricose se apresenta nas formas cutâneas, localizada,


disseminada e linfática, e na forma sistêmica da doença. Apresenta um
amplo espectro clínico, variando desde uma infecção subclínica, passando
por lesão cutânea única até formas múltiplas, acompanhadas ou não de sinais
extracutâneos. As lesões ocorrem mais comumente no aspecto distal dos
membros, cabeça e/ou base da cauda, entretanto, também há relatos de
lesões nas mucosas[...] (SILVA, 2008).
“As lesões cutâneas consistem em abscessos e úlceras, que drenam um exsudato
purulento e formam nódulos crostosos, que se disseminam pelo sistema linfático”. (SCOTT,
MILLER E GRIFFIN, 1996; MEDLEAU e HNILICA, 2003).
“As lesões podem aparecer como feridas pequenas, penetrantes, drenantes, e não
são prontamente diferenciáveis dos abscessos bacterianos, ou celulite causadas por mordidas
ou arranhões em brigas entre gatos” (DUNSTAN, et al., 1986; DABUS et al., 2008).
Conforme Scott, et al (1996) e Medleau e Hnilica, (2003) pode haver extensa
necrose cutânea, com exposição muscular e óssea, além de sinais clínicos comuns como
letargia, depressão, anorexia e febre.
Para realização do diagnostico dentre os exames de escolha, Donadel et al., (1993)
e Kauffman, (1999) sugerem que o cultivo in vitro, usualmente realizado, pode ser negativo,
principalmente nas formas localizadas, o que não exclui o diagnóstico da esporotricose.
“O exame histopatológico trata-se de um exame onde um fragmento do tecido é
examinado, avaliando-se, então, toda a sua composição, sendo, portanto, mais preciso que o
exame citológico.” Conforme Larsson, (2011) permite desta forma o estabelecimento do
diagnóstico etiológico em 95% a 100% dos casos, além disso, “a histopatologia também
auxilia no âmbito dos diagnósticos diferenciais” (FILGUEIRA, 2009).
[...] os antifúngicos mais utilizados atualmente no tratamento da esporotricose
incluem os ditos quimioterápicos: derivados azólicos, principalmente
triazólicos (de primeira geração: itraconazol e fluconazol), e alilamínicos
(terbinafina). Destes, a terbinafina é o único fungicida (LARSSON, 2011),
no entanto, embora a terbinafina tenha demonstrado atividade antifúngica in
vitro frente ao fungo Sporothrix schenckii (MEINERZ et al., 2007), um
estudo in vivo, realizado por Antunes et al. (2009), demonstrou que, em
condições experimentais, este fármaco não foi efetivo no tratamento da
esporotricose cutânea[...].
O itraconazol é o fármaco antifúngico mais utilizado na rotina clínica, nas doses
de 5-10 mg/kg a cada 24 horas, e é 5 a 100 vezes mais potente in vivo e in vitro do que o
cetoconazol, embora o mecanismo de ação seja similar (PEREIRA et al., 2009).

[...] o itraconazol é um triazol com mecanismo de ação pela síntese de


ergosterol. Recentemente se apresenta na forma de cápsula, solução oral e
endovenosa. A absorção oral da droga e em cápsulas é feita em meio ácido e
melhora quando administrada próxima ou junto às refeições. As soluções
9

endovenosa e oral contêm ciclodextrina, a qual confere 30% a mais de


biodisponibilidade, estabiliza o medicamento e aumenta sua absorção,
resultando em maiores níveis séricos e teciduais do itraconazol. (MAFFEI,
sd)[...].
A biodisponibilidade aumenta de 40%, após o jejum, para 99,8%, quando
administrado com refeição. (PAPICH et al., 2003; COSTA e GÓRNIAK, 2006 ).

Porque o itraconazol é metabolizado pelo fígado e a ciclodextrina é


excretada pela urina, a droga deve ser usada com precaução em pacientes
com função renal reduzida, portanto, esta droga é contra-indicada na
presença de nefrotoxicidade (clearence de creatinina menor que 30 mL/min).
As concentrações de itraconazol não possui penetração no sistema nervoso
central, porém apresenta toxicidade teratogênica. Apresenta semi-vida de 20
a 64 horas, e meia vida de 24 horas, podendo permanecer durante semanas
na epiderme. (MAFFEI, sd)[...].
ANTUNES et al., (2009) considera que o itraconazol apresenta bons resultados no
processo de cicatrização das lesões, além de ter boa tolerabilidade para as espécies canina e
felina.
Em gatos, a administração desse antifúngico por um período de até nove
meses não induziu o aparecimento de reações adversas. A administração de
doses elevadas de itraconazol produz efeitos embriotóxicos, também
causando toxicidade maternal; portanto, como medida de segurança, não se
recomenda o uso desse antifúngico durante a gestação (PAPICH et al., 2003;
COSTA e GÓRNIAK, 2006 ) [...].
Desde os primeiros relatos e, por mais de cem anos, o gênero Sporothrix foi
considerado ter somente uma espécie patogênica: Sporothrix schenckii que sempre foi
reconhecida como uma espécie uniforme em suas características fenotípicas. (CRUZ, 2013).
Quatro novas espécies foram descritas por Madrid et al, (2007), dentre elas, Sporothrix
brasiliensis, que conforme Marimon et al., (2007), somente foi isolada no Brasil. A
ocorrência de novas espécies pode explicar a ineficiência do tratamento com itraconazol nas
doses recomendadas de 10 mg/kg.
Mesmo sendo o fármaco antifúngico mais utilizado na clínica veterinária de
animais de companhia, são cada vez mais freqüentes os relatos de isolados de Sp. schenckii
resistentes a esse fármaco e falhas terapêuticas em felinos com esporotricose (SCHUBACH et
al., 2004). Neste sentido Farias e Pereira, (2014), recomenda doses de 100 mg de itraconazol
para gatos acima de 3 kg, o que tem se mostrado eficazes no tratamento da esporotricose.
A necessidade de um tratamento antifúngico regular e prolongado e a dificuldade
na administração de medicamentos por via oral aos gatos domésticos são fatores que podem
contribuir para o baixo percentual de cura clínica da esporotricose felina (SCHUBACH,
2004), haja visto que os proprietários relatam que os animais ficam alguns dias na rua, ficando
sem medicação constante , além de temerem mordidas ou arranhões pelo felinos.
10

Nunes e Ecosteguy (2005) sugere que o tratamento deve ser seguido até que as
lesões cicatrizem e as culturas apresentarem resultado negativo.
11

2. RELATO DE CASO

Foram atendidos no Consultório Veterinário Quatro Patas e no Centro de Controle


Populacional de Cães e Gatos (CCPCG) no Município de Ortigueira um total de 7 felinos,
sem raça definida com sinais e sintomas presuntivos de esporotricose.
Os animais atendidos não apresentavam raça definida, tinham acesso livre a rua e
imediações, assim como havia animais de hábito errante. Do total de animais atendidos 6
eram machos e 1 fêmea sendo 5 não castrados e 1 macho castrado.
No exame físico foi possível observar lesões cutâneas circulares elevadas
ulceradas e crostosas principalmente na região da face, espelho nasal (Figura 1) e pavilhão
auricular (Figura 2) e demais lesões distribuídas pelo corpo (Figura 3). Conforme os
proprietários as mesmas apresentavam evolução contínua e piora diária. Os animais com
lesões na região nasal apresentavam dificuldade respiratória acentuada e em alguns casos foi
relatado inapetência.

Figura 1: Felino macho, SRD, com lesão na região de face. (22/10/2014).


Fonte: do próprio autor.
12

Figura 2: Felino, macho, SRD, com lesões em borda de orelha (22/10/2014).


Fonte: do próprio autor.

Figura 3: Felino, macho, SRD, errante, com lesões distribuídas por todo o corpo.
Fonte: do próprio autor.
13

Foi coletado material para diagnóstico de 3 felinos dos 7casos ocorridos, sendo
estes os atendidos no Consultório Veterinário 4 Patas. Para coleta do material, os felinos
foram anestesiados e coletados dois fragmentos de cada animal para realização de exame
histopatológico. Os fragmentos dos tecidos coletados foram enviados ao Laboratório de
Patologia da Universidade Federal do Paraná fixados em formol 10%. No exame
histopatológico os cortes histológicos corados pelas técnicas de hematoxilina-eosina (HE) e
Periodic Acid Schiff (PAS) apresentaram acentuada quantidade de células epitelióides
acompanhadas por infiltrado inflamatório neutrofílico e menor número de linfócitos e
plasmócitos associado a estruturas hialinas septadas, compatíveis com Sporothrix sp
conforme laudos em anexo.
Na mesma oportunidade foi recomendada a castração dos felinos, a qual foi
realizada no Centro de Controle Populacional de Cães e Gatos.
O tratamento de escolha inicialmente foi com cefalexina 30 mg/kg BID nos 10
primeiros dias e itraconazol 10 mg/kg SID. O tratamento instituído não resultou em sinais de
melhora significativo nos primeiros 30 dias, desta forma, optou-se por aumentar a dose para
100 mg/ animal/dia conforme recomendado por Farias e Pereira( 2014), onde doses de 100
mg de itraconazol para gatos acima de 3 kg, tem sido eficazes no tratamento da esporotricose.
Com esta nova dose houve remissão rápida das lesões e conseqüentemente
melhora dos sintomas de dificuldade respiratória, assim como da aparência geral dos animais,
conforme pode ser observado na Figura 4, onde com aproximadamente 30 dias após aumento
na dose do antifúngico, o animal apresentou evolução visível da cicatrização das lesões.
14

Figura 4: Felino em fase de tratamento, (11/03/2015).


Fonte: do próprio autor.

Durante o tratamento todos os animais foram acompanhados quinzenalmente para


avaliar a evolução do tratamento e possíveis efeitos colaterais descritos pelo uso do
medicamento. Nos casos acompanhados não houve relato de nenhum efeito colateral como os
descritos na literatura mesmo tendo sido usado o itraconazol em doses altas por longo
período.
A duração dos tratamentos foi de aproximadamente 3 meses sendo a medicação
mantida por mais 30 dias após remissão total dos sintomas conforme observado na Figura 5.
15

Figura 5: Felino em fase final de tratamento, ( 24/06/2015).


Fonte: do próprio autor.

Dos 7 casos atendidos, somente 1 dos felinos, macho, errante, não domiciliado
que foi atendido pelo CCPCG foi necessário optar-se pela realização de eutanásia em função
da gravidade das lesões e condições clínicas do animal.
No decorrer do trabalho, um dos proprietários relatou o aparecimento de lesão na
mão direita, onde descreveu o aparecimento de um ponto de inflamação que aparentava uma
picada de inseto, e que no decorrer dos dias não desapareceu, assim como houve o
aparecimento de outros pontos próximos. Ao procurar atendimento médico, foi
“diagnosticado ”tétano” e prescrita penicilina para tratamento, que resultou em insucesso. O
proprietário por conta própria e em virtude das características das lesões e contato com gato
infectado, fez uso de itraconazol, onde houve remissão dos sintomas.
Se tratando de uma zoonose de interesse em saúde pública, foi realizado
juntamente com os órgãos competentes da Secretaria de Saúde do Município de Ortigueira, a
Vigilância Sanitária e os Veterinários do município campanha para conhecimento e
conscientização da população sobre a doença, sua importância, risco e tratamento conforme
Figura 6 e 7. Para este foi elaborado folder informativo e realizada palestra nas escolas
conforme Figura 7.
16

Figura 6: Trabalho de conscientização nas escolas por meio de palestras.


Fonte: do próprio autor.

Figura 7: Trabalho de conscientização nas escolas por meio de palestras.


Fonte: do próprio autor
17

Figura 8: Folder explicativo.


Gentileza: Prefeitura Municipal de Ortigueira
18

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de ser a primeira descrição de esporotricose no município de Ortigueira, e


o número de casos diagnosticados serem relativamente pequenos, é visto que o tratamento da
esporotricose é satisfatório e curativo, no entanto a ocorrência desta enfermidade gera
preocupação, haja vista que se trata de uma enfermidade de fácil disseminação e uma zoonose
de interesse em saúde pública que muitas vezes não é diagnosticada de forma correta pelos
profissionais de saúde.
19

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVA, Denise Torres et al. Esporotricose conjuntival felina; Acta Scientiae


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23

ANEXO A
24

ANEXO B

ANEXO B
25

ANEXO C

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