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PRÁTICA DOCENTE
rupturas, diálogos, inovações
Volume 2
Copyright © dos autores
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida ou
transmitida ou arquivada, desde que levados em conta os direitos dos autores.
Ariane Almeida Rolim; Érika Regina Caporal Costa Batista; Ivo Di Camargo Junior;
Juliana Tófani de Sousa [organizadores].
ISBN: 978-65-87069-59-3
www.mentesabertas.com.br
https://mentesabertas.minhalojanouol.com.br/ A Mentes Abertas é filiada à ABEC
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 11
INFORMÁTICA E SUSTENTABILIDADE 15
Sequência didática em mídias digitais na pandemia da
COVID-19
Ademir Matias PEREIRA
Egle Katarinne Souza da SILVA
Adriana Moreira de Souza CORRÊA
Joacileide Bezerra de SOUSA
CURRÍCULO ESCOLAR 35
Perspectivas e possibilidades
Amanda Araujo POMBO
Gizelia Angélica Cardoso BORGES
EDUCAÇÃO E COVID-19 75
Ações pedagógicas e as novas possibilidades
Carla Renata RODRIGUES
Luiz Gustavo RODRIGUES
AFÉTE-SE! 85
O afeto em tempos de isolamento social: estreitando laços
afetivos entre aluno, família e escola
Carlos Alexandre FERNANDES
Cilene do Carmo Batista REIS
Mariléia Antônia PAIXÃO
ESPAÇO BERÇÁRIO 95
Da sua singularidade às possibilidades de vivências e interações
Claudia Maria BOMFIM
APRESENTAÇÃO
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No entanto, é preciso, além disso, refletir como esse papel é apontado nos
programas escolares e nas práticas dos professores. Como são introduzidas
as práticas culturais e como é desenvolvido o processo de avaliação? Quais
são as abordagens pedagógicas apropriadas para favorecer o
desenvolvimento da aprendizagem de cada aluno, no meio escolar? Quais os
espaços e tempos apropriados para as práticas escolhidas? Questões desse
tipo são discutidas pelos autores que aqui dialogam, todos preocupados com
a excelência da educação.
Cada texto que temos a possibilidade de aqui encontrar, nos permite
perceber que os professores assumem o lugar de intérpretes e críticos da
cultura, que lhes permitem participar de modo ativo de um processo de
definição de papel e da perspectiva cultural do ensino que ministram. Como
afirma Arroyo, “a atuação do professor implica na articulação de uma gama
de saberes construídos no cotidiano do seu exercício profissional, a partir dos
quais ele interpreta, compreende e orienta o fazer curricular no contexto de
sua sala de aula. (ARROYO, 2000)
Desejamos uma excelente leitura e que todo o conteúdo aqui discutido,
seja aproveitado por cada leitor, refletindo em sua sala de aula!
Referências
ARROYO, Miguel Gonzalez. Ofício de Mestre: imagens e autoimagens. Petrópolis: Vozes, 2000.
251 p.
TARDIF, M. Saberes Profissionais dos Professores e Conhecimentos Universitários. Rio de
Janeiro, Revista Brasileira de Educação, n. 13, Jan- Abr/2000.
TARDIF, Maurice; RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no
magistério. Educação & Sociedade, Campinas, n. 73, p. 209-244, dez. 2000.
VEIGA, Lima P. A. e CARVALHO, M. Helena S. O. A formação de profissionais da educação.
In: MEC. Subsídios para unia proposta de educação integral à criança em sua dimensão
pedagógica. Brasília, 1994.
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INFORMÁTICA E SUSTENTABILIDADE
Sequência didática em mídias digitais na pandemia da COVID-19
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Licenciado em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professor da Escola Cidadã
Integral Técnica (ECIT) Cristiano Cartaxo. E-mail: matiaspereira@professor.pb.gov.br
2
Mestra em Sistemas Agroindustriais pelo Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG), Especialista em Química Tecnológica e Meio Ambiente pela Faculdade São
Francisco, Licenciada em Química pelo Centro de Formação de Professores (CFP) da UFCG. Gestora da ECIT Cristiano
Cartaxo, Cajazeiras - PB, Brasil. E-mail: eglehma@gmail.com
3
Mestra em Ensino pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Professora da UFCG, Cajazeiras –
PB, Brasil. E-mail: adriana.korrea@gmail.com
4
Licenciada em Geografia pelo CFP/UFCG. Professora da ECIT Cristiano Cartaxo, Cajazeiras - PB, Brasil. E-mail:
joacileide2009@hotmail.com
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O total de alunos nas 3 turmas de primeira série do ensino médio técnico integrado de Informática da ECIT
Cristiano Cartaxo correspondia, no momento da intervenção, a 82 alunos, no entanto, por motivos diversos,
como acesso à internet e prorrogação da data de envio das atividades, até a data da coleta de dados apenas 42
participaram de todas as etapas desta sequência didática.
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Figura 02- Slides sobre sustentabilidade ambiental com ênfase nos resíduos
eletrônicos.
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Pela análise das respostas, destacamos que a maioria dos alunos revelou
compreender os conteúdos trabalhados nas 04 indagações o que reafirma a
construção do conhecimento sobre a temática abordada.
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Considerações finais
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Referências
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Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2018/2019. 2019. Disponível em:
<https://abrelpe.org.br/panorama/>. Acesso em: 10 nov. 2020.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC, 2013. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretri zes-educacao-basica-
2013-pdf/file/>. Acesso em: 18 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação
Nacional. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010. Brasília
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/ 2010/lei/l12305.htm>.
Acesso em: 18 jan. de 2021.
BRASIL. Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas
presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo
Coronavírus - COVID-19. Disponível em: <http://www.in.gov.br/en/we b/dou/-/portaria-n-
343-de-17-de-marco-de-2020-248564376>. Acesso: 18.jan. 2021.
BRASIL. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro
de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acessos em: 18 jan. 2021.
DALTRO, M. R.; FARIA, A. A. de. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-
modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 223-237,
jan./abr. 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
OLIVEIRA, M. M. Sequência didática interativa no processo de formação de professores.
Petrópolis: Vozes, 2013.
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ambiental inserido no banco internacional de objetos educacionais (BIOE). Revista de
Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, n. 2, suplementar, p. 79 - 93, set. de 2017.
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O contexto
1
Pedagoga, especializada em Magistério Matérias Pedagógicas 2ªgrau e Supervisão Escolar. Pós-graduada em
Pedagogia Social e Educação de Jovens e Adultos, Administração Escolar e Alfabetização e Letramento.
Professora da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. E-mail: adriana.salvo@edu.pbh.gov.br
2
Pedagoga, especialista em Alfabetização e Letramento. Professora da Rede Municipal de Educação de Belo
Horizonte . E-mail: tiaderodinha@hotmail.com
3
Pedagoga com ênfase em Alfabetização, Leitura e Escrita pela UFMG. Especialista em Psicopedagogia e
Psicomotricidade, Neurociência e Aprendizagem, pela Faculdade Batista de Minas Gerais. Professora nos anos
iniciais do Ensino Fundamental na EMDLRA e Educação Infantil na EMEI Zilah Spósito – Belo Horizonte. . E-
mail: heloisa.c.nunes@edu.pbh.gov.br
4
Pedagoga, especialista em Educação Infantil e Educação Empreendedora. Mestranda em Educação pela
UEMG. Pós-graduanda em Psicopedagogia e em Novas Tecnologias Educacionais. Professora da Rede
Municipal de Educação de Belo Horizonte. Assessora pedagógica pela Em Caminhar Assessoria
Psicopedagógica. E-mail: em.caminhar@gmail.com
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A organização
O desafio
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Para realizarmos este trabalho, contamos também com a participação das professoras Walkyria Figueiredo
Dias Monteiro e Claudia Lúcia Tran Alves Simões.
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Escola Municipal Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu – Rua Marcos Donato de Lima, 520, Ribeiro de
Abreu, Belo Horizonte, MG.
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impactos positivos, não somente para os discentes, mas também para nós,
docentes, que estávamos frente a uma inusitada realidade.
Perrenoud, 2000, reflete sobre a prática docente e afirma que “nada disso
funciona sem uma tomada de consciência do problema, tanto pelo professor,
quanto pelo aluno” [...] “quando se enfrenta uma nova situação, tentando
reinvestir aquisições.” O autor ainda afirma, quando pensa na complexidade
do contexto educacional:
7
O fenômeno de emergência epidêmica, aponta-nos, com imensa clareza, as diversidades sociais e
educacionais, que já eram apresentadas na escola, mas que as salas de aula presenciais tentavam, de alguma
forma, minimizar. Problemas identificados desde a falta de acesso à internet, passando pela formação do
professor e contabilizando a escassez de recursos tecnológicos, impediram que todos os alunos fossem
acessados ou permanecessem ativos na proposta.
8
De acordo com a PORTARIA SMED Nº 138/2020 e suas orientações complementares.
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outros alunos, através dos que estavam no grupo de WhatsApp. Foi necessário
construir uma rede, para atingir a maioria. As três turmas se tornaram um só.
E foi importante manter a mesma busca ativa, durante todos os meses de
contato com os alunos, no decorrer do ano letivo, objetivando nenhum a
menos e sempre um a mais.
As famílias foram fundamentais em todos os movimentos que
realizamos. Não podemos dizer que a família fez o papel da escola, porque a
instituição escolar é um espaço de socialização e aprendizagem, único e
insubstituível. Porém, as famílias, neste momento de evento pandêmico,
precisaram se envolver muito mais na educação escolar de seus filhos e em
condições muito diversas, reorganizando o contexto familiar, que também é
singular.
As novas formas de “levar” a escola até o aluno, foram desafiadoras para
todos os envolvidos. Nesse sentido, as responsabilidades, ao invés de serem
transferidas, precisaram ser compartilhadas. Escola e família se viram
desafiadas a intensificar a parceira, sintonizando-se no desejo de fazer dar
certo.
Ao estreitarmos a parceria, unindo forças e esforços, muitas famílias se
mostram dispostas a cooperar, demonstrando mais empatia por nós,
profissionais de ensino. Já enquanto professores, redobramos a atenção
dispensada aos nossos alunos, entendendo as limitações dos
pais/responsáveis, para que a elaboração das atividades e escolha das mídias
e tecnologias utilizadas, fossem inclusivas.
Partindo deste contexto que nos foi colocado pela pandemia, pelo ensino
remoto e pela necessidade e envolver os alunos em metodologias ativas, nos
preocupamos em oferece-los muito mais do que a transmissão de
conhecimentos e conteúdos programáticos. Todas as oportunidades de
interação, participação, trabalho em equipe, comunicação efetiva,
cooperação, foram utilizadas, desenvolvendo a habilidade específica para o
momento. Em processos argumentativos, autônomos, criativos e
exploradores, ganhou vida uma sala de aula diferente, alinhando a
aprendizagem de forma significativa, estruturando-a como um plano de
ações, dando uma direção para o trabalho coletivo e corresponsável. Um
compromisso definido coletivamente, que possibilitou a articulação entre os
interesses reais de todos os envolvidos no processo.
Desta forma, nossas aulas ganharam maior potência criadora,
preparadas para as demandas que nos eram apontadas, a partir das
necessidades de cada aluno. Para Nóvoa, 2015, um professor propositivo, que
se dispõe a trabalhar situações-problema, levando o aluno a experimentar e
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buscar resultados, define o que Freinet propunha, há quase cem anos, quando
falava de experimentação, criatividade, autonomia e cooperação.
Além das aulas diárias pelo aplicativo WhatsApp, todas com recursos
como, áudios acolhedores e orientadores, uso dos avatares das professoras,
de figurinhas de incentivo e detonadoras, vídeos do YouTube, videoaulas
gravadas por nós, mensagens afetivas, entrevistas gravadas anteriormente e
disponibilizadas, textos explicativos, roteiros de estudos, propostas de
atividades e gabaritos envidados após a correção no privado da professora
referência9 da turma ou componente curricular, nos aventuramos em
momentos on-line, onde utilizamos as plataformas: sala do Messenger e Google
Meet.
A frequência das aulas on-line dependeu tanto da organização do grupo,
dos alunos e suas famílias, como do planejamento conjunto e prévio das
professoras, atentando para as necessidades que foram surgindo no decorrer
do trabalho.
• Realizamos uma gincana virtual, objetivando a aproximação, pois foi
nosso primeiro momento on-line, onde desenvolvemos tarefas
voltadas para todos os componentes curriculares;
• Apresentação de trabalhos, a partir de estudos e roteiros;
• Palestra com um professor10 convidado, com os temas Consciência
Negra, Não ao Racismo e Viva a diferença;
• Diálogo com um médico11 sobre a situação da pandemia naquele
momento e sobre as medidas sanitárias, no possível retorno
presencial;
• Momento de despedida ressaltando os aprendizados e conquistas,
apesar do ano difícil que vivemos.
Em todos os momentos, contamos com a participação de algumas
famílias, assistindo, formulando perguntas, orientando os filhos, interagindo
com uma proposta que era nova para todos nós.
9
Apesar do grupo alunos e de professoras das turmas do 5º ano estarem em um só grupo de WhatsApp, cada
professora estabeleceu o contato com seu aluno em sua conta privada, facilitando o retorno das atividades,
correções e interações. Também, cada professora, teve a responsabilidade de contactar as famílias de seus
alunos, durante diferentes situações. Este direcionamento, porém, não impediu que uma professora auxiliasse
a outra em momentos diversos e nem os alunos de outras salas, diante de diferentes necessidades.
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Anderson Tomás – Professor de Geografia e especialista em Psicologia da Educação e em Docência do Ensino
Superior
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Adriano Almeida – Cirurgião Angiologista, atuando na linha de frente contra a COVID-19, em diferentes
hospitais da Região Metropolitana da Belo Horizonte
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E foi possível...
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Percursos Curriculares e Trilhas de Aprendizagens para a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte
em Tempos de Pandemia
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Foi utilizada a ferramenta Google Forms e algumas cópias do questionário disponibilizadas na escola e em
pontos de referência nos bairros/comunidades atendidas pela escola.
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Para todos que não conseguiam acompanhar as aulas no WhatsApp, foi ofertado o Portfólio físico, pensado
e organizado pelas professoras e atendendo as orientações da SMED e Coordenação Pedagógica da escola.
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Considerações finais
Referências
MARQUES, Romualdo. Significação da educação e o processo de ensino e aprendizagem no
contexto de pandemia da covid-19 - UFRR – Disponível em: <https://revista.ufrr.br/boca/arti
cle/view/Marques/3000 - Acesso em: 05/08/2020.
ARRUDA, Eucidio Pimenta. Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas
na educação brasileira em tempos de Covid-19 –UFMG. Disponível em: <https://www.auni
rede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/621>. Acesso em: 05/08/2020
MORÁN, José. Mudando a Educação com metodologias ativas. In: Convergências Midiáticas,
Educação e Cidadania: aproximação jovens. Coleção Mídias Contemporâneas Vol. II.
Carlos A. de Souza e Ofélia Elisa Torres Morales (orgs.). PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015.
PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
NÓVOA, António. Aprendizagem não é saber muito. Entrevista Carta Capital, Sexta-Feira, 4 de
setembro de 2020. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/educacao/antonio-
novoa-aprendizagem-nao-e-saber-muito/>. Acesso em: 04/09/2020.
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CURRÍCULO ESCOLAR
Perspectivas e possibilidades
Este artigo tem como premissa fazer uma reflexão sobre a prática
docente, no âmbito do envolvimento e da interação com seus alunos e com
os conteúdos programáticos. Partindo do princípio de que todo o
conhecimento transmitido submerge de uma série de questões, por vezes
relacionadas ao saber, ao poder, a ideologia, a interação ou a experiência em
sala de aula, a formação e, consequentemente a atuação docente, contribui
para o fortalecimento da identidade e do ofício de educador.
No decorrer da nossa formação observamos a postura dos nossos
educadores de uma forma crítica, abandonando o romantismo e, não raro o
caráter empírico, para que a fundamentação teórica permeasse nossas
decisões. Analisávamos tanto aqueles que compunham o corpo docente,
quanto aqueles profissionais que acompanhamos em cursos e estágios
externos. Percebíamos quando alguns destes docentes não transmitiam, de
forma precisa e objetiva os conteúdos abordados, ora por não dominarem o
assunto ou por não conseguirem transmiti-lo de forma clara, ora por não
adequarem esses conteúdos a “real” necessidade dos alunos, emergindo, daí,
uma dicotomia entre o dito e o experienciado, descaracterizando, assim, a
dimensão de uma aprendizagem significativa e aplicável no dia-a-dia.
Nesta perspectiva, levando em consideração o momento em que
vivemos atualmente, onde o acesso à informação é ilimitado e “renovado” a
cada instante, os educandos trazem consigo alguns desses conhecimentos
que adquirem de maneira informal e, considerando esta gama de informação,
não chegam à escola como uma “folha de papel em branco”, sem
conhecimentos. Assim, é emergente promover uma mudança paradigmática
no contexto escolar, exigindo uma reflexão crítica sobre as práticas docentes
e seu saber-fazer pedagógico.
Neste sentido, para contribuir com essas discussões, fizemos um recorte
teórico para fundamentar nossas considerações que questionam uma prática
docente sem interação, envolvimento e preocupação com o aluno/grupo,
1
Amanda Araujo Pombo, Pedagoga, Pós-graduada em história e pós-graduanda em Arteterapia. Experiência
em Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental nos Anos Iniciais e Docência no Ensino Superior.
Email: amandaaraujopombo@gmail.com
2
Gizelia Angelica Cardoso Borges, Pedagoga, Psicopedagoga Especialista em Alfabetização e Letramento.
Professora na Educação Infantil. Email: gizaborges1@hotmail.com
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Currículo escolar
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(2003, p. 93), “[...] o simples acesso pode tornar as mulheres iguais aos
homens, mas num mundo ainda definido pelos homens”.
Nessa perspectiva teórica, a organização curricular deve atentar-se a
múltiplos fatores, além de acrescer temas específicos considerando o contexto
histórico e a cultura local. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96 em seu artigo 26, sugere que os currículos sejam mais flexíveis,
incorporando disciplinas que podem ser escolhidas, levando em
consideração o contexto local.
Diante deste contexto, para que haja esta organização, há dois tipos de
currículos: o prescrito e o experienciado. O currículo prescrito é aquele que
determina quais conteúdos serão trabalhados, ou seja, o que ensinar. É
disposto de 75% de saberes comuns, de conhecimentos globais e 25% pode se
adequar às necessidades locais e culturais, além de integrar assuntos
pertinentes aos interesses dos educandos. No entanto, o currículo
experienciado é vivido na prática, em metodologias, de maneira flexível, pois
se pode alterar conforme a necessidade, utilizando-se de ferramentas. É a
conversão do currículo prescrito em saberes, ou seja, como ensinar. Sendo
assim, o currículo prescrito tem como objetivo que o aluno aprenda e o
currículo experienciado objetiva a transformação deste aluno.
Nesta perspectiva, a sociedade sinaliza quando necessita de mudanças
para “construir” novos sujeitos e novas identidades, pois a historicidade da
educação se altera e o currículo acompanha estas mudanças à realidade da
sociedade. Entretanto, para Teixeira (2005, p. 118), nem sempre o currículo se
adapta a necessidade dos acontecimentos exigidos e reivindicados pela
sociedade. Assim, “[...] torna-se necessário reconhecer que o processo de
construção social do currículo não é um processo meramente lógico, mas sim,
internamente inconsistente e ilógico”.
Sob esta ótica, torna-se ilógico por não haver uma ordem na construção
dos saberes para compor o currículo escolar, que ora tem interesse político
para impor fundamentos das relações de poder, ora ideológico, que por meio
das convicções agem “mascaradamente” para também persuadir seus
fundamentos. Devido a esses aspectos, essas relações intrínsecas no currículo
não acompanham as necessidades da sociedade simplesmente para atualizar-
se dentro de um contexto histórico, mas carregam “propósitos” para
determinar quais sujeitos quer formar e como essas novas identidades serão
construídas.
Formação docente
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mudanças e começa a cobrar uma criatividade que, até então, não era
cobrada. Assim sendo, a escola se reorganiza para trabalhar a formação deste
novo sujeito e, consequentemente, preocupa-se com a formação de um novo
professor. Para Lorieri e Rios (2008, p. 42), “[...] a escola é uma das instituições
que se destinam a ensinar a ciência de viver, mas ela se destaca entre outras
instituições na medida em que faz isso de maneira sistemática e organizada”.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabeleceu
uma modificação relevante para a base Nacional, ao exigir, em seu art. 64, o
estabelecimento do nível superior para o exercício da docência. Esta Lei
desencadeou a organização das novas diretrizes dos cursos de formação,
possibilitando uma ampla formação, sobretudo mais teórica e, portanto, mais
reflexiva, pois, segundo Alarcão (2007, p. 59) “[...] só o conhecimento que
resulta da sua compreensão e interpretação permitirá a visão e a sabedoria
necessária para mudar a qualidade de ensino e da educação”.
Assim, tornou-se necessário reavaliar os mecanismos das instituições
formadoras, a fim de que todos os saberes propostos por elas fossem
internalizados pelos discentes, capacitando-os para, futuramente, trabalhar a
autonomia de seus alunos, pois, segundo Alarcão (2007, p. 32), “[...] o grande
desafio para os professores vai ser ajudar a desenvolver nos alunos, futuros
cidadãos, a capacidade de trabalho autônomo e colaborativo, mas também
espírito crítico”.
É nesse sentido que a relevância do papel social do professor se torna
evidente, pois sua ação atingirá direta ou indiretamente a formação de
identidades. Em conformidade, Giroux (1999, p.26) aponta que “[...] os
educadores têm uma responsabilidade pública que por sua própria natureza
os envolve na luta pela democracia. Isso torna a profissão do professor um
recurso público singular e poderoso”.
Deste modo, a formação inicial e continuada deste docente será
determinante para o desencadear de suas ações, implicando, assim, nas
metodologias, didáticas, ferramentas e modo avaliativo. O resultado desta
seleção de saberes envolverá mudanças no currículo escolar, acoplado a
concepção de formação de determinado sujeito para aquele contexto social.
Prática docente
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“Modelo ideal”
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Considerações finais
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Referências
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ALTET, Marguerite. Análise das Práticas dos Professores e das Situações Pedagógicas. Porto:
Porto, 2000.
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Estado. Trad. Walter José Evangelista e Maria Laura Viveiros de Castro. 9 ed. Rio de Janeiro:
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ANAYA, Viviani. Prática Docente e Relações Interpessoais: um olhar para a constituição
curricular dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu. Dissertação de Mestrado. São Paulo:
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2008.
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CANÁRIO, Rui (org.). Formação e Situações de Trabalho. Porto: Porto, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Docente. São Paulo: Paz
e Terra, 1996.
______. Pedagogia do Oprimido. 35 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
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GIROUX, Henri A. Cruzando as fronteiras do discurso educacional – Novas políticas em
educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
LORIERI, Marcos Antônio; RIOS, Terezinha Azerêdo. Filosofia na escola: O prazer da reflexão.
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SACRISTÁN, J. G. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, T. T. e MOREIRA, A.F. (Org)
Territórios contestados: o currículo e novos mapas políticos culturais. Editora Vozes, 1995.
SILVA, Tomaz Tadeu da Silva. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
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TEIXEIRA, Célia Regina. Currículo escolar: um caso de dominação e produção social? Um breve
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ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
44
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1
Graduada em Letras com habilitação em Língua Espanhola pela Universidade Estadual da Paraíba - Campina
Grande-PB/Brasil. E-mail: annaclaudia.sts@gmail.com
2
Graduada em Letras com habilitação em Língua Espanhola pela Universidade Estadual da Paraíba e
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba- Campina Grande-PB/Brasil. E-mail:
simonecaetano2013@gmail.com
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A relevância da literatura
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Sendo uma obra publicada ainda no século XX, tinha a visão parecida
com a leitura de romances do século XIX, como traz Marcia Abreu “Mais
bizarro ainda parecia nosso desejo de fazer com que se leia muita literatura e
máxima temeridade, que estimulemos a leitura de romances. Eles foram
vistos, até o século XIX, como um forte perigo para a moral, especialmente a
das mulheres e moças”. Como a autora enfatiza, a leitura de romances não
era algo positivo, tanto que durante os regimes ditatoriais essa visão
permaneceu, ou seja, as formas de leitura e as concepções sobre o ato de ler
variam muito ao longo dos tempos. A ditadura foi um período em que as
pessoas não tinham liberdade de expressão, e eram reprimidas se
mostrassem ideias contrárias aos regimes ditatoriais. Outro aspecto que é
trazido na obra é o controle dos ditadores sobre a mídia, e sabemos que
atualmente também muitas autoridades se apoderam da mídia para publicar
fatos de seus interesses, foi o que aconteceu na Guerra das Malvinas,
"Mientras tanto, la radio Argentina llamaba a pelear: Según la radio, ya se
había ganado la guerra". (FOGWILL, 1983, p.120), que publicaram notícias
falsas de que a Argentina estava ganhando a Guerra. Nesse sentido o aluno
pode perceber que deve analisar as informações que recebe de forma mais
atenta.
A seguinte obra é intitulada El pájaro azul, está inserida na obra Azul,
escrita em 1888, pelo autor nicaraguense Rubén Darío (1867-1916). O conto
aborda temas históricos - transição entre movimentos vigentes do final do
século de XIX e início do século de XX, como o Racionalismo e o Modernismo-
temas e universais como a melancolia. Neste viés o docente pode trabalhar
estes dois principais temas em sala de aula. Poderiam ser trabalhado os
aspectos históricos que influenciaram variados países a lutarem por uma
transformação social, bem como a lutarem por uma maior liberdade de
expressão no campo das artes em geral. A segunda possibilidade seria
trabalhar a temática da melancolia presente no texto, podendo utilizar este
assunto para inserir mais informações a respeito do estado melancólico que
ao longo dos anos tornou-se recorrente na sociedade. Este aspecto nos leva a
refletir de maneira correta a temática da melancolia não somente no século
XX, mas nos dias atuais, pois na maioria das vezes a sociedade não enxerga
os indivíduos melancólicos. A análise deste tema tornando possível uma
construção de debates que proporcionam reflexões acerca da temática, pois
apesar de ter sido escrito em 1888, seu tema continua ganhando mais
visibilidade no decorrer dos anos. Ao deparar com esta temática o alunado
desenvolveria uma facilidade para identificar possíveis características
comportamentais e também desenvolveria uma maior compreensão e
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Conclusão
Referências
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_
volume_01_internet.pdf>. Acesso em: 08 de go. de 2020.
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FOGWILL, Rodolfo. Los pichiciegos: Visiones de una batalla subterrânea. 1ª ed. Buenos Aires:
Interzona Editora, 2006.
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e Possibilidades. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/enlije/
trabalhos/Modalidade_1datahora_09_06_2014_18_04_37_idinscrito_1213_e53225d06934f63
d955b41b0e60be564.pdf>. Acesso em: 20 de Jun. de 2020.
SCHRAM, Sandra Cristina; CARVALHO, Marco Antônio Batista. O pensar educação em Paulo
Freire: para uma pedagogia de mudanças. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.p
r.gov.br/portals/pde/arquivos/852-2>. Acesso em: 10 de Jan. de 2021.
VASCONCELOS, M. L. M. Carvalho; BRITO, Regina Helena Pires. Conceitos de Educação em
Paulo Freire: glossário.6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
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1
Professor da EJAI na Rede Municipal de Boa Nova/Bahia – Brasil, Pedagogo, Mestrando, Especialista em
Educação Especial e Pós-Graduado em Gestão Escolar. E-mail: thonyjhoseph@hotmail.com
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A EJAI, em sua trajetória histórica, traz consigo seus desafios que são
próprios desta modalidade e quando se fala de alunos com deficiência
inclusos nessas turmas, esses desafios são maiores e principalmente com a
falta de acessibilidade das aulas remotas que representa uma triste realidade:
o ensino a distância não é para todos, mas pode ser e é possível adaptar as
aulas para atender as necessidades dos alunos com deficiência sem exigir
muito. Uma boa ideia para o aluno da EJAI com algum tipo de deficiência
seria o atendimento em pequenos grupos ou até mesmo momentos de
atendimento individualizado com o professor que já o atende. E dependendo
do quadro clínico do aluno e da severidade pode ser feitos ajustes no
conteúdo disponibilizado, na forma de explicação e no uso de diferentes
recursos.
A situação de isolamento físico é estressante para todos, inclusive para
os alunos que têm alguma limitação. Por isso, é importante que os professores
abram o diálogo com os alunos sobre suas emoções, suas rotinas e como estão
as relações em casa. Assim irá promover mais a interação aluno-professor, do
que apenas o foco no conteúdo acadêmico.
As aulas remotas devem contar com momentos de estimulação,
ludicidade e acolhimento em casa. A psicóloga Waléria Henrique dos Santos
Leonel, afirma que “existem recursos que favorecem o rompimento das
barreiras e o acesso à educação”. Entre os recursos, estão plataformas
acessíveis, leitores de tela, aulas em libras para alunos surdos e materiais
adaptados.
Porém, antes do uso de qualquer tecnologia, é importante conscientizar
e incentivar a capacitação das pessoas envolvidas no processo, porque a
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Conclusão
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Referências
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1
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba e Pós-graduanda em Psicopedagogia pela
FIP – Campina Grande - PB, Brasil. E-mail: raissapriscila_@hotmail.com
2
Aluna Especial do Mestrado Profissional em Formação de Professores na Universidade Estadual da Paraíba
– Campina Grande - Brasil. E-mail: jadeildapb@hotmail.com
3
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba e Pós-graduanda em Educação especial pela
UNINASSAU – João Pessoa - PB, Brasil. E-mail: rafaelaformiga1411@gmail.com
4
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba – Campina Grande - PB, Brasil. E-mail:
steprof@hotmail.com
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Metodologia
Resultados e discussões
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Conclusão
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1
Professora do ensino fundamental I na E.E. Professor Divo Marino, Ribeirão Preto – SP, Brasil. Formação
inicial em Letras, com especialização em Língua e literatura; formação em pedagogia com especialização em
Educação Inclusiva e Deficiência Intelectual. Membro do Gepalle (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre
Alfabetização, Leitura e Letramento) USP Ribeirão Preto. E-mail: carlinhagianezi@hotmail.com
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Referências
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e desafio uma perspectiva construtivista. 45ª edição,
Porto Alegre, RS: Mediação, 2017.
______. Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade. 34ª
edição, Porto Alegre, RS: Mediação, 2018.
SOARES, Magda Becker. Entrevista: letrar é mais que alfabetizar. In: Jornal do Brasil. 26 nov.
2000.
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EDUCAÇÃO E COVID-19
Ações pedagógicas e as novas possibilidades
1
Secretaria Municipal de Educação de Bauru/SP. Licenciatura em Matemática pela UNESP/Bauru. Pedagogia
- Universidade Nove de Julho – UNINOVE. Especialização em Docência do Ensino Superior - Faculdade da
Aldeia de Carapicuíba. Especialização em Gestão Escolar - Faculdade Sudoeste Paulistano. E-mail:
profcarlamf@hotmail.com.
2
ETEC- Escola Técnica Estadual de Bauru. Licenciatura em Matemática pela UNESP/Bauru. Pedagogia -
Universidade Nove de Julho E-mail: gu_rodrigues@yahoo.com.br
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Desenvolvimento
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Vale ressaltar que nas aulas remotas, é essencial haver por parte da
escola e dos profissionais da educação envolvidos, uma atenção especial em
relação ao aluno e as condições reais de estudo, observando elementos como:
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Considerações finais
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Referências
AGUIAR, L.; PANIAGO, R. N.; CUNHA, F. S. R. Os impactos do coronavírus no saber fazer
docente dos professores do ensino médio integral. Educação Brasileira e a Ead no contexto
da pandemia de Covid- 19: perspectivas e desafios, v.16.n/ 1. Itinerarius Reflectionis. 2020.
Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/65352>.Acesso: 23.dez. 2020.
AMARAL, C. de L. Habilidades e Competências: como avaliar em tempos de pandemia?
2020. Disponível em: <https://www.profseducacao.com.br/2020/11/26/habilidades-e-compe
tencias-como-avaliar-em-tempos-de-pandemia/> acesso em: 19 dez.2020.
DAHER, A. F. B. Aluno e professor: protagonistas do processo de aprendizagem. 2017.
Disponível em: <http://www.campogrande.ms.gov.br/semed/wp-content/uploads/sites/
5/2017/03/817alunoeprofessor.pdf>. Acesso em: 19 dez.2020.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. 6. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
FÉLIX, C. S.; NASCIMENTO, C. P. J. do; SILVA, M. N. da. O papel da educação na formação do
cidadão no atual contexto social do Brasil. CONIC – SEMESP. 14° Congresso Nacional de
Iniciação Científica. 2014. Disponível em: <http://conic-semesp.org.br/anais/files/2014/
trabalho-1000017060.pdf> acesso em: 13 dez. 2020.
FONSÊCA, L. B. H. da; LIMA, S. M. de S.; COSTA, M. L. de O.; ALMEIDA, J. de S. Perspectivas
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HABOWSKI, A. C.; CONTE, E. Interações crítico-dialéticas com as tecnologias na educação.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação. v.15, n.1, p.266-288.2020.
PARANHOS, M. C. R.; SANTANA, A. M.; ARAÚJO, Y. L. F. M. de A.; PAGAN, A. A.
Habilidades socioemocionais associadas ao desempenho acadêmico satisfatório na
licenciatura em ciências biológicas. SBEnBio - Associação Brasileira de Ensino de Biologia.
VI Enebio e VIII Erebio Regional 3. Revista da SBEnBio, n°9. 2016.
PASINI; C. G. D.; CARVALHO, É. de; ALMEIDA, L. H. A educação híbrida em tempos de pandemia:
algumas considerações. Universidade Federal de Santa Maria. Observatório
socioeconômico da COVID-19 – OSE. FAPERGS. 2020. Disponível em: <https://www.
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RONDINI, C. A. PEDRO, K. M.; DUARTE, C. dos S. Pandemia da COVID-19 e o ensino remoto
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Temático - vol. 10 n. 1. 2020. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/educacao/
article/view/9085> acesso em: 17 dez. 2020.
SILVEIRA, E. A. da. Tecnologias e as Mudanças de Paradigma do Ensino Aprendizagem. 2015.
44 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em Mídias na Educação) - Centro
Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da Universidade Federal do Rio Grande
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VIEGAS, A. Metodologias ativas: como esta tendência pode beneficiar as práticas pedagógicas?
2020. Disponível em: <https://www.somospar.com.br/metodologias-ativas-como-essa-ten
dencia-pode-beneficiar-as-praticas-pedagogicas/>. Acesso em: 22 dez. 2020.
YUEN, K.S.; YE, Z.W.; FUNG, S.Y.; et al. SARS-CoV-2 e COVID-19: as questões de pesquisa
mais importantes. Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo. Curso de medicina:
programa de voluntariado acadêmico tradução livre de artigos científicos sobre o COVID-
19. 2020. Disponível em: <http://www.toledo.ufpr.br/portal/wpcontent/uploads/2020/03/
SARS-CoV-2-e-COVID-19-content/uploads/2020/03/SARS-CoV-2-e-COVID-19-as-questoes
-de-pesquisa-mais-importantes.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2020.
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AFÉTE-SE!
O afeto em tempos de isolamento social: estreitando laços afetivos entre
aluno, família e escola
1
Professor Municipal de Língua Portuguesa na Prefeitura de Belo Horizonte; Mestre em Linguística e Língua
Portuguesa Pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Especialista em Ensino de Língua
Portuguesa pelo Instituto de Educação Continuada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. E-
mail: carlosalexfernandes@live.com
2
Professora Municipal de Ciências na Prefeitura de Belo Horizonte e na Rede Estadual de Ensino de Minas
Gerais; Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela PUC- Minas. E-mail: ccarmo.b@edu.pbh.gov.br
3
Professora Municipal de Química na Prefeitura de Belo Horizonte; Licenciatura Plena na Universidade do
Trabalho de Minas Gerais /UTRAMIG; Especialista em Políticas Públicas para a Juventude pela Faculdade
Newton Paiva /MG. E-mail: marileia.paixao@pbh.gov.br
4
A maioria dos alunos são oriundos de bairros e aglomerados do entorno da escola. Desses, fazem parte do
Programa Bolsa Família, 302 alunos, ou seja 25%, os quais estão na faixa de pobreza ou extrema pobreza.
Muitos pais estão imersos em longas jornadas de trabalho, ocupando diversas funções sociais além das
responsabilidades da criação dos filhos.
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Fundamentação teórica
A afetividade é o centro deste trabalho que objetiva perceber a relação
afetiva entre escola, aluno e famílias e constatar os seus reflexos no processo
ensino-aprendizagem perante o contexto de pandemia vividos em 2020, pois
sabemos que o respeito, diálogo, limites e confiança quando ancorados e
fundamentados na relação do afeto, possibilita um crescimento pedagógico,
pessoal, tanto para o aluno, a família, quanto para a escola.
Sabe-se que o afeto é parte integral de uma nova escola. Como destacado
no Caderno Pedagógico da EJA - Saúde e Corporeidade5:
Os desafios e as desigualdades sociais e econômicas enfrentadas pelas/ os
estudantes da EJA, seus familiares e a comunidade onde vivem devem nos
mobilizar, com o intuído de possibilitar formas de trocas e interação entre
saúde e educação[...]. (CADERNO 4, 2020, p. 30)
5
Projeto de extensão da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Minas Gerais/UFMG. Curso de
aperfeiçoamento Produção de Cadernos Pedagógicos na Educação de Jovens e Adultos/ EJA iniciado em
agosto de 2018 com a finalidade de desenvolver cadernos pedagógicos com temáticas próprias das proposições
curriculares da EJA da rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, baseado no desenvolvimento de
crônicas e relatos de experiências dos professores sobre suas práticas refletidas sobre o fazer pedagógico.
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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aluno. A escola tem sua inegável vital importância, mas a relação afetiva
construída na e pela família são primordiais. Nesta perspectiva, a escola e a
família se torna imprescindíveis para o desenvolvimento cognitivo, social e
afetivo do aluno. O papel de cada agente é diferente, porém se
complementam. Sendo assim:
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6
Fonte: Rosarinho de Macedo. Disponível em: <www.continuobuscando.blogspot.com>. Acesso em jul. 2020
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Seguindo orientações da Secretaria Municipal de Educação, a Escola Municipal Santos Dumont criou grupos
no WhatsApp para que pudéssemos estreitar vínculos afetivos com os alunos e suas famílias e também criar
um canal de envio e recebimento de atividades remotas.
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A escolha dessas imagens foi aleatória para que não ocorresse nenhum
tipo de privilégio. É importante dizer que a maneira de registrar os “abraços”
pelos alunos e suas famílias era livre, daí tivemos áudios e vídeos enviados
pelo WhatsApp que, aqui, fica difícil de representar, por isso a escolha das
fotos.
Abraços dos alunos e sua família compartilhados com a escola
Imagens do “abraço” 10 e 1
Imagens do “abraço” 1 e 5
Considerações finais
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a seus pais, uma forma de interação com a rotina escolar dos seus filhos por
uma outra perspectiva.
Para a escola isso é enriquecedor pois, abre-se uma nova forma de
pensar a relação aluno, escola e família. Assim, à medida que a escola une o
saber científico institucionalizado escolar à cultura e experiências empíricas
familiares, consegue ampliar os horizontes dos alunos, acenando com a
possibilidade de um melhor desempenho acadêmico devido a maior
afetividade e envolvimento familiar na rotina dos educandos.
Nesta perspectiva, promover uma relação afetiva entre escola, aluno e
família é de responsabilidade de todos, seja da instituição escolar e/ou da
família, pois, ambas, necessitam organizar situações que a criança se sinta
segura e entregue. Os desafios para incentivar a participação dos estudantes
estão aí. Cabe a nós, no âmbito escolar, a busca, a elaboração de atividades
que possibilitem e motivem, através da interação família, escola e alunos a
motivação para uma aprendizagem efetiva e afetiva, como eventos festivos,
descontraídos e afetuosos, os quais exigem a presença dos responsáveis para
prestigiar seus filhos.
Referências
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. 28. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
(Coleção Questões da nossa época.)
BATTRO, Antônio M. O pensamento de Jean Piaget. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
CAETANO, L. M. Relação escola e família: uma proposta de parceria. Revista Intellectus, JulDez,
2003. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2020
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e aprendizagem: relação de amorosidade e saber na prática
pedagógica. Rio de Janeiro, WAK.2008.
OLIVEIRA, Heli Sabino de et al (Organizadores). Caderno Pedagógico 4 - Saúde e
Corporeidade: Direito a Vida. Coleção EJA - Lendo Mundo Lendo Palavras. Belo
Horizonte:2020. Disponível em: <ead.pbh.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2020
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.
SALVADOR, C. C. et al. (org.). Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,1999.
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
ESPAÇO BERÇÁRIO
Da sua singularidade às possibilidades de vivências e interações
1
Graduada em Normal Superior pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Especialista em
Múltiplas Linguagens em Educação Infantil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/FAE). Pós-
graduada em Gestão Integradora e Terapia Analítica do Comportamento Infantil pela IPEMIG. Bacharelado
em Direito pela Faminas/BH. Especialização em Advocacia Criminal pela ESA/FUMEC. Mestranda em
Educação pela UFMG. Professora da Rede Municipal de Belo Horizonte/MG, exerce a função de Coordenadora
Pedagógica Geral I, EMEI Santa Amélia, regional Pampulha; E-mail: claudia.mbonfim@edu.pbh.gov.br
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Dessa forma, o bebê a seu modo tem iniciativa. É um ser ativo que busca
pelo olhar do outro, pelo toque, pelo gesto, pelo choro, uma maneira de se
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2
O município é dividido em nove regionais distintas (Barreiro, Nordeste, Oeste, Pampulha, Noroeste, Norte,
Centro-Sul, Leste e Venda Nova).
3
A EMEI Heliópolis tem como proposta de trabalho o foco no corpo. Corpo que sente, interage, se expressa,
entendendo que é por meio dele que a aprendizagem se efetiva, produzindo-se conhecimento e cultura. No
ano de 2016, evidencia-se a arte em suas múltiplas manifestações: plásticas visuais, escultura, dança, teatro
entre outras formas de exteriorização do pensamento com o intuito da valorização cultural e fazer artístico de
cada criança, possibilitando a sua expressão pessoal e leitura de mundo através da arte e cultura.
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Considerações finais
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Referências
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interpretativa”. Sociologia da Infância. Tradução: Lia Gabriele Regius Reis. 2ª ed. Porto
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DELGADO, Ana Cristina Coll e; FILHO, Altino José Martins. “ Dossiê: Bebês e crianças bem
pequenas em contextos coletivos de educação.” Pro-posições, Pelotas, RS, v.24, n.3, p. 21-
30, set/dez 2013.
MAJEM, Tere e; ÒDENA, Pepa. Formação de professores – série educação infantil em
movimento: Descobrir brincando. Tradução: Suely Amaral Mello e Maria Carmen Silveria
Barbosa. Campinas: Autores Associados, 2010.
MELO, Ana Cláudia Figueiredo Brasil Silva. “As interações”. Proposições Curriculares para
Educação Infantil: Eixos Estruturadores. Belo Horizonte: SMED, 2015, p. 21-56.
NÖRNBERG, Marta. “Do berço ao berçário: a instituição como morada e lugar de contato”. Pro-
posições, Pelotas, RS, v.24, n.3, p. 99-113, set/dez 2013.
SILVA, Isabel de Oliveira e; VIEIRA, Lívia Maria Fraga. Educação infantil: Bases históricas,
políticas e sociais. Curso de pedagogia UAB UFMG. Belo Horizonte, FAE/UFMG, 2008.
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1
Graduada em Normal Superior pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Especialista em
Múltiplas Linguagens em Educação Infantil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/FAE). Pós-
graduada em Gestão Integradora e Terapia Analítica do Comportamento Infantil pela IPEMIG. Bacharelado
em Direito pela Faminas/BH. Especialização em Advocacia Criminal pela ESA/FUMEC. Mestranda em
Educação pela UFMG. Professora da Rede Municipal de Belo Horizonte/MG, exerce a função de Coordenadora
Pedagógica Geral I, EMEI Santa Amélia, regional Pampulha; E-mail: claudia.mbonfim@edu.pbh.gov.br
2
Especialista em Educação, Diversidade e Intersetorialidade (UFMG). Pós-graduada em Educação Sexual
(FUMEC). Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte.
Educadora Social. Professora da Rede Municipal de Belo Horizonte/MG, atualmente exerce a função de
Coordenadora Pedagógica Geral I, EMEI Heliópolis, regional Norte. E-mail: valquíria.nonata@edu.pbh.gov.br
105
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
3
O município de Belo Horizonte é divido por nove regionais distintas: Barreiro, Nordeste, Oeste, Pampulha,
Noroeste, Norte, Centro-Sul, Leste e Venda Nova. Cada regional possui seu gerente educacional, que atua
como interlocutor entre a SMED e as escolas municipais.
4
A Rede Municipal de Belo Horizonte é classificada em Coordenador Pedagógico Geral I que atua nas Escolas
Municipais de Educação Infantil (EMEIs) e Coordenador Pedagógico Geral II que atua nas Escolas Municipais
que ofertam o Ensino Fundamental e a Educação Especial. Essa subdivisão e nova nomenclatura ocorreu após
a promulgação da Lei 11.132/2018 que em seu artigo 13, parágrafos 1º e 2º dispõe sobre o novo termo e criação
do cargo: “Art. 13 - Ficam criadas 180 (cento e oitenta) funções públicas comissionadas de Coordenador
106
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Pedagógico Geral I e 200 (duzentas) funções públicas comissionadas de Coordenador Pedagógico Geral II,
com jornada de 8 (oito) horas diárias, que passam a integrar o quadro A do Anexo III da Lei nº 11.065/17.
§ 1º - O Coordenador Pedagógico Geral I terá como área de atuação as Emeis.
§ 2º - O Coordenador Pedagógico Geral II terá como área de atuação as Escolas Municipais que ofertam o
ensino fundamental e a educação especial”.(BELO HORIZONTE, 2018).
107
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
A SMED solicitou às direções das escolas e professores que realizassem um mapeamento social da
comunidade escolar, no intuito de saber sobre as condições atuais das famílias e servidores públicos em seus
aspectos econômicos, sociais, acesso aos recursos tecnológicos, os riscos enfrentados durante a pandemia, além
de buscar a informação sobre quantas pessoas já foram infectadas, quais os membros das famílias que
pertencem ao grupo de risco, quais as comorbidades apresentadas, por conseguinte traçando o perfil atual da
comunidade escolar durante a pandemia.
6
MGS: Minas Gerais Administração e Serviços S/A., é uma empresa que “presta serviços às Secretarias de
Estado, aos Órgãos, Autarquias, Fundações, Sociedade de Economia Mista, Empresa Públicas e Entidades
Públicas do Estado de Minas Gerias”. Nas EMEIs temos os seguintes profissionais contratados pela MGS:
auxiliares de apoio ao educando, cantineiros, auxiliares de cantina, serventes e porteiro. Disponível em:
www.mgs.srv.br
108
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
7
Instagram da EMEI Heliópolis: @emeiheliopolis / Instagram da EMEI Santa Amélia: @emei_santaamelia
8
A equipe gestora da EMEI Heliópolis, composta por seis pessoas, propôs o envio de cartas aos funcionários.
Realizou-se sorteio dos nomes dos destinatários entre a equipe gestora e muitas cartas foram escritas à mão e
enviadas pelo correio. Foram recebidos pela gestão fotos das pessoas com suas cartas e muitos depoimentos
emocionantes relatados em uma reunião virtual. Essa ação também foi feita com todos os alunos
posteriormente.
9
“Pílulas da alegria” foi uma proposta apresentada pela Coordenadora Pedagógica Geral da EMEI Santa
Amélia, cujo o objetivo era trocar entre os professores mensagens positivas através de vídeos, músicas, leitura
de poemas no grupo de WhatsApp institucional. Voluntariamente, uma vez por semana, alguém postava uma
mensagem no grupo com intuito de acolher e fortalecer os vínculos mesmo durante o isolamento social. Foi
elaborado pela gestão vídeos que retrataram o que cada profissional estava praticando durante o afastamento
social e outro que abordou os espaços da instituição, antes movimentado pela alegria das crianças e agora
vazios e frios devido a pandemia.
10
Lei de Hooke, é a lei da física relacionada à elasticidade dos corpos, criada por Robet Hooke, cientista inglês,
mecânico, inventor da teoria do movimento planetário e propriedades elásticas da matéria. “A lei estabelece
que, quando uma mola é deformada por alguma força externa, uma força elástica restauradora passa a ser
exercida na mesma direção e no sentido oposto à força externa. Essa força elástica, por sua vez, é variável e
depende do tamanho da deformação que é sofrida pela mola”. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.
br/fisica/lei-de-hooke.htm
109
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110
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1
Especialista em Múltiplas Linguagens na Educação Infantil (UFMG); Especialista em Alfabetização e
Letramento (UFSJ); Especialista em Educação Infantil com ênfase no desenho (IPB). Professora para a
Educação Infantil da Rede Municipal de Belo Horizonte/MG/Belo Horizonte, experiência na vice-direção
escolar. E-mail: edilene.olimpio@edu.pbh.gov.br
115
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116
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Não se pode rotular a infância como única para todas as crianças. Sendo
a infância compreendida como múltipla, isto leva-nos a refletir que também
são múltiplas as culturas infantis existentes em um grupo de crianças.
O Projeto Institucional valoriza estas concepções em sua totalidade.
Conforme descrito nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil “promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as
crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens
culturais e às possibilidades de vivência da infância” (BRASIL, 2010, p.17).
Neste contexto, o Projeto Institucional escolhido, no ano de 2012, foi
“Literanto: A arte de ouvir e contar histórias”.
117
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2
Proposições Curriculares para a Educação Infantil – documento norteador da educação infantil para a Rede
Municipal de Belo Horizonte e creches conveniadas. O objetivo é de aprimorar as práticas pedagógicas e
oferecer um atendimento educacional de qualidade. (BELO HORIZONTE, 2016, p.11). Linguagens: escrita,
oral, matemática, corporal, digital, musical e plástica visual.
121
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Considerações finais
122
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
sua cultura e o seu universo. Elas são movidas de impulso que, em alguns
momentos, resulta em conflitos durante uma disputa de objetos, nas
interações e brincadeiras. É fundamental que nestes momentos de
socialização, de crescimento pessoal, elas tenham a oportunidade de refletir
suas atitudes e, consigam perceber o outro, se colocando no lugar dele de
forma que possa também compreendê-lo.
A proposta de trabalhar com o livro, através da história fascinante no
universo infantil, capaz de transportar as crianças ao espaço imaginário,
proporcionou uma reflexão do mundo assim como também do próprio “eu”,
de uma forma simples, promovendo desafios, descobertas e aprendizagens
que o personagem também encontrou durante suas viagens.
Referências
AMAZONITA , Kenia. O despertar da criança leitora. Revista CPB Educacional: 2º semestre –
2014. Disponível em: <https://educacional.cpb.com.br/conteudos/universo-educacao/o-
despertar-da-crianca-leitora/> . Acesso em: 14/02/2021
BELO HORIZONTE. Proposições Curriculares para a Educação Infantil: Fundamentos. SMED,
Belo Horizonte, 2016, 2ª Edição, Volume I.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010.
______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular – Educação Infantil. Brasília: MEC, 2017.
SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O Pequeno Príncipe: com as aquarelas do autor. Tradução: Dom
Marcos Barbosa. 48 ed. Rio de Janeiro: Agir, 2009
MOREIRA. Ana A. A. O espaço do desenho: a educação do educador. S. P.: Loyola, 2005, 10ª ed.
REYES, Yolanda. A casa imaginária: Leitura e literatura na primeira infância. S. P.: Global, 2010.
SEBER, Maria da Glória. A escrita infantil: o caminho da construção. S. P.: Scipione, 2006, 2ª
impressão.
SILVA. Daniele Nunes Henrique. Imaginação, criança e escola. Coleção: Imaginar e criar na
educação infantil. São Paulo: Summus, 2012.
YANAZE, Mitsuru H. YANAZE, Liriam L.H. O mercado de produtos infantis e a adequação da
linguagem publicitária: um estudo comparativo dos contextos brasileiro e japonês. In: XXV
Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2002, Salvador. Disponível em:
<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2002/Congresso2002Anais/2002NP3yanaze
.pdf> . Acesso em: 10/02/2021.
123
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
1
Gestora da Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Cristiano Cartaxo, Cajazeiras/PB, Brasil. E-mail:
eglehma@gmail.com
2
Professora da Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras/PB, Brasil. E-mail:
adriana.korrea@gmail.com
3
Professor da ECIT Cristiano Cartaxo. E-mail: regysdance@gmail.com
4
Professora da ECIT Cristiano Cartaxo, Cajazeiras - PB, Brasil. E-mail: joacileide2009@hotmail.com
5
O Projeto de Vida do jovem protagonista pode ser compreendido como o seu sonho, ou seja, as suas
expectativas para o futuro e será definido à medida que o mesmo se conhece enquanto pessoa descobre-se
enquanto aluno e determina o que quer ser, seja na dimensão pessoal, social e profissional, tanto a curto como
longo prazo (SILVA et al., 2020).
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
6
As imagens utilizadas são autorizadas pelos responsáveis e foram retiradas de um perfil público do Instagram
da escola, @ecitecristianocartaxo, portanto, de livre divulgação, acessível em: <https://instagram.com/ecitecris
tianocartaxo?igshid=55ujrhy1fr30>.
126
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Figura 01- Cartazes digitais criados pelos alunos usando o recurso de marketing e
publicidade
7
Links de acesso aos vídeos norteadores da terceira semana de aula remota de Artes da ECIT Cristiano Cartaxo:
https://www.youtube.com/watch?v=D2zESBXbauA - https://www.youtube.com/watch?v=VlMFx-zOxJ4
https://www.youtube.com/watch?v=WR2R0Vjtbis - https://www.youtube.com/watch?v=H3Cn6b6cQBo
https://www.youtube.com/watch?v=jKTU8qaVymE - https://www.youtube.com/watch?v=DylKRWiSjg0
8
Os alunos tem uma disciplina nos cursos técnicos que aborda os conhecimentos de publicidade e marketing.
127
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
O terceiro vídeo foi criado por uma aluna e, para essa produção, baseou-
se na estrutura dos desenhos animados. Para isso, utilizando o aplicativo
Kouji pelo smatphone ela fez o seu avatar e criou em ambientes distintos,
cozinha, quarto, banheiro, sala de exercícios, etc. enfatizando o autocuidado
e a higiene pessoal. Observamos, na Figura 04, quatro frames do recurso
criado pela aluna como atividade de Artes no Eixo Norteador Saúde.
Figura 04- Vídeo enfatizando a higiene pessoal e o autocuidado
129
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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Considerações finais
131
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso
em: 18 dez. 2020.
DALTRO, M. R.; FARIA, A. A. de. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-
modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 223-237,
jan./abr. 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES, L. F. Hipertextos Multimodais: leitura e escrita na era digital. Jundiaí: Paco Editorial,
2010.
PARAÍBA, Portaria nº 418, de 18 de abril de 2020. Dispõe sobre a adoção, no âmbito da rede
pública estadual de ensino da Paraíba, do regime especial de ensino, como medida
preventiva à disseminação do COVID-19, e dá outras providências. Disponível em:
<https://auniao.pb.gov.br/servicos/arquivodigital/doe/janeiro/abril/diario-oficial-18-04-
2020-suplemento.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2020.
SILVA, E. K. S. da et al. Protagonismo estudantil: proposta de acolhimento em alusão ao
setembro verde. Brazilian Journal of Development., Curitiba, v. 6, n. 5, p. 26750-26763,
maio, 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n5-216.
132
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
1
Bacharel em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional e supervisão Educacional e
apostilamento de habilitação para o exercício do magistério na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
Fundamental pela Faculdade da Cidade de Santa Luzia. Especialista em docência na Educação Infantil pela
Universidade Federal de Minas Gerais. Professora da Rede Municipal de Belo Horizonte. E-mail:
elizabete.serra@edu.pbh.gov.br
133
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
2
De acordo com a PORTARIA SMED Nº 138/2020 e suas orientações complementares
134
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Na prática, a interação
Até chegar o momento das interações, foram 6 meses em que os alunos
estavam sem contato com os professores e longe dos colegas de classe. Não
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
3
Comunicação em que a mensagem é recebida e imediatamente respondida, geralmente se refere a interações
em que é possível estar presencialmente, ou pelo telefone, por videoconferências etc. (Dicionário Online de
Português)
4
Comunicação que não se estabelece no mesmo tempo e espaço, uma mensagem pode ser enviada e não
precisa ser respondida naquele exato momento, geralmente se efetiva por cartas, e-mails etc. (Dicionário
Online de Português)
136
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
Emdlra Loreto
6
@desembargador_loreto
137
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138
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7
Documento elaborado em 2009, com a participação ativa dos profissionais da RME-BH
139
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Conclusão
8
Pedagoga, especialista em Alfabetização e Letramento e Mestra em Educação.
9
Doutora em Didática também pela Universidade Federal de Minas Gerais, é autora de diversos livros que
versam sobre a alfabetização.
141
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
SOARES, Magda. Alfaletrar: Toda criança pode aprender a ler e escrever. São Paulo, Ed.
Contexto, 2020, pp. 12-13
BELO HORIZONTE, Percursos curriculares e trilhas de aprendizagens para a rede municipal
de educação de Belo Horizonte: Em Tempos De Pandemia. Disponível em e-book a partir
de 2020.
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, PORTARIA Nº 343, de 17 de março de 2020, Dispõe sobre a
substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de
pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Disponível em: <https://www.in.gov.
br/en/web/d28ou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-20>. Acesso em: 12 de fev. 2021
DICIO, Dicionário Online de Português, definições e significados de mais de 400 mil palavras.
Todas as palavras de A a Z. disponível em: <https://www.dicio.com.br/> Acesso em: 12 de
fev. 2021.
ROLIM, Ariane Almeida: SOUSA, Juliana Tófani de. Educação e Pandemia: Reinventando,
reconstruindo, refazendo, recomeçando com resiliência. In: ROLIM, Ariane Almeida; DI
CAMARGO, Ivo Junior; SOUSA, Juliana Tófani de [organizadores]. Prática Docente:
rupturas, diálogos, inovações. São Paulo, Mentes Abertas, 2020, 251 p., p. 61 a 71.
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1
Aluna do Curso de Pós-graduação Pedagogia no Ensino Superior UFTM – Uberaba MG Brasil. E-mail:
analauracmenezes@gmail.com
2
Aluna do Curso de Pós-graduação Pedagogia no Ensino Superior UFTM – Uberaba MG Brasil. E-mail:
joaninhabraz@hotmail.com
3
Aluna do Curso de Pós-graduação Pedagogia no Ensino Superior UFTM – Uberaba MG Brasil. E-mail:
ealveskiosz@gmail.com
4
Aluna do Curso de Pós-graduação Pedagogia no Ensino Superior UFTM – Araxá MG Brasil. E-mail:
marinesfirminadasilva@gmail.com
143
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Fingem preocupar-se
Ou é coisa do sistema.
Demagogia nacional ou fardo real
Afinal ficamos sentimental.
Realidades, verdades ou informações nas análises.
Primeiramente prioridades
Pernambucanas;
A pequena Clauce ao nordeste luta
Cotidianamente por um ambiente
favorável ao seu desenvolvimento intelectual e geral
É gritante a precariedade física da escola.
Deveria ser um lugar de permanência
dos adolescentes e crianças.
151
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Experiências fílmicas
Despertam a revolta, dor, dó, importância, indignação, incapacidade,
repugnância...
Assisto ou escuto leio um documentário.
Dentre estás comparações a educação se fragiliza entre público e privado
apontando entre pesquisas e pesquisados
Argumentos favoráveis e desfavoráveis
Caminha arrastando assim
Adolescentes e crianças agonizantes ao querer afiar seu intelectual.
Referências
ABRAMOVAY, M. Escola e violência / Miriam Abramovay et alii. – Brasília :UNESCO, 2002.
154p. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000128717>. Acesso em:
20.03.2021.
ALMEIDA, A. M. & Costa, W. A. A construção social de um boa/m professora/or. In D. C.
Oliveira &A.P. Moreira (Orgs). Estudos interdisciplinares de representações sociais. (PP.
251-269). Goiânia: A.B, 1998.
152
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153
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1
Pedagoga pela Universidade de São Paulo FFCLRP, mestre em Educação Escolar pela FCLAr UNESP,
especialista em Ética, valores e saúde na escola pela USP/UNIVESP, professora de educação básica I e II na
rede pública municipal de Ribeirão Preto/SP. Email: erikaped30@gmail.com
2
Professora de educação básica II (prefeitura municipal de Ribeirão Preto); professora de educação básica I
(prefeitura municipal de Sertãozinho); graduada pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (2006);
Especialização em ética valores e saúde na escola (FFCLRP-USP/UNIVESP 2012); Extensão Universitária: AEE
Educação Especial e Inclusão Faculdade São Luíz de Jaboticabal (2016).Email: erikabraghetto@yahoo.com.br
3
Professora de Educação Básica do Município de Ribeirão Preto/SP. Possui licenciatura plena em Pedagogia
(Faculdades Bandeirantes/FABAN) e Letras (Associação Faculdade de Ribeirão Preto/ AFARP). Especialista
em Ética, Valores e Saúde na escola (FFCLRP - USP/Univesp) e Psicopedagogia Clínica e Institucional (Centro
Universitário Barão de Mauá).Email: inesmazer@gmail.com
4
Professor da Educação Básica III - Educação Física (Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP), Mestre em
Ciências (PPG Saúde Pública FMRP-USP), Especialização em Ética, Valores e Saúde na escola (FFCLRP-
USP/UNIVESP), Especialização em Planejamento Educacional e Políticas Públicas (UGF), Licenciatura Plena
em Educação Física (FC-UNESP).Email: ricardosantos@usp.br
155
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Formação de professores
157
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qual nos apoiamos em provas que podem ser verificadas por qualquer um).
Quem deseja fazer pesquisa em educação deve sair da esfera da opinião e
entrar no campo do conhecimento.
Relação escola-família
De uma maneira ou de outra, não se pode negar que a escola faz parte
da vida cotidiana de cada família. Desta forma, mesmo que inúmeros fatores
intervenham na relação entre família e escola como, por exemplo, (estrutura
e tradição de escolarização das famílias, classe social, meio urbano ou rural,
número de filhos, ocupação dos pais, etc.), devemos buscar esta parceria e
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Metodologia
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DI (Deficiente
P3 Três (3) Neurologista
Intelectual)
164
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Considerações finais
167
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Referências
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professores: o processo de constituição de um discurso. Revista Brasileira de Educação. v.
14 n. 40 jan./abr. 2009.
ANDRE, Marli. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. Cad. Pesqui., São Paulo, n.
113, jul. 2001. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=
S0100-15742001000200003&lng=p t&nrm=iso>. Acesso em: 20 .set. .2010. DOI: 10.1590/
S0100-15742001000200003.
BARAGATTI NETO, H.; GOMES DOS SANTOS, H.; SANTOS, K. F. dos.; SOBRAL, O. J.;
SOUZA, G. C. X. S.; TIRADENTES, C. P. REVELLI Revista de Educação, Linguagem e
Literatura da UEG-Inhumas v. 1, n. 1, março de 2009, p. 123-131.
BAUMEL, R.C .R. de C.; MOREIRA, L. C. Currículo em educação especial: tendências e debates.
Educar, Curitiba, n. 17, p. 125-137. 2001. Editora da UFPR.
BIASOLI-ALVES, Z. M. M. (Org.) Diálogos metodológicos sobre prática de pesquisa. Ribeirão
Preto: Legis Suma, 1998, p. 135-57.
169
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BRAGA, Tânia M. S.; NONOSE, Eliana Roldão dos Santos. Formação do professor para atuar
com saúde/doença na escola. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/
educere2008/anais/pdf/407_455.pdf>. Acesso em 13/09/2010.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei 8.069/90, de 13 de Julho de 1990. Brasília:
Senado Federal;1990.
CHARLOT, Bernard. A pesquisa educacional entre conhecimentos, políticas e práticas:
especificidades e desafios de uma área de saber. Ver. Bras.Educ. v.11 n.31 R. J. jan./abr. 2006.
DIAS-DA-SILVA, Maria Helena Galvão Frem. O professor e seu desenvolvimento profissional:
Superando a concepção do algoz incompetente. Cad. CEDES, Campinas, v. 19, n. 44,
abr. 1998 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101
-32621998000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 20 .set. .2010. DOI: 10.1590/S0101-
32621998000100004.
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br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382008000100004&lng=en&nrm=iso>. Aces-
sado em: 18/09/2010. DOI: 10.1590/S1413-65382008000100004.
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(Suíça): WHO PRESS, 2006.
170
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
1
Universidade Regional Integrada - Departamento de Engenharia. E-mail: fmacmec@gmail.com
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Departamento de Engenharia de Produção. E-mail: franco.da.
silveira@hotmail.com
3
Instituto Federal Goiano/ortizluis@bol.com.br
171
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Metodologia
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Resultados e análise
173
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Materiais utilizados
Foram utilizados duas folhas de isopor, canudos plásticos variados,
folhas de papel em tamanho A4 e A3, notas autoadesivas, palitos de madeira,
tesouras, fios (vermelho e preto), fitas de isolamento, papel crepom (verde e
marrom), folha A3 contendo um quadro Kanban, ordens de
fabricação/pedidos, um relógio grande e vários formatos de edificações
impressas em folha A4.
Tipos de pedidos
Foram planejados dois contextos de cidades a serem sorteados entre as
equipes participantes. Cada descrição de cidade continha um padrão
construtivo, variando os tipos de residências e a forma de execução. Assim,
os contextos dispensam maiores explicações sobre a montagem. A escolha de
vários tipos de cidades foi estratégica para possibilitar loops de feedback
durante o planejamento e a montagem.
174
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
175
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
176
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Conclusões
Referências
WANG, T.; TSENG, Y. The comparative effectiveness of physical, virtual, and virtual-physical
manipulatives on third-grade students' science achievement and conceptual understanding
of evaporation and condensation. International Journal of Science and Mathematics
Education, 16 (2) (2018), pp. 203-219.
177
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
178
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Gabriel RODRIGUES1
Juliana Tófani de SOUSA2
1
Facilitador e Terapeuta, Graduado em Direito e Graduando em Pedagogia pela UFMG. Atuou como
Facilitador e Pesquisador de Práticas Restaurativas no Projeto Ciranda da UFMG. Facilitador de Justiça e
Práticas Restaurativas, Professor/Instrutor, com ênfase em Justiça Restaurativa e Comunicação Não-Violenta
e Tutor do Programa Nós. E-mail: gamercindo1988@gmail.com
2
Pedagoga, especialista em Educação Infantil e em Educação Empreendedora. Mestranda em Educação pela
UEMG. Pós-graduanda em Psicopedagogia e em Novas Tecnologias Educacionais. Professora da Rede
Municipal de Educação de Belo Horizonte. Assessora pedagógica pela Em Caminhar Assessoria
Psicopedagógica. E-mail: em.caminhar@gmail.com
179
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
3
ZEHR, Howard. Trocando as lentes – um novo foco sobre o crime e a Justiça. São Paulo: Palas Athena, 2008
4
Inciso I, do Art. 3º do Decreto Nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007.
180
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
ROSENBERG, Marshall B. (2006). Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos
pessoais e profissionais. Editora Ágora, 1ª edição.
181
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
6
Programa NÓS de Justiça Restaurativa nas Escolas: http://ejef.tjmg.jus.br/nos/
182
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
7
Situada à rua Marcos Donato de Lima nº 520 - bairro Ribeiro de Abreu, Regional Norte de Belo Horizonte.
183
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
185
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
início da manhã, já com uma sala de aula preparada para o dia de trabalho,
abraçando-os carinhosamente, ouvindo de cada um as expectativas para
aquele dia que se iniciava, dizendo ao ouvido de alguns que aquele era um
novo dia e que as suas posturas precisavam ser revistas, no abraço trazer
palavras de incentivo, elogios francos e meu desejo de fazer o melhor, virou
uma rotina que era importante para todos nós, professora e alunos. Eles me
pediam por isso ao sentir os abraços cada vez mais apertados e a confiança
crescente na relação que ia se estabelecendo.
Os vínculos foram ficando tão fortes, que um simples toque, no ombro,
na mão, nos cabelos, já diziam muito e tiravam os alunos de situações
conflitantes ou mesmo evitavam algumas. Passei a fazer falas e comentários
mais individuais, indo até eles, nas carteiras de cada um, dizendo o que era
preciso, com cuidado e com um tom de voz bem baixo, sempre na altura dos
seus olhos.
Construímos um contrato didático com regras que facilitaram nossa
convivência e as práticas diárias. Estabeleci um gesto para pedir atenção da
turma, no lugar de solicitar insistentemente o silêncio ou me exaltar,
tornando o ambiente cada vez menos hostil. Durante esta construção os
alunos foram aprendendo também, pelo exemplo e vivências, a respeitarem
o momento de cada um se expor e o meu lugar de professora.
O compartilhamento de tarefas diárias da turma, foi também uma
estratégia constituída e bem importante durante as construções ali
estabelecidas e que tinha, claramente, elementos da justiça restaurativa,
como, usar processos inclusivos e colaborativos, envolver todos na
organização da sala de aula, observar o interesse de cada um e suas
habilidades mais desenvolvidas, e isso foi determinando para todos nós que
o caminho da autonomia é a responsabilização.
Assim, organizei, coletivamente, uma lista de tarefas que eram
realizadas no nosso dia a dia de sala de aula, delegando uma delas para cada
aluno e estabelecendo um rodízio trimestral, para que todos vivenciassem
todas as tarefas. Com o passar dos dias, a turma foi se apropriando de suas
responsabilidades e tudo passou a ser uma rotina natural, sem que eu
precisasse chamar por nome, solicitar a ajuda ou lembrá-los do que deveria
ser feito por cada um.
Também envolvi as turmas em outras oportunidades de discussões,
como assembleias e vivências8 para trabalharmos as relações interpessoais.
8
Algumas dessas vivências podem ser acessadas em: <https://www.google.com/url?q=https://palasathena.
org.br/downloads/praticasrestaurativasnasaladeaula.pdf&sa=D&source=editors&ust=1613507045877000&us
g=AOvVaw0iBo4Zxv9eS0h2HUEAE4FR>.
186
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Para tal, utilizei muitas vezes, a metodologia circular, que permite um novo
movimento em sala de aula. Aproximação, autonomia, igualdade, livre
expressão, respeito a fala do outro, aprendizado da escuta, união, sigilo e
cooperação, foram construções possíveis através dos diferentes círculos e que
são princípios fundamentais da CNV. Foram realizados os círculos de
autoconhecimento, círculo das emoções, círculo da paz e círculo de
restaurativos.
A ideia foi levar para a sala de aula, uma ferramenta restaurativa que
permite o trabalho com emoções e sentimentos, ampliando o espaço
democrático e valorizando as diferenças e as necessidades individuais. Os
alunos foram se sentindo mais seguros e respeitados neste espaço.
Aprendemos, de forma coletiva e dialógica, a não fazer prejulgamentos,
humanizando assim, os relacionamentos.
O trabalho com os círculos aproxima todos os envolvidos, abrindo
espaço e fortalecendo o diálogo, além de possibilitar que novas formas de se
posicionar perante o grupo, sejam construídas. Era possível, então,
desenvolver empatia, responsabilidade coletiva, encorajamento nos
posicionamentos e decisões, reflexão sobre o impacto do comportamento de
cada um, nas vivências e pensamentos dos demais.
Para realização dos círculos e vivências, determinamos coletivamente o
“objeto de fala'', que no nosso caso foi uma bola, e possibilitou a escuta, o
respeito e compreensão.
As famílias participaram de muitos momentos que foram criados em
2018 em minha turma. Utilizei o recurso do “Dever de Casa em família”, com
o objetivo de promover o diálogo entre pais e alunos, em situações
estrategicamente planejadas. Também foi possível realizar dois movimentos
circulares com os familiares dos alunos, na ocasião das reuniões de pais,
convocadas pela escola, onde utilizei o objeto de fala e o tapete circular 9, que
nos acompanhava em todos os círculos que praticávamos.
Consigo perceber que 2018 foi um ano de grandes aprendizados, não só
com relação a minha formação profissional, através do curso Justiça
Restaurativa nas Escolas, mas também pelas experiências e desafios que
realizei com a turma.
Houve uma considerável melhoria nos relacionamentos interpessoais,
estreitando laços afetivos e respeitosos entre professora e alunos e entre estes.
9
Criamos um tapete de pano, circular, com o desenho de uma bola ao centro (nosso objeto de fala) e
ramificações (tiras de papel coladas no pano), onde registrávamos cada movimento circular que íamos
vivenciando. Os registros eram feitos pelos próprios alunos. O tapete nos acompanhou durante todo o ano de
2018.
187
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2013.
PELIZZOLI, Marcelo L. Justiça Restaurativa: Caminhos da Pacificação Social. Recife: Ed. da
UFPE, 2016.
ROSENBERG, Marshall B. A linguagem da paz em um mundo de conflitos: sua próxima fala
mudará o mundo. São Paulo: Palas Athena, 2019.
ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a Justiça. São Paulo: Palas
Athena, 2008.
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Práticas pedagógicas de formação profissional e humana em tempo de
distanciamento social
1
Graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba, Especialista em Metodologia do Ensino pelo Instituto Superior de Educação de
Cajazeiras. Professora da Base Técnica da Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Cristiano Cartaxo,
Cajazeiras/PB, Brasil. E-mail: gabirodovalho@gmail.com
2
Mestra em Sistemas Agroindustriais pelo Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Especialista em Química Tecnológica e Meio Ambiente
pela Faculdade São Francisco, Licenciada em Química pelo Centro de Formação de Professores (CFP) da
UFCG. Gestora da ECIT Cristiano Cartaxo, Cajazeiras/PB, Brasil. E-mail: eglehma@gmail.com
3
Mestra em ensino pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Professora da UFCG,
Cajazeiras/PB, Brasil. E-mail: adriana.korrea@gmail.com
4
Graduado em Letras Português /Literatura pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Licenciado em
Artes visuais pela Faculdade de Ciência Administrativas e de Tecnologia de Rondônia (FATEC), Especialista
em Arteterapia pelo Grupo Educacional Faveni Faculdade Dm Alberto. Professor da ECIT Cristiano Cartaxo,
Cajazeiras/PB. E-mail: regysdance@gmail.com
189
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
190
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
O acolhimento “É uma Prática Educativa desenvolvida pelo Modelo Escola da Escolha que objetiva
consolidar, por intermédio de um conjunto de atividades, a mensagem de que acolher, receber e aceitar as
pessoas, sejam elas os estudantes, a Equipe Escolar ou os Pais e Responsáveis, é parte indissociável do Projeto
Escolar e elemento fundamental para o seu desenvolvimento de todo o processo educativo. (INSTITUTO DE
CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO, 2019, p. 24).
191
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
6
O Projeto de Vida do jovem protagonista pode ser compreendido como o seu sonho, ou seja, as suas
expectativas para o futuro e será definido à medida que o mesmo se conhece enquanto pessoa descobre-se
enquanto aluno e determina o que quer ser, seja na dimensão pessoal, social e profissional, tanto a curto como
longo prazo (SILVA et al., 2020).
7
O vídeo pode ser acessado no link: https://www.instagram.com/tv/CC50jULDnuO/?igshid=15n1a3f8iyu1b.
192
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
193
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
8
Os alunos também citaram as rodas de conversa promovidas pela instituição que são relatadas. Em
RODOVALHO, G. V. de A et al. Lives alusivas ao setembro verde no Instagram: formação humana em tempo
de distanciamento social. In: silva, G, C. Experiências em Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade:
caminhos e perspectivas. V. 6. Fortaleza: Imprece, 2021.
194
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
195
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
196
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Considerações finais
198
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
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de 1996. Disponível em: <xhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso
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2018. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=do
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modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, R,J. v. 19, n. 1, p. 223-237, jan./abr. 2019.
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO – ICE. Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão: Rotinas e Práticas Educativas, 2ª Edição | 2019.
MARIN, A. H.; FAVA, D. C. Programas de intervenção no contexto escolar: revisão da literatura
científica. In: D. C. Fava (Ed), A prática da psicologia na escola: introduzindo a abordagem
cognitivo - comportamental. Belo Horizonte: Ed. Artesã, 2016. p. 325-350.
PETRUCCI, G. W.; BORSA, J. C.; KOLLER, S. H. A Família e a escola no desenvolvimento
socioemocional na infância. Temas em Psicologia, v. 24, n. 2, p. 391-402, 2016.
PISKE, F. H. R. O desenvolvimento socioemocional de alunos com altas habilidades/
superdotação (AH/SD) no contexto escolar: contribuições a partir de Vygotsky.
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maio, 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n5-216
SILVEIRA, D. T.; CÓRDOVA, F. P. A pesquisa Científica. In: GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D.
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Representação no Brasil. Políticas públicas de/para/com juventudes. 2a. impressão.
Brasília: UNESCO, 2005.
199
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
200
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
[...] O que meu corpo sabe da Fotografia? Observei que uma foto pode ser
objeto de três práticas (ou de três emoções, ou de três intensões): fazer,
suportar, olhar. O Operator é o Fotógrafo. O Spectador somos todos nós,
que compulsamos, nos jornais, nos livros, nos álbuns, nos arquivos,
coleções de fotos. E aquele ou aquela que é fotografado é o alvo, o referente
espécie de pequeno simulacro, de eídolon emitido pelo objeto, que de bom
grado eu chamaria de Spectrum da Fotografia, porque essa palavra
mantém, através de sua raiz, uma relação com o “espetáculo” e a ele
acrescenta essa coisa pouco terrível que há em toda fotografia: o retorno do
morto (BARTHES, 2017, p. 13-14, grifo do autor).
1
Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Lavras. Mestre em Administração pela
Universidade Federal do Espírito Santo. Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Alagoas.
E-mail: edemir-sa@hotmail.com
201
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
202
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
203
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
204
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
205
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
FIGUEIREDO, M. D.; MARQUESAN, F. F. S. “Artesanato, arte, design... Por que isso importa
aos estudos organizacionais?”. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, v. 3, n. 3, p. 127-
143, 2014.
GODOI, C. K.; UCHOA, A. G. F. “Metodologia Discursiva-imagética - do contexto de produção
às possibilidades de recepção da imagem”. In: Congresso Brasileiro de Estudos
Organizacionais, Porto Alegre: CBEO, 2016.
GODOY, K. E.; LEITE, I. S. “Turismo e Fotografia: Um Estudo Bibliométrico sobre o Uso de
Metodologias de Análise da Imagem nas Pesquisas em Turismo”. Revista Brasileira de
Pesquisa em Turismo, v. 13, n. 3, p. 71-91, 2019.
GONDIM, S. M. G.; FEITOSA, G. N.; CHAVES, M. “A imagem do trabalho: um estudo
qualitativo usando fotografia em grupos focais”. Revista de Administração
Contemporânea, v. 11, n. 4, p. 153-174, 2007.
HODDER, I. “The interpretation of documents and material culture”. In: DENZIN, N. K.;
LINCOLN, Y. S. (Orgs.) Handbook of Qualitative Research. Thousand Oaks: Sage, 1994.
IPIRANGA, A. S. R. “A Imagem Fotográfica como uma Questão de Método”. In: Congresso
Brasileiro de Estudos Organizacionais, Porto Alegre: CBEO, 2016.
IPIRANGA, A. S. R.; RIBEIRO, J. S. “A Análise da Imagem Visual na Pesquisa: pelos caminhos
da fotografia”. In: BRUNSTEIN, J; SCHMIDT, A.; BRITO, E. P. Z.; ARRUDA, E. J. M. (Org.).
Análise de Dados Qualitativos em Pesquisa: múltiplos usos em Administração. São Paulo:
Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2020. p. 541-584.
LEITE, N. R. P.; LEITE, F. P. “A linguagem fílmica na formação e no fortalecimento de grupos,
equipes e times de trabalho: aplicações do estudo observacional”. Revista de Gestão da
USP, v. 17, n. 1, p. 75-97, 2010.
MAZZA, A.; IPIRANGA, A.; FREITAS, A. “O design, a arte e o artesanato deslocando o centro”.
Cadernos EBAPE.BR, v. 5, n. 4, p. 1-11, 2007.
SANTO, A. L. E. “O Uso de Fotografias e Vídeos em Pesquisa Qualitativa: em Busca de um Novo
Olhar sobre os Territórios Fronteiriços”. Revista ADM.MADE, v. 22, n. 2, p. 13-34, 2018.
SCHERER, L. A.; VACLAVIK, M. C.; GRISCI, C. L. I. “Fotografar para Compreender: Relato de
Experiência e Reflexões a partir das Lentes Trabalho, Gestão e Subjetividade”. Revista
Eletrônica de Ciência Administrativa, v. 17, n. 3, p. 410-429, 2018.
UCHOA, A. G. F.; GODOI, C. K. “Metodologias Qualitativas de Análise de Imagens: Origem,
Historicidade, Diferentes Abordagens e Técnicas”. In: Congresso Brasileiro de Estudos
Organizacionais, Porto Alegre: CBEO, 2016.
206
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
PRÁTICA DOCENTE
Idealização e realização
1
Mestre pela UFRGS e Pos Doutoranda na UFMS campus de Campo Grande/MS, Professora nível 5 da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Atua no curso de Letras Inglês com Literaturas Britânica.
Norte-americana, de Língua Inglesa com foco no Pós-colonial. Dourados/MS, Brasil. Contato:
luciliadeleitgeb@terra.com.br
207
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
CLIMA ESCOLAR
Previsão de dias ensolarados para o terceiro ciclo
1
Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais, professora de Ciências Naturais da
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Email: marcia.parreiras@edu.pbh.gov.br
2
Professora de História da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Email:
janaina.narciso@edu.pbh.gov.br
211
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
O Clima Escolar
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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214
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
“o que me deixa triste hoje é a saudade do meu irmão, que foi assassinado”.
(registro após a dinâmica “Projetos” do estudante H., sala 809)
“aprendi que, para você alcançar seus sonhos, você não precisa destruir os sonhos
dos outros” (registro após a dinâmica “Sonhos” da estudante M.E, sala 808)
“professora, você é bacana porque você é a única que entende a gente… dá tempo
pra gente relaxar, não ficar só estudando, estudando.” (Expressão oral
espontânea da estudante M.L, sala 812)
“estou me sentindo como no jardim de infância [com essas dinâmicas] ... mas
estou gostando! Está legal.” (registro após a dinâmica “Ritmo” do estudante
L., 811)
“olha só professora, essa pessoa tem problemas muito sérios: divórcio dos pais,
brigas em casa... achei que eu teases problemas… eu não sei como aconselhar tudo
isso não....” (registro após a dinâmica “Aconselhamento” do estudante JP.,
812)
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Considerações finais
218
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
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CORNEJO, R.; REDONDO, J. “El clima escolar percibido por los alumnos de enseñanza media.
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219
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
220
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
1
Supervisora pedagógica da Unidade de Educação Infantil “Zelita Francisca Ramos” Santa Luzia, Brasil.
Pedagoga e especialista em Gestão Escolar e Neuropsicopedagogia Clinica e Institucional. E-mail:
patricinhagoulart10@gmail.com
221
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2
Rua José Sieiro Barreto, nº 274, Conjunto Cristina B -CEP: 33145-150 – Santa Luzia – MG
222
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PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Como cantar, dançar e brincar são ações que desde séculos fazem parte
da tradição do povo brasileiro, logo quando a instituição de ensino
proporciona componentes curriculares, conteúdos, campos de experiências e
os objetivos de aprendizagem, de forma lúdica, com estímulos, atenção, afeto,
tem como foco o resgate da autoestima dos alunos, percebe-se claramente que
acontece o aprendizado tão esperado. Assim metodologia utilizada,
planejada e avaliada é de fato imprescindível, uma vez que cabe ao corpo
docente e Coordenação Pedagógica explorar as músicas diversas, perceber o
repertório adequado a faixa etária, avaliar a evolução dos alunos, nos
aspectos cognitivos, sociais, motor e emocional. De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais, BRASIL, 1997a:
Quando se pretende que o aluno construa conhecimento, a questão não é
apenas qual informação deve ser oferecida, mas, principalmente, que tipo
de tratamento deve ser dado à informação que se oferece. A questão é então
de natureza didática. Nesse sentido, a intervenção pedagógica do professor
tem valor decisivo no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso
avaliar sistematicamente se ela está adequada, se está contribuindo para as
aprendizagens que se espera alcançar. (BRASIL, 1997a, p. 38)
As atividades e intervenções
apresentadas neste trabalho trata-se de
observações e acompanhamentos de turmas
da UMEI “Zelita Francisca Ramos” em Santa
Luzia, onde os(as) professores(as)
desenvolvem metodologias diversificadas e
estratégias tendo como foco a
musicalização. De maneira efetiva e eficaz, o
trabalho com a música acontece desde o 04
meses aos 4 anos, além de abordarem a
música dentro das salas, ocorre duas vezes
por semana nos momentos que chamados
de coletivos. Nesses momentos de
socialização, os alunos apresentam entre si
(obedecendo a um cronograma organizado
Projeto Semana de Educação Para a
pela supervisão pedagógica), ora
Vida: Musicalização também é saúde.
musicalização e ora apresentação de história, Arquivo pessoal Professora Patrícia
podendo essa história ser com grupo de Goulart – 11/2019
professores ou de crianças.
224
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Momento coletivo:
Musicalização e
Contação de história.
Arquivo pessoal
Professora Patrícia
Goulart – 08/2019
Conclusão
226
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro; WEBER, Vanessa; SOUZA, Zelmielen Adornes de. Música e
unidocência: pensando a formação e as práticas de professores de referência. Rev. FAEEBA
– Ed. e Contemp., Salvador, v. 26, n. 48, p. 205-221, jan./abr. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução
aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília:
MEC/SEF, 1997a.
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CADERNOS DA PEDAGOGIA. São Carlos, Ano 4 v. 4 n. 7, p. 96 - 110 , jan -jun. 2010 ISSN:
1982-4440. Disponível em: <http://.seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte
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OLIVEIRA, Zilma Moraes de (org.). Creches: crianças, faz de conta & Cia. 7. ed. Petrópolis, Rio
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MOITA, M, C, (1992). Percursos de formação e de trans-formação. In: ______; NÓVOA, A. Vida
de Professores. Porto: Porto Editora, Ltda.
REV. PEMO, Fortaleza, v. 2, n. 1, p. 1-10, 2020, Disponível em: <https://doi.org/10.471
49/perno.v2i1.3501; https://revistas.uece.br/index.php/revpemo>. Acesso em: 20.dez.2019.
227
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
228
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
1
Especialista pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB e UFCG. Pedagoga pela UNIFIP- Centro
Universitário. Mestre em Ciências da Educação. E-mail: paulacandeia2008@gmail.com
2
Mestre em Ensino pela UERN. Pedagoga pela UNIFIP. Professora do IFPE. E-mail: amelhinha4@hotmail.com
3
Pedagoga, licencianda em Letras e especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. Mestre em Ciências
da Educação. E-mail: surama.araújo@gmail.com
229
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Referências
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UNDIME, 2017. p. 31-51
BRASIL, Ministério da Educação. BRASIL. CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Infantil. Resolução nº 5. Diário Oficial da União, Brasília: MEC/CNE, 2010.
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FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25. ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2005. FREIRE, P. Pedagogia da Indignação. S. P.: Editora Unesp, 2000.
FUGIMOTO, G. Cenário Mundial das políticas de primeira infância. Cadernos de trabalho e
debates- Brasília. 2016
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GODINHO, A. F. F. Desenvolver a autonomia das crianças em idade pré-escolar: os contributos
das rotinas diárias. Estudo de caso. 2016.
LOPES, K. R.; MENDES, R. P.; FARIA, V. L. B. de, orgs. Brasília: MEC. Secretaria de Educação
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MARAFON. D. Educando a Criança com Paulo Freire: Por uma Pedagogia da Educação Infantil
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Doutorado em Educação), p, 76-11, 203 f. 2012.
OLIVEIRA. Z. M. Currículo na educação infantil: dos conceitos teóricos à prática pedagógica In:
A Educação Infantil na Bahia: os Desafios estão postos e o que estamos fazendo? Salvador:
Sooffset , 2014.
234
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
NARRATIVAS DOCENTES
Diálogos possíveis e perspectivas de mudança sobre as práticas
pedagógicas em uma EMEI
1
Professora na Educação Infantil e Ensino Fundamental na Prefeitura de Belo Horizonte/MG. Mestra em
Educação e Docência (Promestre/FaE/UFMG), Pedagoga (UEMG) especialista em Psicopedagogia,
Metodologia de Artes e Ensino Lúdico. E-mail: queilacrio@yahoo.com.br.
2
Professora na Infantil e Ensino Fundamental na Prefeitura de Belo Horizonte/MG. Pedagoga (UCB / IESD)
especialista em Educação Inclusiva, Educação Infantil, Educação Musical, Ensino de Arte e Psicomotricidade.
Alfabetização e Letramento, Psicopedagogia (CEPEMG). E-mail: cleonicequirino6@gmail.com
3
Uma dos sujeitos pesquisados, que naquela ocasião foi apresentada por um nome fictício, conforme havia
sido acordado. Entretanto, aqui, ao apresentar-se como uma das autoras, fazemos jus ao reconhecimento de
seu nome verdadeiro. Os nomes das crianças serão preservados em sigilo.
4
Conforme Oliveira (2019), as escolhas metodológicas dessa pesquisa aproximaram-se de elementos da
fenomenologia, etnografia e autoetnografia, cuja finalidade foi agregar discussões educacionais aos
significados desses sujeitos. Ao longo desse trabalho também se desenvolveu um Produto Pedagógico
denominado “Ateliê Narrativo”, que valoriza as narrativas da docência, sendo uma aposta sobre o diálogo
entre pares com vistas a uma formação continuada das professoras da EMEI. Para dar abertura a essas
propostas foi criado um vídeo: “Goles de Infância” - filme de 7 minutos - a partir da seleção de algumas imagens
que compuseram a recolha dos dados. Esse material pode ser acessado pelo link: https://youtu.be/IXSHZogqh
VQ.
235
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
A pesquisa supracitada discute amplamente o termo “voz” no sentido trazido por Zumthor (2010, 2014) não
limitada somente ao som e à substância fônica, mas compreendida pela noção de enunciação e ação social que
emana do corpo das crianças.
236
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237
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6
Ainda nessa obra, o próximo texto, a partir da página 245, apontará um modo pedagógico participante. Esses
estudos são complementares como desdobramentos da mesma pesquisa supracitada..
7
Texto adaptado de forma sucinta, mediante os limites desse espaço. Mais detalhes e ampla parte dos diálogos
em torno dessas práticas se encontram na pesquisa de Oliveira (2019), dentre os tópicos do capítulo 4, nas
páginas 114 a 135. Aqui, também optamos por apresentar as falas dos sujeitos em fonte itálica para diferenciar
das demais citações.
8
Segundo Machado (1994), a intencionalidade educativa explicita-se quando é assumido o compromisso de
levar a êxito os propósitos das interações pedagógicas, pelos conhecimentos que tornarão objetos de
apropriação pelas crianças, isto é, pelos objetivos voltados as habilidades e capacidades que poderão alcançar.
238
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9
A pesquisa apropria do modelo de transcrição conforme Normas Urbanas Cultas: NURC/SP nº 338 EF, 331
D2, em que letras maiúsculas significam entonação enfática, os símbolos ::: ... significam alongamento vocal e
pausa. Segundo estudo realizado por PRETI, Dino. O discurso oral culto. 2. ed. São Paulo: Humanitas
Publicações - FFLCH/USP, 1999. Optamos por colocar as falas em itálico para diferenciar das outras citações.
239
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
10
Oliveira (2019) relaciona esse conceito a sua observação, dentro do domínio institucional da EMEI, onde
essas crianças começam a produzir (e reproduzir) culturas, das quais participa, por uma “cultura de pares”,
isto é, “um conjunto estável de atividades ou rotinas, artefatos, valores e preocupações que as crianças
produzem e compartilham em interação com outras crianças.” (CORSARO, 2011, p. 151).
240
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Ao se deparar com esses acontecimentos, pela leitura que ela fez dos
vídeos, afirmou não atentar sobre “a dica” desse grupo, que poderia
promover mais participação em sua proposta. Na reflexão dessas ações,
escutou as crianças e assim, ensaia uma perspectiva de elas contribuírem com
nossas propostas. Deveras, “[...] não podemos naturalizar essa falta de
percepção, pois é possível, para nossa docência, tecer escolhas por um modo
pedagógico capaz de ampliar as oportunidades de participação das crianças
e isso, claramente, começa pela escuta”. (OLIVEIRA, 2019, p. 26).
Nos últimos momentos dessa aula, conforme a consigna de recortar,
ordenar e colar as frases, ainda acrescentou a cópia do texto. Nesse ínterim,
reforçou sobre o recorte correto no pontilhado, exaustivamente. Em suma, a
maioria das crianças demonstrou dificuldades, de modo que a professora
acumulava demandas ao mediar, instruir, regular e corrigir erros nas
atividades das crianças. Ela persistiu com um esforço obstinado sobre
cumprir a prescrição e devido a essa prioridade, ultrapassou o tempo
previsto para o término da atividade, suprimindo o horário do parquinho,
reclamado pelas crianças. No final dessas tarefas, tanto as professora quanto
as crianças demonstraram uma grande exaustão. 12
Cleonice demonstrou querer modificar sua prática e por sua narrativa,
digna de reconhecimento nesses diálogos, sensivelmente, ampliou suas
perspectivas:
eu vi nas filmagens que... eu carrego muito do sistema tradicional...
AUTORITÁRIO... né... eu cobro muito a disciplina... impedindo as crianças de
trocar experiências... só eu lá no centro tomando conta de TUDO... a autoridade...
esqueço que eles aprendem às vezes muito mais entre eles... aí coloquei todo mundo
11
“Trecho da autoavaliação de Cleonice em depoimento oral, em 5 de set. de 2018”. (OLIVEIRA, 2019, p. 126).
12
No texto da pesquisa destacou-se as vozes infantis sobre essas práticas, dentre as crianças interlocutoras
estava Zênis, autor da atividade, acima. Essa escuta foi uma prioridade no percurso das análises.
241
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
13
“Trecho da autoavaliação de Cleonice em depoimento oral, em 5 de set. de 2018”. (OLIVEIRA, 2019, p. 132).
242
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Referências
243
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1
Professora na Educação Infantil e Ensino Fundamental na Prefeitura de Belo Horizonte/MG. Mestra em
Educação e Docência (Promestre/FaE/UFMG), Pedagoga (UEMG), Especialista em Psicopedagogia,
Metodologia de Artes e Ensino Lúdico. E-mail: queilacrio@yahoo.com.br.
2
Professora na Educação Infantil na Prefeitura de Belo Horizonte/MG, graduada em Normal Superior
(UNIPAC) com Especialização Educação Infantil (UCB). E-mail: heliapedagogico@yahoo.com.br.
3
As escolhas metodológicas dessa pesquisa aproximaram-se de elementos da fenomenologia, etnografia e
autoetnografia, cuja finalidade foi agregar discussões educacionais aos significados dos sujeitos pesquisados.
Ao longo desse trabalho, também se desenvolveu um Produto Pedagógico denominado “Ateliê Narrativo”,
que compreendeu uma formação continuada das professoras da EMEI. Para dar abertura a esses diálogos foi
criado um vídeo: “Goles de Infância” - filme de 7 minutos - a partir da seleção de algumas imagens que
compuseram a recolha dos dados. Esse material pode ser acessado pelo link: https://youtu.be/IXSHZogqhVQ.
245
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
4
A pesquisa de Oliveira (2019) elucida mais sobre esse termo enunciação, conforme foi empregado por Bakhtin
(2011), como uma corrente fluída e contínua da linguagem, prenhe de correspondências, seja para o ato de
emissão do discurso, que seria a enunciação e para um discurso já pronunciado, que seria o enunciado.
246
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
5
A “pedagogia da transmissão”, segundo Oliveira-Formosinho (2007), centra-se na regulação e no controle,
baseado na pré-decisão do professor, que prescreve os objetivos, molda e reforça, por sua centralidade. Esse
modo foi apresentado no texto anterior - páginas 235 a 243 - tecendo reflexões em torno dessas práticas. Esses
dois textos são complementares, a partir dos desdobramentos da pesquisa supracitada.
247
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6
Segundo Machado (1994), a intencionalidade educativa explicita-se quando é assumido o compromisso de
levar a êxito os propósitos das interações pedagógicas, pelos conhecimentos que tornarão objetos de
apropriação pelas crianças, isto é, pelos objetivos voltados as habilidades e capacidades que poderão alcançar.
7
Uma das interlocutoras na Pesquisa de Oliveira (2019) que naquela ocasião foi apresentada por um nome
fictício, conforme havia sido acordado. Entretanto, aqui, ao apresentar-se como uma das autoras, fazemos jus
ao reconhecimento de seu verdadeiro nome. Os nomes das crianças, entretanto, preservam-se em sigilo.
8
Anotações no Diário de Bordo de Queila Oliveira, em 6 de março de 2018. Optamos por colocar as falas em
itálico para diferenciar das outras citações.
248
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
9
Cf. OLIVEIRA, 2019. Texto adaptado de forma sucinta, mediante os limites desse espaço. As descrições e
análises detalhadas em torno dessas práticas se encontram na pesquisa supracitada, entre os tópicos do
capítulo 4, páginas 136 a 156.
10
Entrevista gravada, no dia 4 de setembro de 2018. Cf. (OLIVEIRA, 2019, p. 143). A pesquisadora apropria-se
do modelo de transcrição conforme as “Normas Urbanas Cultas: NURC/SP nº 338 EF, 331 D2”, em que letras
maiúsculas significam entonação enfática e reticências significa pausa, segundo estudo realizado por PRETI,
Dino. O discurso oral culto. 2. ed. São Paulo: Humanitas Publicações - FFLCH/USP, 1999.
249
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
11
Cada pregador nesse varal tinha um enfeite diferente. As crianças, livremente, escolhiam onde pendurar.
Esse varal era uma das formas de exposição delas. Geralmente, chamavam a mãe (ou quem as buscava) para
mostrar o que criaram. No dia seguinte, elas tomavam a iniciativa de recolher, e, assim, também participavam
da organização do espaço onde expunham suas atividades.
250
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Para tecer uma avaliação acerca das práticas pedagógicas que foram
realizadas recorremos às Categorias de Análise, conforme o seguinte
fluxograma:
251
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
252
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
Referências
BRASIL. BAKHTIN, Mikhail Mikhaiovitch. Estética da Criação Verbal. 6ª. ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2011. p. 261-335.
CORSARO, William A. Sociologia da Infância. 2.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24ª. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
MACHADO, Maria Lucia de A. Educação Infantil e Sócio-interacionismo. In: OLIVEIRA, Zilma
Moraes Ramos (Org.). Educação Infantil: Muitos olhares. S. Paulo: Cortez, 1994. p. 25 – 50.
CORSARO, William A. Sociologia da Infância. 2.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia. Pedagogia(s) da Infância: reconstruindo uma práxis de
participação. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia; Kishimoto, Tizuko Morchida; Pinazza,
Mônica Appezzato. (Org.). Pedagogia(s) da Infância Dialogando com o passado
Construindo o Futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 7 – 36
OLIVEIRA-FORMOSINHO. Desenvolvendo a qualidade em parcerias. Ministério da
Educação. Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Portugal/Lisboa:
Manual DQP. 2009. Disponível em: <https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EInfancia/
documentos/manual_dqp.pdf>. Acesso em: 06 de dezembro de 2020.
OLIVEIRA, Queila Cristina de. Goles de Infância: Práticas da Docência e das Crianças em uma
Escola Municipal de Educação Infantil. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Imaginação e criatividade na infância. São Paulo: WMF Martins
Fontes, 2014.
ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Tradução Jerusa Pires Ferreira, Maria Lúcia Diniz
Pochat e Maria Inês de Almeida. 1 a ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. p. 19-45.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção e leitura. Tradução Jerusa Pires Ferreira e Suely
Fenerich. São Paulo: Cosacnaify, 2014.
253
PRÁTICA DOCENTE: rupturas, diálogos, inovações - Volume 2
254
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1
Professor da Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Cristiano Cartaxo. E-mail: regysdance@gmail.com
2
Gestora da ECIT Cristiano Cartaxo, Cajazeiras - PB, Brasil. E-mail: eglehma@gmail.com
3
Professora da Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras – PB, Brasil, adriana.korrea@gmail.com
4
Professora da ECIT Cristiano Cartaxo, Cajazeiras - PB, Brasil. E-mail: joacileide2009@hotmail.com
255
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5
Tutoria é uma situação de interação, de presença na vida do outro, em que uma pessoa dá apoio para tornar
possível que ela desenvolva e/ou ponha em ação algum direito, dever, conhecimento, competência ou
habilidade. Nesse sentido, a Tutoria torna possível ao estudante ampliar a visão que ele tem de si mesmo, do
mundo, das oportunidades, das estratégias e possibilidades para tomar em suas mãos o protagonismo da
construção do projeto da sua própria vida (ICE, 2019).
6
Segundo Marc Prensky (2001), os nativos digitais nasceram no período de evolução das tecnologias digitais,
já os imigrantes digitais vivenciaram práticas de comunicação anteriores à década de1990.
256
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7
O Art Journal é um caderno artístico, onde usam-se as folhas para fazer colagens inspiradoras e também para
desenhar, seja com caneta, lápis ou aquarela.
8
Links do material de suporte: https://www.youtube.com/watch?v=FhrV7W6LMWk - https://www.youtube.
com/watch?v=P48ZB1I6QPc - http://alicetischer.com.br/aulaliberdade/ https://www.youtube.com/watch?v=
3TBhlJxX1YE
9
O Projeto de Vida do jovem protagonista pode ser compreendido como o seu sonho, ou seja, as suas
expectativas para o futuro e será definido à medida que o mesmo se conhece enquanto pessoa descobre-se
enquanto aluno e determina o que quer ser, seja na dimensão pessoal, social e profissional, tanto a curto como
longo prazo (SILVA et al., 2020).
10
O portfólio da disciplina de Projeto de Vida refere-se a uma espécie de diário de bordo pessoal em que cada
aluno vai construindo ao longo do ano e a partir das aulas estruturadas ministradas. Ou seja, é uma produção
particular que compila a percepção do aluno sobre seu ser e suas vivências dentro e fora do ambiente escolar.
257
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1
Professora EBTT do Curso Técnico em Informática do Colégio Técnico de Floriano CTF/UFPI. Floriano/PI. E-
mail: solloka@ufpi.edu.br.
2
Enfermeira ESF Estratégia Saúde da Família município de Floriano e ex-professora do Curso Técnico em
Enfermagem do Colégio Técnico de Floriano CTF/UFPI, Floriano/PI, E-mail: thaminalobo@hotmail.com.
3
Professor EBTT do Curso Técnico em Enfermagem do Colégio Técnico de Floriano CTF/UFPI. Floriano/PI. E-
mail: marttemsantana@ufpi.edu.br.
263
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Considerações finais
272
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que o mesmo mergulhe no seu íntimo, dando voz aos seus sentimentos e
pensamentos.
Acrescenta-se que o partícipe precisa se conectar com o objetivo da
oficina plástica, atuando ativamente na confecção e apresentação, conectado
com os fatos de cada um, revelando habilidades nas artes visuais, como
também na musicalidade, na poesia, na pintura, nos desenhos, na escrita de
si, dentre outras possibilidades de se reconhecer como pessoa e futuro
profissional.
Registra-se que foi encoberto por risos e sorrisos, vestígios de dores,
sofrimentos, traumas, decepções. Entende-se que o não acompanhamento de
estudantes, por uma equipe interdisciplinar, pode comprometer seus estudos
e sua futura vida profissional.
Durante a escrita do memorial de formação, o estudante de cursos
técnicos pode repensar sobre o seu percurso formativo. O ato de escrever e
de narrar sua experiência potencializa a construção de pontes entre o ensino
médio, ensino técnico e ensino superior. A oficina plástica possibilita a
liberação de sensações e de sentimentos que mobilizam uma formação
pessoal, técnica, científica, profissional, ética e humanística.
Referências
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Bookman, Artmed, 2009. (Coleção Pesquisa Qualitativa).
FLICK, Uwe. Introdução à Metodologia de Pesquisa: Um Guia Para Iniciantes. Tradução
Magda Lopes. Porto Alegre: Penso, 2013. (Métodos de Pesquisa).
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Tradução Maria Adriana
Veríssimo Veronese. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1995.
GAUTHIER, Jacques Zanidê; SANTOS, Iraci dos. A Sócio-Poética: fundamentos teóricos,
técnicas diferenciadas de pesquisa, vivência. Ilustrações de Nébia Figueiredo. Rio de
Janeiro: UERJ/DEPEXT, 1996.
GAUTHIER, Jacques Zanidê. Sociopoética: encontro entre artes, ciência e democracia na
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APRENDIZAGEM RIZOMÁTICA
Uma perspectiva transversal da educação
Sem propor um início para este trabalho, nem um fim para esta
discussão, as elucubrações, aqui expostas, dar-se-ão em direções movediças
e espalhar-se-ão entre linhas de fuga e intensidades. Parece cabível, portanto,
tentar decifrar este complexo de componentes representados por um
vocábulo: rizoma. Sendo assim, algumas das características do rizoma, que
se referem aos princípios da conexão e da heterogeneidade, são explicadas
por Deleuze e Guattari:
Qualquer ponto de um rizoma pode ser conectado a qualquer outro e deve
sê-lo. É muito diferente da árvore ou da raiz que fixam um ponto, uma
ordem. A árvore lingüística à maneira de Chomsky começa ainda num
ponto S e procede por dicotomia. Num rizoma, ao contrário, cada traço não
remete necessariamente a um traço lingüístico: cadeias semióticas de toda
natureza são aí conectadas a modos de codificação muito diversos, cadeias
biológicas, políticas, econômicas, etc., colocando em jogo não somente
regimes de signos diferentes, mas também estatutos de estados de coisas.
(DELEUZE; GUATTARI, 1995, p. 14).
1
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do ABC, São Bernardo do
Campo/SP, Brasil. E-mail: tomhynde@gmail.com
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Currículo X Estratégia
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“Les concepts sont exactement comme des sons, des couleurs ou des images, ce sont des intensités qui vous
conviennent ou non, qui passent ou qui ne passent pas. Pop philosophie. Il n’y a rien à comprendre, rien à
interpréter.” (DELEUZE apud GARCIN-MARROU, 2011, p. 7).
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Conclusão
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Referências
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vida. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo.
São Paulo, 178 p. 2007.
DELEUZE, Gille; GUATTARI, Félix. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia; tradução de
Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de janeiro: Ed. 34, 1995. (Coleção TRANS)
FOUCAULT, Michel. A microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
GARCIN-MARROU, Flore. Gilles Deleuze, Félix Guattari: entre théâtre et philosophie. Pour un
théâtre de l'à venir. PSYCHA ANALYSE, 2011. Disponível em: <https://www.
psychaanalyse.com/pdf/GILLES%20DELEUZE%20FELIX%20GUATTARI%20ENTRE%20
THEATRE%20ET%20PHILOSOPHIE%20(%207%20pages%20-%2053%20Ko).pdf>. Acesso
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OLIVEIRA, Leonardo. “O cinema como componente do ensino de filosofia em uma perspectiva
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em: 26 out. 2020.
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Como Seria razoável supor que o leitor acreditasse estar diante de uma
pergunta tola ao deparar-se com o título excêntrico deste posfácio. Vamos
assumir que esse seja justamente o caso e aproveitar o ensejo para colocar à
prova a legitimidade da afirmação subsequente ao título, de autoria do
próprio Bruce Lee. Em outras palavras, vamos procurar verificar se, de fato,
conseguimos extrair algum aprendizado significativo a partir de uma
pergunta já previamente admitida como tola.
Quem foi Bruce Lee, afinal?
Além de ser um artista marcial, Bruce Lee foi um aficionado pesquisador
das artes marciais, tendo se dedicado à análise das teorias e práticas de
diversos sistemas de luta. Essa dedicação foi motivada, em parte, por ter
observado a ineficiência de muitas das técnicas clássicas em contextos reais
de combate. O valor de uma determinada técnica para ele estava diretamente
relacionado à sua aplicabilidade prática e efetividade em situações reais, o
que o fazia preferir por abordagens mais diretas em comparação a muitas das
técnicas tradicionais. A partir dessa observação, Lee começou a se
desenvolver em vários sistemas de artes marciais, não se limitando apenas
àquele em que havia construído sua fundamentação – o estilo de Kung Fu
conhecido como Wing Chun – e, integrando o aprendizado adquirido por
meio desses diversos sistemas, ele deu origem a um sistema único que
chamou de Jeet Kune Do.
Além de artista marcial, Bruce Lee demonstrava interesse por filosofia,
tanto oriental quanto ocidental, tendo inclusive cursado Filosofia pela
Universidade de Washington. Buscava sempre integrar filosofia não apenas
às artes marciais, como também aos aspectos gerais de sua vida. Escreveu
alguns pensamentos que ainda hoje servem de inspiração para as pessoas. A
seguir, vamos conhecer alguns deles e verificar se faz sentido transpor as
ideias neles contidas para o contexto de nossos ofícios, ou seja, a prática
docente.
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“Esvazie sua mente, não tenha formato, nem contorno - como a água. Quando a
água é colocada em um copo, ela se torna o copo. Quando colocada em uma
garrafa, ela se torna a garrafa. Quando colocada em uma chaleira, ela se torna a
chaleira. A água pode fluir ou pode destruir. Seja água, meu amigo.”
“Absorva o que for útil. Descarte o que não for. Acrescente o que for
exclusivamente seu.”
“Saber não basta, é preciso aplicar. Querer não basta, é preciso fazer.”
Mas por que Bruce Lee? Se pensarmos bem a respeito, por nenhuma
razão específica que o distinga de outros tantos exemplos possíveis que,
assim como ele, constante e disciplinadamente se empenharam em buscar
por inovações, aperfeiçoamento, superação de limites, desenvolvimento de
novas e complexas habilidades, e refinamento dos aprendizados prévios, em
suas respectivas áreas de atuação.
Poderia ter sido, talvez, Isaac Newton, o gênio da Física, ou Carl
Friedrich Gauss, o brilhante matemático, ou quem sabe Ayrton Senna, o ídolo
e herói do automobilismo, ou ainda, poderia ser aquele professor que um dia
tivemos, de que jamais nos esquecemos, e que até hoje nos inspira. E não seria
um dos objetivos da prática docente justamente o de inspirar os discentes a
tornarem-se tão disciplinados e empenhados quanto os célebres exemplos
anteriormente mencionados? A transformarem-se no melhor que podem ser
e legar ao mundo o melhor que podem oferecer?
A iniciativa empreendida na presente obra é um caso emblemático
dessas ações inspiradoras nas quais pode se espelhar a prática docente, pois
representa tanto uma forma de manifestação compartilhada do melhor que
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SOBRE OS ORGANIZADORES
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