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MONA MOHAMAD HAWI

SENTIDOS DA ATIVIDADE DE ENSINO DE


PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS:
CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ATIVIDADE

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Copyright © dos autores
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reprodu-
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autores.

Capa
Lucas de França Nário

Diagramação
Déborah Letícia Ferreira de Sousa

Conselho Editorial
Prof. Dr. Afrânio Mendes Catani (USP, Brasil)
Prof. Dr. Fábio Marques de Souza (UEPB, Brasil)
Prof. Dr. José Alberto Miranda Poza (UFPE, Brasil)
Profa. Dra. Cristiane Navarrete Tolomei (UFMA, Brasil)
Profa. Dra. Kelly Cristiane Henschel Pobbe de Carvalho (UNESP, Brasil)
Profa. Dra. María Isabel Pozzo (IRICE-Conicet-UNR, Argentina)

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

H391s Hawi, Mona Mohamad.


Sentidos da atividade de ensino de professores
universitários : contribuições da teoria da atividade / Mona
Mohamad Hawi. – São Paulo: Mentes Abertas, 2020.
198 p.: il. color.

ISBN 978-65-990278-1-9.

1. Teoria da atividade . 2. Atividade de ensino. 3. Ensino


superior. 4. Prática docente. I. Título.

21. ed. CDD 378

Elaborada por Giulianne Monteiro Pereira CRB 15/714

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SUMÁRIO

PREFÁCIO 09

INTRODUÇÃO 11

REFERENCIAL TEÓRICO 21
Capítulo I 23
Capítulo II 33
Capítulo III 77
Capítulo IV 81

REFERENCIAL METODOLÓGICO 107


Capítulo V 109

DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 135


Capítulo VI 137

REFLEXÕES SOBRE A PESQUISA 179


Capítulo VII 181

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 193

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AGRADECIMENTOS

Originalmente, minha Tese de Doutorado, realizada no De-


partamento de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem
(LAEL), na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), a pesquisa transforma-se em um livro, sonhado há
um bom tempo e finalmente, hoje, realizado. Meus agrade-
cimentos especiais à minha orientadora, sob a orientação da
Professora Dra. Maria Cecilia Camargo Magalhães e às que-
ridas amigas e professoras Dras. Fernanda Coelho Liberali,
Rosemary Hohlenwerger Schettini, Maria Otília Guimarães
Ninin, Valdite Pereira Fuga , Sueli Fidalgo e Alzira Shimoura,
pelas constantes interlocuções.
Meu agradecimento muito mais do que especial à minha que-
rida família e a Deus. Por tudo!
Com Carinho!

Eu tenho uma espécie de dever, de dever de sonhar,


de sonhar sempre,
pois sendo mais do que
um espectador de mim mesmo,
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas
e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa

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PREFÁCIO

A escrita de um prefácio é, reconhecidamente, um grande desafio;


sobretudo de um trabalho cuja autora é grande conhecedora de seu
campo de atuação e cujo trabalho espelha esse domínio. Em suas mais
de três décadas de docência, a Professora Mona Mohamad Hawi atuou
em diferentes níveis e espaços de ensino, desde o escolar até o de pós-
-graduação. É conhecedora da Educação brasileira e, em especial, do
ensino de língua materna, porque construiu sua história pessoal e in-
telectual dentro desses espaços de ensino, de maneira a contribuir co-
tidianamente, junto a seus colegas de todo o país, para constituição da
própria história da educação e do ensino de língua materna no Brasil.
Em sua trajetória, como linguista, na batalha da e pela linguagem,
muitas inquietações lhe tiraram o sossego, dentre as quais, a enfocada
neste estudo, originário de sua tese de doutorado: a formação e atuação
do professor de Letras, inserido num contexto de discussão mais am-
plo que é o do ensino na universidade. Os dilemas enfrentados rotinei-
ramente por seus pares levaram-na a debruçar-se sobre os sentidos que
eles, docentes de Letras, atribuem à Atividade de Ensino na universi-
dade, tendo como aporte principal de análise a assim nomeada Teoria
da Atividade, preconizada por Leont’ev (1978).
A pesquisadora percebeu em muitas situações uma atuação do-
cente aparentemente pouco engajada, sobretudo, em relação a ques-
tões mais pontuais de ensino, como o término do currículo programa-
do. Isto lhe transpareceu, dentre outros aspectos, falta de compromisso
com a formação discente. Contudo, Hawi sempre se interessou pela
promoção de discussões que levassem o docente a olhar-se e olhar para
a própria prática, uma vez que possibilitam um processo reflexivo de
mudanças e de reordenação da práxis. Ação levada a efeito neste estu-
do, pois descortinaria os sentidos atribuídos pelos docentes à atividade
de ensino, objetivo central da empreitada.
Assim, a Professora Mona se debruça sobre as narrativas de quatro
professores de um curso de Letras a fim de compreender os sentidos

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atribuídos à atividade de ensino na universidade, bem como os sen-
tidos construídos, a partir das nomeações feitas pelos próprios par-
ticipantes, aos elementos da atividade de ensino, a saber: o sujeito da
atividade, o objeto da atividade, o instrumento da atividade, as regras
da atividade, a divisão do trabalho, a comunidade e o resultado da ati-
vidade.
As insatisfações e contradições atinentes à prática docente não tar-
dam a emergir do material coletado, as narrativas descortinam dilemas
do docente universitário brasileiro, especialmente, daquele ligado ao sis-
tema privado de ensino, cuja remuneração, isolamento, falta de reconhe-
cimento, dentre outras questões, geram discursos e práticas que refletem
os bolsões e as lacunas da estrutura organizacional desse campo.
O docente, não obstante sentir-se estafado, desestimulado e isola-
do, mostra-se preocupado com a formação geral de seus alunos, isto é,
com a formação de cidadãos críticos e bons professores no futuro. Nes-
se sentido, Hawi aponta para a necessidade de um trabalho coletivo,
de formação de um cordão de apoio, ou melhor, de uma comunidade
universitária/acadêmica, de fato, que possibilite o desenvolvimento da
prática docente dentro de melhores condições. Para tanto, é necessário
que não só professores, mas, também, diretores, coordenadores, chefes
de departamento, secretárias e alunos se aliem nesse movimento.
Contudo, é preciso assinalar que a intenção deste estudo não é a
de prescrição, sequer a de oferecer receitas, e, sim, a de apresentar nar-
rativas docentes que acenam problemas do ensino superior brasileiro
e da própria identidade do docente de Letras, num esforço de deline-
amento dos contornos de uma costa marítima que está em constante
mudança, haja vista que a ação das águas é transformadora quando se
choca em suas encostas. Da mesma forma, é transformadora a ação da
linguagem que não cessa jamais seu movimento de transformação e de
transformar-se.

Samir Mustapha Ghaziri


Foz do Iguaçu-PR, 2020

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