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Copyright © dos autores
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reprodu-
zida, transmitida ou arquivada, desde que levados em conta os direitos dos
autores.
Capa
Lucas de França Nário
Diagramação
Déborah Letícia Ferreira de Sousa
Conselho Editorial
Prof. Dr. Afrânio Mendes Catani (USP, Brasil)
Prof. Dr. Fábio Marques de Souza (UEPB, Brasil)
Prof. Dr. José Alberto Miranda Poza (UFPE, Brasil)
Profa. Dra. Cristiane Navarrete Tolomei (UFMA, Brasil)
Profa. Dra. Kelly Cristiane Henschel Pobbe de Carvalho (UNESP, Brasil)
Profa. Dra. María Isabel Pozzo (IRICE-Conicet-UNR, Argentina)
ISBN 978-65-990278-1-9.
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SUMÁRIO
PREFÁCIO 09
INTRODUÇÃO 11
REFERENCIAL TEÓRICO 21
Capítulo I 23
Capítulo II 33
Capítulo III 77
Capítulo IV 81
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AGRADECIMENTOS
Fernando Pessoa
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PREFÁCIO
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atribuídos à atividade de ensino na universidade, bem como os sen-
tidos construídos, a partir das nomeações feitas pelos próprios par-
ticipantes, aos elementos da atividade de ensino, a saber: o sujeito da
atividade, o objeto da atividade, o instrumento da atividade, as regras
da atividade, a divisão do trabalho, a comunidade e o resultado da ati-
vidade.
As insatisfações e contradições atinentes à prática docente não tar-
dam a emergir do material coletado, as narrativas descortinam dilemas
do docente universitário brasileiro, especialmente, daquele ligado ao sis-
tema privado de ensino, cuja remuneração, isolamento, falta de reconhe-
cimento, dentre outras questões, geram discursos e práticas que refletem
os bolsões e as lacunas da estrutura organizacional desse campo.
O docente, não obstante sentir-se estafado, desestimulado e isola-
do, mostra-se preocupado com a formação geral de seus alunos, isto é,
com a formação de cidadãos críticos e bons professores no futuro. Nes-
se sentido, Hawi aponta para a necessidade de um trabalho coletivo,
de formação de um cordão de apoio, ou melhor, de uma comunidade
universitária/acadêmica, de fato, que possibilite o desenvolvimento da
prática docente dentro de melhores condições. Para tanto, é necessário
que não só professores, mas, também, diretores, coordenadores, chefes
de departamento, secretárias e alunos se aliem nesse movimento.
Contudo, é preciso assinalar que a intenção deste estudo não é a
de prescrição, sequer a de oferecer receitas, e, sim, a de apresentar nar-
rativas docentes que acenam problemas do ensino superior brasileiro
e da própria identidade do docente de Letras, num esforço de deline-
amento dos contornos de uma costa marítima que está em constante
mudança, haja vista que a ação das águas é transformadora quando se
choca em suas encostas. Da mesma forma, é transformadora a ação da
linguagem que não cessa jamais seu movimento de transformação e de
transformar-se.
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