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NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Fontes:

DMITRUK, Hilda Beatriz (Org). Cadernos Metodológicos: diretrizes de


Metodologia Científica. 5 ed. Chapecó: Argos, 2001.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o trabalho científico:
elaboração e formatação. Explicitação das Normas da ABNT. - 14 ed.
Porto Alegre, s.n., 2007.
SOARES, S.B.C. (Org.) STRAUD 2002: tutoriais de acesso às bases de
dados on-line, referências e outros recursos informacionais. São Paulo:
Coordenadoria Geral de Bibliotecas, UNESP, 2002. 1 CD-ROM.

Sobre a ABNT:
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
é o órgão responsável pela normalização técnica no país. É uma entidade
privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de
Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de
24.08.1992. A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das
seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for
Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das
entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de
Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).
http://www.abnt.org.br

Citações em documentos
NBR - 10520 / ABNT (ago/2002)

1 – Definições
2 – Regras gerais
3 – Sistemas de chamada
4 – Notas de rodapé

1 – Definições
● C I T A Ç Ã O:

É a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte, de um


documento (é dar o devido crédito ao autor da idéia).

● T I P O S D E C I T A Ç Ã O:

a –) DIRETA;
b –) INDIRETA;
c –) CITAÇÃO DE CITAÇÃO.

A – C I T A Ç Ã O D I R E T A:

Transcrição TEXTUAL dos conceitos do autor consultado. Transcrição


FIEL, ipsis litteris, reprodução EXATA do original, respeitando-se até
eventuais incoerências, erros de ortografia e/ou concordância.
Poderá ser colocada a expressão [sic] imediatamente após o erro - significa:
estava assim mesmo no original. As citações diretas ou textuais podem ser
breves ou longas.

São consideradas breves aquelas cuja extensão não ultrapassa três linhas.
Essas citações devem integrar o texto e devem vir entre aspas. O tamanho
da fonte (letra) da citação breve permanece o mesmo do corpo do texto (n.
12). O tipo da fonte deve ser preferencialmente Times New Roman ou Arial
Deve-se indicar a(s) página(s), volume(s), tomo(s) da fonte consultada,
logo após a indicação da data, separada por vírgula (FURASTÉ, 2007).
Vimos que, para nosso esclarecimento, precisamos seguir os preceitos
encontrados, já que Guimarães estabelece: “A valorização da palavra pela
palavra encarna o objetivo precípuo do texto literário” DOMINGUES, Petrônio.
Cultura Popular: as construções de um conceito na produção historiográfica. Revista História

(São Paulo), v. 30, nº 2, pp. 1-19, ago/dez 2011. (1985, p. 32) e, se isso não ficar bem
esclarecido, nosso trabalho será seriamente prejudicado.

Ou assim:

Vimos que, para nosso esclarecimento, precisamos seguir os preceitos


encontrados, já que ficou esclarecido que: “A valorização da palavra pela
palavra encarna o objetivo precípuo do texto literário” (GUIMARÃES,
1985, p. 32) e, se isso não ficar bem esclarecido, nosso trabalho será
seriamente prejudicado.

As citações com mais de três linhas são chamadas de longas e devem


receber um destaque especial, com recuo (reentrada) de 4cm da margem
esquerda, e mais 1,5cm para marcar o início de parágrafos (FURASTÉ,
2007, p. 119).

As citações longas, por já terem o destaque do recuo (reentrada), não


deverão ter aspas e o tamanho da fonte (letra) deve ser menor que o do
texto (n. 10) (FURASTÉ, 2007, p. 119).

A distância entre as linhas do corpo da citação deve ser de um espaço


simples. Entre o texto da citação e o restante do trabalho, deve-se deixar
uma linha em branco, antes e depois.
D. Luís da Cunha, seu diplomata mais proeminente, sugeria em suas
Instruções Políticas inclusive a formação de um império luso-brasileiro
com a sede da corte na cidade do Rio de Janeiro, pois, segundo ele:

O dito príncipe, para poder conservar Portugal, necessita


totalmente das riquezas do Brasil, e de nenhuma maneira das de
Portugal, que não tem, para sustentar o Brasil; de que se segue,
que é mais cômodo e mais seguro estar onde se tem o que
sobeja, que onde se espera o de que se carece (2001, p. 363).

As negociações em Utrecht, nas...

Havendo supressão de trechos dentro do texto citado, faz-se essa indicação


com reticências entre colchetes [...].

No início ou no fim da citação, as reticências são usadas apenas quando o


trecho citado não é uma sentença completa.

Quando dentro do texto citado já existirem aspas, elas transformam-se em


aspas simples (‘) (também chamada de apóstrofo).

“O termo ‘espaço’, de um modo geral, só dá conta do lugar físico


onde ocorrem os fatos da história” (VILARES, 1991, p. 23).

Se for feita alguma interpolação, acréscimo ou comentário durante


a citação, que não seja do autor, deve-se fazê-lo entre colchetes [ ]:

Também chamado de corpo do trabalho, [o desenvolvimento] tem


por finalidade expor, demonstrar e fundamentar a explicação do assunto a
ser abordado. É normalmente dividido em seções ou capítulos, que variam
de acordo com a natureza do assunto (GARCIA, 2000, p. 17).

Segundo Bottomore (1987, p. 72) assinala “[...] a Sociologia, embora não


pretenda ser mais a ciência capaz de incluir toda a sociedade [...] pretende
ser sinóptica”;

[...] o primeiro ponto, e o mais simples, é que o historiador freqüentemente


fornece o material usado pelo sociólogo. [...] É certo que o sociólogo deve,
por vezes, ser seu próprio historiador [...] (BOTTOMORE, 1987, p. 85).

“A igreja luterana de Domingos Martins [o mais antigo templo protestante


do Brasil, com torre] foi fundada no ano de 1866” (ANDRADE, 1998, p.
28).

“Os aquiescentes [os que sempre concordam com tudo], em sua história
passada, tiveram de evitar dizer ‘não’ só para agradar. Como suas raízes
são semelhantes, costuma ser difícil dois aquiescentes se ajudarem
mutuamente” (CLOUD, p. 155).

Quando, no texto citado, houver algum tipo de erro, ou algo inusitado, para
que fique bem claro que esse erro foi cometido pelo autor do trecho e não
por quem fez o trabalho, coloca-se logo após o erro, a palavra latina “sic”,
entre parênteses, que significa “isso mesmo”, “assim mesmo”. Isso vale
para qualquer tipo de erro, seja na forma, seja no conteúdo do trecho
(FURASTÉ, 2007, p. 122).
.

É preciso que se busque a espontaniedade (sic) para se fotografar


melhor.

Ênfases ou destaques deverão ser indicados em grifo / negrito / itálico.


● Na citação, indicar grifo nosso entre colchetes logo após data/página:
Considerando as dificuldades enfrentadas pelos iniciantes no campo da
pesquisa, este trabalho foi elaborado utilizando uma linguagem simples e
objetiva, fugindo do tratamento técnico apresentado [...] pelos vários
autores (PARRA FILHO, 1997, p. 45) [grifo nosso].

Caso o texto citado traga algum tipo de destaque dado pelo autor do trecho,
devemos usar a expressão grifo do autor, entre colchetes.

“A análise dos conceitos e estruturas, apresentados nas diversas obras de


Metodologia Científica consultadas, autoriza concluir-se que a
denominação resenha crítica é, no mínimo, redundante” (ANDRADE,
1999, p.77) [grifo do autor].

Quando o texto citado for composto por informações orais obtidas em


aulas, palestras, debates, comunicações etc. deve-se, entre parênteses,
colocar a observação informação verbal, relacionando-se os dados
disponíveis em nota de rodapé (FURASTÉ, 2007, p. 123):

Einchemberg constatou que, na costa do Rio Grande do Sul,


especialmente no litoral norte, há a presença abundante de coliformes
fecais, especialmente nos meses do verão (informação verbal1).
____________
1
Em palestra proferida no Salão de Atos do Colégio Tiradentes, SP, em 27 de dezembro
de 2003.

B – C I T A Ç Ã O I N D I R E T A:

Transcrição livre do texto do autor consultado.


Consiste em um resumo ou paráfrase de um trecho de determinada obra.
Poderá ser necessária quando se tratar de texto muito longo, do qual se quer
extrair apenas algumas idéias básicas, fundamentais.

Ao fazermos a citação, devemos indicar o nome do autor, com apenas a


inicial maiúscula, se estiver no corpo do texto, ou todo com letras
maiúsculas, se estiver dentro dos parênteses, juntamente com o ano da
publicação da obra em que se encontra a idéia por nós referida. Só se
indicam as páginas quando for possível sua identificação, caso contrário
não há necessidade de fazê-lo, já que a idéia pode estar sendo resumida de
uma obra inteira, de um capítulo, de diversas partes ou de um conjunto
delas (FURASTÉ, 2007, p. 115).

Depois de analisar a situação, Nóvoas (1993) chegou a afirmar que o


brasileiro ainda não está capacitado para escolher seus governantes.

Ou,

Depois de analisar a situação, chegou-se a afirmar que o brasileiro ainda


não está capacitado para escolher seus governantes (NÓVOA, 1993).

C – C I T A Ç Ã O D E C I T A Ç Ã O:

Transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao


original. É citar um autor que foi citado no documento que se tem em
mãos. Deve-se indicar primeiramente o sobrenome do autor da passagem
escolhida seguido da palavra latina apud (que significa “junto a”) e o
sobrenome do autor que fez a citação. Aí, então, desse último, faz-se a
referência completa.

Thomas Maynard, cônsul-geral inglês em Lisboa, escreveu uma carta ao


Lord Arlington, em 21 de outubro de 1670, muito reveladora a esse
respeito, informando-lhe sobre a importância e vantagens econômicas para
a Inglaterra desse território e incentivando-o muito a colonizá-lo.

Meu Senhor, tem sido muitas vezes intenção minha dizer a


Vossa Senhoria alguma coisa a respeito daquela região que fica
entre o Trópico de Capricórnio e o Estreito de Magalhães, bem
como da probabilidade de mostrar-se ela vantajosa ao comércio
da Inglaterra, como escoadouro de nossas manufaturas, além do
proveito que o reino pode tirar da plantação de tudo quanto
aquele excelente e bem situado solo é capaz de produzir [...]
(MAYNARD apud BOXER, 1973, p. 133).

Ou,

Segundo Fontana (apud OLIVERIA, 2005, p. 328) os povos indígenas


agrupavam-se de acordo com seus interesses e necessidades.

Observações:

A citação poderá ser feita no corpo do trabalho ou em notas de rodapé.


É obrigatório apresentar a REFERÊNCIA completa da fonte de qualquer
documento citado direta ou indiretamente.
No caso de citação de citação referenciar somente o documento consultado.

2 – Regras Gerais
● CITAÇÃO PELO SOBRENOME DO AUTOR, INSTITUIÇÃO OU
TÍTULO

Página obrigatória nas citações diretas e não obrigatória nas indiretas.


● Citar em MAIÚSCULAS quando estiver DENTRO de parêntesis
(SOBRENOME, data, v. ?, p. ? - ?):
(CHRISTOFOLETTI, 1999, p. 76)
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1997, p. 89-94)
(CLEMENTE; SOUZA; COLNAGO, 2001, v. 2, p. 7)
(SILVA et al. apud FARIAS , 1999, p. 534)
(UNESP, 2000, p. 53)
(GEOMORFOLOGIA..., 2001, p. 10)

● Citar em MINÚSCULAS quando estiver FORA de parêntesis, numa


frase:

Analisando as dificuldades de padronização das publicações técnico-


científicas da UFMG, França, Borges, Vasconcellos e Magalhães (1990)
elaboraram um manual para normalização destas publicações.

De acordo com a tabela de classificação proposta por Braga e Leonardt


(2000, p. 98), este evento não alcançou o nível máximo de importância,
conforme argumenta Perroti apud Santos (2001, p. 53).

● INDICAÇÃO DE TRADUÇÃO DA CITAÇÃO PELO AUTOR

Quando a citação original, em outra língua, tiver sido traduzida pelo autor,
indicar – tradução nossa – dentro do parêntesis, logo após a página:
“Em ambos os casos nós somos forçados a inferir que o papel da
competição é retrospectivo [...]” (PUTMAN, 1994, p. 34, tradução nossa).

3 – Sistemas de chamada

● OS SISTEMAS DE CHAMADA NO TEXTO PODEM SER:

a –) A U T O R - D A T A;
b –) N U M É R I C O

Observação:
Seguir um ou outro padrão em todo o documento.

● OUTRAS REGRAS PARA CITAÇÃO A U T O R – D A T A:

● COINCIDÊNCIA DE SOBRENOMES
Diferenciar pelas letras iniciais dos prenomes:
(ROQUETE, C., 1998) (VARGAS, J., 2001)
(ROQUETE, D., 1998) (VARGAS, L., 2001)

● CITAÇÃO DE DIVERSOS DOCUMENTOS DE UM MESMO


AUTOR E DA MESMA DATA
Diferenciar pelo acréscimo de letras minúsculas após a data e sem
espacejamento:
(OLIVEIRA, 2000a) (SOARES, 2001a)
(OLIVEIRA, 2000b) (SOARES, 2001b)
● CITAÇÃO DE UM DOCUMENTO DE DIVERSOS AUTORES,
DENTRO DE UMA FRASE
Separá-los por vírgula, colocando um “e” entre o penúltimo e o último:
Baccan, Smith e Orwell (apud TAKAKI, 2001, p. 165), discutiram esta
questão.

● CITAÇÃO DE DOCUMENTOS DIFERENTES - DE DATAS


DIFERENTES – E DOS MESMOS AUTORES
Citar autores separados por ponto e vírgula – colocar datas na ordem
cronológica - separadas por vírgulas – seguidas das respectivas páginas:
(BARBOSA; CLEMENTE; COLNAGO, 1998, 1999, 2000)
(BACCAN; ALEIXO; STEIN, 1999, p.17, 2000, p. 89, 2001, p. 56)

● S I S T E M A N U M É R I C O:
Chamada no texto por numeração única e consecutiva para todo o capítulo
ou parte.
Não iniciar a numeração para cada página.
Indicar a numeração entre parêntesis ou colchetes, alinhada ao texto ou
sobrescrita, após a pontuação que fecha a citação.
Uso recomendado para notas explicativas.
Não deve ser usado quando há notas de rodapé. Na prática, pelo menos
entre os historiadores, tem sido comum o uso das notas de rodapé tanto
para as referências quanto para notas explicativas.

4 – Notas de rodapé

● AS NOTAS DE RODAPÉ DEVEM SER:


Indicadas em algarismos arábicos e em seqüência contínua para todo o
capítulo ou parte, nunca iniciadas a cada folha.
Indicadas por um número sobrescrito, ou na linha do texto entre parêntesis
ou colchetes.
Reduzidas ao mínimo.
Expressões que devem ser colocadas na mesma página ou folha onde
ocorre a chamada: Id., Ibid.,
Op. cit., Cf.
Separadas do texto por um traço contínuo (3 cm).
Grafadas em fonte e espacejamento menor que os do texto.
___________
● AS NOTAS DE RODAPÉ PODEM SER:
E x p l i c a t i v a s:
Comentários, complementações ou traduções que interromperiam a
seqüência lógica, se colocadas no texto - devem ser claras e sucintas;

de R e f e r ê n c i a s:
Indicam documentos consultados ou remetem a outras partes de um
documento onde o assunto em questão foi abordado.

Observação:
A primeira citação de uma obra deve ter sua referência COMPLETA, as
demais poderão ser abreviadas.

● Expressões Latinas utilizadas em Notas de Rodapé:


Apud;
Idem;
Id.;
Ibidem;
Ibid.;
op. cit.;
passim;
loc. cit.;
et. seq.;
Cf.;

● apud
ÚNICA expressão latina que pode ser usada tanto no texto como em notas
de rodapé.
“Junto a”

● Idem ou Id.
Significado:
Do mesmo autor.
Observações:
Expressão latina que pode ser usada em substituição ao nome do autor,
quando se tratar de citação de diferentes obras de um mesmo autor.
Usar SOMENTE em notas de rodapé
Exemplos:
1 – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 1999, p. 2-3;
2 – Id., 2000, p.37.
3 – SARMENTO, 1978, p. 59;
4 – Id., 1987, p. 77;
5 – SILVA
5 – SARMENTO, E.G. História de Sergipe Colonial. Aracaju: Ed. UFS,
2000, p. 135.
6 – Id.,

● Ibidem ou Ibid.
Significado:
Na mesma obra.

Observações:
Expressão latina que pode ser usada em substituição aos dados da citação
anterior, pois o único dado que varia é a página.
Usar SOMENTE em notas de rodapé.

Exemplos:
---------------------
1
ANDRADE, M.M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação. São Paulo: Atlas, 1999, p. 67.
2
Ibid., p. 150.
3
Ibid., p. 89.

● op. cit. (Opus citatum, opere citato)

Significado:

Na obra citada anteriormente, na mesma página, quando houver


intercalação de outras notas.
Observação:
Expressão latina que pode ser usada somente em notas de rodapé.

Exemplos:
1 – SALGUEIRO, 1998, p. 19;
2 – SMITH, 2000, p. 213;
3 – SALGUEIRO, op.cit., p. 40-43;
4 – SMITH, op.cit., p. 376;
● passim
Significado:
Aqui e ali - informação retirada de diversas páginas do documento
referenciado.
Observação:
Expressão latina que pode ser usada somente em notas de rodapé
Exemplos:
1 – QUEIROZ, 1999, passim;
2 – SANCHEZ; COELHO, 2000, passim.

● loc. cit. (loco citato)


Significado:
No lugar citado - mesma página de uma obra já citada anteriormente, mas
com intercalação de notas.
Observação:
Expressão latina que pode ser usada somente em notas de rodapé.
Exemplos:
1 – FIGUEIREDO, 1999, p.19;
2 – SANCHEZ; CARAZAS, 2000, p. 2-3;
3 – FIGUEIREDO, 1999, loc. cit.;
4 – SANCHEZ; CARAZAS, 2000, loc. cit..

● Cf.
Significado:
Confira, confronte.

Observação:
Abreviatura usada para recomendar consulta a um trabalho ou notas.
Expressão latina que pode ser usada somente em notas de rodapé.

Exemplos:
1 – Cf. DIAS GOMES, 1999, p.76-99;
2 – Cf. nota 1 deste capítulo.

● et. seq. (sequentia)


Significado:
Seguinte ou que se segue - usada quando não se quer citar todas as páginas
da obra referenciada.
Observação:
Expressão latina que pode ser usada somente em notas de rodapé.
Exemplos:
1 – DIAS GOMES, 1999, p.76 et seq.;
2 – FOUCAULT, 1994, p. 17 et. seq.
REFERÊNCIAS
ABNT NBR-6023/2002

Esta norma estabelece e fixa a ordem dos elementos das referências.


Estabelece convenções para a transcrição e apresentação da informação
originada do documento.

São elementos essenciais e, portanto, obrigatórios, de acordo com a


ABNT, os seguintes:

- Autor(es);
- Título, subtítulo (se houver);
- Edição (a partir da segunda);
- Imprenta (local, editora, ano de publicação).

São considerados complementares dados como:

- indicação da página da obra consultada;


- o número total de páginas de uma obra;
- indicação de série, coleção, caderno, suplemento;
- tradução do texto (em alguns casos é muito importante);
- indicação de volume, tomo, fascículo...;
- periodicidade;
- indicação de coluna, em jornais;

MODELOS

● LIVROS (no todo)


Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), edição, local,
editora e data de publicação.

PUNTONI, P.L. A guerra dos bárbaros: povos indígenas e a colonização


do sertão do nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo: Hucitec, Edusp,
2002.
PIAZZA, Walter F. Santa Catarina: sua história. Florianópolis: Ed.UFSC,
1983.
_______. A Colonização de Santa Catarina. Florianópolis: BRDE, 1985.

Observações:
As referências devem ser alinhadas à margem esquerda do texto
Somente o título da publicação deve ser destacado.
Se não constar o local de publicação, utilizar [s.l.]
Se não constar a editora, utilizar [s.n.]
Se não constar o local de publicação, nem a editora, utilizar [s.l.:s.n]
Se nenhuma data for identificada, registra-se uma data aproximada
[2000 ou 2001] um ano ou outro
[1999?] data provável
[1993] data certa não indicada
[entre 1906 e 1912] intervalos menores de 20 anos
[ca.1960] data aproximada
[197-] década certa
[197-?] década provável
[18--] século certo
[18--?] século provável

2 autores – SILVA, J.M.; SOUZA, C.B.


3 autores – SILVA, J.M.; SOUZA, C.B.; GERMANO, H.L.
Mais de 3 autores – SILVA, J.M. et al.
Sem autor (entrada pelo título) – HANDBOOK of energy systems
engineering...
Autores coorporativos – INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
BRASILEIRO

Indicação de responsabilidade organização, direção, coordenação, edição.

NOVAIS, F.A. (Dir.); SOUZA, L.M. (Org). História da Vida Privado no


Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.

SOUZA, L.M. (Org). História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e


vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras,
1997. (História da Vida Privada no Brasil, v. 1)

● Tradutor
SENELLART, Michel. As Artes de Governar: do regimen medieval ao
conceito de governo. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 2006.

● Edição (elemento essencial)


HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. (1 ed. 1936)

● Série
FORTES, Luiz R. Salinas. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo:
Brasiliense, 2004. (Coleção Tudo é história; 22).

● LIVROS (em parte)

● Com autoria específica


REYNOLDS, K.A. The origins of the strength of metals. In:
ALEXANDER, W.O. et al. Essential metallurgy for engineers.
Berkshire: Van Nostrand Reinhold, 1985. Cap.2, p.33-79.

SOUZA, L.M. Formas provisórias de existência: a vida cotidiana nos


caminhos, nas fronteiras e nas fortificações. In: Id. (Org). História da Vida
Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. (História da Vida Privada no Brasil, v.
1).

● LIVRO EM MEIO ELETRÔNICO


Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), edição, local,
editora, data de publicação, descrição física do meio ou suporte:

RODRIGUES, João A. Pequena história de Portugal. Lisboa: Europa-


América, 1998. 1 CD-ROM.
RODRIGUES, João A. Pequena história de Portugal. Lisboa: Europa-
América, 1998. Disquete 1/1.
RODRIGUES, João A. Pequena história de Portugal. Lisboa: Europa-
América, 1998. Disponível em:<http://www._______________>. Acesso
em: 16 abr. 2004.
● ARTIGO DE PERIÓDICO
Elementos essenciais: autor, título do artigo, subtítulo (se houver), título da
publicação, local da publicação, numeração correspondente ao volume
e/ou ano, número ou fascículo, paginação inicial e final do artigo,
informações de período, ano de publicação:

SOUZA, Ricardo L. Radical, tradicionalista, monarquista, abolicionista: a


trajetória de Joaquim Nabuco. Fronteiras: Revista Catarinense de
História. Florianópolis, v. 12 (2004), p. 39-50.

Os meses devem ser indicados abreviados e no idioma original da


publicação (ver ABT NBR6023/2002)
Se no lugar do mês indicar as estações do ano, deve-se transcrever como
figuram (primavera, verão)
Se indicar as divisões do ano (semestre, trimestre), deve-se transcrever
abreviados (sem., trim.)

● ARTIGO DE PERIÓDICO EM MEIO ELETRÔNICO


Elementos essenciais: autor, título do artigo, subtítulo (se houver), título da
publicação, local da publicação, numeração correspondente ao volume e/ou
ano, número ou fascículo, paginação inicial e final do artigo, informações
de período, ano de publicação, informações pertinentes ao suporte
eletrônico.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos.


Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15. 1989. Disponível em
http://virtualbib.fgv.br/ojs/index.php/reh/issue/view/306. Acesso em: 20
jan. 2010.
● ARTIGO DE JORNAL
Elementos essenciais: autor, título do artigo, subtítulo (se houver), título do
jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do
jornal e a paginação correspondente:

SILVA, I.G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São
Paulo, 19 set. 1997. Caderno 1, p.3.

● ARTIGO DE JORNAL EM MEIO ELETRÔNICO


Elementos essenciais: autor, título do artigo, subtítulo (se houver), título do
jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do
jornal e a paginação correspondente, informações pertinentes ao suporte
eletrônico:

SILVA, I.G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São
Paulo, 19 set. 1997. Caderno 1, p.3. Disponível
em:<http://www.______________>. Acesso em: 20 fev. 2004.

 FILMES – videocassete, película ou DVD


Título (Só primeira palavra em versal), ponto, Subtítulo (se houver), ponto,
Créditos (produtor, diretor, realizador, roteirista e outros, separados por
ponto), ponto, Elenco principal (separados por ponto-e-vírgula), ponto,
Local, dois pontos, Produtora, vírgula. Especificação do suporte em
unidades físicas e duração, ponto.

Ex.:
CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de
Clermont-Tonnerre e Arthur Cohn. Roteiro: Marcos Bernstein, João
Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. Elenco: Fernanda Montenegro;
Marília Pêra; Vinícius de Oliveira; Othon Bastos e outros. [s.l.]: Lê Studio
Canal; Riofilme, 1998. 1 filme (106min), son, color. 35mm.

 GRAVAÇÕES em discos ou CDs

Nome do compositor, ponto, título do Disco ou da Fita, em destaque,


ponto, Local, dois pontos, Gravadora, vírgula, Ano, ponto, Título da faixa,
vírgula, Tempo da gravação, ponto, Número de rotações por minuto,
vírgula, sulco ou Digital, vírgula, Número de canais sonoros, ponto,
Número do disco ou cd, ponto.

Exs:
MANCINI, Henry. 101 Strings – In The Sound of Magnificence. Rio de
Janeiro: CID, 1985. Peter Gunn Theme, 3,45min. 33rpm, sulco, Stéreo.
5041.

DREXLER, Jorge. Eco. Montevideo: Warner Music, 2005. Al Outro Lado


Del Río, 3,13min, 1 CD, 256462222-2.

● DISSERTAÇÕES E/OU TESES


Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), ano de
publicação, paginação, tipo de documento, grau, vinculação acadêmica,
local e data da defesa:

SILVA, Augusto da. Rafael Pinto Bandeira: de bandoleiro a


governador. Relações entre os poderes privado e público em Rio Grande
de São Pedro. 1999. 208 p. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas – PPG História, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999.

● DISSERTAÇÕES E/OU TESES EM MEIO ELETRÔNICO


Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), ano de
publicação, paginação, tipo de documento, grau, vinculação acadêmica,
local e data da defesa, elementos pertinentes ao suporte eletrônico:

LIMA, R.S. Expansão urbana e acessibilidade o caso das cidades


médias brasileiras. 1998. 81p. Dissertação (Mestrado em Transporte) –
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 1998. Disponível em:<http://www.teses.usp.Br/teses/disponíveis
/18/8137/tde-25062002-155026/>. Acesso em: 29 out.2004.

LIMA, R.S. Expansão urbana e acessibilidade o caso das cidades


médias brasileiras. 1998. 81p. Dissertação (Mestrado em Transporte) –
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 1998. 1 CD-ROM.

● EVENTO CIENTÍFICO (no todo)


Elementos essenciais: nome do evento, numeração (se houver), ano e local
de realização, título da publicação, subtítulo (se houver), local de
publicação, editora, data de publicação, número de volumes (se houver):

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA MECÂNICA, 12.,


1993, Brasília. Anais... Brasília: ABCM, 1993. 3v.

● EVENTO CIENTÍFICO EM MEIO ELETRÔNICO (no todo)


Elementos essenciais: nome do evento, numeração (se houver), ano e local
de realização, título da publicação, subtítulo (se houver), local de
publicação, editora, data de publicação, número de volumes (se houver),
informações pertinentes ao suporte eletrônico:

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA MECÂNICA, 12.,


1993, Brasília. Anais... Brasília: ABCM, 1993. 3v. Disponível
em:<http://www.____________>. Acesso em: 21 jan. 2004.

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA MECÂNICA, 12.,


1993, Brasília. Anais... Brasília: ABCM, 1993. 3v. 1 CD-ROM.

● EVENTO CIENTÍFICO (em parte)


Elementos essenciais: autor, título do trabalho apresentado, subtítulo (se
houver), seguido da expressão “In:”, nome do evento, numeração (se
houver), ano e local de realização, título da publicação, subtítulo (se
houver), local de publicação, editora, data de publicação, página inicial e
final da parte referenciada:

VALERI, S.G. et al. Análise da implementação de um “Gate system” em


uma indústria fornecedora do setor automotivo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO,
2., 2000, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p.50-58.

● EVENTO CIENTÍFICO EM MEIO ELETRÔNICO (em parte)

Elementos essenciais: autor, título do trabalho apresentado, subtítulo (se


houver), seguido da expressão “In:”, nome do evento, numeração (se
houver), ano e local de realização, título da publicação, subtítulo (se
houver), local de publicação, editora, data de publicação, página inicial e
final da parte referenciada,elementos pertinentes a parte referenciada:
VALERI, S.G. et al. Análise da implementação de um “Gate system” em
uma indústria fornecedora do setor automotivo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO,
2., 2000, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar,
2000. p.50-58. Disponível em:<http://www._________________>. Acesso
em: 21 jan. 2004.
VALERI, S.G. et al. Análise da implementação de um “Gate system” em
uma indústria fornecedora do setor automotivo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GESTÃO DE
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO, 2., 2000, São Carlos. Anais...
São Carlos: UFSCar, 2000. p.50-58. 1 CD-ROM.

● NORMAS

Elementos essenciais: entidade, número da norma, título da norma, edição,


local, data de publicação:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7229:
Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de
Janeiro, 1993.

● DOCUMENTO DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO


ELETRÔNICO

Elementos essenciais: autor, denominação ou título e subtítulo (se houver)


do produto, indicação de responsabilidade, ano, endereço eletrônico e data
de acesso.
● E.mail
ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem
recebida por <mtmendes@uol.com.br> em 26 nov. 2003.

FICHAS DE LEITURA

Ficha produzida pelo Prof. Dr. Augusto da Silva

- Exemplo (1)

NUNES, Maria Thetis. Sergipe Colonial I. 2 ed. São Cristóvão: Ed. UFS; Aracaju:
Fundação Oviêdo Teixeira, 2006.

[13] INTRODUÇÃO

Pesquisou nos arquivos brasileiros e portugueses. Destaca os Documentos Históricos da


BNRJ.

Segundo ela, o mais importante estudo global da formação sergipana continuam sendo
História de Sergipe (1891) e a História Territorial de Sergipe (1906) de Felisbelo
Freire.

“Já Sergipe e suas Ouvidorias (1919), de Ivo do Prado, e a História dos limites entre
Sergipe e Bahia (1981), de Francisco Antônio de Carvalho Lima Junior, se destacam
pela considerável documentação inserida, buscada para justificar as pretensões do
Estado de Sergipe e áreas territoriais ocupadas pelo Estado da Bahia.

[14] Na citação do Caio Prado Jr. Comete um equívoco ao extrair a palavra “não”.
“...mas presente em traços que não se deixam iludir.”

[17] I – A INTEGRAÇÃO DO TERRITÓRIO SERGIPANO À COLONIZAÇÃO


PORTUGUESA

Trata da primeira expedição que visitou o atual litoral de Sergipe (entre os Rios São
Francisco e o Real). Expedição comandada por Gaspar de Lemos e pilotada por
Américo Vespúcio (1501). [18] “Foram estes os primeiros sergipanos a emigrar.”

[19] A capitania hereditária concedida a Francisco Pereira Coutinho (05.04.1534) e


regulamentada por Foral (22.08.1534) “integrou o território sergipano”. Abrangia ela 50
léguas de terra, que se estendiam da foz do São Francisco à Ponta do Padrão em
Salvador. Francisco chegou em 1536 e fundou a Vila Velha do Pereira, onde hoje é o
Farol da Barra de Salvador. Na região encontrou Caramuru. Algumas desavenças entre
colonos que o haviam acompanhado o fez mudar-se para a Capitania de Porto Seguro.
Quando dali regressava, em 1547, naufragou e foi morto pelos Tupinambás.
Nesse período, o litoral sergipano era visitado pelos franceses que vinham buscar o pau-
brasil entre outros produtos, com o auxílio dos Tupinambás, que aqui habitavam.

[20] No Regimento a Tomé de Souza, D. João III pede notícias das terras e rios “da
disposição para se fazer engenhos de açúcar e outras benfeitorias” até o rio São
Francisco. Mas nem Tomé de Souza, nem seus sucessores Duarte da Costa e Mem de Sá
exploraram o território além do Rio Real.
Em 1572 o Brasil é dividido em dois governos: o da Bahia e o do RJ.
Na administração de Mem de Sá declarou-se guerra aos índios Caetés, por terem esses
assassinado o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha (1556). As buscas desses indígenas
foram feitas principalmente nos sertões do Rio Real.
[21] Em decorrência das atrocidades dessa guerra os Tupinambás nutriram o ódio aos
portugueses, levando-os a intensificar a aliança com os franceses.
A primeira tentativa de integração do território sergipano se dá num contexto de
desavença entre as autoridades portuguesas, os colonos e os padres da Companhia de
Jesus (que proibiam a escravização dos indígenas).
“A colonização sergipana vai ser tentada a partir de uma aliança entre o Estado
português através de seus prepostos na colônia e os latifundiários, especialmente o mais
importante deles – Garcia D’Ávila – o homem de mais posses na Colônia depois do
Donatário de Pernambuco. Teria sido ele quem mais instigou Luís de Brito à conquista
violenta de Sergipe, em detrimento da promissora catequese que os inacianos já
desenvolviam.”

[23] “Paralela à atuação dos inacianos, o Governador Luís de Brito delegara poderes a
Garcia D’Ávila, o famoso potentado da Casa da Torre [fundador da Casa da Torre
localizada em Tatuapara no Recôncovo da Bahia]. Veio para o Brasil com Tomé de
Souza, de quem recebeu a doação das primeiras sesmarias], para iniciar a colonização
sergipana.”
[24] Garcia D’Ávila interessava-se pela pecuária e intentava expandir seus negócios
pelos sertão sergipano. D’Ávila transpôs o rio Real em 1575 com grande aparato de
guerra, mesmo com a advertência dos padres de que os índios estavam quietos e sendo
evangelizados. Casa da Torre tornou-se grande proprietário de terras em Sergipe.

[27] “Luís de Brito retirou-se do território sergipano sem deixar, porém, qualquer marco
de colonização. Logo os franceses retornaram ao comércio do pau-brasil com os índios
Tupinambás, que voltaram dos sertões, e os kiriris [‘nômades das caatingas, gulosos de
carne humana’], vindos das regiões interioranas para ocupar os espaços vazios
resultantes da devastação que havia sido feita.”

No decorrer do século XVI o progresso da colonização portuguesa exige uma melhor


comunicação entre Olinda e Salvador, os dois mais importantes núcleos urbanos da
colônia. Tornava-se assim imprescindível a colonização do território sergipano.
Segundo Frei Vicente do Salvador, ‘ninguém caminhava por terra que não o matassem e
comessem os gentios’. “Também era necessário garantir o livre acesso às barras dos
principais rios da região, impedido pela constante presença dos barcos franceses. Além
do que, as excelentes pastagens ali existentes aguçavam a cobiça de criadores da Bahia
e de Pernambuco.”

[29] Cita Regimento de Francisco Giraldes: “fazer guerra ao gentio da costa sergipana,
castigá-lo e lançá-lo fora da terra”.
[31] “Em 1590, no reinado de Felipe II, coube a Cristóvão de Barros, um dos
membros da Junta Provisória que governava ao Brasil após a morte de Manuel Tele
Barreto em 1587, resolver o problema da colonização do território sergipano.
Cristóvão de Barros era filho de Antônio Cardoso de Barros que veio com Tomé de
Souza para ocupar o cargo de Provedor-mor.

[33] “Visando consolidar a vitória, Cristóvão de Barros fundou a cidade-forte de São


Cristóvão perto da foz do rio Sergipe, no istmo formado pelo rio Poxim, atualmente
região do município de Aracaju. Lançou os fundamentos da vida administrativa de
Sergipe, designando o Capitão-mor Tomé da Rocha proposto do governo-geral do
Brasil com poderes de prover os cargos dos ofícios de justiça e fazenda, tendo, ainda,
alçada no crime e no cível. Construiu um presídio, justificando como necessário à
ordem, criou uma força policial que contava com um armazém bélico, duas peças de
artilharia, entregue o comando ao Capitão Rodrigo Martins para garantir a segurança da
nova Capitania. Passou a cidade a ser Freguesia de Nossa Senhora da Vitória
pertencente ao Bispado da Bahia, sendo designado o Pe. Antônio Murtinho para vigário,
o qual tornar-se-ia, grande proprietário rural. Sergipe Del Rei, assim se denominou a
nova Capitania, por ter a conquista resultado de iniciativa real, e, também, para
diferenciá-la de Sergipe do Conde, localidade do Rocôncavo da Bahia desenvolvida em
torno do engenho fundado por Mem de Sá...”
“O rei Filipe II fez, por merecimento, doação a Cristóvão de Barros das terras
por ele conquistadas, com a condição de as repartir pelos colonos [...]. Dentro dessa
atribuição, o conquistador concedeu ao seu filho, Antônio Cardoso de Barros, a primeira
sesmaria que possuía 10 léguas de extensão na costa, indo do rio Sergipe ao São
Francisco.”

[34] o Capitão-mor Tomé da Rocha ficou no cargo de 1590? a 1594.


Substituiu-o Diogo Quadros (1594-1600)

Alegando motivos de segurança, os moradores da cidade de São Cristóvão [em 1594 ou


95] a transferiram para uma elevação situada entre a [35] barra do rio Poxim e o litoral.
[... Outra transferência ainda ocorreria em 1607 para o local onde, hoje, se encontra a
cidade.”
“Com a denominação de Sergipe Del Rei, também São Cristóvão seria conhecida no
século XVII. Os cronistas e os documentos históricos, que a mencionam, ora usam uma
denominação, ora outra.”
“A pecuária tornou-se, inicialmente, a mais importante atividade dos colonos [...].”
[36] “A cultura canavieira chegou depois, a partir de 1602 [...] pelas terras férteis do
vale do Cotinguiba.”

[37] “A colonização sergipana em seus primórdios foi, essencialmente, uma empresa


militar. E assim continuou para sobreviver desde quando os povoadores deveriam
enfrentar lutas constantes contra o pirata francês na região litorânea, contra os índios e
os negros aquilombados no interior.”

“O desenvolvimento da colonização da Capitania de Sergipe se processou dentro da


política mercantilista ibérica dominante, visando a levar grandes rendimentos ao
Tesouro Real.”
“Entre os anos 1596 e 1607 Felisbelo Freire registrou a doação de 205 sesmarias.”

[45] II – A BUSCA DAS MINAS DE PRATA E SALITRE NOS SERTÕES DE


SERGIPE

Ocupação do território sergipano pelos holandeses (1637-1645)

Belchior Dias Moréia fez várias tentativas de exploração do sertão, principalmente na


serra de Itabaiana, em busca de minas de prata. Todas frustradas.

[64] O salitre

[65] “O salitre – nitrato de potássio – era matéria básica, ao lado do enxofre e do carvão,
para a indústria da pólvora.”

[68] “... a descoberta de salitre teria acontecido nos dois primeiros anos do século XVII,
ainda no governo de D. Francisco de Souza [possivelmente às margens do Rio São
Francisco, 20 léguas distante de São Cristóvão].”

[71] “O capitão-mor de Sergipe, João Mendes, apoiou as tentativas de Cristóvão da


Rocha de chegar às minas de salitre da região semi-árida sergipana...”

Conclui a autora que “as minas de salitre da Capitania de Sergipe não apresentaram, aos
que as buscaram, vantagens para ser exploradas, operação que exigia capitais, sobretudo
invertidos na mão-de-obra abundante requerida.”
[72] “O encontro das minas de Montes Altos na Bahia, com produção mais razoável,
deslocou as atenções para lá, atraindo aventureiros e técnico [...]. tornou-se essa região a
principal fornecedora de salitre até os fins do século XVII [...].”
[77] OS HOLANDESES NA CAPITANIA DE SERGIPE DEL REI

[79 e 80] Os holandeses invadiram a Bahia em 1624, mas foram expulsos no ano
seguinte; depois voltaram mais bem preparados e invadiram Pernambuco, em 1630. A
ocupação do território de Sergipe era uma questão estratégica e Tb. pela apropriação do
gado ali existente.

[81] “Os invasores chegaram a Sergipe no início da administração do conde João


Maurício de Nassau, que, em janeiro de 1637, desembarcava em Recife para goernar o
Brasil-holandês, enviado pela companhia das Índias Ocidentais. Sua administração,
prolongada até 1644, marcou o período áureo da ocupação holandesa, não só pelo
alargamento das conquistas territoriais, pelas medidas administrativas executadas, a
prosperidade econômica alcançada, como pelo florescimento cultural ocorrido.”
[82] “[...] Maurício de Nassau e seu exército, perseguindo os remanescentes dos
vencidos comandados pelo Conde de Bagnuolo, chegaram à margem do São Francisco
em março, fundando ali o forte Maurício onde hoje está localizada a cidade de Penedo.
Bagnuolo, atravessando o rio, alcançou o território sergipano, estabelecendo o quartel-
general na cidade de São Cristóvão. Junto com alagoanos, pernambucanos, paraibanos
acompanharam-no nesse estabelecimento em São Cristóvão, Duarte de Albuquerque
Coelho, donatário da capitania de Pernambuco.
[83] “Segundo Relatório de Nassau, famílias da Bahia aí [Sergipe] se haviam
estabelecido após a conquista de Cristóvão de Barros, funcionando quatro engenhos de
açúcar de pouca importância [...] [havia] muitas lavouras dos melhores tabacos. Havia
em São Cristóvão 100 fogos, uma igreja matriz, um convento dos carmelitas [...] Exerci
o cargo de capitão-mor João Rodrigues Molenar.”
“Nassau teve que retornar a Recife por doença; mandou, porém, Segismundo Van
Schoppke, em companhia do Consultor João Grisselingh, membro do Conselho
supremo Secreto das Índias Ocidentais, comandando cerca de 3.000 homens, invadir o
território sergipano nos começos de novembro de 1637. Bagnuolo, percebendo [84] ser
impossível a resistência, retirou-se para a Bahia [...]. Antes, mandou incendiar os
canaviais e destruir tudo que pudesse beneficiar, inclusive a matança de 5.000 cabeças
de gado que não conseguiu levar. Alguns moradores resolveram submeterem-se ao
inimigo, de quem obtiveram passaportes para retornarem às abandonadas habitações.”
[grifo meu]
[os holandeses] “Incendiaram a cidade de São Cristóvão, já semi-destruída pelas tropas
luso-hispano-brasileiras, atuando segundo a descrição de Felisbelo Freire: [85] ‘Depois
de apagarem os holandeses todo o vestígio de vida que ainda restava na Capitania, e
destruírem a pequena riqueza que uma colonização de 47 anos havia acumulado, voltam
para o rio São Francisco sem nela deixar o menor sinal de administração pública [...]
Limitaram-se a efetuar correrias pelo território, ficando vestígios de uma completa
destruição nos lugares onde passaram’.”

“Comprova-se, assim, a importância do território sergipano para a manutenção da


fronteira do Brasil-Holandês... Sua ocupação passaria a ser disputada entre [86]
portugueses e holandeses como ponto de grande importância para a sobrevivência das
respectivas fronteiras.”
“Os holandeses não conquistaram, efetivamente, a terra sergipana após a retirada de
Bagnuolo e sua gente. Limitaram-se a construir fortes no baixo São Francisco, nos rios
Real e Vasabarris, este protegendo a cidade de São Cristóvão. A região funcionava,
apenas, como centro abastecedor de gado para as tropas.”
[há, entretanto, que considerar que após a saída de Bagnuolo muitos moradores
permaneceram em suas terras!]

“O Mapa de Barléu traduz o pouco significado que os holandeses atribuíram a Sergipe


durante a ocupação porque, enquanto as outras capitanias que lhe pertenceram
apresentavam-se com seus mapas adornados com os belos desenhos de Franz Post, no
de Sergipe existe apenas [90] ‘uma grinalda de folhas e frutos decorativos, indicando a
simples colheita como processo normal de trabalho. Um cactus rasteiro, três animais, o
porco-do-mato, um maracujá, e uma anta dão idéia convencional da fauna
sergipana’[Luís da Câmara CASCUDO].”
“Na Capitania de Sergipe, a presença numérica do holandês colono foi, praticamente
nula.”

[92] “[...] o Pe. Antonio Vieira, no discurso que persuade a entrega de Pernambuco aos
holandeses, era favorável à entrega, alegando que Sergipe ‘tão celebre neste tratado,
hoje á nada e nunca foi grande coisa como se imagina’”.

[98] “Consequência desse período holandês teria sido o despertar de um sentimento de


revolta nessa população que sofreu a destruição de seus bens e viveu a intranqüilidade
dos anos de lutas entre os dois adversários. Essa rebeldia manifestar-se-á,
posteriormente, no desafio às autoridades enviadas pela metrópole portuguesa para
governá-las. Os choques contínuos entre os colonos e os agentes do poder metropolitano
caracterizam a história política sergipana de segunda metade do século XVII.”
“Dado o caráter turbulento de que se revestiu, a ocupação holandesa não marcou a vida
sergipana, como ocorreu em outras capitanias que estiveram sob o seu domínio. Em
decorrência dos milhares de soldados que ali transitaram, teriam ficado sobrevivências
raciais [...] [99] Esse resíduo de sangue ‘flamengo’ ficaria ‘antes de tudo na margem
sanfranciscana ou mui, salpicadamente, em outros pontos do interior do Estado [Felte
Bezerra. Etnias Sergipanas]”
“Como saldo negativo, houve a interrupção da marcha ascendente da colonização
iniciada nos idos de 1590. Desapareceu a incipiente indústria açucareira, a embrionária
vida urbana sofreu abalos profundos.
Não aconteceu entre os habitantes da região qualquer influência sociológica que os
historiadores apontam como legado dos holandeses em Pernambuco.
Em realidade, a Capitania de Sergipe Del Rei não foi marcada pelo tempo dos
Flamengos.” [grifo da autora]

Exemplo (2)
Ficha produzida pelo Prof. Dr. Dilton C. S. Maynard

Fichamento/Análise fílmica

1. Identificação da obra

Disciplina:
Aluno:

Título do artigo:
Título da obra/Filme: Documentário ( )
Autor (es)/Diretor:
Tradutor (es):
Edição:
Cidade/País:
Editora:
Ano de Publicação/Lançamento:
Páginas/Tempo e Cor:

2. Descrição/Sinopse da obra

Aqui devem ser apresentados os aspectos básicos daquilo que foi lido ou visto. Por exemplo,
se foi um excerto de um romance, de uma coletânea de ensaios, de um livro dedicado apenas
ao assunto em questão. Qual o objetivo central do texto ou filme? Como isto é desenvolvido
pelo autor ou diretor? A obra está dividida em tópicos? A linguagem é acessível?

3. Análise

Aqui devem aparecer observações sobre as discussões levantadas pela obra. Como o problema
que ela levanta é visto, analisado? Se o assunto é I Guerra, como o autor analisa isto? Se for o
Renascimento, como ele o apresenta? Há termos obscuros ou passagens contraditórias?

5. Comentários pessoais

Este espaço é reservado para idéias que o aluno tenha sobre o texto ou filme. O que este texto
ou filme diz a você? Ele pode ser aproveitado em que tipo de abordagem da história? E a
linguagem, é acessível? Há termos obscuros ou passagens contraditórias? O texto ou filme
poderia ser complementado com algum outro já visto na disciplina ou no curso?
RESENHAS

É um tipo de condensação da obra inteira apresentando idéias


originais e/ou comentários interpretativos do resenhista sobre o valor da
obra.

A resenha pressupõe: Leitura → Resumo → Crítica

A elaboração de resenha é importante, tanto para os acadêmicos


quanto para os cientistas. Como os cientistas costumam publicar resenhas
em revistas especializadas, muitos autores consideram as resenhas como
sendo trabalhos científicos. Já para os estudantes, a resenha constitui-se
num “exercício de compreensão e crítica”.

Em geral, as resenhas começam contextualizando a vida e obra do


autor analisado. Apresentam o conteúdo, os métodos, estilo e apresentação
gráfica.

Roteiro de resenha:

 Referência bibliográfica (conforme as orientações da ABNT)


 Dados biobibliográficos: quem fez o estudo? Por quê? Quando? Que
outros livros o autor escreveu?

 Análise da obra:

- Estrutura:

Em quantas (e quais) partes se divide?


De que trata?
Quais as questões e as principais propostas discutidas?
Quais são as conclusões do autor?

- Quadro de referência teórica:

Perspectiva teórica do autor;


Métodos utilizados

- Apreciação crítica:

Qual a contribuição dada?


Aponta novos conhecimentos ou enfoques?
Qual o estilo?
Como é a apresentação gráfica?

- Indicação da obra:

A quem se dirige, a quem deve ser recomendada? Ao público em


geral, aos estudantes?...
ARTIGO CIENTÍFICO ou “PAPER”

Segundo Furasté, “Artigo Científico ou ‘Paper’ vem a ser a mesma coisa, e


foi regulamentado recentemente pela ABNT [NBR 6022:2003]” (2007, p.
215).

Artigo Científico “é a parte de uma publicação com autoria declarada, que


apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas
diversas áreas do conhecimento” (ABNT NBR 6022:2003 apud
FURASTÉ, 2007, p. 215).

Exemplos de normas para publicação de artigos científicos em duas


revistas de história brasileiras

Anos 90 - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da


Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Itens de Verificação para Submissão

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a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir.
As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão
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1. A Revista Anos 90 aceita artigos inéditos na área de História e


disciplinas afins e outros gêneros como resenhas de livros,
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incluir um resumo em português (ou resumen espanhol) de até 15
linhas e uma versão do mesmo em inglês (abstract), bem como uma
lista de até cinco palavras-chave com sua versão para o inglês
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figurar no corpo principal do texto, conforme o seguinte modelo:
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9. A bibliografia deverá ser relacionada no final do trabalho, em ordem
alfabética de sobrenome, conforme a padronização da ABNT.
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autorização do autor e do original do texto.
5. Os artigos terão a extensão de 15 a 20
páginas, digitadas em fonte Times New
Roman 12, com espaço 1,5. As citações de
mais de três linhas deverão ser feitas em
destaque, com fonte 11, em espaço simples.
Margens: superior e inferior: 2.0 cm;
esquerda e direita: 3.0 cm. Os  artigos serão
acompanhados do título em inglês,  resumo e
abstract de no máximo 10 linhas (português e
inglês), 3  palavras-chave e de 3 keywords.
6. As resenhas poderão ter entre 1000 e 1500
palavras, com 3 palavras-chave e 3 keywords,
além do título em português e inglês. Fontes
e margens seguem mesmas normas dos
artigos.  Devem referir-se a livros nacionais
publicados no mesmo ano ou no ano anterior
ao da submissão, ou – para livros estrangeiros
– publicados nos últimos quatro anos.
7. A publicação e os comentários a respeito de
documentos inéditos seguirão as normas
especificadas para os artigos.
8. As notas devem ser colocadas no final do
texto, não ultrapassando o número de 30.
Serão admitidas notas  explicativas, desde
que imprescindíveis e limitadas ao menor
número possível. A revista não publica
bibliografias.
9. Normatização das notas cf. NBR 6023:

SOBRENOME, Nome. Título do livro em itálico:


subtítulo. Tradução. Edição. Cidade: Editora, ano,
p. ou pp.

SOBRENOME, Nome. Título do capítulo ou parte


do livro. In: Título do livro em itálico. Tradução.
Edição. Cidade: Editora, ano, p. x-y.

SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do


periódico em itálico. Cidade: Editora, vol.,
fascículo, p. x-y, ano.

REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA


USP - AV PROF LINEU PRESTES, 338
TÉRREO PRÉDIO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
05508-000 – SÃO PAULO-SP
ESTRUTURA DO TRABALHO CIENTÍFICO
Monografia, Dissertação e Tese

Capa
Folha de Rosto
Errata
Elementos pré-textuais

Contam na numeração,
mas não são paginados
Folha de Aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo em Língua Vernácula
Resumo em Língua Estrangeira
Listas
Sumário
Introdução
Paginados
Elem. pós- Elementos

Desenvolvimento
textuais

(Capítulos)
Conclusão ou Considerações Finais
Fontes
Paginados

Referências Bibliográficas
textuais

Anexos
(Ex.)

Sumário

INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11

1. DA ILHA AO CONTINENTE: A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESPAÇO ...................................... 19


1.1. Mais que um Bon-port nos mares do Sul ................................................... 20
1.2. A valorização do espaço ............................................................................ 30
1.3. De Praça Militar a Capitania ...................................................................... 57

2. GOVERNADORES: OS HOMENS E SEUS OFÍCIOS .................................................... 92


2.1. As qualidades dos governadores ................................................................ 93
2.2. Seleção, nomeação e posse ........................................................................ 139
2.3. As atribuições do cargo ............................................................................... 146

3. A GOVERNANÇA DE UMA CAPITANIA SUBALTERNA ............................................... 162

3.1. O governo da praça militar ......................................................................... 163


3.2. O governo das gentes: economia e sociedade ............................................ 171
3.3. Administração em tempo de guerra ........................................................... 211
3.4. A refundação da capitania ......................................................................... 216

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 239


FONTES E BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 243
Anexos .............................................................................................................. 264
PROJETO DE PESQUISA

a) Tema

- É o assunto escolhido sobre o qual tratará o trabalho.


- Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades, as
aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho
científico;
- buscar um tema que mereça ser investigado cientificamente e tenha
condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa;
- a definição clara e objetiva do tema pode ajustar-se à medida em que a
pesquisa está sendo desenvolvida. Tem que ter sentido e levar o leitor a
compreender os objetivos;
- delimitação do tema: a abrangência do tema depende do nível da
pesquisa (graduação, mestrado, doutorado); delimitação histórica espacial e
temporalmente; delimitação das fontes.

b) Formulação do Problema de Pesquisa

O problema de pesquisa é fundamental, pois ele será a base da investigação


para a qual se busca uma solução. “Um problema bem formulado levará o
pesquisador diretamente à resposta procurada, sem desvios. (FURASTÉ,
2007, p. 25).
São os questionamentos, dúvidas que a pesquisa procurará resolver.

c) Objetivo

“É a definição, com precisão e clareza, das metas, propósitos e resultados


concretos a que se pretende chegar. O Objetivo Geral é o fim que se
pretende alcançar. Para se atingir o Objetivo Geral, ele pode ser detalhado,
desmembrado em outros – os Específicos. Os Objetivos Específicos são
instrumentais para o Objetivo Geral e dão uma visão embasadora para o
próprio Tema” (FURASTÉ, 2007, p. 210).

d) Justificativa
“Trata-se da apresentação dos motivos que levaram à decisão de se abordar
esse Tema dentro do universo acadêmico. É preciso que se coloquem as
razões que levaram à escolha e que sustentam a realização do Trabalho”
(FURASTÉ, 2007, p. 210).

e) Referencial Teórico

Embasamento teórico do Trabalho; perspectivas historiográficas que serão


adotadas.

f) Metodologia

Procedimentos metodológicos para execução do trabalho. Quais as fontes?


Onde estão? Como será a feita a análise? Análise serial e quantitativa;
fontes orais; entrevistas; elaboração de quadros comparativos;
prosopografia...

g) Revisão Bibliográfica

Análise preliminar das obras (livros e artigos) fundamentais para a


elaboração do Trabalho. Quais os autores que já trabalharam com o tema e
precisam ser considerados? Quais as discussões historiográficas sobre o
tema?

h) Cronograma

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio
2005 2005 2005 2005 2005 2006 2006 2006 2006 2006

Leitura e análise das obras x x x x x x


teóricas e da historiografia
Leitura e análise das fontes x x x x x x
Elaboração do Relatório Parcial x x
Redação x x x x x
Entrega do Relatório Final x

i) Referências das Fontes e da Bibliografia

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